Artigo Como Lidar Com A Morte e o Luto Abordagens Psicológicas Teorias

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Revista Concilium, Vol.

22, Nº 1
DOI: 10.53660/CLM-101-121
ISSN: 1414-7327

Como lidar com a morte e o luto? Abordagens psicológicas, teorias,


técnicas, instrumentos e/ou intervenções
How to deal with death and mourning? Psychological approaches, theories,
techniques, instruments and/or interventions

Larissa de Araújo Batista Suárez1,2, Milena Nunes Alves de Sousa2,3*, Tamyris Luiza de Abreu4,
André Luiz Dantas Bezerra2,3, Marcus Túlio Caldas1

RESUMO
Objetivou-se analisar a abordagem psicológica, teoria, técnica, instrumento e/ou intervenção para auxiliar
no lidar com a morte e o luto. Para tanto, o estudo tratou-se de uma revisão integrativa de literatura. O
levantamento bibliográfico foi realizado na internet, na Scientific Electronic Library Online e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Para busca do material foi utilizada a seguinte
combinação entre os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): << luto OR morte AND psicoterapia >>.
A partir dos critérios de elegibilidade, selecionaram-se para a amostra 15 documentos, os quais foram
considerados potenciais. Os resultados evidenciaram que as produções foram publicadas entre 2003 a 2021,
eram estudos de caso e com o perfil da amostra variável. Quanto à abordagem psicológica, destacaram-se
a Psicanálise (Sigmund Freud) e a Terapia Cognitivo-Comportamental (Aaron Beck), ambas com 20,0%
(n=3). A teoria base majoritária foi o Protocolo Cognitivo-Comportamental com 26,7% (n=4) e quanto à
técnica, o protocolo de atendimento para luto e as estratégias lúdicas foram as mais aplicadas (13,3%; n=2,
cada), no mais, as entrevistas foi instrumento mais citado (33,3%; n=5). Concluiu-se que os profissionais
da área de Psicologia têm buscado inúmeras abordagens psicológicas, teorias, técnicas, instrumentos e/ou
intervenções para auxiliar os enlutados, portanto, esta revisão é útil para auxiliar na atuação de psicólogos
e outros profissionais da área da saúde, a qual exige ações complexas e permanentes, como abordagem
holística e integral, escuta qualificada, empatia e atuação interdisciplinar.
Palavras-chave: Luto; Atitude Frente a Morte; Psicologia; Práticas Interdisciplinares; Empatia.

ABSTRACT
The objective of this study was to analyze the psychological approach, theory, technique, instrument and/or
intervention to help deal with death and mourning. For this, the study was an integrative literature review.
The bibliographic survey was conducted on the Internet, at the Scientific Electronic Library Online and
Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences. To search for the material, the following
combination was used between the Descriptors in Health Sciences (DeCS): << or death OR psychotherapy
>>. Based on the eligibility criteria, 15 documents were selected for the sample, which were considered
potential. The results showed that the productions were published between 2003 and 2021, were case studies
and with the variable sample profile. As for the psychological approach, psychoanalysis (Sigmund Freud)

1
Universidade Católica do Pernambuco (UNICAP), Recife, Pernambuco, Brasil.
2
Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP), Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
3
Centro Universitário de Patos (UNIFIP), Patos, , Paraíba, Brasil.
* E-mail: [email protected]
4
Prefeitura Municipal de Cajazeiras, Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
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and Cognitive Behavioral Therapy (Aaron Beck), both with 20.0% (n=3), stood out. The majority base
theory was the Cognitive-Behavioral Protocol with 26.7% (n=4) and regarding the technique, the care
protocol for mourning and the playful strategies were the most applied (13.3%; n=2, each), in addition, the
interviews were the most cited instrument (33.3%; n=5). It was concluded that psychology professionals
have sought numerous psychological approaches, theories, techniques, instruments and/or interventions to
assist the bereaved, therefore, this review is useful to assist in the performance of psychologists and other
health professionals, which requires complex and permanent actions, such as holistic and comprehensive
approach, qualified listening, empathy and interdisciplinary action.
Keywords: Bereavement; Attitude to Death; Psychology; Interdisciplinary Placement; Empathy.

