Livro Manga Tudo
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Livro Manga Tudo
Manga - Produção
Integrada, Industrialização
e Comercialização
Editores:
Danilo Eduardo Rozane
Ricardo José Darezzo
Ronilda Lana Aguiar
George Hial Alberto Aguilera
Laércio Zambolim
I
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
CAPA:
Alexandre Antônio da Silva - e-mail: [email protected]
DIAGRAMAÇÃO:
Hélder Alves dos Reis – e-mail: [email protected]
IMPRESSÃO:
Suprema Gráfica e Editora Ltda - e-mail: [email protected]
REVISÃO LINGÜÍSTICA:
José Tarcísio Barbosa - e-mail: [email protected]
PEDIDOS PARA:
Universidade Federal de Viçosa
Empresa Júnior de Agronomia
Tel.: (031)3899-2163
Fax.: (031)3899-2614
www.ufv.br/eja
e-mail: [email protected]
Inclui bibliografia.
II
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Dedicamos
Os editores.
III
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
IV
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
AGRADECIMENTOS
Os editores
V
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
E m p re sa Jún ior d e A gr o no m ia
G estão 2004
Diretor-Presidente
Danilo Eduardo Rozane
Diretor Vice-Peresidente
George Alberto Hial Aguilera
Diretor de Projetos
Ricardo José Darezzo
Diretor de Qualidade
Caetano Carvalho Berlatto
Diretor de Marketing
David Elias Amalfi Moreira
Diretor de Fisco-Curador
Bruno Neves Ribeiro
VI
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
PREFÁCIO
VII
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
PRÓLOGO
Gonçalves Dias
VIII
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
SUMÁRIO
PANORAMA ECONÔMICO DA CULTURA E COMERCIALIZAÇÃO DA MANGA
Viviani Silva Lirio..............................................................................................................01
PROPAGAÇÃO DA MANGUEIRA
José Maria Moreira Dias, Rodrigo Sobreira Alexandre, Delcio de Castro Felismino e
Dalmo Lopes de Siqueira.................................................................................................79
IX
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
X
Panorama Econômico da Cultura e Comercialização da Manga
1. INTRODUÇÃO
1
Professora da Universidade Federal de Viçosa. [email protected]
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Panorama Econômico da Cultura e Comercialização da Manga
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Manga Arroz Feijão*** Milho *** Soja Trigo
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Panorama Econômico da Cultura e Comercialização da Manga
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Panorama Econômico da Cultura e Comercialização da Manga
A manga é hoje, uma das mais importantes frutas tropicais que com-
põem a dieta alimentar das classes média e alta brasileira, com um consumo
médio per capita da ordem de 1,2 kg/ano. No entanto, em algumas capitais,
como São Paulo, o consumo de manga alcança 2,5 kg/per capita/ano
(EMBRAPA, 2004).
No interior do País, ainda se observa, largamente, o consumo infor-
mal da fruta. É típico encontrar, em pequenas cidades brasileiras, o discurso
de que a boa manga é a “colhida no pé, pintadinha e com fiapo, para chupar
e não comer aos pedaços”. Essa é uma cultura alimentar que, com o passar
dos anos, tem se atenuado, e é importante que isso ocorra, pois a inserção
competitiva no mercado internacional será bastante beneficiada com a cri-
ação de um mercado consumidor atento e exigente. Quanto melhor a quali-
dade demandada pelo consumidor doméstico, melhor o padrão de adequa-
ção da produção nacional.
Desconsiderando esse consumo rudimentar, em termos comerciais
constata-se que a comercialização de manga no mercado interno brasileiro
centraliza-se, praticamente, em uma variedade - Tommy Atkins – que re-
presenta quase 80% da área plantada no Brasil. Essa escolha deve-se ao
fato de tratar-se de variedade muito produtiva, com atrativa coloração de
casca (avermelhada), apresentando-se pobre nos atributos de qualidade de
polpa, como sabor e ausência de fibras (TODAFRUTA, 2004).
De acordo com QUEIROZ PINTO, 2004), a qualidade da manga
exportada ou apresentada nos balcões de atacadistas e varejistas no merca-
do interno representa o fator principal na escolha do consumidor. No entan-
to, há que se considerar que o termo qualidade é, per si, bastante vago,
podendo representar uma gama variada de elementos e características in-
trínsecas do produto, podendo, inclusive, variar entre regiões. Em se tratan-
do de um produto alimentar, destacam-se os atributos externos e a
palatabilidade – espera-se um fruto de bom tamanho (não exagerado), apa-
rência vistosa e sem machucados (defeitos), de bom sabor e baixa quanti-
dade de fibras.
Segundo o referido autor, em tese, o consumidor não se preocupa se
a variedade de manga é mais produtiva ou mais resistente a uma determina-
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Fonte: Agrianual, 2004. Dados básicos coletados dos CEASAs locais e deflacionados segun-
do o IGP-DI (FGV).
Figura 4 – Comportamento dos preços de mangas selecionadas em merca-
dos d referência. Médias anuais (Reais/kg).
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA
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Melhoramento Genético da Manga (Mangifera Indica L.) No Brasil
1. INTRODUÇÃO
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2. A CITOGENÉTICA DA MANGUEIRA
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3. RECURSOS GENÉTICOS
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4. O MECANISMO DE REPRODUÇÃO
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Melhoramento Genético da Manga (Mangifera Indica L.) No Brasil
na planta (Pinto et al., 1987). Resultado superior foi obtido nas mesmas
condições dos Cerrados na cultivar Mallika, a qual apresentou uma média
de 82,5% de flores estaminadas nas três porções basal, média e apical na
panícula, enquanto a ‘Amrapali’ apresentou 65,8% desse tipo de flor. Em
ambas as variedades, a concentração de flores hermafroditas aumentou da
base para a porção apical da panícula, variando de 8,4% para 28,7% na
‘Mallika’ e de 30,1% para 43,6% na ‘Amrapali’.
Além de fatores ambientais, várias condicionantes fisiológicas estão
envolvidas na expressão e na relação sexual entre flores estaminadas e
hermafroditas. A observação de que variedades de mangueira adaptadas a
climas tropicais geralmente têm rendimento baixo quando exploradas em
climas subtropicais, deve-se possivelmente devido à baixa proporção de flo-
res hermafroditas (Singh et al., 1965). Esta hipótese de que a maior propor-
ção de flores hermafroditas na panícula da mangueira esteja correlacionada
com um maior vingamento e produtividade da planta é bastante controverti-
da e pouca aceita. Alguns estudos têm demonstrado que uma maior relação
entre flores perfeitas e estamindas não influencia uma maior produtividade,
se a proporção de flores hermafroditas for inferior a 4% ( Singh, 1964).
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5. OBJETIVOS DO MELHORAMENTO
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fácil de ser realizada (Cilliers, et al., 1996). No entanto, esses autores rela-
tam que o progresso genético desse método é lento devido: (1) ao grande
número de características de qualidade de frutos e produção envolvidas; (2)
ao pouco conhecimento da herdabilidade das principais características de
importância econômica e das correlações genéticas entre elas; e (3) ao
longo período de juvenilidade.
Assumindo como verdadeiros os pressupostos da genética quantitati-
va, de que em uma população alógama e em equilíbrio de Hardy-Weinberg,
o pólen de qualquer indivíduo tem a mesma probabilidade de fecundar o
óvulo de qualquer outro indivíduo (Falconer, 1989), pode-se afirmar que qual-
quer planta de manga originada de semente tomada ao acaso seja um híbri-
do. Assim, as progênies originadas de sementes a partir de populações de
polinização aberta são consideradas todas híbridas meias-irmãs, sendo ape-
nas o progenitor feminino conhecido (Fehr, 1987; Falconer, 1989; Borém,
1997, Pinto, 1999). Conseqüentemente, a eficiência deste método, em ter-
mos de ganho genético ao final de um ciclo de seleção, é bem menor que o
de cruzamentos controlados (Hansche, 1983; Falconer, 1989; Bruckner,
1999). Contudo, como a propagação vegetativa permite a perpetuação de
qualquer genótipo, superior, híbrido ou não, tão logo este seja identificado,
essa menor eficiência é em parte compensada pela simplicidade e pelo menor
custo, especialmente de mão-de-obra, desse método (Hansche, 1983;
Poehlman & Sleper, 1995; Iyer & Degani, 1997; Mukherjee, 1997; Bruckner,
1999).
A eliminação precoce de genótipos indesejáveis é uma estratégia cada
vez mais utilizada para aumentar a eficiência da seleção, uma vez que a
mangueira, pela facilidade da reprodução assexuada, é uma espécie apro-
priada ao manuseio da seleção recorrente, também denominada de seleção
fenotípica individual (Cilliers et al., 1996). Também a seleção precoce de
genótipos desejáveis pode tornar esse método mais eficiente, sendo a
biotecnologia uma importante ferramenta de auxílio.
A quase totalidade das mais de mil cultivares existentes atualmente
na Índia e todas as cultivares desenvolvidas na Flórida foram criadas/de-
senvolvidas através deste procedimento (Iyer & Degani, 1997; Mukherjee,
1997). A cultivar Haden, por exemplo, lançada na Flórida, em 1910, origi-
nou-se de uma planta de sementes da cultivar Mulgoba. A planta seleciona-
da tinha frutos de coloração vermelha altamente atrativa e apresentava pro-
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das às causas ambientais pode ser atribuída a fatores diversos, como efeitos
de mutação (Poehlman & Sleper, 1995). A seleção clonal também pode ser
considerada como a seleção intra-clonal, ou seja, seleção dentro de uma
cultivar propagada assexuadamente (Fehr, 1987; Poehlman & Sleper, 1995;
Iyer & Dinesh, 1996), como ocorre com a maioria das fruteiras perenes.
A seleção clonal tem produzido resultados valiosos em manga e, por-
tanto, parece ser válida especialmente em países onde certas cultivares
estão em cultivo por longos períodos (Iyer & Dinesh,1996). Mutações
somáticas acumuladas ao longo dos anos são preservadas através da pro-
pagação vegetativa, oferecendo oportunidade para seleção de clones den-
tro da cultivar. Naik (1948) relatou a existência de variação intraclonal para
várias características de frutos de manga, e desde então, muitos outros es-
tudos foram realizados sobre o assunto (Singh & Chadha, citados por Iyer
& Dinesh, 1996; Singh et al., 1985; Singh, citado por Iyer & Dinesh, 1996).
Em um estudo de 13 anos envolvendo diferentes clones originados da culti-
var Dashehari, Singh & Chadha, citados por Iyer & Dinesh (1996), obser-
varam que um deles foi marcadamente superior aos demais em relação à
regularidade da produção, produtividade e resistência à malformação. Por
sua vez, Singh et al. (1985) conseguiram isolar, com base na produtividade
e qualidade de frutos, dois clones da cultivar Langra, que se mostraram bem
superiores à cultivar de origem, em relação a essas características. Mayers
et al., citados por Iyer & Dinesh (1996) e Whiley et al. (1993) relataram
que seleções promissoras dentro da cultivar Kensington têm sido identificadas
na Austrália.
