Didactica Delgunda

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A importância da Planificação do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) no


Trabalho Docente

Delgunda Manuel Veríssimo - Código: 708221135

Licenciatura em Ensino de Biologia

Didáctica Geral

4º Ano

Turma “U”

Nampula, Julho de 2022


Folha de Feedback

Classificação
Indicadores Padrões Máxima Nota Subtotal
Categoria Pontuação do
Tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacio  Discussão 0.5
nais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação Clara do 1.0
Introdução problema)
 Descrição dos 1.0
Objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
Conteúdo do trabalho
Análise e  Articulação e domínio
discussão do discurso
académico (expressão 2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação  Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas  Rigor e coerência das
Referência APA 6ª citações/referências
s edição em bibliográficas 4.0
Bibliográfi citações e
cas bibliografia

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ii
Índice

Folha de Feedback......................................................................................................................2

Introdução..................................................................................................................................4

1. A importância da planificação do processo de ensino e aprendizagem (PEA) no trabalho


docente.......................................................................................................................................5

1.1. Breve contextualização da planificação......................................................................5

1.2. Características de um bom plano de ensino................................................................6

2. Planificação do processo de ensino e aprendizagem..........................................................7

2.1. Níveis de planificação.................................................................................................8

2.2. Importância da planificação........................................................................................9

Conclusão.................................................................................................................................11

Bibliografia..............................................................................................................................12

Anexo.......................................................................................................................................13

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Introdução

O presente trabalho tem como tema: A importância da planificação do processo de ensino e


aprendizagem (PEA) no trabalho docente, pretende-se neste trazer abordagem a respeito da
planificação e a sua implicação pedagógica. O tema surge em virtude daquilo que se vive no
mundo educacional especificamente na prática docente no que tange à planificação. Olhando
que a planificação na prática docente permite ao professor desenhar os objectivos e prever
todas acções a serem materializadas, ela também é importante para este efeito, isto porque,
uma aula bem planificada pode possivelmente responder as necessidades esperadas
diferentemente de uma aula improvisada. Neste âmbito, sem descartar as orientações
metodológicas, o trabalho tem como objectivos:

Objectivo geral

 Mostrar a importância da Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem na


prática docente.

Objectivos específicos

 Analisar a planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem na sala de aula;


 Identificar momentos de planificação;
 Descrever caminhos usados para planificação.

Quanto à metodologia, para a produção do trabalho recorreu-se à fontes bibliográficas


condizentes ao tema, citadas ao decorrer do trabalho e citadas na pagina de bibliografia.

Neste âmbito, o trabalho está organizado de seguinte forma: Introdução (No qual traz uma
abordagem estrutural do trabalho); Desenvolvimento (Explanação resumida e não acabada
sobre planificação) e por fim Conclusão (trás uma síntese necessária a respeito das
abordagens feitas).

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1. A importância da planificação do processo de ensino e aprendizagem (PEA) no
trabalho docente

1.1. Breve contextualização da planificação

Segundo Bardin (2004, p. 54), há duas razões importantes que justificam a necessidade do ser
humano planificar com antecedência as suas actividades: existir como um ser racional, tendo
a tendência de reflectir sobre o que faz; coordenar as suas actividades com as dos outros,
porque vive em grupo e tem de se relacionar com outras pessoas. Para além destes aspectos, a
planificação também orienta as pessoas nas suas vidas, auxiliando na resolução de problemas
e na reflexão de todos os seus actos.

É uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos da sua
organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e
adequação no decorrer do processo de ensino. O planeamento é um meio para se programar
as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação.

A planificação assume grande importância na prática profissional. De acordo com Cortesão


(1993), ela exige muita dedicação, capacidade de articular e reflectir e também muito estudo,
para que se traduza em resultados positivos. O professor deverá seleccionar, organizar e
apresentar o conteúdo ao aluno, recorrendo à imaginação e à criatividade, a fim de garantir o
interesse do aluno e ao mesmo tempo ir ao encontro das suas necessidades.

