Diss Guarani Esao
Diss Guarani Esao
Diss Guarani Esao
Rio de Janeiro RJ
2016
Cap Com ALAN DIEGO FLACH
Rio de Janeiro RJ
2016
F236p
2016 Flach, Alan Diego
Possibilidades e Limitações do Sistema de Comando e
Controle das Viaturas Blindadas para Transporte de
Pessoal Média de Rodas (VBTPMR) Guarani no contexto
de uma Companhia de Fuzileiros Mecanizada, orgânica de
um Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Operações
/Alan Diego Flach – 2016.
209f. : il. ; 30cm
Bibliografia: f. 205209.
CDD:355.5
Cap Com ALAN DIEGO FLACH
Banca Examinadora:
___________________________________
LUIZ CARLOS ENES DE OLIVEIRA – CEL
PRESIDENTE
_______________________________________________
CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO BARROS CEL
1º MEMBRO
_________________________________
VINICIUS MELQUÍADES CUNHA – CAP
2º MEMBRO
À minha esposa Joice, meu
agradecimento especial pelo apoio
irrestrito e incondicional ao longo de
mais essa jornada.
AGRADECIMENTOS
Mikhail Kalashnikov
Criador do fuzil de assalto AK47
RESUMO
The great technological advances that took place in the end of the last century
and in the beginning of the present days, mainly regarding information technology and
the threats of diverse orders in the current world situation, forced the Brazilian Army to
begin a process of transformation, aiming to prepare itself for possible future threats,
entering in the socalled Age of Knowledge.
In this context, in the last century, the Brazilian Army looked for a solution to
replace the fleet of Armored Vehicles, among them the URUTU and CASCAVEL, in
use for more than 40 years. The Guarani Project was born, creating the New Family of
Wheeled Armored Vehicles to be designed, having the Guarani VBTPMR as the first
version/model.
With the adoption of this new vehicle, the Motorized Infantry is gradually being
transformed into a Mechanized Infantry, giving room for the creation of Mechanized
Infantry Battalions and the Mechanized Infantry Brigades.
In order to allow effective Command and Control, intra and intercars, the
Command and Control System (SisC²) of the VBTPMR Guarani was carefully
designed. Thus, the Armored Vehicle has become a deterrent, by increasing the
situational awareness, allowing the performance of synchronized actions with other
combat functions.
The SisC² is composed primarily of two radios from the American
manufacturer HARRIS, an appropriate intercom for armored vehicles from the Dutch
manufacturer THALES, a rugged military computer from the Brazilian manufacturer
GEOCONTROL and the Battlefield Manager Software, produced by the Systems
Development Center of the Brazilian Army.
The use of Armored Vehicles, in the current Age of Knowledge, requires not
only adequate means of communication to allow the efficient C² of its troops, but also
the knowledge of available possibilities and their limitations, in order to minimize the
side effects and potentialize their power of combat.
C² Comando e Controle
Cmt Comandante
DF Diretoria de Fabricação
EB Exército Brasileiro
GC Grupo de Combate
Gp Ap Grupo de Apoio
GU Grande Unidade
HS Headset
OM Organização Militar
PTT PushtoTalk
QC Quadro de Cargos
QO Quadro de Organização
SU Subunidade
Vtr Viatura
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 QC e QDM da Cia Fuz Mec ........................................................................................................... 40
Tabela 2 Quadro resumo QDM da Cia Fuz Mec ......................................................................................... 40
Tabela 3 Ocupação das VBTPMR Guarani na Cia Fuz Mec ................................................................... 45
Tabela 4 Distâncias em operações ............................................................................................................... 47
Tabela 5 Informações LAV III ......................................................................................................................... 49
Tabela 6 Informações LAV III H ..................................................................................................................... 50
Tabela 7 Informações LAV II .......................................................................................................................... 51
Tabela 8 Informações LAV II H ...................................................................................................................... 51
Tabela 9 Informações Stryker ICV................................................................................................................. 52
Tabela 10 Informações Patria AMV............................................................................................................... 53
Tabela 11 Informações PANDUR II............................................................................................................... 54
Tabela 12 Informações Boxer ........................................................................................................................ 55
Tabela 13 Informações Bushmaster ............................................................................................................. 55
Tabela 14 Informações GIAT VAB ................................................................................................................ 56
Tabela 15 Informações VBCI ......................................................................................................................... 57
Tabela 16 Informações Bradley ..................................................................................................................... 58
Tabela 17 Informações SUPER AV............................................................................................................... 58
Tabela 18 Informações M113BR ................................................................................................................... 59
Tabela 19 Informações Urutu ......................................................................................................................... 60
Tabela 20 Objetivo Estratégico 1 ................................................................................................................... 68
Tabela 21 Objetivo Estratégico 9 ................................................................................................................... 68
Tabela 22 Informações VBTPMR Guarani.................................................................................................. 70
Tabela 23 Resumo histórico das atividades ligadas ao SisC² VBTPMR Guarani ................................ 72
Tabela 24 Equipamentos Rádio VHF empregados no EB ......................................................................... 84
Tabela 25 Características técnicas RF7800VV560 .................................................................................. 86
Tabela 26 Finalidade dos rádios VHF VBTPMR Guarani ......................................................................... 86
Tabela 27 Relacionamento função indicativos rádio ................................................................................ 87
Tabela 28 Comparação RF7800VV560 com RF7800VHH ................................................................ 104
Tabela 29 Definição Operacional da Variável Independente .................................................................. 108
Tabela 30 Definição Operacional da Variável Dependente ..................................................................... 108
Tabela 31 Quadro comparativo da constituição da Cia Fuz Mec em diferentes Exércitos................. 113
Tabela 32 Comparação dos SisC² de diferentes tipos de viaturas......................................................... 116
Tabela 33 Posições, altitude e distâncias aproximadas........................................................................... 148
Tabela 34 Resultados dos testes com o RF7800VHH e RF7800VV555 ......................................... 149
Tabela 35 Possibilidades e limitações do SisC² da VBTPMR Guarani ................................................ 166
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 19
1.1. PROBLEMA E SEUS ANTECEDENTES .................................................................................. 20
1.2. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 22
1.3. QUESTÕES DE ESTUDO ........................................................................................................ 23
1.4. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 24
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................ 26
2.1. A INFANTARIA MECANIZADA ................................................................................................. 26
2.2. A COMPANHIA DE INFANTARIA MECANIZADA ORGÂNICA DE UM BATALHÃO DE
INFANTARIA MECANIZADO EM DIFERENTES EXÉRCITOS ............................................................ 30
2.2.1. Estrutura norte-americana ................................................................................................. 30
2.2.2. Estrutura inglesa ................................................................................................................. 32
2.2.3. Estrutura francesa ............................................................................................................... 32
2.2.4. Estrutura argentina ............................................................................................................. 33
2.2.5. Estrutura uruguaia .............................................................................................................. 34
2.2.6. Estrutura espanhola ............................................................................................................ 34
2.2.7. Estrutura italiana ................................................................................................................. 35
2.3. CONSTITUIÇÃO DA CIA FUZ MEC ORGÂNICA DE UM BI MEC NO EXÉRCITO
BRASILEIRO ......................................................................................................................................... 36
2.3.1. Quadro de Cargos e Quadro de Dotação de Material ...................................................... 37
2.3.2. Considerações sobre necessidades de ligações e Comunicações na Cia Fuz Mec e no
Pel Inf Mec ............................................................................................................................................ 40
2.4. VIATURAS UTILIZADAS PELA INFANTARIA MECANIZADA NO BRASIL E EM OUTROS
PAÍSES.................................................................................................................................................. 49
2.4.1. LAV III ................................................................................................................................... 49
2.4.2. LAV III H ................................................................................................................................ 50
2.4.3. LAV II .................................................................................................................................... 51
2.4.4. LAV II H ................................................................................................................................. 51
2.4.5. STRYKER ICV ...................................................................................................................... 52
2.4.6. PATRIA AMV ........................................................................................................................ 53
2.4.7. PANDUR II ............................................................................................................................ 54
2.4.8. Boxer APC Variant............................................................................................................... 54
2.4.9. Bushmaster .......................................................................................................................... 55
2.4.10. GIAT VAB ............................................................................................................................. 56
2.4.11. VBCI ...................................................................................................................................... 57
2.4.12. BRADLEY ............................................................................................................................. 58
2.4.13. SUPER AV ............................................................................................................................ 58
2.4.14. M113B BR ............................................................................................................................. 59
2.4.15. URUTU .................................................................................................................................. 60
2.5. SISC² EM OUTRAS VIATURAS NO BRASIL E NO MUNDO................................................... 61
2.5.1. M113B BR ............................................................................................................................. 62
2.5.2. URUTU .................................................................................................................................. 64
2.5.3. LECLERC .............................................................................................................................. 65
2.5.4. SISC² da fabricante Elbit Systems ..................................................................................... 66
2.5.5. SISC² da fabricante AEL Eletrônica ................................................................................... 66
