Trabalho de Fisiologia Geral

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema de Trabalho

Mecanismo da adaptação funcional no processo do treinamento

Nome do Estudante: Adija Issa Saide Saide

Código do Estudante: 708233634

Curso: Licenciatura em ensino de Educação Física e Desporto


Disciplina: Fisiologia Geral
Ano de Frequência: 2º Ano

Turma: C

Nampula, Maio, 2024


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 1

2. Objectivo Geral ........................................................................................................................ 1

2.1. Objectivos específicos ...................................................................................................... 1

3. Metodologia Usada .................................................................................................................. 1

4. Mecanismo da adaptação funcional no processo do treinamento ............................................ 2

4.1. Adaptação ............................................................................................................................. 2

4.2. Tipos de adaptações .............................................................................................................. 3

4.3. Mecanismo molecular da contracção muscular .................................................................... 3

4.4. Contracção ............................................................................................................................ 4

4.4.1. Contração muscular ........................................................................................................ 4

4.5. Glicólise anaeróbia ............................................................................................................... 8

4.6. Processo de contração muscular ......................................................................................... 10

4.6.1. A fase neuronal............................................................................................................. 10

4.6.2. A fase motora ............................................................................................................... 11

4.7. A importância da contracção muscular ............................................................................... 12

5. Conclusão ............................................................................................................................... 13

6. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 14


1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Fisiologia Geral, visa abordar sobre o tema mecanismos
adaptação funcional no processo de treinamento e desenvolveu- se com os seguintes subtemas
Mecanismo molecular da contracção muscular, conceito, importância sem deixar de trás o
funcionamento.

É importante referenciar que os seres biológicos experimentam adaptações bioquímicas,


estruturais e funcionais desde o princípio da vida. Tais adaptações dão-se a partir de uma
frequência de estímulos físicos ou químicos presentes no ambiente.

Segundo Lehmkuh & Smith (1997), afirmam que na contração muscular, a actina desliza sobre
os filamentos da miosina, que conservam seus comprimentos originais. A contração se inicia na
faixa ansiotrópica, ou A, onde a actina e a miosina se sobrepõem.

O trabalho está estruturado de forma simples, de modo a facilitar a sua leitura e compreensão,o
mesmo foi elaborado com base nas normas APAs 6ª edição estabelecidas pela UCM, desde
aintrodução, desenvolvimento do conteúdo, conclusão, a referência bibliográfica e o modelo das
citações.

2. Objectivo Geral

✓ Conhecer os mecanismos adaptação funcional no processo de treinamento .

2.1. Objectivos específicos

✓ Definir a Contração muscular;

✓ Distinguir a substância contrátil do músculo;

✓ Mencionar os mecanismos molecular da contracção muscular

3. Metodologia Usada
Para a materialização do presente trabalho, foram usados vários manuais, o módulo de da cadeira
de Fisiologia e o uso de internet, conforme são apresentados nasreferências bibliográficas.
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4. Mecanismo da adaptação funcional no processo do treinamento

4.1. Adaptação
Adaptação é a capacidade que tem os seres vivos de manter o equilíbrio diante dos estímulos que
incidem sobre eles, graças às modificações que se produzem em seus órgãos e sistemas.
Adaptação pode ser entendida também como um processo através do qual o homem se adéqua às
condições naturais, de vida, de trabalho, etc., que leva a uma melhora morfológico-funcional do
organismo, assim como um aumento da potencialidade vital e de sua capacidade não específica
de resistir aos estímulos ambientais (objetivo maior do treinamento).

segundo Bompa (2002), diz que a adaptação ao treinamento, é a soma das transformações
estruturais e fisiológicas, ocorridas em virtude da repetição sistemática de exercícios, que
resultam de uma exigência específica que os atletas impõem aos seus organismos, dependendo do
volume,da intensidade e da freqüência do treinamento.

A adaptação é a capacidade dos seres vivos se adequarem às mudanças através de modificações


nos órgãos e sistemas. No treinamento esportivo, a adaptação ocorre devido à repetição
sistemática de exercícios.

Para Platonov (1989), sublinha que as reações adaptativas crônicas compreendem quatro etapas:

1ª etapa: mobiliza sistematicamente os recuros funcionais do organismo quando submetido a


programas de treinamento com determinada finalidade, para estimular mecanismos de adaptação
crônicas, a partir da soma dos efeitos da adaptação aguda obtidas reiteradamente.

