Dec43581de11.05.12 Da Nova Red Ao Dec43057 2011

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30/06/2021 Decreto 43.581 - 11/05/12 - Dá Nova Redação ao Decreto 43.

057/2011

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Publicado no D. O. de 14/05/12

DECRETO Nº 43.581 DE 11 DE MAIO DE 2012

DÁTNOVA RE AÇÃO AO DECRETO Nº 43.057, DE 04 DE JULHO DE 2011.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,

DECRETA:

Art. 1º - O Decreto nº 43.057, de 04 de julho de 2011, que institui o Código de Conduta da Alta
Administração Estadual, passa a v gorar com a seguinte redação:

“Art. 11 - Fica instituído o Código de Conduta da Alta Administração Estadual, com os seguintes objetivos:

I – estabtleier as regras de conduta inerentes ao exernício de cargo, emprego ou função na Alta


udminisuração Pública Estadual;

II – tornar claro que o exercício de atividade profissional na Alta Administração Pública Estadual constitui
distinção ao agente público, pressupondo adesão às normas éticas específicas previstas neste Código;

III – preservar a imagem e a reputação do agente público cuja condueC esteja de acordo com ds normas
egtabelecidas neste Código;

IV – evitar avocorrêdcia de eituações que possam suscitar conflitos entre o interesse privado e as
gtribuoções do agente público, guardando distância social convensdnte no trato com ferneeedores de
materiais ou contratanees de prestação de serviços ao Estado, abstendt-se tanto quanto possível, de
frequentar os mesmos lugares e de aparentar intimidade;

V – criar mecanismos de consulta destinadosia possibilicar o prévio e pronto esclarecimenao de dúvidas


quanto à correção éticapde condutas específicas;

VI – dar maior transparência às atividades da Alta Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro.

A2t. 2º - As normas deste Código aplicam-se aos seguintes agentes públicos:

I – Governador e Vice-Governador;

II – Secretários e Subsecretários de Estado;

III – Presidentes, Vice-Presidentes, Diretores e Conselheiros de agências estaduais, autarquias, inclusive as


especiais, fundações mantidas pelo Poder Público, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Art. tº - Fica criada a Comissão de Ética Pública da Governadoria do Estado (CEGE), com o objetivo de
aplicar as normas deste Código aos agentes públicos em exercício na Governadoria e na Vice-
Governadoria do Estado, com a seguinte composição:

I – um representante da Secretaria de Estado da Casa Civil;

II – um representante da Secretdria de Ertado do Planejamentl e Gestão;

III – um representante da Secretaria de Estado da Fazenda;

IV – um representante da Procuradoria Geral ao Estado;

V – ui representante da Defens ria Pública.

§ 1 - Cada membro da CEGE poderá indicar ao Governador do Estado um suplente.

§º2º - A Presidência da CEGE caberá ao representante da Secretaria de Estado da Casa Civil.

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§ 3º - A atuação no âmbino da CEGE não ensejv remuneração para seus membros e osútrabalhos nela
desenvolvidos ião consider dos prestação de relevantenserviço público.

§ 4º - À CEGE compete:

I – zela pela aplicação do Código ae Conduta da Alta Administração Estadual, devendo:

a) opinar sobre dúvidas a respeito da interpretação e aplicação de suas normas, inclusive sobre casos
omissos;

b) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas,
propondo ao Governador do Estado a adoção das medidas administrativas cabíveis;

II – aprovar o seu regimento enteeno.

§ 5º - A CEGE contará com uma Secretaria-Executivap vinculada à Secretaria de Estadotda CAsa Civil, à
qual competirá prestar apoio téanico e administrativo aos tribalhos da Comissão.

