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Legislação Empresarial

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As Funções dos Órgãos das Sociedades Comerciais

Cecília Dinis Mincanhane, Código: 708205484

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Legislação Empresarial

Ano de Frequência: 3°

Turma: D

Maputo, Agosto 2024


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As Funções dos Órgãos das Sociedades Comerciais

Trabalho de Carácter Avaliativo da Cadeira de


Legislação Empresarial a ser entregue no Instituto de
Educação à Distância-Maputo

Tutor: Hélder Lourenço, M.s.C

Cecília Dinis Mincanhane, Código: 708205484

Maputo, Agosto 2024

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos do Trabalho ............................................................................................................... 2

1.1.1. Objcetivo Geral ....................................................................................................................... 2

1.1.2. Objectivos Específicos ............................................................................................................ 2

1.2. Metodologias ............................................................................................................................... 2

2. Revisão Literária ............................................................................................................................. 3

2.1. Conceito de Sociedades Comerciais ........................................................................................... 3

2.1.1. Constituição das Sociedades Comerciais ................................................................................ 4

2.1.2. Personalidade Jurídica das Sociedades Comerciais ................................................................ 5

2.2. Tipificação Societária .................................................................................................................. 5

2.2.1. Sociedade Simples................................................................................................................... 5

2.2.2. Sociedade em Nome Colectivo ............................................................................................... 5

2.2.3. Sociedade em Comandita Simples .......................................................................................... 6

2.2.4. Sociedade Limitada ................................................................................................................. 7

2.2.5. Sociedade Anónima................................................................................................................. 7

2.2.6. Sociedade em Conta de Participação....................................................................................... 8

2.3. Órgãos de Uma Sociedade (Noções Gerais ................................................................................. 8

2.3.1. Classificação dos Órgãos das Sociedades Comerciais ............................................................ 9

2.3.2. As Funções dos Órgãos de Uma Sociedade Comercial/Direitos e Deveres .......................... 10

2.3.3. A Assembleia-Geral .............................................................................................................. 11

2.3.4. O Conselho de Administração............................................................................................... 13

2.3.5. A Diretória ............................................................................................................................ 14

2.3.6. O Conselho Fiscal ................................................................................................................. 14

3. Como São Dirimidos os Litígios nas Sociedades Comerciais ...................................................... 15

4. Considerações Finais ..................................................................................................................... 16

5. Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 17

iv
1. Introdução

No ambiente da legislação empresarial, seja se tratando de sociedades limitadas, seja


em sociedades anónimas, seja a função dos órgãos das sociedades comerciais, tem-se
observado de forma cada vez mais recorrente a ocorrência de transações entre partes
relacionadas.

Por tanto, o presente trabalho versa sobre a função dos órgãos das sociedades
comerciais e suas atribuições, proposta com o intuito de uma maior compreensão da matéria
ministrada à turma da disciplina de Legislação Empresarial, a pretender explorar, identificar e
apontar tanto como o conceito doutrinário, bem como as características dos órgãos
mencionados.

A relevância se encontra na variedade de informações, no qual foi possível expandir o


conhecimento, e principalmente a servir como mais um contato com a Legislação e sua
aplicação, a contribuir para um maior entendimento, e posteriormente uma maior efectivação
das normas vigentes relacionadas às sociedades comerciais.

Primeiramente para ter um melhor entendimento, será abordado em primeiro tópico o


conceito de sociedades comerciais, para posteriormente adentar com afinco na formação da
parte administrativa, que se dará através da divisão dos órgãos das Sociedades comerciais
com o foco principal nas funções dos órgãos, visando assim uma maior eficiência na parte
administrada.

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1.1.Objectivos do Trabalho

O sucesso de qualquer trabalho de pesquisa depende em parte da clareza na definição


dos objectivos que se pretendem alcançar. Para o presente trabalho de pesquisa definem-se os
seguintes objectivos:

1.1.1. Objcetivo Geral


 O objectivo geral deste trabalho pesquisa é conhecer a função dos órgãos das
sociedades comerciais.
1.1.2. Objectivos Específicos

Como objectivos específicos cabem destacar três principais a serem tratados no


presente trabalho de pesquisa:

 Apresentar o conceito dos órgãos de uma sociedade e o conceito de sociedades


comerciais, tipos;
 Caracterizar as funções dos órgãos de uma sociedade e os direitos e deveres dos
órgãos de uma sociedade comercial;
 Dizer como são dirimidos os litígios nas sociedades comerciais.
1.2.Metodologias

O presente estudo configura-se em uma pesquisa teórico-metodológica (pesquisa


académico-científica composta por preparação, estudo, desenvolvimento e apresentação,
buscando gerar e/ou actualizar conhecimento), no campo dialéctico (os factos considerados no
contexto social, gerando contradições e requerendo soluções), de natureza aplicada (objectiva
gerar conhecimentos para aplicações práticas, dirigidos à solução de problemas específicos) e
(material colectado analisado de maneira descritiva, não buscando gerar números ou dados
estatísticos), conforme orienta Henrique (2009).

