Teoria Geral Do Direito Civil - Slide 1 - Direito Civil 2023.2
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Faltas
Ementa
1. Pessoa Natural
2. Capacidade: incapacidade absoluta e relativa; interdição; emancipação.
3. Direitos da Personalidade: conceito, fundamento, características, natureza
jurídica e espécies; sua proteção. Nome: natureza jurídica; elementos
integrantes; possibilidade de alteração; proteção do nome.
4. Morte da pessoa natural.
5. Ausência: curadoria dos bens do ausente; sucessão provisória e definitiva;
6. Pessoa Jurídica: conceito, natureza jurídica, classificação, capacidade, pessoas jurídicas de direito
público;
7. Pessoas Jurídicas de Direito Privado: existência legal e constituição; registro; sociedades;
associações e fundações; desconsiderações da personalidade jurídica; extinção da pessoa jurídica;
2
Sujeitos de Direitos
DAS PESSOAS COMO SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
3
Conceito de Pessoa Natural
• Assim, pessoa, por sua vez, é o ente físico ou moral apto para
contrair direitos e deveres, há duas espécies de pessoas nas
naturais (ou físicas) e as jurídicas que serão estudadas
separadamente.
• “O fato é que em nosso conhecimento vulgar designamos pessoa
a todo ser humano. No sentido jurídico, pessoa é o ente suscetível
de direitos e obrigações”. Silvio Venosa
• É todo ser nascimento de mulher, não é exigida forma humana ou
viabilidade da vida.
• Pessoa é todo aquele (sendo pessoa jurídica é ente) capaz (do
ato) de contrair obrigações na ordem civil e é sujeito de direito.
• Pessoa é o sujeito de direito, é o destinatário da regra jurídica. É
a essa pessoa que o direito se dirige. Para que o ser nascido de
mulher seja considerado pessoa natural basta nascer com vida,
cujo critério de constatação da vida a respiração
4
Critérios para o nascimento com
vida
• Respiração: Lei no. 6.015/13 Art. 53.§ 2º No caso
de a criança morrer na ocasião do parto, tendo,
entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos,
o de nascimento e o de óbito, com os elementos
cabíveis e com remissões recíprocas.
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P A RT E G E R A
L LIVRO I
CódigoCivil DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
Da Personalidade e da Capacidade
Natureza Jurídica:
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Proteção Legal ao Nascituro
Área Cível: a curatela do nascituro (art. 1.779 e art. 1.780 do Código Civil); a admissibilidade de ser
constituído herdeiro ou legatário o concebido (art. 1.799 do Código Civil), de receber doação (art. 542 do
Código Civil) etc.
Área Penal: Aborto Provocado pela Gestante ou com Seu Consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aborto Provocado por Terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou
débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma Qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou
dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer
dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto Necessário
I.- se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II.- se a gravidez resulta de estupro e o Aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 9
Situação Jurídica do Nascituro
Três teorias procuram explicar:
• “A natalista afirma que a personalidade civil somente se inicia com o
nascimento com vida;
• a da personalidade condicional sustenta que o nascituro é pessoa
condicional, pois a aquisição da personalidade acha-se sob a
dependência de condição suspensiva,
• o nascimento com vida, não se tratando propriamente de uma terceira
teoria, mas de um desdobramento da teoria natalista, visto que também
parte da premissa de que a personalidade tem início com o nascimento
com vida;
• e a concepcionista admite que se adquire a personalidade antes do
nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos
patrimoniais, decorrentes de herança, legado e doação, que ficam
condicionados ao nascimento com vida”. Carlos Roberto Gonçalves
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Observação:
• “(...)não cabe indagar de que maneira se processa a
concepção: se por via de relações sexuais normais,
se devido a inseminação artificial, ou se mediante
processos técnicos de concepção extrauterina
(fertilização in vitró). Ademais, deve-se distinguir
os embriões excedentários da figura do nascituro,
sendo certo que um e outro não se confundem. O
nascituro é o embrião que, implantado no útero, é
apto a desenvolver-se ou maturar-se até o
nascimento, diferentemente do embrião
excedentário, que não tem essa capacidade por si
só.” Caio Mario da Silva Pereira
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Começo da personalidade natural
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Plena Capacidade
Quem possui as duas espécies de capacidade ( de fato ou
exercício) tem capacidade plena.
• Espécies:
a)de direito ou de gozo, que é a aptidão que todos
possuem (CC, art. 1º);
b)de fato ou de exercício, que é a aptidão para exercer,
por si só, os atos da vida civil.
Maioridade Civil:
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
3
Incapacidades
5
Código Civil
o
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
2002
(dezesseis) anos.
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei
nº 13.146, de 2015) (Vigência)
I. - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II. - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;
III. - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
II. - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
III. - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação
dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
IV.- os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, 6
de 2015)
Incapacidade Absoluta:
• A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do exercício, por
si só, do direito.Nestes casos, os absolutamente incapazes possuem
personalidade jurídica, bem como capacidade de direito, para que
não fiquem afastados da vida civil e desprotegidos deve-se designa
uma pessoa plenamente capaz que em lugar deles, pratique esses
atos segundo regras jurídicas, que os represente legalmente.