As reações rápidas de adaptação estãocondicionadas pela magnitude dos estímulos, pelo nível de
treinamento do sujeito e pela capacidade de seus sistemas funcionais de recuperar-se de modo
efetivo erápido.

2ª etapa: A partir das cargas que vão sendo incrementadas sistematicamente, se produz uma série
de transformações estruturais e funcionais nos órgãos e nos tecidos do sistema funcional
correspondente. Ao final desta etapa se observam necessariamente uma hipertrofia dos órgãos e

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uma harmonia das atividades e mecanismos que assegurema atividade do sistema funcional em
novas condições.

3ª etapa: Está se caracteriza por uma adaptação crônica estável que se traduz pela presença de
uma reserva indispensável para proporcionar um novo nível de funcionamento do sistema, de
estabilidade das estruturas funcionais e uma estreitarelação entre órgãos reguladores e executores.

4ª etapa: Aparece quando o treinamento está organizado de forma irracional,quando é muito


forte ou quando a alimentação ou recuperação são insuficientes. Se caracteriza pelo desgaste dos
componentes do sistema funcional. Esta etapa é um desafio para o profissional do treinamento
que deve evitar a este tipo de ocorrência

4.2. Tipos de adaptações


Progressiva (ou positiva): Conforme o treinamento é conduzido as adaptações vão ocorrendo,
obtendo níveis mais altos de aptidão física;

Os estímulos aplicados corretamentese refletem logo através da melhora dos vários sistemas e
órgãos, na sua economiafuncional e na recuperação.

Regressiva (ou negativa): Se o treinamento for interrompido por longo período de tempoa
adaptação se perde; a aplicação distorcida dos estímulos, por exemplo, com a relaçãoesforço e
recuperação inadequadas.O treinamento é um estímulo que se aplica ao sujeito para produzir
adaptações.

4.3. Mecanismo molecular da contracção muscular


O sinal para a contração do músculo esquelético inicia-se a partir de um impulso elétrico, de um
nervo, e é seguido por uma mudança química na célula muscular e pela contração, um processo
mecânico.

É importante referenciar que os seres biológicos experimentam adaptações bioquímicas,


estruturais e funcionais desde o princípio da vida. Tais adaptações dão-se a partir de uma
frequência de estímulos físicos ou químicos presentes no ambiente. Frente a esses estímulos, as

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células, os tecidos e os sistemas corporais reagem elaborando respostas de síntese ou de
degradação tecidual que podem resultar em novas formas e funções.

O treinamento físico realizado com frequência contempla um conjunto de estímulos capazes de


provocar a adaptação biológica e funcional do indivíduo, onde se pode registrar uma sequência
temporal desta adaptação.

Deste modo é de salientar que os estímulos subliminares não provocam mecanismos de adaptação.
Estímulos supraliminares, levam a processos positivos de adaptação, porém caso os estímulos
sejam demasiadamente fortes o processo adaptativo se torna negativo causando degeneração de
estruturas orgânicas, desfavorecendo o desenvolvimento ou a manutenção da aptidão física das
pessoas.

É de suma importância para os educadores físicos saber prescrever e orientar exercícios físicos
com a finalidade de colaborar com a melhora da qualidade de vida de seus alunos ou clientes,
através da otimização das capacidades físicas básicas necessárias à independência e à auto-estima.

4.4. Contracção
A contracção é definida como a ativação das fibras musculares com a tendência destas se
encurtarem. Ocorre quando o cálcio citosólico ([Ca2+]i) aumenta disparando uma série de
eventos moleculares que levam à interação entre miosina e actina, ocorrendo o deslizamento
desta última sobre os filamentos grosso e o encurtamento dos sarcômeros em série.

4.4.1. Contração muscular


O movimento é uma característica fundamental do comportamento humano, tanto para realizar
tarefas diárias como para actividades desportivas. Ele é realizado pela contracção dos músculos
esqueléticos que actuam sobre um sistema de alavancas e ligamentos. Isto porque o tecido
muscular é o único capaz de desenvolver tensões activas.

Entretanto, são raras as vezes em que o músculo esquelético desempenha uma função de maneira
isolada. Geralmente, os movimentos são executados por um conjunto de músculos, atuando em
grupo, na organização dos movimentos do corpo humano frete a tarefas desportivas, na fixação
de partes do corpo ou na manutenção da postura ereta.
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Quando um músculo é estimulado, varia o seu estado mecânico, e essa variação é chamado de
contracção. A contracção se manifesta pela variação da tensão e do comprimento do músculo,
assim como de outras propriedades mecânicas, tais como elasticidade e rigidez.