Com relação aos procedimentos técnicos, o estudo assume características de pesquisa


bibliográfica e documental. Segundo Gil (2010 citado em Carvalho & Severino, 2011, p.2) a
pesquisa bibliográfica “é elaborada com base em material já publicado com o objectivo de
analisar posições diversas em relação a determinado assunto”. A pesquisa documental, nas
palavras de Camargo (2008) “é aquela realizada a partir de documentos, contemporâneos ou
retrospectivos, considerados cientificamente autênticos”.

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2. Revisão Literária
2.1.Conceito de Sociedades Comerciais

No meio da legislação empresarial, as pessoas formam sociedades para, juntas,


obterem um ganho maior do que se estivessem agindo isoladamente.

Para dar início ao conceito de sociedade, Dória (1994, p.157) lembra que “as
primeiras manifestações de sociedade encontram-se na reunião de duas ou mais pessoas que,
combinando esforços e bens, buscam partilhar entre si os resultados da actividade comum”.
O autor afirma, ainda, em outra ocasião, que como o homem se sentiu incapaz de exercer
determinados tipos de actividades individualmente, sentiu a obrigação de se unir a outros
homens para poder atingir determinados objectivos.

Neste ponto, abre-se um parêntese para ressaltar as sete espécies de sociedades


destacadas pela autora e reconhecidas pelo direito. Destas sete, quatro são reguladas pelo
direito comercial e três por leis especiais. No primeiro caso, tem-se a sociedade em comandita
simples, sociedade em nome colectivo, sociedade de capital e indústria e sociedade em
conta de participação. As outras três, reguladas por leis especiais, são: sociedade anónima,
sociedade em comandita por acções e sociedade por cotas de responsabilidade limitada.

Conforme Negrão (2008, p.5) sociedade é “contrato em que pessoas reciprocamente


se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de actividade económica e
a partilha, entre si, dos resultados”. Este conceito está previsto no artigo 981 do Código
Civil, e para se entender melhor o que caracteriza uma sociedade, cabe resgatar o conceito de
contrato, que é o instrumento público ou particular que é levado a registo quando se trata de
sociedade personificada, e no caso de sociedade em conta de participação, ele não é
registado.

Ainda segundo o autor (2008) outro elemento que caracteriza a sociedade são as
pessoas, que servem para abranger todas as possibilidades legais. No caso da sociedade em
nome colectivo, exclusivamente, só podem ser constituídas por pessoas naturais. A sociedade
subsidiária integral só pode ser constituída por pessoas jurídicas e a sociedade em comandita
simples deve ser constituída por pessoas naturais na qualidade de sócios comanditados e por
pessoas naturais ou jurídicas como sócios comanditários.

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Ainda na visão de Negrão (2008) a sociedade pode ser caracterizada também pela
forma de contribuição, seja com bens e/ou serviços e partilha dos resultados. Para configurar
sociedade, a contribuição pessoal, bem como a partilha dos resultados, são essenciais e
obrigatórias, sob pena de caracterizar sociedade leonina, ou seja, quando o contrato social
atribui a apenas um dos sócios a totalidade dos lucros ou exclui algum dos sócios.

Entende-se, portanto, que a sociedade se forma quando pessoas agrupam-se por um


fim comum, internalizando com capital, bens ou serviços para o exercício da actividade ou
partilha dos resultados entre si. Ela é composta por pessoas físicas ou jurídicas e são
caracterizadas, também, pela contribuição com capital, bens ou serviços, que são colocados
num contrato social que sela o acordo ou pacto, distinguindo os direitos e obrigações dos
sócios e da sociedade.

2.1.1. Constituição das Sociedades Comerciais

Conforme o artigo 982, do Código Civil, “Salvo as excepções expressas, considera-se


empresária a sociedade que tem por objecto o exercício de actividade própria de empresário
sujeita a registo; e simples, as demais”. O artigo 967, declara:"É obrigatórias inscrições do
empresário no Registo Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de
sua actividade”.

Entretanto, a lei civil reconhece a existência de sociedades sem o instrumento de


constituição. É o que determina a lei citada no seu artigo 986, quando diz: “Enquanto não
inscritos os actos constitutivos, reger-se-á a sociedade, excepto por acções em organização,
pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem
compatíveis, as normas da sociedade simples”. Art. 990 do C.C diz, referindo-se a este caso:
“Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade”. Já o art.
1.024, assim se posiciona”. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais”.

Ainda consultando o C.C, encontramos no art. 987. “Os sócios, nas relações entre si
ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os
terceiros podem prová-la de qualquer modo”.

