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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Desenvolver pesquisa sobre:


Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica e outros elementos ligados a
Didáctica Geral.

Nome do estudante: Luísa João Mandala


Código do estudante: 708223658

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: Didáctica Geral
Ano de Frequência: 1º
Docente: Anita René Ossumane

Quelimane, Julho de 2022


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Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área
de estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letras, parágrafos, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências bibliográficas
citações e
bibliografia

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Recomendações de Melhoria:
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Índice

1.Introdução .................................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos................................................................................................................................. 3

1.1.2.Objectivo Geral .................................................................................................................... 3

1.1.3.Objectivo específico ............................................................................................................ 3

1.1.4.Metodologias ........................................................................................................................ 3

2.Origem etimológica da Didáctica ............................................................................................. 4

2.1.Conceito da didáctica .............................................................................................................. 4

2.1.2.Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica ........................................................ 5

2.1.3.Didáctica: suas relações com a pedagogia e outras ciencias .......................................... 6

2.1.4.Funções didácticas. .............................................................................................................. 7

2.1.5.Descrição das principais funções didácticas. ................................................................... 8

2.1.6.A relação entre as diferentes funções didácticas na sala de aulas. ................................ 9

2.1.7.Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação .......................................... 10

2.1.8.Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação .......................................... 10

2.1.9.Aplicação das funções didácticas na actividade docente .............................................. 12

3.Conclusão .................................................................................................................................. 14

4.Bibliografia ................................................................................................................................ 15

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1. Introdução
A Didáctica Geral é uma das disciplinas que, nos sistemas de formação de professores, se
coloca ao centro da formação pedagógica do professor contribuindo significativamente para
desenvolver a compreensão da prática de realização do processo de ensino e aprendizagem
que favoreça um ensino activo e, ainda, desenvolver a capacidade de reflexão do professor
sobre o processo de ensino e aprendizagem e sobre a sua prática, de modo a poder melhorá-
los.

1.1. Objectivos

1.1.2. Objectivo Geral


 Identificar a especificidade (objecto) e as relações da Didáctica com as outras ciências

1.1.3. Objectivo específico

 Realizar um processo de ensino-aprendizagem centrado sobre o aluno ;


 Praticar, na sua actividade docente, a unidade dialéctica entre as diferentes funções
didácticas
 Diferenciar a especificidade da Didáctica Geral, no conjunto das Didácticas
específicas.

1.1.4. Metodologias
No que diz respeito a metodologia para a realização do trabalho foi através de
consultas bibliográficas relacionadas a esta área de estudo. As obras consultadas que
tornaram o trabalho possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da
conclusão, estando organizadas em ordem alfabética.

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2. Origem etimológica da Didáctica
A palavra Didáctica deriva da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Visto deste
modo, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua Didáctica Magna,
Coménio (veja no fim da unidade texto complementar sobre a vida e obra de Coménio)
qualifica Didáctica como a “arte de instruir”.

Etimologicamente, a Didáctica é a teoria de instrução. Na sua opinião, seria suficiente


qualificarmos a actividade do professor apenas como “instrução”? Como acabou de ver, ao
falarmos de instrução, no processo de formação humana, estamos a posicionar-nos
principalmente do lado do desenvolvimento, no indivíduo, do:
 Saber (conhecimentos);
 Saber fazer (capacidades e habilidades).
Quer dizer, deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assim como o saber
estar (comportamentos e hábitos) que são também importantes para se conseguir o
desenvolvimento integral do homem. Alias, quando falamos da Didáctica, um aspecto que
merece o nosso maior apreço é o de que o processo didáctico se refere à actividade do
professor e, neste sentido, o ensino (e aprendizagem) tem lugar, na sua máxima intensidade e
expressão, na sala de aulas, razão pela qual a Didáctica também se designa de “teoria de
ensino”. Assim, através dos seus objectivos de formação, o ensino deve incorporar a instrução
(saber, saber fazer) e a educação (saber ser e estar).

2.1. Conceito da didáctica


Para estes diferentes casos, pode compreender que a didáctica é uma ciência dimensionada
para o humano, que se propõe a ajudar e educar o homem, necessitando, por isso, de se
fundamentar nos princípios da educação. Por isso, onde quer que se procure falar e/ou definir
a didáctica a sua essência reside na questão de ensino e formação, no mesmo sentido em que
deve estar a conceitualização que acabou de apresentar em relação à didáctica.