Segundo Lehmkuh & Smith (1997), afirmam que na contração muscular, a actina desliza sobre os
filamentos da miosina, que conservam seus comprimentos originais. A contração se inicia na
faixa ansiotrópica, ou A, onde a actina e a miosina se sobrepõem. Durante a contração, a faixa
isotrópica (I) diminui de tamanho, enquanto os filamentos de actina penetram na faixa A.
Concomitantemente, a faixa H, formada somente pelos filamento grossos (miosina) também se
reduz, à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos filamentos finos (actina). Isso irá
resultar em um grande encurtamento do sarcômero.

A contração muscular depende da disponibilidade de íons cálcio e o relaxamento muscular está


na dependência da ausência destes íons. O fluxo de íons cálcio é regulado pelo retículo
sarcoplasmático (RS), para a realização rápida dos ciclos de contração muscular. O RS é uma
rede de cisternas do retículo endoplasmático liso, que envolve e separa em feixes cilíndricos
grupos de miofilamentos

Quando despolarizado, o RS libera os íons cálcio passivamente até os filamentos finos e grossos.
Ao ser polarizado novamente, o RS transporta o íon cálcio de volta às cisternas, interrompendo a
atividade contrátil.

A contração uniforme de cada fibra muscular é responsabilidade do sistema de túbulos T. Esse


sistema é constituído por uma rede complexa de invaginações tubulares do sarcolema da fibra
muscular.

Nervos motores controlam a contração normal das fibras musculares esqueléticas. Ramificados
dentro do tecido conjuntivo do perimísio neste local de inervação, o nervo perde sua bainha de
mielina e forma a dilatação que se situa dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular.
Esta estrutura é chamada de placa neural ou junção mioneural, onde o axônio possui inúmeras
mitocôndrias e vesículas sinápticas, e libera acetilcolina, que se difunde através da fenda

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sináptica, da placa motora e vai se prender a receptores específicos aos sarcolemas das dobras
juncionais.

Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular, ou se ramificar e inervar até 160 fibras
musculares, formando uma unidade motora. O número de unidades motoras em determinado
músculo é relacionado com a delicadeza de movimentos requerida do músculo.

Importa referenciar que a fibra muscular estriada é constituida por uma membrana (sarcolema),
pelo citoplasma indiferenciado (sarcoplasma), pelas miofibrilas e pelos núcleos subsarcolêmicos.
O sarcolema, de importância fundamental para a contração muscular, constitui a membrana que
separa o meio interno, rico em íons potássio, e o meio externo, rico em íons sódio. Quando
íntegra, esta membrana permite apenas a passagem de íons positivos, e só no sentido de dentro
para fora; em vista disso, a disposição das cargas elétricas vizinhas a esta membrana adquire
característica especial, isto é, as cargas positivas ficam para fora do sarcolema e as cargas
negativas, para dentro.

Portanto, uma membrana com tal disposição das f cargas elétricas ao seu redor, diz-se polarizada,
ela será despolarizada por qualquer causa química, física ou mecânica capaz de alterar esta
disposição. O estímulo representado pelo influxo nervoso é responsável pela produção de
acetilcolina ao nível da terminação dos nervos nos músculos, a acetilcolina despolariza a
membrana sarcolêmica e, quando esta despolarização atinge um certo limiar, forma-se uma onda
de despolarização, que se propaga pela fibra muscular, provocando a contração.

Ê um processo semelhante ao que se passa num rastilho de pólvora, em que a energia utilizada
para a propagação do fogo é a própria pólvora colocada adiante. Assim, a onda de negatividade
caminha para fibra e custa das cargas elétricas positivas situadas adiante, de lado de fora da
membrana.

Neste caso, para que se processe a contração muscular, além do estímulo representado pelo
influxo nervoso, cujo modo de ação é ainda discutido, concorrem dois outros elementos: a
substância contrátil e a energia para contração.

A substância contrátil do músculo: é representada pela actomiosina.


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A energia para a contração: é fornecida pelo A T P (ácido adenosintrifosfórico), substância
dotada de radicais fosfóricos ricos em energia e que produzem, ao se libertarem, cerca de 10.000
cal. para cada radical fosfórico, sendo esta energia aproveitada sob a forma de energia química.