Na seleção clonal, a avaliação dos novos clones deve seguir os mes-
mos procedimentos dos demais métodos, cujos experimentos devem ser
repetidos em diferentes ambientes, onde os novos materiais gerados são
comparados entre si e com cultivares comerciais padrões (Fehr, 1987;
Poehlman & Sleper, 1995; Falconer, 1989; Iyer & Dinesh, 1996; Borém,
1997), visando confirmar a superioridade destes. Outro aspecto importante
e que pode contribuir, significativamente, para o sucesso do procedimento é
a utilização de marcadores isoenzimáticos e/ou moleculares, para detectar
se de fato os novos clones diferem geneticamente da cultivar ou cultivares
que lhes deram origem (Iyer & Dinesh, 1996).
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Este programa tem por objetivo obter cultivares que combinem alta
produtividade e qualidade dos frutos com resistência à mosca-das-frutas,
antracnose, oídio, mal-formação e seca-da-mangueira. É sem dúvida, um ob-
jetivo difícil de ser atingido, mas a seleção no ano 2000 da variedade IAC 111,
uma filha de mãe Surpresa com pai ignorado, com alta resistência à mosca-
das-frutas, resistência à antracnose e seca-da-mangueira, com boa qualidade
de fruto, demonstra que o objetivo é viável. A IAC 111 é altamente suscetível
à mal-formação e sua produtividade, ainda sendo avaliada, não parece ser
boa. Ela deve ser usada como paterna no programa de melhoramento.
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seleções de híbridos tais como o CPAC 142/86, CPAC 23/86, CPAC 98/86,
CPAC 263/93, CPAC 294/94, CPAC 256/94 e CPAC 329/94 apresentam
excelentes características de frutos de tamanho médio e alto rendimento de
frutos/planta. A seleção CPAC 07.294/94 apresentou porte anão e produ-
ção precoce aos 2 anos de idade, porém os frutos são de baixa qualidade,
quanto ao sabor. Existem seleções excelentes quanto à produtividade e qua-
lidade do fruto como a CPAC 23/86, CPAC 23/93, a CPAC 256/94 e CPAC
329/94.
Um novo projeto, visando a obtenção de variedades a partir de cruza-
mentos abertos, está sendo instalado na EMBRAPA/CPAC, utilizando o
delineamento estatístico do quadrado latino. Esta metodologia promoverá
uma melhor aleatoriedade dos cruzamentos entre as variedades selecionadas
bem como, uma colheita mais orientada, permitindo-se estimar a probabili-
dade da herança de certas características dos frutos híbridos obtidos e que
serão semeados para obtenção das progênies F1 (Fig. 5.1).
A utilização de plantas anãs sobre-enxertadas com variedades mono
e poliembriônicas e o confinamento de moscas polinizadoras dentro dos sa-
cos plásticos envolvendo as panículas das duas variedades ou mantendo-as
em telados protegidos, faz parte do novo aprimoramento de técnicas dentro
do programa de hibridação intervarietal de mangueiras no CPAC (Pinto,
1994a). As vantagens do uso da técnica de recuperação de copa e do
confinamento em telados com moscas são a obtenção de um maior número
de híbridos por meio de cruzamentos múltiplos ou policruzamentos,
consequindo-se uma maior população de material elite, além da possibilida-
de de também se aumentar rapidamente a variabilidade genética na popula-
ção de progenitores. Mesmo usando-se 2 variedades-copa que tenham
florescimento em época diferente, como a ‘Winter’ e ‘Palmer’, com a prá-
tica da irrigação e da indução floral, pode-se sincronizar o florescimento e
utilizá-las em copa múltipla sem problema.
Programas de melhoramento da manga em outros Estados, como o
desenvolvido pela FCAV-UNESP em Jaboticabal-SP, tem selecionado hí-
bridos oriundos de cruzamentos aberto, com características comerciais bas-
tante aceitáveis, como as variedades Coração-de-Boi, Alda, Natalina e Pa-
vão (Donadio, 1996). Recentemente, o Instituto Agronômico, em Campi-
nas-SP, lançou duas variedades IAC-103 Espada Vermelha e IAC-107 Dura
ambas muito resistentes aos dois tipos de Seca-da-Mangueira (aérea e do
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novo e variado “pool” gênico que não estaria disponível por meio do melho-
ramento clássico (Aragão et al., 1998; Brasileiro & Dusi, 1999).
Embora se reconheça a importância atual das técnicas de cultivo in
vitro e, em particular, da engenharia genética como ferramentas que o
melhorista não deve perder de vista, a abordagem, neste tópico, se limitará
apenas à aplicação dos marcadores moleculares por serem estes de maior
interesse imediato dos melhoristas em geral e da manga em particular.
Entende-se por marcadores moleculares as características de DNA
que diferenciam dois ou mais indivíduos e que são herdadas geneticamente.
Atualmente, diversos tipos de marcadores moleculares estão disponíveis, os
quais se diferenciam entre si, pela tecnologia utilizada para revelar a varia-
bilidade a nível de DNA (Milach, 1998).
Em plantas, a identificação dos primeiros marcadores moleculares
ocorreu na década de 70 e estes foram os marcadores de RFLP -
Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos de Restrição. Esses
marcadores apresentam as desvantagens de exigirem sondas radioativas e
técnicas sofisticadas e laboriosas, sendo, portanto, de difícil utilização no dia
a dia do melhoramento (Rafalski & Tingey, 1993). Foi somente após o de-
senvolvimento das técnicas de PCR - Reação de Polimerase em Cadeia,
que os marcadores moleculares ganharam maior atenção por parte dos
melhoristas de plantas. Diversas técnicas foram desenvolvidas, cada uma
com suas vantagens e desvantagens, porém, todas eficientemente aplicá-
veis ao melhoramento (Rafalski & Tingey, 1993; Bretting & Widrlechner,
1995; Ferreira & Grattapaglia, 1998). Os principais marcadores baseados
na técnica de PCR são: RAPD - Polimorfismo de DNA Amplificado ao
Acaso; AFLP - Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos Amplifica-
dos, e Microsatélites ou SSR - Sequências Simples Repetidas (Ferreira &
Grattapaglia, 1998). Existem, ainda, os marcadores baseados em locos hi-
persensíveis de mini-satélites ou VNTR - “Variable Number of Tandem
Repeats”, os quais são uma variação dos marcadores de RFLP; e os
marcadores isoenzimáticos, que são baseados em diferenças na mobilidade
de enzimas (proteínas) e vem sendo utilizados desde a década de 60 (Bretting
& Widrlechner, 1995; Ferreira & Grattapaglia, 1998).
Dos marcadores baseados em PCR, os Micro-satélites ou SSR são
considerados os mais informativos, porém de alto custo, enquanto os de
RAPD são os mais simples e de mais baixo custo (Ferreira & Grattapaglia,
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12. CONCLUSÕES
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Propagação da Mangueira
PROPAGAÇÃO DA MANGUEIRA
José Maria Moreira Dias1; Rodrigo Sobreira Alexandre2;
Delcio de Castro Felismino2; Dalmo Lopes de Siqueira1.
1. INTRODUÇÃO
1
Prof. do Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa. Campus
Universitário; UFV; CEP.: 36.570-000: Viçosa-MG.; E-mail: [email protected]
2
Doutorando do Departamento de Fitotecnia/UFV;
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2. REPRODUÇÃO DA MANGUEIRA
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Propagação da Mangueira
3. PROPAGAÇÃO DA MANGUEIRA
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Propagação da Mangueira
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3.2.2.2. Enxertia
Obtenção do porta-enxerto
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
Métodos de semeadura
Semeadura em leitos
Os leitos devem ser preparados em locais planos ou levemente incli-
nados; bem batidos pelo sol e protegidos contra os ventos; livres de plantas
daninhas de difícil eliminação; afastados de plantas adultas ou de pomares
velhos ou abandonados; e próximos de uma fonte abundante de água de boa
qualidade. Os solos para sementeira devem ser férteis, bem estruturados e
bem drenados.
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Propagação da Mangueira
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Semeadura em recipientes
A formação da muda de mangueira pelo sistema de semeadura direta
em recipientes (sacolas plásticas ou tubetes) apresenta como vantagens:
menor uso de mão-de-obra; seleção de embriões recém-germinados e uni-
formes; separação dos embriões somáticos, o que resulta em maior unifor-
midade dos porta-enxertos; aceleração na obtenção do porta-enxerto; e maior
eficiência na formação da muda, devido à redução de tempo (Manica, 2001;
Mancin et al., 2004). Ribeiro et al. (1994), ao avaliarem o desenvolvimento
de porta-enxertos em sacolas plásticas, verificaram que o melhor desenvol-
vimento foi induzido no cultivar ‘Tommy Atkins’ pelos porta-enxertos
‘Supresa’, ‘Florigon’ e ‘M 13-269’.
O recipiente deve apresentar tamanho (altura x diâmetro) suficiente-
mente adequado, para permitir pleno desenvolvimento do sistema radicular
e da parte aérea do porta-enxerto, assegurando condições apropriadas para
a realização bem sucedida da enxertia e que permita à planta enxertada,
formar todos os seus elementos definitivos, de acordo com as normas e
padrões estabelecidos para esta fruteira. Como recipientes, têm sido utiliza-
das sacolas de plástico de cor preta, com dimensões de 35 a 40 cm de
altura, com 22 a 25 cm de diâmetro e de 0,12 a 0.15 mm de espessura.
Devem-se adquirir sacolas perfuradas na base e até a um terço de sua
altura, visando melhor arejamento das raízes e escoamento do excesso de
água.
Para o enchimento dos recipientes, tem sido recomendado o empre-
go da seguinte mistura de substratos: 3 partes de terriço de ótima qualidade
e 1 parte de esterco bem curtido, adicionando, em cada m3 da mistura, 3 kg
94
Propagação da Mangueira
95
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
96
Propagação da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
98
Propagação da Mangueira
Métodos de enxertia
Das três modalidades de enxertia: encostia, borbulhia e garfagem,
apenas as duas últimas têm importância prática e econômica. Estas apre-
sentam submodalidades e, dentro de cada submodalidade, existem diferen-
tes tipos e até subtipos; todos perfeitamente utilizáveis na enxertia da man-
gueira. Entretanto, serão descritos somente os modelos mais eficientes e
utilizados para a propagação desta fruteira.
99
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
100
Propagação da Mangueira
101
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
102
Propagação da Mangueira
foram influenciados pelos cultivares utilizados com enxerto, porém não pelo
tipo de garfagem no topo.
103
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Propagação da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Propagação da Mangueira
107
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
tar resquício de lenho, tendo no seu centro uma gema (Figura 15B). Este é
inserido na janela aberta no porta-enxerto (Figura 15B). Após esta justapo-
sição, faz-se o amarrio com fita plástica, de modo a cobrir todas as partes
cortadas (Figura 15C), quando se tratar de períodos sujeitos a chuvas; em
épocas secas, a gema poderá ficar descoberta (Figura 15D). Iniciada a
brotação, deve-se retirar a fita plástica e decapitar o porta-enxerto (Figura
15E).