2.5.6. SisC² da Harris Corporation ............................................................................................... 67
2.6. O PROJETO ESTRATÉGICO DO EXÉRCITO GUARANI (PEE GUARANI) ........................... 67
2.6.1. A transformação da Infantaria Motorizada em Mecanizada no EB ................................ 68
2.6.2. A VBTP-MR Guarani ............................................................................................................ 70
2.7. O SISC² DA VBTPMR GUARANI ............................................................................................ 71
2.7.1. Histórico ............................................................................................................................... 71
2.7.2. A Concepção atual .............................................................................................................. 82
2.7.3. Componentes do SisC² ....................................................................................................... 83
2.7.3.1. Rádio Harris Falcon III RF7800VV560 (ou V511) ........................................................... 83
2.7.3.2. Intercomunicador SOTAS M2/IP ....................................................................................... 89
2.7.3.2.1. Unidade de Distribuição de Mídia Central (CMSU IP) ...................................................... 92
2.7.3.2.2. Estação Avançada de Usuário (AUS) ............................................................................... 92
2.7.3.2.3. Estação de Equipe (CM2) ................................................................................................. 93
2.7.3.2.4. Fones (HS), Microfone e PTT ........................................................................................... 94
2.7.3.3. Computador Tático Militar (CTM EB) ................................................................................ 95
2.7.3.4. Software Gerenciador do Campo de Batalha (GCB) ........................................................ 97
2.7.3.4.1. Módulo de Interfaceamento Veicular (MIV) ....................................................................... 98
2.7.3.4.2. Barra de ferramentas Mapas ............................................................................................. 99
2.7.3.4.3. Barra de ferramentas das funcionalidades principais ..................................................... 101
2.7.3.5. Outros componentes ....................................................................................................... 103
2.7.3.5.1. Módulo de Interfaceamento Veicular (MIV) ..................................................................... 103
2.7.3.5.2. Localizador de Norte North Find System (NFS) ........................................................... 103
2.7.3.5.3. O rádio para a tropa desembarcada ............................................................................... 104
3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 106
3.1. OBJETO FORMAL DE ESTUDO ............................................................................................ 106
3.1.1. Definição Conceitual das Variáveis de Estudo .............................................................. 107
3.1.2. Conceito Operacional das Variáveis de Estudo ............................................................. 108
3.2. AMOSTRA ............................................................................................................................... 108
3.3. DELINEAMENTO DA PESQUISA........................................................................................... 109
3.3.1. Procedimentos para a Revisão de Literatura ................................................................. 109
3.3.2. Procedimentos Metodológicos ........................................................................................ 110
3.3.3. Instrumentos ...................................................................................................................... 111
3.3.4. Análise de Dados............................................................................................................... 112
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 113
4.1. COMPARAÇÃO ENTRE A CIA FUZ MEC EM DIFERENTES EXÉRCITOS E NO BRASIL .. 113
4.2. COMPARAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO DO SISC² DA VBTPMR GUARANI E OUTRAS
VIATURAS........................................................................................................................................... 114
4.3. A EXPERIMENTAÇÃO DOUTRINÁRIA DE PEL FUZ MEC, REALIZADA EM APUCARANA
PR, DE 17 A 19 DE MAIO DE 2016 .................................................................................................... 117
4.4. A EXPERIMENTAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CIA FUZ MEC E BI MEC, REALIZADA EM
ROSÁRIO DO SULRS, DE 10 A 22 DE NOVEMBRO DE 2016. ...................................................... 122
4.5. ANÁLISE DO SISC² DA VBTPMR GUARANI ....................................................................... 133
4.5.1. Análise do Intercomunicador SOTAS IP ......................................................................... 134
4.5.2. Análise do Rádio RF-7800V-V560 .................................................................................... 142
4.5.3. Análise do Computador Tático Militar............................................................................. 151
4.5.4. Análise do software GCB ................................................................................................. 153
4.6. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DO SISC² DA VBTPMR GUARANI....................... 159
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 164
ANEXO A............................................................................................................................................. 172
ANEXO B............................................................................................................................................. 180
ANEXO C ............................................................................................................................................ 190
ANEXO D ............................................................................................................................................ 194
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 205
19
1. INTRODUÇÃO
Controle (C²), permitindo eficaz integração intra e intercarros, nas mais variadas
condições de ambiente, de terreno e de clima. Com isso, a Viatura Blindada tornar
seia elemento dissuasório, por aumentar a consciência situacional e reduzir os efeitos
colaterais, como fogo amigo, por exemplo, permitindo agir de forma sincronizada com
outras funções de combate. As informações a serem colhidas a respeito da própria
viatura, a visualização de outras viaturas em operação, na mesma zona de ação, tudo
transmitido em tempo real pelo SisC², ampliariam também a consciência situacional
dos escalões superiores. Assim, seria possível chegar ao Estado da Arte factível para
a Força Terrestre, com o que há de mais moderno em relação a C² para blindados.
O SisC² da VBTPMR Guarani passou por uma série de modificações desde a
sua concepção, estando, no atual momento, estabilizado e definido para atender às
188 (cento e oitenta e oito) VBTPMR já adquiridas pelo EB.
A recente concepção da Infantaria Mecanizada provocou uma demanda pela
qualificação de recursos humanos ainda não saciada no EB. Quando se aborda o
SisC², esse problema é potencializado, pois a necessidade de conhecimentos
específicos e de alta tecnologia agregada, como redes de computadores,
programação de rádios via Software, operação do Software Gerenciador do Campo
de Batalha (GCB), dentre outros, criou novos desafios para militares de todas as
Armas.
Segundo a Revista Verde Oliva (2015, p. 28), em maio de 2014, foram
entregues 13 VBTPMR, relativas ao Lote de Experimentação Doutrinária (LED), para
o 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado (33º BI Mec). Somente algumas VBTPMR
estavam dotadas com SisC², caracterizandoas como as primeiras a terem sua
capacidade de C² em condições de ser estudada e testada pela tropa.
Na atualidade, há, no máximo, 40 militares em todo o EB em condições
razoáveis para operar todos os equipamentos de comunicações existentes na VBTP
MR. Esses militares adquiriram o conhecimento, ou pela prática no envolvimento do
Projeto Guarani, pelo Estágio Emergencial de Comando e Controle na VBTPMR,
realizado em 2015, ou por cursos específicos dos equipamentos realizados no Brasil
e/ou no exterior. Somente a partir do ano de 2016, o SisC² estará presente nos
currículos de ensino da Escola de Comunicações (EsCom) e do Centro de Instrução
de Blindados (CIBLD).
Essa carência de recursos humanos devese à complexidade do SisC²,
composto basicamente por dois rádios da fabricante americana HARRIS, um
22
1.2. OBJETIVOS
1.4. JUSTIFICATIVA
2. REVISÃO DE LITERATURA
Para que fosse possível atingir esse estágio do estado da arte, fazse
necessário apresentar a história da infantaria mecanizada, como ela está estruturada
em outros exércitos e quais são as viaturas utilizadas no mundo com seus respectivos
componentes do SISC².
Após isso, este trabalho apresentará a atual concepção da infantaria
mecanizada no EB e suas necessidades de comando e controle, o Projeto Estratégico
Guarani, a VBTPMR Guarani e o SISC² nela instalado, descrevendo cada
componente para que seja possível ao leitor entender sua finalidade.
Duas décadas depois, durante a Segunda Guerra Mundial, a maior parte dos
Exércitos envolvidos no conflito já utilizavam os blindados como essenciais para o
combate e para o transporte protegido de tropas.
Em 1939, apenas vinte e três anos após a primeira aparição em combate dos
carros de combate blindados MARK I, o exército alemão inicia a segunda
guerra mundial com uma invasão à Polônia utilizando uma nova tática de
combate que deixou o mundo perplexo. Era a Blitzkrieg, ou “guerra
relâmpago”, na qual o exército alemão utilizou o emprego de viaturas
blindadas em grande escala para, através da mobilidade, proteção blindada
e poder de fogo, subjugar as tropas polonesas em menos de um mês de
combate. Há época, analistas internacionais previam vinte e quatro vezes
mais, no mínimo dois anos de combate. (ROCHA, 2009, p. 12)
A partir de então, a Infantaria a Pé estava com seus dias contados, pois sua
eficácia passou a depender, estreitamente, da disponibilidade de veículos
28
Segundo Brasil (1996) apud Rocha (2009, p.17), o combate moderno tem como
característica, entre outros: “Comando e controle: utilização de sistemas de
29
LC 01
LC
LC
B lin d a d o
M e c a n iz a d o
In im ig o P á ra q u e d is ta
03
02
M o to riz a d o 04 I N I
A e ro m ó v e l LC
M e c a n iz a d o
F o rç a s
LC E s p e c ia is
LC
INI
2.4 Possibilidades:
Além daquelas inerentes à Infantaria Motorizada, a Infantaria
Mecanizada deverá ter as seguintes possibilidades:
Participar de operações ofensivas e defensivas, particularmente as que
exigem grande mobilidade;
Participar de operações em estreita integração com Forças Blindadas;
Operar como força independente, desde que dotado dos reforços
correspondentes;
...
Realizar transposição imediata de cursos d’água;
Cooperar no estabelecimento de uma cabeçadeponte;
Aproveitar o êxito de suas próprias operações ofensivas e participar de
operações de Aproveitamento do Êxito conduzidas pelo Escalão Superior;
Participar de operações de Perseguição, quer como Força de Pressão
Direta, quer constituindo a Força de Cerco;
30
“Em 1999, foi criada pelo exército dos Estados Unidos uma força militar capaz
de intervir em qualquer parte do globo terrestre, chamada de Stryker Brigade Combat
Team (SBCT), ou Brigada Stryker de Combate” (ROCHA, 2009, p. 22).
Segundo Junior (2008, p. 28), baseado no manual FM 390.2 (EUA, 1994), cada
companhia de fuzileiros mecanizada (Cia Fuz Mec) norteamericana é formada
basicamente por três pelotões de fuzileiros (Pel Fuz). Cada um desses Pel Fuz é
constituído por três grupos de combate (GC), um grupo de apoio (Gp Ap) e um grupo
de comando (Gp Cmdo), perfazendo um total de 44 homens e quatro viaturas
mecanizadas. O GC possui nove homens, mais o motorista e o atirador do carro. O
veículo de dotação é o LAV.
31
Segundo Rocha (2009, p. 24), a Cia Fuz Mec tem em sua dotação 16 viaturas, sendo
quatro para cada pelotão.
33
Segundo Junior (2008, p. 31), Rocha (2009, p. 21) e Paspuel (2009, p. 25 e 26),
as Cia Fuz Mec possuem uma Sec Cmdo, três pelotões de fuzileiros, com três grupos
de combate a 11 homens cada, e um Pel Ap, com uma seção de morteiro médio e
34
uma seção anticarro. É dotada, na grande maioria das unidades, das VBTP TAM,
desenvolvidas pela própria indústria Argentina.
Segundo Junior (2008, p. 33), Rocha (2009, p. 25) e Paspuel (2009, p. 26 e 27),
a Cia Fuz Mec é composta por uma seção de comando e três Pel Fuz Mec. Cada um
deles tem três GC, com nove homens cada, um grupo de transporte de pessoal e um
grupo de comando. Cada GC embarca em uma VBTP TBP M64.
Segundo BRASIL (2016, slide 23 a 28), a Cia Fuz Mec espanhola pode ser
baseada na proteção de blindados M113 ou BMR600 (VBTP), caso se trate da
Infantaria Ligeira. É composta por uma Sec Cmdo, três Pel Fuz Mec e um Pel Ap.
35
Segundo Brasil (2016, slide 55), a Cia Fuz Mec do Exército Italiano é composta
por uma Sec Cmdo, três Pel Fuz Mec e um Pel Ap. Utiliza a Viatura 8x8 SUPER AV,
fabricada pela IVECO.
A Cia Fuz Mec orgânica do BI Mec está prevista em uma minuta, sendo as
características da Inf Mec assim descritas:
Cada Cia Fuz Mec é constituída por um comando, uma Sec Cmdo, três Pel Fuz
Mec e um Pel Ap.