INTRODUÇÃO

A morte é um acontecimento sempre inesperado e que se faz presente no cotidiano de


forma inevitável, além disso, acarretada problemas orgânicos e psicológicos (AQUINO;
VASCONCELOS; BRAGA, 2014; COSTA; NJAINE; SOUZA, 2020; SUÁREZ; SOUSA;
CALDAS, 2020). Vista como um tabu, muitos mistérios e crenças a cercam, e os indivíduos,
habitualmente, se encontram despreparadas para lidar com a finitude da vida humana (BASSO;
WAINER, 2011).
A perda de um familiar, por exemplo, é um evento de grande potencial traumático, capaz
de desencadear sofrimento intenso e importante impacto à saúde física e mental, problemas
financeiros e enfraquecimento dos laços sociais (COSTA; NJAINE; SOUZA, 2020; SUÁREZ;
SOUSA; CALDAS, 2020). E o luto é vivenciado como um fato “intersubjetivo e como
experiência de perda de um mundo partilhado que se rompe com a morte. Ao se perder um ente
querido, perdem-se também uma perspectiva e uma possibilidade existencial, cabendo ao
enlutado a ressignificação de seu existir” (MICHEL; FREITAS, 2019, p. 1).
Entretanto, reconhece-se que o processo de luto, em qualquer circunstância, causa uma
demanda psicológica, uma vez que é inerente ao ser humano o enfrentamento e as dificuldades
com as perdas, principalmente de pessoas significativas (SILVA; CARNEIRO; ZANDONADI,
2017). De acordo com os autores, a perda é considerada uma das experiências mais dolorosas para
o indivíduo, repercutindo na necessidade de atuação dos profissionais capacitados para o
desenvolvimento da prática de ressignificar o morrer.
Importante considerar que a morte tem significados diferentes para cada pessoa, pois é
algo ameaçador, um assunto ainda longe das pautas de conversações entre aqueles que respiram
e aspiram à vida (SILVA; CARNEIRO; ZANDONADI, 2017; SUÁREZ; SOUSA; CALDAS,
2020). Destarte, muitos profissionais da saúde sentem-se despreparados para o “estar ao lado”,
devido não suportarem sua impotência diante desta hora inevitável (MOCELIN et al., 2014;
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FARIA; FIGUEREIDO, 2017; LIMA; ANDRADE, 2017; FERREIRA; NASCIMENTO; SÁ,


2018; MENDES et al., 2020).
Tais discussões e intervenções são cada vez mais necessárias, já que compreender a morte
e o morrer contribui para o desenvolvimento pessoal holístico (KOVÁCS, 2005) Mediante o
alcance de sentido poder-se-á viver de modo mais resiliente com a certeza da morte e a busca
incessante da valorização da vida.
Ante as ponderações, objetiva-se analisar a abordagem psicológica, teoria, técnica,
instrumento e/ou intervenção para auxiliar no lidar com a morte e o luto. Portanto, espera-se
contribuir para o acesso, reflexão e ação diante do objeto de estudos e, assim, desenvolver práticas
educacionais que favoreçam o processo de educação para a morte e a importância do debate.

METODOLOGIA

O presente estudo tratou-se de uma revisão integrativa de literatura (RIL), com


abordagem qualitativa, a qual deve ser realizada em seis fases (SOUSA, 2016). Este método de
revisão inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e a
melhoria da prática clínica, dessa forma possibilitando a síntese do estado do conhecimento de
um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas
com a realização de novos estudos. Este método de pesquisa permite a síntese de múltiplos
estudos publicados e possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo
(HERMONT et al., 2021).
Preliminarmente, partiu-se da seguinte questão de pesquisa: qual a abordagem
psicológica, teoria, técnica, instrumento e/ou intervenção para auxiliar no lidar com a morte e o
luto? O levantamento bibliográfico foi realizado no período de setembro a outubro de 2021, por
meio da internet, no endereço eletrônico da plataforma da Scientific Electronic Library Online
(SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).
Para busca do material foi utilizada a seguinte combinação entre os Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS): << luto OR morte AND psicoterapia >>. Utilizaram-se como critérios
de inclusão os artigos em português, independentemente do método de pesquisa utilizado e
publicados nos últimos 10 anos. Excluíram-se os documentos que não correspondiam ao objeto
de estudo, textos incompletos ou indisponíveis na íntegra online e as repetições, em que se
manteve apenas uma vez.
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Figura 1 - Fluxograma referente ao processo de identificação dos artigos.