A retirada do escudo de casca pelo uso tão somente do canivete de
enxertia, por mais habilidoso que seja o enxertista, proporciona diferenças
de formato e dimensões deste escudo retirado, respectivamente, no porta-
enxerto e na haste porta-borbulhas. Por isso, para extrair estes escudos de
casca, já existem, hoje, instrumentos cirúrgicos, como furador de couro ou
cartuchos vazios de arma de fogo, tendo suas bases fixadas em um suporte.
Assim, a janela aberta no porta-enxerto terá a mesma dimensão e formato
do escudo do enxerto (Figura 16). Isto concorrerá para tornar esse tipo de
enxertia de execução mais rápida, aproximando ou alcançando o rendimen-
to da escudagem sob casca em “T” invertido.
A retirada da fita plástica é feita por etapas entre os 40 e 60 dias
depois da enxertia. Inicia-se por cortá-la parcialmente, a qual permanece,
de modo frouxo na planta, protegendo a borbulha. Ao mesmo tempo, retira-
se um semi-anel de casca na haste do porta-enxerto a mais ou menos 2 cm
acima do ponto de enxertia e do lado contrário à borbulha, visando forçar a
brotação da mesma. Após o pegamento do enxerto, elimina-se a parte ter-
minal do porta-enxerto, a uma altura de 10 cm acima do enxerto, deixando-
se de 3 a 5 folhas nesta porção do porta-enxerto. Surgindo brotações em
qualquer parte do porta-enxerto, estas devem ser eliminadas, para evitar
concorrência com a borbulha enxertada. Aos 15-20 dias depois da retirada
da fita, a gema do enxerto começa a brotar. É quando se elimina o porta-
enxerto, decapitando-o a aproximadamente 1 cm acima do ponto de enxertia.
Decorridos, aproximadamente, 6 meses da enxertia, a muda, normalmente,
estará formada, apta para tomar sua destinação final.
São José (1992), ao empregar este modelo de borbulhia, alcançou
100 % de pegamento, enxertando ‘Haden’ nos cultivares porta-enxerto
‘Coquinho’ e ‘Carabao’.
Um viveiro com mudas de mangueira, já enxertadas e aos nove me-
ses após a semeadura, pode ser visto na Figura 17.
108
Propagação da Mangueira
Enxertia múltipla
Uma das vantagens da enxertia é permitir a produção de mudas es-
peciais, com vistas a atender, geralmente, pomares domésticos, onde, mui-
tas vezes, o espaço disponível é pequeno, não permitindo plantar várias mudas.
Tal obstáculo pode ser resolvido, formando os porta-enxertos com 3 a 5
ramos vigorosos, bem distribuídos, saindo de pontos diferentes e a uma altu-
ra entre 50 a 60 cm acima do solo; e, quando estes apresentarem as carac-
terísticas padrões de um porta-enxerto normal, serão enxertados, cada ramo
com um cultivar diferente, previamente escolhido. Aconselha-se realizar a
enxertia por garfagem de topo, por formar, mais rapidamente, a copa com
os múltiplos cultivares. Deve-se ter o cuidado de se realizarem desbrotas
freqüentes do porta-enxerto, de modo a não dificultar o crescimento dos
enxertos, visto que estes já enfrentarão uma concorrência natural entre eles.
É importante que se escolha os enxertos com semelhante grau de vigor,
para aquele porta-enxerto, de modo a evitar competição desigual entre eles.
Trata-se de um método pouco prático, mas que gera desejo e curiosi-
dade naquelas pessoas que gostam de frutas, mas que não possuem espaço
suficiente para o cultivo de muitas frutíferas. Poderá vir a ser um método
importante para atender à Fruticultura urbana.
Como discutido anteriormente, o êxito do método da enxertia depen-
de de um elenco de fatores, dentre eles a modalidade e a submodalidade,
com seus mais variados tipos e subtipos. O índice de pegamento geralmente
é alto, tanto pela garfagem, como pela borbulhia, nas suas respectivas
submodalidades e tipos. Entretanto, esse índice será tanto maior, quanto
maior for o adestramento e vivência do enxertista em trabalhar com elas.
Talvez por isso é que as garfagens de topo e as borbulhias por escudagem
109
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
têm proporcionado os mais altos índices de pegamento, razão pela qual são
descritas neste trabalho.
O método de enxertia por garfagem no topo à inglesa simples tem
demonstrado maior vigor inicial do enxerto e, ademais, o ramo enxertado já
se forma na vertical, dando continuidade ao ramo do porta-enxerto (Toda
Fruta, 2004). Já Manica (2001) aconselha utilizar o método de enxertia de
garfagem no topo em fenda. Nas condições de Viçosa-MG, a garfagem de
topo, nas suas três submodalidades, tem mostrado superioridade sobre os
demais modelos de enxertia, seja quanto ao índice de pegamento, seja quan-
to ao vigor e desenvolvimento do enxerto.
Embora a cultura de células e tecidos vegetais constituia um método
de propagação vegetativa, este tema será, por suas particularidades, abor-
dado, separadamente, mais adiante.
Transplantio
A muda obtida por enxertia, formada diretamente no solo do viveiro
ou em recipientes, quando apresentar dois fluxos de crescimento maduros,
estará pronta para ser plantada no pomar ou para ser comercializada. Quando
produzida diretamente no solo do viveiro, a muda formada é arrancada,
embalada e aclimatizada. E, tão logo termine a aclimatização, o que, em
geral, ocorre ao redor de 10 dias, a muda necessita ser plantada prontamen-
te. Após esta fase, as mudas de mangueira, normalmente emitem novos
surtos de raízes, ainda no local de aclimatização. Neste caso, deve-se, en-
tão, cortar a parte exposta das raízes, antes do transporte, armazenando-as
em locais protegidos e irrigando-as, diligentemente, visando recuperá-las
dos estresses.
Sobre-enxertia
Por várias razões, pode-se desejar trocar a variedade copa já forma-
da no pomar, normalmente com vários anos de produção, reaproveitando o
sistema radicular vigoroso do porta-enxerto, o qual deve encontrar-se sem
debilidades biológicas e/ou fisiológicas. Desta forma, podem-se substituir de
forma escalonada as linhas do pomar, sem que essa operação cause uma
queda drástica na produção. Por esse método, transformam-se plantas de
cultivares de baixa produtividade ou com pequeno interesse pelo mercado,
por outras que apresentem características agronômicas de maior valor.
110
Propagação da Mangueira
5.1. Organogênese
113
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
6. REFERÊNCIAS
120
Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Propagação da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
128
Propagação da Mangueira
a a
b b
A B
A
Figura7. Hastes porta-borbulha da mangueira ‘Ubá’
(A). Detalhe da gema (B).
129
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
A B C D
E F G H I J K
L M N O P Q
A B C D
131
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
A B C D
Figura 11. Garfagem lateral embutida no alburno. Detalhes: do bisel duplo
desigual no garfo e do entalhe feito no porta-enxerto (A); da justaposição
dos dois biontes (B); da ligadura-atadura e proteção (C); do início da brotação
da gema apical (D).
A B C D
Figura 12. Borbulhia por escudagem sob casca em “T” invertido. Detalhes:
da confecção da incisão em “T” invertido (A); da borbulha (B); da introdu-
ção de borbulha na incisão (C); da ligadura-atadura e proteção (D).
132
Propagação da Mangueira
A B C D
A B C D E
133
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
A B C D E
A B C
Figura 16. Borbulhia por escudagem Figura 17. Viveiro com plantas já
imbutida em janela. Detalhes: do disco enxertadas, aos nove meses após a
de casca retirado no porta-enxerto (A); semeadura (Toda Fruta, 2004).
do disco de casca retirado na haste
porta-borbulha, tendo uma gema no
centro e a justaposição
134
Produção Integrada de Frutas na Cultura da Manga
1. INTRODUÇÃO
135
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
136
Produção Integrada de Frutas na Cultura da Manga
5. OBJETIVOS
6. AÇÕES PRIORITÁRIAS
• Desenvolvimento tecnológico.
• Produção de mudas certificadas.
• Promoção de frutas para os mercados interno e externo.
• Produção integrada de frutas – PIF.
• Capacitação do setor frutícola.
• Desenvolvimento tecnológico.
7. ESTRATÉGIA DE AÇÃO
8. PÚBLICO ALVO
137
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
• Principíos básicos
-sustentabilidade ambiental
-saúde humana
-fatores sociais
-viabilidade econômica
-avaliação da conformidade
-rastreabilidade.
• Sistema de Adesão voluntária de produtores e empacotadoras.
• Insumo: usada na :
-Pulverização
-Irrigação
• Superficial e profunda
• Garantir a qualidade interna da fruta produzida.
• Assegurar a receita do produtor.
138
Produção Integrada de Frutas na Cultura da Manga
Áreas Temáticas
• Capacitação
• Organização
• Material propagativo: implantação de pomares
• Nutrição
• Recursos naturais: manejo e conservação do solo
• Recursos hídricos e irrigação
• Manejo da parte aérea
• Proteção integrada da planta
• Colheita e Pós – colheita; Análise de resíduos
• Processo de empacotadoras
• Sistema de rastreabilidade e cadernos de campo
• Assistência técnica
• Obrigatórias
• Proibidas
• Recomendadas
• Permitidas com restrição
140
Produção Integrada de Frutas na Cultura da Manga
Princípios:
REFERÊNCIAS
141
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
142
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
1. INTRODUÇÃO
143
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
2. PLANEJAMENTO
144
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
2.1. Climáticos
145
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
TEMPERATURA
146
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
147
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
UMIDADE RELATIVA
VENTOS
149
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
os frutos, por provocar lesões na sua casca, devido ao atrito com as folhas
e ramos, principalmente quando os frutos estão bem pequenos e com a
casca extremamente delicada (MANICA, 2001, p. 57).
Os ventos constantes, ainda que de baixa velocidade, afetam as man-
gueiras pelo excesso de evaporação da água do solo, principalmente nos
locais onde a precipitação é fator limitante. Ventos de 10 a 29 metros por
segundo podem causar prejuízos, que às vezes ultrapassam 20% da produ-
ção. (MEDINA et al. 1981, p. 120).