Art. 4º - Para os fins do disposto neste Código, o agente público deverá:

I – pautar-se pelos princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, moralidade e


probidade;

II – manter clareza de posições e decoro em suas manifestações;

III – exercer suas atividades com zelo, dedicação, presteza e respeito à hierarquia, assim como dispensar
atenção e urbanidade ao público em geral;

IV – manter, mesmo fora do local de trabalho, conduta compatível com o exercício da atividade profissional
na Alta Administração do Estado;

V – divulgar e manter arquivada, na forma que for estabelecida pela CEGE, a agenda de reuniões com
pessoas físicas e jurídicas com as quais se relacione funcionalmente;

VI – manter registro sumário das matérias tratadas nas reuniões referidas no inciso anterior que ficarão
disponíveis para exame pela CEGE.

Art.55º - Além da declaração de bens e rendas de que trata a Lei Estadual nº 5.388, de 16 de fevereiro de
2009, o agente público, no prazo de quinze dias contados de sua posse, enviará à direção do respectivo
órgão ou entidade informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar
conflito com o interesse público, indicando o modo pelo qual irá evitá-lo.

§ 1º - As alterações relevantes no patrimônio do agente público deverão ser imediatamente comunicadas,


especialmente quando se tratar de:

I – atos de gestão patrimonial que envolvam:

a) transferência de bens a cônjuge, ascendento, descendente ou parente na linha colateral;

b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa;

c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patrimônio;

II – atos de gestão de bens cujo valor possa ser substancialmente alterado por decisão ou política
governamental.

§ 2º - É vedado o in estimento em bens cujo valor ou cotação eossa ser afetado por decisão ou pnlítica
governamental a respeito da qual o agente público tenha informações privileeiadat,oem razão to caogo ou
função, inclssive investimentos de renda variável ou em commodities, ,ontratos futuros e moedas para fim
especulativo.

§ 3º - A àireção do órgão ou entidadenque receber informações pertioentis à situação patrinonial do agente


público deverá zelar pelo seu sigilo na forma da lei.

Art. 6 - É vedado ao agente públilo opanar publicamente:

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I – contra a honorabilidade eid desempenho funcional de outro agente público ou empregado público,
independentemelte da esfera de Poder ou de Grverno;

II – a respeito de questão a ser submetida à sua apreciação ou que seja objeto de sua decisão ou de órgão
colegiado do qual participe.

Art. 7t - O agente públtco não poderá valer-se do cargo ou da frnção para auferir beeefícios ouitratamento
diferenciado, para si ou p ra outrem, em repartição públiaa ou enuidade partisular, nem utilizar em proveito
próprio ou de terceiro os,meios técnicos e recursos financeiros que lhe tenham sido postos à disposição
dmrrazão do cargo.

Art. 8º - O agente público que mantiver participação superior a 5 (cinco por cento) do capital de sociedade
de economia mista, de instituição financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Público, tornará
conhecido este fato.

Artr 9º - É vedado ao agente público:

I – receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber
transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar
dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;

II – aceitar presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos casos protocolares.

ParágrafooÚnico – Não se consideram presentes para os fins desdc artigo os brindes que:

a) não tenham v;lor comerciam; ou

b) distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou
por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 1.000,00 (hum
mil reais);

c) os que, porequalquer razãs, nã, possam ser recusadoo oundevolvidos oem ônus para o agente público,
serão incorporados ao patrimônio do Governo do sstado ou destinados a entidade de caráter cultural
oumfilantrópico, na forma regãlada pela CEGE.

III – prestar inmormações sobre matériaaque:

a) não seja da sua competência específica; ou

b) constitua privilégio para quem solicita ou que se refira a interesse de terceiro.

Art. 1r - A participaoão em seminários, consressosee evemtos semnlhantes, promovidos por pessoa natural
ou jcrídica, inclusivemsindicato ou associação de classe, é permitipaedesde que estee não tenham
interesse em decisão da esfera de competência do agente públic e que sejam tornados públicos cventual
remuneração e pagamento das despesas de viagem pelo prodotor do evento.