Com base nessas informações, é possível deduzir que a Cia Fuz Mec, no seu
escalão, estabelece as ligações com seus elementos subordinados (Pel Fuz Mec) e
com o seu vizinho da direita (Cia Fuz Mec do seu BI Mec ou de outro BI Mec).
Sd Msg Motociclista
42
Total de
Nr Nome da
Militares embarcados homens
VBTP VBTP
embarcados
Ten SCmt Cia Fuz
Sgt Sggte Cb Mot VBTP
Mec
SCmt Cia
2 6
Fuz Mec
Cb Aux At .50 Cb Rd Op Sd At .50
Total de
Nr Nome da
Militares embarcados homens
VBTP VBTP
embarcados
Cb Aux (Cmt 1ª Sd Esclarescedor
Sgt Cmt GC
Esqd) (E1)
Sd Esclarescedor Cb Aux(Cmt 2ª
Sd At (A1)
(E2) Esqd)
Cmt 1º
8 GC/2º Pel 11
Fuz Mec Sd Esclarescedor Sd Esclarescedor
Sd At (A2)
(E3) (E4)
Total de
Nr Nome da
Militares embarcados homens
VBTP VBTP
embarcados
Cb Aux (Cmt 1ª Sd Esclarescedor
Sgt Cmt GC
Esqd) (E1)
Sd At .50
Cb Mot VBTP
Total de
Nr Nome da
Militares embarcados homens
VBTP VBTP
embarcados
Cb Aux (Cmt 1ª Sd Esclarescedor
Sgt Cmt GC
Esqd) (E1)
Figura 16 Ocupação de uma VBTPMR Guarani por um Cmt Pel Fuz Mec
Fonte: BRASIL (2015c, cap II, p. 3)
46
Software para
Capacidade Exércitos que
Rádios Intercom Computador Campo de Outras Informações
(Homens) utilizam
Batalha
SINCGARS VHF Canadá, EUA, Nova
Até 12 & Harris HF Sim Sim Sim Zelândia, Arábia GPS e Bússola Digital
Radios Saudita
Tabela 5 Informações LAV III
Fonte: GENERAL DYNAMICS, 2016a, p 12
50
Classificado como Light Armoured Vehicle (LAV), ou veículo blindado leve, tem
a capacidade de transportar de dez a 12 homens, dependendo da configuração.
Fabricado pela General Dynamics apresenta diversos melhoramentos, entre eles a
consciência situacional. (GENERAL DYNAMICS, 2016b, p 12)
Capacidade Software para Campo Exércitos que
Rádios Intercom Computador Outras Informações
(Homens) de Batalha utilizam
2.4.3. LAV II
Também fabricada pela General Dynamics, tem como finalidade principal ser
uma viatura de reconhecimento. (GENERAL DYNAMICS, 2016c, p 12)
Software para
Capacidade Exércitos Outras
Rádios Intercom Computador Campo de
(Homens) que utilizam Informações
Batalha
2 VHF SINCGARS RT
1523D(C)U, 1 HF 4 estações
Até 7 Canadá
PRC150 Manpack VIC6
Radio
Tabela 7 Informações LAV II
Fonte: GENERAL DYNAMICS, 2016c, p12)
Figura 22 LAV II
Fonte: http://www.gdls.com/products/lavfamily/lavii.php
2.4.4. LAV II H
Figura 23 LAV II H
Fonte: http://www.gdls.com/products/lavfamily/laviih.php
SINCGARS
Até 11 & EPLRS VIS/VIC Sim FBCB29 EUA GPS
(UHF)8
Tabela 9 Informações Stryker ICV
Fonte: http://www.gdls.com/products/strykerfamily/strykericv.php
9Force XXI Battle Command Brigade and Below ou Força XXI Comando de Batalha
para Brigada e Subordinados
53
Croácia, Finlandia,
Rai180 (LM
Até 12 Polônia, Eslovênia,
Ericsson)
Suécia, África do Sul
Tabela 10 Informações Patria AMV
Fonte: GRAU, 2016;
54
2.4.7. PANDUR II
Portugal, República
Até 14
Tcheca, Áustria
Tabela 11 Informações PANDUR II
Fonte: ROCHA (2009, p. 34 e 35)
Figura 26 PANDUR II
Fonte: http://www.armytechnology.com/projects/pandurii/
Software para
Capacidade Exércitos
Rádios Intercom Computador Campo de Outras Informações
(Homens) que utilizam
Batalha
UHF e VHF Thales e
Alemanha,
Até 11 Standard Elektrik
Holanda
Lorenz
Tabela 12 Informações Boxer
Fonte: GRAU, 2016
Figura 28 Boxer sem módulo Figura 29 Módulo sendo Figura 30 Interior do Boxer
Fonte: http://www.artec acoplado APC Variant
boxer.com/index.php?id=modul Fonte: http://www.artec Fonte: http://www.artec
arity boxer.com/index.php?id=modul boxer.com/index.php?id=apc
arity
2.4.9. Bushmaster
Figura 31 – Bushmaster
Fonte: GRAU, 201
França, além de 14
Até 12 Sim Sim Não
outros Exércitos
Tabela 14 Informações GIAT VAB
Fonte: http://www.armytechnology.com/projects/vab/; ROCHA (2009, p. 29 a 31); o autor
2.4.11. VBCI
Figura 33 – VBCI
Fonte: http://www.armytechnology.com/projects/vbci/
2.4.12. BRADLEY
Figura 35 Bradley
Fonte: http://www.armytechnology.com/projects/bradley/
2.4.13. SUPER AV
Até 13 Italiano
Tabela 17 Informações SUPER AV
Fonte: http://www.armytechnology.com/projects/ivecosuperav8x8armouredpersonnelcarrier/
59
Figura 36 SUPER AV
Fonte: http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/TER.aspx?nn=516
2.4.14. M113B BR
Fabricado pela BAE Systems dos Estados Unidos da América (EUA), está
sendo modernizado atualmente. “O M113 brasileiro, foi modificado pela empresa
MOTOPEÇAS de São Paulo no início dos anos 80” (AREAMILITAR, 2016).
“Durante o ano de 2012, foi anunciada a entrega de uma nova geração de
viaturas modernizadas da família M113 ao Exército Brasileiro, que foram designadas
M113BR” (AREAMILITAR, 2016).
Fruto dessa modernização, foram inseridos novos equipamentos de
comunicações, substituindo os antigos rádios da família ERC110 e os
intercomunicadores VIC.
Capacidade Software para Exércitos
Rádios Intercom Computador Outras Informações
(Homens) Campo de Batalha que utilizam
SOTAS
VHF Harris Falcon Brasil
Até 13 Voz
III 7800VV560 (modelo BR)
Thales
Tabela 18 Informações M113BR
Fonte: O autor
60
Figura 37 M113BR
Fonte: http://www.areamilitar.net/directorio/ter.aspx?NN=16&P=15
2.4.15. URUTU
Software
Capacidade Outras
Rádios Intercom Computador para Campo Exércitos que utilizam
(Homens) Informações
de Batalha
VHF Harris SOTAS Brasil, Iraque, Emirados Árabes
Até 14 Falcon III Voz Unidos, Jordânia, Colômbia, Líbia,
7800VV560 Thales Venezuela, Chile, Equador, etc
Tabela 19 Informações Urutu
Fonte: O autor et ÁREAMILITAR (2016b)
61
A seguir serão apresentados alguns SISC² que estão em uso tanto no Exército
Brasileiro quanto em outros países do mundo. É interessante destacar que existe
perfeita compatibilidade entre as VBTP utilizadas no EB. Cada componente do
sistema será detalhado em um capítulo específico.
62
2.5.1. M113B BR
Figura 40 Rádio Harris Falcon III 7800VV560 e Intercom SOTAS Voz instalado no M113BR
Fonte: Ralf Milbradt Jr, Engenheiro de Tecnologia Militar, Parque Regional de Manutenção/5
2.5.2. URUTU
2.5.3. LECLERC
Software para
Capacidade Exércitos que
Rádios Intercom Computador Campo de Outras Informações
(Homens) utilizam
Batalha
2 VHF Harris Gerenciador do
SOTAS Navegação Inercial – Elbit
Até 11 Falcon III CTM EB Campo de Brasil e Líbano
IP Thales North Find System (NFS)
7800VV560 Batalha (GCB)
Tabela 22 Informações VBTPMR Guarani
Fonte: o autor
2.7.1. Histórico
CCOMGEX
1ª Reunião de Coordenação do Projeto SISC² Guarani 26/09/2012
BrasíliaDF
Portaria Nr 144EME/Res – Aprova as Condicionantes
EME
Doutrinárias e Operacionais nr 07/2012 – Sistema de Comando e 27/09/2012
BrasíliaDF
Controle das Viaturas Blindadas
CTEX
1º Teste para Integração do SISC² para VBTPMR Guarani 29/11/2012
Rio de JaneiroRJ
72
um telefone UNA;
duas antenas + base de antena VHF banda larga (com GPS integrado).
Em maio de 2012, por meio do DIEx 6989 SLM4/4 SCh/EME, assinado pelo
então Gen Div Gerson Menandro Garcia de Freitas, ao propor mudanças no ROB da
VBTPMR Guarani, o telefone externo passou a fazer parte do SISC², como
apresentado no texto transcrito e na próxima figura.
A seguir, cada componente do SisC² será detalhado, para que seja possível
entender sua importância no sistema.
Emprego Modelo
VBTPMR Guarani 7800VV560
VBTPM113B BR 7800VV560
EE11 URUTU 7800VV560
VB AAAe GUEPARD 7800VV560
VB M109A5+BR (em aquisição) 7800VV560
Viaturas Leves (MarruáAgrale) 7800VV50x + RF7800VHH
Homem a pé 7800VHH
Tabela 24 Equipamentos Rádio VHF empregados no EB
Fonte: o autor
Segundo Harris (2011), este rádio foi especificamente concebido para utilização
em viaturas blindadas. O desenho mais compacto, quando comparado aos demais
modelos e à menor quantidade de conexões e cabos, visa facilitar a instalação e a
verificação de eventuais problemas de conexão.
