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POPULAÇÃO
EM SITUAÇÃO
DE RUA
Plano de Ação e Monitoramento
para Efetivação da Política Nacional
para a População em Situação de Rua
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
Desde o início de 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania trabalha em uma
série de medidas relativas à Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR) para
fortalecer a atenção, o cuidado e a garantia de direitos para essa parcela da população. A
articulação das ações envolve 11 ministérios do governo federal, em parceria com governos
estaduais e municipais, em diálogo com os movimentos sociais da população em situação de rua,
representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, a
sociedade civil organizada, o setor empresarial, universidades, trabalhadoras e trabalhadores.
O sentido de urgência para a construção do Plano de Ação e Monitoramento pela
Efetivação da Política Nacional para a População em Situação de Rua se deve ao desafio de acabar,
mais uma vez, com a miséria e a fome no Brasil. O negacionismo diante dos impactos da pandemia
de Covid-19 e o desmonte das políticas públicas para garantia de direitos levou ao aumento de 38%
do número de pessoas nessa situação entre 2019 e 2022. Para superar esse cenário inaceitável é
que voltamos a governar para transformar e cuidar das pessoas desse país, especialmente as que
mais precisam.
Não podemos nos esquecer que, em 2022, o Brasil retornou ao Mapa da Fome, legado de
um governo que negava a existência do problema e fez o país contabilizar 33 milhões de pessoas
passando fome, sendo as pessoas em situação de rua atingidas diretamente pela precarização das
condições de vida no país. Diante desses desafios, desde o início da atual gestão, o governo federal
tem tratado com prioridade as pessoas em situação de rua. Em tempos em que as violências contra
o povo da rua foram banalizadas, precisamos sempre reafirmar:
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autonomia. O papel das reivindicações dos movimentos sociais na formulação da Política Nacional
para População em Situação de Rua, que levaram à sua instituição em 2009, foi o legado que
inspirou a construção das ações que integram este Plano.
Para garantir a participação social no processo de reconstrução da PNPSR, o Ministério dos
Direitos Humanos e da Cidadania recriou o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e
Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua (CIAMP-Rua), já como
parte das medidas anunciadas nos 100 primeiros dias de governo.
O Decreto nº 11.472, publicado em abril deste ano, alterando o Decreto nº 9.894, de 27 de
junho de 2019, foi um marco para retomar o fortalecimento da participação e do controle social na
implementação e monitoramento das políticas públicas voltadas a essa população por meio do
CIAMP-Rua. Para o biênio 2023-2025, o Comitê contará com composição mais ampla da sociedade
civil, eleita em outubro deste ano.
Na atual gestão do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, foi também criada a
Diretoria de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua (DDPR), prevista no Decreto
11.341, de 01 de janeiro de 2023, como resposta às demandas apresentadas pelos movimentos
sociais da população em situação de rua. Vinculada à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa
dos Direitos Humanos (SNDH/MDHC), cabe à Diretoria a formulação, a coordenação e o
estabelecimento de políticas públicas destinadas à promoção dos direitos humanos das pessoas em
situação de rua, com acompanhamento e monitoramento do CIAMP-Rua.
O Plano de Ação e Monitoramento prevê um orçamento inicial de mais de
R$ 982.086.246,22 para a efetivação da PNPSR. Não há política pública sem investimento para
garantir programas estruturais com inclusão da população em situação de rua. Não superaremos o
grave cenário atual com ações pontuais, superficiais ou esparsas, mas com ações estruturantes,
coordenadas, transversais, intersetoriais e implementadas em parceria entre o Governo Federal,
estados e municípios. Garantiremos que o orçamento previsto para o Plano chegue às pessoas em
situação de rua por meio da transparência e do controle social sobre a aplicação dos recursos, do
fortalecimento das institucionalidades da PNPSR e do monitoramento dos órgãos de controle.