A planificação emerge assim como um processo sistematizado, mediante a qual se pode


conferir maior eficiência às actividades educacionais para, em determinado prazo, alcançar
um conjunto de metas estabelecidas ou repensar sobre os objectivos não atingidos. Nesta
ordem de ideias, reconhecemos a pertinência e a relevância da planificação docente na
melhoria da qualidade de todo o processo educativo, considerando oportuno que essa
temática se constituísse em nosso objecto de estudo nesta investigação.

Definindo a planificação docente Cortesão, (1999, p. 133), afirma que ela consiste numa
racionalização do processo educativo fixando os objectivos a atingir num certo espaço de
tempo, estabelecendo os meios para os conseguir, evitando a repetição de aprendizagens já
conseguidas, estudando melhor o emprego de recursos e seleccionando situações que vão

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permitir dar conta da sua eficácia, tudo isto numa perspectiva de optimização e maximização
do processo educativo.

A planificação apresenta-se como determinante para o sucesso educativo, uma vez que abarca
a reflexão de todos os aspectos da acção (Zabalza, 2003). Segundo este autor, é importante
reflectir sobre algumas questões, como “o que se pretende planificar?”, “o que se deve ter em
conta quando se planifica?”, “o que se faz quando se planifica?”, ou “o que pode influenciar a
planificação?”. Todas estas questões são cruciais na planificação, visto que definem o quê,
porquê, como e quando esta deve ocorrer.

Nas palavras de Zabalza (2003), planificar consiste em:

Converter uma ideia ou um propósito num curso de acção. Prever possíveis


cursos de acção de um fenómeno e plasmar de algum modo as nossas
previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de
representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca das razões pelas quais
desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano para as
concretizar (p. 48).

Nesta vertente, a planificação do professor é a principal determinante daquilo que é ensinado


nas escolas. O currículo, tal como é publicado, é transformado e adaptado pelo processo de
planificação através de acrescentos, supressões e interpretações e pelas decisões do professor
sobre o ritmo, sequência e ênfase.

O plano é a formalização sistematizada e justificada de um conjunto de decisões tomadas,


relativas à acção, envolvendo desse modo, uma discussão prévia sobre os fins e objectivos do
planeamento. Não se apresenta como um documento rígido e absoluto, variando conforme os
diferentes momentos do processo de planejar, envolvendo naturalmente desafios e
contradições. Para que se constitua num instrumento eficiente de acção, precisa apresentar
directrizes claras, práticas e objectivas.

No que tem a ver com a planificação Saénz (1989, p.110), sublinha que é um desenho ou
síntese global e antecipatória do processo unitário de instrução, ou seja, do que o professor e
o aluno vão realizar na turma.

1.2. Características de um bom plano de ensino

Elaborar um bom plano de ensino envolve: os objectivos que se pretende alcançar, os


conteúdos seleccionados e organizados de forma coerente com as especificidades do curso e

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as características e expectativas dos estudantes, bem quanto, a estreita articulação com as
áreas ou disciplinas afins.

Contudo é preciso ir mais além e considerar a necessidade do plano:

 Apresentar os objectivos passíveis de serem executados;


 Utilizar recursos que favorecem a sua execução;
 Propor conteúdos que permitam alcançar os objectivos propostos;
 Atribuir às actividades, tempo que permita o desenvolvimento e aprendizagem dos
conteúdos, em seus diversos níveis de complexidade.

O docente necessita ver seu objectivo como um momento de chegada e trabalhar as


competências em função dele. Só desse modo o professor deixa de ser um simples executor e
transforma-se em um profissional capaz de atribuir um sentido ao seu trabalho.

