TCC - Espectros
TCC - Espectros
TCC - Espectros
ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA QUÍMICA
Niterói, RJ
2/2021
FERNANDA STANZANI DE SOUZA
ORIENTADORES:
Prof. Alessandra da Rocha Duailibe Monteiro
Prof. Fernando César Lopes de Oliveira
Niterói, RJ
2/2021
Ficha catalográfica automática - SDC/BEE
Gerada com informações fornecidas pelo autor
CDD -
BANCA EXAMINADORA
Niterói
2/2021
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha irmã, Ana Laura, pela amizade e por todos os seus
ensinamentos, você é um grande exemplo de independência e leveza que levo para
a vida.
Corrosion is a natural phenomenon and has been part of the reality of industrial
processes since its beginnings. Copper is a metal widely used in industry and is
susceptible to deterioration in different environments. In this work, UV-VIS
spectrophotometric analysis as a method for determining the corrosion rate of copper
in different acidic media was presented, discussed and validated by the mass loss
method. A specimen was submitted to hydrochloric, sulfuric and acetic acid solutions,
at concentrations of 0,0100 mol/L and 0,1000 mol/L, with sodium chloride and
hydrogen peroxide and constant bubbling of air. The corrosion rate was determined
from visible wavelength spectrophotometry, which allowed the measurement of the
absorbance of aliquots constituted by the tetraaminocuprate complex ([Cu(NH 3)4]2+),
as well as the calculation of the concentration of the resulting Cu2+ ions from corrosion.
The samples were collected in a time range of 180 minutes, varying from 30 to 30
minutes, and the results obtained for the corrosion rate were validated by the mass
loss method. The corrosion rate by the colorimetric method was more coherent for the
times of 30, 60 and 90 minutes, in which standard deviations of 37%, 21% and 17%
were observed for the means of H2SO4, CH3COOH and HCl, respectively, in relative
to the rate of mass loss.
ABS Absorbância
CP Corpo de Prova
ε Absortividade molar
E Potencial Eletroquímico
F Constante de Faraday
n Número de elétrons
pH Potencial Hidrogeniônico
T Transmitância
λ Comprimento de onda
17
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO
1.1 OBJETIVOS
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Patni, Agarwal e Shah (2013), a corrosão pode ser definida como um
processo de deterioração de um material, metálico ou não, através da interação
química ou eletroquímica com o meio ambiente. Devido a este processo, geralmente
espontâneo, a resistência e o desempenho do material são comprometidos,
impactando custo, manutenção, segurança, qualidade e podendo culminar na
completa inutilização do equipamento (GENTIL,1996; REVIE; UHLIG, 2008).
Em 2013, o custo mundial da corrosão era de cerca de 2,5 trilhões, gerando um
impacto de 3,5% em todo o Produto Interno Bruto (PIB) mundial (GERHARDUS et al.,
2016). Neste contexto, a determinação da taxa de corrosão é de grande conveniência,
para entender oportunidades de conservação para reduzir o prejuízo causado por
esse fenômeno.
Os danos oriundos do processo corrosivo resultam em um prejuízo que
ultrapassa a perda da estrutura metálica, pois envolve custos adicionais com mão de
obra e insumos como água e energia. As perdas econômicas podem ser classificadas
em diretas e indiretas. As perdas diretas envolvem reparo ou substituição de
estruturas comprometidas, bem como repintura e manutenção dos sistemas de
proteção, enquanto as indiretas estão relacionadas a perda e contaminação do
produto, paralisação da produção e diminuição da eficiência. Ademais, ainda podem
ser citadas as diversas operações que estão susceptíveis às influências da corrosão,
como é o caso de vasos de pressão, caldeiras, reatores, tanques de armazenamento
de substâncias tóxicas e corrosivas, edificações, pontes, componentes de aviação e
automobilísticos (REVIE; UHLIG, 2008).