Das características técnicas, é importante destacar:
Funcionalidade/característica Descrição
Faixa de frequência 30108 MHz
Entrada de energia 2032 VDC
Peso 11,3 Kg
FM voz analógica,
FSK (2.4 kbps MELP e 16 kbps CVSD),
Modos de Transmissão FSK/TCM (64 kpbs)
SK/TCM (192 kbps)
Forma de onda BMS
Saída de RF 50 ohms
Potência de saída 5W, 20W e 50W, selecionado pelo usuário
Squelch Desligado/sem ruído/tom/digital
Temperatura de operação 30ºC a 60ºC
Resistência à Umidade 90% (conforme MILSTD810)
Resistência à poeira/areia Conforme MILSTD810
Salto de frequência Quicklook 1A, 2 e 3
Largura de Banda (dados) Até 192 kbps por IP (ethernet)
Largura de Bando do canal 25 Khz ou 75 Khz
Criptografia AES 128/256kbps ou CITADEL I e II®
Vocoder MELP/CVSD
GPS Interno
Transmissão de dados e voz simultânea Sim
86
Função Indicativo
Cmt 1ªCia GCB100
SCmt 1ª Cia GCB101
Cmt 1º Pel/1ªCia GCB110
Cmt 1ºGC/1ºPel/1ªCia GCB111
Cmt 2ºGC/1ºPel/1ªCia GCB112
Cmt 3ºGC/1ºPel/1ªCia GCB113
Cmt 2º Pel/1ªCia GCB120
Cmt 3º Pel/1ªCia GCB130
Cmt 1ºGC/3ºPel/1ªCia GCB131
Cmt 2ºGC/3ºPel/1ªCia GCB132
Cmt 3ºGC/3ºPel/1ªCia GCB133
Cmt 1ºGC/1ºPel/1ªCia (desembarcado) GCB1111
4º militar desembarcado 1ºGC/1ºPel/1ªCia GCB1114
5º militar desembarcado 1ºGC/1ºPel/1ªCia GCB1115
Tabela 27 Relacionamento função indicativos rádio
Fonte: o autor
Figura 75 CMSU IP
Fonte: THALES (2014, slide 16)
Figura 76 – AUS
Fonte: o autor
Figura 77 CM2
Fonte: o autor
94
Figura 79 CTMEB
Fonte: GEOCONTROL (2016) e GEOCONTROL (2014, p. 5)
Autocentralizar
Figura 82 GCB Barra de ferramentas Mapas – Geral, Zoom in, Zoom out e autocentralizar
Fonte: Brasil (2015f, p. 31 a 36)
100
Régua
Curvímetro
Submenu calco
Calco
Figura 86 – NFS
Fonte: AEL International (2013)
Apesar da falta de um rádio UHF, o rádio VHF RF7800VHH pode ser utilizado
para as tropas desembarcadas, com total compatibilidade com o SisC² das VBTPMR
Guarani.
105
3. METODOLOGIA
3.2. AMOSTRA
Será realizada uma pesquisa aplicada de cunho qualitativo descritivo por meio
de revisão literária, aplicação de questionários e entrevistas, valendose do método
indutivo para generalizar os resultados obtidos para os integrantes da população
objeto, bem como a participação deste autor em experimentações doutrinárias
relacionadas ao assunto.
A técnica de pesquisa com revisão da literatura do estado da arte e os
instrumentos de coletas mencionados fornecerão dados de militares com experiência
na atividade objeto do estudo, visando responder às questões de estudo e apresentar
resultados presenciados pela amostra, procurando preencher as lacunas do
conhecimento sobre o assunto.
Os instrumentos de coletas de dados bem como os de medidas visam
estabelecer relação entre a variável dependente e independente, verificando relação
de causaefeito e em que prováveis dimensões uma afeta a outra.
O corte cronológico será a partir do ano de 2010, tendo em vista a realização
dos primeiros testes individualizados dos equipamentos que compõem o SisC² terem
ocorrido a partir daquele ano. A amostra será avaliada próxima à data da conclusão
do trabalho, pois, durante este período (2016), haverá uma tendência de aumento da
população a ser pesquisada, levando em conta a difusão do conhecimento e a
distribuição de VBTPMR Guarani com o sistema instalado, fato que provocará a
busca pelo conhecimento. Além disso, está prevista a realização de uma
experimentação doutrinária de Cia fuz mec e BI Mec, com aproximadamente 50
(cinquenta) VBTPMR Guarani com o SisC² já instalados, no Campo de Instrução de
Barão de São Borja (SAICÃ), em Rosário do SulRS, de 10 a 22 de novembro de 2016.
a. Fontes de busca
Manuais de Campanha sobre Infantaria, Infantaria Blindada, Infantaria
Mecanizada e Operações;
Livros e monografias da Biblioteca da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
e da Biblioteca da Escola de Comando e EstadoMaior do Exército;
Monografias do Sistema de Monografias e Teses do Exército Brasileiro; e
Questionários e entrevistas.
b. Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicas.
A busca em base de dados eletrônica será feita em computadores da Biblioteca
da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), que possuem banco de trabalhos
acadêmicos de anos anteriores.
Na rede mundial de computadores, “internet”, serão utilizados os seguintes
termos descritores: "Projeto Guarani, Companhia de Fuzileiros Mecanizada, Infantaria
Mecanizada, operações militares, Gerenciador do Campo de Batalha,
Intercomunicador SOTAS e Rádio Harris RF7800VV560/V511", para busca em
páginas de pesquisa, respeitando as peculiaridades de cada base de dados.
Após a pesquisa eletrônica, as referências bibliográficas dos estudos
considerados relevantes serão revisadas, no sentido de encontrar artigos não
localizados na referida pesquisa.
3.3.3. Instrumentos
Para coleta de dados, será aplicado um questionário online com uma série
ordenada de perguntas a serem respondidas objetivamente pelo pesquisado. O
questionário é limitado em extensão e com instruções básicas para preenchimento,
não sendo obrigatório responder a todos os questionamentos.
As instruções visam explicar o propósito de aplicação do instrumento,
ressaltando a importância da colaboração do entrevistado, conforme orientação do
Manual de Metodologia da Pesquisa Científica da EsAO (2006).
Com as questões a serem levantadas, pretendese conseguir uma mensuração
coerente e lógica da variável dependente e independente do problema estudado. Tal
mensuração será perseguida, tabulandose dados levantados das opiniões dos
militares que forem voluntários a participar da pesquisa.
Os instrumentos de coleta de dados visarão apoiar na identificação das
possibilidades e limitações do SisC².
112
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
De maneira genérica, as Cia Fuz Mec são constituídas por três Pel Fuz Mec,
cada um com três GC, normalmente com nove homens cada. O GC é a fração
essencial de combate do Pel Fuz Mec. A Sec Cmdo (ou Gp Cmdo) é responsável
pelas funções inerentes ao Cmdo da Cia Fuz Mec. As estruturas de apoio,
relacionadas à logística, armas anticarro, morteiros ou caçadores, concentramse em
um Pel Ap ou em seções específicas, diretamente subordinadas ao Cmdo da Cia Fuz
Mec.
Assim, podese concluir parcialmente que as composições da Cia Fuz Mec nos
diversos Exércitos ao redor do globo, inclusive no EB, seguem um padrão lógico que,
por sua vez, demandam um SisC² muito semelhante. Assim as ligações entre as 14
VBTPMR existentes em uma Cia Fuz Mec são uma necessidade básica para o efetivo
comando e controle da SU.
VII, ficando estes responsáveis por identificar qual dos equipamentos do SisC²
apresenta pane. Além disso, instituiuse a troca direta, já prevista na doutrina de
logística, a qual prevê que, quando determinado equipamento ficar indisponível por
tempo maior que o aceitável (normalmente por estar aguardando determinado
suprimento), trocase diretamente o conjunto ou a parte dele que se encontra com
defeito, possibilitando assim a disponibilidade do SisC² no mais curto prazo possível.
Das viaturas apresentadas na revisão de literatura, é possível gerar o
seguinte quadro resumo:
Objetivos
Objetivos
Levantar as possibilidades e limitações de emprego dos meios de
comunicações orgânicos da Cia Fuz Mtz operando em um PBCE e em um
Patrulhamento Ostensivo Mecanizado.
Tarefas a serem executadas Níveis a serem atingidos
Resposta:
O único equipamento rádio disponível na OM para emprego em operações
militares corresponde à Rádio Falcon II que pode ser empregada em conjunto
com o Sis Com do Guarani. Assim sendo, esse EEID será trabalhado no EEID
11.
Observações
Limitadores do EEID
A OM não possui meio físico disponível (Central Telefônica) para dispor de
meios físicos durante a ocupação de um PBCE.
EEID 11
Essas novas VBTPMR, previstas para mobiliar as tropas da Inf Mec, são
adequadas para atender o futuro Pel Fuz Mec? E seus meios de comunicação
“embarcados”, são suficientes, seguros e eficientes?
Objetivos
Levantar as possibilidades e limitações do material de comunicações
embarcado na VBTP Guarani e as particularidades de seu uso em um PBCE
e em um Patrulhamento Ostensivo Mecanizado.
Tarefas a serem Níveis a serem atingidos
executadas
1 Levantar as 1.1 Verificar quais adequações seriam necessárias
características, no Programa Padrão de Instrução a fim de
possibilidades e habilitar um elemento do GC na operação dos
limitações dos Sis C² do Guarani.
Sis Com que
equipam as 1.2 Verificar qual a distância máxima de utilização
VBTP Guarani e do Sis Com do Guarani (Falcon II e Falcon III)
seu uso em um para utilização em uma área edificada.
ambiente 1.3 Verificar a possibilidade de operar um Posto
urbano. Rádio Móvel para comunicações com o Esc Sup
dentro do Guarani.
120
Resposta:
1.1 – Referente à instrução foi verificado a necessidade de o Cmt de carro
possuir um conhecimento mais aprofundado sobre a forma de operação do
Sis C2. Sugerimos que, o Programa Padrão de Instrução contemple os
seguintes assuntos:
P/ Comandante de Carro: Operações e Manutenção da rede de voz,
Operação do GCB, Resolução de Panes básicas.
P/ Atirador e Cb Cmt de Esquadra: Operação da rede de voz.
P/ Motorista: Operação Básica da rede de voz.
Demais elementos Mecanizados: Apresentação dos Componentes do
Sistema.
1.2 – Segundo o manual técnico do equipamento rádio, as distâncias de
utilização são: Rádio veicular entre 20 e 24 Km de distância desde que a
antena esteja esticada e em ângulo correto. O rádio portátil possui uma
utilização entre 8 e 12 km de distância. Devido a algumas peculiaridades da
área edificada, como a existência de redes de alta tensão, lugares com
variadas edificações, presença de antenas de alta potência, entre outras,
essas características proporcionam perda do seu alcance total do
equipamento rádio, diminuindo o raio de alcance de cobertura das
Comunicações. Ao testarmos o Sis C2 em contato com o rádio portátil,
verificamos um raio de alcance girando de 6 km com antena ancorada e 9 km
com antena erguida. A rádio da VBTP em contato com outra VBTP foi
possibilitou um alcance de 9 km com antena ancorada e 12 com ela erguida
em uso normal.