2. Planificação do processo de ensino e aprendizagem

Planificar é analisar uma dada realidade, reflectindo sobre as condições existentes, e prever
as formas alternativas de acção para superar as dificuldades ou alcançar os objectivos
desejados. Ou seja, planificar é repartir um determinado número de tarefas pelo tempo
disponível (que deve ser o necessário e suficiente), de forma organizada, garantindo, assim, o
alcançar dos objectivos pretendidos. Já a planificação é um processo mental que envolve
análise, reflexão e previsão. Ela visa prever o modo como o processo de ensino e
aprendizagem vai ser desenvolvido.

Em relação a este aspecto, Zabalza (2003, p. 47), por sua vez, ressalta que a planificação é
um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas
num projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca das
razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano para
concretizar.

Ainda, em conformidade com Gama et al (S.d), a Planificação docente É uma actividade que
consiste em definir e sequenciar os objectivos do ensino e da aprendizagem dos alunos,
determinar processos para avaliar se eles foram bem conseguidos, prever algumas estratégias
de ensino/aprendizagem e seleccionar recursos/materiais auxiliares.

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Nestes termos, podemos acrescentar que planificar é determinar o que deve ser ensinado,
como deve ser ensinado e o tempo que se deve dedicar a cada conteúdo e prever estratégias
para a aquisição e a aprendizagem eficazes por partes dos alunos.

No entanto, como área de um processo que inclui também a execução e a avaliação, a


planificação deve ser reformulada quando, na execução ou na avaliação, se detectarem
insuficiências ligadas ao modo como foi feita essa planificação. O acto de planificar
pressupõe responder às perguntas seguintes:

a) Para quem é que se está a organizar o trabalho? (os alunos);


b) Para quê levar a cabo este trabalho? (objectivos)
c) Que assunto se vai estudar? (conteúdos)
d) Como é que se vai realizar o trabalho? (estratégias)
e) Quanto tempo se vai gastar? (tempo previsto)
f) Em que medida foi conseguido? (avaliação)

Na perspectiva de Pacheco (1990, p. 32), planificação docente significa organizar no tempo e


no espaço, em doses de rentabilidade, as determinantes dos programas, considerados, em
função das ambiências concretas e especificidades inerentes as linhas estratégias mais
adequadas.

Há, ainda, a ter em conta dois factores importantes: a sequência lógica das aulas de uma
mesma unidade e de uma unidade com a seguinte; e uma certa flexibilidade que permita, por
lado, ir ao encontro dos interesses dos alunos e, por outro, a partir dos dados colhidos na
avaliação, fazer reajustamento.

2.1. Níveis de planificação

Parafraseando Zabalza (2003, p. 85), que a planificação docente constitui uma das funções
executivas do ensino em que o docente toma decisões em relação a aquilo que deve ser
ensinado (que metodologias, que material didáctico, que recurso). Neste processo ainda,
considera os resultados esperados, assim o currículo é transformado e adaptado pelo processo
de planificação docente através de acrescentos, supressões, interpretações e decisões do
docente. A planificação do PEA realiza-se em dois níveis fundamentais: o central e o do
professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola.

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Ao nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (ao nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída
do nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. A partir do qual se faz:

 A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;


 A distribuição destes objectivos pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas
unidades do PEA.
 A elaboração dos programas detalhados por disciplina;
 A elaboração do livro do aluno, do manual do professor e de outros meios de ensino-
aprendizagem com base nos programas detalhados.

Ao nível do professor, a planificação começa, juntamente com outros colegas, com a


elaboração do plano anal da disciplina, geralmente denominada dosificação, na qual o grupo
de disciplina faz a distribuição das unidades de ensino em semana, prevendo momentos de
aula, de avaliações, para além de outras que mereçam destaque na planificação anual ou
semestral. Depois, o professor individualmente ou em grupo faz o plano de aula(s).