Olhando para outros autores que procuraram apresentar um conceito de didáctica, chegamos à
conclusão de haver várias definições. Por exemplo, Libaneo (1994: 25/6) diz que a Didáctica

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investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. A ela
cabe converter os objectivos socio-políticos e pedagógicos em objectivos de ensino,
seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos entre o
ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos
alunos. E se definimos a acção educativa pelo seu carácter intencional, também a acção
docente se caracteriza como direcção consciente e intencional do ensino, tendo em vista a
instrução e educação dos indivíduos, capacitando-os para o domínio de instrumentos
cognitivos e operativos de assimilação da experiência social e culturalmente organizada.
Por seu turno, Sant’Anna e Menegolla (2000: 25) numa longa dissertação e com algum sentido
de ironia fazem notar que: a A Didáctica não pode ser entendida simplesmente como um rol de
princípios, de teorias de ensino ou teorias de aprendizagem. Não pode ser concebida como
ciência que somente estabelece uma série de métodos e técnicas de ensino a ser apresentada
como solução para todos os problemas no processo de ensino e aprendizagem.

2.1.2. Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica


Comênio, Defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os
princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor.
Objectivando a aproximação do homem a Deus, o seu objectivo central era tornar os homens
bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé, capazes de praticar acções virtuosas
estendendo-se a todos: ricos, pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didáctica é, ao
mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o acto de ensinar quanto a arte de ensinar..

Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e


perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências
diversas; - a diversidade das inteligências é tão-somente um excesso ou deficiência da
harmonia natural; - o melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece
quando as inteligências são novas.

Salientou a importância da educação formal de crianças e preconizou a criação de


escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as noções
elementares do que deveriam aprofundar mais tarde. A educação deveria começar pelos
sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objectos seriam

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interiorizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão, retenção e práticas
constituíam a base de seu método didáctico e, por eles, chegar-se-ia às três qualidades:
erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto,
vontade e memória.

O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer
coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, uso definido; - deve
ensinar-se de maneira directa e clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas,
partindo de suas causas; - explicar primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em
seu devido tempo;

2.1.3. Didáctica: suas relações com a pedagogia e outras ciencias


A didáctica é uma ciência pedagógica, por isso mantém uma relação com a pedagogia.
Mas também vemos que devido à complexidade do processo de ensino e aprendizagem,
de um lado, e, por outro, tendo em conta o carácter interdisciplinar de quase todos os
ramos de saber, a didáctica mantém relações com outras ciências. De facto, a actuação
do professor com o propósito de ensinar exige dele um agir tendo em conta não
somente as habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um certo sentido
psicológico, sociológico, biológico, filosófico, etc. Neste sentido, o professor deve
municiar-se de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo
pedagógico, biológico, sociológico, filosófico. A didáctica é uma ciência pedagógica,
por isso mantém uma relação com a pedagogia. Mas também vemos que devido à
complexidade do processo de ensino e aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo
em conta o carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica
mantém relações com outras ciências. De facto, a actuação do professor com o
propósito de ensinar exige dele um agir tendo em conta não somente as habilidades
didácticas, mas também pedagógicas e um certo sentido psicológico, sociológico,
biológico, filosófico, etc. Neste sentido, o professor deve municiar-se de
conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo pedagógico,
biológico, sociológico, filosófico

Didáctica em relação à Pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificarem os


objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção de mundo,

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de uma opção metodológica geral e uma concepção de praxis pedagógica, uma vez que
essas tarefas pertencem ao campo do pedagógico. É verdade que a finalidade imediata
do processo didáctico é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas
conexas. Todavia, por se tratar de matérias ou temas de ensino, implicando, portanto,
dimensão formativa, a eles se sobrepõem objectivos e tarefas mais amplos,
determinados sociais e pedagogicamente. Daí considerar-se a didáctica como disciplina
de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias específicas das matérias que
se esclarecem e se particularizam sob características comuns, básicas, da actividade
pedagógica e, em particular, do processo de ensino e aprendizagem.

Em outras palavras, a didáctica opera a interligação entre a teoria e a prática. Ela


engloba um conjunto de conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes
esferas científicas (teoria da educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia,
etc.), junto com requisitos de operacionalização. Noutros termos, a Pedagogia investiga
a natureza das finalidades da educação como processo social, no seio de uma
determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação dos
indivíduos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em
sociedade.