1.3 – O posto rádio móvel constituiu, no exercício, uma boa alternativa para
utilização e gerenciamento do Sis C2 em uma operação que venha a envolver
longas distâncias. Para sua operação em Vtr Mtz, seriam necessárias viaturas
que possuíssem o Módulo Operacional de Comunicações e rádio veicular
compatível com o do Sis C2 do Guarani. Outra forma de utilização
experimentada foi a utilização do Guarani como posto rádio. Houve
dificuldades nessa situação pelo fato de ainda não possuirmos uma VBTP
Guarani adaptada para ser uma Vtr de posto rádio. Observamos que ao
empregarmos uma VBTP comum com esse propósito, além do evidente
subemprego, teríamos a necessidade de efetivo considerável do Pel sendo
designado apenas para prover a segurança do posto rádio.
14 – Durante a realização do Exercício, levantamos algumas dificuldades
relacionadas à operação do Sis C2 que, salvo melhor julgamento, poderiam
ser aperfeiçoados. Tais dificuldades consistem em:
1.4.1 – Headset – Há uma constante reclamação dos operadores do
Sistema com relação a tal componente pois o tamanho do mesmo dificulta a
colocação e retirada do capacete além de causar um considerável nível de
desconforto ao operador.
Sugestão: Aquisição de Capacetes que se adequem a tal componente ou a
troca do tipo de headset por um menor que possa se adequar aos capacetes
que usamos atualmente. A própria família dos Falcon’s disponibiliza vários
modelos que seriam mais viáveis, para que em um eventual combate urbano,
ao desembarcar, os operadores pudessem usar o mesmo equipamento sem
a necessidade de retirálo e, nesse caso, apenas retirar o conector do rádio
da VBTP e acoplálo no equipamento portátil, o que daria a esse componente
uma excelente consistência operacional.
1.4.2 Antena – Este componente tem apresentado alguns problemas aos
operadores pelo fato do mesmo não possuir ajuste de altura e apenas de
inclinação, o que no combate urbano obriga o operador a utilizála de forma
ancorada para que não haja colisão com os muitos obstáculos encontrados
nas vias urbanas, tais como fios de alta tensão, fios telefônicos dentre outros.
121
Desta forma a Antena tem comprometida sua parte física pois a mola da base
pode com o tempo, pelo fato da antena andar sempre ancorada, perder sua
elasticidade comprometendo assim a correta posição da Antena na posição
vertical. Tecnicamente, o raio de alcance da Antena fica comprometido pois,
estando ancorada, a antena permanece quase que totalmente na posição
horizontal fazendo com que boa parte das ondas refletidas pela Antena vá ao
solo. Tal ação influencia diretamente no alcance da antena e causa também
indiretamente uma limitação operacional, pois o raio de cobertura do Sis C2
será diminuído.
Sugestão: Mudança da Antena para um modelo hidráulico para que possa ser
regulada a altura sem comprometêla fisicamente e sem comprometer sua
utilização operacional.
1.4.3 – Rádio Portátil – Outra queixa por parte dos operadores e que
verificamos foi com relação ao rádio portátil. Atualmente utilizamos o modelo
Falcon III 7800V HH, rádio extremamente eficiente tecnicamente pois se
comunica muito bem com o rádio da VBTP Guarani (mesmo porque é o
mesmo rádio apenas na versão portátil). Porém, no quesito operacional,
consideramos que o referido apresenta dificuldades causadas pelas suas
dimensões comprometendo a portabilidade do operador. Apesar de ser um
rádio tecnicamente portátil suas dimensões e de sua antena dificultam
bastante a operação principalmente no combate urbano no qual o operador já
possui um equipamento individual mais complexo (colete balístico, colete
tático, etc). Logo o rádio nesse contexto está se tornando um fator mais
adverso do que favorável para o operador pelos fatores citados anteriormente.
Sugestão: A troca desses rádios por outros portáteis da mesma família Falcon
(que falem com os da VBTP guarani) de dimensões menores e que realmente
permitam a boa portabilidade para o operador de preferência com Headset,
pois torna fácil e intuitiva as comunicações para a tropa elevando bastante o
nível operacional da mesma.
3. OBJETIVOS
a. Dar prosseguimento às atividades de Expr Dout da Inf Mec nesta Grande
Unidade (GU), de acordo com os parâmetros e metas estabelecidas no Plano
de Expr Dout de 2016.
b. Contribuir para o estabelecimento de uma doutrina de emprego da
Infantaria Mecanizada do Exército Brasileiro (EB), em consonância com o
processo de implantação da Bda Inf Mec pioneira do EB, ora em curso, por
transformação da 15ª Bda Inf Mtz.
c. Dar continuidade aos trabalhos de Expr Dout nível Companhia de
Fuzileiros Mecanizado (Cia Fuz Mec) e Batalhão de Infantaria
Mecanizado (BI Mec) que necessitem de diligências complementares.
123
Para a realização dessas etapas, foi confeccionado pelo E3 da 15ª Bda Inf Mec
o calco de operações, que pode ser visualizado a seguir.
Partindo da Área de Trens de Unidade (ATU) do 33º BI Mec e do 34º BI Mec
(fora da carta), iniciouse uma marcha para o combate ao longo do Eixo de Progressão
Guarani (E Prog Guarani), passando pela Linha de Contato Alfa (LCt Alfa) até chegar
a Linha de Contato Bravo (LCt Bravo). Nesse ponto, o E Prog Guarani dividiuse,
dando origem ao Eixo de Progressão Aço (E Prog Aço). Na linha de contato Charlie
124
(LCt Charlie), foi ocupada uma posição defensiva. A partir da Linha de Partida (LP),
desenvolveuse o ataque coordenado, com o objetivo de conquistar Objetivo 1 (O1) e
Objetivo 2 (O2).
EEID 37
Qual a distância máxima dos enlaces rádio com transmissão em claro,
utilizando embaralhamento de voz, com transmissão em claro com salto de
frequência e criptografada com salto de frequência?
TAREFA EVENTO
E1 Será feito o Ctt Rad em rede com
transmissão em claro e com
Executar o apoio embaralhamento de voz entre os carros
de Com em uma mais distantes entre si na Cia.
Def Pos com uma E2 Será feito o Ctt Rad com transmissão
T1 Cia Fuz Mec. em claro e com salto de frequência entre
os carros mais distantes entre si na Cia.
E3 Será feito o Ctt Rad e com transmissão
criptografada e salto de frequência entre
os carros mais distantes entre si na Cia.
rádio queimado ou desligado) são extremamente básicos e devem ser checados pelo
operador. Isso ratifica as necessidades evidenciadas no capítulo 4.3
O EEID a seguir visou avaliar se, quando as 14 VBTPMR Guarani (Cia Fuz
Mec) estiverem com o GCB ativado, tanto o GCB quanto o rádio das viaturas
conseguiram corresponder às expectativas do sistema, tendo em vista o intenso fluxo
de dados.
EEID 38
Qual a capacidade de transmissão de dados da rede da Cia Inf Mec? Existe
compatibilidade entre as necessidades de dados do GCB com as
capacidades de transmissão de dados do rádio, quando em uma rede
completa no nível da Cia Inf Mec?
TAREFA EVENTO
E1 Os carros de um Pel estão ligados ao CGB
do Cmt Pel e este visualiza a Pos das VBTP
Executar o no software.
apoio de Com
E2 Os carros de dois Pel estão ligados ao GCB
em uma Def
T1 do Cmt Cia e este visualiza a Pos das VBTP
Pos com uma
no software.
Cia Inf Mec.
E3 Todos os carros da Cia Inf Mec estão
ligados ao GCB do Cmt Cia e este visualiza
a Pos das VBTP no software.
com algumas restrições por conta das limitações que o equipamento possui
quando a visada é obstruída. Mesmo que ocorram determinados incidentes,
a demanda de dados solicitada pelo GCB, tanto no âmbito Pel (E1), quanto
no âmbito Companhia (E2) e no âmbito Batalhão (E3) é atendida, entretanto
tivemos grandes dificuldades para colocar o sistema em prática, mesmo que
minimamente. Tal fato pode ser diagnosticado pela presença de muitos rádios
conectados à rede, gerando um travamento total do equipamento em todos
os escalões.
Conclusão:
Alguns procedimentos, por parte da equipe de suporte e apoio aos sistemas
de rádio da Diretoria de Fabricação e Cia C2 (CCOMGEx) foram realizados
para que parte dessas situações fossem resolvidas. Alguns problemas
puderam ser identificados e sanados em campo. Os problemas que não
puderam ser resolvidos de forma imediata foram relatados para que possam
ser verificados de forma mais centralizada por equipes com maiores
condições de análise e execução daquela inconsistência.
De forma paralela ao serviço de apoio e suporte à equipe de comunicação,
coletamos informações que eram reportadas por parte dos usuários que
ocorriam no software, tais como:
Erros na interface de comunicação
Erros no sistema
Melhorais na Interface com Usuário
Situações diversas em que o sistema reiniciava ou não inicializava
Inconsistências nas leituras dos dados recebidos via rádio
Melhorias de usabilidade (calungas)
Fonte: 1º Ten Muniz, em 22/11/2016.
EEID 39
É viável utilizar o VBTP como repetidora rádio fonia, utilizando SOTAS?
TAREFA EVENTO
Uma VBTP possui dois equipamentos
Rlz uma M Cmb configurados em redes rádio distintas (A
descoberta não e B). Outras duas viaturas terão
T2 apoiada diurna E1 configuradas, respectivamente, a rede
integrando rádio A e a rede rádio B. A VBTP que está
como Btl Vgd configurada com as duas redes ativará a
função de rpt do SOTAS.
131
EEID 40
É possível estabelecer uma configuração básica padronizada, que possa
ser utilizada para o SisC2 da VBTP?
TAREFA EVENTO
Executar o
apoio de Com Será utilizada uma configuração
T1 em uma Def E1 padronizada antes do exercício para todas
Pos com uma as VBTP.
Cia Inf Mec.
Com essa pergunta, podese observar que a ampla maioria dos pesquisados
estão envolvidos com instruções relativas ao SisC² (46,2%) ou então são operadores
(30,8%).
sair do ajuste desejado, devido ao espaço deixado pelos fones de ouvido. Outro
aspecto negativo é que, por ser adaptado ao capacete, existe o natural desconforto.
A alça de sustentação, que utiliza velcro para ajuste, pode ser utilizada diretamente
sobre a cabeça, provocando desconforto por ocasião da pressão oriunda do capacete,
ou sobre o capacete, que devido a sua superfície lisa, escapa a todo instante.
