O Impacto Do Employer Branding Na Atração, Captação e Retenção de Talentos - Estudo de Caso
O Impacto Do Employer Branding Na Atração, Captação e Retenção de Talentos - Estudo de Caso
O Impacto Do Employer Branding Na Atração, Captação e Retenção de Talentos - Estudo de Caso
CURITIBA
2023
HADLA ZIMMERMANN
MARIANA VITÓRIA PEREIRA MAGALHÃES
MAYARA KAROLINA PAZDZIORA
NATALIA FEITOSA REZENDE
SABRINA DESIRÉE CALIONIS SLOMPO
CURITIBA
2023
HADLA ZIMMERMANN
MARIANA VITÓRIA PEREIRA MAGALHÃES
MAYARA KAROLINA PAZDZIORA
NATALIA FEITOSA REZENDE
SABRINA DESIRÉE CALIONIS SLOMPO
Este trabalho foi julgado adequado como requisito final para conclusão do curso de
Administração e aprovado na sua forma final pela Banca Examinadora da FAE
Centro Universitário.
BANCA EXAMINADORA
Dedicamos este trabalho de conclusão de curso a todas as pessoas que acreditam no valor
do capital humano e que compreendem a importância dos recursos humanos, incluindo a
gestão de Employer Branding, para o sucesso das organizações.
Por fim, dedicamos a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho. Que ele possa ser um pequeno passo em direção a uma gestão
de pessoas mais humana e estratégica, capaz de valorizar e potencializar o talento e o
potencial humano nas organizações, reconhecendo a importância do Employer Branding
como uma estratégia eficaz para a atração e retenção de talentos qualificados.
Agradecimentos
Em especial, agradecemos a nossa família, que sempre nos incentivou e apoiou nos
momentos mais desafiadores desta jornada acadêmica. Agradecemos a paciência e
compreensão nos momentos em que precisamos nos dedicar intensamente aos estudos.
Agradecemos à empresa, que nos disponibilizou seu tempo, seus colaboradores, suas
informações, necessidades e angústias para que pudéssemos estudar e ajudar de alguma
forma. Foi um imenso prazer ter compartilhado essas experiências e vivenciado de perto
os desafios e a rotina de uma grande incorporação. Sabemos do desafio árduo que nos
espera no mercado afora e já podemos desfrutar desse momento com essa breve
experiência.
RESUMO
ABSTRACT
EB – Employer Branding
RH – Recursos Humanos
EVP – Employee Value Proposition ou proposta de valor ao colaborador.
KPI - Key Performance Indicator ou Indicador-Chave de Performance
ROI - Retorno sobre Investimento
CPA - Custo por Candidato
CPH - Custo por Contratação
NPS - Net Promoter Score
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 7
1.1 Apresentação da empresa 8
1.1. Pré-diagnóstico 9
2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 12
2.1. Gestão de pessoas 12
2.2. Employer Branding 13
2.3. Aplicação do Employer Branding nos processos de Recursos Humanos 20
2.3.1 Atração de talentos 20
2.3.2 Captação de talentos 22
2.3.3 Retenção de talentos 24
2.3.4. Como o Employer Branding auxilia nos processos de atração, retenção e
captação de talentos 25
2.4. LIDERANÇA 27
2.4.1. Estilos de liderança 29
3. METODOLOGIA 32
3.1 Tipo de estudo 32
3.2 Participantes do Estudo 33
3.3 Coleta de dados 34
4. ANÁLISE DOS DADOS 36
4.1 Questionário 36
4.2 Sugestão à empresa 54
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 57
REFERÊNCIAS 60
APÊNDICES 64
APÊNDICE A – PERGUNTAS FORMULÁRIO COLABORADORES 64
APÊNDICE B – PERGUNTAS ENTREVISTA COM DIRETORIA DE EXCELÊNCIA 66
APÊNDICE C – TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS EM PROFUNDIDADE 66
6
1. INTRODUÇÃO
Este estudo de caso foi realizado em uma empresa de médio porte que atua
no segmento de incorporação e construção civil, cujo nome está sob registro de
confidencialidade, para assim garantir o sigilo dos dados apresentados. Atualmente,
a empresa possui duas sedes em Curitiba/PR, com um total de duzentos e vinte
funcionários que trabalham de forma híbrida e presencial, uma em João
Pessoa/PB, e duas em Campinas/SP.
Fundada em 2009 em Araucária/PR, a empresa iniciou seus negócios com a
assinatura de contratos de financiamento com o programa "Minha Casa, Minha
Vida" do governo federal. Em 2010, aconteceu a primeira construção, com seis
lançamentos contendo 19 unidades e um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$
2.000.000,00/ano. A empresa adotou a metodologia de verticalização, centralizando
a cadeia de produção desde a matéria-prima até a distribuição de produtos.
Em 2013, a construtora e incorporadora expandiu-se para diversas cidades e
mudou sua sede para o bairro Bigorrilho, em Curitiba/PR. Em 2016, foi viabilizada a
realização de investimentos por meio de capital de banco, permitindo o aumento de
escala na produção. Os números acumulados para 2016 foram: 40 lançamentos,
contendo 444 unidades, com 74 colaboradores, um VGV de R$ 57.000.000,00/ano.
Além do capital de investidores, a companhia criou um modelo de negócio
que permitia a entrada de investidores externos em cada empreendimento, com um
retorno financeiro dividido entre incorporadora, construtora e investidores. Esse
modelo de negócio marcou o primeiro ciclo de crescimento da empresa, que agora
possui um portfólio com mais de 95 obras.
Em 2018, a empresa lançou a primeira obra de alto padrão e, em 2019, a
marca foi relançada com um novo branding. O cliente continua atuando em regiões
periféricas da metrópole, tendo deixado de realizar projetos em regiões
metropolitanas.
A organização possui como valores a visão de dar grandes passos e ser mais
arrojada, sempre com consciência e cautela para mitigar ao máximo os riscos. Ela
incentiva seus colaboradores a pensarem como donos do negócio, levando em
consideração as necessidades do cliente ao planejar os próximos passos e
desenvolver novos produtos.
1.1. Pré-diagnóstico
Clavery argumenta:
2.2.2 Vantagens do EB
De acordo com Jacob Morgan, “[...] Uma marca empregadora forte não só
ajuda a atrair talentos, mas também cria uma experiência positiva para os
funcionários atuais, o que leva a maior satisfação no trabalho e menor rotatividade"
(MORGAN, 2017, p.54). Isso nos evidencia que as vantagens do Employer
Branding incluem atrair e reter talentos de qualidade, criar uma experiência positiva
para os funcionários, melhorar a visibilidade e a reputação da empresa, reduzir o
tempo e o custo de contratação e criar uma cultura organizacional coesa. Com isso,
concluímos que pessoas mais qualificadas para as vagas em aberto transformam
as organizações em locais mais atraentes para se trabalhar, adquirindo dessa
forma uma imagem forte como empregadora.
Segundo Analisa de Medeiros Brum:
Contudo, após atrair indivíduos que se adequem à vaga, captar pode ser
uma tarefa desafiadora, especialmente se tratando de perfil e demanda das novas
gerações, novas tendências de mercado e necessidades das empresas. O mercado
de recursos humanos é influenciado pela lei da oferta e da procura; nesse sentido,
a decisão de investir em capacitação interna ou buscar talentos no mercado externo
é uma escolha estratégica importante.
Suzie Clavery traz alguns dados úteis nesse sentido:
2.3. Liderança
Engenharia 2 12,5%
Excelência 5 31,25%
Expansão 0 0%
Incorporação 2 12,5%
Total 16 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023).
4.1 Questionário
A Figura 5 compila dados relativos a gênero, que mostram que 68,75% dos
colaboradores são do gênero feminino e 31,25% do masculino.
As próximas figuras se referem às respostas do momento seguinte, em que os
entrevistados foram questionados se já haviam ouvido falar ou tinham conhecimento
sobre o tema Employer Branding.
QUADRO 3 - Como já conhece sobre Employer Branding, queremos saber: Quais são
os impactos do Employer Branding para reter você na empresa atual?
Respostas
1 Considerando o meu tempo de casa, tenho bastante experiência prática com a reputação
da empresa diante dos seus colaboradores, o que com certeza reafirma pontos positivos e
negativos no que diz respeito a minha decisão por continuar na empresa.
2 Empresa se mostra para o mercado e de fato é muito jovem envolvida com tecnologia e
um clima muito animado, aplica de forma generalizada e não em 100% dos times o
conceito de feedback contínuo e alinhamento de expectativas. Nota-se um esforço do time
de pessoas em garantir benefícios que sejam além dos resultados diretos do trabalho,
mas conectados com o pessoal como: CAJU GYMPASS CONECTA. que foi criado de
forma subjetiva e por fatores históricos, uma reputação do que chamou gentilmente de
"estagiário a diretor", e percebo que ocorrem dificuldades para esclarecer cargos, funções
condicionantes e plano de carreira por diretrizes, e pelo tamanho da empresa hoje as
pessoas entram e percebem que em 1 ano não foram promovidas, se desmotivam e vão
embora. Na minha percepção há outro grupo que se desmotiva por um grande desgaste
causado por ruídos frequentes de comunicação entre times, e que como causa raiz me
parecem ser ocasionados principalmente por visões e objetivos muito divergentes, falta de
uma matriz de responsabilidades em validações e aprovações e ausência de contexto.
3 Entender melhor a organização, estrutura, quem são as pessoas e como funciona impacta
diretamente na sessão de pertencimento
4 Desde que entrei na empresa o Employer Branding da empresa não tem impacto nenhum
sobre a minha permanência. Inclusive considero que a comunicação interna da empresa é
muito imatura, não profissional e imune à sugestões e mudanças.
6 Entendo o conceito de Employer Branding no sentido de gerar uma marca que atraia e
retenha talentos, e apesar de entender os esforços da empresa nesse sentido, não
acredito que a mensagem que é atualmente transmitida representa a real situação de
maturidade no momento. Acho que precisa ser melhor alinhado para podermos falar de
impactos positivos.
8 Estar sempre por dentro do que ocorre na empresa e o senso de pertencimento e orgulho
de fazer parte da empresa.
Observa-se que, nesse contexto, uma média de 4,25 sugere que a maioria dos
colaboradores está propensa a recomendar uma empresa para amigos, familiares ou
conhecidos. Isso indica que os colaboradores têm uma opinião favorável sobre a
empresa e que estão satisfeitos com a experiência de trabalho. Ademais, indica que
eles acreditam que a empresa é um bom lugar para se trabalhar e que existe um nível
razoável de satisfação com o ambiente de trabalho, liderança, cultura organizacional e
outros fatores.