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2.1.2. Personalidade Jurídica das Sociedades Comerciais

As sociedades comerciais são consideradas, ao lado das sociedades civis,


como sujeitos de direito e, portanto, com personalidade própria, ou seja, com aptidão,
enquanto pessoas jurídicas que são, para exercer direitos e contrair obrigações (Negrão,
2008). A personalidade jurídica da sociedade comercial não se confunde com a de seus
sócios. Desta forma:

O capital social da sociedade não tem relação com a fortuna individual ou particular
dos sócios e as obrigações por esta assumidas só os afectam até o limite de suas
responsabilidades, conforme as normas legais prescritas para cada tipo de sociedade.
As sociedades, como pessoas jurídicas que são tornam-se titulares de direitos próprios
independentes dos de seus membros ou sócios. Em suma, as sociedades comerciais
têm direitos, obrigações e patrimónios próprios, distintos dos de seus sócios (Negrão,
2008).

2.2.Tipificação Societária

Neste ponto, faz-se necessário levantar os tipos de sociedades existentes mais


utilizados no dia-a-dia dos processos de constituição das sociedades comerciais.

2.2.1. Sociedade Simples

Um dos tipos de sociedades existentes na actualidade é a sociedade simples. Este tipo


societário nada mais é do que uma sociedade constituída por sócios de uma determinada
classe profissional, onde as mais comuns são as que envolvem actividades de cunho
intelectual, artísticas, técnicas ou literárias.

A sociedade simples, para Negrão (2008) é identificada quando diferencia a actividade


empresarial da não empresarial. De mesmo modo, a sociedade civil distingue as sociedades
não comerciais das que praticam o comércio profissionalmente e habitualmente. A sociedade
simples possui, ainda, o papel de distinguir o objecto social da actividade, que será sempre
não empresarial e o de servir de modelo para os demais tipos de sociedades.

2.2.2. Sociedade em Nome Colectivo

A sociedade em nome colectivo pode ser entendida como aquela constituída por
pessoas físicas e capazes que respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

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Para Dória (1994) a sociedade em nome colectivo também teve origem na época medieval e
surgiu nas cidades italianas substituindo as antigas sociedades familiares. Reunia, no entanto,
a responsabilidade ilimitada pelos actos administrativos praticados por quaisquer sócios.
Embora as sociedades simples tenham sido consideradas as sociedades mais antigas já
existentes, as normas das sociedades em nome colectivo aparecem em estatutos das
sociedades nas cidades italianas antes mesmo de surgirem as primeiras sociedades simples.
Neste caso, alguns autores defendem que as sociedades em comandita simples são que são as
primeiras de que se têm registo.

Coelho (2007, p.148) reforça afirmando que sociedade em nome colectivo “é o tipo
societário em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais”.
Qualquer um dos sócios pode ser o administrador e seu nome pode ser usado na composição
do nome empresarial. O autor cita também que os herdeiros que pretendem ingressar na
sociedade, mesmo contra a vontade dos sócios existentes, só poderão entrar se existir cláusula
expressa no contrato social que assim o autorize.

Já para Cozza (2002) a sociedade em nome colectivo é composta somente por pessoas
físicas que respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações sociais.

2.2.3. Sociedade em Comandita Simples

A sociedade em comandita simples é um tipo de sociedade mista, onde existem os


sócios comanditados e os sócios comanditários. A diferença entre um e outro é que o primeiro
possui responsabilidade ilimitada e o segundo responde limitadamente por suas obrigações.

Dória (1994) faz um breve histórico, relatando que este tipo de sociedade surgiu
quando iniciou o comércio marítimo na Idade Média nas cidades italianas. Trata-se da mais
antiga das sociedades onde eram firmados os contratos de comenda, ou seja, os capitalistas
firmavam um contrato com os capitães de navios, emprestando dinheiro para que estes
capitães comprassem e vendessem mercadorias e dividissem os lucros. Porém, se ao invés de
lucro tivessem prejuízos, os capitães eram obrigados a devolver o montante no valor que foi
emprestado.

Para Coelho (2007, p. 149) a sociedade em comandita simples “é o tipo societário em


que um ou alguns dos sócios denominados comanditados, têm responsabilidade

6
ilimitada pelas obrigações sociais, e outros, os sócios comanditários, respondem
limitadamente por essas obrigações”.

Já para Cozza (2002) a sociedade em comandita simples possui duas categorias de


sócios: os comanditados, que podem ser somente pessoas naturais e com responsabilidade
solidária e ilimitada, e os comanditários, que podem ser compostos por pessoas naturais ou
pessoas jurídicas obrigando-se em relação aos negócios sociais até o valor de sua quota.