137
15. Quanto à operação manual dos Rádios Harris RF7800VV560, como alterar a
frequência, desligar e ligar o som, ativar ou desativar a criptografia, etc, o Sr considera:
Altitude Distância
Nome do
Descrição do Ponto Aproximada Aproximada
Ponto
(em metros) ECR (em Km)
Morro Monte Alegre – Campo de Instrução
ECR 105
Gericinó
Entroncamento Rodovia Presidente Dutra com
Dutra 58 36
Estrada Rio São Paulo
UF Rural Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 34 30
Seropédica Estrada Rio – São Paulo Seropédica 14 24
Av Brasil Avenida Brasil 21 14
CTEx Centro Tecnológico do Exército 4 22
Riocentro Riocentro 6 14
Mirante Hotel Mirante Hotel 14 10
Fortaleza de
Fortaleza de Santa Cruz 17 30
Santa Cruz
Itaboraí Itaboraí 60 62
Tabela 33 Posições, altitude e distâncias aproximadas
Fonte: Flach, 2013, p. 114
Figura 98 – Perfil do terreno entre o ponto inicial dos testes e o ponto final dos testes
Fonte: o autor utilizando Google Earth
Uma das principais reclamações dos usuários nos diversos níveis é em relação
a sensibilidade do toque na tela do CTM. A tela do CTM é do tipo resistiva e
monotoque, permitindo ao operador que toque a tela mesmo utilizando luvas, porém
somente um toque de cada vez. A maior parte dos usuários (69,2%) considerou a
sensibilidade razoável, ao passo que 23,1% a considerou péssima.
152
Para que seja possível utilizar o GCB em sua plenitude, é necessário realizar a
geração de mapas de cada região onde ocorrerá determinada operação. A ampla
maioria destacou que esse procedimento é de média complexidade.
Fato que chama atenção é que os mapas não são oriundos da base de dados
cartográficos do Exército.
Uma necessidade apresentada pelos operadores durante a experimentação
doutrinária de Cia Fuz Mec e BI Mec foi a disponibilização de mapas com opção de
relevo, vista essa informação ser fundamental em operações.
5. CONCLUSÃO
Equipamento Rádio Harris Família Falcon III VHF RF-7800V-V560 (ou V511)
Possibilidades Limitações
tem a capacidade de transmitir voz, a não atua na mesma faixa de
distância mínima de 32 Km, com frequência das comunicações terra
transmissão segura, em visada direta; avião, impossibilitando comunicação
tem a capacidade de transmitir voz, com com aeronaves do EB e da FAB;
criptografia e transmissão segura, a possui interface em inglês;
distância mínima de 16 km; possui antenas com robustecimento
tem a capacidade de transmitir dados a questionável; e
no mínimo 9,6 kbps, com criptografia e ter conector de áudio diferente do
transmissão segura, a distância mínima de intercomunicador, o que impossibilita a
16 km, em potência média (20 W), em simples desconexão e conexão por
terreno de relevo ondulado e vegetação ocasião do embarque/ desembarque.
arbustiva;
permite a seleção antecipada pelo
operador de frequências ou faixas de
frequências a serem utilizadas no
estabelecimento dos enlaces rádio;
permite, ao operador, o ajuste da potência
de transmissão do equipamento rádio;
permite a comunicação por voz entre o
Cmt Vtr, quando embarcado, e pelo menos
1 (um) dos Fuz Bld desembarcado, usando
meios de comunicações sem fio, à distância
165
CTM
Possibilidades Limitações
é uma plataforma computacional não possui regulagem física de brilho
robustecida; e contraste;
possui dispositivo de destruição de dados; não possui teclado físico acoplado; e
não possui calibramento da tela;
166
GCB
Possibilidades Limitações
permite a inserção e a apresentação de não é nativamente compatível com
informações de C2; outros Sistemas de C² da Força
apresenta o geoposicionamento na carta Terrestre;
topográfica; não é nativamente compatível com
é de propriedade intelectual do EB; Cartas Topográficas do Banco de
tem a capacidade de enviar mensagens Dados Geográfico do Exército; e
para outro GCB; não apresenta a geolocalização dos
tem a capacidade de enviar calcos de elementos desembarcados da VBTP;
operação para outro GCB;
tem a capacidade de enviar pontos de
interesse para outro GCB;
possibilita a identificação e divulgação da
tropa inimiga;
apresenta ao Cmt VBTP informações
relativas ao estado da viatura;
utiliza abreviaturas padronizadas pelo MD,
EB ou OTAN;
possui interface em português;
Tabela 35 Possibilidades e limitações do SisC² da VBTPMR Guarani
Fonte: o autor
CTM
melhorar a capacidade de processamento;
alterar o tipo de tela touchscreen, de um modelo monotoque para multitoque,
similar aos tablets e celulares existentes hoje no mercado;
inserir um dispositivo físico para calibramento da tela;
inserir um teclado físico;
169
GCB
inserir a funcionalidade de destruição de dados via software, o que possibilitaria a
substituição da destruição física de dados do cartão SD, reduzindo custos para
aquisição do CTM ou de outro concorrente;
atualizar o relógio do GCB baseado no GPS do rádio, com fuso horário corrigido,
e não pelo relógio do CTM, ou permitir o ajuste manual do horário;
ampliar a variedade de testes de conexão com os demais equipamentos do SisC²,
visando facilitar a detecção de falhas;
variar o zoom das localizações das peças de manobra (calungas), conforme a
necessidade do usuário.
Embora não seja objetivo do presente trabalho, foi possível constatar que a
flexibilidade tão desejada do SisC² da VBTPMR Guarani esbarra nas peculiaridades
das tropas de cavalaria mecanizada, tendo em vista que a constituição dos elementos
de combate é mista (VBTPMR, Vtr Leves, VBCI etc), ao passo que na infantaria
mecanizada são semelhantes (todos VBTPMR). Como o SisC² foi projetado para
servir tanto para a infantaria mecanizada quanto para cavalaria mecanizada, no futuro
será necessário adaptar o sistema ou instalálo em outros tipos de viaturas.
A falta de interoperabilidade com outros Sistemas de C² do EB é uma limitação
fundamental e básica. Apesar de existir a possibilidade de integração, fazse
necessário o desenvolvimento de um novo software capaz de fazer a ponte entre o
SisC² e os demais sistemas existentes e em desenvolvimento.
O crescente emprego da VBTPMR Guarani em operações de GLO exigirá, em
um futuro próximo, a inserção dos rádios da família Motorola no SisC², já que esses
rádios compõem o Sistema Rádio Digital Troncalizado (SRDT), voltado para
comunicações críticas e já instalado nas principais cidades do Brasil. O desempenho
do SRDT, em ambientes urbanos, é sensivelmente superior aos rádios VHF utilizados
170
atualmente no SisC², que por sua vez, são superiores em outros aspectos aos rádios
do SRDT, calcados principalmente no fato de serem mais apropriados para
Operações Militares tradicionais, fora da área urbana. Pensando nisso, quando foi
concebido o SisC², o intercomunicador SOTAS, em todas as suas versões, já foi
adquirido com a funcionalidade de integrarse a esses rádios, restando apenas a
aquisição do cabo que realiza a conexão entre o rádio e o intercomunicador.
Porém, para efetivar o funcionamento dos rádios da família Motorola no SisC²
da VBTPMR Guarani serão necessárias adaptações no projeto, tais como adaptação
da alimentação elétrica para 12V e posicionamento da antena. Esta pode ser em uma
posição determinada ou fixada por magnetismo na parte externa da viatura, exigindo
em qualquer um dos casos, um ponto de passagem, algo complexo quando se trata
de perfurar uma viatura blindada.
Como o SRDT já dispõe de um software de C² próprio, o PACIFICADOR, não
há interferência entre os sistemas, mas redundância, pois permite ao escalão superior
a geolocalização de cada VBTPMR Guarani com um rádio da família Motorola,
independente de sua subordinação.
Novos desafios também devem ser considerados em relação à cadeia de
manutenção. A remoção dos Batalhões Logísticos da cadeia de manutenção em
tempo de paz é uma medida racional, já que nunca foi possível atender plenamente
às necessidades de pessoal qualificado, equipamentos e suprimento para
manutenção. Uma solução, quando uma Bda Inf Mec venha a ser empregada em
operações, é destacar uma equipe de apoio direto, oriunda dos Parques Regionais de
Manutenção ou do CCOMGEX, para realizar a manutenção necessária.
A capacitação de pessoal ainda é incipiente. Isso pode ser comprovado nas
experimentações doutrinárias de Pel Fuz Mec e Cia Fuz Mec, em que puderam ser
constatadas falhas básicas na operação do equipamento. Ao mesmo tempo, foram
identificados problemas técnicos até então desconhecidos, que nada têm a ver com o
conhecimento do material, pois extrapolam aquilo que é ensinado nos bancos
escolares. Aos poucos, as escolas de formação e especialização estão inserindo os
conhecimentos teóricos e práticos necessários à operação dos componentes do
sistema. Antes da realização de futuras experimentações doutrinárias, é prudente a
realização de exercícios técnicos de comunicações, visando ao melhor desempenho
possível. Fazse necessária a confecção de um manual sobre todo o SisC², o que
facilitaria em muito o ensino e a operação do sistema.
171
Anexo A
38) Possuir, na parte traseira, engate padronizado pelo Exército Brasileiro que permita
tracionar viaturas reboque ou do mesmo tipo. (peso oito)
39) Possuir tomada elétrica padronizada, com o correspondente cabo, que possibilite
a partida do motor ou a recarga da bateria por meio de outra viatura ou equipamentos
externos. (peso sete)
40) Possuir suporte externo para 2 (dois) camburões de 20 l (vinte litros) padronizado
pelo EB. (peso sete)
41) Possuir fixadas em local adequado, ferramentas de sapa e cabos de aço ou fita
de poliéster, padronizados pelo EB, para rebocar outras viaturas. (peso sete)
42) Possuir arranjo físico interno que propicie conforto e segurança à guarnição
e à tropa transportada. (peso oito)
43) Possuir tomada de ar, com engate rápido, para o sistema de freio do
reboque.(peso oito)
44) Possuir portas individuais para o embarque e o desembarque do motorista
e do comandante da viatura. (peso dez)
45) Possuir escotilhas no teto, que permitam o acesso da guarnição à parte superior
da viatura. (peso dez)
46) Possuir manuais de operação, de manutenção até 2º escalão e de manutenção
de 3º e 4º escalões, escritos em língua portuguesa. (peso oito)
47) Ser pintada nas cores e padrão estabelecidos pelo Exército Brasileiro. (peso sete)
48) Ser anfíbia, fluvial e marítima, sem preparação. o tempo necessário ao
acionamento dos equipamentos de navegação deve ser inferior a 2' (dois minutos).
