Instrução N 5 Booom

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 185

Curso: APERFEIÇOAMENTO PARA A

FISCALIZAÇÃO E GESTÃO DOS


CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Profs. Felipe Vidi e Gihad Menezes
Objetivos
• Apresentar aspectos gerais;
• Descrever o processo de construção da fiscalização dos
contratos administrativos;
• Apresentar as ferramentas de auxílio à fiscalização;
• Demonstrar as soluções buscadas frente aos problemas
encontrados;
• Tratar das principais irregularidades identificadas na
análise dos contratos administrativos;
• Propor reflexões acerca dos desafios na fiscalização dos
contratos administrativos.
Conteúdo Programático
1. INTRODUÇÃO
a. Importância da fiscalização.
2. GERAL
a. Planejamento das contratações;
b. procedimentos iniciais;
c. equipe;
d. gerenciamento de risco;
3. FORMALIDADES NECESSÁRIAS
a. Cláusulas necessárias;
b. garantias contratuais;
c. tipos dos serviços;
d. subcontratação;
e. duração dos contratos administrativos;
f. alteração contratual – quantitativa e qualitativa;
Conteúdo Programático
4. QUALIFICAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
a. atores contratuais;
b. preposto, o representante da empresa contratada;
c. indicação e designação do gestor e fiscais do contrato;
d. fiscal contratual;
e. gestor contratual;
f. fiscalização técnica e administrativa.
5. EXECUÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
a. ações orientadoras para o bom desempenho contratual;
b. adimplemento contratual e recebimento do objeto;
c. processo administrativo em razão do descumprimento ao
contrato;
d. inadimplemento contratual, rescisão e aplicação de sanções;
e. responsabilização do gestor/fiscal​;
f. responsabilidade da Administração;
g. processo de fiscalização como excludente de responsabilidade;
Conteúdo Programático

6. FISCALIZAÇÃO PRÁTICA EM CONTRATOS


a. Utilização da planilha de custos para
contratos de terceirização;
b. Análise do “jogo de planilha”;
c. Repactuação, Revisão e Reequilíbrio dos
contratos;
d. Oficina I: Planilha de custos serviços
terceirizado
Como alguns fiscais e gestores se
sentem...
Apresentação
Gerente de Planejamento em fiscalização pelo TCE/PR (2018). Possui
graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa
Catarina. Aluno visitante do “Master in International Management” nos
anos de 2007 e 2008 pelo Institut d’Administration des Enterprises de
Toulouse – França. Palestrante nas áreas de licitações, contratos
administrativos, convênios e parcerias com a administração pública.
Professor da Escola de Gestão Pública do TCE/PR desde 2016. Tem
experiência na área de Administração Pública, com ênfase em
planejamento e análise econômica financeira. Apresenta ainda
experiência em gestão estratégica, governança corporativa pela Nortia
consultores S/A (2005-2007), JS Prime consultoria (2008-2009) e
Alcatel-Lucent (2009-2011).
Introdução
Dados informados por 369 organizações da Administração Pública
Federal (APF) ao TCU com respeito à criticidade das aquisições para as
suas três ações orçamentárias consideradas mais relevantes.

Contratações Públicas envolve de 10% a


15% do Produto Interno Bruto (PIB)
Nacional, com valores de
aproximadamente R$ 500 bilhões/ano
(2015, TCU)
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 25 DE
MAIO DE 2017

Dispõe sobre as regras e diretrizes do


procedimento de contratação de serviços sob o
regime de execução indireta no âmbito da
Administração Pública federal direta, autárquica
e fundacional.
Contextualização IN nº 05/2017

Fonte: Secretaria de Gestão - MPOG


Objetivos

Fonte: Secretaria de Gestão - MPOG


Terceirização na Administração Pública –
Decreto Federal 9.507/18

Decreto regulamenta a terceirização na Administração pública. Amplia a


possibilidade de terceirização para as atividades fins.

Sendo, apenas vedadas a terceirização das atividades que:


a) envolvam a tomada de decisão ou posicionamento institucional nas
áreas de planejamento, coordenação, supervisão e controle;
b) sejam considerados estratégicos para o órgão ou a entidade, cuja
terceirização possa colocar em risco o controle de processos e de
conhecimentos e tecnologias;
c) estejam relacionados ao poder de polícia, de regulação, de outorga de
serviços públicos e de aplicação de sanção;
d) sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de
cargos do órgão ou da entidade, exceto disposição legal em contrário ou
quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do
quadro geral de pessoal.
Controle na Administração Pública – Desafios e
Possibilidades - Min. Aroldo Cedraz, TCU
Desafios:
Crise econômica x restrições orçamentárias
Cada vez maior as expectativas da sociedade em relação
aos serviços prestados pelo Estado (qualidade das
políticas públicas)
“o cidadão esperado Poder Público soluções tão ou mais
efetivas que as providas pelas melhores empresas do
setor privado”
A grandeza das tarefas impostas ao controle externo
demandará respostas inovadoras, capazes de provocar
saltos de qualidade em áreas estratégicas;
Controle na Administração Pública – Desafios e
Possibilidades - Min. Aroldo Cedraz, TCU
• Foco na Tecnologia de Informação como
ferramenta importante para o fortalecimento
do controle externo;
• Novos processos e tecnologias permitem a
entrega de maior quantidade de produtos
com a utilização de menos insumos, de forma
mais barata e em menos tempo;
• As ferramentas e análise de hoje permitem a
realização de controle mais focado e preciso
Controle na Administração Pública – Desafios e
Possibilidades - Min. Aroldo Cedraz, TCU

• Crise das instituições (descrença dos cidadãos e


dos mercados nas instituições públicas)

• “Em uma era em que crises econômicas de


alcance mundial estão nascendo da falta de
confiança nos Estados, o TCU entende que a
fiscalização financeira se propõe a ajudar, e,
acima de tudo, a restaurar a crença dos
cidadãos e dos mercados no Poder Público”.
Índice de Confiança Social

http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/confianca-do-brasileiro-nas-instituicoes-e-a-mais-baixa-desde-2009/
Controle quanto ao momento de sua
realização
• Pode ser classificado em:
– Prévio (exercido antes do início ou da conclusão
do ato administrativo);
– Concomitante (exercido durante o ato,
acompanhando sua realização);
– A posteriore (exercido após a conclusão do ato,
caráter corretivo, sancionador).
Controle Prévio

1. O controle prévio é um tipo de revisão de


atividades administrativas ou financeiras que é
realizada antes da ocorrência do fato.
2. O controle prévio tem a vantagem de poder
impedir prejuízos antes de sua ocorrência, mas
tem a desvantagem de gerar um volume
excessivo de trabalho.
Benefícios do Controle
Concomitante/Prévio

• Identificação de atos potencialmente lesivos ao


erário;
• Irregularidades sanáveis;
• Mais ágil e rápida a realização das análises pela
fiscalização;
• Redução na quantidade de processos;
• Melhora na prestação de contas, devido ao
caráter pedagógico da fiscalização prévia;
Benefícios do Controle
Concomitante/Prévio

Alguns resultados:
– redução de preço máximo em processos
licitatórios;
– compensação financeira na execução de
contratos;
– manutenção da qualidade contratada;
– redução do valor de contratos.
Benefícios do Controle
Concomitante/Prévio
• TCE/PE: Total de benefícios financeiros R$
1,41 bilhão de reais – representa quase 99%
dos benefícios totais obtidos
TCE/PE
no período;

Fonte: https://boaspraticas.atricon.org.br/a-efetividade-das-auditorias-concomitantes/
Geral
Planejamento da Contratação

"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma


árvore, passaria seis afiando meu machado."
(Abraham Lincoln)

“Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas


esperando obter resultados diferentes”
(Albert Einstein)
Planejamento da Contratação
IN 05, MPOG, Art. 20. O Planejamento da Contratação,
para cada serviço a ser contratado, consistirá nas
seguintes etapas:
I - Estudos Preliminares;
II - Gerenciamento de Riscos; e
III - Termo de Referência ou Projeto Básico.