Com base na pergunta “Quais aspectos da nossa empresa você mais valoriza
como colaborador?” foi identificado que os colaboradores valorizam principalmente a
flexibilidade da organização, a relação com as pessoas, a busca pela melhoria, a
colaboração entre times, transparência, inovação, desenvolvimento pessoal e
profissional e espaço para testar e dar ideias. Abaixo, no Quadro 4, é possível
verificar todas as respostas.
Respostas
1 Flexibilidade (horário, jornada de trabalho, trabalho híbrido, etc); Relação com as
pessoas (sei que mesmo que tenha algumas dificuldades para comunicar
questões pessoais com algumas pessoas, outras estarão abertas; inclusive tive
excelentes experiências neste sentido com os sócios); priorização do cliente como
um ser humano e não apenas como números; busca pela melhoria (pude
acompanhar muito progresso na empresa nos quase 6 anos que estou aqui)
2 Inovação, ambiente animado, dentro dos times ocorre muita colaboração (nem
sempre entre times), benefícios como home office, pouco autoritarismo e super
controle em horário, um foco grande em resultado, transparência, ambiente seguro
para falar.
4 As pessoas e relações
10 Gosto da flexibilidade.
11 Flexibilidade
12 Trabalho em equipe
13 Ter voz mesmo em posição de estágio, ter espaço para testar e dar ideias, me
sentir parte das realizações da empresa, flexibilidade
Respostas
1 Não, mas como comentei faz muito tempo desde que entrei, muitas coisas
mudaram.
2 Cerca de 60% dos aspectos que haviam sido criados de alguma forma no
momento inicial
4 Sim
5 Mais ou menos
6 Algumas sim e outras não. A empresa passa uma imagem de Startup em seus
canais, e é algo que não transmite a realidade.
7 Foram excedidas.
8 Em partes
9 Sim. Até hoje me lembro de minha ambientação com o sócio contanto a história da
empresa e desde esse momento a cultura já me ficou muito clara e conectada de
que eu estava na empresa certa.
10 Sim.
11 Parcialmente
12 Depende
13 Sim
16 Sim, jamais imaginava que o ambiente de trabalho poderia ser tão participativo e
motivador como na organização
Respostas
4 As pessoas
5 Hoje, por mais que a organização seja muita intensa, ela oferece o horário
flexível, modelo híbrido, e ter autonomia.
6 Flexibilidade de horário, boa convivência com o time, liberdade para
desenvolver projetos.
13 Flexibilidade
Respostas
1 Acredito que os valores poderiam ser mais reforçados no dia a dia, de modo
geral. Algumas áreas vivem alguns valores mais do que outras. Por exemplo,
na excelência é muito fácil refletir sobre "Sempre podemos fazer melhor" e
talvez menos em "Estamos aqui pelo cliente"
2 Acredito que esses valores geram uma impressão de que qualquer coisa deve
ser feita pelo cliente, sinto falta de um valor que traga uma reflexão sobre o
bom senso, um maior valor sobre a compreensão dos contextos e busca por
informação/conhecimento.
3 Por estar na ponta, no caso na obra, todos esses valores precisam ser
refletidos no ambiente de trabalho, uma vez que precisamos entregar o melhor
produto possível ao cliente e também pensando como empresa
4 Sim
5 Sim
8 Sim
9 Acredito
10 Sim.
11 No geral sim, porém um ponto que permeia todos os valores e que estão em
falta são melhores condições de trabalho do ponto de vista de infraestrutura e
benefícios oferecidos aos colaboradores, como as demais empresas de
mesmo padrão oferecem.
13 Sim, apesar de que acredito que o valor 3 poderia ser mais presente no
relacionamento e no atendimento de demandas entre diferentes times
14 Sim, eu vejo os valores sendo refletidos no ambiente de trabalho.
16 Sim, em todos
Respostas
1 Atualmente não usufruo de nenhum benefício específico. Acredito que seria muito
importante disponibilizar um plano de saúde, dentário, alguns auxílios (principalmente
pensando nas mamães)
2 investimento na estrutura da empresa, porque não termos uma área como um coworking
mesmo? Também sinto falta de espaço mais relaxante para trabalhar mais confortável
ou mesmo fazer uma pausa. Pequenos mimos em datas comemorativas normalmente
incentivam o time. Pequenas verbas para premiação quando projetos desafiadores são
finalizados.
3 O Caju é um benefício que é muito bom, uma vez que ele é flexível e é possível utilizar
em diversos lugares. Eu sugeriria que tivesse plano de saúde para os funcionários,
principalmente para o pessoal de ____, uma vez que estes estão mais propícios a
riscos.
4 Não tenho
5 Hoje temos programa dentro da empresa sobre investimento, acho que é uma parte
muito importante para o nosso desenvolvimento financeiro, outro ponto que considero a
companhia diferenciada é o horário flexível, o VR que eu considero bastante importante
tbm. Sugestão de programas que não temos: Plano de saúde, seguro de vida, Plano
odontológico, Auxílio educação ou ter parceria com faculdades que podemos estar
aprimorando ainda mais os nossos conhecimentos,
6 Valiosos: Gympass; Que gostaria que fossem adicionados: PPLR e/ou PPR
7 O melhor plano seria os benefícios do caju, onde usamos o crédito e podemos deixar
tudo em refeição ou transporte, como for necessário. Eu acho que seria ótimo se
tivéssemos algum tipo de plano de saúde
8 O programa que acho mais valioso é o Lidera. E os benefícios que fazem muita falta são
plano de saúde e odontológico
10 Não tem muitos benefícios além dos obrigatórios que são o Caju e o VT.
12 não vejo que a empresa possui muitos benefícios, em comparação com outras
empresas. não considero que seja um diferencial competitivo, por exemplo.
13 Não sei
14 Hoje não considero relevante os benefícios ofertados, porém estamos caminhando para
um pacote bem legal para 2024.
15 O aspecto que mais valorizo é, sem dúvida, o horário flexível e a possibilidade de uma
rotina de trabalho híbrida, que me proporciona momentos de qualidade com pessoas
queridas e também mais tempo para me dedicar aos estudos. Como sugestão trago a
implementação de programas abrangentes de bem-estar, que incluam cuidados tanto
com a saúde física, como incentivo à ergonomia, quanto com a saúde mental, como a
oferta de aconselhamento psicológico.
16 No momento sou PJ e não possuo benefícios CLT. Mas para quem é, ter um plano de
saúde corporativo seria interessante
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023).
QUADRO 9 - Existe algo mais que você gostaria de compartilhar ou destacar sobre a
sua experiência como colaborador na organização?
Respostas
1 No geral tenho uma boa relação com a organização. Acredito que a empresa me
proporcionou experiências que eu não viveria em outros lugares, por exemplo poder
continuar trabalhando em áreas que me possibilitassem estar mais em casa e
cuidando do meu filho (jornada reduzida). Sinto falta de alguns canais mais
específicos e imparciais para discussões na incorporação (nem sempre
queremos/podemos falar com o nosso gestor direto). Sinto falta de alguns benefícios
citados.
2 Acredito que minha visão possa ser captada através das outras respostas
3 Não
4 Não
5 Não
6 Existem muitas ações simples que podem melhorar a qualidade de vida com
funcionários, e mesmo com as pesquisas de NPS aplicadas já ouvi relatos de muitos
colaboradores que as pesquisas não surtem efeito e isso gera frustração. Sinto que
me sentiria mais seguro em relatar situações ao RH se eles fossem mais próximos da
empresa como um todo. Além disso, existem ações que não ajudam na rotina dos
colaboradores são aplicadas com frequência (como o ranking de atendimento
telefônico). Já ouvi muitos relatos de tratamento ofensivo e falta de empatia por parte
do time de RH e que o time não conhece a cultura real da empresa, pois não trabalha
na mesma sede. O que considero que poderia ser essencial para melhorar o
employer branding e a qualidade de vida dos colaboradores.
10 Não.
13 Não
14 não
Com base nas conclusões derivadas das pesquisas conduzidas e dos insights
recebidos, emerge a constatação do potencial da empresa para implementar uma
série de iniciativas que aprimorem a estratégia do Employer Branding, maximizando
seu impacto nos processos de atração, captação e retenção de talentos. Todos os
entrevistados em profundidade, isto é, aqueles ocupando cargos que percebem o
impacto do EB nos processos, concordam unanimemente sobre a importância desse
tópico. Além disso, quase metade dos participantes do questionário admitiu não estar
familiarizada com o conceito de Employer Branding.
Nesse contexto, foram formuladas sugestões específicas que poderiam ser
adotadas pela organização com o propósito de aprimorar as práticas relacionadas ao
Employer Branding. Dessa maneira, seria possível se posicionar como uma empresa
mais visível e reforçar sua capacidade de atrair, recrutar e manter talentos
qualificados.
Ainda, constatou-se a existência de uma lacuna de comunicação entre as
equipes dentro da organização, muitas vezes atribuída à falta de comunicação entre
os líderes e seus subordinados. Para que as iniciativas de Employer Branding se
estendam de modo a reter os colaboradores, é crucial que os líderes de todas as
áreas se engajem.
Dessa forma, a primeira recomendação refere-se aos processos de atração e
captação de líderes, que, após a contratação, impactam na retenção dos demais
talentos. De acordo com os autores Michaels, Handfield e Axelrod (2002, p.16), a
obtenção dos talentos mais excepcionais exige o comprometimento de todos os
líderes da empresa, incluindo a responsabilidade de desenvolvê-los. Diante disso, é
crucial aprimorar o recrutamento desses líderes, considerando que o sucesso e
permanência dos demais talentos muitas vezes depende da liderança, bem como
apoio nas estratégias de EB.
No Quadro 10 a seguir, apresenta-se a personificação do candidato a líder, que
foi desenvolvida de forma superficial com o propósito de auxiliar a empresa na
atração e seleção de líderes mais alinhados e que se enquadrem na cultura e no
estilo de trabalho oferecido pela incorporadora.
Idade 32 anos
ATRAÇÃO de Talentos: tudo que você precisa saber para atrair os melhores. In Blog -
Site Solides. 29 de julho de 2021. Disponível em:
<https://blog.solides.com.br/atracao-de-talentos/>. Acesso em de 8 abril de 2023.
Captação de talentos com impacto social: dicas para inovar. Site eSolidar. 16 jullho
de 2021. Disponível em:
<https://impactosocial.esolidar.com/2021/07/16/captacao-talentos-impacto-social/>Ace
sso em: 8 de abril 2023.