• A Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, denominada “Estatuto da
Pessoa com Deficiência”, o art. 3º, que trata dos absolutamente
incapazes, teve todos os seus incisos revogados, apontando no
caput, como únicas pessoas com essa classificação, “os menores de
16 (dezesseis) anos”.
Antes da Lei n. 13.146 Depois da Lei n. 13.146
“Art. 3º São absolutamente incapazes “Art. 3º São absolutamente incapazes
de exercer pessoalmente os atos da vida de exercer pessoalmente os atos da vida
civil: civil os menores de 16 (dezesseis)
I.— os menores de dezesseis anos; anos.”
II.— os que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática
desses atos;
III.— os que, mesmo por causa
transitória, não puderem exprimir sua
vontade.”
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Alterações promovidas pela Lei
no. 13.146/15
“ (...) Lei n. 13.146/2015, como proclama o art. 1º, “a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
A consequência direta e imediata dessa alteração legislativa é que: o deficiente é
agora considerado pessoa plenamente capaz. O art. 6º da referida lei declara que “A
deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa”.
o art. 84, caput, estatui, categoricamente, que “A pessoa com deficiência tem
assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições
com as demais pessoas”. Quando necessário, aduz o § 1º, “a pessoa com deficiência
será submetida à curatela, conforme a lei”.
Carlos Roberto Gonçalves
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Críticas à Lei no. 13.146/15
Todavia, têm elas sido objeto de pesadas críticas formuladas pela doutrina,
pelo fato, principalmente, de desproteger aqueles que merecem a proteção
legal.
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Incapacidade Relativa
• O agente necessita agora de um assistente para a prática dos atos
da vida civil, pois o legislador reconhece relativa maturidade ou
condições fáticas para a pratica supervisionada dos atos da vida
civil. Em um contrato de compra e venda, por exemplo, tanto o
agente, quanto o assistente devem assinar. A constituição
considera como relativamente capazes: artigo 4º., CC/02 Os atos
realizados pelos relativamente incapazes são anuláveis.
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Os índios
O diploma legal que atualmente regula a situação
jurídica dos índios no País é a Lei n. 6.001, de 19 de
dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do
Índio, proclamando que ficarão sujeitos à tutela da
União até se adaptarem à civilização.
12
Senilidade
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Emancipação:
• Conceito: A emancipação é uma forma de cessação da capacidade
civil, o menor passa a ter capacidade civil plena, podendo exercer
pessoalmente os atos da vida civil. É o instituto jurídico que
proporciona ou dá capacidade de fato ou exercício para o menor
de idade e consequência das restrições legais só possui capacidade
de direito. Assim, a emancipação é a antecipação dos efeitos da
maioridade do ponto de vista jurídico, proporcionando ao
relativamente incapaz, menor de 18 anos a capacidade civil plena.
A emancipação é uma forma extraordinária de aquisição da
capacidade civil plena.
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Emancipação:
Espécies: O artigo 5º, parágrafo único, CC/02 nos dá as hipóteses de
emancipação.
a)Emancipação voluntária: concedida pelos pais, se o menor tiver 16
anos completos, através de instrumento público, ao filho com pelo
menos 16 anos.
b)Emancipação judicial: declarado pelo juiz, por sentença, ouvido o
tutor em favor do tutelado que já completou 16 anos. Pode ocorre no
caso um dos pais discordar ou se se tratar de menor sob tutela também
com pelo menos 16 anos, ou ainda quando o menor quiser ser
emancipado e os pais não;
c)Emancipação legal: É a que decorre de determinados fatos previstos
na lei. art. 5º, parágrafo único, incisos II, III, IV e V do CC/02.
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Código Civil de 2002
Art. 5º Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I.- pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II.- pelo casamento;
III.- pelo exercício de emprego público efetivo;
IV.- pela colação de grau em curso de ensino superior;
V.- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.
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Direitos da Personalidade
• Os direitos da personalidade jurídica são necessários,
essenciais ao resguardo do princípio da dignidade
humana, por essa razão são universais, absolutos,
imprescritíveis, intransmissíveis, impenhoráveis e
vitalícios.
• São a materialização dos valores fundamentais da
pessoa. Embora na antiguidade já houvesse
preocupação com os Direitos Humanos, incrementada
com o advendo do cristianismo, o seu reconhecimento
como categoria de direito subjetivo surgiu como
reflexo da Declaração dos Direitos do Homem ( 1789)
• No Brasil o grande passo foi a CF/88 Art 5º,X,
posteriromente o CC que dedicou um capítulo à esses
direitos (art 11 a21)
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Características
Caráter absoluto São sujeitos passivos todos aqueles que ameacem ou empeçam o
livre exercício dos direitos da personalidade.
Generalidade Todas as pessoas, naturais ou jurídicas são titulares dos direitos da
personalidade, basta que tenham personalidade jurídica.
• Código Civil
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas na lei.
Código Civil
• CAPÍTULO II
• Dos Direitos da Personalidade
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
Código
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Civil
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial.
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Código Civil
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no
todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.
Código Civil
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Código Civil