§ 1º As situações que ensejam a dispensa ou


inexigibilidade da licitação exigem o cumprimento das
etapas do Planejamento da Contratação, no que couber.
Procedimentos iniciais do
Planejamento
Art. 21. Os procedimentos iniciais do Planejamento
da Contratação consistem nas seguintes atividades:
I - elaboração do documento para formalização da
demanda pelo setor requisitante do serviço, que
contemple:
a) a justificativa da necessidade da contratação
explicitando a opção pela terceirização dos
serviços e considerando o Planejamento
Estratégico, se for o caso;
b) a quantidade de serviço a ser contratada;
Procedimentos iniciais do Planejamento
c) a previsão de data em que deve ser iniciada a prestação dos
serviços; e
d) a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe
que irá elaborar os Estudos Preliminares e o Gerenciamento
de Risco e, se necessário, daquele a quem será confiada a
fiscalização dos serviços, o qual poderá participar de todas as
etapas do planejamento da contratação
II - envio do documento de formalização da demanda ao setor
de licitações do órgão ou entidade; e
III - designação formal da equipe de Planejamento da
Contratação pela autoridade competente do setor de
licitações.
Exemplo de Estudos Preliminares

Anexos IN 05
Exemplos de Documento de
formalização da demanda
• Anexo II IN 05
• Doc. Formalização da demanda - Fiocruz
Controle de prazos da Licitação
• Planilha de Controle de prazos da licitação. xls
Equipe
• IN nº. 05/2017, Art. 22
§ 1º A equipe de Planejamento da Contratação
é o conjunto de servidores, que reúnem as
competências necessárias à completa execução
das etapas de Planejamento da Contratação, o
que inclui conhecimentos sobre aspectos
técnicos e de uso do objeto, licitações e
contratos, dentre outros.
Fluxos de Atividades:
https://www.comprasgovernamentais.gov.br/fluxos_inep/index.html#diagra
m/e18c5f0d-72d1-4f87-a358-65bc4f5b5249
Estudos Preliminares
Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a
equipe de Planejamento da Contratação deve realizar os
Estudos Preliminares
§ 1º O documento que materializa os Estudos Preliminares
deve conter, quando couber, o seguinte conteúdo:
I - necessidade da contratação;
II - referência a outros instrumentos de planejamento do
órgão ou entidade, se houver;
III - requisitos da contratação;
IV - estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias
de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte;
V - levantamento de mercado e justificativa da escolha do tipo
de solução a contratar;
Estudos Preliminares
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
VII - descrição da solução como um todo;
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da
solução, quando necessária para individualização do
objeto;
IX - demonstrativo dos resultados pretendidos em termos
de economicidade e de melhor aproveitamento dos
recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis;
X - providências para adequação do ambiente do órgão;
XI - contratações correlatas e/ou interdependentes; e
XII - declaração da viabilidade ou não da contratação.
Exemplo de Estudos Preliminares

• Fiocruz – Estudos Preliminares


Transporte escolar
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 208. O dever do Estado com a educação será
efetivado mediante a garantia de:
(...)
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares
de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde (...)

Lei nº 10.880/04 – Programa Nacional de


Apoio ao Transporte Escolar - PNATE
http://www.fnde.gov.br/centrais-de-
Art. 2º Fica instituído o Programa Nacional de Apoio ao conteudos/publicacoes/category/131-
transporte-
Transporte do Escolar – PNATE, no âmbito do MEC, a escolar?download=6897:guia-do-
transporte-escolar
ser executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação - FNDE, com o objetivo de oferecer
transporte escolar aos alunos da educação básica pública
37
Planejamento e Especificação
• Número de alunos e localização
Instrução Normativa nº 05/2017 - MPOG

Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a equipe de Planejamento da Contratação deve realizar
os Estudos Preliminares, conforme as diretrizes constantes do Anexo III.
§ 1º O documento que materializa os Estudos Preliminares deve conter, quando couber, o seguinte conteúdo:
I - necessidade da contratação;
II - referência a outros instrumentos de planejamento do órgão ou entidade, se houver;
III - requisitos da contratação;

IV - estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias de cálculo e dos


documentos que lhe dão suporte;
V - levantamento de mercado e justificativa da escolha do tipo de solução a contratar;
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
VII - descrição da solução como um todo;
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da solução, quando necessária para individualização do objeto;
38
(...)
Planejamento e Especificação
• Veículos:
– Registrado no DETRAN do estado onde prestará o
serviço
– Inspeção semestral
• itens obrigatórios, como cintos e retrovisores
– Faixa amarela com a inscrição “ESCOLAR” em preto
• Com 40cm, à meia altura, em toda a extensão das laterais e
traseira da carroceria. Se o veículo for amarelo, inverter as
cores da faixa.

39
Planejamento e Especificação
• Veículos:
– Equipamento registrador instantâneo
de velocidade e tempo – TACÓGRAFO
– Lanternas de luz branca, fosca ou
amarela, dispostas nas extremidades
da parte superior dianteira e lanternas
de luz vermelha, na extremidade superior da parte
traseira
– Cintos de segurança independentes em cada assento
– Documento de autorização do DETRAN afixado na
parte interna do veículo, em local visível, contendo
número máximo de passageiros permitido pelo
fabricante
40
Planejamento e Especificação

• Insumos:
– Abastecimento
– Manutenção
• Pneus
– Seguros
• Riscos abrangidos pela apólice

41
Planejamento e Especificação
• Funcionários:

• Motoristas

• Monitores
42
Contratos
• Indicação de fiscal
Lei 8.666/93

Art. 67. A execução do contrato deverá ser


acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.

Mais específico!

43
Contratos
• Apontamento adequado de sanções
Lei 10.520/02
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará:
I- A autoridade competente justificará a necessidade de
contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as
sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato,
inclusive com fixação dos prazos para fornecimento.

Previsões genéricas são


repelidas pela
jurisprudência e
inaplicáveis na prática.
44
Ausência da
composição dos
custos

Ausência de
detalhamento das
rotas
O que pode acontecer quando não
elaboro os Estudos preliminares??
Acréscimos entre
10 e 23% do
VALOR do KM
PREJUÍZO rodado

Aumento da KM
total sem
aumento de dias
letivos

ECONOMIA
R$ 869.051,98
REDUÇÃO de 42%45
Termo de Referência
• Sobrepreço:
Diferença: R$ 2.090.503,77

– Pregão Presencial nº 70/17


– Valor da Licitação: R$ 3.847.183,17
– Sobrepreço apontado: R$ 503.817,08
– Sessão de Julgamento: R$ 1.756.679,40

Edital: R$ 37,62 por comprimido


BPS: R$ 0,83 por comprimido

46
Termo de Referência
• Quantitativos
Quitandinha: Pregão Presencial nº 39/17
– Lote 40: 300.000 comprimidos;
– Lote 42: 150.000 comprimidos;
– Lote 156: 500.000 comprimidos.
500.000
𝑋= ≅ 23 𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑎𝑛𝑜 𝑜𝑢 2 𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝑚ê𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟
18.000

Lote 40: 50.000 comprimidos;


Lote 42: 50.000 comprimidos;
Lote 156: 100.000 comprimidos.

47
Atestados de Capacidade Técnica
EXEMPLO:
Comprovação estar exercendo ou ter exercido os serviços:

LOTE 01
a) Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares = 1.000 toneladas/mês;
b) Operação de Aterro Sanitário Licenciado por órgão Ambiental Estadual = 1.000
toneladas/mês;
c) Coleta de Vegetais e Inservíveis = 1 equipe/mês;
LOTE 02
a) Varrição Manual e Mecânica de vias públicas = 750 km/mês;
b) Limpeza de Praias;
O QUE É RISCO?

