Questionario de Estilos e Dimensoes Parentais
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NÚMERO 51
Psychologica
PSYCHOLOGICA
2009, 51, 169-188
169
Questionário de Estilos e Dimensões Parentais –
PSYCHOLOGICA, 2009, 51
Versão Reduzida: Adaptação portuguesa do Parenting
Styles and Dimensions Questionnaire – Short Form1
Introdução
A discussão das questões relativas à educação das crianças no contexto familiar
tem, provavelmente, uma história tão longa quanto a própria história da família.
1 A autorização para a tradução e adaptação portuguesa do Parenting Styles and Dimensions Question-
naire – Short Form foi gentilmente cedida pelo Prof. Doutor Clyde Robinson. A ele agradecemos toda a
disponibilidade demonstrada, bem como os seus prestáveis esclarecimentos para o desenvolvimento do
nosso trabalho. Agradecemos também à mestre Ana Figueiredo o apoio e os conselhos que amavelmente
nos concedeu na utilização do programa informático e na realização das análises factoriais confirmatórias.
Todavia, e embora com raízes antigas (Ariès, 1962; Richards, 1926; Sears, Maccoby
& Levin, 1957), o tema das práticas e estilos parentais tem vindo a despertar o
interesse crescente por parte de vários investigadores, sobretudo ao longo das
últimas décadas. Reconhecido que é o papel dos pais enquanto primeiros e
principais agentes de socialização da criança (Grusec, 2002; Kuczynski & Grusec,
170
1997), o estudo do tema tem adquirido uma relevância fundamental e emergido
como foco privilegiado de investigação, tanto pelas suas implicações teóricas
como empíricas.
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como facultar-lhes as explicações e os motivos das punições aplicadas. Em suma,
o estilo democrático corresponde a uma constelação de comportamentos paren-
tais que envolve flexibilidade e resposta às necessidades da criança, ao mesmo
tempo que estabelece restrições e padrões comportamentais apropriados. Por
sua vez, o estilo permissivo caracteriza-se por um comportamento não punitivo
e de aceitação perante os impulsos, vontades e acções da criança. Pais com este
estilo fazem poucas exigências, tendem a distanciar-se da imagem de um agente
activo responsável por moldar ou alterar o comportamento da criança, permitem
que a criança auto-regule as suas próprias actividades, evitam exercer controlo e
não incentivam a obediência a padrões comportamentais estabelecidos. O estilo
permissivo corresponde, pois, a um conjunto de comportamentos de afecto e de
resposta às necessidades da criança sem que, no entanto, sejam estabelecidas
restrições comportamentais.
5 Todavia, dado que o instrumento que aqui é objecto de adaptação para a versão portuguesa (Robinson,
Mandleco, Olsen & Hart, 2001) se centra nos três estilos inicialmente desenvolvidos por Baumrind (1967),
deixamos de lado a apresentação pormenorizada deste quarto estilo.
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Nos seus trabalhos, Baumrind (1966, 1967, 1971, 1991) recorreu a diversas metodolo-
gias para identificação dos estilos parentais, entre as quais se incluem entrevistas
e observação de comportamentos. Todavia, esta abordagem apresenta vários
problemas, sobretudo se considerada a morosidade do processo, os elevados cus-
tos da formação para os colaboradores responsáveis pela recolha dos dados e o
reduzido número de participantes que pode ser incluído em cada investigação. O
interesse pelo estudo dos estilos parentais requer, portanto, o desenvolvimento e
utilização de métodos formais e estandardizados que, pela operacionalização de
variáveis teóricas, avaliem as características e os efeitos das variáveis familiares
(Carlson, 2001).
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Uma forma comum de avaliar a tipologia parental proposta por Baumrind tem
sido a de obter os relatos de adolescentes relativamente aos estilos dos seus pais
(Barber, Olsen & Shagle, 1994; Buri, 1991; Lamborn et al., 1991; Schaefer, 1965). Esta
medida indirecta de avaliação dos estilos parentais permite, com efeito, contor-
nar algumas desvantagens da abordagem inicialmente utilizada por Baumrind.