Qual a abordagem psicológica, teoria, técnica, instrumento e/ou intervenção para auxiliar no
lidar com a morte e o luto?
Uso da combinação entre os DeCS << luto OR morte AND psicoterapia >>

SciELO LILACS
(10 artigos) (79 artigos)

- Artigos em português
Total de artigos identificados nas duas bases de dados (89
- Publicados nos últimos 10
artigos)
anos

- Não correspondiam ao
objeto de estudo
Aplicação dos critérios de inclusão e exclusão
- Textos incompletos ou
(30 artigos)
indisponíveis na íntegra
- As repetições

Amostra final: 15 publicações


Fonte: Dados de pesquisa em base de dados, 2021.

Após a seleção dos artigos para compor o estudo, foi realizada uma leitura criteriosa das
publicações com o propósito de organizar e sintetizar as informações para responder aos objetivos
da revisão. Neste processo, foram selecionadas as seguintes variáveis: autor, ano, plataforma de
busca, periódico, abordagem psicológica, teoria, técnica, instrumento e/ou intervenção
para lidar com a morte e o luto.
Por último, efetivou-se a interpretação dos dados obtidos, a avaliação e a apresentação
dos resultados. Nesta fase, as informações presentes nos artigos selecionados foram organizadas
de forma descritiva, com o objetivo de facilitar a realização do estudo e a compreensão dos dados.

RESULTADOS

De acordo com o Quadro 1, o qual contempla a caracterização geral dos artigos


selecionados para compor a RIL (n=15), verificou-se que as produções foram publicadas entre
2003 a 2021, em que o ano de 2011 destacou-se entre os demais (20,0%; n=3), a maioria estava
disponível exclusivamente na LILACS (66,7%; n=10) e eram estudos de caso (53,3%; n=8) e
qualitativos (46,7%; n=7), publicados em 100% de revistas da área de Psicologia e com uma
amostra variável.

Quadro 1 - Caracterização geral dos artigos selecionados para compor a RIL.


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Autores/ Plataforma de Periódico Tipo de estudo Amostra


Ano busca

Aguirre e Arruda SCIELO Estudos de Estudo de caso/ Criança com


(2006) Psicologia qualitativo Síndrome da
(Campinas) Imunodeficiência
Adquirida
Corrêa (2012) LILACS Psicologia: teoria e Estudo de caso/ Mulher que perdeu o
prática qualitativo pai
Costa, Mota e LILACS Psicologia Clínica Estudo de caso Mulher com
Milheiro (2013) depressão
decorrente de perdas
Cravinho e LILACS Estudos de Pesquisa de campo/ 36 profissionais de
Cunha (2015) Psicologia quantitativa enfermagem
(Campinas)
Dantas (2016) LILACS Psicologia Bibliográfico Família de
Argumento Indivíduos com
Amiotrofia
Muscular Espinal
Elias (2003) SCIELO Psicologia: Pesquisa de campo/ 4 crianças e 3
Ciência e qualitativa adolescentes com
Profissão câncer
Fukumitsu e LILACS Psico Qualitativo 9 filhos de pessoas
Kovács (2016) que consumaram o
suicídio
Michel e Freitas SCIELO/ Psicologia: Qualitativo 4 mães
(2021) LILACS Ciência e
Profissão
Moreira e SCIELO Psico-USF Bibliográfico Não se aplica
Holanda (2010)
Oishi (2014) SCIELO/ Psicologia: teoria e Qualitativo Mulher que perdeu
LILACS pesquisa filho
Schmidt, Gabarra LILACS Paidéia (Ribeirão Relato de Homem em estado
e Gonçalves Preto) experiência/ terminal e familiares
(2011) estudo de caso
Silva e Nardi LILACS Archives of Estudo de caso Mulher com perda
(2011a) Clinical Psychiatry gestacional
(São Paulo)
Silva e Nardi LILACS Archives of Estudo de caso Viúva de 29 anos
(2011b) Clinical Psychiatry
(São Paulo)
Strauch (2017) LILACS Rev. bras. Relato de caso e - Mulher de 22 anos;
psicodrama Relato grupal - 26 pessoas (21
mulheres e 5
homens, entre 25 e
55 anos
Tsutsumi et al. LILACS Revista Brasileira Relato de caso Menino de 6 anos
(2017) de Psicoterapia
Fonte: Dados de pesquisa em base de dados, 2021.

