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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

VANESSA DA SILVA TORRES

ANESTESIA LOCORREGIONAL PARA CIRURGIAS ORTOPÉDICAS EM CÃES E


GATOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPB ENTRE 2018 A 2022

AREIA
2023
VANESSA DA SILVA TORRES

ANESTESIA LOCORREGIONAL PARA CIRURGIAS ORTOPÉDICAS EM CÃES E


GATOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPB ENTRE 2018 A 2022

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Medicina Veterinária pela Universidade
Federal da Paraíba.

Orientadora: Profª. Drª. Simone Bopp

AREIA
2023
Catalogação na publicação
Seção de Catalogação e Classificação

T693a Torres, Vanessa da Silva.


Anestesia locorregional para cirurgias ortopédicas
em cães e gatos no hospital veterinário da UFPB entre
2018 a 2022 / Vanessa da Silva Torres. -
Areia:UFPB/CCA, 2023.
57 f. : il.

Orientação: Simone Bopp.


TCC (Graduação) - UFPB/CCA.

1. Medicina Veterinária. 2. Cirurgia ortopédica -


animais. 3. Bloqueios nervosos. 4. Fraturas. 5.
Anestésicos locais. I. Bopp, Simone. II. Título.

UFPB/CCA-AREIA CDU 636.09(02)

Elaborado por EDILSON TARGINO DE MELO FILHO - CRB-15/686


VANESSA DA SILVA TORRES

ANESTESIA LOCORREGIONAL PARA CIRURGIAS ORTOPÉDICAS EM CÃES E


GATOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPB ENTRE 2018 A 2022

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Medicina Veterinária pela
Universidade Federal da Paraíba.

Aprovado em: 01 /_1 1 /_2023.

BANCA EXAMINADORA

Profª. Drª. Simone Bopp (Orientador)


Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

M. V. Ma. Natália Cristina de Medeiros


Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

M. V. Esp. Maurílio Kennedy F. Soares


Aos meus pais, pelo suporte, incentivo
e parceria, DEDICO.
AGRADECIMENTOS

À Deus, pela vida e por todas as oportunidades que colocou em meu caminho.
Sei que zela por minha existência e me dá forças para continuar meu percurso.
A minha mãe, Isabel, meu amor maior, por sempre cuidar de mim e não medir
esforços para se fazer presente em todas as fases da minha vida, principalmente
nesses cinco anos, enfrentando junto comigo todas as dificuldades e tornando tudo
mais fácil.
Ao meu pai, Valmir, por sempre apoiar as minhas decisões, me guiar em toda
minha trajetória com seus conselhos e palavras de carinho, por toda a parceria e
cuidado. Sem você, esse sonho não seria possível.
Ao meu irmão, minhas avós, minhas tias e tios, meus primos e todos os
familiares que se fizeram presente e me apoiaram por todo esse trajeto, agradeço a
torcida.
À Gleydvan, meu companheiro diário, por todo apoio nos momentos difíceis,
pelo incentivo para atingir meus objetivos e pela grande ajuda nesse trabalho.
Agradeço por caminhar ao meu lado.
A todos os meus amigos da graduação, em especial à Giovanna, Maria Paula,
Thayná e Tobias pela amizade nesses cinco anos de convivência, agradeço por toda
a caminhada, desabafos, momentos de alegria, encorajamento e auxílio que vocês
me proporcionaram, tornando tudo mais leve.
As minhas residentes e mentoras Letícia, Alice, Bianca e Natália, por todos os
ensinamentos, pela amizade e por acreditarem em mim. A Maurílio, pela experiência
passada e por aceitar o convite para participar da banca examinadora desse trabalho.
Aos demais residentes e técnicos do Hospital Veterinário, pela convivência e troca de
conhecimentos.
Aos professores, por contribuírem com a minha formação, em especial à
Simone Bopp, minha orientadora, por ser uma grande inspiração e me apresentar a
Anestesiologia Veterinária da forma mais bela. Agradeço a orientação e os
ensinamentos.
Por fim, à Rubi e Logan, meus filhos de quatro patas que só trazem alegria
aos meus dias, e a todos os animais que passaram por minha trajetória, isso é por
vocês.
“Sedare dolorem opus divinum est. (Aliviar
a dor é uma obra divina).”

Hipócrates
RESUMO

As cirurgias ortopédicas abrangem boa parte da rotina de um centro cirúrgico veterinário, elas
implicam em um grau de dor de moderado a intenso. Dessa forma, o controle analgésico
satisfatório antes da injúria cirúrgica, proporciona um procedimento mais estável, recuperação
mais rápida e com menos incidência de dor pós-operatória. Para esse fim, a anestesia
locorregional tem se mostrado extremamente eficaz, sendo fundamental a adoção de
bloqueios anestésicos na rotina veterinária. Diante do exposto, objetivou-se realizar um
levantamento dos bloqueios locorregionais utilizados nas cirurgias ortopédicas realizadas em
cães e gatos no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba, no período de
janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Para realização dessa pesquisa, foram coletadas, de
forma manual, as informações contidas nos prontuários e fichas anestésicas referentes à
identificação do animal, risco anestésico, procedimento realizado e o protocolo anestésico dos
animais submetidos a cirurgias ortopédicas no período citado. Os protocolos para anestesia
locorrregional foram analisados de forma quantitativa. No período de 2018 a 2022 foram
realizadas 243 cirurgias ortopédicas, dentre as quais, 85,8% receberam algum tipo de
bloqueio anestésico. A espécie canina foi a predominante nesse estudo, correspondendo a
72,5% dos animais operados. Os procedimentos foram divididos em grupos, nas cirurgias em
membro pélvico (58,85%), o bloqueio locorregional mais utilizado foi a anestesia Epidural,
presente em cerca de 85% desses procedimentos. Nas cirurgias de membro torácico
(23,46%) o bloqueio do plexo braquial foi o método de eleição, realizado em cerca de 84%
nessas cirurgias. Os bloqueios de nervos mandibular e maxilar foram praticamente
unanimidade nas cirurgias orais (12,34), abarcando cerca de 94% dos bloqueios nessa região.
Para os procedimentos em extremidades (2,88%), as abordagens sacrococcígea e
intercoccígea para anestesia epidural na caudectomia, e a anestesia infiltrativa circular para
amputação de dígito, foram predominantes, correspondendo a 66,66% e 50%,
respectivamente. Conclui-se, portanto, que há uma grande variedade de técnicas de
anestesia locorregional para diferentes abordagens cirúrgicas na ortopedia, e que essas, por
serem de crucial importância para a analgesia nesses procedimentos, devem ser estudadas,
uma vez que o profissional capacitado pode promover maior bem-estar e conforto analgésico
ao seu paciente durante o trans e pós-operatório.
Palavras-Chave: bloqueios nervosos; fraturas; anestésicos locais.
ABSTRACT

Orthopedic surgeries constitute a significant portion of a veterinary surgical center's routine,


and they often entail a degree of pain ranging from moderate to intense. Therefore, satisfactory
analgesic control before surgical intervention leads to a more stable procedure, faster
recovery, and a lower incidence of post-operative pain. In this regard, locoregional anesthesia
has proven to be extremely effective, making the adoption of anesthetic blocks crucial in
veterinary practice. In light of the above, the objective was to conduct a survey of the
locoregional blocks used in orthopedic surgeries performed on dogs and cats at the Veterinary
Hospital of the Federal University of Paraíba from January 2018 to December 2022. For this
research, information from patient records and anesthetic records related to animal
identification, anesthetic risk, procedures performed, and anesthetic protocol of animals
undergoing orthopedic surgeries during the specified period were manually collected.
Locoregional anesthesia protocols were quantitatively analyzed. During the period from 2018
to 2022, 243 orthopedic surgeries were performed, of which 85.8% received some form of
locoregional block. The canine species predominated in this study, accounting for 72.5% of
the operated animals. Procedures were divided into groups, in pelvic limb surgeries (58.85%),
epidural anesthesia was the most commonly used locoregional block, present in approximately
85% of these procedures. In thoracic limb surgeries (23.46%), brachial plexus block was the
method of choice, performed in about 84% of these surgeries. Mandibular and maxillary nerve
blocks were nearly unanimous in oral surgeries (12.34%), accounting for approximately 94%
of blocks in that region. For procedures involving extremities (2.88%), sacrococcygeal and
intercoccygeal approaches for epidural anesthesia in caudectomy, and circular infiltrative
anesthesia for digit amputation were predominant, representing 66.66% and 50%,
respectively. In conclusion, there is a wide variety of locoregional anesthesia techniques for
different surgical approaches in orthopedics, and these techniques, due to their crucial
importance in providing analgesia during these procedures, should be studied. A trained
professional can promote greater well-being and analgesic comfort for their patient during the
intraoperative and post-operative periods.
Keywords: nerve blocks; fractures; local anaesthetics.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Quantidade de procedimentos ortopédicos realizados em cães e


gatos no HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022................................. 27

Gráfico 2 – Porcentagem de cães e gatos submetidos a procedimentos


ortopédicos no HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022, classificados
por faixa etária................................................................................. 28

Gráfico 3 – Porcentagem por tipo de procedimento ortopédico realizado em


cães e gatos no HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022........................ 29
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em membro


pélvico (MP) de cães e gatos realizados no HV-UFPB nos anos de
2018 a 2022........................................................................................ 31
Tabela 2 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em membro
torácico (MT) de cães e gatos realizados no HV-UFPB nos anos de
2018 a 2022........................................................................................ 33

Tabela 3 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em boca de


cães e gatos realizados no HV-UFPB nos anos de 2018 a
2022................................................................................................... 34
Tabela 4 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em
extremidades de cães e gatos realizados no HV-UFPB nos anos de
2018 a 2022........................................................................................ 35
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 13
2.1 DOR E NOCICEPÇÃO......................................................................... 13
2.2 TRATAMENTO DA DOR PERIOPERATÓRIA..................................... 15
2.2.1 Anestésicos locais............................................................................. 16
2.2.1.1 Lidocaína e mepivacaína..................................................................... 17
2.2.1.2 Bupivacaína, levobupivacaína e ropivacaína....................................... 18
2.2.2 Bloqueios locorregionais nas cirurgias ortopédicas...................... 19
2.2.2.1 Anestesia epidural................................................................................ 19
2.2.2.2 Bloqueio do plexo braquial................................................................... 21
2.2.2.3 Bloqueios para procedimentos em boca............................................... 22
2.2.2.4 Anestesia regional intravenosa (Bier).............................................. 23
2.2.2.5 Bloqueio periférico dos nervos femoral e ciático........................... 24
3 METODOLOGIA.................................................................................. 26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 27
5 CONCLUSÃO...................................................................................... 36
REFERÊNCIAS................................................................................... 37
APÊNDICE A – PROTOCOLOS ANESTÉSICOS DE CÃES E
GATOS SUBMETIDOS À CIRURGIAS ORTOPÉDICAS NOS ANOS
DE 2018, 2019, 2020, 2021 E 2022 NO HV-UFPB .............................. 43
11

1 INTRODUÇÃO

A história da anestesia locorregional data de meados da década de 1880,


época em que a cocaína foi utilizada pela primeira vez para procedimentos
oftalmológicos. Karl Köller provou, em 1884, a possibilidade da realização de
intervenções cirúrgicas sem dor utilizando a cocaína como anestésico local (Garcia,
2017). Os anestésicos locais são fármacos que atuam bloqueando de forma reversível
a via da transmissão da dor, a partir da sua ligação aos canais de sódio, impedindo a
liberação de íons e a formação de um potencial de ação na célula neuronal
(Edgcombe; Hocking, 2005), podendo ser administrados por diferentes vias, como a
via tópica, infiltrativa, perineural, intravenosa e espinhal.