INSOLAÇÃO
ALTITUDE
2.2. Edáficos
151
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3. LOCALIZAÇÃO DO POMAR
152
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
153
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Os talhões não devem ser muito grandes por diferentes razões, den-
tre elas, destaca-se a dificuldade em controlar algumas doenças e pragas
que, muitas vezes, atacam apenas parte do talhão e aí obriga-se a pulveriza-
ção do talhão todo, devido à dificuldade em separá-lo somente para aquela
operação. Em grandes propriedades, é comum existirem áreas mais sujeitas
a determinados problemas em razão de microclimas, que só serão conheci-
dos após seu aparecimento sistemático. Outra razão para se estabelecer o
comprimento das ruas do talhão é a quantidade de calda que será gasta
numa pulverização, quando as plantas estiverem adultas, para que a opera-
ção sempre termine no final ou início da rua, evitando demasiado transito do
equipamento, sem estar operando. Para efeito de manejo integrado de pra-
gas e doenças, também não se recomendam talhões muito grandes, para
154
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
6. SISTEMAS DE PLANTIO
155
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
156
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
8. PREPARO DA ÁREA
8.2. Espaçmento
160
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
161
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
163
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
8. 3. Coveamento
165
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
8.5. Plantio
9. TRATOS CULTURAIS
167
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
171
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
172
Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
9. 3. Quebra -vento
173
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
175
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Planejamento, Implantação e Tratos Culturais na Cultura da Mangueira
177
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
178
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
1. INTRODUÇÃO
2. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
179
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
ções sobre a nutrição das plantas frutíferas, de uma maneira geral, são
limitadas mesmo no Estado de São Paulo e que elas têm surgido de forma
esparsa em todo o mundo e transferidas de uma região para outra. Embora
isso não seja o ideal, os resultados são aceitáveis, desde que ancorados em
elementos técnicos, tais como composição química das culturas, análise de
solo e diagnose foliar.
180
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
181
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
182
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
183
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3.2. Experimentação
4. RECOMENDAÇÕES DE ADUBAÇÃO
185
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Boro 50 – 100
Cobre 10 - 50
Ferro 50 - 200
Manganês 50 - 100
Molibdênio -
Zinco 20 – 40
186
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
187
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
4.2. Calagem
188
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
Outubro 40 90 60 30 - - -
Janeiro 40 - - - 60 40 20
Março 20 - - - 60 40 20
Total 100 90 60 30 120 80 40
*
Extrator Mehlich 1
191
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
A2 20 - - - 30 20 10
B 80 150 100 50 90 60 30
C 100 - - - 90 60 30
Total 200 150 100 50 210 140 70
1
Extrator Mehlich; 2 Estádios de desenvolvimento: A=precede a floração, B=após o pegamento
dos frutos e C=após a colheita
193
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
< 10 20 10 - 30 20 10 - 30 20 10 -
10-15 30 20 - 40 30 20 - 50 30 20 -
15-20 40 30 - 60 40 30 - 60 40 30 -
> 20 50 40 - 80 60 40 - 80 50 40 -
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Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
N 50 20 30
P 60 20 20
K 100 - -
196
Fertilidade do Solo e Nutrição da Mangueira
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
198
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
1. INTRODUÇÃO
1
Prof. Dr.Depto. de Solos e Adubos, FCAV/Unesp - Campus Jaboticabal, Via de acesso Prof. Paulo
Donato Castellane, s/n.14.884-900, Jaboticabal-SP. [email protected]
199
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
200
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
201
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
202
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
203
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
4. RESULTADOS DE PESQUISA
206
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
Valores seguidos pelas mesmas letras na horizontal não diferem entre si pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
207
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Tratamentos (CaCl2)
Armazenamento
0% 2% 4%
(dias)
Cálcio na casca
0 0,280 a 0,318 b 0,443 c
8 0,243 a 0,369 b 0,424 c
15 0,292 a 0,365 b 0,461 c
22 0,327 a 0,417 b 0,484 c
Cálcio na polpa
0 0,054 a 0,062 b 0,074 c
8 0,067 a 0,089 b 0,123 c
15 0,090 a 0,109 b 0,134 c
22 0,103 a 0,124 b 0,146 c
Valores seguidos pelas mesmas letras na horizontal não diferem entre si pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
209
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Figura 4. Largura dos frutos (A), peso da polpa do fruto (B), concentração
de cálcio na polpa (C) e o conteúdo de cálcio nos frutos de manga
(D) de ‘Kensington’, durante o crescimento e a maturação.
210
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
Figura 5. Largura dos frutos (A), peso da polpa (B), teores de cálcio na
polpa (C) e conteúdo de cálcio nos frutos de mangueira (D)
‘Sensation’, durante o desenvolvimento e a maturação.
211
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
212
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
213
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
214
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
20-35 Young & Koo (1969), citado por Guimarães (1982) (3)
20,3-20,5 (5)
22,0-26,2 (7)
(1)
ramos com frutos; (2) ramos sem frutos (2a ou 3a folha na base da panícula de flores); (3) solos
ácidos; (4) ramos com flores (sem frutos), sendo as folhas do último fluxo de vegetação; (5)
Antes da floração; (6) Plena floração e formação de frutos; (7) Maturação de frutos; (8) Folhas
coletadas em diferentes posições da copa.
215
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
216
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
10,8 8
10,6 7,5
10,4
10,2 7
10 6,5
70 80 90 100 70 80 90 100
Lâmina de água (%) Lâmina de água (%)
70
60
Firmeza de polpa (N)
50
40
30 Y = 29,28 + 0,277X
20 R 2 = 0,70
10
0
70 80 90 100
Lâmina de água (%)
217
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
218
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
219
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
220
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
vez que os teores deste elemento foram significativamente maiores nos fru-
tos sadios, na polpa e casca. Além disso, os frutos com sintomas do distúrbio
fisiológico também apresentavam relação K/Mg mais elevada.
221
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
222
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
223
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
224
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
225
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
226
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
227
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
228
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
229
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
230
Nutrição e Desordens Fisiológicas na Cultura da Manga
232
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO NA
CULTURA DA MANGUEIRA
Antônio Humberto Simão1
Everardo Chartuni Mantovani 2
Fúlvio Rodriguez Simão3
1. INTRODUÇÃO
1
Engº Agrônomo, MS – FAHMA Planejamento e Eng. Agrícola Ltda – e-mail: [email protected]
2
Engº Agrícola, DS – Professor Titular do DEA – UFV – e-mail: [email protected]
3
Engº Agrônomo, MS – Secretaria de Ciência e Tecnologia de MG – e-mail: [email protected]
233
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
2. IMPORTÂNCIA DA IRRIGAÇÃO
234
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
235
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
236
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
3. MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO
a4. Por Microbacias, que se caracteriza pela aplicação da água por meio
de mangueiras flexíveis em pequenas microbacias em torno da planta; e
237
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
238
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
4%
14% 26%
5%
10%
41%
239
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5%
24%
47%
8%
16%
240
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
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Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
243
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
244
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
5. NECESSIDADES HÍDRICAS
246
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
247
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
7. MANEJO DA IRRIGAÇÃO
249
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
250
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
251
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
com um potencial hídrico maior que o solo que a circunda, receberá a mes-
ma tensão pela qual a água do solo está sendo retida, formando um vácuo
no final do tubo do tensiômetro, sendo esta tensão medida pelo vacuômetro.
Os tensiômetros podem ter comprimentos variados de acordo com a
profundidade que se deseja monitorar. Por ser um sensor de vácuo, possui
um limite teórico de medição de 1,0 atm. Na prática, contudo, sua faixa de
medição é de 0 a 0,75 atm, pois, após este nível de tensão, a água evapora-
se, ocorrendo entrada de ar pelos poros da cápsula, o que faz o vacuômetro
parar de funcionar. A leitura zero indica que o solo está saturado e que as
raízes das plantas podem sofrer pela falta de oxigênio. Assim, o tensiômetro
é capaz de avaliar apenas uma parte da água útil do solo. Este intervalo de
funcionamento, de 0 a 0,75 atm, representa cerca de 70% da água retida em
solos arenosos e 40% da água retida em solos argilosos. Desta forma, o
manejo da água no solo com tensiômetros deverá ser conduzido, preferenci-
almente, em solos arenosos e em áreas irrigadas, com intervalo curto entre
irrigações. Neste contexto, a umidade estará sempre próxima à capacidade
de campo, sendo a água retida em tensões menores, dentro do intervalo de
leitura do aparelho, possibilitando a avaliação da umidade do solo. Segundo
Azevedo et al. (1983), de 0,1 a 0,6 atm de tensão, o teor de água no solo é
adequado para a maioria da culturas.
A determinação da umidade do solo através do tensiômetro, caso o
equipamento seja utilizado corretamente, apresenta boa precisão. Porém,
em nível de propriedade rural, têm sido observadas dificuldades operacionais
no uso e manuseio dos tensiômetros no campo, o que tem limitado a adoção
deste método pelos fruticultores.
253
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
em que
ETc – evapotranspiração da cultura, mm;
ETo – evapotranspiração de referência, mm;
Kc – coeficiente de cultura, adimensional;
Ks – coeficiente de umidade do solo, adimensional;
Kl – coeficiente de localização, adimensional.
(A) (B)
Figura 4 – Estação agrometeorológica automática: (A) detalhe e (B) insta-
lada no campo juntamente com o Tanque “Classe A” (Fotos:
Fazenda FAHMA – Lote 29M, Gleba C2, Projeto Jaíba, Matias
Cardoso-MG).
255
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
(A) (B)
Figura 5 – Abrigo meteorológico com termômetro de máxima e mínima (A)
e pluviômetro (B) (Foto: Everardo Chartuni Mantovani).
determinação da ETo. Assim, sempre que possível convém fazer uma cor-
relação entre o método de Penman-Monteith com outros métodos mais sim-
ples como o Tanque “Classe A” e os propostos por Hargreaves & Samani e
Blaney & Cridlle, visando uma correção no valor da ETo usada para a
determinação da evapotranspiração da cultura. Com o avanço dos recursos
computacionais e o advento de softwares empregados nas mais diversas
fases do processo produtivo, este procedimento está cada vez mais facilita-
do e passível de ser adotado em nível de propriedade rural.
A seguir são apresentados os modelos e procedimentos para a deter-
minação da ETo, pelos métodos de Penman-Monteith, Blaney & Criddle e
Hargreaves & Samani e pelo Tanque “Classe A”.
a) Equação de Penman-Monteith
∆ γ 0,622 λ ρ 1
ΕΤο = ( R n − G) + K1 (e − e ) eq. 2
∆+γ * ∆+γ * P ra s d
em que
ETo - evapotranspiração de referência, MJ.m-2.d-1;
Rn - saldo de radiação à superfície, MJ.m-2.d-1;
G - fluxo de calor no solo, MJ.m-2.d-1;
K1 - coeficiente de conversão de unidades;
P - pressão atmosférica média estimada, kPa;
es - pressão máxima de saturação de vapor, kPa;
ed – pressão atual de vapor, kPa;
ra - resistência aerodinâmica, s.m-1;
l - calor latente de evaporação, MJ.kg-1;
λ - densidade do ar seco, kg.m-3;
∆ - tangente da curva de saturação de vapor, em função da tempera-
tura do ar, kPa.ºC-1;
γ - constante psicrométrica, kPa.ºC-1; e
γ* - constante psicrométrica modificada, kPa.ºC-1.
257
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Rn = (1 - a) Rs – Rb eq. 3
em que
Rs - saldo de radiação de ondas curtas, MJ.m-2.d-1;
Rb - saldo de emissão efetiva de ondas longas, MJ.m-2.d-1;
a - reflectância de ondas curtas ou albedo, adimensional.
em que
ETo - evapotranspiração de referência, mm.d-1;
a e b - fatores de ajuste local, adimensional;
p - percentagem diária média de horas anuais de brilho solar; e
T - temperatura média, ºC.