CLAVERY, Suzie. Isso é employer branding?!. São Paulo: Editora Leader, 2020.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
MORGAN, Jacob. The Employee Experience Advantage: How to Win the War for
Talent by Giving Employees the Workspaces they Want, the Tools they Need,
and a Culture They Can Celebrate. Hoboken (US): Wiley; 1ª edição, 2017.
PFEFFER, Jeffrey. The human equation: building profits by putting people first.
Boston: Harvard Business School Press, 1998.
Caso tope, foram elaboradas algumas perguntas e sua opinião é fundamental para
entendermos melhor a percepção dos colaboradores em relação à empresa como
marca empregadora.
1. Diretoria
( ) Comercial (Revenue)
( ) Desenvolvimento Técnico
( ) Engenharia
( ) Excelência
( ) Expansão
( ) Incorporação
2. Cargo/Posição:
( ) Estágio
( ) Assistente
( ) Analista
( ) Supervisão
( ) Coordenação
( ) Especialista
( ) Head/Diretoria
( ) Menos de 1 ano
( ) 1 a 2 anos
( ) 2 a 3 anos
( ) 3 a 4 anos
( ) Mais de 4 anos
( ) 18 a 25
( ) 25 a 30
( ) 30 a 40
( ) Mais de 40
5. Qual seu gênero?
( ) Masculino
( ) Feminino
( ) Outro
( ) Sim
( ) Não
10. Você sente que as suas expectativas em relação à empresa foram atendidas
desde que você ingressou?
Transcrição da entrevista 01
Entrevistado nº 01
Data: 26/09/2023
Mayara Pazdziora:
Entrevistado nº 01:
Entrevistado nº 01:
Dessa forma? Sim, eu acho que sim. E assim, eu não acho que é até uma
coisa intencional. Tipo, "ai, eu vou priorizar lá porque isso não é importante". Mas é
por uma questão do momento em que a empresa está. Estou até pensando num
ciclo organizacional, ‘né’? Eu acho que vocês já devem ter estudado sobre isso
quando a gente fala sobre o desenvolvimento, enfim, na empresa ela é como se
fosse um bebezinho, ‘né’? Ela é um bebê, daí ela cresce um pouquinho, ela vira
uma criança, depois ela vira um adulto. Um adolescente e um adulto. Eu acho que a
gente ainda está na fase adolescente, que é uma fase em que não tem muita
maturidade ainda para lidar com diversas as realidades que aparecem. E a
maturidade principalmente financeira, ‘né’? A gente está construindo, investindo em
coisas novas agora, um novo tipo de produto, enfim. E isso exige, provavelmente,
muito dinheiro e muitas adequações. Então a gente está tendo que destinar tudo
isso para áreas que são o nosso negócio em si, ‘né’? Aqui dentro a gente até fala
bastante sobre isso, sobre as áreas de negócio e o background disso, e hoje
claramente tudo está voltado para a área de negócio, que é o que realmente faz
render dinheiro e fazer a empresa funcionar.
Então eu não sei se é até se é intencional assim, mas acaba tendo que ser
uma questão de sobrevivência. Só que a gente perde do outro lado ‘né’ porque
assim até como experiência muito pessoal minha o que mais faz sentido para mim
dentro da empresa são as pessoas. A gente tem pessoas muito legais mesmo são
pessoas inteligentes pessoas criativas pessoas e é uma rede de vamos construir
juntos que é um dos nossos valores muito interessante mas é triste de ver que
essas pessoas elas não são valorizadas da forma como elas deveriam estar sendo
valorizadas pelo trabalho e aí a gente tenta ser compreensível e flexibilizar porque é
o momento da empresa mas eu não sei até que ponto isso vai ser sustentável e até
que ponto a gente vai conseguir tipo é conseguir levar as pessoas do jeito que a
gente tá levando sabe, sem ter um reconhecimento, sem ter um retorno pra essas
pessoas, ‘né’. Eu acho que hoje a *CONFIDENCIAL* já evoluiu um pouquinho em
relação a isso, principalmente no quesito de promoções e tal. Ela está estruturando
uma coisa, está reconhecendo um pouquinho mais setores que antes tinham várias
reclamações em relação a isso. Eu até no Facilities, como eu converso muito com a
galera, eu vejo que eles estão um pouco mais satisfeitos em relação a isso, mas
ainda falta muita coisa, assim, deles olharem e falarem "nossa, vale muito a pena
trabalhar aqui porque eu sinto que a todo instante eu estou sendo reconhecido". Eu
acho que isso não acontece. Eu acho que o que acontece é, eu gosto tanto das
pessoas que estão aqui que isso me mantém, sabe? Então, só que assim, eu não
sei até que ponto as pessoas sustentam. Teria que ter uma parte mais empresarial
mesmo e corporativa da diretoria, enfim, que demonstra que eles estão
preocupados com isso tanto quanto eles estão preocupados em vender, por
exemplo. Acho que é isso? Não sei se tem uma pergunta sobre o que eu falei.
Hadla Zimmermann:
Eu vou chegar agora nessa questão, ‘né’? Que dentro do que você falou, eu
perguntaria sobre, além dessa questão da parte financeira que você falou, da falta
de maturidade das pessoas, qual elemento chave você consideraria importante para
destacar a *CONFIDENCIAL* como uma marca empregadora de destaque dentro
do setor de incorporação e construção? – Pensando tanto no externo quanto no
interno.
Entrevistado nº 01:
Hadla Zimmermann:
Mayara Pazdziora:
Por exemplo, vamos supor alguma estratégia que vocês já fazem hoje que
você vê “Ah, isso aqui está relacionado ao Employer Branding”, sabe? Isso daqui é
uma ação de Employer Branding que eu consigo ver na atração. Não precisa
necessariamente ser algo inovador. Não é alguma coisa hoje, assim como as
estratégias que vocês têm aí dentro você vê que contribuem nesse processo de
atração. Porque, por exemplo, assim você comentou lá hoje as pessoas quando
vem a *CONFIDENCIAL* de fora, principalmente os antigos colaboradores que
falam “entra lá que você vai aprender que você vai ter chance de crescer, porque
você vai entrar lá e já vai entrar com a mão na massa”. Então você vai conseguir ter
uma, né? Vai ter, vai crescer profissionalmente lá dentro. Então, por exemplo, isso é
uma visão externa, ‘né’? Então, assim, o que a gente na verdade quer entender é
como que é? O que vocês acham que vocês têm de estratégia? Assim que você vê
essa estratégia aqui, eu vou conseguir atrair um candidato motivado, um candidato
de fato com interesse nesta vaga, por exemplo, pode ser esse ponto de
crescimento. Sabe, por exemplo, hoje eu vejo que as pessoas que se candidatam
aqui nas vagas é porque elas veem na equipe uma oportunidade de crescer ou
porque elas veem na equipe uma empresa que vai crescer a curto prazo, enfim,
alguma coisa nesse sentido.
Entrevistado 01:
Assim, olhando para minha experiência, eu acho que uma das coisas que
atraía e motivava era os casos de pessoas que entraram, sei lá, estagiários aqui,
saíram em determinada posição. Então o relato da história deles. E eu acho que é
um modo de atração, porque é uma prova viva de que esse crescimento e esse
desenvolvimento acontecem aqui dentro. Eu acho que a experiência que a gente
tem, apesar de eu de ter que ser melhorada, eu acho que já é muito legal. Tipo a
experiência que a gente passa de as pessoas virem aqui. Tem ambientação, elas
fazem, jogam um joguinho para conhecer a história da *CONFIDENCIAL*. Elas têm
um encontro para fazer ambientação e elas ganham uma camiseta. Enfim, eu acho
que essas coisas também até que são divulgadas assim, tipo com a caixinha lá, as
pessoas tiram com a caixinha da *CONFIDENCIAL*, postam no Instagram e daí o
trabalho na *CONFIDENCIAL*. Eu acho que isso é uma forma de atração também,
mas tem coisas que eu acho que faltam, que é realmente aquilo que eu comentei,
que são técnicas mais de tipo, talvez programas de susto, enfim, coisas mais
extensas que envolvam e essa divulgação assim. Então a gente hoje só divulga
vaga e faz algumas postagens no trabalho. Quando as pessoas entram aqui, então
a gente não tem nenhum tipo de divulgação de um programa mais estruturado que a
gente fez por algum motivo, assim tipo. Então, sei lá, um programa, o PDI. Eu acho
que é algo que é atrativo também, que a gente tem, eu acho que chama a atenção e
que é um plano de movimento. E ele acontece, tipo. Inclusive, tem todo um trabalho
de hoje para implementar isso e pode ser um atrativo, mas talvez é um programa
que eu não consigo pensar em um exemplo porque eu nunca participei, mas que
consiga integrar as pessoas que estão aqui dentro com as pessoas que estão lá
fora. Tipo, por exemplo, lá pelo Paraná Júnior era um exemplo disso. Tipo, a gente
conseguiu conectar pessoas que estão aqui vivendo o que é a *CONFIDENCIAL*
com as pessoas que não conhecem ou nunca ouviram falar, ou que não estava
interessado e por algum motivo, passaram a se interessar nessa marca depois que
tem contato com essas pessoas. Então, eu acho que participar de momentos de
palestras, financiar coisas, sei lá, algumas ações de determinada instituição e eu
acho que esses programas, esses projetos mais estruturados, que que juntem e
faça essa interface de quem está aqui com quem está lá fora, que seja algo mais
palpável, mais visível, tipo eles estão fazendo, eles estão lá. Tipo, tem um estande
lá, tem gente lá vestindo a camiseta, eu acho que mostra mais que eles
demandaram um tempo do trabalho deles para estar aqui. Então acho que eles
estão preocupados em que a gente esteja com eles, sabe? Do que só divulgar
coisas meio genéricas assim. Então. E a gente pode usar isso em diversos
momentos, ‘né’? Que nem agora a gente está passando pelo setembro amarelo.
Poderia existir uma coisa bem de interface com essa coisa de marca empregadora
que se preocupa com a saúde mental dos colaboradores, que tá preocupado se eles
tem lazer, se como é que tá a família dele, se eles estão conseguindo fazer esse
equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, que por mais que seja lá uma coisa do
e talvez não só de Employer Branding, mas que traz muito dessa ideia de cara
quero trabalhar lá porque eu sei que eles não vão, sei lá, ficar mim, me espancando
até às 23h00, que eu vou ter flexibilidade para fazer as minhas coisas pessoais.
Então acho que é isso.