O desenvolvimento de anestésicos locais mais seguros ao longo dos anos


aumentou de forma acentuada o uso de técnicas de anestesia locorregional na
medicina humana, pois, devido a característica de não alterar o nível de consciência,
esses fármacos podem ser utilizados com o paciente acordado, vantagem que
proporcionou um alto refinamento dessas técnicas, não só em humanos como
também na medicina veterinária (Garcia, 2017). Em animais de companhia, os
bloqueios locorregionais podem ser associadas à anestesia geral, com o objetivo de
mitigar estímulos nociceptivos durante cirurgias, proporcionando um procedimento
mais seguro, com menor requerimento de anestésicos gerais e maior estabilidade
cardiorrespiratória, sendo um importante componente da anestesia multimodal
(Grimm et al., 2017; Degregori et al., 2018).

A casuística de pacientes veterinários submetidos a cirurgias ortopédicas é


bastante significativa, a rotina envolve desde cirurgias eletivas como displasia
coxofemoral a não eletivas, como fraturas e luxações. Procedimentos que envolvem
lesão do periósteo provocam um grau de dor mais intenso do que outros tipos de
cirurgias em tecidos moles, estando as cirurgias ortopédicas elencadas, em sua
maioria, nos procedimentos que causam dor de grau moderado a excruciante (Paula,
2010). Por serem procedimentos dolorosos e muitas vezes complexos, nas cirurgias
ortopédicas é ideal garantir um bom relaxamento muscular, associado a analgesia no
trans e pós-operatório. Nesses casos a utilização de bloqueios locorregionais antes
da injúria cirúrgica entra como um adjuvante importante, pois essas técnicas são
12

eficientes no bloqueio da transmissão dos estímulos nociceptivos e manifestam


mínimos efeitos colaterais quando operadas por profissionais experientes (Wetmore,
2001).

Pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas com anestesia locorregional


demonstram um melhor resultado na analgesia e uma recuperação mais rápida no
pós-operatório, quando comparados a pacientes que recebem apenas infusão
contínua de opioides (Capdevila et al., 1999; Romano et al., 2016). Dentre os
bloqueios mais utilizados em cirurgias ortopédicas, a epidural é uma técnica bem
consolidada na medicina veterinária, principalmente para cirurgias envolvendo
membros posteriores, apesar disso, técnicas ainda mais seguras e específicas
ganham espaço, principalmente com a utilização de equipamentos auxiliares para
esses bloqueios, como a ultrassonografia e estimuladores de nervos periféricos, que
proporcionam a administração correta do anestésico no local determinado
(Degregori et al., 2018; Paul et al., 2010)

Compreendendo as vantagens que as técnicas de anestesia locorregional


podem propiciar a pacientes ortopédicos, objetivou-se realizar um levantamento dos
bloqueios locorregionais utilizados nas cirurgias ortopédicas realizadas em cães e
gatos no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba, no período de
janeiro de 2018 a dezembro de 2022.
13

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DOR E NOCECEPÇÃO

Abordar o conceito da dor de forma objetiva é ainda hoje uma tarefa difícil. A
Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP) publicou no ano de 2020 a sua
revisão da definição de dor, como “uma experiência sensorial e emocional
desagradável associada ou semelhante àquela associada a dano tecidual real ou
potencial”, enfatizando o caráter individual de percepção e expressão desse
sentimento (Raja et al.,2020). Além disso, a dor é considerada um sinal vital e deve
ser incluída na avaliação de todos os pacientes (Monteiro et al., 2022; Fantoni, 2012).

A percepção da dor ou nocicepção depende dos processos de transdução,


transmissão, modulação e percepção. Na primeira etapa (transdução), os receptores
nociceptivos, presentes em sua maioria na pele, transformam um estímulo mecânico,
térmico ou químico em estímulo elétrico (Garcia, 2017). Glutamato, bradicinina,
prostaglandinas e substância P são substâncias algogênicas liberadas no processo
de lesão celular, que estimulam a atividade desses receptores, promovendo ativação
de neurônios sensitivos. Esses receptores são em sua maioria ligados a canais
iônicos, e sua ativação desencadeia potenciais de ação, despolarização da membrana
e transferência de estímulos elétricos do Sistema Nervoso Periférico (SNP) para o
Sistema Nervoso Central (SNC), caracterizando a etapa de transmissão. As fibras
nervosas periféricas, ou neurônios de primeira ordem, são representados pelas fibras
C não mielinizadas, responsáveis pela condução lenta do impulso, e pelas fibras A
mielinizadas, que conduzem impulsos a uma velocidade maior (Garcia, 2017). O
impulso nociceptivo chega ao corno dorsal da medula espinhal, nos neurônios de
segunda ordem, onde ocorre a etapa de modulação, a qual promove uma modificação
na intensidade de percepção do estímulo, podendo este ser exacerbado ou inibido,
através da resposta pela via descendente de inibição da dor. Os neurônios de segunda
ordem são responsáveis pela transmissão do impulso às estruturas encefálicas,
repletas de interneurônios encarregados do processamento e interpretação das
14

características do estímulo nociceptivo, marcando a última etapa, a percepção da dor


(Castro, 2011; Fantoni; Mastrocinque, 2012; Klinck; Troncy, 2016).

Sendo a dor uma sensação ou experiência de caráter subjetivo, ela não pode
ser objetivamente avaliada e quantificada, visto que não existem ferramentas que
podem mensurá-la. A determinação de se há ou não a ocorrência da dor é ainda mais
desafiadora no âmbito da medicina veterinária, onde os pacientes não são capazes
de verbalizar o que sentem, sendo de inteira responsabilidade do médico veterinário
interpretar as mudanças comportamentais e fisiológicas que podem ocorrer, ou não,
em um animal que experiencia a dor (Castro, 2011; Flôr; Martins; Yazbek, 2012).

Do ponto de vista temporal, a dor pode ser classificada em aguda ou crônica; a


primeira surge de forma repentina e tem curta duração, causada por uma injúria
nociva, é uma resposta fisiológica do organismo e normalmente responde a terapias
analgésicas comuns. Já a dor crônica persiste por períodos mais longos, é
considerada patológica, quase sempre não tem sua causa associada a uma lesão
ativa e pode ser resultante de mudanças no processamento central da dor (Kahvegian;
Cardozo, 2012; Klinck; Troncy, 2016).

Para avaliação de dor aguda na clínica ou no pós-operatório, diversas


estratégias podem ser utilizadas. Com o animal consciente pode-se observar
mudanças de postura, comportamento e reatividade à palpação de feridas cirúrgicas,
por exemplo. Para auxílio nessa etapa, o médico veterinário tem como auxílio escalas
padronizadas para avaliação da dor em pequenos animais, são elas a Escala de Dor
Aguda da Universidade do Estado do Colorado e Escala de Dor Composta de Glasgow
para cães (Flôr; Martins; Yazbek, 2012), a Escala para avaliação de dor aguda da
UNESP e Escala de Caretas Felinas, dentre outras, para gatos (Gruen et al., 2022).
De forma diferente, a dor crônica depende principalmente da avaliação do proprietário
sobre mudanças sutis no comportamento de seu animal. A conscientização e
educação para que o tutor possa perceber essas alterações devem ser conduzidas
também pelo médico veterinário (Gruen et al., 2022).

Animais anestesiados e inconscientes, de forma geral não possuem a


experiência da dor. Segundo Otero, Portela e Tarragona (2012), os anestésicos
promovem depressão cortical e efeito amnésico suficiente para impedir a percepção
dos estímulos nociceptivos da injúria cirúrgica pelo córtex cerebral, porém a
nocicepção ainda está presente, e seu estímulo intenso e repetitivo pode provocar
15

sensibilização central nesses animais. Nesses animais a avaliação do fenômeno de


nocicepção restringe-se às respostas autonômicas, como aumento da frequência
cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial sistêmica, que devem ser avaliados
levando em consideração o protocolo anestésico utilizado e seus efeitos (Alves et al.,
2017).

Com relação à causa da dor, ela pode ser classificada em nociceptiva,


neuropática e nociplástica. A dor nociceptiva origina-se de uma lesão tecidual
superficial ou profunda, e pode ser somática (por lesão de pele ou tecidos mais
profundos) ou visceral (por alterações internas de órgãos). A dor neuropática tem
como mecanismo inicial a lesão no sistema nervoso somatossensorial, englobando o
SNC e SNP. Por último, a dor nociplástica é a alteração da nocicepção cursando com
ausência de lesão, sendo classificada sempre como uma dor crônica (IASP, 2017;
McKune et al., 2017).

Quanto à sua intensidade, a dor pode ser mensurada em leve, moderada,


intensa e excruciante. A classificação por graus foi determinada pela escala de dor
da Organização Mundial de Saúde, e se relacionam com a intensidade, sendo os
graus de 1 a 3, dor leve, de 4 a 7, dor moderada, de 8 a 10 as dores graves e
torturantes, respectivamente. É importante determinar na avaliação não apenas a
presença e tipo da dor, mas também o seu grau de intensidade, uma vez que o
tratamento será adaptado para a necessidade do paciente (Fantoni; Mastrocinque,
2010).

2.2 TRATAMENTO DA DOR PERIOPERATÓRIA

O êxito na prevenção da sensibilização central nos animais submetidos a


procedimentos cirúrgicos depende da correta avaliação da dor e nocicepção e seu
devido tratamento, sendo a dor pós-operatória causadora de desconforto exacerbado,
tempo de hospitalização maior e potencial desenvolvimento de problemas
secundários (Alves et al., 2017). Sua prevenção é de responsabilidade ética do
médico veterinário, a fim de garantir o bem-estar desses animais.

Atualmente, técnicas de analgesia preemptiva são mais comumente


empregadas no transoperatório de pequenos animais, devido ao avanço nos estudos
16

sobre a fisiopatologia da dor. A analgesia multimodal consiste na combinação de


fármacos, visando englobar diferentes receptores nociceptivos e promover um melhor
efeito analgésico, utilizando doses mais baixas e obtendo menos efeitos adversos
(Otero; Portela; Tarragona, 2012). De forma igualmente eficiente, garantindo o
bloqueio da transmissão nervosa, os anestésicos locais e técnicas de bloqueio
locorregional são bastante utilizados em cirurgias ortopédicas pois bloqueiam o
estímulo doloroso na sua origem, garantindo analgesia satisfatória (Yamazaki et al.,
2013).

2.2.1 Anestésicos locais

Os anestésicos locais são fármacos com estruturas semelhantes, constituídos


por três partes. O anel aromático corresponde à porção lipossolúvel; o grupamento
amina representa a porção hidrofílica e de caráter ionizável, que sofre influência do
pH. Ambos são conectados por uma cadeia intermediária através de uma ligação estér
ou amida. A depender do tipo de ligação, os anestésicos locais são hidrolisados pelas
colinesterases plasmáticas, classificados como aminoésteres, ou sofrem
biotransformação hepática, os chamados aminoamidas (Cortopassi; Mattos Junior,
2012; Garcia, 2017).

Apresentam-se como bases fracas na forma ionizada ou não ionizada. O pKa


e pH do meio têm relação direta com o grau de ionização do fármaco, relação regida
pela equação de Henderson-Hasselbach: pH = pKa + log [NI] / [I], onde o pKa é a
constante de ionização específica de cada substância, e determina o pH em que as
duas formas ocorrem em equilíbrio. Os anestésicos locais possuem o pKa maior que
o pH sanguíneo fisiológico, resultando em uma maior fração ionizada nesse meio,
valor que aumenta de forma diretamente proporcional ao valor dessa constante
(Carvalho, 1994; Edgcombe; Hocking, 2005).