2.2.4. Sociedade Limitada

A sociedade limitada, por ser mais simples e por apresentar uma série de benefícios,
como a limitação da responsabilidade dos sócios ao montante do capital social, vem sendo o
tipo de sociedade mais utilizada actualmente.

Segundo Dória (1994) a sociedade limitada surgiu na Alemanha em 1892, sob o nome
de sociedade de responsabilidade limitada, com a intenção de atingir o comerciante de médio
porte com as vantagens das sociedades de pessoas e das sociedades por acções sem o
inconveniente de ambas. Trata-se da reunião de duas ou mais pessoas debaixo de uma firma
ou denominação social para prática de actividades do comércio, assumindo responsabilidade
solidária de forma subsidiária, pelo total do capital social.

Para Cozza (2002) a sociedade limitada inovou no que diz respeito a administração,
criou o conselho fiscal e a assembleia ou reunião dos sócios. Além disso, na sociedade
limitada quando o capital social ainda não estiver todo internalizado, todos os sócios são
solidariamente responsáveis para com o montante.

Negrão (2008, p.49) reforça dizendo que a sociedade limitada é caracterizada pela
“possibilidade da escolha de sua natureza, de capital ou de pessoa, que se define pela
vontade dos sócios, ao elaborarem as cláusulas do contrato social”.

2.2.5. Sociedade Anónima

É o tipo de sociedade mais utilizado pelas grandes corporações, onde o capital social é
fraccionado em acções e cada accionista fica responsável limitadamente até o montante do
capitalque investiu em sua aquisição ou subscrição.

Segundo Dória (1994) existem divergências quanto à origem do surgimento das


sociedades anónimas, porém a maioria dos autores, segundo a autora, concorda que este tipo
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de sociedade surgiu na Holanda por volta de 1602, com a fundação da hodierna sociedade
anónima com a companhia das Índias Orientais. Este tipo de sociedade ocorre quando o
capital social é dividido em fracções conhecidas como acções, onde os sócios ou accionistas
respondem limitadamente pelo preço destas subscritas ou adquiridas.

Segundo Coelho (2007) neste tipo de sociedade o capital social é fraccionado em


acções. O portador da acção é chamado de accionista e poderá negociar estes títulos a
qualquer instante, mas respondem pelas obrigações sociais até o limite do que falta para
internalização das acções de que sejam titulares.

2.2.6. Sociedade em Conta de Participação

Este tipo de sociedade não possui personalidade jurídica, entretanto as negociações


devem ser feitas em nome do sócio ostensivo que assume em seu nome as responsabilidades
da sociedade de forma ilimitada.

Para Dória (1994) as sociedades em conta de participação têm suas origens nasantigas
sociedades em comandita. Foi recolhida pelo Código Comercial português como associação
em conta de participação em 1833 e transladou para o Código Comercial do Brasil ocupando
os artigos 325 a 328. Este tipo de sociedade é formado quando duas ou mais pessoas, sendo
pelo menos uma comerciante, reúnem-se sem firma social para realizar transacções do
comércio. Sendo assim, não lhe confere personalidade jurídica e por esse motivo, vários
autores não a consideram como sociedade.

Coelho (2007, p.150) afirma que “quando duas ou mais pessoas se associam para um
empreendimento comum, poderão fazê-lo na forma de sociedade em conta de participação,
ficando um ou mais sócios em posição ostensiva e outro ou outros em posição oculta
(chamam-se estes sócios participantes) ”.

2.3.Órgãos de Uma Sociedade (Noções Gerais)

Segundo Coelho (2008, p. 206) afirma que quando viu-se os tipos de sociedades,
especialmente as sociedades por quotas e a sociedade anónima, fala-se um pouco sobre os
órgãos sociais, especialmente para explicar sobre a distribuição de competências societárias.
Agora cumpre aprofundar um pouco nesse domínio, oferecendo uma perspectiva mais
alargada de cada órgão e das suas competências específicas, assim como de como interagem
entre si. Esse estudo é fundamental para compreendermos as relações internas da sociedade e
8
a distribuição de competências que irão fundamentar a vinculação da sociedade nos actos
externos.

A ideia de órgãos das sociedades comerciais está directamente ligada à ideia de


personalidade coletiva. Como é óbvio, as pessoas colectivas não têm vontade própria, quando
muito, pode-se falar num interesse colectivo que as orienta e que não é o interesse individual
de um dos seus membros, mas objetivamente, um interesse comum de todos (Coelho, 2008,
p.202).

Os órgãos sociais existem para suprir essa necessidade: eles irão formar, manifestar e
executar a decisão empresarial nos seus diferentes quadrantes de forma estrutural e na forma
de gestão. Pode-se defini-los como as entidades, ou núcleos de atribuição de poderes que
integram a organização interna da sociedade, através dos quais ela forma, manifesta e exerce a
sua vontade de pessoa jurídica (Coelho, 2008, p.202).