A corrosão em meios aquosos é a forma com a maior frequência de incidência,
dentre os meios de corrosão, sendo a água o principal solvente. Além desse, existem
três outros grupos de meios relacionados ao fenômeno de corrosão. Os processos de
corrosão em meios orgânicos e corrosão em metais líquidos possuem a menor
incidência dentre todos, sendo sua caracterização ainda sem definição. Deve ser
destacado que a corrosão em meios aquosos e a oxidação e corrosão quente são
20
𝑀 + + 𝑒 − → 𝑀0 Equação (2)
Considerando sistemas eletroquímicos, frequentemente as atenções são
voltadas para os processos de transporte de carga através das interfaces das
diferentes fases químicas. Tais processos podem ocorrer em um condutor eletrônico,
onde a carga é movimentada pelos elétrons da superfície do condutor (normalmente
metálico) (ADAMIAN; ALMENDRA, 2002), e em um condutor iônico (eletrólito), onde
a carga é movimentada pelos íons presentes na fase eletrolítica (solução) (BARD;
21
FAULKNER, 2000). É válido destacar que, para que a fase eletrolítica seja efetiva no
transporte de cargas, deve apresentar baixa resistência elétrica, ou seja, a solução
deve ser suficientemente condutora para possibilitar a condução das cargas pelo meio
(BARD; FAULKNER, 2000).
Uma das formas mais básicas de reações de corrosão, que exemplifica o
mecanismo de troca de cargas e envolve a oxidação de um metal puro, está mostrada
na equação 3, que representa uma reação global em que, por um lado, o cobre
metálico sofre oxidação pelo ataque do ácido clorídrico e, por outro, o hidrogênio ácido
sofre redução, evoluindo para hidrogênio gasoso (SCHWEITZER, 2010).
Cu0(s) + 2H(aq)
+
+ 2Cl− 2+ −
(aq) → Cu(aq) + 2Cl(aq) + H2(g) Equação (3)
Nesse sentido, quando há a doação de elétrons é dito que ele foi oxidado e age
como um agente redutor, havendo então um aumento no número de oxidação.
Entretanto, quando uma substância recebe elétrons, de forma a diminuir o seu número
de oxidação, ela atua como agente oxidante, significando que a substância foi
reduzida na reação (SKOOG; HOLLER; NIEMAN, 2002)
os eletrodos são ligados entre si por um fio condutor eletrônico, que garante o
fechamento do circuito elétrico através do transporte eletrônico de cargas, e um
voltímetro para medir a diferença de potencial entre as células (SKOOG; HOLLER;
NIEMAN, 2002)
𝑎 0
𝛥𝐺 = 𝛥𝐺 0 + 𝑅. 𝑇𝑒𝑚𝑝 . 𝑙𝑛 (𝑎 𝑀 ) Equação (11)
𝑀𝑧+
𝑎 0
𝑧. 𝐹. 𝐸 = 𝑧. 𝐹. 𝐸 0 − 𝑅. 𝑇𝑒𝑚𝑝 . 𝑙𝑛 (𝑎 𝑀 ) Equação (12)
𝑀𝑧+
𝑅.𝑇𝑒𝑚𝑝 𝑎 0
𝐸 = 𝐸0 − . 𝑙𝑛 (𝑎 𝑀 ) Equação (13)
𝑍.𝐹 𝑀𝑧+
0 0 0
∆Ecel = Eeq2 − Eeq1 Equação (15)
+
2H(aq) + 2e+ → H2(g) Equação (16)
Legenda:
a) liberação de O2;
b) Liberação de H2.
Legenda:
a) liberação
de O2;
b) Liberação
de H2.
Cu2 O (s) + 4H2 O(l) → 2HCuO2 − (aq) + 4H + (aq) + 2e− Equação (23)
Por fim, as linhas tracejadas são demonstrações das reações que ocorrem com
o meio aquoso no qual a solução está inserida (CRUZ, 2010). Dessa forma, acima da
linha na Figura 6 - a) há uma instabilidade da água com a evolução de O2, assim como
abaixo da linha na Figura 6 - b), a molécula de água instável se decompõe em H2.
Entre as duas linhas, a água é estável (TALBOT; TALBOT, 1998). Nesse diagrama,
as reações que ocorrem são representadas nas equações 25, 26 e 27:
1
O2 (g) + 2H + (aq) + 2e− → H2 O(l) Equação (26)
2
1
O2 + 2H + + 2e− → H2 O Equação (27)
2
32
+
HCl(aq) ⇄ H(aq) + Cl−
(aq) Equação (32)
Cu+ −
(aq) + Cl(aq) ⇄ CuCl(s) Equação (33)
34
CuCl + Cl− −
(aq) ⇄ CuCl2 (aq) Equação (34)
+
4H(aq) + O2(g) + 4e− ⇄ 2H2 O(l) Equação (36)
2 Cu(s) + 4H + (aq) + 4 Cl− (aq) + O2(g) ⇄ 2H2 O(l) + 2Cu2+ (aq) + 4 Cl− (aq) Equação (37)
+
Cu(s) + 4 H(𝑎𝑞) + SO2− 2+
4(𝑎𝑞) ⇄ 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 𝑆𝑂2(g) + 2H2 O(l) Equação (38)
conc.