2.2. Importância da planificação

A importância dada a planificação não significa que se nega que “as melhores aulas surjam
de repente, por causa de uma palavra, de uma insignificância em que o professor não tinha
pensado antes”. Uma aula pode e muitas vezes deve “acontecer”, porque uma coisa é a aula
inerte no papel e outra é a aula viva, dinâmica, que a trama complexa de interpelações
humanas, a diversidade de interesses e características dos alunos não permite ser um decalque
do que está no papel. Estes alunos, aqueles alunos, os factos que ocorrem no meio fazem as
aulas acontecer (Libâneo, 1992, p. 62).

Mas isto não significa de modo algum que não tenha importância o tal “fio condutor”, que
existe numa planificação. Significa é que ele não pode ser um fio rígido, mas sim flexível ao
ponto de permitir ao professor inserir novos elementos, mudar de rumo, se o exigirem as
necessidades e/ou interesses do momento se, de repente, se descobre uma forma mais rica,
mais original ou mais adequada de explorar determinado assunto. A propósito desta questão
de o plano de ensino concebido nem sempre corresponder com o que se passa realmente na
sala de aula, importa salientar que este é um instrumento de acção, devendo servir como guia
de orientação, apresentar ordem sequencial, objectividade, coerência e flexibilidade.

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a) Ajuda o professor a definir os objectivos que atendam os reais interesses dos alunos;
b) Possibilita ao professor seleccionar e organizar os conteúdos mais significativos para
os seus alunos;
c) Facilita a organização dos conteúdos de forma lógica, obedecendo a estrutura da
disciplina;
d) Ajuda o professor a seleccionar os melhores procedimentos e os recursos, para
desencadear um ensino mais eficiente, orientando o professor no como e com que
deve agir;
e) Ajuda o professor a agir com maior segurança na sala de aula;
f) O professor evita a improvisação, a repetição e a rotina no ensino;
g) Facilita uma melhor integração com as mais diversas experiencias de aprendizagem;
h) Facilita a integração e a continuidade do ensino;
i) Ajuda a ter uma visão global de toda a acção docente e discente;
j) Ajuda o professor e os alunos a tomarem decisões de forma cooperativa e
participativa.

Isso significa, de facto, que os planos podem tomar, na prática, no momento de execução, um
sentido novo que as circunstâncias provocarem. A planificação, que se transformou neste
caso, em recurso aparentemente não utilizado, funciona agora como um marco de referência
em relação ao qual se identifica o que de forma inesperada se atingiu, evidenciando também o
que, não deixando de ser importante, não se conseguiu atingir (Libâneo, 1992, p. 41).

Ao falarmos da planificação das aulas, sobretudo da sua importância, compreendemos porquê


a aula não pode ser um improviso, cada aula enquadra-se dentro dum universo do sistema de
saberes que se pretendem sejam propriedade dos alunos mediante o PEA, os quais estão
interligados e respondem à interesses curriculares. Estamos, portanto, cientes que cada aula
dada, significa aula planificada, não que isso signifique que o que vai acontecer na sala de
aulas é uma simples reprodução mecânica do plano.

O plano de aula é um instrumento flexível, aliás, o momento de aula é dinâmico por envolver
uma relação dialéctica entre alunos e destes para com o professor, o que suscita reacções,
interacções, à ajustar/equilibrar, de forma à que o PEA respeite o ritmo do que se passa
efectivamente na sala de aula: dificuldades de aprendizagens dos alunos, perguntas e
contribuições dos alunos, recursos existentes na sala de aula antes não previstos mas que têm
grande potencialidade para a aprendizagem dos alunos, tempo (disponibilidade e escassez).

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Conclusão

Em jeito de considerações finais, a importância da planificação no Processo de Ensino e


Aprendizagem permite prever acções a serem materializadas por parte do Professor. Neste
sentido comparar a planificação da aula a um mapa de estrada, para se chegar a um destino é
necessário: traça-se um caminho, embora durante o percurso pode ocorrer desvios e no final
chegar ao sítio pretendido. Assim a planificação não deve ser rígida. Pelo contrário, deverá
ser uma previsão do que se pretende fazer, tendo em conta as actividades, material de apoio e
essencialmente o contributo dos alunos. Privilegiando as relações pessoais entre todos os
membros do grupo-turma, e fazendo com que os alunos se sintam como elementos no
processo educativo.