ETo = 0 ,0023 R
a
(Tmax - Tmin )1/2 (Tmed + 17 ,8 ) eq. 5
em que
ETo - evapotranspiração de referência, mm.d-1;
Tmed - temperatura média, ºC, [Tmed = 0,5 (Tmax + Tmin)];
Tmax - temperatura máxima, ºC;
Tmin - temperatura mínima, ºC; e
Ra - radiação solar no topo da atmosfera, mm.d-1.
258
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
d) Tanque “Classe A”
em que
ETo - evapotranspiração de referência, mm.dia-1;
Ev - evaporação medida no Tanque “Classe A”, mm.dia-1; e
Kt - coeficiente do tanque, adimensional.
259
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
1
Distância radial do dossel vegetativo ou do solo nu em torno do Tanque “Classe A”.
260
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
261
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
262
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
ln (LAA + 1,0 )
Ks =
ln (CTA + 1,0 )
eq. 7
Ks = 1,0 eq. 8
263
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Ua − PM
Ks = eq. 9
CC − PM
em que
264
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
Keller (1978)
Kl = P + 0,15(1 − P ) eq. 10
Fereres (1981)
Se, P ≥ 65% → Kl = 1,0 eq. 13
Se, 20% < P < 65% → Kl = 1,09 P + 0,30 eq. 14
Se, P ≤ 20% → Kl = 1,94 P + 0,1 eq. 15
265
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Bernardo (1996)
Kl = P eq. 19
266
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
Á rea so m b rea d a o u m o lh ad a (% )
Figura 7 - Valores de Kl em função da percentagem de área sombreada ou
molhada pelos métodos propostos por Keller (1978) e Fereres
(1981).
268
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
8. EFICIÊNCIA DE IRRIGAÇÃO
IRN
ITN = eq. 20
Ei
em que
269
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
270
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
n
∑ Li − L
CUC = 1001 − i
n.L eq. 21
271
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
em que
272
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
n
∑ Qi − Q
CUC = 1001 − i
n.Q eq. 22
em que
CUC – coeficiente de uniformidade de Christiansen, %;
Qi – vazão coletada em cada emissor, L.h-1;
Q – média das vazões coletadas em todos os emissores, L.h-1; e
n – número de emissores avaliados.
273
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Irrigação
LA
Evaporação e Arraste
LL
LR Percentagem de área
adequadamente irrigada
LD
LP
Perfil de distribuição
de água
274
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
por evaporação e arraste pelo vento, variando de zero a 48%, sob diferentes
combinações de condições de operação. Estas perdas variaram de 20 a
47%, zero a 20%, 29 a 48%, e de 13 a 45%, para condições de vento fraco
e umidade relativa do ar baixa, vento fraco e umidade relativa do ar alta,
vento forte e umidade relativa do ar baixa e vento forte e umidade relativa
do ar alta, respectivamente.
Paz (1990), em estudo realizado em condições de campo no Nordes-
te brasileiro para avaliar as perdas de água de um aspersor de média pres-
são, observou que as perdas por evaporação e arrastamento pelo vento
variaram de 16 a 43% do volume total de água aplicada, com valores de
umidade relativa média variando entre 24 e 68%, velocidade do vento vari-
ando entre 0,5 e 4,6 m.s-1 e temperatura média do ar oscilando entre 25 e
35oC.
em que
275
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
em que
em que
276
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
em que
277
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
em que
em que
Cd - coeficiente de déficit, %;
Ldef - lâmina de déficit, mm; e
IRN - lâmina de irrigação real necessária, mm.
278
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
em que
279
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
280
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
281
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
a) Decisão
Indica por parcela a severidade do déficit de água no solo, a lâmina e
o tempo de irrigação em cada uma das parcelas do campo por meio de uma
escala de cores (azul, amarelo e vermelho). É de fácil acesso para ser
utilizado no dia-a-dia pelo pessoal de campo ou escritório.
b) Manejo
Indica o déficit, momento, lâmina de irrigação e cerca de outras 50
variáveis, por meio de gráficos e relatórios padronizados ou personalizados.
É mais indicado para técnicos visando analisar cada parcela de forma deta-
lhada.
c) Simula
Ferramenta de planejamento usada para a definição da lâmina de
projeto, déficit hídrico, veranico, horas de irrigação, consumo de energia e
uma infinidade de variáveis na forma de gráficos e relatórios. Dispõe de
dados climáticos diários de mais de 500 estações meteorológicas de todo o
Brasil, permitindo utilização de critérios de probabilidade de forma muito
simples.
c) Avalia
Permite avaliação dos diversos sistemas de irrigação, possibilitando
os cálculos de eficiência de irrigação por diversas metodologias.
282
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
11. FERTIRRIGAÇÃO
283
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
284
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
285
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Qp.qi.P
Vt = eq. 33
Ca.Q
em que
287
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
a) Tanque pressurizado
b) Injetor Venturi
288
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
LINHA PRINCIPAL
FLUXO
VENTURI
BOMBA AUXILIAR
FILTRO
c) Dosificador hidráulico
289
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
290
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
291
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
292
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
293
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
294
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
296
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
297
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
298
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
299
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
300
Irrigação e Fertirrigação na Cultura da Mangueira
301
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
302
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
1. INTRODUÇÃO
303
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
sunto, além da sua exploração ser feita nas mais variadas condições climá-
ticas. O clima é tido como o principal fator que influencia diferentemente
nas respostas a qualquer intervenção feita na planta.
Todas as práticas aqui descritas são resultado da observações feitas
no campo. Procura-se neste trabalho, associar as respostas observadas com
os poucos conhecimentos que o autor dispõe no momento.
304
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
306
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
307
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
colh r fl colh r
309
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
310
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
311
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
312
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
313
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
314
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
315
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
torna extremamente difícil nestas condições. Por outro lado, todas as frutas
produzidas na porção mais alta da copa não adquirem cor característica da
variedade, já que durante o seu desenvolvimento pela ação de seu próprio
peso, a fruta acaba ficando abaixo da densa folhagem, impedindo a ação da
luz que é fundamental para o desenvolvimento do pigmento antocianina
(LIMA FILHO, et.al., 2002), responsável pela coloração avermelhada da
casca das principais variedades comerciais atualmente produzidas. Nesta
situação, considera-se a ocorrência do “fechamento” da planta. Com mais
alguns anos, ocorre o “fechamento” do pomar nos espaçamentos menores
e, com 10 a 12 anos nos, de espaçamento maiores. Considera-se um pomar
fechado, não pelo fato de copas de plantas vizinhas se encontrarem, mas
pelo sombreamento promovido em uma grande porção da copa, uma vez
que a mangueira pode produzir flores que não frutificam na ausência de
raios solares. Isto limita a vida útil do pomar a algumas poucas safras, tor-
nando o empreendimento inviável do ponto de vista econômico.
Com o intuito de dar uma sobrevida para pomares nesta condição,
faz-se uma poda corretiva. Dentre os diversos tipos de podas indicadas por
KAVATI (1989), apenas a poda de eliminação do centro da copa ou do topo,
descrita como poda de eliminação da dominância apical por SAÚCO (1999)
ou poda de abertura central conforme ALBUQUERQUE et al. (2002), tem
sido amplamente utilizada.
Esta poda consiste em iniciar os trabalhos de manejo em plantas adul-
tas, geralmente com idade superior a 7 anos, quando normalmente tem uma
altura entre 4,5 e 6 metros (GONZÁLEZ et al., 1979), e já atingiu a fase de
declínio de produção. Nesse tipo de poda, eliminam-se todos os ramos que
formam a porção central da copa, podendo chegar em nível de pernadas ou
sub-pernadas; geralmente são ramos de crescimento vertical, localizadas
no centro da copa. A eliminação é feita de forma que reste apenas uma
superfície vegetativa, com a forma de tronco de um cone.
A eliminação desta vegetação que não contribui em nada para a pro-
dução de frutas sadias e de boa coloração promove uma completa abertura
da copa, aumentando a luminosidade, ventilação e aeração, além de permitir
uma boa deposição de calda fungicida em toda a árvore, possibilitando um
perfeito controle das doenças fúngicas.
Esta poda deverá ser feita o mais próximo possível do florescimento,
na fase de repouso, de modo a evitar que a planta se recupere e emita novo
316
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
317
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
re, diferindo na quantidade de ramos eliminados, uma vez que aqui é neces-
sário deixar alguns ramos para que a planta continue o seu desenvolvimen-
to. Geralmente, são eliminados ramos de crescimento vertical, que deverão
ser cortados rente, em uma bifurcação. Aqueles que formam a copa na
posição mais alta são deixados, resultando a copa com uma pequena aber-
tura em seu centro. Normalmente, a eliminação de dois ramos, raramente
mais de três, é suficiente para promover uma boa abertura da copa. O
rendimento nestas condições é bastante razoável, podendo um homem,
munido com serrote de poda, realizar os trabalhos em cerca de 30 árvores
por dia, inclusive retirando-se o excesso de vegetação interna. A retirada do
material podado é em quantidade bastante inferior ao da poda anterior, mas
mesmo assim é bastante volumoso, necessitando de uma carreta com dois
operários para executar os trabalhos de 4 podadores. Estes materiais, por
se constituírem de galhos relativamente finos, podem ser enleirados nas
entrelinhas e desintegrados por uma roçadeira.
Pomares com formação de plantas – Pomares com plantas for-
madas conforme descrito no capítulo 3 são próprios para serem manejadas
das mais diversas formas conhecidas atualmente, como a indução artificial
ao florescimento por estresse hídrico ou através do uso de produtos quími-
cos, anelamentos, indução ao florescimento axilar feita manualmente ou
quimicamente e outros, cujo emprego sempre implica, também, no manejo
das plantas, e cujos assuntos deverão ser tratados especificamente neste
evento, razão pela qual não serão abordados neste capítulo.
