FUTSAL E HANDEBOLJoao Arlindo Dos Santos Macedo
FUTSAL E HANDEBOLJoao Arlindo Dos Santos Macedo
FUTSAL E HANDEBOLJoao Arlindo Dos Santos Macedo
PARA
HANDEBOL E FUTSAL
Combinando o modelo JDC com os Estilos de Ensino
GOIÂNIA - 2020
Apresentação
Caro leitor, este livreto foi elaborado contendo uma proposta de Unidade Didática
para o ensino de esportes de invasão com foco em Handebol e Futsal. A referida
unidade, resulta de uma pesquisa-ação1 desenvolvida no programa do Mestrado
Profissional em Rede em Educação Física com o ensino do esporte no campo escolar
e propõe a combinação de duas abordagens de ensino, o modelo dos JDC (Jogos
Desportivos Coletivos) formulado em 1995 pelos autores portugueses Amândio
Graça e Júlio Garganta e os Estilos de Ensino criados pelo israelense Muska Mosston
(1966-1994). A escolha das duas abordagens se deu com a perspectiva de delinear
um caminho de ensino com foco no protagonismo do aprendiz e apresentar ao
professor uma forma de didatização para além das centradas exclusivamente no
comando docente. Portanto, a partir dos referenciais táticos, técnicos e didáticos
vinculados a uma pedagogia do esporte, buscamos subsidiar o processo de ensino-
aprendizagem para esportes de invasão a alunos em nível de iniciação.
1
A pesquisa que sustenta esta proposta de livreto contêm o percurso de construção, aplicação e análise de uma unidade didática
para esportes de invasão e foi orientada pelo professor Doutor Heitor de Andrade Rodrigues da Universidade Federal de Goiás. A
mesma foi feita em formato de texto dissertativo e encontra-se nas referências deste livreto. Caso queiram entrar em contato
com o pesquisador e conhecer a íntegra do texto da pesquisa mandar email com chamada de conhecer a dissertação para
[email protected].
SUMÁRIO
O modelo de ensino dos JDC (Jogos Desportivos Coletivos) foi desenvolvido pela
colaboração dos autores portugueses Graça e Garganta (1995), que realizaram uma análise crítica
sobre o que foi produzido nas principais concepções e metodologias de ensino para esportes
coletivos, com maior foco em esportes de invasão.
Identificaram que uma parcela significativa dessas metodologias de ensino de esporte,
marcantes no ensino dos desportos coletivos, pautavam-se centralmente no aprendizado da
técnica para depois aplicá-la no jogo – modelo analítico – e o fator tático necessário ao jogar
dependeria da boa aplicação das técnicas em jogo. Em decorrência disto, entendia-se que a
expertise do jogador e o somatório de habilidades bem exercitadas e praticadas pelos jogadores
atenderiam ao aprendizado para jogar bem. Nesse sentido coloca-se:
sistema complexo. Ilustrando esta complexidade, o esquema a seguir indica aspectos que se
encontram no bojo da didatização no modelo JDC.
Razões do
Como fazer
fazer
O modelo traz também como marcador essencial para o ensino, os níveis de relação do
jogador com os elementos do jogo, que se manifestam pela relação de complexidade entre estes
e devem ser crescentemente trabalhados no processo de ensino. Nesse sentido, os níveis de
complexidade dos elementos que compõe a relação do jogador com jogo, que constituem a base
didática para o ensino de esportes nos JDC, evidenciam as seguintes possibilidades:
5- Jogador-objeto-colegas-adversário (eu-bola-colegas-adversário)
6- Jogador-objeto-equipe-adversário (eu-bola-equipe-adversário)
Adaptado de Reverdito e Scaglia (2009)
Estes níveis coletivos de jogo, de acordo com o modelo, são importantes para que o
professor estabeleça os tipos de jogo, regule a ação dos mesmos e busque jogos e atividades que
auxiliem o desenvolvimento tático dos alunos. A perspectiva que se aponta no modelo é que o
jogador e equipe desenvolvam um jogar cada vez mais coletivo e harmônico no tocante aos três
princípios direcionadores do ensino.