RISCO é a possibilidade de que


um evento ocorrerá e afetará
negativamente a realização dos
objetivos (COSO, 2006)
Gerenciamento de Riscos
Art. 25. O Gerenciamento de Riscos é um processo que
consiste nas seguintes atividades:
I - identificação dos principais riscos que possam
comprometer a efetividade do Planejamento da Contratação,
da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que
impeçam o alcance dos resultados que atendam às
necessidades da contratação;
II - avaliação dos riscos identificados, consistindo da
mensuração da probabilidade de ocorrência e do impacto de
cada risco;
III - tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio
da definição das ações para reduzir a probabilidade de
ocorrência dos eventos ou suas consequências;
Gerenciamento de Riscos
IV - para os riscos que persistirem inaceitáveis
após o tratamento, definição das ações de
contingência para o caso de os eventos
correspondentes aos riscos se concretizarem; e
V - definição dos responsáveis pelas ações de
tratamento dos riscos e das ações de
contingência.

A responsabilidade pelo Gerenciamento de Riscos


compete à equipe de Planejamento da
Contratação
Método Bow-tie (gravata borboleta)
Fluxos das atividades da IN 05
https://www.comprasgovernamentais.gov.br/fluxos_inep/index.
html#diagram/79598f97-4310-4447-b276-f74ae017bb2d
Fonte: Avaliação de controles internos: contratações públicas /
Kleberson Roberto de Souza. – Cuiabá : PubliContas, 2017
PIRONTI, Rodrigo. O passo a passo da matriz de riscos nos contratos celebrados por empresas estatais. Revista
Zênite ILC – Informativo de Licitações e Contratos, Curitiba: Zênite, n. 289, p. 243-248, mar. 2018.
Conta Vinculada
A Conta Vinculada: ferramenta utilizada na
Administração Pública como mecanismo de
proteção e gestão de riscos na execução de
contratos de prestação de serviço com dedicação
exclusiva de mão de obra, contribuindo para
assegurar os recursos necessários para o
cumprimento das obrigações sociais e trabalhistas
em caso de inadimplemento da contratada, bem
como para a segurança jurídica dos gestores e
fiscais de contrato.
Matriz de Riscos e Controles
Matriz de Riscos e Controles
Gestão de Riscos
• Pode ser utilizada nos setores das atividades
de suporte à fiscalização externa (do nível
estratégico até o nível operacional);
• Bem como, nas atividades fins do Tribunal de
Contas, seja, auditoria, acompanhamento,
monitoramento, instruções processuais
GERENCIAMENTO DEVE SER UMA CULTURA
ORGANIZACIONAL, ALÉM DE PROCEDIMENTOS, MAS ALGO
QUE OS MEMBROS DA ENTIDADE CONSTANTEMENTE
REFLITAM SOBRE OS RISCOS NAS ATIVIDADES QUE REALIZAM.
Levantamento dos riscos na Assistência
Farmacêutica
Risco: Risco:
• Falta de Registro de dispensação • Ausência REMUME
• Dispensação sem prescrição • Participação Restrita na
• Falta de controle do almoxarifado elaboração do REMUME
(excesso ou escassez) Seleção
• Dispensação não realizada por Risco:
profissionais habilitados
Utilização, •Falta de Informação HST
Dispensação •Falta da análise da Sazonalidade
Programação
, Prevenção •Estimativa superestimada de
Recursos quantidade
e uso Humanos
Risco: Sistema de
Informação Risco:
•Condicionamento inadequado de
transporte Financiamento • Sobrepreço, estimativa de preços
•Divisão ineficiente dos Controle e insuficiente
medicamentos entre as unidades Avaliação • Ausência de Requisitos legais
de saúde • Restrição à competitividade
Distribuição Aquisição
• Falta de controle de estoque de
segurança
Recebiment
Risco: oe Risco:
Armazenam
• Recebimento menor que o faturado
• Perda de Medicamento devido a ento
armazenagem inadequada: • Validade vencida
• Falta de Controle • Substituições de medicamentos
• Umidade e Temperatura – Mofo • Ausência de Comissão para recebimento dos
• Não realização do inventário de medicamentos
medicamentos
DICA
• Elabore uma web página (pode ser intranet)
com orientações das etapas de planejamento:
• http://www.dirad.fiocruz.br/?q=node/2594
Projeto Básico ou Termo de
Referência
Art. 30. O Termo de Referência ou Projeto Básico deve conter, no mínimo,
o seguinte conteúdo:
I - declaração do objeto;
II - fundamentação da contratação;
III - descrição da solução como um todo;
IV - requisitos da contratação;
V - modelo de execução do objeto;
VI - modelo de gestão do contrato;
VII - critérios de medição e pagamento;
VIII - forma de seleção do fornecedor;
IX - critérios de seleção do fornecedor
X - estimativas detalhadas dos preços, com ampla pesquisa de mercado
XI - adequação orçamentária
Projeto Básico ou Termo de
Referência
Os documentos que compõem a fase de
Planejamento da Contratação serão parte
integrante do processo administrativo da licitação

• Art. 31. O órgão ou entidade não poderá


contratar o mesmo prestador para realizar
serviços de execução, de subsídios ou assistência
à fiscalização ou supervisão relativos ao mesmo
objeto, assegurando a necessária segregação das
funções.
Definição de Custos: Caso Projeto
Básico Limpeza, Conservação
Lei 8666/93, Art. 7º As licitações para a execução de
obras e para a prestação de serviços obedecerão ao
disposto neste artigo e, em particular, à seguinte
sequência:
(...)
§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser
licitados quando:
(...)
II – Existir orçamento detalhado em planilhas que
expressem a composição de todos os seus custos
unitários
Definição de Custos: Caso Projeto
Básico Limpeza, Conservação
• Planilha de custos:
– deve expressar detalhadamente a composição de
todos os componentes de custo que incidem na
formação do preço dos serviços;
– a inexistência destes parâmetros compromete a
contratação, pois servem para a averiguar a
execução do objeto e para as medições e
pagamentos do contrato.
– Deve ser adotada unidade de medida com base nas
áreas físicas a serem limpas, uma vez que a
estimativa dos custos é por metro quadrado
Definição de Custos: Caso Projeto
Básico Limpeza, Conservação
Inconformidades identificadas:
• Não há indicação em metros quadrados da área total
das unidades a serem limpas
• Não há a indicação do preço pago por metro
quadrado;
• o edital não adotou como parâmetros índices de
produtividade;
• não permite o correto dimensionamento da mão de
obra necessária;
• Consequentemente, não é possível saber como a
municipalidade chegou aos valores unitários de
R$7.733,33;
Definição de Custos: Caso Projeto
Básico Limpeza, Conservação
Anexo VI-B, item 2 da Instrução Normativa nº
05, publicada em 25 de meio de 2017:
• 2. Os serviços serão contratados com base
na área física a ser limpa, estabelecendo-se
uma estimativa do custo por metro
quadrado, observadas a peculiaridade, a
produtividade, a periodicidade e a
frequência de cada tipo de serviço e das
condições do local objeto da contratação.
Definição de Custos: Caso Projeto
Básico Limpeza, Conservação
Riscos de insegurança jurídica, assimetria de
informações e incertas a riscos:
A ausência de adequada especificação e descrição
do objeto, do estabelecimento de estimativa de
custo por metro quadrado, impede a visualização
pelos licitantes dos insumos considerados no futuro
contrato, haja vista não ser possível dimensionar o
tamanho das áreas que serão objeto de execução
do contrato, criando uma insegurança jurídica
atrelada à assimetria de informações e incerta
alocação de risco.
ANEXO VI SERVIÇO DE VIGILÂNCIA, LIMPEZA
E CONSERVAÇÃO
SERVIÇO DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