5. BIBLIOGRAFIA CITADA
318
Manejo da Parte Aérea da Mangueira
319
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
320
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
1. INTRODUÇÃO
1
Biólogo com especialização em Fruticultura irrigada pela UNEB, e-mail: [email protected]
2
Engº. Agrônomo - Suporte Técnico ao Mercado da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda, e-mail:
[email protected]
321
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Tabela 1
M ercado In tern o
JA N FEV M AR ABR M AI JU N JU L AGO SET OUT NOV DEZ
M ercado E xterno
JA N FEV M AR ABR M AI JU N JU L AGO SET OUT NOV DEZ
322
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
Figura 1
323
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Fotoperíodo
Temperatura
Giberelina
Citocinina
Etileno
Tabela 2
325
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Estresse hídrico
Cultar – (PBZ)
Figura 2
327
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Aplicação no
Colo da Planta
328
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
329
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
330
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
Quadro 1
331
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
M ês d e
p ro d u çã o C iclo c/ C u lta r
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
F lo r a ção
F ru tifica ç ão C o lh eita
Poda
O íd io
A n tra cn o se
M o r te d esc en d e n te
M icro á c a ro
C o ch o n ilh a
Tr ip es
L a g a r ta d a s P a n ícu la s
332
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
Crescimento Vegetativo
333
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Floração
334
Indução Floral da Mangueira e Princípios do Controle Fitossanitário
Frutificação e Maturação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
337
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
338
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
1. INTRODUÇÃO
1
Eng. Agrônomo, [email protected], Instituto Biológico, C.P. 70, CEP 13001-970,
Campinas, SP
2
Eng. Agrônomo, [email protected], Instituto Biológico, C.P. 70, CEP 13001-970,
Campinas, SP
3
Eng. Agrônomo, [email protected], CEMIP/FCAV/UNESP, via Paulo D. Castelanne,
Jaboticabal, SP
339
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
340
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Sociedade
Leis e regulamentos:
- para pragas
- para tecnologia
Varejo
Pouca informação, medo e prejuízos
Ecossistema Econômico
Resistência de pragas Perdas por pragas
Poluição Manejo
Custo do controle
Tempo Integrado
Valor da safra
Interação entre os tipos de pragas de Pragas
Custos ao consumidor
Diversidade
Tecnologia de controle
Cultural/mecânico
Biológico
Genético e Melhoramento de plantas
Pesticidas
Pragas
Identificação
Biologia
Ecologia
Dinâmica populacional
Avaliação populacional
341
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
342
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Plantas daninhas
Artrópodos
(insetos e ácaros) Nematóides
Vertebrados Patógenos
(homem,
(homem, animais
animais domésticos
domésticos (fungos, bactérias e vírus)
ee outros)
outros)
Figura 2. Diagrama representando as interações potenciais entre as dife-
rentes categorias de pragas. As espessuras das flechas repre-
sentam aproximadamente a importância da interação (modifica-
do de NORRIS et al., 2003).
344
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Nível de dano
econômico
Nível de ação
Nível de equilíbrio
Tempo
Figura 3. Flutuação populacional de uma determinada praga no decorrer do
tempo para espécies que não atingem a posição de praga (modifi-
cada de SILVEIRA NETO et al., 1976).
345
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Densidade populacional da praga
Medidas de controle
Nível de dano
econômico
Medidas de controle
Nível de ação
Nível de equilíbrio
Tempo
Nível de dano
Medidas de controle econômico
Nível de ação
Nível de equilíbrio
Tempo
346
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Densidade populacional da praga
Medidas de controle
Nível de equilíbrio
Medidas de controle
Nível de dano
econômico
Nível de ação
Nível de equilíbrio
modificado
Tempo
347
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
2) Métodos mecânicos:
a) Destruição manual;
b) Uso de barreiras;
c) Esmagamento;
d) Armadilhas;
e) Catação;
f) Ensacamento de frutos.
3) Métodos culturais:
a) Destruição de restos de cultura;
b) Poda ou desbaste;
c) Adubação e irrigação;
d) Uso de culturas armadilhas;
e) Manipulação ou destruição dos hospedeiros alternativos.
348
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
e) Armadilhas luminosas;
f) Som.
9) Método químico:
a) Pesticidas (inseticidas, fungicidas, nematicidas e herbicidas).
3. PRAGAS DA MANGUEIRA
3.1. Moscas-das-frutas
Nome científico:
Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera, Tephritidae)
Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera, Tephritidae) à “principal
espécie”
Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera, Tephritidae)
350
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
351
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
352
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
A Anastrepha spp.
C Ceratitis capitata
+ Anastrepha spp. e Ceratitis capitata
353
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
354
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
V E GE TA Ç Ã O
(A dulto)
F R U TO
(O vo e Larva)
SO LO
(Pupa)
355
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
a) Armadilhas McPhail
Esse modelo também conhecido como frasco caça-moscas é confecciona-
do em plástico que apresenta uma única entrada em sua parte inferior
(invaginação) (Figura 9a). Utiliza isca líquida como atraente alimentar à
base de proteína hidrolisada a 5% ou pelets de torula (levedura). Deve-se
evitar a adição de inseticida na calda colocada nas armadilhas.
Essa armadilha tem como alvo principal do monitoramento, capturar as fê-
meas, que, no período que antecede ao início da oviposição, necessitam
grandemente de substâncias protéicas e carboidratos, embora também ma-
chos sejam coletados nos frascos.
A periodicidade de reabastecimento da armadilha pode ser semanal ou a
cada 10-15 dias, dependendo da época do ano e estendendo-se até o final
356
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
357
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
M.A.D.= __M__
AxD
em que:
359
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
a) Controle cultural
c) Controle Químico
Baseia-se no emprego de inseticidas em cobertura total ou na forma
de isca tóxica. No tratamento em cobertura, aplica-se somente o inseticida
em água, procurando atingir todas as plantas do pomar. A forma de menor
impacto desse método é o de iscas tóxicas (atraente alimentar + inseticida),
que são preparadas conforme a forma descrita anteriormente para isca uti-
lizada em frascos. A isca tóxica geralmente é aplicada em ruas alternadas,
360
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
visando a folhagem e não o fruto, em apenas uma parte da copa das plantas,
não superior a 1 m2, aplicando cerca de 150-200ml de calda por planta. As
aplicações de isca tóxica devem ser realizadas pela manhã, nas plantas das
bordaduras do pomar, próximo à mata nativa e nos focos de ocorrência de
moscas, devendo ser reaplicada a cada 7-10dias ou logo após um período
chuvoso. O momento para executar o controle químico deve ser baseado no
monitoramento das armadilhas e do desenvolvimento dos frutos. Na Tabela
9, é apresentada uma lista de inseticidas com uso autorizado para o controle
de moscas-das-frutas na cultura da manga.
3.2. Cochonilha-branca
361
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Danos: A. tubercularis provoca danos nos ramos novos, nas folhas e prin-
cipalmente nos frutos; através da sucção constante de seiva elaborada,
inoculação de toxinas, além de haver indícios de que o orifício feito para sua
alimentação, no fruto, favoreça a entrada de doenças pós-colheita. Para
tanto, parte do aparelho bucal da cochonilha penetra na epiderme e no
parênquima, alcançando os vasos dos floema. Nas folhas, em volta do local
de alimentação, fica amarelo e se houver muitos insetos, esta área pode se
estender por vários centímetros quadrados. A. mangiferae é uma sugadora
de floema, conseqüentemente o dano pode ser muito maior que as áreas
amarelas observadas nas folhas. Nas folhas mais velhas (acima de nove
meses), observam-se as maiores infestações. Em ataques severos, causa
descoloração e áreas necróticas no tecido, podendo resultar na queda das
folhas. Nos frutos, provoca manchas e deformações.
362
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Manejo:
a) Cultural:
- Reduzir o uso de fungicidas à base de cobre;
- Manter o solo vegetado para estimular a multiplicação de inimigos natu-
rais;
- Evitar utilização de grade como capina, pois a poeira favorece o desenvol-
vimento de cochonilha de carapaça.
363
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3.3. Besouro-amarelo
364
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
Manejo:
a) Cultural: O solo deve ser mantido vegetado na entrelinha, visando gerar
abrigo e proteção aos inimigos naturais, principalmente na instalação e ma-
nutenção de pomares novos.
365
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
366
PRODUÇÃO INTEGRADA DE MANGA - SP
FICHA DE INSPEÇÃO DE PRAGAS E INIMIGOS NATURAIS
Plantas ou armadilhas inspecionadas No % ou Observações
Pragas MAD
Q/F 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Moscas-das-Frutas F
1 LEGENDA:
2
Cochonilha Q = quadrantes
3
4 (1, 2, 3, 4)
Besouro-amarelo
1 F = frascos
2 caça-moscas
Oídio
3
s = sintomas
4
1
S = sim
Bacteriose 2
3 O = ovo
4
Seca da Mangueira L = larva
Malformação Floral
Outras Pragas N = ninfa
Inimigos Naturais /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// /// //////// //////// //////////////////////
Joaninhas L A = adulto
A
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
O MAD =
Crisopídeos
L mosca/armadilha
(bicho-lixeiro) /dia
A
Percevejos N
Outras Pragas =
predadores A A = ácaro
Moscas predadoras L P = percevejo
(sirfídeos e outras) A T = tripes
Ácaro predador A
Aranhas A
Vespinhas ou Vespas A
Data: _____/_____/_____ Parcela: _________ Estado fenológico: __________________________________ Inspetor:________________________
Figura 10. Modelo de ficha de amostragem utilizada no monitoramento das pragas e inimigos naturais na
367
cultura da manga.