Quando falou-se dos tipos de sociedades, neste trabalho de pesquisa, resulta evidente
que nas sociedades de pessoas os órgãos sociais estarão estruturados de forma mais simples,
enquanto nas sociedades de capitais (sobretudo por conta da tutela do crédito e dos sócios
minoritários, e mesmo do interesse público relativamente às sociedades quotadas) resultará
uma estrutura mais complexa. A estrutura, a competência e o funcionamento dos órgãos
sociais irão depender fundamentalmente dos comandos legais, assim como do que determina
o estatuto social quanto ao que se aproximam ou se afastam dos das normas dispositivas
(Coelho, 2008, p. 206).

2.3.1. Classificação dos Órgãos das Sociedades Comerciais

Conforme Alfredo e Luiz (2017, p. 563) relatam que entre vários critérios possíveis
para estudar-se os órgãos das sociedades comerciais, neste trabalho de pesquisa, ir-se-á propor
essencialmente dois:

Quanto ao Número de Titulares - Fala-se de órgãos singulares ou órgãos plurais ou


coletivos. Os singulares são compostos por apenas um indivíduo, enquanto os plurais,
obviamente, terão a composição de mais sujeitos (é o caso das assembleias, conselhos,
comissões, etc.) (Alfredo & Luiz, 2017, p. 563). Quanto às Funções (Uma
Classificação Mais Didáctica, Pois Permite Compreender Melhor a Estrutura
Interna) - Deliberativos, de administração, representativos e de fiscalização ou de
controlo. Deliberativos - São órgãos que formam a vontade da sociedade, aprovando
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diretrizes fundamentais que deverão ser acatadas pelos outros órgãos (Alfredo &
Luiz, 2017, p. 563). De Administração (Também Chamados Executivos ou
Directivos) - São os que praticam os actos materiais ou jurídicos de execução da
vontade da sociedade, ocupando-se ainda da gestão (Alfredo & Luiz, 2017, p. 563).
Representativos - Manifestam a vontade da sociedade perante terceiros, ou seja,
externamente, normalmente através da constituição, modificação ou extinção de
relações jurídicas que tenham a sociedade como sujeito. De Fiscalização ou de
Controlo - São os que verificam a conformidade da atividade dos outros órgãos com a
lei e os estatutos, denunciando as irregularidades que descubram (Alfredo & Luiz,
2017, p. 563).

Vejam que as funções de administração e representação são muitas vezes combinadas,


sendo algo artificioso tentar separá-las. Vejam o art. 192.º, n.º 1, quanto à competência dos
gerentes, e o art. 405.º, n.º 1 e 2, ambos do CSC. Portanto, o que proponho é uma
classificação mais simples, reduzida a três tipos de órgãos que tem em conta atribuições
intrínsecas (não excluem outras funções em sobreposição, a variar conforme o tipo de
sociedade):

Legislativo ou deliberativo (aprovação de contas de exercício e alterações ao


contrato). Executivo (que congrega administração e representação). Sindical (que deve
auditar as contas da sociedade e negócios jurídicos assinalados pela lei, como é o caso
das fusões, cisões ou incorporações).

Os órgãos sociais reconduzem-se a pessoas ou grupos de pessoas que são os titulares


dos órgãos (Alfredo & Luiz, 2017, p. 563). Nos órgãos plurais, podem ainda distinguir-se
quanto ao modo de funcionamento:

Sistema Disjuntivo - Quando cada um dos vários titulares pode exercer isolada e
independentemente, por si só, as funções dos órgãos. Sistema Colegial ou
Conjuntivo - Quando os diversos titulares devem agir colectivamente, segundo a
regra da maioria ou até por unanimidade (Alfredo & Luiz, 2017, p. 563).

2.3.2. As Funções dos Órgãos de Uma Sociedade Comercial/Direitos e Deveres

Conforme Coelho (2008, p. 199) informa que as funções dos órgãos de uma sociedade
comercial irão variar enormemente de acordo com o tipo de sociedade. De seguida são
descritas as composições dos órgãos das sociedades comerciais e suas funções.

10
O funcionamento dos órgãos de uma sociedade comercial depende de normas
estabelecidas na Lei das S/A, bem como em seu estatuto social (Coelho, 2008, p. 199).

A fim de contribuir para um maior controlo da validade e eficácia de suas decisões, e


funções, quatro são os órgãos que compõem a estrutura de uma sociedade comercial de capital
aberto, sendo eles a assembleia geral, o conselho de administração, a diretória e o conselho
fiscal (Coelho, 2008, p. 199).