Ao que se refere às adaptações no processo de ensino voltados ao aluno e para tornar
o aprendizado do jogo mais adequado, considera-se no modelo dos JDC: O jogo como elemento
de motivação, regras simples, sucesso e continuidade nas ações e a utilização de jogos que
preservem os caracteres de oposição, cooperação e lúdico (GRAÇA; GARGANTA, 1995)
Portanto, o modelo dos JDC, que compõe um dos diversos previstos para ensino de
esportes de invasão, revela possibilidades para didatizar os elementos do jogo e de auxiliar
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diretamente na formação da consciência e ação tática do aluno jogador. O bom domínio e manejo
na aplicação deste, demandará do professor conduzir os alunos por meio de jogos e atividades
apropriadas a um desenvolvimento contínuo, onde deve-se considerar do aluno sua capacidade
tática e motora de atuar no jogo.
2
Para esta síntese biográfica do autor, recorremos a apresentação biográfica feita sobre a história e teoria do autor por
Krug (2009), que apresenta maiores detalhes da vida e trajetória deste. A obra em questão é fruto de seu doutoramento
e anos de pesquisa dedicados a didatizar e divulgar os estilos de ensino. É reconhecida pelo próprio autor quando este
ainda estava vivo, como uma das revelações na aplicação, avaliação, pesquisa e compreensão do Spectrum,
mencionada no prefácio da edição de 1994 da obra cujo título é: Teaching Physical Education ou Ensinando Educação
Física, em tradução livre.
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deliberações no início, meio e fim da aula ou em uma atividade em aula, o que representa a
anatomia de cada estilo. A imagem abaixo ilustra o padrão de decisão que se difere entre professor
e aluno ao longo dos 11 estilos de ensino.
Figura 2 – Padrões de decisão entre professor e aluno ao longo dos Estilos de Ensino
Figura 3 - Esquema geral da relação entre Axioma e Anatomia dos Estilos de Ensino
AXIOMA
O ensino é uma
cadeia de tomadas
de decisão
PADRÕES
DE DECISÃO
Decisões mais centradas no professor Etapa de equilibração das Decisões mais centradas no aluno
decisões
ANATOMIA DO ESTILO
Os diferentes momentos da aula ou da atividade que se dão por uma ordem – no início, meio e fim – quem toma
a decisão no momento; se professor, aluno ou os dois, e quem toma mais decisões.
A teoria didática proposta por Mosston (1972) se ordena centralmente em seis premissas
do Spectrum e estilos de ensino, quais sejam: 1) o axioma; 2) a anatomia de cada estilo; 3) os
tomadores de decisão; 4) o espectro como representação gráfica; 5) os grupos e nível de decisão
ao longo dos estilos e 6) os efeitos do desenvolvimento através de 5 canais. Graficamente, estas
podem ser compreendidas segundo a figura 4 abaixo:
Os estilos que estão dentro do Spectrum de acordo com sua anatomia, produzirão mais
a aprendizagem no aluno a partir de um ou mais canais de desenvolvimento, que se mostram
variáveis como diferentes formas de aprofundamento dependendo da necessidade de
aprendizagem. Cada estilo de ensino possui um potencial específico no desenvolvimento do aluno
e na capacidade de mediação do professor no relacionamento com o aprendiz. Além disso, cada
estilo produz um efeito de aprendizagem e, por vezes, estimulam um canal específico. Os cinco
canais disponíveis são: físico, moral, cognitivo, emocional e social (MOSSTON, 1972).