4Cu(s) + 4H2 SO4 (l) → 3 CuSO4(aq) + CuS (s) + 4H2 O(l) Equação (40)
conc.
5Cu(s) + 4H2 SO4 (l) → 3 CuSO4(aq) + Cu2 S(S) + 4H2 O(l) Equação (41)
92%
Cu(s) + 2H2 SO4 (l) → CuSO4(s) + SO2 (g) + 2H2 O(l) Equação (42)
conc.,frio
Cu(s) + H2 SO4 (l) → CuO(s) + SO2 (g) + H2 O(l) Equação (43)
𝑎𝑛𝑖𝑑𝑟𝑜,200°𝐶
2Cu(s) + 2H2 SO4 (l) → CuSO4(s) + SO2 (g) + 2H2 O(l) Equação (44)
𝑐𝑜𝑛𝑐.,𝑓𝑟𝑖𝑜.
2Cu(s) + H2 SO4 (l) → Cu2 O(s) + SO2 (g) + H2 O(l) Equação (45)
+
CH3 COOH(aq) ⇄ H(aq) + CH3 COO−
(aq) Equação (46)
Cu2 O(s) + 4CH3 COOH(aq) ⇄ 2 Cu(CH3 COO)2 (aq) + H2 O(l) + H2 (g) Equação (48)
1 −
O2 (g) + H2 O(l) + 2e− ⇄ 2 OH(aq) Equação (49)
2
Segundo Chen et.al. (2004), existem ainda duas rotas possíveis de reações
que podem resultar na formação dos precipitados insolúveis, representado nas
equações 50 e 51.
Cu+ −
(aq) + 2 OH(aq) ⇄ Cu2 O(s) + H2 O(l) Equação (50)
Cu+ −
(aq) + Cl(aq) ⇄ CuCl(s) Equação (51)
1 1
Cu2 𝑂(s) + 2 Cl− + −
(aq) + H(aq) ⇄ CuCl2(aq) + 2 H2 O(l) Equação (52)
2
1
Cu0(s) + 2 H2 O2 → Cu+ −
(aq) + OH(aq) Equação (56)
− 2𝐻 +
Cu+ (aq) + O ∙2(g) → Cu2+ (aq) + H2 O2 (aq) Equação (59)
Um importante experimento acerca da luz foi realizado por Newton, que fez
passar um feixe de luz solar através de um prisma. Ao passar pelo prisma, o feixe se
dividiu em sete partes de cores diferentes e tais partes, ao serem focadas por um
prisma inverso, se juntaram para formar novamente um único feixe de luz branca
(OHTA; ROBERTSON, 2005). As luzes combinadas de um feixe, que podem ser
42
PT
T= Equação (62)
P0
P P
ABS = − log (T) = − log (PT ) = log (P0 ) Equação (63)
0 T
dP
− = α ∗ C ∗ dx Equação (64)
P
P dP b
− ∫P T = α ∗ C ∗ ∫0 dx Equação (65)
0 P
P
ABS = ln (P0 ) = α ∗ b ∗ C Equação (66)
T
S = kP + D Equação (68)
1
Cu(s) + 4NH3(g) + O2(g) + H2 O(l) → Cu(NH3 )4 (OH)2(aq) Equação (69)
2
3 METODOLOGIA
3.1.1 Materiais
Equipamentos e vidrarias:
- Béquer;
- Vidro de relógio;
- Alicate;
- Paquímetro;
Materiais:
Reagentes:
3.1.2 Métodos
Legenda:
a) Corpos de prova
lixados
b) corpos de prova não
lixados
Para a preparação de 100 mL das soluções de ácido clorídrico, a 0,1 mol/L, foi
necessário retirar 0,80 mL do HCl concentrado, que possuía uma densidade igual a
1,185 g/mL e concentração de 37% m/m. A partir dessa solução foram então
realizadas diluições em balões de 100 mL a fim de obter as concentrações de 0,01
mol/L e 10-3 mol/L. Para isso, foram retiradas alíquotas de 10 mL de cada solução
preparada, que posteriormente foram avolumadas com água deionizada.