Os deveres e direitos de cada um dos órgãos são definidos por lei, o que aponta para a
existência de uma hierarquia bem definida na operação da companhia, de modo que é a
Assembleia Geral o órgão que está no topo da pirâmide de poder. Isto posto, a Assembleia
Geral está acima do Conselho fiscal e do Conselho de Administração e, esse, acaba se
sobressaindo perante a Diretória (Alfredo & Luiz, 2017, p. 563).

2.3.3. A Assembleia-Geral

A Assembleia-geral é o órgão supremo das sociedades, que tem poderes inclusive para
modificar os estatutos, verificados certos pressupostos. Todavia, é um órgão deliberativo,
competindo as funções executivas e de representação externa ao órgão da administração. A
Assembleia-geral deve reunir ordinariamente, todos os anos, para deliberar (art. 376º/1 CSC).

Pode ainda reunir extraordinariamente sempre que seja convocada por quem de direito
para deliberar sobre matérias da sua competência e que constem da respectiva convocatória.

A Assembleia Geral, portanto, possui um importante objetivo de unificar todas as


vontades dos acionistas da companhia e expressar a decisão da maioria, o que acaba sendo
desempenhado a partir de uma organizada troca de opiniões, informações e apontamentos
realizados pelos membros presentes (Alfredo & Luiz, 2017, p. 203).

Neste sentido, uma decisão de assembleia em uma companhia acaba se traduzindo


como a expressão dos sócios, sendo esse processo de geração de entendimento dividido em
ponderação e discussão e, em seguida, decisão. Isto posto, há um procedimento organizado e
que seguem premissas legais e/ou contratuais para que os acionistas possam discutir suas
visões, vontades e desejos acerca de questões atinentes à empresa, de modo que,
consequentemente, cheguem à vontade social (Camargo, 2015, p.53).

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A superioridade hierárquica da Assembleia-Geral pode ser facilmente observada a
partir de uma simples leitura do artigo 121 da Lei das S/A:

Art.º. 121. A assembleia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto,


tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar
as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.

Em relação ao exercício do voto, ele é realizado pelo próprio acionista de forma


presencial na assembleia, porém, a Lei das S/A prevê em seu 1º do artigo 126 o exercício do
voto por meio de procuração, senão veja-se:

1º O acionista pode ser representado na assembleia-geral por procurador constituído


há menos de 1 (um) ano, que seja acionista, administrador da companhia ou advogado;
na companhia aberta, o procurador pode, ainda, ser instituição financeira, cabendo ao
administrador de fundos de investimento representar os condóminos.

No que diz respeito a forma de realização das assembleias de acionistas, Coelho


(2018, p. 3) afirma que:

As Assembleias Gerais das sociedades anônimas realizam-se basicamente de duas


formas. De um lado, há as “assembleias de papel”, em que os instrumentos
formolizadores do conclave são preparados no escritório de advocacia que presta os
serviços para a sociedade e, em seguida, colhem-se as assinaturas de quem figura neles
como presidente e secretário da mesa e a totalidade dos acionistas. Também são
chamadas de “assembleias de papel” aquela em que o texto dos instrumentos
formolizadores do conclave é objeto de negociação entre os advogados dos acionistas.
De outro lado, pode-se identificar e talvez corresponda à minoria dos eventos – a
“assembleia ritualística”, em que são realizados todos os procedimentos previstos em
lei, como a instalação da mesa, as falas protocolares marcando o início e término de
cada etapa dos trabalhos etc. (Coelho, 2018, p. 3).

Ademais, vale ressaltar a diferença existente entre a assembleia-geral ordinária e a


assembleia-geral extraordinária, a qual pode ser vislumbrada no artigo 131 da Lei das S/A,
distinção simples que pode ser percebida pelas palavras de Coelho (2018, p. 205):

Diz a lei que essas espécies se definem pela matéria em votação (LSA, art. 131), ou
seja, quando previstos, na ordem do dia, os temas característicos da assembleia

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ordinária, é essa espécie a sessão; se previstos outros assuntos, será extraordinária a
reunião de órgão (Coelho, 2018, p. 3).

2.3.4. O Conselho de Administração

No que tange ao Conselho de Administração, tem ele importância extrema para a


empresa, visto que é o responsável por estabelecer o rumo dos negócios realizados pela
companhia e nortear a atuação dos diretores da empresa. Ademais, sua importância se mostra
indiscutível já que suas competências não poderiam ser atendidas pela Assembleia Geral,
principalmente pelo fato de que suas deliberações acontecem em largas janelas de tempo e,
durante o período, decisões pontuais envolvendo os trabalhos da empresa precisam ser
tomadas (Alfredo & Luiz, 2017, p. 747-748).

Os membros da Administração são denominados “conselheiros”, os quais são eleitos


pela Assembleia Geral e hierarquicamente se situam entre ela e a Diretória, essa última que
pode ser destituída pelo Conselho de Administração a qualquer tempo (Borba, 2010, p. 397).