índices de produtividade
3. Nas condições usuais serão adotados por servente em jornada
de oito horas diárias, de acordo com os seguintes parâmetros:
3.1. Áreas Internas:
a) Pisos acarpetados: 800 m2 a 1200 m2 ;
Caderno de Logística:
b) Pisos frios: 800 m² a 1200 m2 ;
https://www.comprasgovernamentais.gov.br/i
c) Laboratórios: 360 m² a 450 m2 ;
d) Almoxarifados/galpões: 1500 m² a 2500 m2 ;
mages/conteudo/ArquivosCGNOR/servicos_lim
e) Oficinas: 1200 m² a 1800 m2 ;
peza.pdf
f) Áreas com espaços livres - saguão, hall e salão: 1000 m² a 1500 m2 ; e
g) Banheiros: 200 m² a 300 m².
3.2. Áreas Externas:
a) Pisos pavimentados adjacentes/contíguos às edificações: 1800 m² a 2700 m2 ;
b) Varrição de passeios e arruamentos: 6000 m² a 9000 m2 ;
c) Pátios e áreas verdes com alta frequência: 1800 m² a 2700 m2 ;
d) Pátios e áreas verdes com média frequência: 1800 m² a 2700 m2 ;
e) Pátios e áreas verdes com baixa frequência: 1800 m² a 2700 m2 ; e
f) coleta de detritos em pátios e áreas verdes com frequência diária: 100.000 m2 .
Adequação da produtividade pactuada

Caderno de Logística - ANEXO I – Modelo de Termo de Referência elaborado pela


Advocacia Geral da União – AGU – Serviços de natureza continuada:
• 25.6 O fiscal ou gestor do contrato, ao verificar que
houve subdimensionamento da produtividade
pactuada, sem perda da qualidade na execução do
serviço, deverá comunicar à autoridade responsável
para que esta promova a adequação contratual à
produtividade efetivamente realizada, respeitando-se os
limites de alteração dos valores contratuais previstos no
§ 1º do artigo 65 da Lei nº 8.666, de 1993 (LIMITAÇÃO
DO PERCENTUAL DE 25% SOBRE AS REPACTUAÇÕES).
Cadernos de Logística
• são guias de orientação sobre as leis e regulamentos
normativos que dispõe sobre os procedimentos
administrativos referentes a licitações públicas no âmbito
da Administração Pública federal, autárquica e
fundacional, apresentando eixos temáticos e abordagens
de temas específicos.

• https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/
cadernos
Pontos Chaves

• Planejamento X Complexidade do objeto


• Definição de modelos de planejamento de acordo
com valores, objeto, complexidade, riscos
INTERAÇÃO
• Histórico ENTRE AS EQUIPES DE
de demandas
COMPRAS
• Aquisições regularesEXDA SECRETARIA
Aquisições esporádicas
• Histórico de duração entre a detecção da
DEMANDANTE
demanda até entrega do objeto
• Criação de “alertas” para novas
compras/contratações
Sistema de Planejamento de Gerenciamento
de Contratações
• Entre as vantagens do novo instrumento, destacam-se:
- Fortalecimento da fase de planejamento;
- Estabelecimento de estratégias de identificação dos
riscos inerentes aos processos de logística
governamental;
- Melhoria da gestão para tomada de decisão;
- Instrumentalização dos procedimentos de trabalho;
- Oportunidade de ganho de escala, por meio do
compartilhamento e centralização das contratações;
- Visualização abrangente das compras planejadas; e
- Ampliação da transparência para a sociedade por meio
da divulgação dos Planos Anuais nos sites dos órgãos e
entidades.
FORMALIDADES
NECESSÁRIAS
Cláusulas Necessárias
Lei 8.666/90, Art. 55. São cláusulas necessárias
em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de
fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os
critérios, data-base e periodicidade do reajustamento
de preços, os critérios de atualização monetária
entre a data do adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de
conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso;
Cláusulas Necessárias
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a
indicação da classificação funcional programática e
da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua
plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes,
as penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da
Administração, em caso de rescisão administrativa;
Cláusulas Necessárias
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio
para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e
especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação.
Garantias Contratuais
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e
desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser
exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços
e compras.
§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo
estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro
em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado
pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores
econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária.
Garantias Contratuais

§ 4 A garantia prestada pelo contratado será


liberada ou restituída após a execução do
contrato e, quando em dinheiro, atualizada
monetariamente.

§ 5 Nos casos de contratos que importem na


entrega de bens pela Administração, dos quais o
contratado ficará depositário, ao valor da garantia
deverá ser acrescido o valor desses bens.
Garantias Contratuais
• REGRA: A garantia não excederá a cinco por cento do
valor do contrato e terá seu valor atualizado

Exceção:
§ 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto
envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros
consideráveis, demonstrados através de parecer
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o
limite de garantia previsto poderá ser elevado para até
dez por cento do valor do contrato.
LC 123

Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art.


47 desta Lei Complementar, a administração
pública:
(...)
II - poderá, em relação aos processos licitatórios
destinados à aquisição de obras e serviços, exigir
dos licitantes a subcontratação de
microempresa ou empresa de pequeno porte;
DECRETO Nº 8.538, DE 6 DE OUTUBRO
DE 2015
• I - o percentual mínimo a ser subcontratado e o
percentual máximo admitido, a serem
estabelecidos no edital, sendo vedada a sub-
rogação completa ou da parcela principal da
contratação;
• II - que as microempresas e as empresas de
pequeno porte a serem subcontratadas sejam
indicadas e qualificadas pelos licitantes com a
descrição dos bens e serviços a serem fornecidos
e seus respectivos valores;
• elevadores, esteiras de bagagem, sistemas
de detecção de incêndio e etc.
• III - que, no momento da habilitação e ao
longo da vigência contratual, seja
apresentada a documentação de regularidade
fiscal das microempresas e empresas de
pequeno porte subcontratadas, sob pena de
rescisão, aplicando-se o prazo para
regularização previsto no § 1º do art. 4º (cinco
dias);
• IV - que a empresa contratada comprometa-se a
substituir a subcontratada, no prazo máximo de
trinta dias, na hipótese de extinção da
subcontratação, mantendo o percentual
originalmente subcontratado até a sua execução
total, notificando o órgão ou entidade contratante,
sob pena de rescisão, sem prejuízo das sanções
cabíveis, ou a demonstrar a inviabilidade da
substituição, hipótese em que ficará responsável
pela execução da parcela originalmente
subcontratada; e
• V - que a empresa contratada responsabilize-se pela
padronização, pela compatibilidade, pelo
gerenciamento centralizado e pela qualidade da
subcontratação.
Utilização indevida do benefício legal (ME e
EPP)
Exemplos:
Município Clã Familiar