173
Contudo, na medida em que é especificamente concebido para adolescentes,
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este método revela-se claramente inapropriado para crianças mais novas, mui-
tas vezes ainda incapazes de avaliar com precisão as práticas parentais dos seus
pais. Para o efeito, foram desenvolvidos alguns instrumentos específicos para
pais de crianças mais novas (Block, 1965; Kochanska, Kuczynski & Radke-Yarrow,
1989; Trickett & Susman, 1988). Não obstante, estas medidas apresentam sérias
limitações como, nomeadamente, um elevado número de itens, incluírem itens
pouco consistentes com a literatura actual, basearem-se mais em orientações
teóricas do que em derivações empíricas e falharem em identificar o conjunto
de condutas e práticas específicas que formam os estilos parentais (Robinson,
Mandleco, Olsen & Hart, 1995).
diversos contextos culturais, incluindo a Rússia (Hart, Nelson, Robinson, Olson &
McNeilly-Choque, 1998), a China (Wu, et al., 2002) e comunidades afro-americanas
do programa Head Start (Coolahan, McWayne, Fantuzzo & Grim, 2002).
Metodologia
Caracterização da amostra
A amostra deste estudo é composta por 344 pais e mães, dos quais 227 pertencem
ao sexo feminino (66%) e 117 ao sexo masculino (34%). Em termos de amostra
total, as idades dos participantes oscilam entre 24 e 69 anos, sendo a média de
38.6 (DP = 5.1). Considerados separadamente, a idade média dos pais é de 40.4
(DP = 5.8; idades entre 25 e 69) e a das mães é de 37.7 (DP = 4.5; idade mínima
de 24 e máxima de 48).
Instrumento
A versão portuguesa do Questionário de Estilos e Dimensões Parentais – Versão
Reduzida manteve a mesma estrutura da versão reduzida do PSDQ original
(Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001). Para cada um dos 32 itens, os sujeitos
indicam o grau de frequência com que efectuam os comportamentos apresentados
utilizando, para o efeito, uma escala Likert de 5 pontos (1 = Nunca; 5 = Sempre). O
estilo democrático inclui subescalas de Apoio e Afecto (5 itens; e.g., “elogio o(a)
meu/minha filho(a) quando se comporta ou faz algo bem”), Regulação (5 itens;
e.g., “saliento as razões das regras que estabeleço”) e Cedência de Autonomia/
Participação Democrática (5 itens; e.g., “incentivo o(a) meu/minha filho(a) a
expressar-se livremente, mesmo quando não está de acordo comigo”). O padrão
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autoritário inclui dimensões de Coerção Física (4 itens; e.g., “dou uma palmada
no(a) meu/minha filho(a) quando se porta mal”), Hostilidade Verbal (4 itens; e.g.,
“grito ou falo alto quando o(a) meu/minha filho(a) se porta mal”) e Punição (4
itens; e.g., “castigo o(a) meu/minha filho(a) retirando-lhe privilégios com poucas
ou nenhumas explicações”). O estilo permissivo é constituído por uma única
175
dimensão: Indulgência (5 itens; e.g., “são mais as vezes em que ameaço castigar
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o(a) meu/minha filho(a) do que aquelas em que realmente o(a) castigo”).
Procedimento
Nos procedimentos para recolha de dados, as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico
foram consideradas meios privilegiados para acesso à amostra pretendida. Deste
modo, após contacto oral e escrito com as direcções das escolas, explicando
Dados os problemas inerentes ao valor de Y2, têm sido propostos vários outros
indicadores do nível de ajustamento dos modelos, dependentes de um cut-off 177
point convencional. As dezenas de índices de ajustamento que têm vindo a ser
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desenvolvidos e que se encontram na literatura atestam, com efeito, a grande
vivacidade desta área de investigação (Kline, 1998; Ullman, 2001). O Comparative Fit
Index (CFI), desenvolvido por Bentler (1990), é o critério actualmente mais utilizado.