Mayara Pazdziora:
É isso que eu falei. É um ponto bem legal que você foi falando aí, se foi
falando assim. Eu acho que poderia ser isso, poderia ser aquilo e até te perguntar
essa, se seria essa sua visão assim de melhoria mesmo, ‘né’? Até você comentou a
falta de recurso financeiro, enfim, até se você tivesse aí hoje, se você, *Entrevistado
nº 01*, pudesse mudar, ‘né’? Pudesse fazer a diferença, pudesse, independente de
recurso. Enfim, hoje o que você traçaria de melhoria assim que você poderia fazer?
Entrevistado nº 01:
Eu acho que tornar mais igualitário, por mais que simples o acesso das
pessoas, a experiência dentro da empresa. Então, a primeira coisa que eu faria é se
eu não tenho muito dinheiro, o que é uma realidade, a gente não tem como mudar
essa realidade. Se eu não tenho recursos, sejam eles financeiros ou enfim, é para
fazer uma coisa muito extraordinária, tipo uma experiência incrível e maravilhosa.
Eu faria o simples, porque eu acho que as coisas sempre começam no simples, que
é tornar isso padronizado, nem que seja duas coisas. Tipo, sei lá, a gente só tem
dinheiro para o aniversário das pessoas. Não tenho dinheiro para setembro
amarelo, não tenho tempo para o dia dos pais, dia das mães, enfim. Mas a gente
tem tempo lá para o aniversário das pessoas, então eu vou dar o melhor que eu
posso e fazer o melhor processo sobre o aniversário. Então eu vou fazer todo
mundo saber o aniversário de todo mundo, seja lá qual forma que for, pelo
calendário. Ou vai receber uma mensagem em vermelho no meio da tela, sei lá,
quando for aniversário de alguém. E eu vou garantir que sempre essa pessoa vai
ganhar um ‘bombonzinho’ com papelzinho escrito Feliz aniversário! É uma coisa
bem simples, mas todo mundo vai ganhar, independente da obra do escritório. E eu
vou garantir que essa pessoa vai ganhar essa cartinha com esse “bilhetinho”, vai
ganhar esse e-mail. Então eu acho que apesar de eu não ter uma melhoria
específica para passar para vocês, eu acho que é uma coisa que eu sinto
necessidade assim de até pensando nessa coisa da padronização e fazer uma
coisa simples, objetiva, mas que funcione. Porque eu até fiz pequenos projetos
assim, não tão significantes, mas que inclusive em discussão com outras pessoas,
eu cheguei nessa conclusão que o mais difícil de você fazer uma mudança não é
você estruturar um projeto, é ter criatividade para pensar coisas, porque senão eu ia
pedir cesta, cesta no Natal, ia pedir várias coisas que eu ia amar. Mas o mais difícil
você não é você ter criatividade para criar isso, mas é você fazer isso funcionar,
você implementar essa coisa e fazer isso rodar da forma, da melhor forma que
poderia rodar. Então eu acho que a primeira coisa que o Employer tinha que
conseguir fazer era isso. Tipo, esse é o meu objetivo. Batemos o martelo. A gente
vai começar por aqui. Essa é a experiência que eu quero garantir para todo mundo.
E eu vou fazer uma coisa simples, mas que funcione. E daí, quando a gente tiver
mais recursos, a gente vai aperfeiçoando isso. Porque eu acho que hoje eu sinto
que as coisas estão bem nebulosas e perdidas. Tipo, a gente faz um picadinho ali,
um picadinho lá que não deixa de ser muito importante, mas que parece que não,
não consegue impactar na magnitude que deveria, sabe? E daí? Eu acho que é
melhor fazer uma coisa isolada, que impacte mais do que ficar focando a atenção
em muitas coisas, sem recursos que talvez não impactem muita coisa, sabe?
Mayara Pazdziora:
Por exemplo, escolher, sei lá, no Natal não vamos dar um mini panetone para
todo mundo, mas para todo mundo mesmo. Escrever um cartão, alguma coisa
assim e gerar um impacto realmente para todos os colaboradores. Porque querendo
ou não, a gente pode pensar na empresa como se fosse uma roda, ‘né’? Como se
fosse uma roda com várias engrenagens. Então todo mundo faz parte dessa
engrenagem, ‘né’? Então que nem você comentou, não adianta só eu aqui na minha
equipe receber presente, valorizar um aniversário, sendo que ‘né’, todo mundo na
empresa acaba não se sentindo valorizado, digamos assim.
Entrevistado nº 01:
E eu acho que seria legal estar mais com as pessoas, sabe? Tipo, fazer a
galera está lá num lugar tipo você ver a pessoa conversar com ela pessoalmente,
porque até a Sabrina sabe disso. Mas a gente tem muito problema de comunicação
aqui. As pessoas não leem as comunicações, elas não se interessam. Tipo, a
Sabrina fez lá uma divulgação da news. Cara, ‘mó’ legal a news, mas tipo, ninguém
quer despender 15 minutos do dia para assistir a tal da news. Então assim a galera
tem esse problema de sentar, olhar e ler uma coisa que é importante de ler, sei lá,
um comunicado sobre o Dia dos Pais. A gente vai fazer uma ação lá, ninguém lê.
Então, talvez estar mais com as pessoas, tipo às vezes eu faço isso no meu
trabalho, eu passo lá na sala e falo um minutinho aqui é isso, isso, isso e faça os
avisos, porque senão eu perco, sabe? E eu sei que vai chegar um momento que
essa magnitude vai aumentar e eu não vou conseguir dar conta. Mas o máximo que
eu puder trazer essas pessoas para próximo é olhar na cara delas e falar alguma
coisa e chamar para alguma coisa. Eu acho que é melhor do que ficar só de forma
online, sabe, se comunicando.
Mayara Pazdziora:
Entrevistado nº 01:
Sim, esse é um ponto legal que eu acho que quando a empresa se estruturar,
os próprios colaboradores vão ter mais essa proatividade em participar, em ler os
comunicados, enfim.
Hadla Zimmermann:
Também é algo alcançável assim, para que todos possam também estar
fazendo, sabe. Não só uma pessoa se dedicar para fazer, mas que seja possível
todo mundo poder contribuir para que seja feito, nem que seja o básico seja bem
feito e que seja tipo, acessível para todos.
Mayara Pazdziora:
Obrigada então pela tua disponibilidade, qualquer coisa você passa aí para a
Sabrina depois da gravação. Prazer em conhecê-la.
Transcrição da entrevista 02
Entrevistado nº 02
Data: 26/09/2023
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 02:
Que bom.
Mayara Pazdziora:
E para iniciar, a gente queria entender a tua perspectiva. Assim, você, como
Entrevistado nº 02, como você definiria aí o Employer Branding assim, em geral,
para a gente entender a tua opinião.
Entrevistado 02:
Mayara Pazdziora:
Tranquilo.
Entrevistado 02:
Mayara Pazdziora:
Claro, já tem outros fatores, legal, até puxando esse gancho, ‘né’? Que você
falou a construir aqui dentro da *CONFIDENCIAL* é diferente. Eu queria entender
hoje, como que você vê o Employer dentro da *CONFIDENCIAL*, por exemplo,
principalmente nesses processos ali de atração e captação hoje, como que você vê
que o Employer dentro da está ativo nesses processos? Assim, seja com alguma
ação com algum fator estratégico, ‘né’? Como você comentou hoje dentro da
*CONFIDENCIAL*, como que você vê? Aqui o Employer Branding, nesses 2
setores, digamos de atração e captação.
Entrevistado 02:
Para uma determinada área, de uma ideia que puxou uma ideia que puxou
outra, a gente desenvolveu uma campanha, é de comunicação. Em uma campanha
de estágio é para engenharia, então isso tem direta relação com Employer
Branding, porque a gente tem que ser efetivo. E o Employer Branding atua dentro
de casa também, porque assim a gente falou lá para fora que foi muito, que é muito
legal trabalhar aqui. Assim, há que bacana que a trabalhar na *CONFIDENCIAL*, aí
as pessoas vêm para a vida real e não é tão bacana assim, porque aqui é uma.
Mayara Pazdziora:
Propaganda enganosa?
Entrevistado 02:
É porque aqui é uma empresa como qualquer outra, não é assim, não tem
nada de mágico, tipo que queremos dizer, tem muita coisa muito legal, mas tem
muita coisa que não é tão legal sim. Então o desafio que a gente enfrenta hoje,
Employer Branding e a Sabrina sabe de tudo o que a gente tem nos próximos, ‘né’?
No ano que vem a gente tem vários programas que a gente vai lançar que estão no
que a gente classifica de Employer Experience, ‘né’, que é o hexa, é mais um
Employer Experience é fundamental para sustentar o que a gente falou no Employer
Branding.
Nem então de nada adianta dizer, olha aí que é muito, muito legal trabalhar
na *CONFIDENCIAL*. A pessoa entra e não tem. Por exemplo, é, não é legal, não é
tão legal assim, então a gente, por exemplo, o plano que vem, vai ter uma estratégia
de mais happy hours aqui, pelo menos um por semana, porque a gente quer
sustentar essa ideia, pô, se a gente falar que a gente é legal, a gente tem que ser
legal, ‘né’? Não pode ser chato o tempo todo, que vai ser chato em alguns
momentos, mas a gente tem que fazer esse contraponto com o que é legal. A gente
vai ter uma festa de fim de ano, tem que ser extraordinária, porque é o nosso
propósito. São experiências extraordinárias. Então como é que eu construí uma
festa inesquecível para as pessoas? Porque as pessoas precisam sair de lá falando,
‘né’? E aí o nosso candidato, nosso colaborador, também é um fomentador da
nossa marca, ‘né’? E para isso, ele precisa ter uma experiência extraordinária com a
gente.
Então assim, passa um pouco por isso está assim por agir aqui dentro, a
gente também pensar nisso. Então a área da área de Employer Branding é uma
área transversal na estrutura de RH. Então a gente fala sobre remuneração. A gente
precisa falar sobre, é, é carreira. A gente precisa se preocupar com muita coisa,
com questões de diversidade, com questões de assédio, com tudo, assim que,
porque tudo impacta na marca, ‘né’, e aí assim acontece uma coisa aqui dentro. A
experiência negativa de um estagiário, por exemplo, pode ser muito danosa para a
gente, porque essa pessoa vai lá para a faculdade e vai fomentar aquilo com todo
mundo. E aí a gente tem um dano, como já aconteceu no passado, ‘tá’?