Tabela 6. Métodos de amostragem e níveis de ação para as pragas da mangueira no Vale do São Francisco
368
(MOREIRA, 2004)
Local da planta a
Praga Método de amostragem Nível de ação
ser inspecionado
Moscas-das-frutas
Utilização de armadilhas
(Anastrepha spp. e - 1mosca/armadilha/dia
McPhail ou Jackson
Ceratitis capitata)
Brotações Presença da praga ou danos 10% de brotações infestadas
Folhas novas Presença da praga ou danos 10% de folhas novas infestadas
Mosquinha (Erosomyia
Ramos Presença da praga ou danos 10% dos ramos infestados
mangiferae)
Panículas Presença da praga 2% de panículas infestadas
Frutos Presença da praga 2% de frutos infestados
Microácaro-da-
Presença de superbrotamento 5% do ramos com
mangueira Brotações
vegetativo superbrotamento
(Eriophyes mangiferae)
Efetuar batedura em bandeja
Ramos plástica branca de ramos com 40% de ramos infestados
brotações e/ou folhas novas
Tripes (Selenothrips
Efetuar batedura em bandeja 10% de panículas com 10 ou
rubrocinctus) Panículas
plástica branca mais tripes
Efetuar batedura em bandeja 10% de panículas com 10 ou
Frutos
plástica branca mais tripes
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
369
Tabela 8. Relação dos insetos e ácaros associados a cultura da mangueira (Mangifera indica)
370
Espécie Nome comum Danos Hospedeiros
Acari
Actinedida (Prostigmata)
Família Eriophyidae
1.Eriophyes mangiferae (Sayed, 1946) - Microácaro-da-mangueira - Brotações e inflorescências - Mangueira
Insecta
Coleoptera
Família Cerambycidae
2. Chlorida festiva (L., 1758) - Coleobroca - Ramos e troncos - Polífaga
Família Chrysomelidae
3. Crimissa cruralis Stal, 1858 - Besouro-vermelho - Folhas - Mangueira e cajueiro
4. Costalimaita ferruginea (Fabr., 1801) - Besouro-amarelo - Folhas - Polífago
5. Sternocolaspis quatuordemcicostata (Fefèvre, 1877) - Besouro-de-limeira - Folhas - Polífaga
Família Scolytidae
6. Hypocryphalus mangiferae (Stebbing, 1914) - Broca-da-mangueira - Ramos e troncos - Mangueira
Diptera
Família Cecidomyiidae
7. Erosomyia mangiferae Felt - Mosquinha - Botões florais e brotações - Mangueira
Família Tephritidae
8. Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) - Mosca-das-frutas - Frutos - Polífaga
9. Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) - Mosca-das-frutas - Frutos - Polífaga
10. Ceratitis capitata (Wied., 1824) - Mosca-do-mediterrâneo - Frutos - Polífaga
Hemiptera
Família Aetalionidae
11. Aetalion reticulatum (L., 1767) - Cigarrinha-das-frutíferas - Ramos e inflorescências - Polífaga
Família Aphididae
12. Aphis craccivora Koch, 1854 - Pulgão - Folhas e brotações - Polífaga
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Lepidoptera
Família Megalopygidae
33. Megalopyge lanata (Stoll-Cramer, 1780) - Lagarta-de-fogo - Folhas - Polífaga
Família Psychidae
34. Oiketicus kirbyi (Lands-Guild., 1827) - Bicho-cesto - Folhas - Polífaga
Thysanoptera
Família Thripidae
35. Frankliniella schultzei Trybom, 1920 - Tripes - Folhas e brotações - Polífaga
36. Selenothrips rubrocinctus - Tripes - Folhas - Polífaga
371
Tabela 9. Inseticidas e acaricidas registrados para o controle de pragas na cultura da mangueira
372
Dose
Igrediente Ativo Produto Comercial Indicação
(ml ou g p.c. /100 L d’água)
Abamectina Vertimec 18CE 100 Pinnaspis aspidistrae (cochonilha-escama-farinha)
Bifentrina Talstar 100EC 30 Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Carbosulfano Marshal 400SC 75 Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Enxofre Sulficamp 700 Eriophyes mangiferae (microácaro-da-mangueira)
Aetalion reticulatum (cigarrinha-das-frutíferas)
Fenitrotiona Sumithion 500CE 150 Megalopyge lanata (lagarta-de-fogo)
Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Anastrepha fraterculus (mosca-das-frutas)
Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo)
Lebaycid EC 100
Megalopyge lanata (lagarta-de-fogo)
Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Fentiona
Anastrepha fraterculus (mosca-das-frutas)
Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo)
Lebaycid 500 100
Megalopyge lanata (lagarta-de-fogo)
Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Anastrepha fraterculus (mosca-das-frutas)
100 Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo)
Parationa-metílica Bravik 600CE
Megalopyge lanata (lagarta-de-fogo)
70 Selenothrips rubrocinctus (tripes)
Quinometionato Morestan BR 75 Eriophyes mangiferae (microácaro-da-mangueira)
Anastrepha fraterculus (mosca-das-frutas)
Triclorfom Dipterex 500 300 Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo)
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
374
Manejo Integrado de Pragas na Cultura da Manga
POTENZA, M.R.; SATO, M.E.; RAGA, A.; SOUZA FILHO, M.F. Con-
trole químico de Aulacaspis tubercularis Newstead, (Hemiptera:
Diaspididae) em pomar de manga (Mangifera indica L.). Revista de
Agricultura, v.68, n.3, p.315-322, dez.1993.
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Sternorrhyncha) de plantas cítricas no estado do Rio de Janeiro: ocor-
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Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.
RODRIGUES, W.C.; CASSINO, P.C.R. Inimigos naturais. In: CASSINO, P.C.R.
& RODRIGUES, W.C. (Coord.) Citricultura fluminense: Principais pragas e
seus inimigos naturais. Seropédica: Universidade Rural, 2004, p.97-114.
RODRIGUES, W.C.; PEREIRA, C.H.; ASSUNÇÃO, E.D.; SILVA-FI-
LHO, R.; CARVALHO, A.F.; CASSINO, P.C.R. Influência da população
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& CASSINO, P.C.R. Avaliação em diferentes períodos da interação entre
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SOUZA FILHO, M.F.; RAGA, A.; ZUCCHI, R.A. São Paulo. In:
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cia econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Ribeirão Preto:
Holos, 2000. cap.41, p.277-283.
375
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
376
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
1
Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 36.571.000.
[email protected]
2
EMBRAPA-CPAC, CxPostal 08223, CEP 73.301-970, Planaltina, DF.
377
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
378
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
379
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
380
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
383
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
7- MONOCULTURA
384
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
386
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
Essa poda deve ser feita para eliminar os galhos secos e doentes que
servem como fonte de inóculo de doenças e hospedeiros de brocas.
17-PH DA RIZOSFERA
387
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
388
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
Estima-se que 90% dos pesticidas aplicados não atinjam o alvo, sen-
do dissipados no ambiente. No caso da manga, recomenda-se que as pulve-
rizações de defensivos sejam feitas diretamente sobre os frutos e flores,
tendo em vista que frutos e flores são os principais alvos das doenças. A
aplicação dirigida tem a vantagem de ser mais eficaz, gastar muito menos
defensivo e afetar menos o meio ambiente. Por outro lado, demanda mais
uso de mão-de-obra, que é compensada pelo menor gasto de defensivos.
Colletotrichum gloeosporioides penetra na flor e daí infecta o fruto em
formação permanecendo em estado de dormência até a maturação, ocasião
em que surgem as lesões da antracnose.
389
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
390
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
ANTRACNOSE
391
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
1. Monitoramento do pomar
392
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
2. Medidas culturais
3. Controle químico
393
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
4. Resistência varietal
5. Tratamento pós-colheita
394
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
Oídio
395
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Resistência varietal
396
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
397
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
398
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
desde que os riscos relativos à fitotoxidez nas flores sejam levados em con-
sideração.
Quanto à resistência varietal, nas condições do país, as cultivares
Tommy Atkins e Haden para a má formação floral e Keit e Palmer para a
malformação vegetativa têm sido consideradas as mais suscetíveis. No en-
tanto, a ‘Malikka e a Amrapalli’, assim como os híbridos Alfa Embrapa 141,
vêm se mostrando resistentes quando comparadas à ‘T. Atkins’, sob as
mesmas condições no Distrito Federal.
Colapso-interno-do-fruto
Mancha angular
Xanthomonas campestris pv. mangiferaindica Patel et al. , 1948)
Robbs, Ribeiro e Kimura, 1974
No Brasil, a doença pode causar danos superior a 70 % principal-
mente no estado de São Paulo, onde os relatos dessa doença são mais seve-
ros. Ocorre também nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás,
Bahia e Distrito Federal.
A doença infecta ramos, folhas, inflorescências e frutos em qualquer
estádio de desenvolvimento. A mancha-angular tem como hospedeiro so-
mente a mangueira.
A penetração da bactéria nas partes vegetativas e reprodutivas ocor-
re por ferimentos. Altos níveis de umidade e altas temperaturas são condi-
ções favoráveis à doença, assim como ventos fortes e chuva de granizo
devido à formação de ferimentos.A disseminação da bactéria ocorre por
insetos como a mosca-das-frutas, mariposas, insetos perfuradores dos fru-
tos, cochonilhas e formigas.
400
Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
Verrugose
401
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
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Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
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Manejo Integrado de Doenças da Mangueira
407
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408
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
1. INTRODUÇÃO
409
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
411
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3. TRANSPORTE
Legislação Brasileira
412
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Rótulos e Símbolos
413
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Rótulos de Risco
414
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
415
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
416
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
c) Normas Técnicas
NBR 7500 - Símbolos de Risco e Manuseio para Transporte e Arma-
zenagem de Materiais.
NBR 7501 - Transporte de Produtos Perigosos – Terminologia.
NBR 7503 - Fichas de Emergência para Transporte de Produtos
Perigosos Características e Dimensões.
NBR 7504 - Envelope para Transporte de Produtos Perigosos - Ca-
racterísticas e Dimensões.
NBR 8285 - Preenchimento da Ficha de Emergência para Transpor-
te de Produtos Perigosos.
417
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
a) Do Veículo e Equipamentos
O veículo de transporte deve estar sempre em perfeitas condições de
uso. Além de estar funcionando perfeitamente, deve estar limpo, sem fres-
tas, parafusos, tiras de metal ou lascas de madeiras soltas, proporcionando
um transporte que evite danificar as embalagens. Todos os dispositivos que
compõem o veículo devem também estar em perfeitas condições.
Durante as operações de carga e transporte, os veículos deverão
portar rótulos de riscos (símbolos para identificar a classe do produto trans-
portado) e painéis específicos sobre segurança de produto. O objetivo do
418
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Grupo de EPI
419
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Prescrições de serviço
É proibido entrar numa carroceria coberta, carregada com produtos
da Classe 3 (inflamáveis), portando aparelhos de iluminação a chama. Além
disso, não devem ser utilizados aparelhos e equipamentos capazes de pro-
duzir ignição dos produtos ou de seus gases e vapores.
Materiais facilmente inflamáveis não devem ser utilizados para estivar
as embalagens nos veículos.
Nos locais de carga, descarga e transbordo, os produtos perigosos
devem ser mantidos isolados de gêneros alimentícios e de quaisquer outros
produtos de consumo.
Obs:
Use material absorvente para recolher o material derramado.
Lave com água corrente a parte contaminada.
Em caso de contaminação, o veículo transportador, antes de ser
recolocado em serviço, deverá ser cuidadosamente lavado com água cor-
rente e devidamente descontaminado em local previamente licenciado pelo
órgão de controle ambiental.
Se, por qualquer motivo, tiverem que ser efetuadas operações de
manuseio em locais públicos, as embalagens contendo produtos de natureza
distinta deverão ser separadas, segundo os respectivos símbolos de risco.
Obs:
É proibido transportar produtos fitossanitários em veículos de passa-
geiros. O veículo apropriado é do tipo caminhonete.
Nunca deixe as embalagens soltas ou empilhadas desordenadamente.
420
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
c) Quanto ao Itinerário
Os veículos deverão evitar o uso de vias em áreas densamente povo-
adas ou de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas flo-
restais.
d) Quanto ao Estacionamento
Em situações emergenciais, o estacionamento em locais que não se-
jam autorizados (zonas residenciais, logradouros públicos ou locais de fácil
acesso ao público e a veículos) deve ser bem sinalizado e sob vigilância do
condutor e/ou autoridades locais (bombeiros, polícia, órgãos do meio ambi-
ente, etc.).