Número Concentração
Concentração Concentração Massa do
da pH NH4OH
HCl (mol/L) NaCl (mol/L) fio (g)
amostra (mol/L)
1 3 1 0,6 0,6315
Para que a taxa de oxigênio do meio fosse aumentada, fez-se uso de dois
compressores acoplados a uma mangueira segmentada por três válvulas. Deste
modo, os corpos de prova previamente tratados puderam ser submetidos aos meios
de corrosão, conforme realizado no ensaio anterior. Posteriormente, alíquotas de 1
mL foram retiradas de cada recipiente em intervalos de 30 minutos após o início da
reação durante 3 horas.
O eletrodo padrão foi, então, inserido no meio corrosivo no início dos ensaios
e, ao final, em todos os diferentes meios ácidos construídos. Simultaneamente, uma
ponta de prova foi conectada ao fio de cobre antes e depois da corrosão, para que os
potenciais obtidos experimentalmente pudessem ser relacionados aos da literatura,
obtidos através do diagrama de Pourbaix. As Figuras 15 e 16 demonstram o arranjo
montado para a realização da medição.
Para isso, 0,3360 g de cloreto cúprico (CuCl2) foram pesados e levados a um balão
de 25 mL, a fim de que fosse preparada uma solução de 0,1 mol/L. Posteriormente
essa solução foi diluída para que fossem obtidas as concentrações de padrão iguais
a 0,0001 mol/L, 0,0005 mol/L, 0,001 mol/L, 0,0025 mol/L, 0,005 mol/L e 0,01 mol/L,
observadas na Figura 17.
59
Legenda:
Concentrações
a) 0,0001 mol/L;
b) 0,0005 mol/L;
c) 0,001 mol/L;
d) 0,0025 mol/L;
e) 0,005 mol/L;
f) 0,01 mol/L;
𝑧
0,036 = 0,6826 ∗ 3 Equação (71)
0,036
z = (0,6826) ∗ 3 Equação (72)
d𝑚𝐶𝑢 dmcp
= Equação (73)
dt dt
𝑔𝐶𝑢 𝐴𝐵𝑆
= (0,6826) ∗ 3 Equação (74)
𝑙
Com esse dado, é multiplicado pelo volume (Vsol) da solução para obter-se a
massa de cobre na amostra, gcu2+, demonstrada na equação 75. Contudo, é preciso
ainda transformar o valor de concentração de cobre em massa, para assim obter-se a
variação de massa de cobre em um intervalo de tempo, pois esse resultado equivale
à taxa de corrosão propriamente dita. Assim, pelas equações 75, 76 e 77 são obtidas
a massa do cobre, a variação da massa (Δgcu) em cada intervalo de medição (Δt) e a
relação com a taxa de corrosão (𝜁𝑚 ), respectivamente.
𝑔𝐶𝑢
𝑚𝐶𝑢 = ( ) ∗ 𝑉𝑠𝑜𝑙 Equação (75)
𝑙
61
𝑑𝑚𝐶𝑢 ∆𝑔𝐶𝑢
= Equação (76)
𝑑𝑡 ∆𝑡
𝑑𝑚𝐶𝑢
𝑑𝑡
= 𝜁𝑚 Equação (77)
TC −TM
ER = . 100% Equação (78)
TM
∑n
i=1(xi−M)
2
σ2 = Equação (79)
n
∑n
i=1(xi−M)
2
σ=√ Equação (80)
n
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Legenda:
a) NH4OH 0,1 M;
b) HCl 0,001 M,
NH4OH 0,1 M e NaCl
0,6 M;
c) HCl 0,01 M,
NH4OH 0,1 M e NaCl
0,6 M;
d) HCl 0,1 M, NH4OH
0,1 M e NaCl 0,6 M;
e) água deionizada
Fonte: Elaborado pelas autoras. (branco).
64
de HCl, realizadas nos testes anteriores, mas com a substituição da amônia por 10
gotas de água oxigenada 3% comercial.
Legenda: a) branco; e
demais contendo H2O2
3% e NaCl 0,6 mol/L:
b) HCl 0,001 mol/L;
c) HCl 0,01 mol/L;
d) HCl 0,1 mol/L; E
após a adição de
NH4OH 0,1 M
e) branco; e demais
contendo H2O2 3%,
NaCL 0,6 mol/L e
NH4OH 0,1 M;
f) HCl 0,001 mol/L; g)
HCl 0,01 mol/L; h) HCl
0,1 mol/L;
Com esse novo teste, foi visto que há maior liberação de cobre no meio nas
concentrações de HCl 0,01 M e 0,1 M, indicando que são as concentrações de ácido
mais propensas a corroer o corpo de prova no tempo hábil para realização dos testes.