Entre as ações apresentadas a seguir, retomamos iniciativas da PNPSR voltadas ao acesso à
moradia, assistência social, saúde, emprego e renda. Incluímos medidas legislativas importantes,
que contarão com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da População de Rua, recentemente
relançada na Câmara dos Deputados, como a apresentação de Protocolo para enfrentamento à
violência institucional contra a população em situação de rua, além da atualização do Decreto da
PNPSR para incorporar as novas soluções que o Plano traz, e a regulamentação da Lei Padre Júlio
Lancellotti, que veda o uso da arquitetura hostil que dificulta a presença das pessoas em situação
de rua. Destaque do Plano é o Programa Moradia Cidadã, proposta inovadora de política de
atenção à população em situação crônica de rua, com promoção do acesso à moradia, com
acompanhamento de equipes profissionais para pessoas ou famílias em situação crônica de rua, a
fim de que possam construir uma vida autônoma e de consolidação dos seus direitos humanos, com
vistas à superação da situação de rua.
O Plano reflete o compromisso político e humano de efetivar a Política Nacional para a
População em Situação de Rua. Seu acompanhamento e monitoramento pelos movimentos sociais
da população em situação de rua dará vida às ações propostas e garantirá que coletivamente
consigamos superar os desafios para a garantia dos direitos do povo da rua.
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POVO DA RUA
Povo da rua
É povo carente
É povo presente
É povo invisível
Marginalizados
Povo da rua
É povo sem renda
É povo sem teto
É povo sofrido
É povo banido
Povo da rua
É povo sem vínculos
Sem família aplaudindo
É povo que perde
É povo que se perde
Nas mazelas da vida
Nas pingas bebidas
Nas drogas ingeridas
Povo da rua
É povo que adoece
O corpo e a mente
Quase ausente
Mesmo sempre
... persistente
Povo da rua
É emergente
É heterogêneo
De realidades distintas
Que se cruzam esquinas
Dos lugares que sobrou
Embora resiliente
Precisam de mudanças urgente
É povo que nem qualquer gente
Só que com direitos violados
pelo povo malvado
Que relutam em nos dar as mãos.
Cristiano e Samuel
[Pessoas com trajetória de rua]
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Apresentação
De acordo com diagnóstico preliminar realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania – MDHC, em agosto de 2023, com base nos dados e informações disponíveis em registros
administrativos e sistemas do governo federal, a população em situação de rua tem aumentado
significativamente no Brasil. Entre 2018 e julho de 2023, o número de pessoas em situação de rua
cadastradas no CadÚnico quase dobrou, chegando a 221.113 pessoas. O número de municípios
brasileiros com pessoas em situação de rua cadastradas também quase dobrou, passando de 1.215
(22%), em 2015, para 2.354, em 2023 (42% dos municípios do país). Além do aumento, houve
reconhecido agravamento das condições de vida das pessoas em situação de rua, principalmente no
contexto da pandemia de COVID-19.
Essa realidade aponta para a urgência de medidas e ações para o enfrentamento das
condições que perpetuam as vulnerabilidades dessa parcela da população. Nesse sentido, a Política
Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR), instituída pelo Decreto nº 7.053/2009, visa
assegurar o acesso a políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia,
segurança, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda à população em situação de rua, por meio de
serviços e programas transversais, intersetoriais e intergovernamentais.
O momento atual de convergência entre a vontade política por parte de um novo ciclo
governamental, a mobilização da sociedade civil, o engajamento do Poder Judiciário e o
compromisso do Congresso Nacional favorece a articulação entre diversos atores para a efetivação
da PNPSR, a fim de garantir, por meio de uma abordagem intersetorial e participativa, a realização
dos direitos humanos daqueles que, em meio a adversidades tão significativas, habitam as ruas das
cidades brasileiras.
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Nessa perspectiva, a decisão liminar proferida pelo Supremo Tribunal Federal - STF na
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 976, em 2023, determinou a
observância imediata, pelos estados, Distrito Federal e municípios, das diretrizes contidas na PNPSR,
independentemente de adesão formal, o que contribuirá para a efetivação da Política. Ademais, o
termo de adesão dos municípios e estados à PNPSR será atualizado, considerando a implementação
local das ações contidas neste Plano.
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Desse modo, este Plano de Ação e Monitoramento propõe medidas de amplo alcance em
sete eixos:
Eixo 2 - Saúde
Eixo 5 – Habitação
Ampliação das possibilidades de habitação digna para as pessoas em situação de rua, por
meio de priorização de acesso ao Programa Minha Casa, Minha Vida, bem como
implementação, em caráter de piloto, do Programa Moradia Cidadã.