Antes da nossa gestão, a gente, a gente sabe de poder. Enfim, casos
parecidos com esse então hoje. É esperado. E assim vai. Acho que aqui vale dizer
que o Employer na *CONFIDENCIAL* está começando agora, então passar que é a
nossa pessoa de Employer Branding está no estágio, é o estágio dela, vai até o fim
do ano. Aí ela entra numa outra jornada aqui com a gente. Mas a gente tem grandes
objetivos para o futuro de Employer Branding como uma área estratégica sabe,
assim como o que eu diria para vocês é enquanto todas as outras áreas estão
pensando nas suas operações é Employer Branding, obviamente, tem suas
operações também, muitas operações, mas é a área que está um pouco mais
voltada para o uso estratégico, ‘né’? Que é, caramba, o que que está acontecendo
aqui? Então a gente tem muitas discussões, é sobre isso, ‘né’? Sobre o que que
está que está rolando aqui, ‘né’?
Mayara Pazdziora:
Sim, até esse é um ponto que eu fiquei até como uma forma de curiosidade.
Assim, por exemplo, você comentou, a gente precisa realmente dar uma boa
experiência não só para todos os colaboradores, mas principalmente pelos
estagiários, ‘né’? Porque são eles, que espalham a notícia mais rápido, E hoje,
como que você enxerga assim hoje? Como que você vê a *CONFIDENCIAL*? No
mercado externo, por exemplo, a tua opinião. Como que você acha que o mercado
externo a *CONFIDENCIAL* hoje é em relacionada a essa questão do Employer
Branding? O mercado aí de incorporadoras e construtoras, enfim. Hoje, você que
está nesse ramo, como que você enxerga?
Entrevistado 02:
No geral, falando das pessoas que vêm que a gente entrevista, essas
pessoas têm uma percepção muito positiva sobre a *CONFIDENCIAL*, e é bem
nessa linha que eu disse, uma empresa mais jovem, mais descontraída, uma
empresa é mais ‘inovativa’, onde eu posso dar as minhas ideias, onde eu serei
ouvido. É então a percepção é positiva. Onde que está o problema, é que quando a
pessoa entra. Aí ela vai ver que sim, tem isso, mas também tem o outro lado, sabe?
Assim é igual aquelas empresas que há um tempo começou a se popularizar a
empresas que você pode beber no horário de trabalho e aqui você também pode. E
aí a pessoa pode ir lá pegar uma cerveja e beber.
Mayara Pazdziora
Você vai beber, mas você vai ter a responsabilidade também batendo na sua porta.
Entrevistado 02:
Exatamente, você vai ter setores que não estão estruturados, que as coisas
estão passando por uma dificuldade. Então é vida real, ‘né’? É então, hoje, eu diria
que o grande desafio é tentar equilibrar isso e a gente já tem isso hoje como uma
fase do nosso processo seletivo, que é dar esse choque de realidade na pessoa de
falar, olha assim, a gente é legal, a gente é bacana, é inovador, você vai ter, você
vai aprender pra caramba, mas deixa eu te falar o outro lado da moeda aqui. Que
também você vai encontrar na prática, ‘né’? Que é o desafio é o setor que não
temos sistema, é, é a dificuldade de “XEYZ”, ‘né’? É isso mesmo que você quer? A
gente trabalha para caramba, ‘né’? Então, essa é a nossa preocupação hoje, sabe?
Assim dá muita realidade para o candidato, para ele não chegar aqui e falar
caramba, me ferrei, não me falaram que tinha esse outro lado e a gente tem
conseguido fazer isso, tá com a maioria dos candidatos.
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 02:
Hadla Zimmermann:
Ter essas habilidades e saber também que não vai ser só momentos bons,
mas também vão ter os momentos mais difíceis e mais chatos. Como você vê hoje
em dia a maior dificuldade da *CONFIDENCIAL*, tanto na questão interna, ‘né’?
Dos colaboradores para aplicar e promover o Employer Branding na marca
empregadora, tanto da questão externa, quais são as maiores dificuldades hoje para
promover essa marca que vocês querem tanto construir. E o que você considera
que poderia ser aplicado como melhoria para atingir os resultados que vocês
desejam com relação à marca?
Entrevistado 02:
Boa, isso é muito claro para a gente, ‘tá’? É nítido, ‘né’? É muito. É muito
claro para a gente. A gente tem hoje como principais dores a não implantação ainda
de um plano de salários e benefícios que está sendo desenvolvido, mas não está
implantado. Então, enquanto a gente não implantar, sempre vai existir nas cabeças
das pessoas essa questão, poxa, mas.
Ah, mas eu não estou recebendo o melhor salário que eu poderia receber.
Ainda que a gente tenha um plano de carreira aqui, em suma, funciona bem na
maioria das funções, mas a gente ainda não tem, por exemplo, um bom pacote de
benefícios para algumas funções. E como eu falei, está sendo desenvolvido, mas
não está pronto.
Acho que essa é a nossa maior dor, e a gente não tem hoje ainda um
programa de reconhecimento e de bem-estar claramente desenvolvido, implantado.
Então eu acho que esses são os 3 pontos que geralmente doem nas pessoas, ‘né’?
Elas olham, falam, poxa, mas não tem um programa de reconhecimento, poxa, mas
não tem um programa de benefícios, poxa, mas não tem um programa de
bem-estar? Então esses são os 3 pontos que hoje mais impactam internamente,
‘né’? E que a gente já mapeou.
Então hoje a gente está nessa trilha de fazer essas coisas saírem do papel,
uma de cada vez. Enfim, hoje a gente está na parte um, que é salários e benefícios,
e aí a gente vai para as outras, ‘né’? Na sequência, a programas de reconhecimento
bem-estar, saúde mental, todos estão na nossa lista de coisas que precisam ser
feitas e implantadas para que as pessoas. Tem uma percepção mais aguçada,
sobre estar aqui dentro, ‘né’? Como uma experiência positiva.
Hadla Zimmermann:
Legal. Ai, maravilha neto. Acredito que era isso. Porque a gente, elabora
perguntas ali que vão seguir no script, mas na própria fala do Neto, assim já vai
respondendo aquilo que a gente já iria perguntar, então não precisa perguntar
novamente, é, vai realmente seguindo a mesma sequência, a gente imagina que
podemos aplicar e tem respondido tudo bem claro, assim tem como a gente já
esperava.
Entrevistado 02:
Hadla Zimmermann:
Legal, mas era isso que a gente queria ver, assim. A opinião, a tua
perspectiva, a tua ideia, a ideia de mudança, melhoria, o que que realmente você,
‘né’? Como gestor, vê tudo isso, ‘né’? Vê tudo. Esta eu sei que assim que são várias
pessoas que estão ali abaixo de você, que você precisa ter também essa
coordenação, então para gente também é importante ver a tua visão geral assim de
tudo, então para gente também foi bem importante. Agradecemos então a sua
disponibilidade e o teu tempo, a sua ajuda.
Transcrição da entrevista 03
Entrevistado(a): Anônimo
Data: 27/09
Mariana Magalhães:
Então, a gente está fazendo essas entrevistas, porque a gente está na reta
final do nosso TCC. E esse é o momento que vamos começar a analisar alguns
dados e entender realmente como que o Employer Branding está impactando nos
processos de atração, captação e também na retenção de talentos.
Então, para iniciar, a gente queria entender o que você entende de como Employer
Branding, qual que é a sua opinião, o que você entende que é o termo?
Entrevistado 03:
Mariana Magalhães:
Legal, estamos de acordo nosso TCC está indo para o caminho certo. E
como que você vê tudo isso que você descreveu, o conceito de Employer Branding
nesses processos de atração, captação e retenção, dentro da *CONFIDENCIAL*
especificamente.
Entrevistado 03:
Mariana Magalhães:
Mayara Pazdziora:
E na verdade esse é ponto bem legal, porque todas as pessoas que a gente
conversou sempre focaram nisso. Ah, é uma área estratégica, mas ainda está em
desenvolvimento, ainda está nesse processo. E como você comentou, hoje a gente
sabe o Employer Branding ele vê tanto a parte interna, como você comentou, de
uma parte estratégica mesmo, de focar em ações dentro da empresa, para os
colaboradores, e da parte externa. Então, assim, eu até queria entender isso contigo
quando a gente fala de parte externa, como que você imagina hoje que a
*CONFIDENCIAL* é vista pelo mercado externo, pelo mercado tanto pelo mercado
de incorporadora, ou como também, por exemplo, como as pessoas veem a
*CONFIDENCIAL* hoje. Como você acha que o mercado está enxergando vocês
hoje?
Entrevistado 03:
Acho que tem duas perspectivas. Tem os nossos clientes que veem a gente
com uma pegada muito jovem, muito moderna, com muitas oportunidades, muitos
empreendimentos, muita facilidade na hora de comprar o empreendimento. A gente
também tem a parte da marca mesmo, assim, então os candidatos, as pessoas
veem a gente como uma empresa de aprendizado. Sempre que eu ouvi falarem da
*CONFIDENCIAL*, sempre que eu fui falar da *CONFIDENCIAL* foi uma visão de
“você vai aprender lá mais do que você vai aprender em qualquer lugar”. E daí tem
isso, caminho pra diferentes áreas, ‘né’? Então engenharia tinha uma época que eu
tinha vários amigos que faziam engenharia e falaram que "Não, na
*CONFIDENCIAL* eu nunca trabalho, porque essa história de você vai aprender
muito, é uma história de vamos fazer você trabalhar muito", por isso que você
aprende muito. Então tem versões e versões. Acho que a gente se queimou na
época com a parte de obra, principalmente com UFPR, com os nossos estagiários.
E acho que agora a gente está caminhando para uma visão muito boa mesmo, de
aprendizagem, de a gente dar autonomia, porque a gente que a pessoa faça mais
do que 6 horas por dia, mas porque a gente acredita que estagiário pode ter
autonomia para fazer ações aqui dentro da *CONFIDENCIAL*. Acho que a gente
está caminhando para lugar onde a *CONFIDENCIAL* é muito bem-vista e vista
como esse lugar de aprendizado mesmo. Sempre via *CONFIDENCIAL* falando por
mim, como lugar onde você vai aprender muito e que você não vai aprender isso em
outro lugar, você não vai ter essas oportunidades tão grandes ou tão rápidas. Você
pode demorar muito para crescer, dependendo dos seus resultados, dependendo de
onde você está, você pode ter crescimento muito rápido, mas a minha visão
também é meio enviesada. Eu tive crescimento muito rápido na *CONFIDENCIAL*,
então talvez a minha visão esteja com atrelada na minha experiência e não seja
assim que o pessoal vê lá fora.
Mayara Pazdziora:
Então, claro, é querendo ou não, você acaba tendo essa influência, ‘né’? Mas
essa parte ali que você comentou, A gente já teve aí, estagiários comentando da
gente *CONFIDENCIAL* como uma má experiência. Hoje você vê, por exemplo,
que a *CONFIDENCIAL* é preocupada com isso, por exemplo, que nem você
comentou "ah, aprende muito, quer dizer que eu vou trabalhar o dobro e vou me
pagar menos." Mas hoje você vê, que a *CONFIDENCIAL* tem essa preocupação
em passar isso para os candidatos na hora de atração e captação? Você acha que
existe essa transparência assim com os candidatos?