Verifica-se também que os professores ao planificarem devem essencialmente pensar no


aluno como um ser pensante, reflexivo sobre a sua acção, capaz, de saber escutar, liderar,
agregar e trabalhar individualmente tanto como num grupo. Por isso terá de ter um explícito
método e estratégias conducentes de trabalho que promovam a interactividade, a
coordenação, cooperação e colaboração entre o professor e o aluno e entre os próprios
estudantes, para que o conhecimento construído seja interiorizado, ou aprendido com a
participação de todos no grupo- turma.

Para tal, a planificação docente procura respostas antecipadas para necessidades educativas
dos alunos tendo em conta a sua diversidade. Assim, o docente torna-se mais competente em
gerir a diversidade na sala de aula tanto em termos de estilos cognitivos dos alunos como em
termos de comportamentos procurando satisfazer os seus anseios de filiação com os outros e
de auto-realização, aspectos, esses, considerados de suma importância para o reforço da
motivação na sala de aula.

11
Bibliografia

Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo. (3.º ed.). Lisboa: Edições 70.

Cortesão, L. (1993). A avaliação formativa: que desafios?.Cadernos Pedagógicos. Porto:


Edições ASA.

Libâneo, J. (1992). Didáctica. Cortez Editora; São Paulo.

Pacheco, J. (1990). Planificação Didáctica: Uma abordagem prática. Braga: Centro de


Estudos Educacionais e Desenvolvimento Comunitário - Universidade do Minho.

Piletti, C. (1990). Didáctica. Cortez Editora; São Paulo.

Zabalza, M. (2003). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola (7.ª ed.). Porto:


Edições ASA.

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Anexo

Escola Secundária de Mazua Nome da Prof.: Delgunde M. Veríssimo

Disciplina: História Data: 14 de Julho de 2011

Unidade Temática II: Moçambique: Da comunidade primitiva ao surgimento das sociedades


de exploração. Duração: 45’

Tema: O Estado dos Mwenemutapa Tipo de Aula: Inicial

Objectivos Específicos: Número de Alunos: 75

Identificar as formas de conquista e o Sistema administrativo. 12ª Classe Turma A1.

Explicar o sistema Politico, económico e Demográfico;

Descrever todo movimento dos Mwenemutapa.

Plano de Aula

Função Actividade
Tempo Didáctica Objectivos Conteúdo Meios Métodos Professor Aluno
-Saudar os alunos; -Responder a saudação;
Livro de -Trabalho -Apresentar-se aos -Prestar atenção a
Analisar a Historia; Independente; Alunos; apresentação do
formação do -Apresentação da Mapa, -Elaboração Marcar presenças caso Professor
10’ Introdução Império dos Professora; Caneta; Conjunta seja necessário; -Passar o tema no seu
e Mwenemutapa -Apresentação do Caderno, Colocação do tema no caderno
Motivação Tema: O império Quadro; quadro;
dos Apagador Orientar uma breve
Mwenemutapa leitura sobre o império
dos Mweneputapa.

Explicar o
Mediação sistema Livro de Interrogativo; Explicar o Processo de Descrever sobre o
15’ e Politico, A Formação do Historia; Activo. Formação do Império, processo de formação
Assimilaçã Económico e Império dos Quadro; isto é, no âmbito politico, do império suas
o Demográfico Mwenemutapa Giz. Económico e manifestações em todos
Demográfico. âmbitos.

Exercícios de Quadro; Trabalho 1. a). Descreva de forma Deve ser capaz de


15’ Domínio e Explicar sobre Aplicação Giz; independente sumaria o processo de descrever de forma
Consolidaç as formas de Livro do Formação do império; sintética o percurso do
ão conquista Aluno; b). Quais foram as causas Império e causas que
Caderno do da decadência do levaram a decadência
aluno; império? do mesmo.
Esferográfica.