Actomiosina — A substância contrátil da miofibrila, ou actomiosina, não existe como tal na fibra
muscular relaxada. Neste estado, encontramos filamentos de actina e de miosina, separados uns
dos outros, dando a falsa impressão de estriação transversal vista nos exames histopatológicos
dos músculos

Os filamentos de actina e miosina são mantidos separados por meio de cargas elétricas, já que
existe no músculo um verdadeiro equilíbrio iônico, os grupos carboxílicos destas proteínas sendo
neutralizados pelos íons K¹,⁴. A actina existe no músculo sob duas formas: a actina G (globular) e
a actina F (fibrosa).

Relativamente a actina F é que se liga à miosina para formar a F-acto miosina.

A transformação da actina G em actina F depende da concentração de íons Na + , K + e M g + + .


A miosina, por outro lado, só se une à actina F quando ligada ao íon M g + + , formando o
miosinato de M g 3 .Isto demonstra a importância destes íons (Na + ,K + e M g + + ) na formação
da substância contrátil do músculo (F-acto miosina).

Uma vez chegado o influxo nervoso, a fibra muscular se despolariza e rompe-se o equilíbrio
iônico existente em seu interior, formando-se, então, a F-actomiosina. Esta possui uma função
chamada atepásica 3, capaz de libertar radicais fosfóricos ligados ao ATP, radicais cuja energia
será utilizada para que a contração se processe.

Nessas condições o ácido adeno-sintrifosfórico ( A T P ) é transformado no ácido


adenosindifosfórico ou ADP: F. Actomiosina + A T P -> Actina + Miosina + A D P + P O , H +
energia.

Entretanto, o músculo seria uma "máquina" de péssimo rendimento se não reaproveitasse as


radicais fosfóricos e o ADP libertados, para a ressíntese do ATP. O A T P é formado, no músculo,
por dois mecanismos.

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De acordo com Murray (1994) e Mqughn (2000) referem que, Em outras palavras o músculo é
somente uma máquina de puxar, e não uma máquina de empurrar. Assim sendo, um determinado
músculo deve ser antagonizar por outro músculo, ou outras forças, tais como a força elástica de
recusou força de gravidade.

A função dos músculos é gerar força a interna para a realização do movimento, e isso ocorre pela
transformação de energia química armazenada em trabalho mecânico. Em relação a essa
transformação de energia demostra ser o movimento essencial na transformação de formas de
energia, que é o aspecto fundamental no rendimento físico.( Machado, 2000).

Através do movimento, o sistema biológico humano transforma a energia, através de cálculos a


partir do consumo de oxigénio. Quando o músculo e estimulado, vária seu estado mecânico, e
essa variação é chamada de contracção.

a) Combinação da fosfocreatina com o ADP, resultando a formação de A T P e creatina, segundo


a reação.

Esta reação, que é reversível, constitui um meio de poupança de A T P pelo músculo, o qual pode,
nos momentos de grande necessidade, aprovei-tá-lo novamente.

b) Normalmente, entretanto, o A T P muscular é formado a partir do ADP e do fósforo rico em


energia no decorrer do mecanismo da glicólise.

A glicólise é realizada em duas fases a partir do glicogênio muscular. Numa primeira fase,
anaeróbia, há degradação da glicose até ácido pirúvico, o qual, quando persiste a falta de
oxigênio, é transformado em ácido lático.

A segunda fase, aeróbia, consiste nas reações do ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs que,
partindo do ácido pirúvico, vai até a formação de CO2 e H²O.

4.5. Glicólise anaeróbia


Consiste em uma série de reações químicas por meio das quais o glicogênio muscular é
transformado em ácido pirúvico.

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Nesta cadeia de reações há liberação de energia sob a forma de fosfatos que entram na síntese do
ATP à custa do ADP. Como resultado dessa fase anaeróbia, para cada 6 átomos de carbônio, ou
para cada molécula de glicose que reage, há formação de 3 moléculas de ATP, as quais
fornecerão energia para a contração muscular.

O músculo pode, assim, funcionar durante algum tempo em anaerobiose; esta persistindo, haverá
produção de ácido lático que se acumula no músculo, causando dor; entretanto, a reação é
reversível, em condições de oxigenação favoráveis, formando-se novamente ácido pirúvico a
partir do ácido láctico.