(peso dez)
49) Possuir comando único para o sistema de navegação e, também, comandos
individuais para os subsistemas que o constituem. (peso dez)
50) Possuir propulsão aquática que lhe permita navegar com facilidade em rios com
correntezas de, no mínimo, 1,5 m / s (um vírgula cinco metros por segundo).(peso
oito)
51) Desenvolver velocidade igual ou superior a 9 km / h (nove quilômetros por hora)
nas vias aquáticas sem correnteza. (peso oito)
52) Atender aos preceitos regulamentares dos órgãos oficiais nacionais de trânsito
nos aspectos relacionados à iluminação, sinalização e segurança. (peso sete)
53) Possuírem os componentes do sistema de iluminação, interna e externa,
adequada proteção. (peso sete)
176
54) Possuir blindagem básica do chassi e torre, que ofereça proteção em toda a
viatura, à penetração de projetis 7,62 mm Pf (sete vírgula seis dois milímetros
perfurante) , disparados a 30 m (trinta metros) da viatura. (peso dez)
55) Possuir blindagem básica do chassi e torre, que ofereça proteção na parte frontal,
num arco mínimo de 30º (trinta graus), à penetração de projetis 12,7 mm Pf (doze
vírgula sete milímetros perfurante), disparados a 100 m (cem metros) da viatura.
(peso dez)
56) Possuir blindagem básica do chassi e torre, que ofereça proteção em toda a
viatura à penetração de estilhaços de granadas de artilharia de 155 mm (cento e
cinqüenta e cinco milímetros), com explosão a 10 m (dez metros) da viatura, com 70%
(setenta por cento) de confiabilidade. (peso dez)
57) Possuir blindagem básica do chassi, que ofereça proteção na parte inferior,
contra a explosão de minas antipessoal até 30 N (trinta Newtons) de altoexplosivo
(HE) "High Explosive ". (peso dez)
58) Possuir blindagem básica do chassi e torre, que ofereça proteção em toda a
viatura, a artifícios inflamáveis do tipo "Coquetel Molotov". (peso dez)
59) Possuir condições de receber blindagem adicional externa de placas de aço, em
todo o chassi e torre, de forma a aumentar sua proteção blindada na parte frontal, num
arco mínimo de 30º (trinta graus), contra a penetração de granadas 25 mm Pf (vinte e
cinco milímetros perfurante), disparadas a uma distância de 1.000 m (mil metros) da
viatura. (peso nove)
60) Possuir condições de receber blindagem adicional externa de placas de aço, em
todo o chassi e torre, de forma a aumentar sua proteção blindada nas laterais da
viatura, contra a penetração de projetis 12,7 mm Pf (doze vírgula sete milímetros
perfurante), disparados a 1.000 m (mil metros) de distância. (peso nove)
61) Possuir condições de receber blindagem adicional interna, nos compartimentos
do motorista e de combate, que aumente a capacidade de sobrevivência da tropa
embarcada e da guarnição, protegendoa de estilhaços que penetrem a blindagem
externa, decorrentes do impacto direto de granadas de 25 mm (vinte e cinco
milímetros), minas anticarro e estilhaços de granadas de artilharia. (peso nove)
62) Possuir o compartimento do motorista banco com regulagem horizontal e vertical.
(peso oito)
63) Possuir o compartimento do motorista cinto de segurança com fixação em 3 (três)
ou 4 (quatro) pontos. (peso oito)
177
Anexo B
1. TÍTULO
Requisitos Operacionais Básicos do Sistema de Comando e Controle da
Viatura Blindada de Transporte Pessoal (SC2 VBTP) (EB20ROB04.008), 1ª Edição,
2015.
2. REFERÊNCIAS
a) Diretrizes para a Elaboração dos Requisitos Operacionais Básicos ROB,
aprovadas pela Portaria nº 052 3ª SCh/EME, de 17 OUT 86;
b) Atributos Essenciais para o Material Rádio Componente do Sistema Tático de
Comunicações do Exército (SISTAC), estabelecidos pela Portaria nº 012EMERES,
de 13 MAR 01;
181
3.2.1.7 Possuir conjunto telefônico de cabeça com fone e microfone, com função
selecionável que permita o acionamento automático do transmissor por meio da voz
do operador e que possua ajuste de sensibilidade. (Peso dez)
3.2.1.8 Prover serviços de áudio com redução ativa de ruído. (Peso nove)
3.2.1.9 Permitir a seleção antecipada de frequências ou faixas de frequência a serem
utilizadas no estabelecimento dos enlaces rádio. (Peso dez)
3.2.1.10 Possibilitar o ajuste, pelo operador, da potência de transmissão do
equipamento rádio. (Peso dez)
3.2.1.11 Permitir a comunicação por voz entre os integrantes da guarnição da viatura
e pelo menos um dos Fuz Bld embarcados, de forma simultânea ou seletiva, usando
meios de comunicação com fio. (Peso dez)
3.2.1.12 Permitir a comunicação por voz entre o Cmt Vtr, quando embarcado, e pelo
menos um dos Fuz Bld desembarcados, usando meios de comunicação sem fio.
(Peso dez)
3.2.1.13 Possuir mecanismo de COMSEC que possa ser ativado e desativado pelo
operador. (Peso dez)
3.2.1.14 Possuir mecanismo de TRANSEC que possa poderá ser ativado e
desativado pelo operador. (Peso dez)
3.2.1.15 Possibilitar o emprego de Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) antiMAE
no campo das comunicações. (Peso dez)
3.2.1.16 Possuir interoperabilidade com os Conjuntos Rádio dos Grupos 1, 2 e 3 em
uso no
Exército Brasileiro, em comunicação de voz e sem emprego de COMSEC e
TRANSEC.(Peso dez)
3.2.2. REQUISITOS OPERACIONAIS DESEJÁVEIS
3.2.2.1 Realizar a comunicação por dados entre os integrantes da guarnição da
viatura e pelo menos um dos Fuz Bld orgânicos da VBTP V2, quando embarcados,
com taxa de transmissão mínima de 10 Mbps (dez megabits por segundo). (Peso seis)
3.2.2.2 Permitir a comunicação por dados entre o Cmt Vtr e pelo menos um dos Fuz
Bld orgânicos da VBTP , quando desembarcados, usando meios de comunicação com
e sem fio. (Peso seis)
3.2.2.3 No caso da comunicação usando meios sem fio, deve realizar a comunicação
entre o rádio do Fuz Bld e o da viatura a distâncias de pelo menos 1 Km (um
quilômetro), com taxa de transmissão mínima de 192 kbps (cento e noventa e dois
186
kilobits por segundo), com relevo ondulado e vegetação herbácea, com emprego de
COMSEC, e sem a presença de MAE. (Peso seis)
3.2.2.4 No caso da comunicação usando meios sem fio, deve possibilitar a
comunicação entre o rádio do Fuz Bld e o da viatura a distâncias de, pelo menos, 1
km (um quilômetro), com taxa de transmissão mínima de 9,6 kbps (nove vírgula seis
kilobits por segundo), com relevo ondulado e vegetação herbácea, com emprego de
COMSEC e TRANSEC, e sem presença de MAE. (Peso cinco)
3.2.2.5 No caso da comunicação usando meios sem fio, realizar a comunicação entre
o rádio do Fuz Bld e o da viatura a distâncias de pelo menos 1,5 Km (um vírgula cinco
quilômetros), com clareza e intensidade regulares, com relevo ondulado e vegetação
herbácea, com emprego de TRANSEC e COMSEC, e sem a presença de MAE. (Peso
seis)
3.2.2.6 Funcionar como estação repetidora para o sinal rádio de outros SC2 VBTP.
(Peso seis)
3.2.2.7 Possuir interoperabilidade com os Conjuntos Rádio dos Grupos 1, 2 e 3 em
uso no Exército Brasileiro, em comunicação de voz e com emprego de COMSEC ou
TRANSEC. (Peso seis)
3.2.2.8 Possuir interoperabilidade com os Conjuntos Rádio dos Grupos 1, 2 e 3 em
uso no Exército Brasileiro, em comunicação de dados e com emprego de COMSEC e
TRANSEC. (Peso seis)
3.2.2.9 Possuir, como opcional, meio de comunicação sem fio que possibilite a
comunicação de voz a distâncias acima de 70 km (setenta quilômetros) para os
Escalões Superiores, com clareza e intensidade regulares, com relevo ondulado e
vegetação herbácea, com emprego de COMSEC, sem presença de MAE. (Peso seis)
3.2.2.10 Possuir, como opcional, meio de comunicação sem fio que possibilite a
comunicação de voz com aeronaves do EB e da FAB, com emprego de COMSEC,
sem presença de MAE. (Peso seis)
3.2.2.11 No caso da comunicação usando meios com fio, deverá possuir dispositivo
instalado na parte externa da viatura que possa ser utilizado pelo Fuz Bld para
comunicarse com o Cmt Vtr. (Peso seis)
3.3. SUBSISTEMA SENSORES
3.3.1. REQUISITOS OPERACIONAIS ABSOLUTOS
3.3.1.1 Possuir sistema de geoposicionamento que forneça a latitude, longitude e
altitude da viatura, com precisão de até 5 m (cinco metros) na determinação da
187
3.4.1.9 Possuir interface visual (“display”) regulável e que permita ser operada sob
condições de luminosidade ambiente variando entre o escuro total e incidência direta
da luz do sol no visor. (Peso nove)
3.4.1.10 Possuir índice de confiabilidade igual ou superior a 90% (noventa por cento).
(Peso dez)
3.4.1.11 Possuir índice de disponibilidade igual ou superior a 70% (setenta por
cento). (Peso dez)
3.4.1.12 Possuir Tempo Médio entre Falhas (“Mean Time Between Failures” MTBF)
compatível com a classe do equipamento e o tipo de emprego. (Peso dez)
3.4.1.13 Ser de construção modular. (Peso dez)
3.4.1.14 Possuir módulos intercambiáveis. (Peso dez)
3.4.1.15 Possuir Tempo Médio para Reparo (“Mean Time to Repair MTTR), no 2º
escalão de manutenção, não superior a 3 h (três horas). (Peso dez)
3.4.1.16 Possuir hardware e Software que atendam, no que couber, às
recomendações de usabilidade e ergonomia constantes da norma MILSTD1472G.