Entrevistado 03:
Acho que agora está tendo. A gente caminhou por processo e veio muito do
Employer de que o nosso discurso era muito diferente do que a pessoa ia viver aqui
dentro. E não que o que a pessoa viva aqui dentro é horror, porque não é, mas às
vezes a gente usa palavras que vão fazer que a pessoa crie uma expectativa que a
gente não vai atender aqui dentro. Então sim, trabalhar na *CONFIDENCIAL* é
muito desafiador, você vai ser constantemente desafiado, você vai estar
constantemente fora da sua zona de conforto. E para muitas pessoas isso é uma
coisa boa, para muitas pessoas isso é algo coisa ruim. Mas quando eu falo isso no
processo seletivo (onde tínhamos texto padrão, que a gente reformulou), mas era
texto falando que a *CONFIDENCIAL* era inovadora, que a gente contava uma
história muito bonita e muito pintada e às vezes a gente tinha uma quebra de
expectativa quando a pessoa entrava, porque a gente só falava da parte boa. Então
a gente tem tido, já participei de várias entrevistas em que o recrutador, às vezes ele
está lá na final e pessoa fala que vai me incomodar se eu entrar e a empresa não
for organizada. E a gente fala nossa empresa não é organizada, a gente está
trabalhando para organizar. Então a gente busca as pessoas que queiram organizar
essa bagunça. Então não quer pessoa, ela tem que amar a bagunça.
Mayara Pazdziora:
Claro, a pessoa tem que ter paciência. Ajudar a estruturar esse processo
Entrevistado 03:
Esse incomodo dela tem que gerar algo para ela mudar. Então, hoje eu vejo
que no nosso processo a gente realmente traz essa transparência e realmente
traduz o que a gente quer dizer com o nosso manifesto, porque eu lembro que no
meu processo seletivo, eu entrei numa expectativa muito diferente. Essa parte é
interessante que faz dois anos, a gente mudou bastante coisa já na
*CONFIDENCIAL*, mas quando eu entrei, quem fez meu processo seletivo falava
muito sobre flexibilidade. E na época, eu estava empregada, eu dava aula de inglês.
E eu falei para minha antiga chefe, ela não se preocupa, é flexível lá. Eles me
falaram que eu posso trabalhar no horário que eu quiser e eu vou fazer 6 horas por
dia, eu posso quebrar as minhas horas para eu conseguir terminar o semestre
dando aula, porque minha ideia não era largar eles lá. E quando eu entrei não era
essa flexibilidade, a gente é flexível, mas não é essa flexibilidade que eu imaginava
e que muitas pessoas imaginam quando a gente fala horário flexível. Tanto que
quando eu fazia processo e estava no time de talentos, que agora a gente teve uma
reestruturação, eu gente falava pra não falar horário flexível, horário sem flexível,
porque a pessoa ainda vai cumprir o horário dela com uma flexibilidade de entrar
mais cedo e sair mais cedo, entrar mais tarde, sair mais tarde. Então acho que tinha
muitas as quebras de expectativa e eu senti muito elas no começo porque daí eu
aceitei e entrei e deixei a outra empresa na mão, ‘né’? Porque não era flexível a
ponto do que eles estavam falando que era. Então eu acho que tinha muito isso hoje
até onde eu participo, até onde eu sei, a gente trabalha muito com uma
transparência de que é uma empresa que está crescendo, e por isso tem muitos
desafios. Hoje a gente comenta mais sobre os desafios dentro do processo seletivo
do que antigamente.
Mayara Pazdziora:
Não, e eu acho que esse é ponto super válido, ‘né’? Porque assim, qualquer
empresa que você entre tanto startup e empresa tradicional sempre vai ter um
processo que está engasgado, um processo que não funciona, sempre vai ter uma
reclamação, ou pessoas que não seguem o processo. Então, eu acho que o
Employer também traz pouco disso, de mostrar para as pessoas que estão dentro,
que sim, existe processo que as pessoas têm que seguir, tudo voltando para essa
questão da marca empregadora. E um ponto que eu achei bem legal que você
comentou é que a gente sabe que tem muito o que ser feito, ‘né’? Que por exemplo,
vocês hoje estão com pouca mão de obra, tem uma pessoa, é processo mais
operacional, não está processo estratégico, porque vocês têm a ciência. E eu queria
agora que você imaginasse, que se você não tivesse nenhum tipo de trava, nenhum
tipo de trava financeira, nenhum tipo de aprovação, nada que te travasse aí dentro
que você pudesse explorar o Employer, que você pudesse falar: “Não, eu quero
traçar as estratégias X, Y, Z, eu quero ter esse tipo de trabalho dentro da
*CONFIDENCIAL*, esse tipo de campanha”, enfim, se você pudesse imaginar aí o
Employer perfeito. O que você imaginaria até de melhoria, se você tivesse nenhuma
trava, se você pudesse soltar a imaginação.
Entrevistado 03:
Mayara Pazdziora:
Aquela coisa não adianta ter à vontade se você não tem como executar, ‘né’?
Se você não tem ali a mão de obra. E assim, mas também para finalizar tudo isso. E
como você comentou, é setor muito estratégico você precisa ter a cabeça que nem
você falou não tem nem mão de obra e nem cabeça para pensar em tudo isso
porque envolve também criatividade você pensar em coisa realmente estratégia um
plano, por exemplo: eu vou criar aqui esse plano de desenvolver líderes pensando
na marca empregador, pensando que ele vai divulgar, que outras pessoas vão se
sentir atraídas com aquilo. Eu até ponto que eu anotei, que eu achei super legal,
que é melhorar a experiência da reprovação. Por que quantas vezes a gente se
inscreve numa vaga? Você não sabe se passou ou não passou onde mil anos
depois, chega um e-mail automático falando "Ah, não foi dessa vez" ou “Sinto muito,
tente novamente mais tarde”. Então, por exemplo eu sou a pessoa que não volto a
me inscrever, porque eu vou pensar: “não vou passar, é difícil e vão me dar esse
mesmo retorno".
Entrevistado 03:
Até que as pessoas que estão em etapas mais avançadas, a gente não tem
preocupação de passar feedback que faz a pessoa evoluir para ela melhorar. Então,
se a gente quebrar minha atividade de business case. Poxa, qual é o feedback que
eu vou dar para essa pessoa, para ela olhar e falar assim: "Eles querem que eu
melhore, eles me deram feedback construtivo". E não só feedback que justifica a
reprovação. Parece que é a mesma coisa, mas a nossa estrutura de feedback mão
é, ela é muito difícil, a gente tem muitas dificuldades, às vezes até o nosso gestor
que está envolvida no processo, ele não sabe porque ele reprova a pessoa, ele só
não gostou daquela atividade da pessoa. E daí é muito difícil para o recrutador
poder passar essa imagem, porque até eu, quando fazia recrutamento, a gente tinha
que passar feedbacks muitos genéricos, tipo: "não deu o fit com a vaga", ‘tá’ mas
qual era o Fit com a vaga? Tipo o candidato pensa, "O que eu precisava ter?"; "O
que eu precisava melhorar?", "será que eu precisava melhorar a minha
comunicação pra ter fit com essa vaga?" ou "Eu precisava melhorar a minha
habilidade técnica relacionada a X coisas pra ter uma para ser aprovada?" Então eu
acho que a gente não tem essa empatia com o candidato que está recebendo
feedback.
Mayara Pazdziora:
E até por uma questão de curiosidade, como que é feito hoje? Quando vocês
vão estruturar uma vaga, vocês pensam nisso, para essa vaga, eu preciso de
alguém que tenha paciência, de alguém que seja muito comunicativo e de alguém
que tenha resiliência e uma pessoa que tenha muito raciocínio lógico, digamos.
Vocês estruturam isso nesses cases que vocês fazem? Porque, a gente sabe que
às vezes o gestor realmente olha para cara da pessoa e fala "não bati, não bateu o
santo". Mas eu queria entender se hoje vocês já têm esse processo um pouco mais
estruturado, preciso de uma pessoa mais analítica para a vaga, então eu tento
passar isso desde que vocês expõem a vaga até todo processo que a pessoa
passa.
Entrevistado 03:
A gente tem, mas ainda está em construção. A gente tem alinhamento inicial
com os gestores para falar sobre a vaga, onde os recrutadores pedem para eles
darem três competências chaves que eles querem só que o problema é que hoje
nosso time de recrutamento é muito júnior e nossos gestores são muito juniores.
Então, quando a gente pede três competências, "proatividade, a comunicação, e
pensamento analítico", eles não conseguem analisar isso.
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 03:
Mayara Pazdziora:
Bom, mas você falando isso, me dá uma sensação de que, que vocês estão
no caminho. E essa parte do lidera *CONFIDENCIAL*, acho que vai fazer com que
os próprios líderes tenham mais conhecimento sobre eles mesmos para saber se
ele é gestor críticos, se ele é gestor que vai cobrar prazo, se ele vai cobrar, o que
ele vai cobrar, se ele vai cobrar produtividade e não quantidade, se ele vai cobrar
qualitativo ou quantitativo. Então eu acho que com os líderes se conhecendo mais,
eles vão conseguir também ter a noção do que eles querem para o time deles,
sabe? Então dessa forma meio que vai ser uma cadeia que vai uma roda que vai
ser processo. Líderes com mais autoconhecimento, líderes mais decididos do que
querem vão conseguir prospectar, digamos assim, candidatos, mas no perfil que
eles desejam.
Entrevistado 03:
A aula do próximo mês é justamente isso. A gente vai mostrar que o líder tem
papel fundamental dentro do processo seletivo Mais do que hoje a gente faz, ‘né’?
Então acho que é bem isso mesmo.
Mayara Pazdziora:
Ah, legal, maravilha. Era isso, então, que a gente queria entender com você.
Obrigada pelo seu tempo, pela sua disponibilidade de sempre.
Transcrição da entrevista 04
Entrevistado 04:
Data: 29/09/2023
Mariana Magalhães:
Estamos nos processos finais do TCC, então a gente está conversando com
pessoas que são importantes e que realmente impactam nos processos de atração
e captação para entender como elas veem o Employer Branding nesses processos.
Por isso, estamos falando com você. Como nunca conversamos antes, eu queria
saber um pouco de você e o que você faz, se você nos contasse um pouquinho
sobre a tua história na *CONFIDENCIAL*?