Trata-se de um índice de ajustamento – cujos valores estão compreendidos entre
0 e 1 – que compara o modelo estimado com um modelo nulo e independente,
no qual não existe relação entre as variáveis. Se o modelo especificado não se
revelar significativamente melhor do que o modelo independente, o índice de
ajustamento será próximo de zero. Inversamente, um modelo com um bom ajus-
tamento tende a revelar um índice próximo de 1. Embora valores acima de .90
tenham sido inicialmente considerados como traduzindo uma boa qualidade do
ajustamento (Bentler, 1992; Kline, 1998), numa revisão mais recente (Hu & Bentler,
1999) foi recomendado o valor de .95 como limiar mínimo desejável.
Resultados
A realização das análises factoriais confirmatórias permitiu testar em que medida
o modelo proposto se ajustava aos dados empíricos. Todas as análises foram rea-
lizadas com matrizes de covariância, construídas automaticamente pelo EQS, a
partir da base de dados original. O modelo a testar incluía, segundo a estrutura
178
da escala original (Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001), factores de primeira
e segunda ordem, correspondentes aos estilos parentais autoritário, democrático
e permissivo e às subescalas que os compõem.
que é reforçado pelos baixo índice de RMSEA de .042, com intervalo de confiança
associado de 0.36 e .048. Os valores dos índices de CFI e de NNFI de, respectiva-
mente, .89 e .88 revelam-se, no entanto, problemáticos, na medida em que não
atingem o limiar mínimo comummente proposto para aceitação do modelo.
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modelo. As sugestões do LM Test (Lagrange Multiplier Test – Multivariate Statis-
tics) apontam para a existência de covariação entre alguns erros, nomeadamente
entre os erros dos pares de itens 31-29 e 32-6. A existência de covariação entre
os erros, problema comum neste tipo de instrumentos de avaliação, reflecte a
existência de erros de medição sistemáticos e não aleatórios e que podem ser o
resultado de características específicas dos próprios itens ou dos respondentes
(Aish & Jöreskog, 1990). A sobreposição do conteúdo dos itens ou a tendência
dos participantes para responderem sempre da mesma forma ou em função da
desejabilidade social são exemplos possíveis para existência de covariação entre
os erros. A reconfiguração dos modelos, nomeadamente através de associações
entre as variâncias-erro dos itens, é um dos procedimentos mais frequentemente
utilizados para promover o seu ajustamento global (Byrne, 2006), uma vez que a
introdução de determinados parâmetros nos modelos contribui, quase sempre,
para uma diminuição significativa de Y2. Contudo, é imprescindível que a reconfigu-
ração seja fundamentada quer estatística, quer conceptualmente. Tal é o presente
caso. Do ponto de vista estatístico, o índice de modificação sugere a diminuição
significativa de Y2 em caso de estimação livre das covariâncias dos erros, podendo,
deste modo, contribuir para a qualidade do ajustamento do modelo. Do ponto de
vista conceptual, os dois parâmetros em questão representam covariâncias-erro
entre itens que partilham algo em comum: o par de itens 29 e 31 refere o diálogo
acerca das consequências dos comportamentos e o par de itens 6 e 32 faz refe-
rência à punição física em situações de desobediência e mau comportamento,
sendo óbvia a grande semelhança do seu conteúdo (particularmente no caso do
par 6-32). Parece, assim, justificar-se a reconfiguração do modelo, com estimação
livre da covariação dos erros de medida – Revisão 1 (Quadro 1).
180
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revela uma boa consistência interna para duas das dimensões do QEDP – Versão
Reduzida, com valores observados de .82 para a dimensão democrática e .80 para
a dimensão autoritária. O estilo permissivo é o menos consistente dos três, com
um coeficiente alpha de .63, facto que poderá decorrer do reduzido número de
itens (5) desta dimensão. Em termos gerais, os resultados obtidos aproximam-
-se bastante dos valores da versão original do PSDQ – Short Form, cujos autores
(Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001) reportam coeficientes de .86, .82 e .64
para os estilos democrático, autoritário e permissivo, respectivamente.
Discussão e conclusão
Em termos gerais, os resultados obtidos, considerados em conjunto com a melhoria
que a reconfiguração produz ao nível do ajustamento global do modelo, parecem
apoiar a definição de um modelo de estilos parentais com uma estrutura facto-
rial hierárquica, consistente com a tipologia de estilos parentais proposta por
Baumrind (1967, 1971, 1991), que considere que as suas três dimensões principais
estão correlacionadas entre si e que inclua covariâncias entre os erros de alguns
dos seus itens.