Legenda: a) branco;
b) NH4OH; c) HCl 1 M,
NH4OH 1 M e NaCl 0,6
M; d) HCl 1 M com
NH4OH 1M, peróxido
de hidrogênio e NaCl
0,6 M; após 48h.
Legenda: a) branco;
b) ácido sulfúrico
0,001 M; c) ácido
acético 0,001 M; d)
ácido sulfúrico 0,01
M; e) ácido acético
0,01 M; f) ácido
sulfúrico 0,1 M; g)
ácido acético 0,1 M
Fonte: Elaborado pelas autoras.
ilustrados pelas Figura 23 e 24. Como a solução de H2SO4 0,001 M não apresentou
mudança de coloração, não foi representada na Figura 24.
Legenda:
a) HAc 0,1 M;
b) HAc 0,01 M;
c) HAc 0,001 M
Legenda:
a) HAc 0,1 M;
b) HAc 0,01 M;
c) HAc 0,001 M;
Legenda:
a) Branco de H2O;
b) H2SO4 0,1 M;
c) H2SO4 0,01 M;
d) H2SO4 0,001 M;
Legenda:
a) HAc 0,001 M;
b) H2SO4 0,001 M;
c) HAc 0,01 M;
d) H2SO4 0,01 M;
e) HAc 0,1 M;
f) H2SO4 0,1 M;
Legenda:
a) H2S04 0,1 M;
b) HAc 0,1 M;
c) HCl 0,1 M;
Figura 30 - Frascos com soluções ácidas com o corpo de prova de cobre após
30 minutos.
Legenda:
a) HCl 0,1 M;
b) HAc 0,1 M;
c) H2S04 0,1 M;
após 30
minutos.
0,5
0,45 y = 0,6826x
R² = 0,9948
0,4
0,35
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7
Para então exprimirmos conclusões dos testes realizados pela metodologia, foi
necessário analisar os dados medidos a cada retirada de alíquota. Os dados foram
plotados nos gráficos 2,3 e 4 em relação aos testes empregados com as soluções de
Hac, H2SO4 e HCl nas concentrações de 0,1 M e 0,01 M cada. A taxa de corrosão foi
medida através do método colorimétrico e representa a concentração de íons Cu 2+
livres no meio em [g/L], enquanto a taxa de perda de massa é representada em [g].
As tabelas com maiores detalhes estão relacionadas no apêndice A.
74
0,07
0,06
0,05
Taxa de corrosão (g/h)
0,04
0,03
0,02
0,01
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
-0,01
Tempo (h)
3,00E-02
2,50E-02
Taxa de corrosão (g/h)
2,00E-02
1,50E-02
1,00E-02
5,00E-03
0,00E+00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
0,09
0,08
0,07
Taxa de corrosão (g/h)
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
0,09
0,08
Taxa de corrosão (g/h)
0,07
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
Taxa da Reação (g/h) - H2SO4 0,1 M Taxa da Reação (g/h) - HAc 0,1 M
Taxa da Reação (g/h) - HCl 0,1 M
Em relação aos ácidos mais diluídos, como visto no gráfico 6, foi possível notar
até 1.5 h um comportamento esperado, tendo em vista o consumo do ácido e a
77
0,025
0,02
Taxa de corosão (g/h)
0,015
0,01
0,005
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
-0,005
Tempo em Horas
Taxa da Reação (g/h) - H2SO4 0,01 M Taxa da Reação (g/h) - HAc 0,01 M
Taxa da Reação (g/h) - HCl 0,01 M
0,0592
𝐸𝐶é𝑙𝑢𝑙𝑎 = 𝑘 − 𝑝𝑋 Equação (82)
𝑛
Isso se deve pelo fato de, matematicamente, o produto entre valores os negativos
0,0592
[ . (−𝑙𝑜𝑔 𝑥 )], gerar uma parcela positiva, que contribui diretamente no aumento
𝑛
Tempo de
HCl H2SO4 CH3COOH
ensaio (h)
pH 0,5 2 2 4
Ecelula (V) 0,5 0,247 0,224 0,322
Ecelula (V) 3 0,343 0,325 0,362
De acordo com Skoog, Holler e Nieman (2002), tal desvio pode ser justificado
através da relação de não linearidade existente entre a concentração e atividade do
cobre, que por sua vez, varia com a força iônica do meio, que é ainda mais influente
em íons com múltiplas cargas. Além disso, com o consumo de reagentes e aumento
da concentração de íons Cu2+ no meio é de se esperar que a corrosão atinja um estado
80
Para o ácido sulfúrico em concentração 0,01 mol/L, foi possível notar que a taxa
de variação da concentração e de massa acompanham a mesma tendencia entre os
tempos 0,5h a 1h. No entanto, entre 1h e 2h, pode-se observar um comportamento
distinto, no qual a taxa de concentração de complexo no meio aumenta, enquanto a
variação da massa perdida no fio, decresce.
