Aula TP Due Apontamentos Aulas Praticas
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Tramitação prejudicial:
A tramitação prejudicial pode ser arrumada segundo duas
categorias: tramitação prejudicial comum ou então uma tramitação
especial que se subdivide em tramitação especial urgente e tramitação
especial acelerada cujo regime jurídico resulta dos artigos 107 e 105 do
regulamento do processo e do art.º 23- A do estatuto do tribunal de
justiça da união europeia. Ambas as tramitações foram pensadas para
reduzir o tempo que o TJ tem para decidir. A tramitação acelerada tem
em vista abreviar o processo de reenvio prejudicial cabendo ao TN que
faz o reenvio prejudicial em regra requerer ao TJ que decrete esta
tramitação, pois só excecionalmente o TJ a decretará oficiosamente. O
que acontece aqui é que os prazos para apresentação de observação
escritas é comprimido já que, enquanto na tramitação comum é de 2
meses aqui não pode ser inferior a 15 dias, mas poderá cifrar-se muito a
quem desses 2 meses e ela será decretada se se demonstrar um
particular interesse e alguma urgência em que o TJ decida rapidamente e
foi o que aconteceu no acórdão Jippes. Na tramitação urgente para além
da demonstração casuística da urgência tem de existir uma circunstância
relativa ao espaço de liberdade, segurança e justiça, ou seja, as matérias
incorporadas no art.º 67 e ss. Do TFUE. Exemplo: cooperação judiciária
em matéria civil como acontece no acórdão McB. Para esta tramitação
ser rápida os prazos das apresenteções de observações escritas e orais
são reduzidas, não estando fixados e o Tj fixa um prazo breve e em
circunstancias de extrema urgência poderá prescindir-se da sua
elaboração e da própria audição do advogado-geral.
Como vimos, o acórdão Gomes Valente demonstra a alteração de
paradigma associada ao reenvio prejudicial na medida em que apesar de
ser o STA português, aquele que gozava de competências para realizar o
reenvio, ele poderá ser sensibilizado para a sua realização a partir das
partes, inclusivamente nos seus articulados poderão minutar a questão
prejudicial, o que aconteceu no caso concreto. Isto demonstra a
dimensão. aquela que releva para a tutela jurisdicional efetiva ao colocar
em evidencia o papel que os litigantes têm para o desenvolvimento
efetivo da União. No caso a necessidade do reenvio e o seu próprio
conteúdo foram sugeridas pela parte tendo o STA adotado as questões
dadas pela parte.
a sede mãe não sai do seu Estado de origem, mas coliga-se ou abre
uma filial em outro EM).
Esta liberdade de estabelecimento, para além da presença permanente
noutro estado, também pressupõe que a atividade prosseguida deve ser
uma atividade genuína – se a atividade da filial for acessória ou
secundaria não deve poder ser encaixada no Direito de Estabelecimento.
As restrições estão presentes no art.º 62 com remissão para o 52º. São
proibidas a não ser que fundamentadas pelos mesmos motivos que a
liberdade anterior. Não pode violar o Princípio da não discriminação e da
proporcionalidade.
Acórdão Gebhard, processo 55/94
Traça o parâmetro de distinção entre a liberdade de
estabelecimento e a liberdade de prestação de serviços:
Devemos observar 3 caraterísticas: Instalação de um centro de
atividade comercial ou profissional num EM diferente de onde é
originaria; exercer a atividade ou aceder a uma atividade de forma
estável e continua; E por tempo indefinido.
O Direito de Estabelecimento – este acórdão diz que estamos diante uma
entidade com instalação duradoura, clientes indeterminados e que se
encontram no novo EM e exercem a atividade de forma continua e
estável.
Livre prestação de serviços – não implica a existência de uma instalação
duradoura, entretanto a existência de se arrendar um escritório ou
espaço físico de forma temporária não significa necessariamente a
configuração de um domicílio profissional. Os clientes são previamente já
identificados e atividade exercida temporariamente que se afere através
da duração, frequência, periodicidade e continuidade da prestação de
serviços.
Aula TP 4 de maio:
Contencioso de legalidade
Ação por incumprimento: art.º 258 a art.º 260
A ação por incumprimento representa um mecanismo de reação
adequado a reagir às violações de DUE imputáveis aos Estados
membros. Os artigos não definem incumprimento tendo sido o TJUE que
foi na sua jurisprudência densificando, entendo e concretizando como
sendo mais amplo do que uma mera violação do tratado podendo
também consubstanciar-se na violação de normas de direito derivado
que os concretizem e esse incumprimento pode dar-se por duas razões:
ação imputável ao EM ou uma omissão.
A ação resulta de uma conduta estadual tendente à adoção de um
ato legislativo, administrativo ou judicial contrário ao Direito da União e
por sua vez a omissão consubstancia o incumprimento e resulta
normalmente da inação do Estado em adequar o seu ornamento jurídico,
algo que resulta de uma obrigação imposta pelo Direito da União: pode
ser inação absoluta ou temporária. O exemplo paradigmático disto é a
não transposição de diretivas. Este contencioso foi durante anos
grandemente vocacionado a retificar incumprimentos do direito da união
decorrentes de não transposição de diretivas.
Aula TP 11 de maio:
Com o Tratado de lisboa a CDFUE ganhou força vinculativa
e assume-se hoje como tendo o mesmo valor que os outros Tratados. É
assim que surge na EU um catálogo de DF que não se confunde com a
proteção de direitos humanos de caráter regional propiciada pela
Convenção Europeia dos Direitos do Homem, aplicada pelo TEDH, no
entanto, como iremos ver, apesar de ambas as ordens jurídicas não se
confundirem, a proteção de Direitos Humanos de caráter … irá atuar
como referencial interpretativo da Carta ajudando a entender qual o
padrão de proteção. Do mesmo modo, também as tradições
constitucionais comuns aos Estados membros irão atuar como esse
referencial interpretativo das disposições da Carta, sendo que é da
mobilização destes padrões e da própria proteção jus fundamental