De acordo com o que dispõe o artigo 142 da Lei das S/A, a função do Conselho de
Administração é, além de destituir os membros da diretória, tecer orientações gerais dos
negócios sociais, fiscalizar e gerir o trabalho dos diretores, além de decidir, quando permitido
em estatuto, sobre emissão de ações, subscrição de bónus e venda de activos (Martins &
Arnoldi, 2014, p. 5). Outras competências também são da administração, não se tratando a
menção acima de um rol taxativo de funções.

De forma mais objectiva, será o Conselho de Administração o responsável por decidir


sobre qualquer matéria que interessa, determinando as políticas económicas, sociais e
financeiras, com exceção das matérias de competência privativa da assembleia geral. Como
principal tarefa do Conselho de Administração, tem-se o papel de agilizar o processo
decisório dentro da sociedade anónima (Oliveira, 2008, p. 28-29).

Por mais que a assembleia geral seja o órgão soberano, o que se observa na prática é
que essa estrutura democrática vem perdendo o sentido com um caráter ilusório de
democracia nas deliberações assembleares, especialmente em um modelo de capital
concentrado como é a realidade das companhias moçambicanas de capital aberto (Salomão,
2011, p. 77-78) principalmente pela falta de interesse dos acionistas, o que acaba por

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transferir e concentrar o poder nas mãos do Conselho de Administração para comandar a
companhia (Eiziriki, 2011, p. 304).

2.3.5. A Diretória

Em relação à diretoria, o órgão executivo, a actividade de seus membros está


relacionada à gestão regular da empresa, ou seja, funções consideradas comuns na rotina da
companhia (Eiziriki, 2011, p. 304).

Uma diretória deve ser composta por pelo menos dois diretores que, no caso das
sociedades anónimas de capital aberto, serão eleitos pelo Conselho de Administração e,
necessariamente, devem ser pessoas naturais residente no país da companhia (Coelho, 2018,
p. 237).

Diferentemente do Conselho de Administração, a Diretória não é um órgão colegiada,


de modo que os seus integrantes exercem seus poderes de administração de maneira
individual. Neste sentido, enquanto o Conselho de Administração exerce sua função a partir
de decisões maioritárias de seus integrantes, a Diretória manifesta seu poder mediante actos
de gestão individuais de seus directores (Oliveira, 2008, p. 32).

Os directores possuem poderes de gestão/administração e de representação, ou seja,


traduzem-se, respectivamente, em trabalhos dentro da companhia e trabalhos externos, de
modo a representar a empresa e praticar atos em nome da companhia (Alfredo & Luiz, 2017,
p. 772).

2.3.6. O Conselho Fiscal

Por último, quanto ao conselho fiscal, é também um órgão obrigatório para as


sociedades anônimas de capital aberto, podendo, no entanto, trabalhar de forma eventual ou
permanente, conforme assim estipulado pela Lei das S/A. Isto posto, caso esteja estabelecido
no estatuto da empresa com função eventual, será instalado, mediante requerimento de uma
quantidade mínima de acionistas, em qualquer assembleia geral da companhia (Leães, 2015,
p. 623).

Será o Conselho Fiscal o órgão responsável por fiscalizar os actos dos administradores
e verificar se seus deveres estão sendo devidamente cumpridos, sendo formado de três a cinco
membros que obrigatoriamente não poderão ser conselheiros ou diretores da empresa

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(Petrovich & Araújo, 2021) desempenhando um papel de “contrapeso em relação à
administração da companhia” (Kaestner & Kaestner, 2018, p. 26).

Além disso, sua opção como “órgão responsável pela fiscalização interna da
companhia conduz a uma eficiência no disclosure, desenvolvendo o mercado de capitais e
sofisticando as práticas de Governação Corporativa” (Kaestner & Kaestner, 2018, p. 27).

Assim como na Assembleia Geral e no Conselho de Administração, é o Conselho


Fiscal é um órgão colegiado, de modo que suas deliberações acontecem mediante atenção à
maioria dos votos de seus membros, o que não poderia ser diferente, visto que deve ser
sempre buscada a unidade de comando de todos os órgãos da companhia (Alfredo & Luiz,
2017, p. 918-919).

3. Como São Dirimidos os Litígios nas Sociedades Comerciais

As sociedades são constituídas por pessoas que reciprocamente se obrigam a


contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de actividade económica e a partilha, entre
si, dos resultados (art. 981 do Código Civil). A actividade empresarial é de grande relevância
não só para os sócios, como também para o desenvolvimento da economia, para geração de
empregos e o crescimento do país.

No decorrer do tempo, é comum que haja divergências nas relações entre sócios e
administradores das sociedades. Por tal razão, dentre os diversos tipos de litígios que chegam
diariamente ao Poder Judiciário, destacam-se os litígios societários, que já há algumas
décadas vêm tomando cada vez mais importância e exigem profissionais especializados para
que sejam resolvidos adequadamente e, quando possível, preveni-los (Ana Victória Morello,
2024).