Um fator essencial para a compreensão teórica do Spectrum é o conceito de dissonância
cognitiva utilizado por Festinger (1957) apud Mosston (1972). Esta é a fase de ativação cognitiva
do aluno que se desperta para buscar as respostas a partir de um conjunto de questões ou
diferentes atividades de estímulo. Nos estilos, essa teoria evidencia a relação geral da passagem
no processo de pensamento e aprendizado da fase de memória entre os estilos de ensino de
reprodução para a fase de descoberta e de criatividade nos estilos de ensino de produção,
evidenciando níveis que ampliam cada vez mais a demanda cognitiva do aluno. Portanto, para os
estilos de ensino e sua representação no Spectrum, enquanto teoria de comportamentos de ensino,
a dissonância cognitiva é sua articulação central.
O processo de pensamento e aprendizado depende para Mosston e Ashworth (1990)
das questões para memória (Qm), questões para descoberta (Qd) e questões para criatividade
(Qc). Estas implicarão no estímulo (S) parte inicial, que deve mobilizar a dissonância cognitiva (D)
que, ao ser provocada, gerará dois tipos de operações mentais – operações dominantes – mais
voltadas a associar, organizar e reproduzir – e a operações de suporte – mais voltadas a
categorizar, descobrir e criar – e dentro destas considera-se o tempo e tipo de mediação (M) que
será provocada pelos diferentes tipos de retroalimentação – de valor, neutra, ambígua ou corretiva
– resultando em uma resposta (R) que deverá ser a mais eficaz, aproximada ou adequada ao tema
ou problema de aula (MOSSTON; ASHWORTH, 1990).
A dissonância cognitiva, portanto, é decisiva no processo de descoberta e criação, e
evidencia-se no processo de categorização que é a etapa de independência cognitiva do aluno.
O Spectrum é a representação da teoria geral do ensino em que se articulam diferentes
formas de relação professor-aluno, trata-se de um conjunto coordenado que articula dois grupos
de estilos de ensino, conhecidos como: estilos de ensino de reprodução ou estilos focados na
memória e estilos de ensino de produção ou de descoberta e criatividade (MOSSTON;
ASHWORTH, 1990).
Os estilos denominados de reprodução dividem-se em: comando (Estilo A), tarefa (Estilo
B), recíproco (Estilo C), auto checagem (Estilo D) e inclusão (Estilo E) (MOSSTON; ASWORTH,
1990). Esses estilos possuem uma tênue articulação que se modifica na inserção de novas
responsabilidades e mudanças das tomadas de decisão que são passadas do professor para os
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e comparação gestados nos estilos de reprodução, pois esse é instado, através de um conjunto de
questões pensadas pelo professor, a encontrar as melhores respostas, fixar aprendizados destas
e mobilizar passos para um agir mais criativo.
Cada estilo de ensino tem, portanto, suas estratégias de relacionamento e suas
razões principais. No grupo de reprodução, as decisões de aula são tomadas e gestadas mais pelo
professor, com inserções graduais da tomada de decisão pelo aluno e orientando a autopercepção
deste em sua aprendizagem. Após uma transição nos estilos do limiar de descoberta e criatividade,
que são os 2 centrais, se inicia a fase do desenvolvimento da capacidade de criação, improvisação
e de resolução de problemas, de modo que o aluno se torne cada vez menos dependente.
Portanto, o Spectrum parte dos estilos mais centrados no professor identificados – nas
cinco primeiras letras A, B, C, D e E – para os seis mais centrados no aluno – com as letras F, G,
H, I, J e K. Todos estes evidenciam, pela ordem alfabética, a transferência progressiva de decisão
do professor para o aluno e a independência que este vai conquistando ao longo de um tempo de
experiência seguindo este estilo de ensino.
Figura 5 - Correspondência das competências multidimensionais dos JDC com os estilos Recíproco, Produção
Divergente e Descoberta Guiada
Combinação da
Competência
Multidimensional
dos JDC aos
estilos C, F e H
Nesse estilo, além da etapa de orientação inicial do professor e busca do aluno na fase
de impacto, há o diálogo aberto, a exposição e orientação entre professor e aluno. Tem como
características distintivas desenvolver no aluno a compreensão e a criação de respostas de
variabilidade tático e técnica no jogo. Mostra-se fértil em face da dinâmica imprevisível do qual o
jogo pode apresentar e ao mesmo tempo provoca uma maior contextualização dos conhecimentos
táticos e técnicos aprendidos por meio do estilo de ensino R, sendo um grande aliado no andamento
de uma sequência de aulas pensada para exercitar as razões e modos do fazer nos JDC.