Entrevistado 04:
Mariana Magalhães:
Natalia Rezende:
Entrevistado 04:
Mariana Magalhães:
Queríamos saber qual é a tua visão sobre Employer Branding e como você
entende esse conceito?
Entrevistado 04:
Mariana Magalhães:
Entrevistado 04:
Natalia Rezende:
É, eu acho que muito pela vai bike a gente passa de ser uma startup, então
isso até eu acho engraçado que sempre que eu vou fazer para o senhor, se ela tiver
as pessoas que não pesquisam absolutamente nada sobre a empresa, elas chegam
falando, ‘hã’, eu não sei o que vocês fazem, mas eu acho que vocês são uma
startup, então não sei se pelos nossos valores pela logo legal ou pelo nosso
Instagram.
Mas e pela vibe jovem, não é igual, vocês falaram, ‘né’? Hoje, nossa diretora tem
tipo 31 anos, então é muito nova e a maioria da nossa equipe também é muito
jovem, tem 20, no máximo 28, então são poucas, não é um pessoal muito mais
velho, então eu acho que a mensagem que a gente transmite é de uma empresa
nova, por mais que tenha 14 anos no mercado imobiliário, há pouco tempo que está
se consolidando e está crescendo é que traz inovação.
Natalia Rezende:
Entendi. Parece que essa imagem positiva de uma empresa jovem é algo
que está sendo projetado.
Entrevistado 04:
Sim, mas que ao mesmo tempo não deixa de ser uma empresa jovem e que
busca evoluir. Então, para mim, essa é a mensagem que aí passa.
Natalia Rezende:
Entrevistado 04:
‘Tá’, pra mim isso foi até algo difícil de lidar no começo, porque eu vim de uma
empresa que era familiar, então tinha mais de 30 anos e era muito tudo certinho. E
quando eu vim para cá, primeira coisa que me falaram é que eles não iam me
cobrar o horário que não importasse o horário que eu entrasse. O horário que eu
saísse, que o importante era entregar o que fosse preciso, então eles nunca me
cobraram o horário de chegar e sair sem preciso é sair para o que eu tenho
compromisso, alguma coisa no máximo. Aviso ali, olha, preciso sair um pouco antes
e sempre tudo ok. Nunca recebi uma negativa, mas isso é muito da percepção que
eu tenho com o meu time. Então, com meus gestores foi assim durante esse tempo
que eu que eu estou aqui, então eu nunca tive uma negativa de anão. Não pode sair
porque tem que cumprir o horário, então isso foi algo que nunca foi passado em
relação ao acesso à liderança, sempre foi muito tranquilo. É, eu passei por uma
transição de liderança e nas 2 foram sempre muito tranquilos, quase todo dia estava
lá. Se precisava mandar mensagem do time, era muito acessível, então eu nunca
tive problema com isso.
Natalia Rezende:
Ótimo, que bom. Vamos dizer assim, claro, tem os pontos bons, ‘né’? E os
pontos ruins? Mas com certeza o que a gente mais escuta da *CONFIDENCIAL* é
isso. Que acabam sendo uma família, então acaba tendo essa proximidade. Acho
que tem a relação por todo mundo ser mais novo, acaba falando a mesma língua,
‘né’? É assim, se você não tivesse nenhum empecilho, se ninguém te travasse.
O que hoje você melhoraria na *CONFIDENCIAL*? O que você faria de diferente?
Traria para melhor que você acha que pode ser algo positivo para melhorar tanto a
parte de gestão de Employer Branding é a parte interna com liderança. Qualquer
coisa que você acha que hoje estava a ser de um ponto negativo e você melhoraria.
Exemplo, você é um diretor lá e você quer colocar um projeto, quer colocar um
planejamento novo e o que que você faria hoje?
Mariana Magalhães:
Principalmente focado assim, no Employer Branding e nos processos de
atração, captação e retenção.
Entrevistado 04:
‘Tá’, eu vou te citar, vou pensar em algo que me afeta assim, talvez única
coisa que me veio à cabeça pensando em atração e captação hoje, talvez seria
verba mesmo, porque hoje a gente está passando por um momento de segurar
muita coisa. Então a gente está contratando uma diretora comercial que vai vir
justamente para alavancar as vendas, mas às vezes a gente fica muito preso em
verba, então às vezes precisa, por exemplo, a tem que divulgar uma vaga para a
gente rodar um Patrocínio ali. Às vezes a gente não vai ter essa verba. Só que eu
entendo que não é simplesmente pegar o dinheiro e torrar porque demora para vir.
Enfim, tem outros impactos. Então, pensando em atração e em Employer Branding.
Acho que talvez tenha um pouco mais de verba para a gente conseguir fazer
algumas campanhas para vagas específicas, onde está muito difícil de conseguir
candidato e a gente precisasse aumentar um pouco isso. E talvez essa divulgação
paga não apenas no orgânico, fosse realmente atingir um público maior do que a
gente tem hoje.
Natalia Rezende:
Entrevistado 04:
É, então tem uma vaga lá, por exemplo. Coordenador de Controladoria é uma
vaga de gestão, então já vaga de gestão sempre é mais complexo. Quando é uma
área muito específica, como a Controladoria, da parte financeira que a pessoa tem
que ter um conhecimento técnico absurdo, a pessoa tem que ter um nível de gestão
muito alto. E por ser um segmento imobiliário, não ser um segmento padrão,
algumas coisas da parte financeira mudam. Então encontrar uma pessoa que tenha
tudo que a gente precisa é muito mais difícil do que, por exemplo, um estagiário de
marketing. Então às vezes eu colocaria um dinheiro ali, no anúncio pago que fosse
para que eu realmente conseguisse, talvez atingir um público maior para essa vaga.
Mas vagas um pouco mais estratégicas ou que eu precisasse, realmente de um o
volume maior de candidatos, por ser uma coisa muito, muito específica da área.
Natalia Rezende:
Entrevistado 04:
Mariana Magalhães:
O Employer Branding é uma área estratégica que envolve toda a empresa, e
não apenas o marketing. Trata-se de criar uma imagem sólida para o público
externo.
Entrevistado 04:
Natalia Rezende:
Transcrição da entrevista 05
Entrevistado 05
Data: 29/09/2023
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 05:
E isso seria bem um resumo assim. E daí de tendo isso como base que em
todas as ações que a gente faz. Então, por exemplo, os eventos que são
organizados dentro da empresa. Todas as comunicações que a gente realiza o
Employer Branding do que que está acontecendo dentro da empresa também e
todas as divulgações que a gente faz também. Para as pessoas que estão fora da
empresa, divulgações de oportunidades dentro da empresa, divulgações de ações
legais que estão acontecendo na empresa, só que divulgações voltadas para
pessoas que não entraram ainda para gerar esse interesse em fazer parte da
empresa. Então eu acho que todas essas ações têm esse objetivo de fortalecer a
marca da empresa diante dos colaboradores e potenciais colaboradores.
Mayara Pazdziora:
Na verdade, esse era até um ponto que eu ia perguntar para você de como
você via hoje o Employer dentro da *CONFIDENCIAL*, ‘né’? Então eu fui anotando
ali. Então, hoje para você, o Employer dentro da *CONFIDENCIAL* está muito
ligado a essa parte de evento. Comunicação a divulgação, ‘né’? Para fora, para o
externo, ‘né’? E hoje, como que você acha que o Employer tem relevância para o
interno, por exemplo, dentro dessas ações que geralmente assim tem o
envolvimento do Employer justamente para captar pessoas, ‘né’? Para falar “olha
pessoal, aqui dentro da equipe funciona dessa maneira”. Como que você acha que
isso é hoje com o público interno de vocês, com as pessoas que já são
colaboradores?
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Para ter uma. Tem uma ideia assim? Sabe de hoje, por exemplo, da tua
visão, ‘né’? E hoje você acha, por exemplo, que esses eventos, essas divulgações?
Você acha que até como uma opinião tua, assim como isso está impactando o
mercado externo? Como você acredita que hoje o mercado externo está vendo a
*CONFIDENCIAL*, sabe? É como a tua opinião. Assim como você acha que o
mercado está vendo a *CONFIDENCIAL* hoje, de acordo com o que você já vem
desenvolvendo nesse processo de Employer?
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
E eu isso até ia te perguntar alguma coisa que está no script, mas foi mais
uma curiosidade minha. E você nesse processo de recrutamento? Eu acredito que é
um dos processos principais e muito importantes dentro da empresa, porque
digamos que é o topo do funil, ali aonde você realmente precisa escolher a pessoa
certa para entrar e ter um bom desempenho dentro da equipe. E hoje, quando as
pessoas fazem esse processo, quando você participa desse processo aí com os
candidatos, como que você acha que você até comentou? As pessoas acham que a
*CONFIDENCIAL* é uma vibe startup, ‘né’? Mas o que que você acha que mais
demonstra interesse assim? Por que que eles se inscreveram naquela vaga da
equipe assim? Porque que é tipo, eu não sei se eles falam “ah, olha, eu me inscrevi
nessa vaga porque eu achei isso, isso, isso da empresa, eu quero conhecer isso,
isso, isso”. Qual e quais são os feedbacks que você geralmente recebe?
Entrevistado 05:
Legal, depende muito da pessoa. Tem gente que pesquisa mais, tem gente
que pesquisa menos, tem gente que cai de paraquedas, mas tem muitas pessoas
que se atraem pela geralmente. Acho que a gente tem a descrição da vaga e na
descrição, inclusive a gente melhorou bastante a nossa descrição da vaga
recentemente e ajudou bastante a gente nisso. Então, agora a nossa descrição da
vaga, ela traz uma apresentação assim do que a equipe é, esses desafios da
empresa no geral. E daí embaixo a gente coloca as atribuições e requisitos também.
Então, já ouvi muita gente falar que o que chamou a atenção foram as atribuições,
mas também recentemente ouvi muita gente falar que o que chamou a atenção foi a
apresentação da empresa em si mesmo. Que é que passa essa, essa sensação?
Como que eu posso falar, passar esse foco, inovação e essa pegada mais jovem?
Então. Muita gente. O que chama atenção de muita gente, muitas vezes acaba
sendo isso mesmo. Eu acho que recentemente a gente conseguiu ressaltar melhor
nas descrições das nossas vagas.
Mayara Pazdziora:
Legal. E você acha que esse fato das pessoas olharem para
*CONFIDENCIAL* como uma pegada jovem, ‘né’? Isso acaba atraindo, por
exemplo, pessoas mais jovens para as vagas. Então você acha que hoje, por
exemplo, o que vem é mais pessoa jovem assim?