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Produção e gestão de dados sobre população em situação de rua para subsídio de ações e
políticas públicas qualificadas e baseadas em evidências.
NÚMERO ORÇAMENTO
EIXO DE AÇÕES INICIAL
Assistência social
e segurança 24 R$ 575.712.331,00
alimentar
Saúde 14 R$ 304.141.388,00
Violência R$ 56.000.566,00
20
Institucional
Habitação 6 R$ 3.745.975,74
Trabalho e renda 6
R$ 1.230.000,00
TOTAL 99 R$ 982.086.246,22
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Órgãos envolvidos
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Sumário
A caminhada até aqui: da Política Nacional para População em Situação de Rua até a
construção do Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação da PNPSR. ............. 10
Ações para efetivação da Política Nacional para a População em Situação de Rua ... 31
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1
Link para acesso aos dados do Cadastro Único:
https://www.gov.br/pt-br/servicos/consultar-dados-do-cadastro-unico-cadunico
2
Link para acesso aos dados do Registro Mensal de Atendimentos:
https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/vigilancia/index2.php
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3
Link para acesso aos dados do Censo SUAS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/snas/vigilancia/index2.php
4
Link para acesso aos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN): ftp://ftp.datasus.gov.br/
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Rua (eCR), no âmbito da atenção primária. Uma limitação da base é que o cadastro ativo
no CNES não necessariamente representa o funcionamento efetivo das equipes nos
territórios5.
5
Link para acesso aos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?cnes/cnv/equipebr.def
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em situação de rua a cada mil habitantes. Seis estados possuem mais de 10.000 pessoas
em situação de rua cadastradas no CadÚnico: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul. Já entre os municípios, Belo Horizonte apresenta o
maior percentual de pessoas em situação de rua com relação à população total (0,5%),
com aproximadamente 5 pessoas em situação de rua a cada mil habitantes.
Esses dados apresentam apenas uma face do problema. Por ser um cadastro de
famílias em situação de pobreza e extrema para acesso aos benefícios socioassistenciais,
os dados do Cadastro Único revelam o número de pessoas alcançadas dentro dos limites
da ação estatal. Esse registro não foi desenhado para alcançar a contagem de pessoas
em situação de rua e, possivelmente, não abarca toda essa população. Um número
ainda desconhecido de pessoas pode ter sua vida nas ruas e não estar incluída no
CadÚnico. Diante da ausência de informações sobre esse público nos estudos censitários
do país, as pesquisas oficiais disponíveis são baseadas em estimativas.
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Quando questionadas sobre locais para dormir, 55% informaram que dormem na
rua, chegando a 70% na região Norte. No Sudeste, encontra-se a mais expressiva
proporção de pessoas que dormem em albergues (41%). A maior parte das pessoas em
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situação de rua não vive com suas famílias na rua (92%) e nunca ou quase nunca tem
contato com parentes fora da condição de rua (61%).
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Fortaleza 2 10.001
Pernambuco 9 10.212
Recife 4 3.748
Paraíba 5 8.710
João Pessoa 4 8.211
Sergipe 1 4.225
Aracaju 1 4.225
Rio Grande do Norte 5 4.110
Natal 3 1.923
Piauí 1 2.900
Teresina 1 2.900
REGIÃO SUDESTE 138 569.796
São Paulo 70 315.646
São Paulo 31 226.175
Rio de Janeiro 35 164.999
Rio de Janeiro 10 95.007
Minas Gerais 25 73.677
Belo Horizonte 8 18.256
Espírito Santo 8 15.474
Vitória 2 6.544
REGIÃO SUL 29 150.512
Rio Grande do Sul 12 118.103
Porto Alegre 5 75.248
Paraná 12 19.180
Curitiba 4 3.431
Santa Catarina 5 13.229
Florianópolis 1 2.758
REGIÃO CENTRO-OESTE 23 74.811
Distrito Federal 5 36.162
Brasília 5 36.162
Mato Grosso do Sul 4 14.949
Campo Grande 1 6.209
Mato Grosso 3 12.253
Cuiabá 2 5.420
Goiás 11 11.447
Goiânia 5 2.332
TOTAL 259 979.193
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do CNES e SISAB.