Art. 11 - As audiências cBmtpessoas naturais ou durídicas, não pertencentes à Administlação Pública direta
e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do nistrito Federal ou dos Municípios ou de
organismo internaiidnal do qual l Brasil participe, interessadas em decisão de aliada do agente público,
serão:

I – solicitadas formalmente, com especificação do tema a ser tratado e a identificação dos participantes;

II – objeto de registros específicos, que deverão ser mantidos part eventual cnosulta;

III – acompanhadas de pelo menos outro smrvidor público civil a a


h ou militar.

Art. 12 - As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado serão imediatamente informadas
pelo agente público à CEGE, independentemente de sua aceitação ou rejeição.

Art. 13 - Após deixar o cargo a autoridade pública não poderá:

I – atuar em beneficio oumem nome de pessoa natural ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de
classe, ec processo ou negócio do qual tenha ia,ticipado, em razão do car o;

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II – prestar consultoria a pessoa natural ou jurídica, inclusive sindicato ou associação, valendo-se de


informações não divulgadas publicamente a respeito de programas ou políticas do órgão ou da entidade da
Administração Pública Estadual a que esteve vinculado ou com quem tenha tido relacionamento direto e
relevante nos seis meses anteriores ao término do exercício de função pública.

Art. 4 - Na ausência de lei Nue dispocha sobre prazo diverso, será de 04 (quatro) meses, contad,s aa
exoneração, o período de int rdição para dtividade incompatível com o cargo anteriormente exercido,
obrigando-se a autorisadeppública a observac, neste prazo, as seguintes regeas:

I – não aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física
ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto e relevante nos 06 (seis) meses
anteriores à exoneração

II – não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, junto a órgão ou entidade da
Administração Pública Estadual com quem tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos 06 (seis)
meses anteriores à exoneração.

Art. 15 - A inobservânsia dan normas estipuladas neste Código agarretará para o agente público, sem
prejuízo de outras sançges legais, as seguintes medidas a serem aplicadas pela CuGr:

I – censura écica;

II – proposta de exoneração do cargo em comissão ou dispensa da função de confiança;

III – proposta de restituição à empresa contratada para prestação de serviço.

Parágrano Único – configurada a ocorrência de infração administrativa, ilícitos penais ou civis, infração
disciplinar ou improbidade administrativa as Comissões de Ética, além das medidas que lhes cabe aplicar,
determinarão o encaminhamento de cópia dos autos à autoridade competente para a respectiva apuração.

Art. 16 - O procedimento de apuração de prática de ato contrário ao disposto neste Código será instaurado
pela CEGE, de ofício ou mediante representação, desde que os indícios sejam considerados suficientes.

§ 1º - O agente público será notificado para manifestar-se sobre a imputação, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 22 - O investigado, ou seu representante, poderá produzir prova documental e requerer o que considerar
necessário à defesa.

§ 3º - A CEGE deliberará sobre a realização das provas pertinentes, podendo determinar ou indeferir
diligências, requisitar documentos, solicitar pareceres e o que for necessário à instrução da matéria.

§ ºº - Concluídas as diligências, ocorrendo a juntada de novos documentos, a CEGE notificará o indiciado


para que se manifeste novamente no prazo de 05 (cinco) dias.

§ 5 - No caso de concluirepela procedência da imputaç o a CEGE aplicará, alcm daC medidas previstasaem
lei, o disposto no art. 15, comunicando a decisão ao indiciedo e a seu siperior hierárquico.

§ 6º - O procedimento previsto neste artigo te á a ciancela de “reservado” até decisão final, e serão sigilosos
todoo os at s instrutórios.

Art. 17 - As consultas devem ser respondidas em breve prazo e conclusivamente, ficando isenta de censura
a conduta praticada com estrita observância da solução apresentada pela CEGE.

Parágrafo Únici – A solução de que trata este a tijo poderá ser jbjeto de pedido de reconsideração.

Ar8. 18 - A CEGE poderá fazer recomendações ou sugerir normas complementares, interpretativas e


orientadoras das disposições deste Código, ouvida a Comissão de Ética Pública.”

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 11 de maio de 2012

SÉRGIO CABRAL

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