No Quadro 2, apresenta-se a categorização dos estudos quanto a abordagem psicológica,


teoria, técnica, instrumento e/ou intervenção dos estudos selecionados nesta RIL. Portanto, quanto
à abordagem psicológica, destacaram-se a Psicanálise (Sigmund Freud) e a Terapia Cognitivo-
Comportamental (Aaron Beck), ambas com 20,0% (n=3). A teoria base majoritária foi o Protocolo
Cognitivo-Comportamental com 26,7% (n=4).
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Ainda, quanto às técnicas e aos instrumentos e/ou intervenções, adaptaram-se a amostra


e foram bem variadas. Na técnica, o protocolo de atendimento para luto e as estratégias lúdicas
foram as mais aplicadas (13,3%; n=2, cada) e a respeito dos instrumentos e/ou intervenções, as
entrevistas foram as mais citadas (33,3%; n=5).

Quadro 2 - Categorização dos estudos quanto a abordagem psicológica, teoria, técnica,


instrumento e/ou intervenção conforme estudos selecionados na RIL.
Autores/ Abordagem Teoria base Técnica Instrumento e/ou Intervenção
Ano psicológica
Aguirre e Psicanálise Psicoterapia lúdica Estratégias Entrevistas e a hora de jogo
Arruda (Melanie Klein); psicodinâmica; lúdicas - Técnica diagnóstica.
(2006) do brinquedo
Corrêa Logoterapia e Sentido da vida; Baú de vivências Narrativa de experiências e
(2012) Análise Autotranscedência; valores criativos.
Existencial Valores de atitude.
(Viktor Frankl)
Costa, Psicanálise Psicodinâmica; Análise da Teste de personalidade de
Mota e (Sigmund Freud) história clínica Rorschach (sistema
Milheiro da paciente compreensivo de Nina Raus,
(2013) Rorschach, 1953)
SCL-90 (Symptom Checklist,
Derogatis, 1994)
Inventário Clínico de Auto
Conceito (Serra, 1986)
Escala de Depressão de Auto
Avaliação de Zung (Zung,
1965).
Cravinho Behaviorismo Protocolo Abordagem Inventário COPE (Carver et al.,
e Cunha (Skinner e Cognitivo Disposicional e 1989)
(2015) colaboradores) Comportamental a Teoria Roteiro de Entrevista Coping
Motivacional do Motivacional: uma adaptação da
Coping Motivational Theory of Coping
Scale-12 (MCT-12) de Lees
(2007).
Dantas Psicanálise (John Teoria do Apego Rompimento do Prática equoterapêutica ou
(2016) Bowlby) vínculo equoterapia.

Elias Psicanálise Psicoterapia Breve Técnicas de Visualização de imagens


(2003) (Sigmund Freud) relaxamento mentais com os elementos que
mental descrevem a natureza da
espiritualidade.
Fukumits Gestalt (Fritz Gestalt-terapia Posvenção Método fenomenológico
u e Perls) proposto por Clark Moustakas
Kovács (1994);
(2016) Entrevista (análises dos
depoimentos).
Michel e Fenomenologia Método empírico- Pergunta Eixos temáticos, a saber: relação
Freitas enomenológico de disparadora terapeuta-paciente,
(2021) investigação em possibilidades expressivas que
psicologia de emergem da relação
Amedeo Giorgi psicoterápica e ressignificação.

Moreira e Logoterapia e Sentido da vida; Não Não especificado.


Holanda Análise Dimensões especificado
(2010) Existencial espirituais
(Viktor Frankl)
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Oishi Psicanálise Psicoterapia Breve Psicoterapia Acolhimento;


(2014) (Sigmund Freud) individual Facilitação da expressão dos
sentimentos relativos à perda.
Schmidt, Sistêmica Psicoterapia Fortalecimento Genograma familiar;
Gabarra e Familiar Hospitalar Breve de vínculos Ritual de despedida no
Gonçalve enfrentamento e na aceitação da
s (2011) morte.
Silva e Cognitivo- Protocolo Psicoeducação; Entrevista;
Nardi Comportamental Cognitivo Protocolo Inventário Beck de Depressão;
(2011a) (Aaron Beck) Comportamental terapêutico para Inventário Beck de Ansiedade;
luto Escala Beck de Desesperança;
Questionário de Saúde Geral de
Goldberg.
Silva e Cognitivo- Protocolo Protocolo de Entrevista;
Nardi Comportamental Cognitivo atendimento Inventário Beck de Depressão;
(2011b) (Aaron Beck) Comportamental para luto Inventário Beck de Ansiedade;
Escala Beck de Desesperança;
Inventário de Sintomas de Stress
de Lipp; e
Questionário de Saúde Geral.
Strauch Psicodrama Psicoterapia Ressignificação Método sociopsicodramático:
(2017) (Jacob Levy Individual; do luto, nas 1) Aquecimento;
Moreno) Vivência aberta em modalidades 2) Dramatização;
Grupo individual e 3) Compartilhamento de
grupal sentimentos, avaliação e
formulação de esclarecimentos.
Tsutsumi Cognitivo- Terapia Analítico- Estratégias Jogo dos Sentimentos.
et al. Comportamental Comportamental lúdicas: jogos,
(2017) (Aaron Beck) Infantil brincadeiras e
fantasia
Fonte: Dados de pesquisa em base de dados, 2021.