A lipossolubilidade, a constante de dissociação e a ligação às proteínas são


características físico-químicas que afetam a ação dos anestésicos locais; a primeira
determina a potência do fármaco, de forma diretamente proporcional. O pKa sinaliza
seu período de latência, quanto maior seu valor, maior o período para o fármaco fazer
17

seu efeito. A afinidade às proteínas plasmáticas prolonga a presença do anestésico


no local de ação, indicando a sua duração (Klaumann; Kloss Filho; Nagashima, 2013).

Quando aplicados em uma concentração adequada, os anestésicos locais


bloqueiam a condução nervosa do estímulo doloroso de forma reversível, sem causar
alteração de consciência (Cortopassi; Mattos Junior, 2012), atravessando a
membrana plasmática da célula neuronal na sua forma não ionizada (lipofílica), e, no
espaço intracelular, é transformado para a forma ionizada, responsável por promover
a ação nos receptores dos canais iônicos. O mecanismo de ação baseia-se na ligação
a, principalmente, canais de sódio presentes na superfície interna da membrana
celular provocando seu bloqueio e impedindo a despolarização da membrana (Garcia,
2017). Para analgesia epidural o mecanismo é semelhante, esses fármacos atuam
ligando-se a receptores de canais de sódio, cálcio e potássio dos cornos dorsais e
ventrais da medula espinhal, fato que causa uma hiperpolarização da membrana e
impede a geração do potencial de ação (Klaumann; Kloss Filho; Nagashima, 2013).
Segundo Edgcombe e Hocking (2005), a dor é o primeiro estímulo a ser bloqueado,
em seguida ocorre perda de sensibilidade à temperatura, ao toque, à propriocepção e
por último verifica-se perda do tônus muscular.

2.2.1.1 Lidocaína e mepivacaína

A lidocaína é um anestésico local do tipo aminoamida, seu pKa é baixo quando


comparado a outros fármacos da mesma classe, portanto seu tempo de latência é
menor, agindo em até cinco minutos da sua aplicação. O tempo de ação é em média
de 60 a 120 minutos, podendo ser prolongado quando adicionado a vasoconstritores,
promovendo bloqueio sensorial e motor (Cortopassi; Mattos Junior, 2012; Massone;
Cortopassi, 2010; Klaumann; Kloss Filho; Nagashima, 2013). É provavelmente o
anestésico local mais utilizado na medicina veterinária. Por sua versatilidade pode ser
administrado de forma tópica, infiltrativa, perineural, epidural e intravenosa; na forma
sistêmica possui usos não anestésicos, como antiarrítmico e analgésico (Garcia,
2017). Doses excessivas da lidocaína promovem efeitos tóxicos, sendo os mais
comuns, segundo Cortopassi e Mattos Junior (2012), sonolência, tremores
musculares, hipotensão e convulsão. Para a espécie felina, deve-se ter uma atenção
18

ainda maior, pois apresentam sensibilidade aumentada para esse fármaco


(Klaumann; Kloss Filho; Nagashima, 2013). A dose recomendada é de 4 a 6mg/kg
para cães e de 2 a 4mg/kg para gatos (Grubb; Lobprise, 2020).

A mepivacaína se assemelha à lidocaína pelo seu início de ação rápido; esse


fármaco possui uma duração de cerca de duas horas e efeito neurotóxico
consideravelmente menor quando comparado a outros anestésicos locais. É
contraindicada para uso em fêmeas gestantes ou neonatos, devido à sua toxicidade
fetal e metabolismo extremamente lento nesses animais (Garcia, 2017; Klaumann;
Kloss Filho; Nagashima, 2013).

2.2.1.2 Bupivacaína, levobupivacaína e ropivacaína

A bupivacaína, anestésico do tipo aminoamida, apresenta potência quatro


vezes maior do que a lidocaína, porém por ter um pKa mais alto, sua latência é maior,
levando cerca de 20 minutos para iniciar seu efeito. O tempo de ação varia de 3 a 10
horas (Garcia, 2017). Devido ao seu longo tempo de ação, é comumente usada para
longos procedimentos e que necessitam de uma boa analgesia no pós-operatório,
pois, segundo Klaumann, Kloss Filho e Nagashima (2013), a bupivacaína promove
bloqueio sensorial em prevalência ao bloqueio motor, principalmente em baixas
concentrações. A administração desse fármaco por via intravenosa não é
recomendada devido a sua alta toxicidade, principalmente no sistema cardiovascular,
atuando no sistema de condução das células miocárdicas (Cortopassi; Mattos Junior,
2012). A dose preconizada para cães é de 1 a 2mg/kg e, para gatos, de 1mg/kg
(Grubb; Lobprise, 2020).

A levobupivacaína é o levoisômero da bupivacaína e por isso possui


propriedades e ação bastante similares à sua mistura racêmica, porém apresenta
menor cardiotoxicidade e menor bloqueio motor. As doses recomendadas são as
mesmas da bupivacaína (Grubb; Lobprise, 2020).

Já a ropivacaína é um anestésico local produzido e comercializado na forma


pura do enantiômero S da bupivacaína. Dessa forma apresenta menores efeitos
cardiotóxicos, e seu uso não necessita da adição de adrenalina, pois possui certa
19

atividade vasoconstritora (Cortopassi; Mattos Junior, 2012). Possui latência e tempo


de ação semelhantes à bupivacaína, sendo utilizadas doses semelhantes para cães
e gatos (Grubb; Lobprise, 2020).

2.2.2 Bloqueios locorregionais nas cirurgias ortopédicas

2.2.2.1 Anestesia epidural

A anestesia epidural consiste na administração de um fármaco anestésico local


no espaço epidural, localizado entre a dura-máter e o periósteo que delimita o canal
vertebral. Indica-se que a inserção da agulha seja feita no espaço lombossacro, entre
a 7ª vértebra lombar e a 1ª sacral, em cães, e no espaço sacrococcígeo, entre a última
vértebra sacral e a primeira vértebra coccígea, em gatos (Futema, 2010), e pode ser
realizada entre as vértebras coccígeas (Otero, 2013).

A partir da administração do anestésico, esse irá se difundir através da dura-


máter e atingir o canal medular e suas raízes nervosas, bem como promover bloqueios
paravertebrais a partir da sua dispersão pelos forames intervertebrais. A profundidade
do bloqueio e sua extensão dependem da concentração do fármaco utilizado e seu
volume, respectivamente. Quanto maior o volume utilizado, maior a sua propagação
através do canal medular, e, quanto maior a concentração, maior será a intensidade
do bloqueio (Futema, 2010). A anestesia epidural pode promover insensibilização para
procedimentos em regiões de pelve, membro pélvico, cauda, períneo e abdômen
(Campoy; Read; Peralta, 2017).

Para realizar o bloqueio peridural o animal deve ser posicionado em decúbito


esternal ou lateral, com os membros pélvicos tracionados para frente (Campoy; Read;
Peralta, 2017). O local para punção lombossacra é identificado a partir da palpação,
com os dedos polegar e médio, da proeminência das asas do íleo e processos
espinhosos das vértebras L7 e S1. Com o dedo indicador livre se palpa a depressão
formada entre as vértebras; a agulha é então posicionada no local, avançando através
do ligamento interespinhoso, até que ultrapasse o ligamento amarelo, quando se ouve
um “estampido”, indicando que a ponta da agulha chegou ao espaço epidural
(Campoy; Read; Peralta, 2017; Otero, 2013). A confirmação do local de injeção dos
20

anestésicos pode ser feita através do teste da gota pendente, que, ao ser colocada
uma gota do anestésico local no canhão da agulha, esta será aspirada imediatamente
ao adentrar no espaço epidural. O teste da seringa de baixa resistência também pode
ser utilizado, ao se administrar uma pequena quantidade de ar dentro do espaço, sem
resistência (Futema, 2010).

As contraindicações para esse tipo de anestesia incluem coagulopatias, sepse,


e animais politraumatizados, onde há perda de referência anatômica da região a ser
abordada, além de que devem ser levadas em consideração as vantagens ou
desvantagens que essa técnica possa promover a animais hipotensos ou com
comprometimento hemodinâmico (Otero, 2013).

A bupivacaína é um dos anestésicos locais mais utilizados para esse tipo de


bloqueio, e é geralmente associada a outros fármacos, como opioides, para prolongar
a analgesia local. O uso epidural de opioides associados aos anestésicos locais tem
como objetivo promover sinergismo entre os fármacos e promover um bloqueio
satisfatório com as menores doses possíveis, sendo recomendado no período trans-
operatório em cirurgias que podem gerar dor intensa, como por exemplo
procedimentos ortopédicos (Valadão; Duque; Farias, 2002). Devido à grande
quantidade de receptores opioides na substância gelatinosa no corno dorsal da
medula, esses fármacos aparecem como importante alternativa no controle da dor e
da nocicepção quando administrados por via epidural. Diferente dos anestésicos
locais, os opioides promovem analgesia pelo bloqueio sensitivo, sem alterações
motoras, através do bloqueio da transmissão aferente de estímulos nocivos (Marucio;
Cotes, 2012).

Para atingir seu efeito, os opioides devem se difundir através do espaço


epidural e meninges até que atinjam o corno dorsal da medula, por isso, a
lipossolubilidade é um fator determinante para o tempo de latência e ação desses
fármacos (Futema, 2010). A morfina, opioide hidrossolúvel, não atravessa as camadas
gordurosas com facilidade e apresenta uma latência de cerca de 20 a 60 minutos, da
mesma forma, seu tempo de ação é prolongado, atingindo seu efeito durante 16 a 24
horas (Otsuki, 2012). Já o fentanil, por ser um fármaco lipossolúvel, age de forma mais
rápida, em torno de 13 a 18 minutos, com analgesia intensa e de curta duração
(Futema, 2010; Valadão; Duque; Farias, 2002).
21

A utilização de opioides por via epidural pode acarretar alguns efeitos adversos
como retenção urinária, depressão respiratória e prurido. Quando administrados em
doses baixas esses efeitos são quase inexistentes, porém podem ser revertidos com
o uso de antagonistas opioides por via intravenosa, como a naloxona ou nalbufina
(Marucio; Cotes, 2012).

2.2.2.2 Bloqueio do plexo braquial

O plexo braquial é responsável por toda a inervação do membro torácico, e é


constituído pelos nervos supraescapular, subescapular, musculocutâneo, axilar,
radial, mediano e ulnar. As duas principais técnicas para bloqueio do plexo braquial
são a abordagem subescapular e paravertebral (Klaumann et al., 2013).

A abordagem paravertebral é indicada para procedimentos mais altos no


membro torácico, pois promove insensibilização desde a região distal da escápula,
articulação escápulo-umeral, porção proximal do membro anterior, até a articulação
do cotovelo; trata-se de uma abordagem mais complexa. O animal deve estar sob
anestesia, em decúbuto lateral, com o membro a ser bloqueado para cima e levemente
deslocado em direção caudal. Deve-se identificar o processo transverso da sexta
vértebra cervical, inserindo a agulha de forma perpendicular à pele. Na direção
lateromedial, na profundidade de um a três centímetros, o anestésico local é aplicado
tanto na porção cranial quanto caudal ao processo transverso, bloqueando os ramos
dos nervos espinhais C6 e C7. Para o bloqueio do complexo nervoso C8-T1, o
posicionamento é o mesmo, e nessa abordagem a agulha é inserida
perpendicularmente à pele, na altura da borda cranial da primeira costela, a um
centímetro de profundidade e na altura da articulação costocondral da mesma costela,
cerca de um a dois centímetros de profundidade (Otero; Fuensalida; Portela, 2017).