O tecido muscular é, no entanto, um tecido fundamentalmente aeróbio. É na fase aeróbia da


glicólise, na cadeia de reações conhecida como ciclo de Krebs, que se produz a maior quantidade
do combustível necessário para a contração muscular.

Ciclo aeróbio — no decorrer das reações do ciclo do ácido cítrico, a energia é liberada sob a
forma de radicais fosfóricos que são aproveitados novamente para a síntese do A T P muscular.
Para cada 6 carbônios ou 2 moléculas de ácido pirúvico formam-se 30 moléculas de ATP, cada
uma destas fornece 10.000 cal, portanto, cada 2 moléculas de ácido pirúvico propicia ao músculo
a produção de 300.000 cal.

Entretanto, esta energia não é liberada de uma vez e sim gradativamente, pois tal quantidade de
energia "queimaria" as proteínas celulares.

O músculo é, portanto, um tecido essencialmente aeróbio. Quando o trabalho muscular é muito


intenso, a quantidade de oxigênio utilizada pelo músculo é maior do que a quantidade que este
músculo pode receber por via sangüínea. Para que tal fato não ocasione imediatamente a
anaerobiose, com conseqüente produção de ácido lático, o músculo possui uma reserva de
oxigênio representada pela mioglobina.

A mioglobina, constituída por uma protoporfirina férrica, molécula semelhante à hemoglobina,


tem muito maior capacidade do que esta para acumular oxigênio, o qual é liberado quando o
músculo assim o necessita. Se as condições de anaerobiose persistirem há interrupção da glicólise
na fase de ácido pirúvico e ácido lático,a reação reversível.
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Com a chegada de oxigênio, dentro de um certo tempo, antes que haja destruição do músculo, há
novamente a formação de ácido pirúvico, iniciando-se, então, a fase aeróbia da glicólise, fase na
qual grande contingente de energia sob a forma de fosfatos é fornecida para a ressíntese do ATP.

Em síntese, pois, teremos:

1) Estímulo nervoso e conseqüente despolarização da membrana;

2) Rotura do equilíbrio iônico no interior da fibra muscular e conseqüente formação da


actomiosina;

3) Reação do A T P com a actomiosina, com produção de energia para a contração do músculo;

4) Ressíntese do ATP à custa do ADP e dos radicais fosfóricos ricos em energia, por dois
mecanismos, isto é, reação do ADP com a fosfocreatina e aproveitamento dos radicais fosfóricos
liberados nas fases aeróbia e anaeróbia da glicólise.

A contracção e o relaxamento dos músculos esqueléticos são controlados pela concentração de


cálcio no citosol. Normalmente, a concentração de cálcio no músculo é muito pequena, quando o
nervo motor estimula a fibra muscular, túbulos membranosos que ocorrem através da célula
muscular liberam cálcio. Esses ione cálcio ligam-se, então, a uma proteína reguladora chamada
troponina, localizada a intervalos ao longo dos filamentos delgados. A molécula de troponina
funciona como um gatilho. Ela sofre mudanças conformacional que ativa a função da ATPase das
cabeças das moléculas de miosina, iniciando a contração.

4.6. Processo de contração muscular


O mecanismo de contração muscular é dividido em fase neuronal e fase motora (Aires,1999).

4.6.1. A fase neuronal


Compreendida pela participação do cérebro, neurônios, medula espinhal e nervos. Esta fase
permite a transmissão de Neurotransmissores (ACETILCOLINA) do Sistema Nervoso Central
para placa motora. Portanto, ocorre as seguintes etapas:

1) Transmissão de acetilcolina entre neurônios;

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2) Liberação de acetilcolina na fenda sináptica;

3) Ligação entre acetilcolina e receptores;

4) Ocorre despolarização;

5) Liberação de Cálcio pelo retículo sarcoplasmático.

4.6.2. A fase motora


Está fase é responsável pela execução da contração muscular e suas etapas são as seguintes:

1) Cálcio se liga à troponina e desloca a molécula ;

2) O deslocamento da troponina permite a libração dos sítios de ligação;

3) Ocorre o deslizamento das fibras (ACTINA E MIOSINA);

4) Fica notório a aproximação das fibras presentes nos Sarcômeros;

5) Ocorre gasto de ATP.