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de 142 para 259 equipes. O percentual de variação média anual foi de 9%, sendo o
maior incremento entre 2020 e 2021 (14%). A Região Norte teve o maior percentual de
variação (167%), porém permanece com o menor número de equipes (16). A Região
Sudeste concentra o maior número absoluto de equipes (138), que equivale a 53% das
equipes do país.
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As capitais com menor número de Centros POP são: Rio Branco, Porto Velho,
Manaus, Macapá, Teresina, Natal, Aracaju, Vitória e Campo Grande, todas com apenas
um Centro POP cada. Em 2022, o município de São Paulo concentrou o maior número de
Centros POP e de atendimentos especializados para pessoas em situação de rua do país.
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alocou apenas R$ 48,3 milhões para ações de Proteção Social Básica e de Proteção
Social Especial, logo nos primeiros dias da atual gestão, esse valor foi ampliado para R$
2,05 bilhões na Lei Orçamentária Anual sancionada em janeiro de 2023, permitindo
repasses regulares do Fundo Nacional de Assistência Social aos fundos municipais,
estaduais e distrital, para o cofinanciamento dos serviços socioassistenciais. De forma
específica aos serviços de proteção a pessoas em situação de rua no âmbito do SUAS
(Centros POP’s, vagas de acolhimento e serviço especializado em abordagem social), o
valor pago durante todo ano de 2022 foi de apenas R$ 49.267.327,93. Já para 2023, com
a recomposição orçamentária de aproximadamente 80% até o momento, os valores
transferidos a Estados e Municípios já estão garantidos em R$ 98.544.228,15.
Ações propostas
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O valor de repasses praticados pelo MDS aos estados e municípios para serviços
específicos para pessoas em situação de rua, na forma pactuada, é de R$
123.450.000,00 (cento e vinte e três milhões quatrocentos e cinquenta mil reais) anual.
Contudo, com a recomposição orçamentária de aproximadamente 80%, até o momento,
o valor de repasse em 2023 e previsto na PLOA de 2024 é de R$ 98.544.228,15 (noventa
e oito milhões quinhentos e quarenta e quatro mil duzentos e vinte e oito reais e quinze
centavos) anual.
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
R$ 2.811.750
(2024)
1.7. Aprimoramento do Prontuário SUAS MDS dez/24
R$ 8.435.250
(2024-2026)
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As ações destinadas a identificar e incluir os grupos mais afetados pela fome nos sistemas
públicos e nos programas que integram o Brasil sem Fome passarão a ter a população em
situação de rua como público prioritário, incluindo a identificação de pessoas em situação de
insegurança alimentar e nutricional nas unidades do SUS, do SUAS e do SISAN por meio do
Protocolo Brasil Sem Fome.
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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1.21. Apoio a 50 municípios que possuem
cozinhas solidárias, geridas pela sociedade civil, Recursos de
priorizando aquelas com protagonismo da MDS, MDHC,
dez/2026 parceiros
população em situação de rua e de catadores de MTE
privados
materiais recicláveis
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R$ 25.700.000
1.23. Repasse de 5.141.400 Kg de
(2024)
alimentos do PAA para as cozinhas MDS dez/2023
R$ 77.100.000
comunitárias
(2024-2026)
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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• Órgãos envolvidos
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Eixo 2 - Saúde
Ações propostas
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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R$ 78.693.796
2.13. Ampliação de 660 equipes de consultório na (2024)
MS dez/2024
rua com agentes sociais com trajetória de rua R$ 236.081.388
(2024-2026)
No mesmo ano em que foi instituída a Política Nacional para a População em Situação
de Rua, foi criado o Comitê Técnico de Saúde da População em Situação de Rua (Portaria
MS/GM n° 3.305/2009). O Comitê representa avanço significativo para a PSR na área da
saúde, sendo composto por representantes do Ministério da Saúde, da Fundação
Oswaldo Cruz e por representantes de entidades da sociedade civil organizada.
Reafirmando o compromisso do Governo Federal e a importância da participação social
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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• Órgãos envolvido
Ministério da Saúde
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
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6 Souza, Jessé. Subcidadania brasileira: para entender o país além do jeitinho brasileiro. Leya, 2018.