GRUPO EMPRESARIAL DE ME/EPPS


EMPRESA CONTRATOS PÚBLICOS EM 2016
A (filho) R$ 2.388.544,45
B (pai e filhos) R$ 8.415.731,06
C (mãe e filhos) R$ 2.005.964,20
D (mãe e outros) R$ -
E (pai e filhos) R$ -
F (filha) R$ 6.419.885,14
TOTAL R$ 19.230.124,85
O edital de contratação deve ter as
seguintes regras:
• motivação e presença do interesse
público;
• necessidade de prévia autorização da
Administração;
• especificação das razões do serviço a ser
subcontratado e do prazo desejado;
• especificação do percentual que poderá
ser subcontratado.
TIPOS DOS SERVIÇOS
• Um dos possíveis objetos de uma licitação é o
serviço. Estudaremos as formas mais usuais neste
módulo.
• Antes precisamos entender basicamente o que é
um CONTRATO. De acordo com a Lei nº 8.666/93 ,
considera-se contrato todo e qualquer ajuste
entre órgãos ou entidades da Administração
Pública e particulares, em que haja um acordo de
vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual
for a denominação utilizada.
• CONTRATO X CONVÊNIO
• De acordo com os bons exemplos da IN 05/2017
podemos mensurar algumas práticas que NÃO devem
ocorrer no curso de um contrato de serviços:
I - possibilitar ou dar causa a atos de subordinação,
vinculação hierárquica, prestação de contas, aplicação
de sanção e supervisão direta sobre os empregados da
contratada;
II - exercer o poder de mando sobre os empregados da
contratada, devendo reportar-se somente aos
prepostos ou responsáveis por ela indicados, exceto
quando o objeto da contratação previr a notificação
direta para a execução como nos serviços de recepção
ou apoio administrativo, por exemplo;
III - direcionar a contratação de pessoas para
trabalhar nas empresas contratadas;
IV - promover ou aceitar o desvio de funções
dos trabalhadores da contratada;
V - considerar os trabalhadores da contratada
como colaboradores eventuais do próprio
órgão ou entidade responsável pela
contratação, especialmente para efeito de
concessão de diárias e passagens;
• VI - definir o valor da remuneração dos
trabalhadores da empresa contratada para
prestar os serviços, salvo nos casos específicos
em que se necessitam de profissionais com
habilitação/experiência superior à daqueles
que, no mercado, são remunerados pelo piso
salarial da categoria, desde que
justificadamente; e
• VII - conceder aos trabalhadores da
contratada direitos típicos de servidores
públicos, tais como recesso, ponto facultativo,
dentre outros.
• Depois de pactuado o contrato agora
iremos entender algumas tipologias de
serviços que usualmente são objeto de
contrato. Utilizaremos as premissas da IN
05/2017 para trazer tais conceitos:
- Os serviços considerados comuns são
aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo ato convocatório, por meio
de especificações usuais do mercado;
- Os serviços prestados de forma contínua são
aqueles que visam atender à necessidade
pública de forma permanente e contínua, por
mais de um exercício financeiro, de modo que
sua interrupção possa comprometer a
prestação de um serviço público ou o
cumprimento da missão institucional;
- Os serviços considerados não continuados ou
contratados por escopo são aqueles que
impõem aos contratados o dever de realizar a
prestação de um serviço específico em um
período predeterminado;
O Contrato de Obra tem como
objeto a construção, reforma,
fabricação, recuperação, ampliação
de determinado bem público,
podendo ser por Tarefa
(levantamento de um muro, por
exemplo) ou Empreitada
(construção hospital, por exemplo).
ENAP - Fiscal de Contrato, no âmbito da Administração pública,
qual das definições se aplica à pessoa que exerce essa
atividade?
a. Representante da Administração que acompanha a
execução de um contrato administrativo, aplicando as
multas contratuais quando do descumprimento de
cláusulas pela contratada.
b. Servidor, formalmente designado, que representa a
Administração na execução de um contrato administrativo,
dentro das competências que a Lei lhe confere.
c. Servidor encarregado da verificação da conformidade legal
do procedimento de contratação pública, desde a licitação
até a execução do contrato.
d. Servidor ou terceiro contratado que elabora e assina os
boletins de medição de obras contratadas, autorizando os
respectivos pagamentos.
e. Representante designado pela empresa contratada que
atua durante a execução do contrato.
ENAP - Qual dos documentos a seguir NÃO é
essencial para o exercício da fiscalização de
contratos?

a. Proposta da contratada e planilha de preços do


contrato.
b. Edital de licitação.
c. Mapa comparativo das propostas de preços da
licitação.
d. Termo de contrato e seus aditivos.
e. Projeto básico ou termo de referência.
DURAÇÃO DOS CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
Duração dos Contratos
Lei 8.666/93, Art. 57. Regra – duração dos créditos
orçamentários. Exceções:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais
poderão ser prorrogados se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no
ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de
forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas
à obtenção de preços e condições mais vantajosas
104
para a administração, limitada a sessenta meses;
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de
programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e
oito) meses após o início da vigência do
contrato.
Jurisprudência do STF
É que não há direito líquido e certo à prorrogação de
contrato celebrado com o Poder Público. Conforme o
inciso II do art. 57 da Lei 8.666/93 e a própria cláusula
nona do contrato, à impetrante se conferiu apenas uma
expectativa de direito, ficando à discricionariedade
da Administração Publica a decisão sobre a
prorrogação do ajuste. Assim, o acórdão do Tribunal de
Contas da União, ao determinar ao Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA que se
abstivesse de renovar o contrato com a autora, não lesou
qualquer direito subjetivo da impetrante (MS n
27.2008/AM, Pleno, rel Min. Ayres Britto, j. em
17.02.2010, DJ de 11.03.2010.
O APOSTILAMENTO se diferencia do TERMO ADITIVO, pois, o
primeiro, é utilizado para registrar variações no valor do
contrato que não caracterizem alteração do mesmo.
Geralmente essas variações são decorrentes de aplicação de
reajuste previsto no próprio contrato, de atualizações,
compensações ou penalizações financeiras decorrentes das
condições de pagamento nele previstas, bem como, nos
casos de empenho e dotações orçamentárias
suplementares. Ainda pode ser feito por apostilamento o
caso de mudança de fonte de recursos inicialmente previsto
no termo do contrato. Outras pequenas alterações que não
tenham maiores implicações na execução contrato, como
mudança de endereço das partes, retificações de CNPJ,
também podem ser feitas por apostila.
O termo aditivo pode ser usado para efetuar
acréscimos ou supressões no objeto (alterações
quantitativas do objeto), prorrogações, além de
outras modificações admitidas em lei que possam
ser caracterizadas como alterações do contrato. No
caso do termo aditivo obrigatoriamente o Órgão
deverá publicá-lo no Diário Oficial, que é condição
indispensável para a sua eficácia. Entretanto,
tratando-se de apostila, por não se tratar de
alteração do contrato, não há necessidade de sua
publicação.
ALTERAÇÃO CONTRATUAL –
QUANTITATIVA E QUALITATIVA
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - UNILATERALMENTE pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos
seus objetivos; qualitativa
O grande exemplo é o da falha geológica de
terreno, que impede a implantação da obra tal como
inicialmente prevista
b) quando necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por
esta Lei; quantitativa
II - POR ACORDO DAS PARTES:
a) quando conveniente a substituição da garantia de
execução;
b) quando necessária a modificação do regime de
execução da obra ou serviço, bem como do modo de
fornecimento, em face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de
pagamento, por imposição de circunstâncias
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado,
vedada a antecipação do pagamento, com relação ao
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução
de obra ou serviço;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração
da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis,
ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis,
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado,
ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou
fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual.
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar,
nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem
nas obras, serviços ou compras, até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular
de reforma de edifício ou de equipamento,
até o limite de 50% (cinqüenta por
cento) para os seus acréscimos.
Acórdão nº 215/1999-plenário TCU
Naquela ocasião, valendo-se do ensinamento
de Eros Roberto Grau, o Tribunal exemplificou, de
modo didático, a diferença entre alteração
qualitativa e quantitativa tomando como
exemplo a pavimentação de 100 quilômetros de
uma rodovia.
se o objeto contratado é a pavimentação de
100 quilômetros de uma rodovia, e, por
determinado motivo (a fim de atingir o interesse
público), a Administração resolve pavimentar mais
10 quilômetros dessa rodovia, nesse caso, tem-se
uma alteração quantitativa. Altera-se a dimensão
do objeto contratado (o qual, no caso, é
acrescido).
Por outro lado, se durante a fase de
planejamento a Administração previu que para
executar a pavimentação de 100 quilômetros da
rodovia eram necessários 1.000m³ de
terraplanagem, mas, por circunstâncias
supervenientes, constatou-se que seriam
necessários 1.200m³ (para a realização dos
mesmos 100 quilômetros de rodovia), tem-se,
nesse caso, uma alteração qualitativa.
Desta explanação se extrai que a alteração
qualitativa é uma condicionante para realização do
próprio objeto contratado. Ela não serve como
mecanismo para acrescer ou diminuir o objeto
inicialmente previsto, mas como instrumento para
que ele possa ser atingido.
FISCALIZAÇÃO PRÁTICA EM
CONTRATOS
EQUILÍBRIO ECONÔMICO DO
CONTRATO
REAJUSTE
O REAJUSTE tem por finalidade recompor o
equilíbrio financeiro do contrato em razão da
variação normal do custo de produção decorrente da
inflação. Podem ser utilizados índices específicos ou
setoriais, desde que oficiais.
REAJUSTE
• somente poderá ser realizado em
periodicidade igual ou superior a um ano,
contado a partir da data limite para
apresentação da proposta ou do orçamento
a que essa se referir;
• obrigatória a indicação no edital da
licitação do critério de reajuste
Qual índice Geral escolher?!