O bloqueio do plexo braquial pela abordagem subescapular, mais


frequentemente utilizado, promove insensibilização para procedimentos em região
distal do úmero, articulação do cotovelo e outras estruturas mais distais. O decúbito
para esse acesso é lateral contrário ao membro a ser bloqueado; o membro
permanece em repouso de forma perpendicular ao eixo corporal. Os pontos de
referência a serem identificados são o acrômio e a borda cranial da tuberosidade maior
22

do úmero. É traçada uma linha imaginária entre os dois e a agulha é inserida


perpendicularmente à essa linha, com uma inclinação em torno de 20 a 30º em relação
à mesa, de forma medial à escápula. Deve-se atentar ao limite caudal do plexo
braquial, delimitado pelo encontro da linha da primeira costela com a linha do percurso
cervical da veia jugular (Klaumann et al., 2013).

Em ambos os bloqueios existem complicações em casos de inexperiência na


realização da técnica, como punção de vasos, punção pleural, lesões nervosas
iatrogênicas, entre outros. Como coadjuvantes na realização das técnicas de
anestesia, o auxílio de equipamentos como o Neuroestimulador Periférico e aparelho
de Ultrassonografia permitem ao profissional acurácia na identificação das estruturas,
mais eficiência no bloqueio e menor número de complicações (Costa, 2022; Otero;
Fuensalida; Portela, 2017)

2.2.2.3 Bloqueios para procedimentos em boca

O bloqueio anestésico do nervo maxilar promove insensibilização para


procedimentos nas regiões de palato duro e mole, arcada dentária superior, osso
maxilar e tecidos moles associados (Klaumann et al., 2017). Para a técnica de
bloqueio do nervo maxilar, é preconizada a injeção de um anestésico local na fossa
pterigopalatina, onde o nervo maxilar se ramifica e parte dele segue pelo forame e
canal infraorbitário, através de técnicas extraoral ou intraoral (Campoy; Read; Peralta,
2017).

Para o acesso extraoral à fossa pterigopalatina, usa-se como referência o seu


limite dorsal, a borda ventral do osso zigomático, e seu limite cranial, a borda anterior
do corpo da mandíbula. A agulha é introduzida e inclinada em direção ao quarto dente
pré-molar do lado oposto. Já pelo acesso intraoral, pode-se usar como referência o
segundo dente molar superior, a agulha é introduzida caudalmente ao segundo dente
molar, em direção dorsal, para atingir a fossa pterigopalatina (Klaumann, 2013).

O nervo mandibular dá origem ao nervo alveolar inferior e este segue e se


ramifica ainda nos nervos mentonianos caudal, médio e rostral. O bloqueio dessas
estruturas promove anestesia do quadrante mandibular lateral a que se aplica o
23

anestésico, bem como dos dentes, osso alveolar e gengiva; já os nervos mentonianos
isolados inervam a região de lábio inferior e área intermandibular rostral (Campoy;
Read; Peralta, 2017).

Da mesma forma do acesso para o bloqueio maxilar, o nervo mandibular pode


ser acessado por via extraoral ou intraoral. Na primeira técnica, a referência utilizada
é o processo angular da mandíbula, em que a agulha é inserida imediatamente cranial
à referência, no sentido ventrodorsal, e se pode guiar através da palpação do forame
mandibular pelo interior da cavidade oral. Já na abordagem intraoral, a referência é o
último molar inferior e o processo angular da mandíbula. Na porção medial entre esses
dois pontos, é possível sentir o forame e direcionar a agulha através da mucosa
(Klaumann et al., 2017). Uma das principais complicações para essa anestesia é a
mutilação da língua durante a recuperação anestésica, pelo bloqueio do nervo lingual.
Para prevenir essa complicação nos casos de bloqueio bilateral, é ideal que se utilizem
fármacos com maior bloqueio sensitivo do que motor, e que não possuam longa
duração (Klaumann, 2013).

O bloqueio do nervo mentoniano insensibiliza principalmente a sínfise


mandibular, e pode ser acessado ventralmente ao segundo pré-molar, a agulha é
inserida paralelamente à mandíbula, na sua face vestibular. É um bloqueio de difícil
acesso em animais muito pequenos (Klaumann et al., 2017).

2.2.2.4 Anestesia regional intravenosa (Bier)

Essa técnica é indicada para cirurgias em extremidades de membros. Para a


realização do bloqueio de Bier, é necessária a aplicação de um torniquete proximal à
área onde será realizado o procedimento, promovendo a exsanguinação do membro
na região a ser manipulada e injeção do anestésico local em uma veia distal a esse
torniquete, difundindo, portanto, o anestésico para as terminações nervosas da região,
mantendo o local insensibilizado.

A presença do torniquete não deve ultrapassar 90 minutos, pelo risco de danos


isquêmicos ao local, e o torniquete deve ser liberado de forma lenta após o final do
24

procedimento, para não haver dispersão rápida do anestésico local para circulação
sistêmica (Campoy; Read; Peralta, 2017).

2.2.2.5 Bloqueio periférico dos nervos femoral e ciático

Entre as abordagens para o bloqueio do nervo femoral destacam-se o bloqueio


paravertebral do plexo lombar e a abordagem inguinal. O bloqueio paravertebral do
plexo lombar promove bloqueio do nervo femoral diretamente em sua origem,
proporciona analgesia para procedimentos em articulação coxofemoral, fêmur,
articulação do joelho, tíbia e tarso, quando associados ao bloqueio do nervo ciático
(Klaumann, 2013). Para realizar a abordagem correta, com o animal em decúbito
lateral, devem ser identificados os processos transversos das vértebras L4, L5, L6 e
L7, introduzindo a agulha na porção medial entre os intervalos de cada uma das
vértebras, em uma linha paralela de um a dois centímetros de distância da linha
medial, no lado a ser bloqueado. Com o auxílio de um neuroestimulador periférico, ao
inserir a agulha perpendicularmente nos pontos indicados, a resposta esperada à
estimulação elétrica é a contração do músculo quadríceps femoral e extensão da
articulação do joelho (Portela; Fuensalida; Otero, 2017a).

A abordagem inguinal do nervo femoral, por sua vez, promove analgesia no


terço distal de fêmur, articulação do joelho e face medial do membro pélvico. Para
ampliar a área de insensibilização, associa-se a outros bloqueios periféricos. O nervo
femoral passa por dentro do triângulo femoral, delimitado dorsalmente pelo músculo
iliopsoas, cranialmente pelo músculo sartório e caudalmente pelo músculo pectíneo.
O nervo a ser bloqueado localiza-se cranial à artéria femoral que pode ser identificada
através de sua pulsação (Klaumann, 2013). Para esse bloqueio, o animal permanece
em decúbito lateral, com o membro a ser bloqueado abduzido e tracionado
caudalmente. Com o auxílio de um neuroestimulador periférico, a agulha deve ser
inserida cranialmente à artéria femoral, em direção ao músculo iliopsoas, mantendo
uma relação de 20 a 30º com a pele, ao chegar próximo ao nervo femoral é esperada
uma resposta de contração do músculo quadríceps e extensão do joelho (Campoy;
Read; Peralta, 2017).
25

Uma das técnicas utilizadas para bloqueio do nervo ciático é o acesso lateral.
Com o animal em decúbito lateral, o membro a ser insensibilizado para cima, toma-se
como referência o trocânter maior do fêmur e a tuberosidade isquiática, em seguida é
traçada uma linha entre as duas estruturas e a agulha do neuroestimulador periférico
é inserida entre o terço proximal e medial desse intervalo, em um ângulo perpendicular
à pele. Ao encontrar a resposta muscular esperada, -contração do músculo
gastrocnêmio com extensão do tarso ou contração do músculo tibial com flexão do
tarso-, o anestésico é então instilado (Portela; Fuensalida; Otero, 2017a).

Segundo Klaumann (2013), com o advento dos equipamentos de


neuroestimulação periférica e ultrassonografia, é desaconselhado o bloqueio
periférico de nervos importantes “às cegas”, pois as técnicas guiadas permitem a
identificação fidedigna de estruturas a serem bloqueadas, diminuindo o volume de
anestésicos requeridos e possíveis complicações que possam ocorrer nessas
técnicas.
26

3 METODOLOGIA

O presente estudo retrospectivo foi realizado no Hospital Veterinário da


Universidade Federal da Paraíba (HV-UFPB), em Areia/PB. Para a coleta dos dados
utilizados nessa pesquisa, foram consultados os prontuários de cães e gatos
submetidos às cirurgias ortopédicas no período de janeiro de 2018 a dezembro de
2022. Todas as fichas anestésicas foram selecionadas manualmente a partir da
seleção prévia dos pacientes. A identificação do animal, bem como a faixa etária,
sexo, raça e risco anestésico (ASA) foram colhidos do prontuário. A partir da análise
das fichas anestésicas, foram coletadas as informações quanto ao tipo de
procedimento realizado, os fármacos e técnicas anestésicas empregadas nas
diferentes etapas da anestesia (medicação pré-anestésica, indução, manutenção
anestésica, analgesia perioperatória e pós-operatória). Para fins descritivos, esses
dados foram agrupados em planilhas, e o tipo de procedimento ortopédico e seu
respectivo bloqueio locorregional foram submetidos à análise quantitativa e
comparados com as técnicas recomendadas na literatura.
27

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No período de aproximadamente cinco anos, compreendido entre janeiro de


2018 e dezembro de 2022, foram realizadas 243 cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da Universidade Federal da Paraíba (Gráfico 1) em cabeça, coluna e
membros. Deve-se salientar que, durante o ano de 2020, com menor quantidade de
cirurgias, o HV permaneceu fechado entre março e agosto, e, após este período, o
atendimento voltou apenas para urgências e emergências devido ao período de
pandemia decorrente do Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19).

Gráfico 1 – Quantidade de procedimentos ortopédicos realizados em cães e gatos no HV-UFPB nos


anos de 2018 a 2022. Fonte: Elaborado pelo autor

Dos cães e gatos atendidos e encaminhados para tratamento cirúrgico, a


espécie canina foi a mais acometida, representando 72,5% dos animais operados,
corroborando com Batatinha et al. (2021), que associam a menor prevalência de
afecções ortopédicas, como fraturas, nos felinos domésticos devido à maior
manutenção desses animais dentro de casa, e sua conjuntura fisiológica e anatômica,
28

que diminuem sua predisposição a essas afecções. O sexo predominante foi de


machos, totalizando 57,1%. Animais sem raça definida (SRD) foram os principais
pacientes desse estudo retrospectivo, correspondentes a 69,17% dos casos, seguidos
da raça Pinscher (5,83%) e Poodle (5,00%), dentre outras. Animais mais jovens, de
até 4 anos, foram maioria dentre os procedimentos ortopédicos (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Porcentagem de cães e gatos submetidos a procedimentos ortopédicos no HV-UFPB nos


anos de 2018 a 2022, classificados por faixa etária. Fonte: Elaborado pelo autor

Os procedimentos realizados incluíram osteossíntese em membros,


principalmente em fêmur, tíbia, rádio e ulna, osteossíntese mandibular, amputação de
membro e dígito, colocefalectomia, caudectomia, correção de luxação patelar,
artrodese, estabilização de coluna, hemimandibulectomia e remoção de implantes
ortopédicos (Gráfico 3). O total de cirurgias em membros pélvicos atingiu um
percentual de quase 60% da demanda cirúrgica ortopédica do hospital. De acordo
com Souza et al. (2011), um número significativo de lesões ortopédicas em cães
ocorre em membros pélvicos, e, dessas, a sua maioria se caracteriza por fraturas de
ossos longos, dado que se confirma nesse estudo retrospectivo, sendo a
osteossíntese em membro pélvico a cirurgia ortopédica mais realizada no tempo
descrito (23,05%).
29

Gráfico 3 – Porcentagem por tipo de procedimento ortopédico realizado em cães e gatos no HV-UFPB
nos anos de 2018 a 2022. MT: membro torácico; MP: membro pélvico. Fonte: Elaborado pelo autor

Devido ao intenso grau de dor causado pelas cirurgias ortopédicas, os animais


submetidos a esses procedimentos necessitam de um protocolo de analgesia
considerável quando comparado a outros tipos de cirurgia realizadas rotineiramente
(Simon et al., 2017). Bloqueios anestésicos locorregionais foram realizados em 85,8%
das cirurgias ortopédicas realizadas nesse período, sendo que em 100% dos
procedimentos envolvendo coluna não foi utilizada nenhuma técnica de anestesia
locorregional. Vale ressaltar que mais de 97,00% dos animais operados receberam
um opioide (morfina, metadona ou meperidina) como analgésico na Medicação Pré-
Anestésica (Apêndice A), incluindo os pacientes que não receberam anestesia
locorregional.