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Ações propostas
Pessoas em situação de rua enfrentam diversas dificuldades para acessar seus direitos e
exercer sua cidadania, bem como frequentar espaços de lazer, cultura, educação e
convivência social. Essas barreiras são ainda mais significativas quando se trata de
pessoas com demandas associadas ao uso problemático de álcool e outras drogas, que
por suas especificidades enfrentam dificuldades até mesmo nos equipamentos voltados
à população em situação de rua. Com o objetivo de contribuir para a superação dessas
barreiras, o Governo Federal pretende induzir a criação de espaços de acolhimento e
diversidade, que atuem na perspectiva de portas abertas e maior flexibilidade para
atendimento a esse público, com o objetivo de conectá-lo à rede de serviços e direitos,
com promoção de acesso a ações de prevenção, acompanhamento, inserção social e
cuidado, oportunidades econômicas lícitas e educação formal de qualidade, de forma
articulada a serviços e políticas públicas presentes nos territórios.
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
R$ 4.600.000,00
3.2. Apoio ao Programa Atitude-PE MJSP dez/2024
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
3.5. Formação, em 30 municípios, de
R$ 2.134.522
aproximadamente 90.000 Guardas Municipais para
MDHC, (2024)
prevenção e enfrentamento à violência dez/2024
MJSP R$ 6.403.566
institucional contra a população em situação de
(2024-2026)
rua
3.6. Oferta de curso EaD pela Senasp, com 40h/a,
sobre "o papel do profissional de segurança
pública junto às pessoas em situação de rua" para
formação de Policiais Militares, com inclusão do MJSP abril/2024 R$ 28.000
curso no âmbito do Pronasci 2, para fins de
fornecer bolsa-formação, como forma de estímulo
à participação do curso.
3.7. Qualificação da força de trabalho das
Defensorias Públicas, em parceria com lideranças
de movimentos sociais de pessoas em situação de
MJSP dez/2026 R$ 4.000.000
rua e catadores de material reciclável, para
assistência jurídica integral de forma especializada
e integrada com a rede socioassistencial.
A Política Nacional sobre Drogas foi constituída com o objetivo de prevenir o uso
indevido de drogas, tratar os dependentes químicos, reprimir o tráfico ilícito e promover
o desenvolvimento científico sobre o tema. A Política envolve diversos profissionais que
atuam na assistência social, saúde, segurança pública, educação e justiça. Esses
profissionais devem estar preparados para lidar com as questões relacionadas às drogas
de forma ética, humanizada e integrada. Por isso, essa ação visa oferecer cursos de
formação para os profissionais que atuam na política sobre drogas.
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 46
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
R$3.000.000,00
3.8. Desenvolvimento de projeto pedagógico e (2024)
implementação de formação de profissionais da R$ 3.000.000,00
MJSP dez/2026
saúde, da assistência, da segurança pública e dos (2025)
serviços penais nas 27 unidades da federação. R$ 3.000.000,00
(2026)
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 47
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
A Lei Padre Júlio Lancellotti (Lei nº 14.489/2022) tem como objetivo combater a
arquitetura hostil, compreendida como um conjunto de estratégias urbanísticas que
visam impedir ou dificultar o uso dos espaços públicos por determinados grupos sociais,
especialmente as pessoas em situação de rua. Essas estratégias violam o direito à cidade
e à convivência democrática, além de aumentar a exclusão e a violência social. Diante
dessa prática que restringe direitos, foi elaborado um decreto de regulamentação da Lei
Padre Júlio Lancellotti para definição do conceito de arquitetura hostil, estabelecendo
normas e sanções para coibir essa prática nas cidades brasileiras. Nesse sentido, será
elaborada uma cartilha sobre arquitetura hostil para engenheiros, arquitetos e
urbanistas a respeito da promoção de conforto, abrigo, descanso, bem-estar e
acessibilidade na fruição dos espaços livres de uso público, de seu mobiliário e de suas
interfaces com os espaços de uso privado, e da vedação do emprego de materiais,
estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou
resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros
segmentos da população, nos termos da Lei nº 14.489/2022 e de seu decreto
regulamentador.