Entrevistado 05:
Geralmente assim, isso acaba atraindo pessoas mais jovens. Mas também a
questão do jovem que a gente fala vem não é necessariamente questão de idade,
mas é a questão de agilidade mesmo, flexibilidade. Então, é mais do que
necessariamente uma questão de idade. É claro que, naturalmente acaba atraindo
pessoas mais jovens, mas é mais uma questão de perfil mesmo, de perfil mais ágil,
flexível e buscando uma coisa nova, uma coisa diferente e não se acomodando
mais nessa linha.
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 05:
Entendi. É, uma coisa muito legal que eu acho que a gente poderia fazer. E
eu já vi, por exemplo, o Madeira Madeira, na verdade, a gente falando da
*CONFIDENCIAL*. Primeiro a *CONFIDENCIAL*, ela tem dois Instagrams, ela tem
o Instagram da empresa mesmo e tem um Instagram chamado Vencer e um
Instagram. Para essa comunicação, mesmo para os colaboradores e potenciais
colaboradores, ‘né’? E eu acho que a gente podia explorar um pouco mais esse
Instagram e postar mais atualizações sobre coisas que aconteceram no mês e o
que que está acontecendo na semana e esse tipo de atualização. Porque por
exemplo, eu já vi por exemplo a Madeira Madeira. Eu sigo no Instagram, Instagram
deles também, que acho que chama por dentro do Madeira e eles postam bastante
esse tipo de coisa. Eu acho muito legal. Eu já vi até inclusive um bate papo com as
áreas e eu acho que esse tipo de conteúdo chama bastante atenção de candidatos
assim. Então eu acho que essa é uma coisa bem legal que a gente podia explorar
mais. Outra coisa também que a gente poderia fazer é mais ações presenciais para
as pessoas conhecerem a *CONFIDENCIAL*. Hoje a gente faz algumas ações, mas
a gente não tem um planejamento, por exemplo, das ações que a gente vai fazer no
ano ou nos próximos meses. E eu acho que a gente poderia se planejar melhor
nesse sentido. Então definir alguns objetivos que a gente tem “Olha, a gente quer
alcançar esse público e por isso que a gente vai fazer essa ação”. Em quais
faculdades que a gente vai fazer? A gente decide e faz um cronograma mensal, por
exemplo. Então, eu acho que a gente poderia. A gente faz umas ações soltas, mas
a gente poderia ter um planejamento para fazer isso de uma forma mais constante,
sabe?
Mayara Pazdziora:
Certo, entendi. E eu acho que também, até para saber. Assim, por exemplo,
hoje, até para eu entender um pouquinho melhor nesse processo que vocês têm aí
hoje de atração, tem todo esse processo ali, da necessidade da divulgação da vaga,
‘né’, que vocês têm que fazer. Até você comentou que hoje vocês mudaram já, ‘né’?
Essa descrição da vaga e depois que que vocês selecionam ali os candidatos, ‘né’?
Como que é feito, digamos assim, essa triagem de vocês para esse processo.
Assim, só para eu entender um pouquinho melhor.
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Exatamente já quando vocês recebem ali o assim, quando vocês vão decidir
como que vocês vão seguir ali com os candidatos?
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Uhum, entendi. E hoje você acha que, por exemplo, essa triagem que vocês
fazem nesse processo, ele é um processo que funciona? Tem algum? Tem alguma
parte desse processo que você mudaria ou que você faria diferente?
Entrevistado 05:
Sobre a triagem?
Mayara Pazdziora:
Não só sobre a triagem, mas sobre esse processo. Mesmo assim, de que
você já está ali na na captação que já tem ali os os candidatos, ‘né’?
Entrevistado 05:
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Por exemplo, às vezes a gente tem alguma ideia do que poderia fazer de
melhor, mas a gente tem limitações. Isso, limitações de processo que toda empresa
tem. Então, por exemplo, se eu pudesse fazer aqui um brainstorm, ‘né’? É tipo
pensar em várias coisas diferentes e simplesmente falar “eu acredito que nesses
processos faria isso, isso, isso, não sei”. Assim. E mais, se você já tiver também
uma ideia, alguma coisa que você pensar, eu posso levar isso aqui como sugestão
de melhoria. Enfim.
Entrevistado 05:
Bom, é que isso é uma coisa que a gente já está fazendo, mas em algumas
vagas a gente precisa envolver mais os gestores, principalmente nas etapas mais
iniciais de triagem, porque às vezes é, por exemplo, para um cargo um pouco maior,
um cargo de supervisor coordenador é melhor. É bom que a gente tenha um gestor,
uma pessoa que tem um conhecimento um pouco mais técnico para ajudar nessa
etapa de triagem de currículo. Então, isso é uma coisa que a gente já está fazendo.
Antes eu acho que a gente não tinha tanto isso, mas você consegue selecionar
muito melhor as pessoas se você começar a envolver eles desde o começo do
processo.
Mayara Pazdziora:
Entrevistado 05:
Mayara Pazdziora:
Entendi. Legal, Maravilha. Bom, seria basicamente isso, ‘tá’? Que a gente
queria entender um pouquinho mais como que é a tua visão, já que você trabalha aí
dentro da equipe, ‘né’? Já que você está aí dentro do convívio e também nesse
processo de atração. Na verdade, ‘né’, de ver como que hoje são, a gente costuma
falar como são captados esses, esses clientes. Eu ia falar esses candidatos, como
eles são captados e como vocês fazem todo esse processo aí dentro, ‘né’? Porque
realmente bom, acaba meio que passando por uma peneira já. Assim, alguns que
não tem a capacidade técnica às vezes acabam nem passando, ‘né’? Então esse é
um ponto bem legal até para a gente entender como que funciona esse processo aí
de triagem também na empresa de vocês. Maravilha! Então *Entrevistado nº 05*,
muito obrigada pela tua atenção, pela tua disponibilidade, ‘tá’? Foi um prazer te
conhecer e muito obrigada pela tua ajuda.
Transcrição da entrevista 06
Entrevistado 06:
Data: 04/10
Mariana Magalhães:
Entrevistado 06:
O que eu entendo que a gente faz aqui ou que seria o ideal do Employer
Branding?
Mariana Magalhães:
O conceito mesmo.
Entrevistado 06:
Mariana Magalhães:
Entrevistado 06:
Hoje não. Eu entendo que hoje nós ainda fazemos muitos processos
operacionais e que não necessariamente estão ligados à estruturação de uma área
de Employer Branding. Então hoje, a gente tem até uma certa confusão ali das
atribuições e responsabilidades para as pessoas que estão inseridas dentro da área
de Employer Branding. Então hoje a gente tem o Employer, enviando comunicações
internas e não conseguindo dar foco realmente para ações mais estratégicas que
poderiam estar levando a gente para esse lugar do entendimento da nossa marca
empregadora. E buscando estratégias para o reforço dessa questão da marca.
Mariana Magalhães:
Entrevistado 06:
Não acho que seja somente por isso, acho que esse fator também tem
influência, visto que é uma área relativamente nova. Mas eu vejo que também é
pela questão do afogamento em demandas operacionais. Então hoje em questão
operacional a gente tem só uma pessoa, que querendo ou não a gente não pode
deixar a operação de lado. Então, essa pessoa tem que enviar as comunicações,
tem que fazer as nossas News então pode deixar de lado para realmente conseguir
focar em questões pouco mais estratégicas voltadas ao Employer. Então, eu vejo
que sim, o fato de ser uma área nova tem influência, mas existe outro lado de que
hoje a gente não tem uma plataforma ou ferramentas que possam auxiliar ali para
desafogar essa questão operacional.
Mariana Magalhães:
Entrevistado 06:
Entendi. E aí mesmo com toda essa parte operacional que o Employer faz e
após poucas estratégias como que você acha que uma pessoa que está fora da
empresa enxerga a *CONFIDENCIAL*. Como que a *CONFIDENCIAL* é vista no
mercado de trabalho?
Entrevistado 06:
Acho que pode variar bastante, tá? Acho que existem algumas questões que
da forma como a gente vende ou as pessoas falam pode ser vista de forma positiva
ou negativa. Então, vejo que a *CONFIDENCIAL* é vista como uma empresa que
hoje possui bastante oportunidade de crescimento e desenvolvimento e isso vem
atrelado a uma rotina de trabalho intensa. Então, eu vejo que esses são principais
pontos que são falados de diferentes formas ali pelas pessoas, mas que podem
tendenciar para lado muito positivo da oportunidade de crescimento e
desenvolvimento mas para algumas pessoas pode também ser ali para a questão
da rotina mais intensa de trabalho.
Mariana Magalhães:
Entendi. Legal que outras pessoas também disseram exatamente isso, que a
*CONFIDENCIAL* é uma empresa muito desafiadora. E isso filtra muito para ver
quem vai se candidatar e para ver quem às vezes não está preparado pra isso.
Sim, só que daí eu acho que ponto interessante a gente destacar é que eu não
estou em contato ali no front com essas questões do recrutamento em si. Mas eu
estou em contato direto com o desligamento, então com as entrevistas de
desligamento. E no desligamento e pesquisas de clima internas a gente percebe
muito essa questão da rotina de trabalho intensa, sendo dito. E não tantas questões
voltadas ali a essa oportunidade de crescimento e de desenvolvimento. Então eu
não sei antes das pessoas entrarem, por exemplo, o outro ponto é mais ressaltado e
depois que elas entram, elas acabam tendo essa modificação ali na visão. Então,
talvez se você conseguir relacionar com os comentários dos outros pessoas, nas
entrevistas, seria uma análise interessante.
Mariana Magalhães:
Entrevistado 06:
Mariana Magalhães:
Entendi. Foi conversado sobre isso também, e uma das pessoas falou que foi
algo que fez com que ela pensasse, realmente porque foi algo que não foi alinhado
quando ela fez a entrevista, mas agora eles estão modificando o processo porque
pessoas entrem realmente sabendo de como vai acontecer, de como que é o dia a
dia, como que é a rotina.
Entrevistado 06:
Aham, legal.
Mariana Magalhães:
Uma pergunta, então, para a gente finalizar. Em um mundo ideal sem fatores
externos, em processos e até em questões financeiras o que você acha que o
Employer poderia fazer aí dentro da *CONFIDENCIAL*?
Entrevistado 06:
Mariana Magalhães:
Muito obrigada. Então, era isso que eu queria saber você. Obrigada pelo seu
tempo. Desculpa atrapalhar essa correria. E o que você falou, as suas falas são
super alinhadas às outras entrevistas. Todo mundo está bem alinhado às falas, a
tudo que foi conversado, a questão do que seria o mundo ideal, o que o employer é
feito hoje em dia. Então, isso, muito obrigada.