Neste sentido, a Didáctica assegura o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão


político-social e técnica; é, por isso, uma disciplina eminentemente pedagógica.

2.1.4. Funções didácticas.

Segundo Piletti (2001:110) “as funções didácticas são orientações para o professor
dirigir o processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades”

As funções didácticas segundo mesmo autor podem ser os seguintes: Introdução e


Motivação, Mediação e Assimilação, Domínio e Consolidação, Controlo e Avaliação

Para Libânio (1994: 175) “funções didácticas são movimentos/passos do PEA


[Processo de Ensino Aprendizagem] no decorrer de uma aula ou unidade didáctica”. As
funções didácticas são elementos ou partes que constituem a actividade principal do
processo de ensino-aprendizagem, o qual se manifesta na coordenação, subordinação,

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combinação e relação destas, de modo a garantir que o PEA se realize de forma eficaz,
isto é, que as várias partes do PEA possam constituir uma unidade de conhecimentos.

2.1.5. Descrição das principais funções didácticas.


Introdução e Motivação

A função didáctica “Introdução e Motivação” é a primeira, e portanto, corresponde ao


momento inicial da aula. É um momento crucial de preparação psicológica dos alunos para o
processo de mediação do conhecimento na sala de aula.

Mediação e Assimilação

A Mediação e Assimilação é o segundo momento da aula. É uma função didáctica muito


visível dentro do processo de ensino-aprendizagem. A função do professor é de mediar a
construção do conhecimento por parte dos alunos. O professor é considerado como o
facilitador, organizador e orientador do processo de ensino-aprendizagem (PEA). O cria
condições psicológicas, pedagógicas e didácticas para que ocorra a aprendizagem

Domínio e Consolidação

Na função anterior, explicamos que o trabalho do professor consiste em prover as condições e


os modos de mediação e assimilação do conteúdo programático aos alunos, incluindo
actividade prática para solidificar essa compreensão. Portanto, o professor explica o conteúdo
da aula.

Para tal a função didáctica “Domínio e Consolidação”, muitas vezes é representada pelos
exercícios de consolidação que podem seguir diferentes formas ou podem apresentar várias
modalidades.

Consolidação reprodutiva – apresenta um carácter de exercitação, significa que após a


compreensão presumida do conteúdo exposto pelo docente, os alunos reproduzem
conhecimentos, aplicando a uma determinada nova;

Consolidação generalizadora – esta inclui a aplicação de conhecimentos para situações


novas, após a sistematização implica em todo caso a integração de conhecimentos de forma
que os alunos estabeleçam relações entre conceitos, analisem factos e fenómenos sobre vários

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pontos de vista, façam ligação dos conhecimentos com novas situações e factos da vida
real/prática;

Consolidação criativa – refere-se neste sentido, as tarefas que levam ai aprimoramento do


pensamento independente e criativo, na forma de trabalho independente dos alunos sobre a
base das consolidações anteriores.

Enfim, os exercícios levam ao aluno a fixar e a formar habilidades e hábitos, auxiliando a


sistematização. Lembrando que sempre deve existir a motivação.

Controlo e Avaliação

No processo de ensino-aprendizagem recomenda-se que a avaliação seja contínua e


permanente, pois permite identificar avanços e recuos e tomada de decisões sobre as referidas
actividades implementadas e a implementar. A avaliação permite saber os efeitos da
metodologia adoptada, revela os níveis de assimilação de cada aluno em particular no processo
e da turma em geral.

A função didáctica “Controlo e Avaliação” visa informar como está a decorrer a aprendizagem
dos alunos, visa informar se os alunos estão a ser conduzidos em direcção aos objectivos
traçados e é aplicada continuamente no decorrer da aula, de modo a acompanhar na íntegra o
processo.

2.1.6. A relação entre as diferentes funções didácticas na sala de aulas.


As Funções Didácticas são estudadas separadamente, mas são aplicadas de forma
interrelacionada durante uma aula. Cada etapa ou passo da aula corresponde a uma
função didáctica, que é dominante, o que significa que pode haver o envolvimento das
restantes, com o fim de, no conjunto, elas assegurarem a eficácia.

Segundo Lebaneo (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para
estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida.
No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o problema
enquadra-se a propósito do titulo, de clara a sua importância e actualidade, apresenta-se
síntese do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases genéricas e pouco
coerentes adequados a todos.