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
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Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
A Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR) foi instituída para
garantir os direitos e a cidadania das pessoas que vivem nas ruas, por meio de ações
integradas e intersetoriais. O Decreto nº 7.053/2009 foi o instrumento legal que
instituiu a PNPSR e estabeleceu seus princípios, diretrizes e objetivos. No entanto, esse
decreto precisa ser atualizado e aprimorado, tendo em vista as mudanças sociais e
jurídicas ocorridas desde sua publicação. Em especial, serão incorporadas diretrizes que
orientaram a construção deste plano e que em boa medida foram chanceladas na
decisão proferida no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF) nº 976 MC/DF, que reconheceu a situação de violação dos direitos fundamentais
da população em situação de rua e determinou medidas para sua proteção. Entre essas
medidas, está a proibição da remoção forçada das pessoas e dos seus pertences.
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
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META ÓRGĀOS PRAZO
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A aporofobia tem sido o termo usado para designar o medo, a aversão ou o desprezo
pelos pobres ou pelos que vivem em situação de pobreza. Também designada por
“pobrefobia”, essa fobia se manifesta por meio de atitudes discriminatórias, violentas
ou excludentes contra essas pessoas, vistas como inferiores, perigosas ou indesejáveis.
A aporofobia afeta diretamente a população em situação de rua, frequentemente alvo
de preconceito, hostilidade e violação de direitos. Para enfrentar essa discriminação e
violência, será instituída uma campanha educativa sobre aporofobia, direito à cidade e
direitos da população em situação de rua, com objetivo de sensibilizar e conscientizar a
sociedade sobre o significado do tema, sobre a vivência e os direitos dessa população.
Além da sensibilização da sociedade em geral, é fundamental que os gestores e os
educadores tenham conhecimento e capacitação sobre a aporofobia e seus impactos na
população em situação de rua. Esses profissionais têm um papel estratégico na
implementação das políticas públicas e na formação das novas gerações. Por isso, será
elaborada e difundida cartilha para profissionais da educação voltada à conscientização
sobre a aporofobia e à abordagem do tema na escola.
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META ÓRGÃOS PRAZO
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3.19. Constituição, por Portaria,
de grupo de trabalho, a ser
coordenado pela SENAD/MJSP,
para desenvolvimento de
Dez/2023 -
estratégia intersetorial de MJSP
proteção a pessoas que usam
drogas em territórios
vulnerabilizados
3.20. Mapeamento das cenas
R$ 3.000.000,00
de uso nas 26 capitais e DF a
(2024)
partir da atuação de
R$ 3.000.000,00
articuladores territoriais da MJSP dez/2026
(2025)
política sobre drogas, como
R$ 3.000.000,00
ação prévia a ações de
(2026)
formação.
• Órgãos envolvidos
Ministério da Educação
Ministério da Cultura (Iphan)
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Ministério das Cidades
Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
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Ações propostas
Os pontos de apoio são locais com oferta de diversos serviços como lavanderia,
banheiros, bebedouros e bagageiros. Esses serviços são voltados para as atividades de
cuidado e higiene pessoal, que são essenciais sua saúde, autoestima e dignidade. Esses
serviços podem ser prestados nos equipamentos voltados à população em situação de
rua, como os Centros POP, as Unidades de Acolhimento ou os Consultórios na Rua. Esses
equipamentos são responsáveis por oferecer acolhida, escuta qualificada,
encaminhamentos para a rede de serviços públicos e privados, apoio na construção do
projeto de vida e na superação da situação de rua. Esta ação visa criar pontos de apoio
para atendimento às atividades de cuidado e higiene pessoal para pessoas em situação
de rua.
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Anual
4.3. Realização do Programa Operação Inverno 15.000.000
MDHC (iniciado em
Acolhedor em 7 capitais das regiões Sul e Sudeste (2024-2026)
2023)
Os mutirões da cidadania são eventos que reúnem diversos órgãos e entidades que
oferecem serviços gratuitos para a população em situação de vulnerabilidade social. Um
dos serviços mais importantes é a regularização de documentos oficiais – certidão de
nascimento, carteira de identidade, CPF, título de eleitor, carteira de trabalho, entre
outros – essenciais para acesso aos direitos e às políticas públicas. Outro serviço
importante é o acesso a benefícios previdenciários como o Benefício de Prestação
Continuada (BPC), a aposentadoria por idade ou por invalidez, e o auxílio-doença. Esses
benefícios são importantes para garantir uma renda mínima e proteção social às
pessoas em situação de rua. Esta ação visa realizar mutirões da cidadania para a
regularização de documentação e acesso a benefícios previdenciários, em parceria com
o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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4.5. Celebração de termos de fomento com até
20 (vinte) organizações da sociedade civil, que
desenvolvam projetos de mitigação de fatores
de vulnerabilidade racial na política sobre MJSP, Out/2023
R$ 3.000.000
drogas, que beneficiem, dentre outros públicos, MIR (realizada)
pessoas em situação de rua expostas ao uso
abusivo de álcool e outras drogas, ou ao
aliciamento pelo crime organizado.