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Anexo 1
Instruções e itens do Questionário de Estilos e Dimensões Parentais (QEDP) –
Versão Reduzida
(Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001;
Versão Portuguesa de Miguel, Valentim & Carugati, 2010)
186
Este questionário avalia com que frequência actua de determinado modo com
o(a) seu/sua filho(a).
Por favor, leia cada frase do questionário e responda com que frequência actua
desse modo com o(a) seu/sua filho(a).
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24. Estrago o(a) meu /minha filho(a) com mimos
25. Explico ao(à) meu/minha filho(a) por que razões as regras devem ser obedecidas
26. Uso ameaças como forma de castigo com poucas ou nenhumas justificações
27. Tenho momentos especiais e calorosos com o(a) meu/minha filho(a)
28. Castigo o(a) meu/minha filho(a) colocando-o(a) algures sozinho(a) com poucas ou
nenhumas explicações
29. Ajudo o(a) meu/minha filho(a) a perceber o resultado do seu comportamento incenti-
vando-o(a) a falar acerca das consequências das suas acções
30. Ralho e critico quando o comportamento do(a) meu/minha filho(a) não corresponde
às minhas expectativas
31. Explico ao(à) meu/minha filho(a) as consequências do seu comportamento
32. Dou uma palmada no(a) meu/minha filho(a) quando se porta mal
Anexo 2
Médias e desvios-padrão das respostas dos participantes a cada um dos itens do
Questionário de Estilos e Dimensões Parentais (N = 344)
Item M DP Item M DP
1 4.28 .585 17 3.01 1.030
2 1.78 .721 18 3.99 .715
3 3.06 .914 19 2.29 .965
4 2.44 1.047 20 2.09 .904
5 4.24 .724 21 4.35 .645
6 2.16 .796 22 3.71 .994
7 4.49 .606 23 3.09 1.045
8 2.41 1.008 24 2.74 .920
9 4.30 .760 25 4.48 .591
10 1.53 .819 26 1.55 .677
11 4.26 .728 27 4.19 .556
12 4.43 .667 28 1.18 .432
13 2.98 .865 29 4.04 .765
14 4.58 .571 30 2.92 .922
15 1.80 .726 31 4.27 .643
16 2.24 .795 32 2.16 .784
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188 Olsen & Hart, 2001) est un questionnaire conçu pour évaluer les styles parentaux,
avec des bonnes propriétés psychométriques internationalement confirmées. Visant
à présenter la version portugaise de cet instrument, le questionnaire a été traduit et
soumis à un échantillon portugais de 344 pères et mères d’enfants fréquentant le
premier cycle de l’enseignement (de la première à la quatrième année). La technique
des modèles d’équations structurelles (analyse factorielle confirmatoire) a montré
une structure factorielle similaire à l’originelle anglaise, multidimensionnelle et
hiérarchique, composée par des facteurs de premier et de deuxième ordre, repré-
sentant les styles parentaux démocratique, autoritaire et permissif, aussi bien que
leurs respectives dimensions. En général, les résultats obtenus présentent un bon
ajustement du modèle théorique aux données empiriques. L’évaluation de la fiabilité
interne présente des résultats satisfaisants et en accord avec les résultats originaux.
The Parenting Styles and Dimensions Questionnaire – Short Form (Robinson, Mandleco,
Olsen & Hart, 2001) is a self-report measure designed to assess the parenting styles
of parents of school-age children, with good psychometric properties internationally
established. Aiming to present the Portuguese version of this instrument, a sam-
ple of 344 fathers and mothers of 1st to 4th graders completed the questionnaire.
Structural equation modelling procedures (confirmatory factor analysis) outlined a
multidimensional and hierarchical factorial structure, similar to the original version,
composed of first and second order factors, representing authoritative, authoritarian
and permissive parenting styles, and corresponding dimensions. Generally, good
model fit provides support to the theoretical model. Internal reliability scores were
satisfactory and close to results of the original studies.