ARTIGO Intervenção Com Crianças Vitimas de Bullying
ARTIGO Intervenção Com Crianças Vitimas de Bullying
ARTIGO Intervenção Com Crianças Vitimas de Bullying
ESCOLA
RESUMO
O comportamento agressivo tem se tornado comum dentro do espaço escolar, e devido à observação
de atos de violência, de excesso de apelidos pejorativos aliados a baixo rendimento escolar dos alunos
vítimas de “brincadeiras” é que surgiu o interesse e a motivação para explorar a temática: Como
realizar a intervenção com crianças vítimas de bullying na escola? O bullying escolar tem aumentado
gradualmente nos últimos anos e é um fenômeno que gera, efetivamente, uma enorme inquietação com
o objetivo de identificar a frequência de bullying, tipos de agressões, incidência, agressores, vítimas e
testemunhas, assim como, analisar as ações educativas positivas na prevenção deste, este artigo tem a
pretensão de realizar um paralelo entre a atuação da família, o papel da instituição de ensino e a
intervenção psicopedagógica.
INTRODUÇÃO
1
Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University - EUA, [email protected];
2
Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University - EUA, [email protected];
3
Doutoranda em Educação pela Atenas College University – EUA, [email protected];
4
Dr. Diógenes José Gusmão Coutinho: Doutor em Biologia, pela UFPE, Gusmã[email protected];
agressões, incidência, agressores, vítimas e testemunhas bem como analisar as ações
educativas positivas na prevenção do mesmo.
Muito se fala sobre o bullying, problema que afeta qualquer escola em algum grau.
Porém, a compreensão que se tem a respeito do assunto é pouca, o que impede o
desenvolvimento de boas estratégias para lidar com a questão. A prática do Bullying tornou-
se algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos
dos agressores, como das vítimas. Crianças e adolescentes que não seguem um “padrão”
estipulado pelo agressor ou um grupo de agressores, sofrem algum tipo de violência. Dentre
estas se pontua as mais comuns: xingamentos, apelidos ofensivos, ameaças, intimidação,
dentre outras.
Segundo Pereira (2002), o fato de ter consequências trágicas como mortes e suicídios e
a impunidade, proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria a temática do
bullying no ambiente educacional como um todo. Sendo assim, este projeto tem o intuito de
atuar, tanto com os alunos, como pais e responsáveis, buscando medidas educativas que
combatam as ações de violência na escola provocadas através do bullying.
Os procedimentos adotados serão baseados nos depoimentos de alunos, pais,
professores e responsáveis que vivenciaram ou vivenciam o bullying no ambiente
educacional.
Por meio de leituras, discussão de textos, foi realizado um trabalho onde foram
apresentados sugestões de combate e esclarecimentos da temática, fazendo uso de atividades
diversificadas como: filmes, dinâmicas de grupo, produção de texto, palestras, leituras
variadas, peças teatrais, musicas, dentre outros.
Para elucidar a pesquisa e objetivos Fante (2005) diz em seu livro Fenômeno bullying:
as crianças normalmente sofrem caladas, com medo de expor a situação de repressão e
acabam ficando presas a tal violência, acarretando diversas implicações no seu próprio
desenvolvimento.
Sendo assim, é de suma importância discutir a cerca das diferenças de cada um,
promovendo um processo de conscientização entre alunos, professores e responsáveis.
Buscar um entendimento acerca das possíveis causas de uma dificuldade de
aprendizagem e a importância de se criar alternativas metodológicas para o trabalho
pedagógico com alunos que apresentam tais necessidades educacionais, compreender como
ocorre um trabalho de intervenção com crianças vítimas de bullying, assim como, analisar as
ações educativas positivas na prevenção do bullying, identificando a frequência de bullying,
tipos de agressões, incidência, agressores, vítimas e testemunhas, foram os fatores instigantes
para a realização da pesquisa que embasa o presente trabalho.
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
O autor enfatiza que para o bullying não existe distinção entre sexo, sendo
aquele que pratica atos violentos e repetitivos a outros entre seus pares, não se importando
com o sentimento alheio, o mesmo tem prazer em humilhar, amedontrar o outro. Para SILVA
(2010):
A pessoa que comete bullying pode então, manter um pequeno grupo em torno
de si, no qual atuam como auxiliares em suas agressões. Os alunos identificados como
seguidores raramente tomam as iniciativas das agressões, se tornando então espectadores
dessa violência. Este fenômeno que ocorre entre vítima e agressores pode acontecer de duas
formas, indireta e direta, sendo que ambas afetam a dimensão psicológica da criança e
interfere negativamente em seu desenvolvimento, conforme expõe Fante (2012).
