Arquivo 68273 1 10 20230619
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Resumo
A proposta “Bullying escolar: Práticas de reflexão e combate”, é um projeto de extensão
que propõe um evento, com a finalidade de abordar o assunto e trazer práticas úteis para o
combate do bullying no âmbito escolar. O projeto será colocado em prática por meio de
uma transmissão ao vivo, pela plataforma do YouTube, e será direcionada para o público
escolar, principalmente aos professores da rede pública de educação básica, com o objetivo
de auxiliar na formação continuada desses profissionais, ofertando certificação.
Primeiramente, será promovida uma pesquisa nas escolas sobre o bullying, buscando
conhecer quais são as práticas mais comuns e corriqueiras presentes na escola, e como os
professores e demais profissionais da escola debatem e resolvem essas questões. Com base
em pesquisa realizada com artigos científicos e periódicos, será desenvolvido um evento
com base nesses trabalhos, tendo a cooperação de profissionais especializados que já estão
envolvidos com o tema. Após a apresentação dos especialistas, será aberto um espaço para
que os trabalhadores da educação façam suas perguntas e debatam sobre o tema. Na
finalização será disponibilizado uma cartilha com instrucional sobre o tema, que poderá ser
utilizada como material de apoio aos professores.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Segundo Fante (2021) por mais que o assunto “bullying na escola” seja recente, os
casos estão presentes nas escolas do mundo todo há muito tempo. Essas agressões
presentes na infância e juventude prejudicam o desenvolvimento do aluno, principalmente
seu rendimento escolar. Os sintomas podem variar, de perca da concentração, muitas faltas,
sempre buscando pretexto para não participar das aulas, até a evasão escolar. Na saúde
física pode-se notar sinais como a somatização, dores de cabeça, dores no estômago,
tontura, diarreia, taquicardia, insônia, estresse e depressão, deve-se atentar pois casos mais
extremos podem evoluir ao suicídio. Os traumas podem perdurar durante a vida adulta,
refletindo na falta de autoestima, insegurança e instabilidade emocional.
Para o agressor a consequência também é grave, esse está injetando o
comportamento a sua própria personalidade, sendo reflexo em seus relacionamentos no
futuro e seu modo de conviver em sociedade. Esses jovens terão tendência à delinquência
na maioridade, por acreditarem, desde criança, que podem ter domínio e subjugar outras
pessoas.
Um caso que chocou o Brasil, foi a tragédia de Taiúva (SP), em janeiro de 2003,
ocasião na qual um aluno invadiu uma escola e abriu fogo contra alguns colegas e
funcionários, deixando 7 feridos, cometendo suicídio em seguida disparando contra a
própria cabeça. Durante o ocorrido uma mulher pulou do prédio, ficando tetraplégica.
Conforme o site de notícias, após investigações, constatou-se que o jovem de 18 anos, que
cometeu o crime, era vítima de bullying por colegas da escola, por ter obesidade era vítima
de várias chacotas e piadas por causa de seu peso. Segundo informações de professores e
funcionários, o aluno tinha alvos em mente, pois se dirigiu aos agressores e passou por
algumas pessoas antes não atirando em nenhuma delas.
O professor Franscisco Berci, que estava presente no dia da tragédia, afirmou que
passaram por momentos de terror, mas que poderiam ter evitado caso tivessem observado a
mudança de comportamento do jovem, como mencionou o professor a reportagem: “A
turma brincava com ele, ele brincava com a turma, mas ele tinha um alvo específico, sim.
Ele passou perto de outras pessoas e não atirou nelas. Por isso que eu falo que ele tinha um
alvo determinado. Ele entrou na escola e escolheu as vítimas”.
Outro fato de atentado a escola que está associado ao bullying foi o massacre em
Realengo, que ocorreu na Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona Oeste do Rio de
Janeiro, e deixou 12 mortos, as vítimas tinham de 13 a 15 anos. Quem cometeu o massacre
se chamava Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, antigo aluno da escola. Esse
logrou entrar na escola se apresentando como palestrante, pois a escola estava recebendo
antigos alunos para falar sobre a experiência de suas vidas escolares. Wellington levava
dois revólveres na mochila, primeiramente se dirigiu a uma sala do 8° ano, onde 40 alunos
assistiam a aula e iniciou o massacre, mirava na cabeça das meninas e no corpo dos
meninos, as mortes ocorreram a queima-roupa.