As cirurgias a nível de coluna vertebral realizadas no HV-UFPB foram mantidas


com infusões analgésicas, com ausência de bloqueio locorregional por motivos não
relatados nas fichas anestésicas. Para esse tipo de procedimento, a infusão contínua
analgésica também é relatada por Amengual, Leigh e Rioja (2017), Giglio (2013) e
Zang, Araújo e Ferreira (2016). Atualmente, porém, existem estudos que sugerem a
utilização do bloqueio do plano eretor da espinha como alternativa para analgesia em
cirurgias de coluna vertebral, o qual consiste na infiltração do anestésico local no plano
interfascial entre o músculo eretor da espinha e o processo transverso da vértebra,
30

com o auxílio da ultrassonografia para identificar as estruturas (Costa, 2021; Portela;


Fuensalida; Otero, 2017b; Silva, 2020; Ueshima et al., 2019).

Para os procedimentos de membro pélvico, o bloqueio locorregional mais


utilizado foi a anestesia epidural, contabilizando mais de 80% dos bloqueios para
essas cirurgias. Seu uso consolidado na veterinária deve-se ao fato de ser uma
técnica relativamente fácil de ser executada pelo médico veterinário treinado, e por
proporcionar níveis efetivos de analgesia quando comparado com infusões
analgésicas no transoperatório, sendo um aliado na anestesia multimodal e
proporcionando menores índices de dor pós-operatória (Andrade, 2023; Guay, 2006).
No entanto, técnicas anestésicas locorregionais mais modernas como o bloqueio
nervoso periférico garantem o mesmo potencial analgésico, com mínimos riscos de
complicações quando relacionadas à anestesia epidural (Mccally et al., 2015). No
presente estudo retrospectivo os bloqueios de nervo femoral e nervo ciático
corresponderam em média a apenas 7,37% das técnicas locorregionais utilizadas
para anestesia em membro pélvico (Tabela 1).

Em cirurgias a nível da articulação do joelho, estudos demonstram que, apesar


da anestesia epidural e o bloqueio periférico dos nervos femoral e ciático promoverem
analgesia eficaz em ambos os grupos, animais que receberam bloqueio nervoso
periférico tiveram uma menor necessidade de resgate analgésico tanto no peri quanto
no pós-operatório (Boscan; Wennogle, 2016; Campoy et al., 2012). Dados que vão de
encontro ao identificado neste estudo retrospectivo, visto que nos animais que
receberam anestesia epidural foi realizado o resgate analgésico durante o trans-
operatório em 17/115 (14,78%), enquanto 4/9 (44,44%) animais que receberam
bloqueio periférico necessitaram de resgate no mesmo momento. Esses valores, no
entanto, podem não ser oportunos para comparação, considerando a diferença no
número de animais nos dois grupos.

Dentre os outros tipos de anestesia locorregional para procedimentos em


membro pélvico, as técnicas infiltrativa circular e splash block abarcaram cerca de
1,33% dos bloqueios para essa região, sendo utilizados apenas nos procedimentos
de amputação do membro. A anestesia infiltrativa é considerada uma das mais
seguras técnicas de anestesia local, tendo como ressalva apenas o cuidado para a
injeção ocorrer extravascularmente, evitando intoxicação (Futema, 2010), enquanto o
splash block consiste na instilação de anestésicos locais diretamente em uma ferida
31

aberta. No entanto, não foram encontradas na literatura nenhuma das duas técnicas
como indicações para uso em cirurgias ortopédicas de grandes proporções.

Tabela 1 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em membro pélvico (MP) de cães e
gatos realizados no HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022.

Procedimento Bloqueios locorregionais

Epidural Nervo ciático +


Osteossíntese Nervo femoral
45/56 (80,36%) Nervo femoral
MP 1/56 (1,79%)
3/56 (5,36%)
Nervo ciático +
Epidural Nervo ciático
Colocefalectomia Nervo femoral
34/41 (82,93%) 1/41 (2,44%)
1/41 (2,44%)
Nervo ciático +
Epidural Nervo ciático
Nervo femoral
21/32 (65,62%) 1/32 (3,12%)
1/32 (3,12%)
Amputação MP
Infiltrativa
Splash block
circular
2/32 (6,25%)
1/32 (3,12%)

Correção de Epidural
luxação patelar 9/9 (100%)

Nervo ciático +
Remoção de Epidural
Nervo femoral
placa MP 2/3 (66,67%)
1/3 (33,33%)

Epidural
Artrodese MP
1/1 (100%)

Os fármacos mais utilizados para o bloqueio epidural foram a Bupivacaína,


Morfina e Fentanil, sendo a associação dos três fármacos predominante em 76/115
(66,08%) dos casos, e a associação da Bupivacaína com a Morfina presente em
27/115 (23,47%), ratificando a afirmação de Campoy, Read e Peralta (2017), de que
a Bupivacaína com ou sem acréscimo de opioides como Morfina e Fentanil são os
32

analgésicos de uso mais frequente para analgesia epidural. A combinação desses


fármacos promove aumento da intensidade e duração da analgesia, combinando o
bloqueio sensitivo e motor imediato do anestésico local com a ação analgésica de
longa duração do opioide (Valadão; Duque; Farias, 2002).

Já para os bloqueios periféricos dos nervos femoral e ciático, o anestésico local


utilizado em 6/8 (75%) dos casos foi a Bupivacaína de forma isolada, recomendado
por Portela, Fuensalida e Otero (2017a), além da Ropivacaína e Levobupivacaína. De
forma complementar, estudos mostram a associação da Bupivacaína com outros
fármacos como a Dexmedetomidina e Dexametasona em bloqueios periféricos,
promovendo um início mais rápido e maior tempo de duração dos bloqueios sensitivos
e motores, com menor requerimento de opioides no pós-operatório (Nagaraju et al.,
2023; Yadeau et al., 2015).

Nos procedimentos ortopédicos em região de membro torácico (MT), durante


os anos de 2018 a 2022, o bloqueio do plexo braquial foi o de eleição, sendo realizado
em cerca de 84,00% das cirurgias e o Splash block foi realizado de forma isolada em
1/57 cirurgias envolvendo MT (1,75%) (Tabela 2). Dentre as abordagens ao plexo
braquial, a paravertebral cervical demonstra maior eficiência em área de bloqueio,
promovendo a insensibilização de todo o membro torácico desde articulação do
ombro, segundo Klaumann et al. (2013). Apesar disso, a abordagem habitual
subescapular continua sendo o método mais efetuado, como observado nesse estudo
retrospectivo e ratificado por Tomazeli (2020), o qual revelou que apenas 5,25% dos
bloqueios locorregionais do plexo braquial eram por abordagem paravertebral cervical.

Para procedimentos em regiões mais distais do MT, como antebraço e mão, a


técnica do bloqueio nervoso periférico dos nervos radial, ulnar, mediano e
musculocutâneo (RUMM) apresenta menores riscos de complicações, quando
comparada às abordagens mais altas segundo Klaumann et al. (2013), contudo, são
poucos casos relatados do seu uso na literatura. A Bupivacaína foi o fármaco mais
utilizado (93,87%) para os bloqueios relatados de plexo braquial, sendo de forma
isolada 31/49 (63,26%) ou em associação com fármacos opioides, Morfina e Fentanil,
ou com a Lidocaína.
33

Tabela 2 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em membro torácico (MT) de cães e
gatos realizados no HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022.

Procedimento Bloqueios locorregionais

Plexo braquial
Osteossíntese MT
25/27 (92,59%)

Plexo braquial Splash block


Amputação MT
20/24 (83,34%) 1/24 (4,17%)

Plexo braquial
Remoção de placa MT
3/5 (60%)

Plexo braquial
Artrodese MT
1/1 (100%)

Em procedimentos envolvendo maxila e mandíbula foram realizados bloqueios


nervosos regionais, sendo os principais nervos bloqueados o maxilar, mandibular e
mentoniano (Tabela 3). Tendo em vista que apenas 3/28 (10,71%) dos animais que
receberam o bloqueio locorregional necessitaram de resgate analgésico durante o
transoperatório, pode-se considerar as técnicas citadas adequadas para analgesia e
de execução relativamente simples, visto que equipamentos auxiliares são
dispensáveis para que a técnica seja eficiente, contando com o conhecimento técnico
e anatômico das estruturas pelo médico veterinário (Klaumann, 2013; Lopes; Gioso,
2007). A Mepivacaína foi o anestésico local mais utilizado nos bloqueios relatados,
presente em 21/28 (75%) dos casos. Este anestésico possui duração de ação
moderada, maior que a Lidocaína e menor que a Bupivacaína, é amplamente usado
na odontologia humana e vem sendo aplicado também na odontologia veterinária
(Lopes; Gioso, 2007).
34

Tabela 3 – Bloqueios locorregionais para cirurgias ortopédicas em boca de cães e gatos realizados no
HV-UFPB nos anos de 2018 a 2022.

Procedimento Bloqueios locorregionais

Nervo mandibular
Osteossíntese Nervo mandibular + Nervo Nervo mentoniano
mandibular 20/25 (80,00%) mentoniano 1/25 (4,00%)
2/25 (8,00%)

Osteossíntese Nervo maxilar


maxilar 3/3 (100%)

Hemimandi- Nervo mandibular


bulectomia 2/2 (100%)

Para melhor divisão, os procedimentos de amputação de dígito e caudectomia


e seus respectivos bloqueios anestésicos foram citados na Tabela 4. A técnica de
infiltração circular correspondeu à metade dos bloqueios locais para amputação de
dígito, seguida por 25% da técnica de Bier e 25% do bloqueio epidural. Por se tratar
de extremidades, Klaumann et al. (2013) e Moraes, Beier e Rosa (2013) recomendam
bloqueios periféricos, como a anestesia regional intravenosa (Bier) e o bloqueio
RUMM quando se trata de membro torácico. A lidocaína foi utilizada como anestésico
local na técnica infiltrativa circular e a bupivacaína no bloqueio de Bier, apesar de não
ser recomendada por Moraes, Beier e Rosa (2013) devido ao seu nível de
cardiotoxicidade, uma vez que administrada por via intravenosa pode ocorrer
passagem para a circulação sistêmica e provocar reações tóxicas agudas culminando
em morte.
35

Tabela 4 – Bloqueios locorregionais em cirurgias de extremidades de cães e gatos realizados no HV-


UFPB nos anos de 2018 a 2022.