É a forma indireta, que é considerada a mais grave de todas elas, por ser sutil e
difícil de dimensionar os seus impactos, refere-se aos comentários com intuito de denegrir a
vítima, excluir e isolá-la do grupo. Historicamente, é possível perceber ao longo da história
que o mundo tem sido marcado pela violência de diversas formas e em vários aspectos. É o
que afirma Nogueira (2007):
A violência acomete o mundo contemporâneo em todas as suas instâncias e
se manifesta de variadas formas. Ela está presente em toda sociedade e não
se restringe a determinados espaços, a determinadas classes sociais, a
determinadas faixas etárias ou a determinadas épocas. Ela é um dos eternos
problemas da teoria social e da prática política e relacional da humanidade.
Não se conhece nenhuma sociedade em a violência não tenha estado e esteja
presente (NOGUEIRA, 2007, p. 17).
Observa-se que, existe uma história de violência que permeia toda sociedade, pessoas
que têm a necessidade de praticar atos violentos com outrem para sentir prazer ou demonstrar
superioridade frente ao grupo ao qual pertence. O fenômeno bullying é um ato de violência
como qualquer outro, trás as mesmas sequelas físicas e/ou psicológicas. Para tal, o âmbito
escolar é o espaço “ideal” para aqueles agressores que desejam mostrar aos demais que possui
poder, de tal forma, oprimi, humilha e retrai quem aparentemente parecer ao ver do agressor,
ser frágil.
É sabido que prática de bullying infringe os princípios constitucionais. Que
determina que todo ato ilícito que cause danos a outrem gere uma indenização. O estatuto da
criança e do adolescente (ECA) versa sobre o direito à Liberdade, ao respeito, à dignidade e à
educação, dentre outros. Nos seguintes artigos está escrito:
Infelizmente, muitas crianças têm medo de procurar ajuda quando são vítimas de
agressões, chingamentos, retaliações, uma vez que sofrem ameaças caso tragam a tona a
identidade do agressor ou dos agressores. Por isso é primordial incentivar a buscar ajuda de
alguém que lhe transmita segurança para que possa está orientando no problema de forma
eficaz e segura. O pesquisador Norueguês Dan Olweus (2012) determina alguns critérios
primordiais para que se possam identificar os casos de bullying escolar:
Sabe-se que a família é uma instituição formada por pessoas que possuem um grau de
parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar, responsável por transmitir os
valores que serão norteadores em todos os caminhos que a criança vai percorrer até a idade
adulta. Minayo (1999) afirma que:
De tal forma, a família é a base, o porto seguro de qualquer indivíduo desde a infância.
É importante salientar que a educação da criança não faz parte apenas da escola, esta não pode
ser a única responsável pela formação do caráter do indivíduo. É no seio familiar que a
orientação ocorre. A sociedade de uma forma geral também é responsável por essa formação.
Sendo assim, ninguém pode ficar omisso a qualquer registro de bullying.
Os pais devem sempre observar atitudes e comportamentos diferentes dos filhos, o
carinho e diálogo são fundamentais na construção de uma boa base familiar, alicerçada em
princípios da moral, ética e respeito.
O psicólogo José Augusto Pedra em uma entrevista sobre bullying dada à revista
eletrônica Saúde Abril pontua;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As vítimas de Bullying podem apontar diversos tipos de sintomas e dentre eles está á
baixa autoestima, complicações de relacionamento social, tristeza, depressão e pânico escolar.
Renegar a escola, pedir para que mudem de sala, começar a apresentar sintomas de
somatização (como diarréia, vômito, insônia, dores abdominais), disfunções emocionais e/ou
sociais podem ser apontados sintomas de uma criança que supostamente foi ou deve ter sido
vitima de Bullying.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência e educar para a paz. Verus Ed.
Campinas-SP. Ed. 2, 2005.
MELLO, Guiomar. Sucesso na aprendizagem fortalece o aluno para a vida. Revista Nova
Escola. Editora Abril. Abr. 2005, ano XX, nº 181.
MELO, Josevaldo. Bullying na escola: como identificá-lo, como previni-lo, como combatê-lo.
Recife: EDUPE, 2010. 128p.
Olweus, Dan. Bullying na Escola: O Que Sabemos e o Que Podemos Fazer.São Paulo:
Editora Fontanar.2012.
PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para uma Escola sem violência: estudo e prevenção das
práticas agressivas entre crianças. Edição: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying – Mentes perigosas nas escolas. 1ª edição. São
Paulo: Editora Fontanar, 2003.