Enquanto ione cálcio livres estiverem presentes no citosol muscular , a troponina permanecerá
ativa. O relaxamento muscular acontecerá quando cessar impulso nervoso e o cálcio vigor
transportado do sarcoplasma para as cisternas do retículo sarcoplasmático através da bomba de
cálcio de cálcio existente na membrana e que tem actividade ATPásica. Porém, o ATP não é
somente necessário para a contracção, mas também para o relaxamento muscular....

Um composto fosfatado de alta energia desempenha um papel único na energia do músculo, e


também de outros tecidos excitáveis, como cérebro e nervos. Esse composto é a fosfocreatina
(creatina fosfato), que atua como forma de armazenamento temporário de grupos de alta energia.
A creatina é sintetizada a partir de três aminoácidos diferentes: glicina, arginina e metionina. A
fosfocreatina tem um DGº de hidrólise igual a -10,3 Kcal/mol, um valor um pouco maior que o
da hidrólise do ATP (-7,3 Kcal/mol). Dessa forma, a fosfocreatina pode transferir seu grupo
fosfato para o ATP em uma reação catalisada pela creatina quinase.

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4.7. A importância da contracção muscular
Nesse processo, o músculo transforma energia química em trabalho e calor, onde a sua contração
é medida pela alteração da força exercida em seus pontos fixos ou pelo simples encurtamento das
fibras musculares. Sendo assim, a musculatura transmite uma resposta a estimulação para o meio
ambiente por meio de movimentos

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5. Conclusão
Ao concluir o respectivo trabalho, dá para compreende que segundo Bompa (2002), diz que a
adaptação ao treinamento, é a soma das transformações estruturais e fisiológicas, ocorridas em
virtude da repetição sistemática de exercícios, que resultam de uma exigência específica que os
atletas impõem aos seus organismos, dependendo do volume,da intensidade e da freqüência do
treinamento.

Importa referenciar que a contracção e o relaxamento dos músculos esqueléticos são controlados
pela concentração de cálcio no citosol. Normalmente, a concentração de cálcio no músculo é
muito pequena, quando o nervo motor estimula a fibra muscular, túbulos membranosos que
ocorrem através da célula muscular liberam cálcio. Esses ione cálcio ligam-se, então, a uma
proteína reguladora chamada troponina, localizada a intervalos ao longo dos filamentos delgados.
A molécula de troponina funciona como um gatilho. Ela sofre mudanças conformacional que
ativa a função da ATPase das cabeças das moléculas de miosina, iniciando a contração.

Por fim os nervos motores controlam a contração normal das fibras musculares esqueléticas,
ramificados dentro do tecido conjuntivo do perimísio neste local de inervação, o nervo perde sua
bainha de mielina e forma a dilatação que se situa dentro de uma depressão da superfície da fibra
muscular. Esta estrutura é chamada de placa neural ou junção mioneural, onde o axônio possui
inúmeras mitocôndrias e vesículas sinápticas, e libera acetilcolina, que se difunde através da
fenda sináptica, da placa motora e vai se prender a receptores específicos aos sarcolemas das
dobras juncionais.

Para o alcance dos objectivos traçados e apresentamos resultou de uma consulta de obras e
artigos pesquisados na internet de autores apresentados que versam sobre o tema e, todas as obras
estão devidamente mencionadas na última página deste trabalho.

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6. Referências bibliográficas
AIRES, M. M.(1999). Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

BOMPA, T.(2002). Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. São Paulo: Phorte.

COSTANZO, L. S. (2007).Fisiologia. (3. ed). Rio de Janeiro: Elsevier.

GUYTON, A. C. e HALL, J. E.(2006). Ratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier.

HANSEN, J.T., KOEPPEN, B.M.(2003). Atlas de Fisiologia Humana de Netter. Porto Alegre:
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MACHADO, A.(2000). Neuroanatomia funcional.(2ªed). São Paulo: Atheneu.

MARTIN, D., CARL, K., LEHNERTZ, K. (2008). Manual de Teoria do Treinamento Esportivo.
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MAUGHAN, R., GLEESON, M., GREENHAFF, P.(2000). Bioquímica do exercício e do


treinamento. São Paulo: Manole.

MURRAY, R.K., GRANNER, D.K., MAYES,P.A.(1994). Bioquímica. São Paulo: Atheneu.

PLATONOV, V. N.(1989).La adaptación en el deporte.Paidotribo, Barcelona.

TUBINO, M. G.(1980).Metodologia Científica do treinamento esportivo. IBRASA.

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