DISCUSSÃO

O modo de lidar com a morte depende de capacidades individuais do enlutado, ou seja,


dos ajustamentos internos, das inter-relações e adaptações criativas realizadas mediante interação
com o ambiente (FUKUMITSU; KOVÁCS, 2016). Afinal, conforme os autores, é um momento
marcado pela “ausência presente e presença ausente”, ou seja, significa a falta que se torna
presente devido a morte de uma pessoa querida.
Atenção especial deve ser dada pelos profissionais da saúde para aqueles indivíduos em
luto por morte autoinfligida, sendo importante expandir as reflexões sobre recursos e estratégias
para lidar com o luto e a morte (FUKUMITSU; KOVÁCS, 2016). Diante disto, os psicólogos
vêm buscando incontáveis abordagens psicológicas, teorias, técnicas, instrumentos e/ou
intervenções para auxiliar os enlutados, como foi possível visualizar nesta RIL e com resultados
satisfatórios.
Aguirre e Arruda (2006), a partir de um estudo de caso de uma criança com Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome – AIDS) e com pais
falecidos em decorrência da enfermidade, a mesma expressou-se por desenhos, em que a negação
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foi o mecanismo de defesa inicial, mas outras defesas e maneiras de expressão surgiram com a
ludoterapia, tais como a raiva e revolta, pois a criança sentia-se culpada pela doença, pela perda
dos pais, manifestando sentimentos de desamparo e abandono. Com a intervenção terapêutica, o
menino foi modicando seu modo de expressar-se e de sentir, melhorando a forma de lidar com
seus conflitos, tornando-se mais espontâneo e alegre.
Corrêa (2012), em outro estudo de caso, mas sobre as vivências do luto de uma paciente
que perdeu o pai constatou, a partir de narrativa de experiências e valores criativos, em que foi
realizado um processo psicoterapêutico (Logoterapia), propiciou a descoberta eficaz do sentido
para o luto. A mulher foi convencida que, mesmo sem a presença física do pai, era possível
continuar unida pelas vivencias em vida com ele, em que vínculo amoroso transcende a
temporalidade da vida e reafirma os valores da ligação entre ambos. Portanto, com a intervenção,
a mesma foi proativa e seu luto foi modificado pela descoberta de sentido.
Para Frankl (2013) e Suárez, Caldas e Sousa (2018) o sentido de vida é encontrado pelo
ser humano através da sua compreensão dos valores existenciais, os quais permitem atingir a
autotranscendência através da liberdade de se posicionar diante das situações, tornando-o capaz
de realizar projetos dotados significados.
Moreira e Holanda (2010), a partir de estudo de revisão bibliográfica, afirma que a
Logoterapia, ao resgatar e apreciar o conceito de homo religiosus, possibilita superar a existência
humana para além da natureza do homo patiens, concebendo a capacidade de resiliência como
um determinante para identificar e enfrentar o sofrimento próprio da vida humana e participante
do seu significado.
Costa, Mota e Milheiro (2013) descreve a experiência de mulher com depressão e
sentimentos angustiantes decorrentes de perdas. A avaliação, em que foram usados vários
instrumentos, revelou sentimentos latentes de culpa perante os conflitos internos. Através da
Psicanálise (Sigmund Freud), em que o processo de acompanhamento psicológico, foi concebido
pelo modelo psicodinâmico, buscou-se facilitar a vivência do luto, com a finalidade de aceitação
e elaboração da perda. A estratégia intervencionista possibilitou redução da ansiedade, além de
ampliar a capacidade de pensar sobre os seus sentimentos e emoções, facilitando a lida com os
conflitos internos atenuando os pensamentos ruminativos em torno do falecimento do pai e da
dependência materna.