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A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreça
determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos
apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (PILETTI, 2007:233).
Olhando para esta abordagem, pode-se concluir que a motivação tem dois campos
nomeadamente: campo psicológico (em que ela é o processo que se desenvolve no interior do
individuo e o impulsiona a agir mental ou fisicamente em função de algo) e campo didáctico(
em que a motivação é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior
do individuo, afim de predispô-lo na participação das actividades.
Numa aula sempre é aconselhável que haja a motivação. Nisso, a introdução de uma aula é
antecedida ou ocorre com a motivação.

2.1.7. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação


O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão, reactivação dos
conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo assunto: coloca questões da
matéria nova para despertar interesse. A actividade anterior visa transformar os objectivos da
aula em objectivos de aprendizagem de cada um dos alunos.
O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, quando colocando questões da
matéria nova ou ainda fazendo revisão dos conhecimento assimilados que estejam
relacionados com o novo assunto e ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso
com vista a despertar interesse nos alunos.
Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação atreves de ilustrações, faz resumos,
esclarece os assuntos, expõe os conteúdos e o aluno na assimilação toma nota, presta atenção,
aplica os conhecimentos, apresente as questões, faz resumos e abstracções.

2.1.8. Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação


Sob ponto de vista de estruturação da aula, esta função, introdução e motivação constitui a
primeira etapa da aula, portanto, é caracterizado por um processo de estimulação destinado a
desencadear impulsos interiores do indivíduo a fim de predispô-lo a querer participar nas
actividades escolares oferecidas pelo mediador. Assim sendo, este momento de aula tem a
seguinte importância:
- Base do êxito e do rendimento, por subordinar-se à forma como os alunos são motivados
para a aprendizagem que deverá ser caracterizada por uma actividade consciente para os
alunos.

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Estando o aluno motivado, na fase do domínio e consolidação procuram se reduzir os erros
dos alunos na compreensão da matéria e permitir a fixação dos conhecimentos na memória.
Portanto, ainda na fase de introdução e motivação entram elementos de reactivação, o que
significa que um bom domínio e consolidação começam com uma boa introdução e
motivação. Consolidar e dominar não só são funções de luta contra o esquecimento mas
também para elevar o nível das capacidades, desenvolver as habilidades, fixar os hábitos e
aplicar o aprendido.

Relação Introdução /Motivação e Controlo /Avaliação


Sabendo-se que para o professor dirigir efectivamente o PEA ele precisa conhecer o grau das
dificuldades dos alunos na compreensão das matérias e para isso o professor precisa controlar
e avaliar os alunos; dependendo dos resultados o professor pode saber até que ponto foram
motivados, isto é, pode medir até que ponto foi efectuada a função didáctica
Introdução/Motivação. Neste sentido o controle e avaliação tanto controla os alunos assim
como o professor.
Relação Medição/ Assimilação e Domínio / Consolidação
Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por parte do
professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for esta função
didáctica tanto mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é, o aluno só poderá
consolidar e dominar o que tiver assimilado, esteja isto correcto ou errado.
Ex: Sabe-se que na medição e Assimilação ha retenção das leis, dos princípios das formulas e
das teorias e dissemos que na Consolidação exercitamos; o aluno só poderá aplicar as fórmulas
para a resolução de exercícios relacionados com a queda livre dos corpos se realmente tiver
assimilado as teorias assim como as formulas e todas as outras componentes da função
didáctica Medição/ Assimilação.

Relação Mediação/ Assimilação e Controle /Avaliação.


Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação:
Só pode ser controlado e avaliado um conteúdo previamente mediado e assimilado, isto é, o
professor não pode avaliar conteúdos não dados.

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Ao mesmo, o Controle avalia até que os conteúdos forem mediados e assimilados, para a partir
daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo ritmo se a Assimilação/Mediação for bem
sucedida.
Ex: falando ainda da queda livre dos corpos: o professor pode avaliar se os alunos assimilaram
os conteúdos, isto é, as teorias, os princípios, as fórmulas bem como as leis.