(Peso dez)
3.4.1.17 Possuir manuais de operação e manutenção no idioma português do Brasil,
em conformidade com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. (Peso dez)
3.4.1.18 Possuir rusticidade que lhe permita ser operada e manutenida quando a
VBTP for submetida a quaisquer condições de termperatura, pressão e umidade da
Área Operacional do Continente. (Peso dez)
3.4.1.19 Possuir todos seus equipamentos sem apresentar superfícies cortantes,
arestas vivas, elementos salientes ou componentes pontiagudos que possam
constituir risco de lesão, por cortes ou perfurações, ao pessoal embarcado. (Peso dez)
3.4.1.20 Possuir todos seus equipamentos fornecidos nas cores padronizadas pelo
Exército Brasileiro (EB). (Peso oito)
3.4.1.21 Possuir proteção para o operador contra descargas atmosféricas. (Peso
dez)
3.4.1.22 Possuir dimensões e peso apropriados à instalação do SC2 nas VBTP
empregadas pelo EB. (Peso dez)
3.4.1.23 Ser robustecido, em conformidade com os padrões adotados pelo EB. (Peso
dez)
3.4.1.24 Ser resistente a choques e vibrações, em conformidade com os padrões
adotados pelo EB. (Peso dez)
189
Anexo C
Exemplo de planejamento de programação do Rádio RF7800VV560 para funcionamento com o GCB
Função SU Pel GC Frequência MHz Canal Rede LAN Multicast IP CTM 1 EB Indicativo
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 1ªCia 1 0 0 38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW 192.168.100.1 255.0.0.1 192.168.100.2 GCB100
30.155 5 Voz Cmt SU
38.525-38.725 (25) 6 Voz Salto
38.525-38.725 (25) 7 Voz TNW
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
SCmt 1ª Cia 1 0 1 38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW 192.168.101.1 255.0.0.1 192.168.101.2 GCB101
30.155 5 Voz Cmt SU
38.525-38.725 (25) 6 Voz Salto
38.525-38.725 (25) 7 Voz TNW
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
Cmt 1º Pel/1ªCia 1 1 0 192.168.110.1 255.0.0.1 192.168.110.2 GCB110
30.155 5 Voz Cmt SU
38.525-38.725 (25) 6 Voz Salto
38.525-38.725 (25) 7 Voz TNW
30.205 10 Voz Cmt 1 Pel
33.755 1 Dados 25
Cmt 1ºGC/1ºPel/1ªCia 1 1 1 192.168.111.1 255.0.0.1 192.168.111.2 GCB111
33.755 2 Dados 75
191
Função SU Pel GC Frequência MHz Canal Rede LAN Multicast IP CTM 1 EB Indicativo
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.205 10 Voz Cmt 1 Pel
40.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 2ºGC/1ºPel/1ªCia 1 1 2 192.168.112.1 255.0.0.1 192.168.112.2 GCB112
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.205 10 Voz Cmt 1 Pel
41.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 3ºGC/1ºPel/1ªCia 1 1 3 192.168.113.1 255.0.0.1 192.168.113.2 GCB113
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.205 10 Voz Cmt 1 Pel
42.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
Cmt 2º Pel/1ªCia 1 2 0 192.168.120.1 255.0.0.1 192.168.120.2 GCB120
30.155 5 Voz Cmt SU
38.525-38.725 (25) 6 Voz Salto
38.525-38.725 (25) 7 Voz TNW
30.255 10 Voz Cmt 2 Pel
33.755 1 Dados 25
Cmt 1ºGC/2ºPel/1ªCia 1 2 1 33.755 2 Dados 75 192.168.121.1 255.0.0.1 192.168.121.2 GCB121
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
192
Função SU Pel GC Frequência MHz Canal Rede LAN Multicast IP CTM 1 EB Indicativo
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.255 10 Voz Cmt 2 Pel
43.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 2ºGC/2ºPel/1ªCia 1 2 2 192.168.122.1 255.0.0.1 192.168.122.2 GCB122
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.255 10 Voz Cmt 2 Pel
44.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 3ºGC/2ºPel/1ªCia 1 2 3 192.168.123.1 255.0.0.1 192.168.123.2 GCB123
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
30.255 10 Voz Cmt 2 Pel
45.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
Cmt 3º Pel/1ªCia 1 3 0 192.168.130.1 255.0.0.1 192.168.130.2 GCB130
30.155 5 Voz Cmt SU
38.525-38.725 (25) 6 Voz Salto
38.525-38.725 (25) 7 Voz TNW
32.805 10 Voz Cmt 3 Pel
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
Cmt 1ºGC/3ºPel/1ªCia 1 3 1 192.168.131.1 255.0.0.1 192.168.131.2 GCB131
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
193
Função SU Pel GC Frequência MHz Canal Rede LAN Multicast IP CTM 1 EB Indicativo
32.805 10 Voz Cmt 3 Pel
46.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 2ºGC/3ºPel/1ªCia 1 3 2 192.168.132.1 255.0.0.1 192.168.132.2 GCB132
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
32.805 10 Voz Cmt 3 Pel
47.000 11 Voz Cmt GC
33.755 1 Dados 25
33.755 2 Dados 75
38.525-38.725 (25) 3 Dados Salto
Cmt 3ºGC/3ºPel/1ªCia 1 3 3 192.168.133.1 255.0.0.1 192.168.133.2 GCB133
38.525-38.725 (25) 4 Dados TNW
32.805 10 Voz Cmt 3 Pel
48.000 11 Voz Cmt GC
* Não haverá conflito de IP nas redes porque somente uma rede poderá ser utilizada de cada vez.
* As redes de voz não utilizarão IP, pois não estão com MACA ativado.
194
Anexo E
Questionário
Oficial
Praça
Civil
Outro: ________________________________________
195
Outro:____________________________________
196
Intercomunicador SOTAS
O Intercomunicador SOTAS é responsável pela comunicação entre os tripulantes da Viatura.
Composição do SOTAS
Indispensável
Dispensável
Desconhece/Não sabe do que se trata
Essencial
Dispensável
Desnecessária
197
9. Quanto ao uso do Intercomunicador SOTAS para comunicação via rádio, com outras
Viaturas ou postos, o Sr considera
Marcar apenas uma oval.
Essencial
Desnecessária
Nunca utilizei
Outro: ______________________________
10. Quanto ao uso da Estação de Usuário Avançada (AUS) do Intercomunicador SOTAS, para
ajustar configurações, o Sr
Marcar apenas uma oval.
11. Quanto ao uso da função de Repetidora (RRB) do Intercomunicador SOTAS, que permite
interconectar os 2 (dois) rádios existentes na Viatura para ampliar o alcance do equipamento,
o Sr
Marcar apenas uma oval.
Já fez uso
Sabe que existe a funcionalidade, porém não sabe como utilizála
Sabe que existe a funcionalidade, sabe como utilizála, porém nunca teve a
oportunidade de testála
Desconhecia essa funcionalidade
Não sabe do que se trata
13. Quanto aos Rádios Harris RF7800VV560, qual o nível de conhecimento em relação à
programação que o Sr tem:
Marcar apenas uma oval.
De fácil utilização
De média complexidade
Extremamente complexo
Não sabe do que se trata
199
15. Quanto a operação manual dos Rádios Harris RF7800VV560, como alterar a frequencia,
desligar e ligar o som, ativar ou desativar a criptografia, etc, o Sr considera
Marcar apenas uma oval.
de fácil realização
de dificuldade média
de alta complexidade
não sabe do que se trata
Outro: ______________________________________________
Sim
Não
Tablet Robustecido
200
Ótima
Razoável
Péssima
Ótima
Razoável
Péssima
GCB
Difícil
Fácil
22. Quanto a configuração inicial, necessária para ajustar o GCB com as configurações já inseridas
no equipamento rádio, o Sr considera
Marcar apenas uma oval.
Altamente complexas
De média complexidade
Fáceis
Não sabe do que se trata
Altamente complexos
De média complexidade
Fáceis
Não sabe do que se trata
Régua
Curvímetro
Autocentralizar
Calcos
Mensagens
Forças inimigas
Desempenho do Sistema
202
Até 5 km de distância
Até 10 km de distância
Até 20 km de distância
Até 30 km de distância
Até 50 km de distância
Acima de 50 km de distância
Nunca testou
Até 5 km de distância
Até 10 km de distância
Até 20 km de distância
Até 30 km de distância
Até 50 km de distância
Acima de 50 km de distância
Nunca testou
28. Quanto à consciência situacional (exibição do posicionamento por GPS das demais viaturas)
disponibilizada no GCB, o sr
Marcar apenas uma oval.
Ensino
Sim
Não
30. O Sr tem conhecimento da Nota de Aula de Operação e Programação dos Rádios Harris?
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
33. O Sr julga necessário um Caderno de Instrução que aborde todos os componentes do SisC2
da VBTP Guarani?
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
204
34. O Sr tem alguma consideração, contribuição ou crítica a relatar sobre o SisC2 da VBTP Guarani?
Aproveite para relatar problemas, oportunidades de melhoria, sugestões, etc. A resposta é anônima e
servirá de ferramenta para evolução do sistema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AEL Eletrônica. Generic Communication & C4I Infrastructure Suit for Vehicles.
Vehicle Integrated Solution (SIS). Ael Eletrônica, A Casa da Eletrônica Brasileira.
Apresentação de slides, 18 slides. Julho/2010.
BRASIL. Revista Verde Oliva. A Nova família de blindados. Brasília, DF. Ano XXXV,
Nr 197, Agosto 2008. Disponível em:<
http://en.calameo.com/books/001238206f38e4e262be4>. Acesso em: 17/07/2016.
_____._____. O Projeto Guarani. Brasília, DF. Ano XLII, Nr 227, abril 2015.
Disponível em:<http://en.calameo.com/read/00123820660b5c8449895>. Acesso em:
23/11/2015.
CAIAFA, Roberto. Projetos Estratégicos do Exército. Tecnologia & Defesa. Ano 33,
Nr 144. 2016. Acesso em 10/07/2016, sítio:
https://issuu.com/tecnologia_defesa/docs/ed.144editada.
PATRIA. Products and Services. Armoured Wheeled Vehicles. Patria AMV Product
Family. Disponível em: http://patria.fi/en/productsandservices/armouredwheeled
vehicles/patriaamvarmouredmodularvehicleproductfamily. Acesso em
16/07/2016.
SANTOS, Antônio Carlos Ruas – Cel R1, Coordenador do Projeto SisC². Projeto
Básico do SisC² da VBTP-MR Guarani (Minuta). Rio de Janeiro, 2011.