Cravinho e Cunha (2015) realizaram uma pesquisa de campo/quantitativa em que
consideraram duas abordagens - a Disposicional e a Teoria Motivacional do Coping. Participaram
36 profissionais de enfermagem de dois hospitais públicos, os quais lidavam com a morte fetal
utilizando essencialmente como principais estratégicas de enfrentamento: Negociação, Busca de
Informação, Autoconfiança e Busca de Suporte (Entrevista); e pela Religiosidade,
Reinterpretação positiva e Planejamento. Os autores apontaram que a estratégia de enfrentamento
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(Coping) é uma possibilidade de ação para ajustar os desequilíbrios provocados pelo estressor, de
modo adaptativo, nem sempre resolutivo.
Dantas (2016, p. 269), mediante Teoria do Apego, demonstrou a importância da formação
de vínculos na Equoterapia e implicações decorrentes de seu rompimento em face de mau
prognóstico de indivíduos com Amiotrofia Muscular Espinal (AME). Os autores reforçam que os
familiares de portadores de AME podem, em muitos casos, já terem experienciado o luto pela
perda do que consideravam o filho perfeito. O autor “propôs-se a busca de alternativas para
continuidade do contato entre praticante, equipe técnica e cavalo como cuidado paliativo capaz
de evitar sofrimento adicional com o rompimento definitivo do vínculo cultivado como condição
para o tratamento”. Importante ressaltar que a disponibilidade para o afeto “pode oferecer a
sensação de alívio para a solidão existencial e acalanto para o desespero” (FUKUMITSU, 2014,
p. 274).
Ademais, Dantas (2016) destacou a relevância de uma intercessão entre a equipe
interdisciplinar e a família, de modo que, mesmo sem a montaria, decidam pela manutenção o
tratamento equoterápico. Pereira et al. (2018) evidenciaram que que a Equoterapia trouxe
benefício para a qualidade de vida da crianças com necessidades especiais que realizam a
modalidade, conforme a opinião de 77,8% dos pais.
Para Elias (2003) o atendimento psicológico conforme premissa da Psicoterapia Breve de
apoio, desenvolvido mediante integração de técnicas de relaxamento mental e visualização de
imagens mentais com os elementos que descrevem a natureza da espiritualidade, o qual foi
oferecido a sete indivíduos (quatro crianças e três adolescentes) com câncer terminal, possibilitou
asseverar que esse atendimento ao paciente sem possibilidade de cura ressignificou a dor
simbólica da morte (dor psíquica e espiritual para adolescentes; e dor psíquica entre as crianças)
e proporcionou qualidade de vida ao processo de morrer e uma morte serena e digna.
Sabe-se que mesmo diante de uma dor intolerável devido à doença, tratar o indivíduo sem
possibilidades de cura com compreensão emocional e respeito, em ambiente domiciliar ou
hospitalar, com recursos possíveis e paliativos, pode aliviar o sofrimento e proporcionar uma
morte digna (FERREIRA; SOUSA, 2013).
Estudo que explorou as respostas de 13 mães enlutadas devido à morte de uma criança
por câncer, revelou insights sobre as características de adaptação materna ao luto e a perda, em
que as respostas indicaram, ao longo do tempo, que elas enfrentaram situações que variaram em
adaptáveis ou complicados, com diferenças importantes no enfretamento do luto (GERRISH;
BAILEY, 2020). Afinal, a relação com o infante falecido é parte integrante da vida da mãe
enlutada e influencia seu funcionamento (BORTZ; MALKINSON; KRULIK, 2013).
Oishi (2014), a partir de atendimentos psicoterápicos individuais breves de orientação
psicanalítica, objetivou compreender a vivência materna durante a elaboração do luto após a perda
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de um filho no período neonatal. A manifestação do luto mediante rituais e psicoterapia facilitou