• INPC (Índices Nacional de Preços ao Consumidor):


verifica o custo de vida média das famílias com renda
mensal entre 1 e 6 salários mínimos, residentes nas
principais capitais (IBGE).
IPCA (Índice Nacional de Preços Ao Consumidor Amplo):
verifica o custo de vida das famílias com renda mensal
entre 1 e 40 salários mínimos, que residem nas principais
capitais (IBGE).
– É considerado medidor oficial da inflação no país –
utilizado pelo BACEN.
Como efetuar o reajuste?

• Deve estar previamente estabelecido no


contrato;
• Deve obedecer o interregno mínimo de um
ano, geralmente da data da proposta;
– A contagem de ano começa no dia tal e termina
no mesmo dia tal do ano seguinte
• Pode ser feito por apostilamento
REVISÃO
Objetiva corrigir distorções geradas por ocorrências
extraordinárias e imprevisíveis ou previsíveis com
consequências inestimáveis. (Art. 65, II, d, da Lei
8666/93)
Poderá ocorrer em momento anterior ao período
mínimo de um ano de sua vigência, diferentemente
do reajustamento que somente é aplicado após um
ano de sua celebração
REPACTUAÇÃO
E se não tiver
edital?

• Previsão no edital;
Que ao menos
esteja no
contrato.

• interregno mínimo de um ano;


• demonstração analítica da variação dos
componentes dos custos A comprovação é um
ônus da contratada!
- igual ao reajuste, deve estar prevista no
instrumento convocatório;
- observância de 12 (doze) meses, em regra;
Demais características:
a) Os preços praticados no mercado;
b) A nova planilha com a variação dos custos
apresentada;
c) Tabelas de fabricantes, valores oficiais de
referência, tarifas públicas, convenção coletiva
ou outros equivalentes;
- o contratado deverá solicitar seu direito à
repactuação contratual, da data da
homologação da convenção ou acordo
coletivo que fixar o novo salário normativo da
categoria profissional abrangida pelo contrato
administrativo a ser repactuado até a data da
prorrogação contratual subsequente, sendo
que se não o fizer de forma tempestiva e,
prorrogar o contrato sem pleitear a
respectiva repactuação, ocorrerá a preclusão
do seu direito a repactuar.
Contagem do interregno
anual:
Lei 8.666/93, artigo 40, XI:
– desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do
orçamento a que essa proposta se
referir;
Demonstração analítica da variação
dos custos
• É um ônus da contratada, na hipótese de
aumento do valor nominal
• Permitido o contraditório e a utilização de
todos os meios de prova admissíveis em
Direito;
• Necessidade de manifestação final da
Administração sobre o pleito - inclusive se
for mandar para o jurídico - não pode
simplesmente seguir o que diz a empresa.
O interregno mínimo de 1 (um) ano será contado:
• Para os custos relativos à mão-de-obra, vinculados à
data-base da categoria profissional: a partir da data da
vigência dos efeitos financeiros do acordo, dissídio ou
convenção coletiva de trabalho, vigente à época da
apresentação da proposta, relativo a cada categoria
profissional abrangida pelo contrato;
• Para os custos sujeitos à variação de preços do
mercado: a partir da data limite para apresentação das
propostas constante do Edital;
• Para os custos sujeitos à fixação de preços por órgãos
governamentais, tais como os relativos ao transporte
público: a partir da data do orçamento a que a
proposta se referir;
Resíduos Sólidos Ibiporã
• Redução do volume global de 1200T para
1100T
• Ajuste da km percorrida
• Readequação com os custos de MOB
REDUÇÕES
Combustíveis: de R$37.552,94 para R$20.922,41
Pneus: de R$19.103,06 para R$8.019,20
Manutenção: de R$18.121,11 para R$13.878,91
Depreciação: 19.933,22 para R$11.786,67

Preço tonelada R$ 298,50


para R$255,00
Não atualização do denominador na fórmula do
preço por tonelada – COLETA

17º Aditivo – 01/03/2015

20. PREÇO POR TONELADA:

PREÇO = 1.208.963,95 R$/mês R$ 215,89 /ton


5.600,00 ton./mês

20. PREÇO POR TONELADA:

PREÇO = 1.208.963,95 R$/mês R$ 176,39 /ton


6.854,00 ton./mês
Ano Base 2014
Não atualização do denominador na fórmula do
preço por tonelada – OPERADA ATERRO

17º Aditivo – 01/03/2015

14. PREÇO POR TONELADA:

PREÇO = 209.719,42 R$/mês R$ 38,13 /ton


5.500,00 ton./mês

14. PREÇO POR TONELADA:

PREÇO = 209.719,42 R$/mês R$ 28,81 /ton


7.279,20 ton./mês
Ano Base 2014
Cálculo de lucratividade
14. CUSTO MENSAL

Item 11 Custos Variáveis..................................................................................


= R$ 896.924,54 /mês
Item 13 Custos Fixos...............................................................
= R$ 139.762,05 /mês

CUSTO MENSAL = R$ 1.036.686,59 /mês

15. LUCRATIVIDADE
2,00% = R$ 20.733,73 /mês

16. CUSTOS + LUCRO


= R$ 1.057.420,32 /mês

17. ISS/COFINS/PIS SOBRE O FATURAMENTO MENSAL


PIS = 1,65% + COFINS = 7,6% + ISS = 3% 12,25% = R$ 147.617,08 /mês

18. FATURAMENTO MENSAL = R$ 1.208.963,95 /mês


“Operação, Manutenção e Vigilância do Aterro
Controlado”
17º Termo Aditivo

Economia de
R$ 51.120,00/mês
Ou
51,74%
Vida útil dos pneus subestimada
VALOR ORIGINAL DO CONTRATO

Valor contratual: 42.000 km com duas recapagens

FONTE: FGV
Economia de
R$ 5.748,60/mês
Uso após o período de vida útil

Verificando as Notas Fiscais de compra dos contêineres,


apresentadas pela Contratada, depreende-se que não houve
substituição da quantidade total de contêineres prevista no contrato,
dentro do período de 60 (sessenta) meses, tempo estipulado em
contrato como vida útil deste equipamento, e sim, de parte, após 84
(oitenta e quatro) meses.

FGV: 50%
Custo com manutenção superestimado
• Valor contratual: 85% do valor chassi + compactador para despesas
com peças e acessórios dos caminhões coletores. (85% do valor
chassi + poliguindaste – roda apenas 2.086 km/mês)

Economia de
29,41%

• Base Estudo FGV: 60% do valor


Fonte: Estudo sobre a Composição dos Custos de Execução de Serviços de Limpeza Pública no Estado de São Paulo. FGV
Projeto, 2014
Custo de depreciação dos caminhões

Economia de
23,7%

FONTE: FGV
Valor Residual 30% (após 60 meses)
Depreciação acumulada 70% (60 meses)
Estudo TCE/RS
Valor Residual e Vida Útil dos Veículos de Coleta

- Índice de 80% de depreciação em 5 anos comumente


utilizado nos projetos básicos é considerado elevado

- Banco de dados DETRAN/RS sobre os


valores de caminhões de coleta de
resíduos informados nas transferências
de propriedade
- 636 registros úteis após filtragem, sendo
432 veículos entre 1974 e 2016
8. Equipamentos, Ferramentas e
Consumos