Por fim, e não menos importante, a redação de contratos, acordos de acionistas,


memorandos de entendimentos e outros documentos societários colaboram para a organização
societária e podem evitar a necessidade de inúmeras disputas societárias no futuro (Ana
Victória Morello, 2024).

Em suma, compreender, prevenir e resolver litígios societários é essencial para a saúde


e o sucesso das empresas. Investir em parcerias estratégicas e prevenção é o melhor caminho
para garantir a estabilidade e o crescimento contínuo dos negócios (Ana Victória Morello,
2024).
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4. Considerações Finais

Em resposta à problemática do trabalho, pode-se notar que um trabalho como este é de


suma importância, tanto no meio da legislação empresarial quanto para os profissionais da
área. O conteúdo deste trabalho de pesquisa serve como orientação para a constituição da
legislação empresarial, com vistas a agilizar os processos de constituição com a adopção de
algumas práticas e medidas que podem encurtar o caminho no que tange à constituição de
órgãos das sociedades comerciais.

Pode-se constatar no âmbito da revisão de literatura, que os órgãos das sociedades


comerciais têm usado a burocracia existente para se efectuar o registo de uma empresa. Tal
burocracia pode frustrar o empresário ou contador que está cuidando de tal registo,
colocando-o numa situação desesperadora onde a “pilha de papel” solicitada pelos órgãos
pode ter mais peso do que a própria vontade e paciência de quem está providenciando os
próprios documentos e praticando o ato de controlo e registo de uma empresa.

Por fim, este trabalho foi realizado com o intuito de sanar dúvidas que surgem durante
o processo constitutivo de sociedades comerciais, ajudando os contadores que já trabalham na
área ou até mesmo os empresários e outros interessados que são leigos no assunto. Neste
ponto, esclarece-se que a realização deste trabalho foi baseada em leis municipais, estaduais e
em bibliografias que ajudaram a complementar e dar mais credibilidade ao esforço realizado.

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5. Referências Bibliográficas

Borba, José Edwaldo Tavares. (2010). Direito Societário. (12ª.ed.). Rio de Janeiro: Renovar.

Camargo, André Antunes Soares de. (2015). A Assembleia Geral: Melhor Forma de Solução
de Conflitos Societários? In: Yarshell, Flávio Luiz; Pereira, Guilherme Setoguti Julio.
Processo Societário II. São Paulo: Quartier Latin.

Coelho, Fábio Coelho. (2007). Manual de direito comercial - direito de empresa.


(18ª.ed.). SãoPaulo: Saraiva.

Coelho, Fábio Ulhoa. (2008). Curso de Direito Comercial. (12ª.ed.). Volume 2. São Paulo:
Saraiva, p. 202.

Coelho, Fábio Ulhoa. (2018). Assembleias Gerais de Sociedade Anônima em meio eletrônico.
Revista Eletrônica Da Faculdade De Direito da PUC-SP, São Paulo. Disponível na
Internet em: https://revistas.pucsp.br/index.php/red/article/download/737/504. Acesso
em 17.08.2024, p.3.

Cozza, Mário. (2002). Novo código civil: do direito de empresa. Porto Alegre: Síntese.

Dória, Dylson. (1994). Curso de direito comercial. (9ª.ed.). São Paulo: Saraiva.

Eiziriki, Nelson. (2011). A lei das S.A. comentada. Volume 1, artigos 1o a 120. São Paulo:
Quartier Latin.

Kaestner, Roberto Nasato. (2018). Os problemas de fiscalização societária nas companhias


abertas brasileiras: a independência do órgão fiscalizador. 46 f. Monografia
(Especialização) - Curso de Ll.M. em Direito Societário, Insper, São Paulo.

Lamy Filho, Alfredo; Bulhões Pedreira, José Luiz. (2017). Direito das Companhias. (2ª.ed.).
Forense, Rio de Janeiro, p. 563.

Leães, Luiz Gastão Paes de Barros. (2015). A Instalação e a Constituição do Conselho Fiscal.
In: Yarshell, Flávio Luiz; Pereira, Guilherme Setoguti Júlio. Processo Societário II.
São Paulo: Quartier Latin.

Negrão, Ricardo. (2008). Direito empresarial: estudo unificado. São Paulo: Saraiva.

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Oliveira, Daniele de Lima de. (2008). Deveres e responsabilidade dos administradores da s/a.
159 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Direito Empresarial, Pontifícia Universidade
Católica – Puc-Sp, São Paulo.

Salomao Filho, Calixto. (2011). O novo direito societário. (4ª.ed.). São Paulo: Malheiros.

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