A aula nesse estilo deve nortear-se por um conjunto de questões em redes de
problemas, que comportam mais de uma resposta correta, mas que requerem um padrão mínimo
de eficácia no jogo, a se verificar na competência demonstrada na ação e resultados do jogar.
Mostra-se como um estilo válido para ir ao desconhecido a partir de uma base mínima que pode
ter se acumulado em outros jogos e estilos (KRUG, 2009).
O estilo descoberta guiada inaugura uma etapa muito importante para o professor e para
o aluno, a fase de descoberta em que o aluno é provocado a ir além dos aprendizados de memória
e comparação gestados nos estilos de reprodução, pois esse é instado, através de um conjunto de
questões pensadas pelo professor, a encontrar as melhores respostas, fixar aprendizados destas
e mobilizar passos para um agir mais criativo.
No estilo descoberta guiada, a elaboração do roteiro de questões convergentes é função
essencial do professor, que além disso deve organizar bem o ambiente e as cenas de cada
atividade/jogo, de modo a auxiliar o aluno na busca das respostas. Nesse estilo, o professor deve
ater-se para que as cenas elaboradas dentro de uma aula, seja em forma de atividades ou em
forma de desafios, não sejam longas demais – de modo que os alunos se desmotivem com
questões mal dirigidas – ou curtas demais – para que não seja ativada a dissonância cognitiva
correspondente à capacidade cognitiva do aluno. Sendo assim, o estilo requer uma boa dosagem
de tempo e profundidade do professor no domínio do conteúdo (KRUG, 2009).
Outro aspecto importante desse estilo é que o professor pode e deve realizar pausas na
fase de impacto, acrescentando perguntas que auxiliem na busca do aluno pela descoberta do
conceito ou saber principal da aula, seja em roda ou em grupos, uma vez que o estilo possui uma
característica mais dialógica e expositiva entre professor e aluno.
A anatomia do estilo coloca-se abaixo do seguinte modo:
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Para estruturar a unidade didática para ensino de esportes de invasão, nos pautamos
na progressão de cinco níveis do modelo de ensino dos JDC combinadas aos estilos de ensino R,
PD e DG, sendo estas organizadas da seguinte forma: eu-bola e eu-bola-alvo (estilo R), eu-bola-
adversário (estilo PD), eu-bola-colega-adversário e eu-bola-colegas-adversário (estilo DG). Para
cada um desses cinco níveis e dos três estilos de ensino selecionados para corresponder a estes,
se distribuíram as 16 aulas.
Sendo assim, buscamos desenvolver uma sequência de ensino baseada na lógica
progressiva do nível de relacionamento do jogador com os elementos do jogo, utilizando para
auxiliar estes os estilos de ensino R, PD e DG que melhor se ajustam a relação trabalhada e aos
objetivos delineados para estas no grupo de aulas.
Para evidenciar o quadro geral das aulas (Quadro 6) a seguir, optamos por dividir a
periodização do ensino das 18 aulas em dois quadros, um contendo as 12 aulas iniciais e de
desenvolvimento para trabalhar as competências dos níveis iniciais dos JDC. Nas seis aulas finais,
optamos por fazer a fixação e o fechamento do aprendizado de esportes de invasão com o nível de
eu-bola-colega-adversário e eu-bola-colegas-adversário.
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Eu-bola Eu-bola Eu-bola Eu-bola Eu-bola Eu-bola Eu-bola- Eu-bola- Eu-bola- Eu-bola- Eu-bola- Eu-bola-
adversário adversário adversário adversário adversário colega-
Eu-bola- Eu-bola- Eu- Eu-bola- Eu-bola- Eu-bola-
adversário
alvo alvo bola- alvo alvo alvo
alvo
Estilo R Estilo R. Est. R. Est. R. Est. R. Est. R. Estilo. P.D Est. Est. Est. Est. Est.