Amostra de dados
8. Equipamentos, Ferramentas e
Consumos
1o 3o
ANO Quartil Média Quartil
1 27,57% 33,63% 43,40%
2 37,20% 43,13% 51,78%
3 42,84% 48,68% 56,68%
4 46,84% 52,62% 60,16% Faixas de depreciação
5 49,94% 55,68% 62,86%
de veículos de coleta
6 52,48% 58,18% 65,06%
7 54,62% 60,29% 66,93% de resíduos sólidos
8 56,47% 62,12% 68,54% sugeridas
9 58,11% 63,73% 69,96%
10 59,58% 65,18% 71,24%
11 60,90% 66,48% 72,39%
12 62,11% 67,67% 73,44%
13 63,22% 68,77% 74,41%
14 64,25% 69,79% 75,31%
15 65,21% 70,73% 76,14%
AO FINAL DA FISCALIZAÇÃO, NÃO ESQUECER DE
Após 17 meses, o MENSURAR OS BENEFÍCIOS.
aditivo de
CASO NO PLANEJAMENTO DA FISCALIZAÇÃO
reequilíbrio econ-
financ foi assinadoNÃO CONSIGA VISUALIZAR POSSÍVEIS
entre os BENEFÍCIOS, PROVAVELMENTE O ESCOPO E
interessados sem a OBJETIVOS DA FISCALIZAÇÃO NÃO
necessidade PROPORCIONARÃO
de RESULTADOS EFETIVOS.
processualização
do TCE
Vídeo: http://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/paranatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/custo-da-coleta-de-lixo-em-
ponta-grossa-pode-ser-menor-segundo-tribunal-de-contas/7542728/
Ações realizadas
• Nov/2017 – Auditoria
• Mar/2018 – Apresentação dos achados aos
interessados no TCE
• Abr/2018 – Criação da Comissão multidisciplinar
de assessoramento de grandes contratos;
• Mai/2018 - Plano de Ação com as ações de
melhoria (I – melhoria na fiscalização e gestão
contratual e; II – planilha de custos);
• Dez/2018 – Apresentação da nova planilha de
custos acordada pela concessionária e município;
• Jan/2019 – Visita in loco da equipe de auditoria
• Mar/2019 – Aditivo de reequilíbrio econômico-
financeiro.
E o meio ambiente?? A auditoria
realizou alguma ação??

Aterro controlado do Botuquara

Credenciamento: De R$ 114,00 para R$ 94,50 por


tonelada – diferença de R$ 19,50.
Mais de 7000 toneladas/mês
Econ mensal = R$ 7000 ton x R$ 19,50 = R$
136.500,00
Econ anual = R$ 136.500,00 x 12 = R$ 1.638.000,00
Econ contratual (5 anos) = R$ 8.190.000,00
Vídeo: http://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/paranatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/novo-aterro-que-ja-recebe-
lixo-de-ponta-grossa-fica-em-teixeira-soares/7823093/
SUPERFATURAMENTO

• Sobrepreço
• Superestimativa de quantitativos
• Jogo de planilha (altos preços
para itens que o licitante sabe
que serão alterados para mais e
de baixos preços para aqueles
que não serão executados ou
reduzidos)
• Deficiência de qualidade
SUPERFATURAMENTO

• Excessiva qualidade
• Jogo de cronograma
• Pagamento antecipado
• Reajustamentos irregulares
• Prorrogação de prazo
Sobrepreço x Superfaturamento
Sobrepreço: é a diferença entre o preço praticado
no contrato com a administração pública e o preço
praticado pelo mercado. A diferença positiva é
considerada potencial dano ao erário.

Por si só, o sobrepreço não é dano.


É necessário que o serviço/produto seja
prestado/entregue e ocorra o pagamento. Neste
caso ocorre o Superfaturamento
Quantidade de MOB superestimada
Quantidade de equipamentos
superestimada
VR, VA e VT
• Não tem caráter salarial, o que não o inclui na base de
cálculo do salário;
• o vale transporte é um direito concedido e garantido
por lei aos trabalhadores;
• O fornecimento de vale alimentação ou vale refeição é
facultativo pela empresa (Exceção: acordos,
convenção);

Mas, caso a empresa ofereça essa vantagem, ou seja


integrante do Programa de Alimentação do Trabalhador
(PAT), do Governo Federal, é obrigatório a companhia
fazer esses pagamentos nas férias??
Vale Refeição e Vale Alimentação
O vale alimentação e o vale refeição não são
considerados benefícios de natureza salarial e,
com isso, não entram na base de cálculo das
férias.
Mas é importante se atentar aos acordos e
convenções de trabalho, que podem garantir
direitos específicos a certas classes profissionais.
Adicional Periculosidade

Súmula nº 191 – TST


“ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE
DE CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga
redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016,
DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016

I – O adicional de periculosidade incide apenas


sobre o salário básico e não sobre este
acrescido de outros adicionais.
13º Salário ou gratificação natalina
• Previsto no Decreto n° 57.155, de 03/11/1965

“Art. 1º (...) Parágrafo único. A gratificação


corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço, do ano
correspondente, sendo que a fração igual ou superior
a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês
integral;”

• Trata-se de um direito garantido pela Constituição


Federal, é compulsório e tem natureza salarial.
• SAT – GIIL/RAT
As alíquotas do GIIL-RAT ou Seguro de Acidente de
Trabalho - SAT são de 1%, 2% ou 3%. Esta alíquota é
estabelecida de acordo com as atividades
preponderantes e correspondentes ao grau de risco.

• FAP – Fator Acidentário de Prevenção


O Fator Acidentário de Prevenção - FAP é um índice
aplicado sobre a contribuição GIILRAT, que tanto pode
resultar em aumento como diminuição da respectiva
contribuição. O FAP é um multiplicador aplicado sobre a
alíquota do seguro no qual varia num intervalo de
0,05% a 2,00%.
Adicional de insalubridade