a elaboração de uma “aceitação” da morte e um luto saudável.
Schmidt, Gabarra e Gonçalves (2011), mediante psicoterapia hospitalar breve,
constataram que reconfiguração das relações familiares nos diferentes papéis e funções, na
perspectiva de maior autonomia após vivenciarem a iminência de morte de ente querido em estado
terminal. O processo (ritual) de despedida é uma experiência libertadora, pois permite
transformações e resgates das relações familiares, além de possibilitar a elaboração do processo
de luto, entre o doente, a família e a equipe de saúde. Portanto, fundamental para fortalecer
vínculos mais salutares na perspectiva da qualidade de vida aos familiares, na qualidade de morte
para o doente e aos profissionais de saúde aos tornarem-se protagonistas ao proverem recursos
saudáveis para o enfrentamento dessa fase desafiadora na vida das famílias, prevenindo sintomas
psicológicos futuros entre os que sofrem a perda.
Fukumitsu e Kovács (2016) extraíram 14 unidades de significados mediante o Método
Fenomenológico e compreendidas pela abordagem da Gestalt-Terapia. Para os autores, ao
enfrentar a morte (decorrente de suicídio), o ente querido/filho pode experienciar o sofrimento
com sentimentos de culpa, raiva, sensações de desamparo, abandono, rejeição, solidão, além da
fragmentação de tudo o que era conhecido. Portanto, ao catalogar os sentidos, é possível intervir
adequadamente e prover melhorias gerais para o enfrentamento do luto e da morte.
Michel e Freitas (2021), também fundamentados no Método Empírico-Fenomenológico
de investigação em psicologia de Amedeo Giorgi, entrevistaram quatro mães enlutadas, em que
a partir dos seus relatos pode-se asseverar que a relação particular estabelecida entre a mãe
enlutada e o psicoterapeuta pode determinar as possibilidades de ressignificação da sua relação
com seus filhos falecidos, com seus familiares, com a morte e com a própria vida, desde que se
sintam acolhidas, compreendidas e adquiram confiança para se expressarem livremente.
Silva e Nardi (2011a), buscando apresentar um caso de tratamento de luto devido à perda
gestacional, fundamentado no Protocolo Cognitivista Comportamental e executado e 12 sessões,
a paciente apresentou minimização da sintomatologia depressiva, ansiosa e nos quadros de
desesperança, além de resultados positivos no Questionário de Saúde Geral, com redução no
desejo de morte, nos desajustes psicossomáticos e benesses na qualidade do sono, corroborando
com melhorias gerais nos níveis de qualidade de vida e facilitação da reintegração social.
Em outro estudo das autoras citadas (SILVA; NARDI, 2011b), agora com o propósito de
discorrer sobre o processo de luto devido à morte súbita de cônjuge, mas mantendo o uso do
protocolo de atendimento cognitivista comportamental, evidenciaram melhorias nos quadros de
depressão, ansiedade e desesperança, assim como na pesquisa anterior com mãe enlutada.
Ademais, quanto ao estresse, migrou-se da fase de exaustão à de resistência, além de melhorias
significativas em relação ao estresse psíquico, na desconfiança em relação ao próprio
desempenho, nos distúrbios do sono e psicossomáticos, bem como no desejo de morrer. Para
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Basso e Wainer (2011) a Terapia Cognitivo-Comportamental, prover uma importante