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estruturantes, como na Política Nacional Aldir Blanc e na Política Nacional Cultura Viva,
são importantes mecanismos para garantia do direito à cultura e de construção de
espaços para fazer cultura e expressar seus modos de viver.
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META ÓRGĀOS PRAZO
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4.10. Publicação edital nacional (Sistema MinC)
para projetos/iniciativas, a serem desenvolvidos
por entidades/instituições sem fins lucrativos de
natureza cultural voltados à população em MinC dez/2024 R$ 2.000.000
situação de rua ou com trajetória de rua, no
âmbito da Política Nacional Cultura Viva e da
Política Nacional Aldir Blanc
4.11. Indução à destinação de recurso da PNAB e
da Política Nacional Cultura Viva para
instrumentos de fomento a inciativas culturais à
população de rua, na retomada dos Pontos de
Cultura, espaços culturais, comitês de cultura e
MinC dez/2024 -
trabalhadores e trabalhadoras da cultura, por
meio da disponibilização de Modelos de editais
específicos e por meio da revisão das instruções
normativas para inclusão de bonificação em
editais de seleção
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META ÓRGĀOS PRAZO
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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4.13. Atendimento de 750 mulheres em
situação de rua no projeto piloto do Programa
MEC, MDHC, 1.200.000
Mulheres Mil, sendo 150 em cada uma das dez/2024
MDS (2023)
seguintes cidades: Aracaju/SE, Nova Iguaçu/RJ,
Recife/PE, São Paulo/SP e Salvador/BA
• Órgãos envolvidos
Ministério da Educação
Ministério da Cultura
Ministério da Saúde
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Ministério da Igualdade Racial
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
Instituto Nacional do Seguro Social
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 59
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Eixo 5 - Habitação
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Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
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hierarquização das propostas para o Programa Minha Casa, Minha Vida - Entidades,
contemplar o atendimento à população em situação de rua.
Para avançar ainda mais na oferta de opções de moradia para pessoas em
extrema vulnerabilidade, será regulamentada nova modalidade do Minha Casa Minha
Vida, pautada na locação social.
Será também ampliado o acesso da população em situação de rua nas ações
relacionadas à destinação patrimonial da União. O Governo Federal espera, com essa
ação, inspirar estados e municípios a igualmente adotarem estratégias de destinação
social de bens públicos para políticas de habitação para a população de baixa ou
nenhuma renda.
Por fim, reconhecendo a necessidade de oferta de alternativas para a
superação da situação crônica de rua e compreendendo que enfrentar a violação do
direito à moradia digna exige novas abordagens e inversão de lógicas estabelecidas, será
lançado o Programa Moradia Cidadã. Aplicando a metodologia housing first, o Programa
baseia-se na ideia de que a moradia estável e segura é ponto de partida essencial para
que as pessoas possam lidar com outros desafios, invertendo a lógica “etapista” de que
as pessoas em situação de rua devem primeiro obter uma vaga de emprego ou passar
por um processo de reabilitação antes de alcançar o direito à moradia. A primeira etapa
de implementação do Moradia Cidadã iniciará já em 2024, com realização de projetos
piloto em 3 cidades. A partir das experiências-piloto, será refinada a aplicação da
metodologia no contexto brasileiro, para sua expansão de forma nacional.