P.D P.D P.D P.D P.D
O estilo de ensino (R) tem como forte característica explorar de forma O estilo de ensino (PD) visa experimentar novas formas de movimentação que partindo de
colaborativa com os alunos, o exercício da técnica e tática a partir de alguns acúmulos começa a trabalhar as capacidades de resolver as situações de jogo de
parâmetros de referência de como agir nas tarefas, e jogos, sendo rico para forma criativa buscando soluções para vencer o adversário.
esse nível de relação de jogo.
Fonte: Elaborado pelo autor
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Estilo de Ensino D.G Estilo de Ensino D.G Estilo de Ensino D.G Estilo de Ensino D.G Estilo de Ensino D.G Estilo de Ensino D.G
A utilização do estilo de ensino Descoberta Guiada nessa etapa permite ao aluno buscar as respostas que melhor solucionem o problema tático da situação problema,
além disso contribui para o fechamento de uma compreensão de importantes respostas táticas e técnicas que se mostram mais eficientes no jogo.
Objetivos Temas
- Interpretar e descobrir razões para o uso do - Finalidade coletiva do drible;
drible em situação ofensiva;
- Identificar o melhor momento para realizar o - O passe com vantagem numérica no ataque;
passe no ataque com superioridade numérica;
- Reconhecer a melhor situação para fintar e - Finta e finalização no 1x1 e o goleiro;
finalizar no ato do ataque de 1x1 e o goleiro;
Fonte: Elaborado pelo autor
Para o desenvolvimento das aulas optamos por desenvolver as atividades e jogos3 das
modalidades handebol e futsal, alternadamente, nos dois dias de aulas semanais, partindo da
seguinte organização geral:
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Para a seleção dos jogos, adaptando-os ao contexto em Educação Física escolar, para handebol nos apoiamos
principalmente nas propostas de Knijinik (2009) e para Futsal em Santana (2004), que consideram a teoria da
complexidade no processo de ensino destes esportes por meio de jogos.
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Para esta tematização e atividades, consideramos como ênfase um modo de aula mais
colaborativo e que inicie diferentes papéis de conscientização e aprendizado dos elementos iniciais
do jogo quanto a manipulação de bola em jogo e finalização em alvo.
Já nas aulas 7 a 12, indicamos para a relação eu-bola-adversário o estilo (PD), com
temas e atividades para a busca de respostas de variabilidades de repertório tático e técnicos
aplicados em jogo. Nesse sentido, o quadro abaixo esboça:
Para o fechamento das aulas 13 a 18, para provocar nos alunos a seleção das melhores
respostas as situações problema de jogo no handebol e futsal pelo estilo (DG), sugerimos os
seguintes temas e atividades:
Temas Atividades
- Finalidade coletiva do drible; - Mini-jogo 2x1, 1 contra o goleiro e 3x2;
- O passe com vantagem numérica no - Bandeirinha com bola, frisbee com ponto na área,
ataque; golzinho 2x1 e 3x2;
- Finta e finalização no 2x1 e goleiro e 1x1 - Mini-jogo de 2x1 e o goleiro e 1x1 e o goleiro;
e o goleiro;
Fonte: Elaborado pelo autor
7- Instrumentos didático-pedagógicos
Os mesmos, como auxiliares das aulas, tiveram como objetivo provocar o aluno a um
jogar mais consciente taticamente, em posição de ataque e defesa nas relações de cooperação-
oposição. Podem ser fixados na quadra e utilizados ao longo das aulas, dividindo-se da seguinte
forma: da aula um a seis um mural para relação eu-bola e eu-bola-alvo; e da aula sete a dezoito
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acrescentamos outro mural que orienta o atacante com e sem a posse de bola e os defensores
sem bola.