contribuição no que se refere ao manejo do luto.
No estudo de Tsutsumi et al. (2017) abordou-se, no processo terapêutico (atendimento
psicoterapêutico baseado na Terapia Analítico-Comportamental Infantil), um menino de seis anos
que perdeu o pai suicida e o qual foi conduzido por sua mãe para a clínica escola, que demonstrava
angústia em face das perguntas que o menino fazia sobre a forma de falecimento do pai. O objetivo
terapêutico foi ampliar o saber da criança sobre a figura paterna e foram realizadas também
intervenções com a mãe. Ao todo, 25 sessões foram realizadas (12 com o menino e 13 com a mãe)
e foram evidenciadas melhorias no comportamento da criança após intervenções. Os autores
reforçam que os resultados positivos foram alcançados mediante articulação entre mãe,
psicoterapeuta e a equipe de supervisão da clínica onde foram realizados os trabalhos.
Por conseguinte, Strauch (2017) usou o Psicodrama para articular e redefinir o luto em
modelos individuais e grupais. Ao lidar com a morte no contexto do psicodrama, o indivíduo tem
potencial para reexaminar a perda que surge das realizações simbólicas trazidas pela realidade
complementar e a salvação de vínculos saudáveis, espontaneidade e autoconhecimento. Dentre as
intervenções propostas para vivências grupais abertas, as técnicas de Psicodrama são ferramentas
essenciais para o fortalecimento dos papéis interpessoais e sociais do sujeito.
Enfim, pode-se assegurar conforme Cardoso et al. (2013), que a adoção de estratégias
que visem ajudar a superar o luto e a vivência com a morte a construção de vínculo com o paciente
e família para garantir a humanização e a integralidade do cuidado, apoiando e respeitando o
processo de luto com base na empatia, utilizando crenças espirituais e o compartilhamento de
experiências com seus pares como estratégias de enfrentamento. Rodríguez et al. (2013)
concordam com os autores e acrescentam a importância do não julgamento durante a realização
do cuidado.
Crenças e práticas espirituais, muitas vezes, podem auxiliar tanto o profissional quanto o
paciente, que juntos reconstroem o significado da vida quando enfrentam a dor de uma perda.
Estudo aponta que o enfrentamento espiritual ou religioso durante o luto é uma estratégia utilizada
para confrontar o momento vivenciado, proporcionando força interior, conforto e consolo aos
familiares que vem a enfrentar essa situação delicada (HAWTHORNE; YOUNGBLUT;
BROOTEN, 2016).
Ademais, parece insubstituível o trabalho interdisciplinar e colaborativo entre o
psicoterapeuta e os demais profissionais da saúde (SCHMIDT; GABARRA; GONÇALVES,
2011; FERREIRA; SOUSA, 2013; FUKUMITSU, 2014; DANTAS, 2016; TSUTSUMI et al.,
2017). Portanto, para a prática, devem-se adotar programas de treinamento para profissionais da
saúde para que possam intervir adequadamente no processo de luto e de morte, especialmente
diante da perda materna (BORTZ; MALKINSON; KRULIK, 2013). Devem buscar um maior
preparo, contemplando os aspectos técnicos, éticos e espirituais (LACERDA et al., 2016).
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Incluir os familiares no cuidado é essencial para a integralidade do cuidado e valorização


da necessidade de alívio do sofrimento psicológico e espiritual presente no processo de morte e
morrer. Assim, cabe aos profissionais de saúde priorizar as preocupações e anseios da família em
luto durante a assistência a fim de prepará-los para aceitar a perda e lidar com a dor, dessa forma
constituindo como uma ferramenta de efetivar o processo de educação para a morte, em que
debater sobre a morte pode facilitar a aprendizagem, favorecer o tratamento respeitoso com outras
pessoas e a auxiliar na tomada de decisão eficaz (CHAN; LEE; CHAN, 2014). Apoiar a
comunicação da experiência vivida e observações consideradas por quem está em processo de
luto, como em estudo com mães enlutadas ao longo dos dois primeiros anos após a morte de uma
criança pode proporcionar um consolo e alivio efetivo (MEISENHELDER, 2021).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os profissionais da área de Psicologia têm buscado inúmeras abordagens psicológicas,


teorias, técnicas, instrumentos e/ou intervenções para auxiliar os enlutados. Foi possível constatar
que entre as abordagens psicológicas em evidência nesta revisão destacaram-se a Psicanálise de
Sigmund Freud e a Terapia Cognitivo-Comportamental de Aaron Beck. A teoria base majoritária
foi o Protocolo Cognitivo-Comportamental e a Psicoterapia também se destacou, mas com
especificidades, uma que variou entre Psicoterapia Breve, Psicoterapia Hospitalar Breve e
Psicoterapia Individual. Importante mencionar que muitos estudos adotaram mais de uma teoria
para prover as intervenções ante ao luto/morrer e que todas mostraram resultados bastante
eficazes, com repercussões significativas em vários desarranjos, tais como quadros de depressão,
ansiedade, distúrbios do sono, vontade de morrer, desajustes psicossomáticos e outros.
Ao considerar às técnicas, o protocolo de atendimento para luto e as estratégias lúdicas
foram as mais citadas e quanto os instrumentos e/ou intervenções, as entrevistas apresentaram
maior aplicabilidade.
Os resultados deste estudo podem auxiliar na compreensão das ações e interações que
envolvem o cuidado ao paciente e família em processo de morte e morrer e suscitar discussões
acerca do tema. Apresenta subsídios importantes para a atuação de psicólogos, bem como para
outros profissionais da área de saúde, a qual exige ações complexas com a demanda de formação
e educação permanente, como abordagem holística e integral, escuta qualificada, empatia e
atuação interdisciplinar.
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Recebido em: 15/01/2022


Aprovado em: 05/02/2022
Publicado em: 10/02/2022

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