• Previsto na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT

“Art . 192 - O exercício de trabalho em condições


insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40%, 20% e 10% do
salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.”
Adicional de insalubridade
• Súmula 448/TST - ATIVIDADE INSALUBRE
“I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo
adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre
na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou
coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não
se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo,
incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº
3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
Reposição do profissional ausente
Intrajornada - Previsão Legal – Art. 71 da CLT
Art. 71 – Em qualquer trabalho contínuo, cuja
duração exceda de 06 horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma)
hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho,
será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
(quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4
(quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão
computados na duração do trabalho.
Reposição do profissional ausente
Intrajornada - Previsão Legal – Art. 71 da CLT
“Art. 71 (...)
§ 4º - A não concessão ou a concessão parcial do
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais,
implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.”
VIGILANTES
Reposição do profissional ausente Ausência
Legal – Conforme disposto no artigo 473 da CLT
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao
serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento
do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa
que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência
social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de
casamento;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em
caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se
alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
Reposição do profissional ausente Ausência
Legal – Conforme disposto no artigo 473 da CLT
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17
de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer
a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames
complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou
companheira;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos
em consulta médica
“Art. 6º A Administração não se vincula às disposições
contidas em Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de
Trabalho que tratem de pagamento de participação dos
trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa
contratada, de matéria não trabalhista, ou que estabeleçam
direitos não previstos em lei, tais como valores ou índices
obrigatórios de encargos sociais ou previdenciários, bem
como de preços para os insumos relacionados ao exercício
da atividade.
Parágrafo único. É vedado ao órgão e entidade vincular-se
às disposições previstas nos Acordos, Convenções ou
Dissídios Coletivos de Trabalho que tratem de obrigações e
direitos que somente se aplicam aos contratos com a
Administração Pública.” IN 05/17 SLTI MPOG
ENAP - O fiscal do contrato de fornecimento de medicamentos par a
os postos de saúde do município, por residir há muito tempo na
localidade, tinha informações de que muitas outras pessoas que
residiam no município reclamavam da falta de remédios nos postos de
saúde.
Resolveu, então, fazer uma inspeção no estoque desses medicamentos e
verificou que no posto de saúde que ficava na área urbana, o maior
do município, o estoque de medicamentos era bem acompanhado
pelo farmacêutico, com informações individualizadas dos quantitativos
de todos os itens. Também apurou que nos postos de saúde rurais,
os estoques de medicamentos não eram individualmente controlados. O
que havia era apenas a conferência das quantidades de
medicamentos que chegavam com relação aos pedidos anteriormente
feitos.
O fiscal do contrato concluiu que o controle de estoques dos
medicamentos era deficiente e que era uma das causas das
reclamações dos munícipes. Logo após as constatações feitas,
encaminhou relatório sobre esse assunto para o seu superior
hierárquico.
Avalie essas ações do fiscal do contrato, marque a alternativa correta.
a. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois essa
inspeção estava fora das suas competências
b. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois
essa inspeção é uma atribuição do secretário de
saúde.
c. O fiscal do contrato não agiu corretamente, pois
essa inspeção é um a atribuição do secretário de
controle interno.
d. O fiscal do contrato agiu corretamente, todavia
deveria ter encaminhado o seu relatório para o
secretário de controle interno.
e. O fiscal do contrato agiu corretamente, pois
essa inspeção é uma técnica útil para a fiscalização
de contratos de fornecimento de medicamentos e, por
isso, faz parte das suas competências.
ENAP - No intuito de se certificar que o contrato
fosse executado exatamente da forma consignada na
proposta da empresa vencedora da licitação, a
Administração fez constar no edital da licitação a
obrigatoriedade de contratação de um fiscal, às
custas da empresa contratada. Como o contrato se
referia a serviços de informática com especificidades
e nível de detalhamento aprofundado, exigia-se que
a empresa comprovasse a qualificação técnica da
pessoa indicada, caso contrário a Administração
poderia determina r a substituição do fiscal.
Acerca do procedimento acima, indique a opção
certa, de acordo com as disposições da Lei
8.666/1993:
a. O procedimento está correto, pois a Lei 8.666/ 1993 obriga que todo
contrato administrativo deve ser acompanhado e fiscalizado, podendo
inclusive ser contrato terceiro estranho à Administração.
b. O procedimento está errado, pois a competência para fiscalizar a
execução de um contrato administrativo é da própria administração,
não sendo admitida a presença de terceiros nessa função.
c. O procedimento está errado, pois como o fiscal foi contratado pela
empresa, cabe a ela a escolha do fiscal e a definição das exigências de
qualificação dele.
d. O procedimento está correto caso a Administração declare
formalmente que não possui em seus quadros pessoal especializado no
objeto da contratação capaz de fiscalizar o fiel cumprimento das
obrigações por envolver conhecimento especializado.
e. O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal para
acompanhar a execução dos contratos é obrigação da Administração,
que deverá escolher dentre os servidores do quadro o que tenha
melhores condições para executar a tarefa.
Fonte: Manual de Gestão e
de Fiscalização de
Contratos de Serviços
Terceirizados da Enap
Fonte: Manual de Fiscalização de contratos da AGU
Fonte: Manual de Gestão e de Fiscalização de Contratos de Serviços Terceirizados da Enap
Rescisão ou Extinção Contratual
FORAM APRESENTADOS APÓS O ÚLTIMO MÊS DE
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS OS DOCUMENTOS
ABAIXO?
a. Houve manifestação do público usuário para
rescisão contratual?
b. Houve aplicação de penalidade/sanção?
c. Houve prazo para correção das obrigações
trabalhistas ou condição de habilitação - houve
justificativa? (ausência de má fé e de
incapacidade da empresa para corrigir)
d. Houve relatório de verificação comprovando o
efetivo dispêndio de salário e contribuições
trabalhistas, previdenciárias e do FGTS do mês
anterior?
Vamos exercitar?

179
037/2018 06/2018
Brilhante Limpeza Ltda 005 235 2145/00001
Limpeza, conservação, manutenção 100
João Canabrava Zé Galinha

Aux.
João da Silva Serv 15
16 15 -- -- 15
16 176,00
178,00 440,00
356,00
Gerais

Ana Maria Copeira 31 -- -- -- 29 178,00


176,00 440,00
356,00
Braga 30

Luciano Hulk Aux.


Serv 29
30 -- 01 -- 29
30 176,00
178,00 440,00
356,00
Braga
Manut

Orlando Lero Aux.


Serv 31
29 -- -- 01 30
29 176,00
178,00 440,00
356,00
Gerais
Resolução Case
1. Elencar as inconformidades identificadas;
2. Corrigir as inconformidades e recalcular os
parâmetros;
3. Calcular os valores a serem ressarcidos.

Planilha de custos de MOB.xls


037/2018 06/2018
Brilhante Limpeza Ltda 005 235 2145/00001
Limpeza, conservação, manutenção 100
João Canabrava Zé Galinha

Aux.
João da Silva Serv 15
16 15 -- -- 15
16 88,00
178,00 440,00
356,00
Gerais

Ana Maria Copeira 29


31 -- -- -- 15
29
29 178,00
176,00
0 420,00
356,00
Braga 30

Luciano Hulk Aux.


Serv 29
30 -- 01 -- 29
30 178,00
168,00 440,00
356,00
Braga
Manut

Orlando Lero Aux.


Serv 31
29 -- -- 01 30
29 178,00
168,00 356,00
420,00
Gerais
PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS
IDENTIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
Quantidade total a
Tipo de Serviço Unidade de medida contratar (em função
da unidade de
AUX SERVIÇOS GERAIS, MANUTENÇÃO E COPEIRA Posto de Trabalho 4

I - SALÁRIO ESTIMADO DO PROFISSIONAL (R$) 1.200,00

II - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO (R$)


Salário-base 1.200,00
Adicional de Insalubridade
TOTAL DA REMUNERAÇÃO (R$) 1.200,00

III - ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO (R$)


GRUPO A
A.01 INSS 20,000% 240,00
A.02 FGTS 8,000% 96,00
A.03 SESI/SESC 1,500% 18,00
A.04 SENAI/SENAC 1,000% 12,00
A.05 INCRA 0,200% 2,40
A.06 SEBRAE 0,600% 7,20
A.07 Salário Educação 2,500% 30,00
A.08 Riscos Ambientais do Trabalho – RAT x FAP 3,000% 36,00
TOTAL - GRUPO A 36,800% 441,60
GRUPO B
B.01 13º Salário 8,333% 100,00
B.02 Férias (Incluindo 1/3 constitucional) 11,111% 133,33
B.03 Aviso Prévio Trabalhado 1,944% 23,33
B.04 Auxílio Doença 1,389% 16,67
B.05 Acidente de Trabalho 0,333% 4,00
B.06 Faltas Legais 0,278% 3,33
B.07 Férias sobre Licença Maternidade 0,074% 0,89
B.08 Licença Paternidade 0,021% 0,25
TOTAL - GRUPO B 23,484% 281,80

TOTAL - ENCARGOS SOCIAIS (R$) 60,284% 723,40

VALOR TOTAL DE REMUNERAÇÃO + ENCARGOS SOCIAIS (R$) 1.923,40

IV - INSUMOS
EPI 18,31
Auxílio alimentação 440,00
Vale Transporte 176,00
Desconto legal sobre transporte (máximo 6% do salário-base) -72,00
TOTAL - INSUMOS (R$) 562,31

VALOR TOTAL DE REMUNERAÇÃO + ENCARGOS SOCIAIS + INSUMOS (R$) 2.485,71

IV - LUCRO E DESPESAS INDIRETAS (LDI)


Despesas Administrativas/Operacionais 5,00% 124,29
Lucro 5,00% 130,50
Total - Despesas Administrativas/Operacionais + Lucro 10,00% 254,79
ISSQN ou ISS 5,00% 150,00
COFINS 3,00% 90,00
PIS 0,65% 19,50
TOTAL - Impostos 8,65% 259,50
% Total - LDI 20,69% 514,29

PREÇO MENSAL PARA 1 (UM) POSTO (R$) 3.000,00


OBRIGADO

Você também pode gostar