Procedimento Bloqueios locorregionais

Amputação de Infiltrativa circular Epidural Bier


dígito 2/4 (50%) 1/4 (25%) 1/4 (25%)

Epidural Epidural
Caudectomia intercoccígea sacrococcígea
1/3 (33,33%) 1/3 (33,33%)

Nos procedimentos de caudectomia foram utilizados diferentes sítios para


abordagem do espaço epidural, apesar de Grimm et al. (2017) trazerem a abordagem
sacrococcígea e intercocígea em sua maior parte para animais de grande porte, a
abordagem sacrococcígea está sendo avaliada como a melhor opção para gatos, visto
que, diferente dos cães, o seu cone medular atinge a altura da primeira vértebra
sacral, podendo ser ainda atingida ao se realizar uma abordagem lombossacra
(Câmara Filho et al., 2000). Otero (2013) relata, também, que tanto a abordagem
sacrococcígea quanto a intercoccígea são fáceis de executar em gatos, confirmando
tal afirmação, ambos os bloqueios para esse procedimento foram realizados em
animais da espécie felina.
36

5 CONCLUSÃO

As cirurgias ortopédicas são responsáveis por grau de dor elevado e é


responsabilidade do médico veterinário prevenir e tratar essa dor, sendo os bloqueios
locorregionais as estratégias mais adequadas para esse fim. Existem diversas
técnicas de anestesia locorregional descritas na literatura e é importante saber sobre
a sua eficácia, bem como se tornar um profissional capacitado para realizá-las. O
conhecimento dos mecanismos da dor, a farmacologia dos anestésicos locais e os
locais de ação de cada bloqueio anestésico é fundamental para a escolha do protocolo
anestésico locorregional para cada paciente.
37

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43

APÊNDICE A – PROTOCOLOS ANESTÉSICOS DE CÃES E GATOS


SUBMETIDOS À CIRURGIAS ORTOPÉDICAS NOS ANOS DE 2018, 2019, 2020,
2021 E 2022 NO HV-UFPB

Tabela 1 – Classificação do risco anestésico (ASA), medicação pré-anestésica (MPA), indução, manutenção, técnicas
locorregionais e medicação pós-operatórias realizadas em cães e gatos submetidos a cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da UFPB no ano de 2018.
Manu- Bloqueio Fármacos Pós-
ASA Procedimento MPA Indução Locorre-
tenção bloqueio operatório
gional
Bupivacaína
Cetamina
Osteossíntese Morfina
III Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Fentanil
Morfina Lidocaina
Acepromazina Plexo Meloxicam
I Amputação MT Propofol Isoflurano Bupivacaína
Morfina braquial Tramadol
Acepromazina Dipirona
III Midazolam Plexo Bupivacaina
Osteossíntese MT Cetamina Isoflurano Meloxicam
Metadona Etomidato braquial Lidocaína Tramadol
Midazolam Morfina
III Colocefalectomia Morfina Propofol Isoflurano Epidural Fentanil Meloxicam
Cetamina Lidocaína
Midazolam Bupivacaína
II Osteossíntese
Morfina Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Cetamina Fentanil
Midazolam Dipirona
Plexo
II Artrodese MT Morfina Propofol Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
braquial
Cetamina Tramadol
Midazolam Morfina
I Colocefalectomia Morfina Propofol Isoflurano Epidural Fentanil Meloxicam
Cetamina Lidocaina
Midazolam
Bupivacaína
II Amputação MP Morfina Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina
Cetamina
II Acepromazina Plexo Meloxicam
Amputação MT Propofol Isoflurano Bupivacaína
Morfina braquial Tramadol
Osteossíntese Acepromazina Bupivacaína
II Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Morfina Morfina
Acepromazina
III Osteossíntese Morfina
Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Morfina Lidocaína
Acepromazina
II Osteossíntese Cetamina Fentanil Bupivacaína
Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Midazolam Propofol Morfina
Morfina
Acepromazina Bupivacaína Dipirona
II Amputação MP Propofol Isoflurano Epidural
Morfina Morfina Meloxicam
Acepromazina Bupivacaína
Osteossíntese Meloxicam
I Metadona Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Midazolam Fentanil Tramadol
Acepromazina
Bupivacaína
I Colocefalectomia Cetamina Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina Morfina

II Meloxicam
Amputação MP Metadona Propofol Isoflurano - -
Tramadol
Bupivacaína
II Acepromazina
Colocefalectomia Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina
Fentanil
44

Osteossíntese Bupivacaína
I Metadona Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Morfina
II Acepromazina Cetamina Fentanil
Colocefalectomia Isoflurano Epidural Meloxicam
Metadona Propofol Lidocaína
Acepromazina
Osteossíntese Nervo Meloxicam
II Cetamina Propofol Isoflurano Bupivacaína
mandibular mandibular Tramadol
Morfina
II Remoção de Acepromazina Bupivacaína
Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
placa MP Morfina Morfina
Dipirona
II Acepromazina Plexo
Osteossíntese MT Propofol Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina braquial
Tramadol
Acepromazina Bupivacaína
Osteossíntese Meloxicam
II Cetamina Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Tramadol
Morfina Fentanil
Acepromazina
Osteossíntese Cetamina Bupivacaína
I Cetamina Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Propofol Morfina
Morfina
II Acepromazina Plexo Bupivacaína Meloxicam
Osteossíntese MT Propofol Isoflurano
Morfina braquial Lidocaína Tramadol
III Amputação MP - Propofol Isoflurano Epidural Bupivacaína Meloxicam
Plexo
Osteossíntese MT Acepromazina Bupivacaína
I braquial +
+ Osteossíntese Cetamina Propofol Isoflurano / Meloxicam
Nervo
mandibular Morfina Ropivacaína
mandibular
Acepromazina
Osteossíntese Nervo Meloxicam
II Cetamina Propofol Isoflurano Mepivacaína
mandibular Morfina mandibular Tramadol
Acepromazina Cetamina
Plexo Meloxicam
III Amputação MT Cetamina Midazolam Isoflurano Bupivacaína
Morfina Propofol braquial Tramadol
Acepromazina Cetamina
Bupivacaína
II Colocefalectomia Cetamina Midazolam Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina Propofol Morfina
Osteossíntese Acepromazina Bupivacaína
II Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Morfina Morfina
Bupivacaína
III Meloxicam
Amputação MP Morfina Propofol Isoflurano Epidural Fentanil
Tramadol
Lidocaina
Cetamina
III Amputação de Acepromazina Bloqueio de Meloxicam
Midazolam Isoflurano Bupivacaína
dígito Metadona Bier Tramadol
Propofol
Acepromazina
I Osteossíntese Nervo Meloxicam
Cetamina Propofol Isoflurano Mepivacaína
mandibular Morfina mandibular Tramadol
Cetamina
Osteossíntese Acepromazina Nervo
I Midazolam Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
mandibular Morfina mandibular
Propofol
Cetamina
Bupivacaína
I Colocefalectomia Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina Morfina
Amputação de Acepromazina Cetamina Infiltrativa Meloxicam
I Isoflurano Lidocaína
dígito Meperidina Propofol circular Tramadol
Dexmedeto-
Bupivacaína
I Colocefalectomia midina Propofol Propofol Epidural Meloxicam
Metadona Morfina
Acepromazina
II Midazolam Plexo Meloxicam
Amputação MT Cetamina Isoflurano Bupivacaína
Propofol braquial Tramadol
Morfina
MP: Membro pélvico; MT: Membro torácico. Fonte: Elaborado pelo autor
45

Tabela 2 – Classificação do risco anestésico (ASA), medicação pré-anestésica (MPA), indução, manutenção, técnicas
locorregionais e medicação pós-operatórias realizadas em cães e gatos submetidos a cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da UFPB no ano de 2019.

Bloqueio
Manu- Fármacos Pós-
ASA Procedimento MPA Indução locorre-
tenção gional bloqueio operatório
Dextroceta-
II mina Plexo Meloxicam
Amputação MT Metadona Isoflurano Bupivacaína
Midazolam braquial Metadona
Propofol
Osteossíntese Acepromazina Nervo Meloxicam
I Propofol Isoflurano Mepivacaína
mandibular Morfina mandibular Tramadol
Acepromazina Bupivacaína Meloxicam
II Colocefalectomia Propofol Isoflurano Epidural
Metadona Fentanil Tramadol
III Plexo Meloxicam
Amputação MT Morfina Propofol Isoflurano Bupivacaína
braquial Tramadol
Acepromazina
Infiltrativa Bupivacaína Meloxicam
IV Amputação MP Cetamina Isoflurano Isoflurano
Metadona circular Lidocaína Tramadol

I Osteossíntese Cetamina Bupivacaína Meloxicam


Metadona Isoflurano Epidural
MP Propofol Fentanil Tramadol
Acepromazina Midazolam Bupivacaína
I Colocefalectomia Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina Propofol Morfina
Acepromazina
II Fentanil Cetoprofen
Trocleoplastia Midazolam Isoflurano Epidural Bupivacaína
Propofol o Tramadol
Morfina
Acepromazina
Osteossíntese Nervo Meloxicam
II Cetamina Propofol Isoflurano Mepivacaína
mandibular mandibular Tramadol
Meperidina
Acepromazina Bupivacaína
Osteossíntese
II Cetamina Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP
Morfina Fentanil
III Estabilização de Cetamina Meloxicam
Metadona Isoflurano - -
coluna Propofol Metadona
II Acepromazina Midazolam Plexo Bupivacaína Meloxicam
Osteossíntese MT Isoflurano
Morfina Propofol braquial Lidocaína Tramadol
Dexmedeto-
Bupivacaína
II Colocefalectomia midina Propofol Isoflurano Epidural Meloxicam
Morfina
Morfina
III Midazolam Bupivacaína Meloxicam
Trocleoplastia Morfina Isoflurano Epidural
Propofol Fentanil Tramadol
Cetamina Bupivacaína
II Correção de Acepromazina
Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
luxação patelar Morfina
Propofol Fentanil
Acepromazina Bupivacaína
II Osteossíntese Midazolam
Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol Fentanil
Osteossíntese Fentanil Meloxicam
I Meperidina Isoflurano - -
mandibular Propofol Tramadol
Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina Midazolam
I Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol Fentanil
Bupivacaína
Cetamina
II Colocefalectomia Morfina Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Propofol
Fentanil
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese
II Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina -
MP
Etomidato Fentanil
46

Cetamina Bupivacaína
II Trocleoplastia Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil
Cetamina
Fentanil Meloxicam
II Trocleoplastia Midazolam Isoflurano Epidural Bupivacaína
Propofol Tramadol
Morfina
Bupivacaína
Acepromazina Midazolam
II Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil
Cetamina
Dipirona
II Acepromazina Fentanil
Osteossíntese MT Isoflurano - - Meloxicam
Morfina Lidocaína
Tramadol
Propofol
Bupivacaína
II Acepromazina Cetamina
Artrodese MP Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil
Cetamina Dipirona
Osteossíntese Fentanil
II Midazolam Isoflurano - - Meloxicam
mandibular Morfina Propofol Tramadol
Bupivacaína
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina
Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol
Fentanil
Acepromazina Cetamina Bupivacaína Meloxicam
I Colocefalectomia Isoflurano Epidural
Morfina Propofol Fentanil Tramadol
Cetamina
Osteossíntese Nervo
II Midazolam Propofol Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
mandibular mandibular
Morfina
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese
II Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP
Propofol Fentanil
Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina
II Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina
Fentanil
Cetamina Bupivacaína
II Colocefalectomia Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil
Cetamina
II Estabilização de Lidocaína
Metadona Isoflurano - - Meloxicam
coluna Midazolam
Propofol
Nervo
Cetamina
Osteossíntese mandibular Meloxicam
II Morfina Midazolam Isoflurano Mepivacaína
mandibular + Nervo Tramadol
Propofol
mentoniano
Cetamina
Dipirona
Estabilização de Lidocaína
III Metadona Isoflurano - - Meloxicam
coluna Midazolam
Propofol Tramadol
Cetamina Bupivacaína
Dipirona
III E Amputação MP Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina
Meloxicam
Propofol Fentanil
Cetamina
III Lidocaína Plexo Bupivacaína Meloxicam
Amputação MT Morfina Isoflurano
Midazolam braquial Morfina Tramadol
Propofol
Cetamina Dipirona
II Acepromazina Plexo
Osteossíntese MT Fentanil Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina braquial
Propofol Tramadol
47

Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Meloxicam
I Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Fentanil Tramadol
Cetamina
Cetamina
Fentanil Meloxicam
II Amputação MP Midazolam Isoflurano - -
Lidocaína Tramadol
Morfina
Propofol
Cetamina
II Acepromazina Meloxicam
Osteossíntese MT Lidocaína Isoflurano - -
Metadona Metadona
Propofol
II Plexo Bupivacaína Meloxicam
Osteossíntese MT Morfina Propofol Isoflurano
braquial Morfina Tramadol
Acepromazina Cetamina Plexo Bupivacaína
II Osteossíntese MT Isoflurano Meloxicam
Morfina Propofol braquial Morfina
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Meloxicam
II Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Tramadol
Morfina Fentanil
Cetamina Bupivacaína Dipirona
I Correção de Acepromazina
Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
luxação patelar Morfina Etomidato Fentanil Tramadol
Bupivacaína
Correção de Acepromazina Cetamina Meloxicam
II Isoflurano Epidural Morfina
luxação patelar Morfina Propofol Tramadol
Fentanil
Cetamina Dipirona
Colocefalectomia
Acepromazina Fentanil Meloxicam
II + Osteossíntese Isoflurano - -
Morfina Lidocaína Metadona
MP Propofol Tramadol
Acepromazina
Remoção de Cetamina Plexo Bupivacaína Meloxicam
I Midazolam Isoflurano
placa MT Propofol braquial Lidocaína Tramadol
Morfina
Cetamina Bupivacaína
Plexo Meloxicam
III Amputação MT Morfina Midazolam Isoflurano Morfina
braquial Tramadol
Propofol Lidocaína
Morfina
II Acepromazina Cetamina
Colocefalectomia Isoflurano Epidural Fentanil Tramadol
Morfina Propofol
Lidocaína
Cetamina
Cetamina
II Fentanil Meloxicam
Amputação MP Midazolam Isoflurano - -
Lidocaína Tramadol
Morfina
Propofol
Bupivacaína
Acepromazina Midazolam Meloxicam
I Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina
Morfina Propofol Tramadol
Fentanil
Cetamina
I Remoção de Acepromazina Fentanil Plexo Bupivacaína
Isoflurano Meloxicam
placa MT Morfina Midazolam braquial Lidocaína
Propofol
II Acepromazina Cetamina Bupivacaína Meloxicam
Amputação MP Isoflurano Epidural
Morfina Propofol Fentanil Tramadol
Dexmedeto- Cetamina
Plexo Bupivacaína
II Osteossíntese MT midina Midazolam Isoflurano Meloxicam
braquial Morfina
Morfina Propofol
Cetamina Bupivacaína
Meloxicam
II Colocefalectomia Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina
Tramadol
Propofol Fentanil
Bupivacaína
Osteossíntese Midazolam Meloxicam
I Morfina Isoflurano Epidural Morfina
MP Propofol Tramadol
Fentanil
Acepromazina Cetamina Meloxicam
II Colocefalectomia Isoflurano - -
Morfina Propofol Tramadol
48

Cetamina
Osteossíntese Acepromazina Meloxicam
II Midazolam Isoflurano - -
MP Morfina Propofol Tramadol
Cetamina Bupivacaína
III Meloxicam
Amputação MP Morfina Fentanil Isoflurano Epidural Morfina
Propofol Fentanil Tramadol
Cetamina
Acepromazina
II Fentanil Meloxicam
Amputação MP Cetamina Isoflurano - -
Lidocaína Tramadol
Morfina Propofol
Bupivacaína
II Acepromazina Cetamina
Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol
Fentanil
Cetamina
Fentanil Plexo Bupivacaína Meloxicam
III Amputação MT Midazolam Isoflurano
Morfina Propofol braquial Morfina Tramadol
Bupivacaína
II Acepromazina Cetamina
Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil
Cetamina Bupivacaína
Acepromazina
III Amputação MP Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina
Propofol Fentanil
Remoção de Cetamina Meloxicam
II Morfina Isoflurano - -
placa MT Propofol Tramadol
Cetamina
Estabilização de Fentanil
II Morfina Midazolam Isoflurano - -
coluna Morfina
Propofol
Cetamina
Remoção de Acepromazina Meloxicam
II Fentanil Isoflurano - -
implante coluna Meperidina Morfina
Midazolam
Cetamina Bupivacaína
Acepromazina Plexo Meloxicam
II Osteossíntese MT Midazolam Isoflurano Morfina
Morfina braquial Tramadol
Propofol Lidocaína
Cetamina Bupivacaína Dipirona
II Colocefalectomia Morfina Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil Tramadol
Acepromazina Dexmedeto-
II Plexo Bupivacaína Meloxicam
Osteossíntese MT Cetamina midina Isoflurano
braquial Morfina Tramadol
Morfina Propofol
MP: Membro pélvico; MT: Membro torácico. Fonte: Elaborado pelo autor
49

Tabela 3 – Classificação do risco anestésico (ASA), medicação pré-anestésica (MPA), indução, manutenção, técnicas
locorregionais e medicação pós-operatórias realizadas em cães e gatos submetidos a cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da UFPB no ano de 2020.

Bloqueio
Manu- Fármacos Pós-
ASA Procedimento MPA Indução Locorre-
tenção gional bloqueio operatório
Acepromazina Bupivacaína
I Midazolam Meloxicam
Colocefalectomia Cetamina Isoflurano Epidural Morfina
Propofol Tramadol
Morfina Fentanil
Dexmedeto-
I Remoção de Cetamina Meloxicam
midina Isoflurano - -
placa MT Morfina Propofol Tramadol
Cetamina Bupivacaína
III Acepromazina
Amputação MP Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil
Lidocaína Bupivacaína
III Osteossíntese Acepromazina
Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol Fentanil
Cetamina Bupivacaína
Acepromazina
II Colocefalectomia Midazolam Isoflurano Epidural Morfina -
Morfina
Propofol Fentanil
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina
II Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Tramadol
MP Morfina Propofol Fentanil
II Acepromazina Cetamina Plexo Bupivacaína Meloxicam
Osteossíntese MT Isoflurano
Morfina Propofol braquial Fentanil Tramadol
II Midazolam Morfina
Amputação MP Morfina Isoflurano Epidural Fentanil
Propofol Lidocaína
III Osteossíntese Nervo
- Isoflurano Isoflurano Lidocaína -
mandibular mandibular
Dexmedeto-
Osteossíntese Nervo Meloxicam
II midina Propofol Isoflurano Lidocaína
mandibular mentoniano Tramadol
Metadona
Bupivacaína
Osteossíntese
II Morfina Propofol Isoflurano Epidural Morfina -
MP Fentanil
Acepromazina Bupivacaína
II E Amputação MP Cetamina Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil
Meloxicam
Acepromazina Midazolam Plexo Bupivacaína
II Osteossíntese MT Isoflurano Morfina
Morfina Propofol braquial Morfina Tramadol
Dexmedeto-
II Osteossíntese Nervo
midina Propofol Isoflurano Mepivacaína Tramadol
mandibular mandibular
Diazepam
Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina Midazolam Meloxicam
II Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Propofol Tramadol
Fentanil
Dexmedeto-
Osteossíntese Nervo
II midina Propofol Isoflurano Mepivacaína Tramadol
mandibular mandibular
Metadona
IV E Plexo Meloxicam
Amputação MT Metadona Propofol Isoflurano Bupivacaína
braquial Tramadol
Dexmedeto-
Osteossíntese Midazolam
III midina Isoflurano - - Metadona
MP Propofol
Metadona
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Meloxicam
III Midazolam Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Tramadol
Morfina Fentanil
50

Dexmedeto- Epidural
II Meloxicam
Caudectomia midina Isoflurano Isoflurano Inter- Lidocaína
Metadona coccígea Tramadol
Fentanil
Cetamina
Lidocaína
II Colocefalectomia Metadona Isoflurano - - Meloxicam
Midazolam
Tramadol
Propofol
Cetamina Dipirona
Osteossíntese
II Morfina Lidocaína Isoflurano - - Meloxicam
MP
Propofol Tramadol
Bupivacaína
Midazolam
II Colocefalectomia Morfina Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Propofol
Fentanil
III Cetamina Meloxicam
Amputação MP Metadona Isoflurano - -
Propofol Tramadol
Cetamina Dipirona
III Colocefalectomia Metadona Lidocaína Isoflurano - - Meloxicam
Propofol Tramadol
Dexmedeto- Epidural
Fentanil Meloxicam
II Caudectomia midina Propofol Isoflurano sacro-
Lidocaína Tramadol
Metadona coccígea
Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Isoflurano Meloxicam
I Midazolam Isoflurano Epidural Morfina
MP Propofol Tramadol
Morfina Fentanil
III E Meloxicam
Amputação MP Morfina Propofol Isoflurano - -
Tramadol
MP: Membro pélvico; MT: Membro torácico. Fonte: Elaborado pelo autor
51

Tabela 4 – Classificação do risco anestésico (ASA), medicação pré-anestésica (MPA), indução, manutenção, técnicas
locorregionais e medicação pós-operatórias realizadas em cães e gatos submetidos a cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da UFPB no ano de 2021.

ASA Procedimento MPA Indução Manu- Bloqueio Fármacos Pós-


tenção locorre- bloqueio operatório
gional
II Colocefalectomia Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
Morfina Propofol Morfina Meloxicam
Fentanil Tramadol
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP Morfina Propofol Morfina Meloxicam
Fentanil Tramadol
II Osteossíntese MT Acepromazina Cetamina Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Morfina Propofol braquial Meloxicam
Tramadol
III Colocefalectomia Dexmedeto- Diazepam Isoflurano - - Dipirona
midina Propofol Meloxicam
Morfina Tramadol
IV Amputação MP Acepromazina Diazepam Isoflurano Epidural Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol Morfina Tramadol
Fentanil
II Osteossíntese MT Dexmedeto- Diazepam Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
midina Propofol braquial Meloxicam
Metadona Tramadol
II Colocefalectomia Dexmedeto- Diazepam Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
midina Propofol Morfina Tramadol
Metadona Fentanil
II Osteossíntese Dexmedeto- Propofol Isoflurano Nervo Mepivacaína Meloxicam
mandibular midina mandibular Tramadol
Metadona + Nervo
mentoniano
I Colocefalectomia Dexmedeto- Propofol Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
midina Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
II Osteossíntese MT Acepromazina Cetamina Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Morfina Diazepam braquial Meloxicam
Propofol Tramadol
III Osteossíntese Dexmedeto- Propofol Isoflurano Nervo Mepivacaína Dipirona
mandibular midina mandibular Meloxicam
Morfina + Nervo Tramadol
maxilar
III Osteossíntese Acepromazina Cetamina Sevoflurano Nervo Bupivacaína Dipirona
mandibular Morfina Propofol mandibular Tramadol
II Amputação MT Acepromazina Cetamina Sevoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Morfina Diazepam braquial Meloxicam
Propofol Tramadol
III Osteossíntese Dexmedeto- Cetamina Sevoflurano - - Dipirona
MP midina Propofol Meloxicam
Morfina Tramadol
I Remoção de Acepromazina Cetamina Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
placa MT Morfina Propofol braquial Meloxicam
Tramadol
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP Morfina Diazepam Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil Tramadol
II Colocefalectomia Dexmedeto- Propofol Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
midina Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
52

II Osteossíntese MT Acepromazina Cetamina Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona


Morfina Diazepam braquial Meloxicam
Propofol Tramadol
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP Morfina Diazepam Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil Tramadol
II Osteossíntese Dexmedeto- Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP midina Propofol Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
II Osteossíntese Dexmedeto- Propofol Isoflurano Nervo Mepivacaína Dipirona
mandibular midina mandibular Meloxicam
Morfina Tramadol
III Amputação MT Acepromazina Diazepam Isoflurano Splash Bupivacaína Dipirona
Morfina Lidocaína block Morfina
Propofol
III Amputação MT Acepromazina Cetamina Isoflurano - - -
Morfina Diazepam
Propofol
II Amputação MP Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
Morfina Diazepam Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil Tramadol
II Osteossíntese Dexmedeto- Propofol Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP midina Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
II Osteossíntese MT Acepromazina Diazepam Isoflurano Plexo Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol braquial Morfina
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP Morfina Diazepam Morfina Meloxicam
Propofol Fentanil Tramadol
II Amputação MT - Fentanil Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Midazolam braquial Meloxicam
Propofol Tramadol
II Osteossíntese Dexmedeto- Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
MP midina Midazolam Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil Tramadol
III E Caudectomia - Fentanil Isoflurano - - Dipirona
Midazolam Meloxicam
Propofol Tramadol
II Osteossíntese MT Dexmedeto- Midazolam Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
midina Propofol braquial Meloxicam
Morfina Tramadol
II Osteossíntese MT Acepromazina Propofol Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Morfina braquial Meloxicam
Tramadol
II Osteossíntese Dexmedeto- Propofol Isoflurano Nervo Mepivacaína Dipirona
maxilar midina maxilar Meloxicam
Morfina Tramadol
II Osteossíntese Acepromazina Propofol Isoflurano Nervo Mepivacaína Dipirona
mandibular Morfina mandibular Meloxicam
Tramadol
II Amputação MT Morfina Midazolam Isoflurano Plexo Bupivacaína Dipirona
Propofol braquial Meloxicam
Tramadol
II Amputação MT Morfina Cetamina Isoflurano Plexo Levobupi- Dipirona
Midazolam braquial vacaína Meloxicam
Propofol Tramadol
II Amputação MT Acepromazina Cetamina Isoflurano Plexo Levobupi- Dipirona
Midazolam Propofol braquial vacaína Meloxicam
Morfina Tramadol
53

II Amputação MP Dexmedeto- Propofol Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona


midina Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
II Colocefalectomia Dexmedeto- Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
midina Propofol Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
III Amputação MT Morfina Cetamina Isoflurano - - Dipirona
Fentanil Meloxicam
Lidocaína Tramadol
Midazolam
Propofol
III Amputação MT Acepromazina Cetamina Isoflurano - - Dipirona
Morfina Fentanil Meloxicam
Lidocaína Tramadol
Midazolam
Propofol
II Amputação MP Dexmedeto- Cetamina Isoflurano Epidural Bupivacaína Dipirona
midina Propofol Morfina Meloxicam
Morfina Fentanil Tramadol
II Osteossíntese Acepromazina Cetamina Isoflurano Nervo Bupivacaína Dipirona
MP Morfina Fentanil ciático + Meloxicam
Propofol Nervo Tramadol
femoral
MP: Membro pélvico; MT: Membro torácico. Fonte: Elaborado pelo autor
54

Tabela 5 – Classificação do risco anestésico (ASA), medicação pré-anestésica (MPA), indução, manutenção, técnicas
locorregionais e medicação pós-operatórias realizadas em cães e gatos submetidos a cirurgias ortopédicas no Hospital
Veterinário da UFPB no ano de 2022.

Bloqueio
Manu- Fármacos Pós-
ASA Procedimento MPA Indução locorre-
tenção gional bloqueios operatório
Nervo
II ciático + Levobupi- Dipirona
Colocefalectomia - Propofol Isoflurano
Nervo vacaína Tramadol
femoral
Nervo
Dexmedeto- Dipirona
Remoção de Cetamina ciático +
II midina Isoflurano Lidocaína Meloxicam
placa MP Propofol Nervo
Meperidina femoral Tramadol
Hemimandi- Cetamina Nervo Dipirona
III E - Isoflurano Mepivacaína
bulectomia Propofol mandibular Tramadol
Dipirona
Acepromazina Cetamina Plexo
II Osteossíntese MT Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol braquial Tramadol
Dipirona
II Acepromazina Cetamina Plexo
Osteossíntese MT Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol braquial
Tramadol
Dipirona
Acepromazina Cetamina Plexo
II Osteossíntese MT Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol braquial
Tramadol
Dipirona
Acepromazina Nervo
III E Amputação MP Propofol Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina ciático Tramadol
Dipirona
Acepromazina Midazolam Plexo
II Amputação MT Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Etomidato braquial
Tramadol
Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina Meloxicam
II Propofol Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Tramadol
Fentanil
Plexo
Dipirona
Osteossíntese Acepromazina Cetamina lombar
II Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
MP Morfina Propofol paraverte-
Morfina
bral
Bupivacaína Dipirona
Correção de Acepromazina
II Propofol Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
luxação patelar Morfina Fentanil Morfina
Nervo
Lidocaína
Osteossíntese Acepromazina ciático +
II Midazolam Isoflurano Bupivacaína Tramadol
MP Morfina Nervo
Propofol
femoral
Bupivacaína Dipirona
Osteossíntese Acepromazina Midazolam
III Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Etomidato
Fentanil Tramadol
Cetamina Bupivacaína Dipirona
Osteossíntese Acepromazina
II Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina
Propofol Fentanil Tramadol
Cetamina
Remoção de Acepromazina
II Lidocaína Isoflurano - - Meloxicam
implante coluna Morfina
Propofol
Nervo
Dipirona
Osteossíntese Acepromazina Midazolam ciático +
II Isoflurano - Meloxicam
MP Morfina Propofol Nervo
Tramadol
femoral
55

Dipirona
Acepromazina Midazolam Nervo
III Colocefalectomia Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Etomidato ciático Tramadol
Bupivacaína Dipirona
Correção de Acepromazina Cetamina
II Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
luxação patelar Morfina Propofol
Fentanil Tramadol
Dexmedeto- Bupivacaína Dipirona
Midazolam
II Amputação MP midina Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil Tramadol
Dipirona
II Hemimandi- Acepromazina Nervo
Propofol Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
bulectomia Morfina mandibular
Tramadol
Osteossíntese Acepromazina Cetamina Meloxicam
II Isoflurano - -
MP Morfina Propofol Morfina
Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina Midazolam Dipirona
II Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Propofol Meloxicam
Fentanil
Cetamina Dipirona
Acepromazina Splash
II Amputação MP Lidocaína Isoflurano Lidocaína Meloxicam
Morfina block
Propofol Tramadol
Cetamina
Dipirona
Acepromazina Lidocaína Splash
III Amputação MP Isoflurano Lidocaína Meloxicam
Morfina Midazolam block
Propofol Morfina

II Remoção de pino Midazolam Dipirona


Morfina Isoflurano - -
intramedular MP Propofol Meloxicam
Cetamina
Acepromazina Bupivacaína Dipirona
II Colocefalectomia Lidocaína Isoflurano Epidural
Morfina Morfina Meloxicam
Propofol
Cetamina
Osteossíntese Acepromazina Bupivacaína Meloxicam
II Midazolam Isoflurano Epidural
MP Morfina Morfina Morfina
Propofol
Cetamina Bupivacaína Dipirona
Osteossíntese Acepromazina
II Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol Fentanil Morfina
Dexmedeto- Dipirona
II Osteossíntese Midazolam Nervo
midina Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
mandibular Metadona Propofol mandibular Morfina
Bupivacaína Dipirona
II Osteossíntese Acepromazina Lidocaína
Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Morfina Propofol
Fentanil Tramadol
Cetamina
Acepromazina Plexo Dipirona
II Osteossíntese MT Midazolam Isoflurano Bupivacaína
Morfina braquial Meloxicam
Propofol
Lidocaína
Osteossíntese Acepromazina Nervo Dipirona
II Midazolam Isoflurano Mepivacaína
maxilar Morfina Propofol maxilar Meloxicam
Cetamina Bupivacaína Dipirona
II Amputação de Acepromazina
Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
dígito Morfina Propofol Fentanil Tramadol
Dexmedeto- Dipirona
Osteossíntese Midazolam Nervo
II midina Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
mandibular Morfina Propofol mandibular Morfina
Cetamina Dipirona
Osteossíntese Acepromazina
II Midazolam Isoflurano - - Meloxicam
MP Metadona
Propofol Metadona
Cetamina Bupivacaína
II Acepromazina Dipirona
Amputação MP Midazolam Isoflurano Epidural Morfina
Morfina Propofol Fentanil Meloxicam
56

Dexmedeto- Bupivacaína
Osteossíntese Cetamina Meloxicam
II midina Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Propofol Fentanil Tramadol
Dexmedeto- Bupivacaína Dipirona
Osteossíntese Midazolam
II midina Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
MP Propofol
Meperidina Fentanil Tramadol
Bupivacaína Dipirona
Acepromazina Midazolam
II Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil Metadona
Osteossíntese Nervo
Dipirona
III maxilar + Acepromazina Midazolam mandibular
Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
Osteossíntese Morfina Propofol + Nervo
Tramadol
mandibular maxilar
Dipirona
II Remoção de Acepromazina Cetamina Morfina
Isoflurano Epidural Meloxicam
placa MP Morfina Propofol Lidocaína Tramadol
Lidocaína
Acepromazina Plexo Dipirona
II Amputação MT Midazolam Isoflurano Bupivacaína
Morfina Etomidato braquial Meloxicam
Bupivacaína
II Acepromazina Midazolam Dipirona
Colocefalectomia Isoflurano Epidural Morfina
Metadona Propofol Meloxicam
Fentanil
Dexmedeto- Dipirona
Osteossíntese Midazolam Nervo
II midina Isoflurano Mepivacaína Meloxicam
mandibular Propofol mandibular
Morfina Tramadol
Dexmedeto- Dipirona
III Lidocaína Plexo
Amputação MT midina Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Propofol braquial
Metadona Metadona
Nervo
Cetamina Dipirona
II Acepromazina ciático +
Amputação MP Midazolam Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Metadona Nervo
Propofol femoral Tramadol
Dexmedeto- Bupivacaína
III Dipirona
Amputação MP midina Isoflurano Isoflurano Epidural Morfina
Meloxicam
Morfina Fentanil
II Acepromazina Cetamina Bupivacaína Dipirona
Amputação MP Isoflurano Epidural
Morfina Propofol Morfina Meloxicam
Dexmedeto-
II Midazolam Plexo Dipirona
Amputação MT midina Isoflurano Bupivacaína
Propofol braquial Meloxicam
Morfina
Acepromazina Midazolam Bupivacaína Dipirona
III Colocefalectomia Isoflurano Epidural
Meperidina Propofol Morfina Morfina
Bupivacaína Dipirona
II Acepromazina Midazolam
Amputação MP Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol
Fentanil Morfina
Cetamina
II Acepromazina Plexo Levobupi- Dipirona
Amputação MT Midazolam Isoflurano
Morfina Propofol braquial vacaína Meloxicam
Dexmedeto-
II Osteossíntese Cetamina Nervo Bupivacaína
midina Isoflurano -
mandibular Propofol mandibular Lidocaína
Morfina
Cetamina Dipirona
III Osteossíntese Acepromazina Bupivacaína
Midazolam Isoflurano Epidural Meloxicam
MP Morfina Propofol Morfina Tramadol
Midazolam Dipirona
II Amputação de Acepromazina Infiltrativa
Etomidato Isoflurano Lidocaína Meloxicam
dígito Morfina circular
Propofol Tramadol
Cetamina Dipirona
Acepromazina Plexo
II Osteossíntese MT Midazolam Isoflurano Bupivacaína Meloxicam
Morfina Propofol braquial Morfina
57

Cetamina Bupivacaína
Osteossíntese Acepromazina Dipirona
II Midazolam Isoflurano Epidural Morfina
MP Morfina Propofol Fentanil Meloxicam
Cetamina
II Acepromazina Bupivacaína Dipirona
Amputação MP Midazolam Isoflurano Epidural
Morfina Propofol Morfina Meloxicam
Cetamina Bupivacaína Dipirona
II Acepromazina
Colocefalectomia Midazolam Isoflurano Epidural Morfina Meloxicam
Morfina Propofol Fentanil Metadona
MP: Membro pélvico; MT: Membro torácico. Fonte: Elaborado pelo autor

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