Relação Domínio /consolidação e controlo /avaliação


Os conhecimentos mediados e assimilados são organizados, aprimorados e “fixados” na mente
dos alunos de modo a que fiquem disponíveis para a sua aplicação em novas situações de vida
concreta do aluno.
O mais importante é que, de facto, estes conhecimentos devem ser aprimorados possibilitando
a formação de habilidades, hábitos para utilização independente e criadora desses.
Deste modo, para a consolidação e a formação de habilidades e hábitos é necessários que se
incluam exercícios de fixação que podem ir desde perguntas simples até à recapitulação dos
focos principais da aula. Por isso, as tarefas de recapitulação, sistematização e os exercícios
devem dar oportunidade ao aluno de estabelecer entre o aprendido e situações novas, comparar
os conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas ou questões
diferentemente de como foram abordados, por exemplo, no livro didáctico, pôr em prática
habilidades e hábitos decorrentes do estudo.

2.1.9. Aplicação das funções didácticas na actividade docente


Segundo Pillet (1991) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve dialogo e no fim faz a síntese. A função do professor consiste em o
processo de construção de conhecimentos e na mediação, prevalecem as formas de
estruturação e organização didáctica dos conteúdos. Neste processo a figura do professor
como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar a figura de mediador,
facilitador ou orientador e tal mediação actualmente deve ser diferente, expondo cada vez mais
alunos antes de objectos e receptores passivos, concebendo-os como sujeitos da sua própria
aprendizagem para alem de ter conhecimentos para ter conhecimentos da própria aula.

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A aplicação é o “coração” do processo de ensino e aprendizagem e aetapa superior do
aumento e desenvolvimento de capacidades através daresolução de problemas e tarefas em
situações análogas e novas.
A aplicação representa, em certa medida, a ponte para a praticaprofissional, visto que
desenvolve as capacidades que devempossibilitar ao aluno o poder de aproveitar a teoria e
posteriormentepôr seus conhecimentos no trabalho produtivo. Dai resulta a grandeimportância
da aplicaçao para realizar o principio da unidade entre ateoria e a pratica.
Aplicação indirecta
Trata-se de aplicações que estabelecem uma relação indirectacom a pratica: tais aplicações
jogam um papel importante,porexemplo, no ensino da matématica, e também a aplicação
deconhecimentos geograficos e historicos em novas circunstanciase situações
Por isso, a estruturação da aula por parte do professor é um processo queimplica criatividade e
flexibilidade, isto é, perspicacia de saber o quefazer frente a situaçoes didacticas especificas,
cujo rumo nem sempre éprevisive.

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3. Conclusão
Chegando ao fim do presente trabalho cheguei de concluir que As funções didácticas como
orientações para o professor, dirigirem o processo completo de aprendizagem e de aquisição
de diferentes qualidades elas estão interligadas entre si não podendo se realizar isoladamente
dai a interdependência uma das outras durante as diferentes etapas do PEA. Geralmente uma
função didáctica abre o caminho para a efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita
o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma,
esta totalidade reflecte as relações especificas de cada função didáctica com a outra de maneira
recíproca. De salientar que as relação que se estabelece entre as funções importa verificar que:
enquanto introdução e motivação corresponde especificamente ao momento de preparação
para a mediação de conhecimento na sala de aula, a mediação e assimilação é o momento dos
alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão desenvolver. O Domínio e
Consolidação é etapa que se pretende conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos
alunos, e, finalmente, o controle e avaliação permite educador providenciar se necessário
rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem.
Entre as varias funções didácticas também se pode encontrar uma relação de reciprocidade
com vista a permitir que o PEA seja cada vez mais eficiente e eficaz

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4. Bibliografia

BALMAS, Juan Carlos. Programa de formação de docentes. Modulo FDEP-NIII-I. DINET.


Maputo, 2005.

BORDENAVE, J. D. & PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis,


1989.

BRANDÃO, Carlos. Evolução do papel do professor: consequências para a educação. 1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. (colecção Magistério 2º Grau, Semi -Formação Professor).
Editora Cortez. São Paulo.1994.pp.128-145.
NERICI, Giuseppe Emídio. Didáctica - Uma introdução. 2. ed. Eletra Atlas. São Paulo 1999.
PILLETI, Claudino. Didáctica Geral. 12 ed. Atira. São Paulo. 199
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comenius", consultado no dia 10/09/06)
Jan Amos Komenský (em português Comenius ou Comênio) (1592, 1670) foi um professor,
cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica Moderna.
Comenius nasceu em 28 de Março de 1592, na cidade de Uherský Brod (ou Nivnitz), na
Morávia, Europa central, região que pertencia ao antigo Reino da Boémia e hoje integra a
República Checa. Viveu e estudou na Alemanha e na Polónia. Iniciador da didáctica
moderna.

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