As fichas de orientação tático-técnica no estilo R podem ser usadas pelos alunos
observadores das aulas um a seis, dedicadas a relação eu-bola e eu-bola-alvo. Com estas, pode-
se tratar de algumas possibilidades de pensar para realizar em jogo a condução e progressão com
bola e finalização em gol.
O roteiro de rede de problemas no estilo PD, pode desenvolver-se das aulas sete a doze,
onde deve-se desenvolver na relação eu-bola-adversário os jogos condicionados com até três
jogadores por time, que evocaram dos alunos em situações ofensivas as razões do como e porquê
passar, movimentar-se e posicionar-se no espaço para receber a bola de modo mais eficaz e
finalizar.
O roteiro de questões da rede de problema comporta uma variabilidade múltipla de
respostas as situações problema, e pode auxiliar a criação das respostas táticas e técnicas por
parte dos alunos sobre passe, defesa, transições para defesa e ataque, em situações de igualdade
e superioridade numérica.
O roteiro de questões convergentes do estilo de ensino DG, pode ser utilizado nas aulas
da relação eu-bola-colega-adversário e eu-bola-colegas-adversário, a partir da entrada em uma
etapa de maior exigência de consciência tática no uso do drible, passe, finta e finalização com
inferioridade, igualdade e superioridade numérica.
Com enfoque no roteiro, trata-se de situações específicas de inferioridade, igualdade e
superioridade numérica em ataque, com maior ênfase na ofensividade, buscando que os alunos
apresentem a resposta de acordo com a temática foco trabalhada no modelo e estilo de ensino.
Os instrumentos didático-pedagógicos, portanto, como parte integrante de um
acompanhamento e direcionamento do aprendizado para o aluno, foram elaborados com a intenção
não só de contribuir no aprendizado dos alunos e atender a estrutura dos estilos, mas auxiliar na
busca de respostas ao problema e viabilizar os objetivos de aprendizado nesta.
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Oriente o jogador comunicante para que ele ajude os alunos observados com as informações
táticas abaixo
- Conduza a bola mais próximo do corpo; - Visualize a posição do goleiro antes de finalizar;
- Use a proteção de braços e corpo para manter a posse - Aproxime-se o máximo do alvo para finalizar;
de bola;
ATENÇÃO: Use o faz de conta pra finalizar
(exemplo: finja que vai arremessar ou chutar em
ATENÇÃO: Não conduza só olhando para bola, veja o cima e jogue por baixo).
campo, adversários e colegas.
Oriente o jogador comunicante para que ele ajude os alunos observados com as informações
táticas abaixo
Atacantes Defensores
- Use a finta de corpo e giro para passar o defensor; - Cada um marca no seu espaço o atacante que
- Use os espaços vazios para pedir e receber bola; invadir;
Problema 2: Qual a melhor forma dos dois jogadores sem bola se movimentarem próximo do
jogador com bola no 3 x 2 para invadir e finalizar? Apresentem possibilidades
Handebol Futsal
REFERÊNCIAS
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FESTINGER, L. A theory of cognitive dissonance. Stanford university press, 1957.
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(Eds.). O ensino dos jogos desportivos coletivos. 2. Ed. Lisboa: Universidade do Porto. 1995.
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ensino dos jogos desportivos coletivos. 2. ed. Lisboa: Faculdade de Ciências do Desporto e
Educação Física. Universidade do Porto. 1995. p.27-34.
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KRUG, D. F. Metodologia do Ensino Educação Física: O spectrum dos estilos de ensino de
Muska Mosston e uma nova... visão. 1. ed. Curitiba: JM Livraria Jurídica, 2009.
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MOSSTON, M.; ASHWORTH, S. La enseñanza de la educación física: la reforma de los
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__________________________. Teaching physical education. New York: Macmillan
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REVERDITO, R. S.; SCAGLIA, A. J. A pedagogia do esporte segundo Garganta e Graça. In:
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SANTANA, W. C. Futsal: apontamentos pedagógicos na iniciação e especialização. Campinas,
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