13
Quadro; 1. Esquematize a
Mencionar T.P.C Giz; Trabalho estrutura
5’ Controle e actividades de Qual era Livro do independente política do
Avaliação outros actividade das Aluno; império de Fazer a estrutura
membros dos Mushas? Caderno do Mwenemutapa. politica do império,
Mwetemutapa aluno; -Orientar os alunos através do que
Esferográfica. procedimentos a seguir assimilou.
na resolução dos
exercícios.
Pede voluntários para
entrar no debate.

Apontamentos

1. O império dos Mwenemutapa

O Estado/império dos Mwenemutapa nasceu da desintegração do estado do Zimbabwe por


volta do ano 1440-1450, quando Mutota juntamente com os seus exércitos invadiu o planalto
Zimbabweano vindo fixar-se em Moçambique. A capital do império era Dande. O grosso dos
efectivos do grupo invasor deu origem no vale do Zambeze a uma etnia denominada pelos
povos locais por Macorecore. Constituíram excepção da subordinação os Tonga,
matrilineares porque não falavam a língua Chona.

A decisão de Mutota mudar- se para o próximo do rio Zambeze com uma parte da população
karanga foi motivada pelos seguintes factores:

Políticos: As contradições surgidas entre os chefes dos clãs Rozwi e Torwa pelo controlo do
comércio com a costa.

Económicos: O Zambeze é uma óptima via de comunicação e de transporte de mercadorias.

Demográficos: O aumento populacional numa região pouco fértil, como era a região do
grande Zimbabwe.

Naturais: A redução do caudal das águas do rio Save, dificultando a comunicação o com a
costa.

1.1. Formas de Conquista

Como fizemos referência anteriormente, cerca de 1450, Mutota, o chefe das populações
Karanga evadindo-se do planalto do Zimbabwe reúne numerosos guerreiros e através de

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violentas campanhas militares submete a maior parte da população das imediações do
Zambeze.

Embora tenhamos feito menção a alguns factores, não são muito claras as razões dessa
invasão. Na sequência desta conquista do norte do planalto Zimbabweano pelos exércitos de
Mutota, desenvolveu-se entre os rios Mazoe e Luia o centro dum novo estado, chefiado pela
dinastia dos Mwenemutapa.

Após a morte de Mutota, tomou o poder seu filho Matope que prosseguiu as acções de
conquista, estendendo o seu poder por vários reinos vizinhos.

1.2. Sistema Administrativo

O império dos Mwenemutapa era, como dissemos, uma aliança de tribos Chona que se
agruparam sob a autoridade dum chefe da tribo Rowzi. Este reinava como um grande senhor,
tendo vários outros reis ou chefes sob a sua autoridade. Estes reis eram obrigados a pagar um
imposto anual ao Mwenemutapa. Cada um deles vivia numa cidade de pedra Zimbabwe. Os
reis vassalos tinham poder administrativo sobre os seus reinos, mas eram obrigados a prestar
contas ao senhor máximo, ou seja ao imperador Mwenemutapa.

1.3. Estrutura Politica

Esquematicamente a estrutura político administrativa pode ser representada da seguinte


maneira:

1. Mambo: chefe supremo.


2. Mazarira, Inhahanca e Nambuiza: três principais esposas do soberano com
importantes funções na administração.
3. Nove altos funcionários: responsáveis pela defesa, comércio, cerimónias mágico-
religiosas, relações exteriores, festas, etc.
4. Fumos ou Encosses: chefes provinciais
5. Mukuru ou Mwenemusha: chefes das comunidades aldeãs ou das Mushas.
6. As Mushas

O mambo possuía alguns funcionários subalternos: Mutumes (mensageiros) e os Infices


(guarda pessoal do soberano Mambo).

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