Nos tempos entre o início da reação e 0,5h é possível notar que a taxa de
variação de massa é superior a variação de concentração, o que pode ter sido
influenciado pela remoção da camada de oxido formada durante a secagem do corpo
de prova e posterior pesagem. A tabela 3 do apêndice A e o gráfico 7 demonstram os
resultados observados.
0,025
0,02
Taxa de corrosão (g/h)
0,015
0,01
0,005
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
-0,005
Tempo (h)
0,07
0,06
Taxa de corrosão (g/h)
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
1,40E-02
1,20E-02
Taxa de corrosão (g/h)
1,00E-02
8,00E-03
6,00E-03
4,00E-03
2,00E-03
0,00E+00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
0,03
0,025
Taxa de corrosão (g/h)
0,02
0,015
0,01
0,005
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
0,02
0,018
0,016
Taxa de corrosão (g/h)
0,014
0,012
0,01
0,008
0,006
0,004
0,002
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
0,09
0,08
0,07
Taxa de corrosão (g/h)
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
Erro relativo Médio (%) 40% 34% 49% 50% 35% 65%
Variância 0,18 0,14 0,09 0,04 0,02 0,03
Desvio padrão 1,04 0,37 0,30 0,21 0,46 0,17
Nesse âmbito, o método da perda de massa demonstra ser muito sensível aos
desvios de análise, potencialmente causando medições imprecisas da massa do
cobre.
88
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Ademais, o modo que foi aplicado o método da perda de massa também possui
incoerências em sua taxa de corrosão, que pode ter sido atenuado pela constante
limpeza do corpo de prova. Apesar do cuidado para preservá-lo, ao secar esse corpo
para pesagem, pode ter sido retirado mais do que o excesso.
cobre em meio ácido, como o método da resistência elétrica, a partir das seguintes
recomendações:
● Utilizar vidrarias que permitam uma maior precisão de volume, como pipetas
volumétricas.
90
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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120, Dez. 2016.
95
7. APÊNDICE A
Estatística de regressão
0,9954717
R múltiplo 45
R- 0,9909639
Quadrado 94
R-
quadrado 0,9887049
ajustado 93
Erro 0,0171681
padrão 77
Observaçõ
es 6
F de
significaç
Gl SQ MQ F ão
0,12929 438,67346 0,00003 0,129297
Regressão 0,1292974 74 63 07 4
0,00029 0,001179
Resíduo 0,0011790 47 0
0,130476
Total 0,1304764 4
95%
Coeficiente Erro 95% superior Inferior Superio
s padrão Stat t valor-P inferiores es 95,0% r 95,0%
-
0,00952 0,54503 0,03274 0,0201 0,0327
Interseção 0,006293 8 0,660492 6 -0,020160 6 60 46
Variável X 0,03190 0,00003 0,75687 0,5796 0,7568
1 0,668287 7 20,944533 1 0,579697 6 97 76
0 0 0,00E+00 0 0,5568 0 -
0,5 0,039 1,32E-01 2,40E-02 0,5471 1,94E-02 24%
1 0,068 2,11E-01 1,78E-02 0,5420 1,02E-02 75%
1,5 0,095 2,29E-01 1,66E-02 0,5365 1,10E-02 51%
2 0,115 2,51E-01 1,23E-02 0,5305 1,20E-02 3%
2,5 0,141 3,03E-01 1,60E-02 0,5266 7,80E-03 105%
3 0,176 3,47E-01 2,15E-02 0,5234 6,40E-03 236%
0 0 0 0 0,5629 0 -
0,5 0,03 9,23E-03 1,85E-02 0,5550 1,58E-02 17%
1 0,048 1,48E-02 1,11E-02 0,5512 7,60E-03 46%
1,5 0,052 1,60E-02 2,46E-03 0,5491 4,20E-03 41%
2 0,057 1,75E-02 3,08E-03 0,5485 1,20E-03 156%
2,5 0,069 2,12E-02 7,38E-03 0,5477 1,60E-03 361%
3 0,079 2,43E-02 6,15E-03 0,5473 8,00E-04 669%