De acordo com a BBC News Brasil o atirador utilizou o tempo de recarga da arma
para trocar de salas. Com o barulho dos tiros, muitos alunos em fuga acabaram sendo
pisoteados, um dos estudantes, de 13 anos de idade, mesmo ferido, conseguiu buscar ajuda
de policiais que realizavam uma blitz a 200 metros dali. Ao ouvir a chegada da polícia,
tentou atirar em um dos policiais sendo atingido antes no abdômen, por fim, atirou em sua
própria cabeça. O massacre resultou em 12 mortos e 12 feridos. Wellinton deixou uma
carta dizendo cometer o delito, por ter sido vítima de bullying na escola em que praticou o
massacre. Thayane, também foi uma das vítimas que carrega as marcas até hoje, ela ficou
paraplégica após ter sido atingida com quatro disparos, sendo que um se alojou em sua
coluna.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A proposta da pesquisa é, com base nos estudos teóricos, mediar o conhecimento
com os professores, para que o caminho seja uma educação fundamentada na tolerância e
boas relações entre os colegas, respeitando as diferenças. Na maioria dos casos, crianças
agressivas também sofreram maus tratos, como resultado, reproduzem atitudes de quando
foram vítimas, cabendo ao professor compreender e acolher esse estudante.
Deve-se estar atento aos comportamentos dos estudantes, pois quando esses estão
passando por situações difíceis tendem a agir de forma diferente, podendo manifestar
irritabilidade, depressão e isolamento. Cabe ao professor estar atento e ter boa
comunicação com os alunos. De acordo com os dados e acontecimentos que foram
mencionados acima, mostra-se essencial a discussão sobre o assunto em escolas, assim
como a preparação dos professores para que tenham como lidar com situações de violência
com segurança e autonomia caso estas venham a ocorrer na escola ou em sala de aula.
A base da educação é o conhecimento. As crianças vítimas devem ser bem
acolhidas pela escola e professores, assim como o agressor, que pode ser apenas mais uma
vítima, merece atenção. Também é preciso compromisso da escola, de forma que esta se
compromete a solucionar o problema, como por exemplo, realizando uma pesquisa para
entender quais os motivos da criança estar cometendo tais agressões contra os colegas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O bullying pode vir de diversas formas, podendo ser físico ou até emocional, por
meio de xingamentos, palavras que ferem emocionalmente a criança. Situações de
violência ocorrem por diferentes motivos, mas o principal é pela intolerância à diferença,
como por exemplo, a cor. Geralmente quem comete tais agressões, está apenas
reproduzindo atitudes nas quais foi vítima. Cabe ao professor e ao corpo docente da escola
ter um bom direcionamento para tratar desses casos e intervir com ideias e projetos que
combatam e previnam o bullying na escola.
A mudança deve começar pela transformação dos professores e funcionários, para
que consigam fazer a diferença na vida de seus alunos. Sendo esse o intuito do projeto de
pesquisa e extensão aqui proposto fornecer uma boa formação, para que esses profissionais
estejam preparados ofertando uma educação que acolha e seja exercida com base na
tolerância e respeito entre os alunos, algo que refletirá diretamente no desenvolvimento dos
estudantes, fazendo com que cresçam e se tornem adultos que acolham as diferenças e não
venham a cometer atos de violência na sociedade tendo como base a tolerância e aceitação.
REFERÊNCIAS
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. Disponível em: Biblioteca pessoal. Acesso em: 05 de novembro, 2021.
SOUZA, Christiane Parntoja de; ALMEIDA, Léo Parente de. Bullying em ambiente
escolar. Disponível em: Biblioteca pessoal. Acesso em: 05 de novembro, 2021.
Vídeo:
FANTE, Cleo. Cléo Fante lança: “O Fenômeno Bullying”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=iBJHyiPAW1c&t=738s Acesso em: 05 de novembro,
2021.