Ações propostas
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ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
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5.1. Publicação da Portaria MCID Nº 862/2023,
que estabelece como critério de hierarquização
das propostas para o Programa MCMV MCIDADES jul/2023 -
Entidades, contemplar o atendimento à
população em situação de rua
5.2. Priorização da população em situação de
rua ao Programa Minha Casa, Minha Vida, por
MCIDADES, dez/2026 -
meio de Portaria que regulamentará o disposto
MDHC
na Lei nº 14.620/23
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
5.4. Assegurar a participação dos movimentos
organizados da população em situação de rua e
entidades da sociedade civil que atuam na pauta MGI mar/2024 -
nos comitês Estaduais do Programa de
Democratização de Imóveis da União
5.5. Priorizar, no âmbito do Programa de
Democratização de Imóveis da União, a
destinação de imóveis para políticas de provisão MGI dez/2026 -
habitacional que atendam à população em
situação de rua
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• Órgãos envolvidos
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Ações propostas
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Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
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Exemplos dessas iniciativas são as tratativas do MDHC com o SEBRAE e a FIRJAN para
assinatura de Acordos de Cooperação Técnica, ainda em 2023, com vistas a ampliar a
oferta de qualificação profissional e de empregabilidade para população em situação de
rua.
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
6.6. Criação de medidas de indução para empresas
implementarem políticas institucionais de trabalho e
renda para pessoas em situação de rua, por meio de MTE,
dez/2026 -
celebração de Acordos de Cooperação com empresas MDHC
e federações da iniciativa privada (pactuação entre
MDHC e Firjan em andamento)
• Órgãos envolvidos
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 66
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
O Eixo 7 reúne as ações que visam subsidiar com dados e evidências a formulação e o
monitoramento de programas, serviços e ações intersetoriais capazes de assegurar os direitos,
reduzir danos e promover a inserção social da população em situação de rua, bem como apoiar
o poder público no direcionamento de suas capacidades institucionais para promoção e
proteção dessas pessoas. Entre as principais ações previstas, destacam-se: a instituição de um
Grupo de Trabalho Interinstitucional para definição da metodologia de realização do Censo
Nacional Pop Rua; a análise do acesso dessa população aos programas de transferência de renda
e do cumprimento de condicionalidades; e o cruzamento dos dados do Censo da população em
situação de rua, previsto entre as ações deste Plano, com o CadÚnico para identificar pessoas
não atendidas.
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 67
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
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Além dessas ações, será lançado, ainda em 2023, o Observatório Nacional de Direitos
Humanos (ObservaDH) para atuar na captação, análise e disseminação de informações em
direitos humanos. Entre as principais entregas do novo observatório temático, em setembro de
2023 foi amplamente divulgada a criação de nova ferramenta digital de visualização dedicada a
disseminação de informações sobre a evolução do quantitativo, perfil das pessoas em situação
de rua, bem como o acesso delas a políticas públicas. A ferramenta pode ser acessada pelo
endereço eletrônico: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/populacao-em-
situacao-de-rua .
Ações propostas
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 68
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da Política Nacional para a População em Situação de Rua
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
7.10. Inserção da temática da População em
Situação de Rua no Bate-Papo com a Defesa Civil
MIDR nov/2023 -
do dia 30 de novembro de 2023 que tratará do
tema “Ondas de Calor”
7.11. Ampliação dos destinatários dos alertas
emitidos incluindo serviços públicos e da sociedade
civil que atuam com a população em situação de MIDR,
abr/2024 -
rua, com abertura de cadastro na plataforma IDAP MDHC
para as instituições
ORÇAMENTO
META ÓRGĀOS PRAZO
INICIAL
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 71
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• Órgãos envolvidos
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 72
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Próximos passos
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 73
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
Vamos seguir de mãos dadas nessa caminhada para que o povo da rua volte a
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 74
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
Referências bibliográficas
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BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº
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Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e dá outras providências.
Brasília: Diário Oficial da União, 2009a. Disponível em:
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SUAS, e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 1993. Disponível em:
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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de
Assistência Social. Comissão Intergestores Tripartite. Resolução nº 4, de 24 de maio de 2011.
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Centros de Referência da Assistência Social - CRAS e Centros de Referência Especializados da
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http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/resolucoes/2011/ResolucaoC
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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. SUAS e População em
Situação de Rua: Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em
Situação de Rua – Centro Pop. Brasília: MDS, 2011b. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_cen
tro_pop.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de
setembro de 2017a. Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema
Único de Saúde. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html#ANEXOVCAPI.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação nº 1, de 28 de
setembro de 2017b. Consolidação das normas sobre os direitos e deveres dos usuários da
P O P U L A Ç Ã O E M S I T U A Ç Ã O D E R U A 75
Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação
da Política Nacional para a População em Situação de Rua
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