421
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
No recebimento do produto:
1. O cliente deverá observar na nota fiscal, se junto com a mesma estão as
fichas de emergência de cada produto;
2. Todas as mercadorias recebidas devem ser conferidas em sua qualidade
e quantidade, e confrontadas com a nota fiscal. Qualquer anormalidade,
o cliente deverá comunicar ao fabricante pelos telefones constantes dos
envelopes ou fichas de emergência das embalagens ou aos representan-
tes regionais;
3. Quando do recebimento dos produtos e constatação de avarias, seguir o
procedimento descrito no verso do envelope de emergência;
4. Qualquer anormalidade com a carga: avaria, falta, troca de produto, etc.,
deverá ser anotada no conhecimento de transporte;
5. Nossas transportadoras estão orientadas a efetuar as entregas somente
nos endereços constantes no corpo da nota fiscal.
f) Quanto à documentação
A documentação que acompanha a carga é de importância vital, pois
é nela que estão todas as informações dos produtos. Portanto, todo o Produ-
to Fitossanitário Perigoso, durante o processo de transporte, deverá estar
acompanhado de:
· Nota Fiscal do Produto (contendo o nº da ONU e o nome próprio para
embarque, classe ou sub-classe do produto, além da Declaração assina-
da pelo expedidor de que os produtos estão adequadamente acondicio-
nados para suportar os riscos normais de carregamento, transporte e
descarregamento conforme a legislação em vigor), veja exemplo abaixo;
· Envelope de Emergência (contendo telefone do expedidor, corpo de bom-
beiros, polícia rodoviária, etc.), veja exemplo abaixo;
· Ficha de Emergência (contendo todas as orientações em caso de aci-
dente), veja exemplo abaixo.
422
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
423
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Nota Fiscal
424
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
425
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Fichas de emergência
426
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Obs:
Contenha o vazamento para prevenir a contaminação de rios, córregos,
lagoas e outras fontes de água, além de rodovias;
Recolha o material derramado para que possa ser feito o descarte
em locais adequados;
Leve sempre os dispositivos de sinalização para serem utilizados em
caso de acidente.
3.3. Responsabilidades
427
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Obs:
Tanto o expedidor quanto o transportador devem ter conheci-
mentos sólidos no que se refere ao transporte de produtos perigosos.
428
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Obs:
Uma caixa fechada pode ser usada para separar pequenas quantida-
des de produtos fitossanitários, quando misturados com outro tipo de carga.
Produtos Fitossanitários nunca devem ser transportados junto com alimen-
tos ou ração animal.
3.5. Infrações
429
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
430
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
431
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
432
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
MARANHÃO PARÁ
18ª Superintendência Regional 19ª Superintendência Regional
Rua José Muller, 37 Travessa Dom Pedro I, 52
Centro - São Luís - MA Bairro Umarizal - Belém - PA
Fax.: (0xx98) 221.2547 66050-100
Plantão 24 horas: (0xx98) 221.1937 Tel.: (0xx91) 241.3932
Fax.: (0xx91) 341.6462
MATO GROSSO Plantão 24 horas: (0xx91) 255.2100
2ª Superintendência Regional
Rua Joaquim Murtinho, s/n PARAÍBA
Bairro Porto - Cuiabá - MT 14ª Superintendência Regional
78020-830 Av. Cel. Estevão D’Ávila Lins, s/n
Tel.: (0xx65) 322.0005 Bairro Cruz das Armas - João Pes-
Fax.: (0xx65) 322.6801 soa - PB
Plantão 24 horas: (0xx65) 667.1000 58085-000
Fax.: (0xx83) 222.5408
MATO GROSSO DO SUL Plantão 24 horas: (0xx83) 241.6688
3ª Superintendência Regional
Rua Antônio Maria Coelho, 3033 PARANÁ
Bairro Jardim dos Estados, Campo 7ª Superintendência Regional
Grande Av. Victor Ferreira do Amaral, 1500
79020-210 Bairro Tarumã - Curitiba - PR
Tel.: (0xx67) 325.3600 82800-000
Fax.: (0xx67) 325.3600 Fax.: (0xx41) 267.4446
Plantão 24 horas: (0xx67) 1527 Plantão 24 horas: (0xx41) 267.4446
PERNAMBUCO
MINAS GERAIS 11ª Superintendência Regional
4ª Superintendência Regional Av. Antônio de Góes, 820
Praça Antônio Mourão Guimarães, Bairro Pina - Recife - PE
s/n 51010-000
Cidade Industrial - Contagem - MG Tel.: (0xx81) 3465.8386
32210-170 Plantão 24 horas: (0xx81) 3453.2561
Fax.: (0xx31) 3333.1584 / 3453.1130
Plantão 24 horas: (0xx31) 3333.2999
434
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
435
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
4.1.1 Localização
4.1.2 - Edificação
4.1.3 – Pavimentação
4.1.4 – Drenagem
4.1.5 – Ventilação
4.1.6 – Iluminação
438
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
4.1.8 – Pára-raios
4.2.1 – Sinalização
439
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
440
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
441
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
442
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Derrame ou vazamento
• Suspender todas as operações;
• Não utilizar água para lavagem e/ou limpeza;
• Isolar a área contaminada;
• Seguir os procedimentos de fichas de emergência e da FISP (Ficha de
Informação de Segurança do Produto);
• Utilizar os EPI’s - Equipamentos de proteção individual, antes de qual-
quer providência para descontaminação do local;
• Absorver o produto derramado ou que tenha vazado, com material ab-
sorvente, adsorvente e neutralizante, conforme constante da ficha de
emergência (NBR 7503). Em caso de dúvida, contactar o fabricante do
produto.
• No caso de produto sólido, varrer com cuidado, procurando gerar o míni-
mo possível de poeira;
• Material resultante da limpeza, deve ser guardado em recipientes fecha-
dos e em lugar seguro e devidamente identificado;
• Solicitar informações ao fabricante sobre o destino final do lixo tóxico
recolhido.
443
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Procedimentos
Em casos de contaminação
• Contaminação da pele: lavar com água corrente e sabão.
• Contaminação dos olhos: lavar com água corrente (por 10 minutos).
Procurar assistência médica especializada para cuidados complementa-
res, levando consigo rótulo e/ou bula.
• Intoxicação por inalação/ingestão: Primeiros socorros: consultar fi-
chas de informação sobre segurança de produto (FISP) ou rótulo/bula.
Contactar imediatamente o hospital/médico mais próximo, levando con-
sigo as informações de segurança (rótulo/bula, etc.) do produto.
• Acionar, caso necessário, o fabricante do produto envolvido, através do
telefone de emergência ou de atendimento ao cliente.
• Roupas contaminadas deverão ser lavados. Sapatos contaminados de-
vem ser descartados.
444
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
• Registrar quem irá realizar este trabalho e se esta pessoa tem conheci-
mento suficiente em casos de emergência.
Cuidados no armazenamento
• Não armazenar embalagens abertas, danificadas ou com vazamento.
• As embalagens devem ser armazenadas sobre paletes para evitar
o contato direto com o piso do depósito.
• As embalagens contendo produtos líquidos devem ser armazenadas
com a tampa voltada para cima.
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma que as pilhas
fiquem afastadas das paredes (50 cm) e do teto (1 metro).
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma a proporcionar
melhores condições de aeração do sistema e permitir facilidade de
manuseio e/ou movimentação do conjunto.
• As embalagens devem ser dispostas de tal forma, que na mesma
pilha haja somente embalagens iguais e do mesmo produto.
• As embalagens de formato retangular devem ser empilhadas com
apoios cruzados, o que assegura uma auto-amarração do conjunto,
bem como uma maior resistência do mesmo.
• Deve ser efetuado um controle permanente das datas de validade
dos produtos, para evitar o vencimento. É importante aplicar um
sistema de rodízio, de tal forma que a primeira mercadoria a entrar
seja a primeira a sair.
• Periodicamente (2 vezes ao ano), devem ser realizadas vistorias no
depósito, para checar suas condições de segurança.
Empilhamento Máximo
A seguir, são apresentadas sugestões sobre a altura máxima de
empilhamento.
445
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Pilha comum:
• Somente aconselhável em pisos horizontais não recalcáveis, na
posição vertical, com altura máxima da pilha de 3 tambores.
Prateleira porta-palete:
• Uma camada de tambores de 100 e 200 litros, por palete.
Pilha comum:
• Altura máxima da pilha - 6 baldes.
446
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Pilha comum:
• Altura máxima da pilha - 2 bombonas.
Pilha comum:
• Altura máxima - 3 bombonas/baldes.
Pilha comum:
• Altura máxima - 3 baldes.
447
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Pilha comum:
• Altura máxima - 3 bombonas
Pilha comum:
• Altura máxima - 5 bombonas/baldes.
Pilha comum:
• Altura máxima - 4 caixas.
448
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Pilha comum:
• Altura máxima - 6 caixas
Pilha comum:
449
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Pilha comum:
• Altura máxima - 8 caixas (se possível com amarração).
Pilha comum:
• Altura máxima - 6 caixas.
Pilha comum:
• Altura máxima - 10 caixas.
450
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Pilha comum:
• Altura máxima - 12 caixas.
Pilha comum:
• Altura máxima - 15 caixas.
Pilha comum:
• Altura máxima - 10 caixas.
451
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Pilha comum:
• Altura máxima - 10 sacos, com amarração.
Pilha comum:
• Altura máxima - 10 sacos, com amarração.
Pilha comum:
• Altura máxima - 20 sacos, com amarração.
452
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Pilha comum:
• Altura máxima - 5 camadas.
Pilha comum:
• Altura máxima - 7 caixas/barricas.
4.2.4 – Incêndio
453
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Medidas preventivas
A localização de um depósito deve ser afastada de outros prédios.
• Devem ser deixados caminhos de acesso, para eventual passagem
de carros de bombeiros.
• As instalações elétricas devem estar em boas condições.
• Jatos de água não devem ser usados quando existem produtos que
possam ser espalhados pela pressão da água, correndo o risco de
levá-los para esgotos ou coleções de água.
• Deve conter sistema de alarme contra incêndio.
• É conveniente que o depósito seja vistoriado periodicamente pelo
corpo de bombeiros, que deve ser informado sobre os tipos de
produtos armazenados.
• Devem existir diversos tipos de equipamentos para o combate ao
fogo.
• Deve ser previsto na construção do depósito, um sistema de
contenção de água.
• Embalagens com líquidos combustíveis ou com formulações
contendo solventes inflamáveis devem ser esfriadas com neblina
de água, para evitar explosões.
• Incêndios podem gerar vapores tóxicos. Portanto, nestas situações,
é importante evitar a aproximação de qualquer pessoa desprotegida.
• É recomendável que empresas que armazenam grandes quantidades
de produtos fitossanitários, disponham de equipamentos de proteção
individual adequados para casos de incêndios, principalmente
máscaras contra gases. Para isto, é conveniente consultar o corpo
de bombeiros.
Início do incêndio
• Soar alarme de incêndio (evasão das pessoas do local).
• Chamar corpo de bombeiros e, nesse meio tempo, tentar evitar que
o fogo se espalhe.
• Usar extintores de incêndio para minimizar o problema (usar
máscaras - respirador com filtro apropriado para multigases).
• Se o incêndio se espalhar, somente bombeiros deverão entrar no
local.
454
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
456
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Gerenciamento do Armazém
8. O armazém está:
- Bem sinalizado?
- Limpo?
- Isolado?
- Com disposição correta de produtos?
- Com equipamentos de proteção (contra incêndio e individual)?
- Equipado com materiais absorventes e neutralizantes?
- Equipado com tambores para retirada de material descartado?
- Com telefones de emergência em local visível?
- Com fichas de emergência e segurança dos produtos
armazenados?
9. Respeitando a altura máxima de empilhamento das embalagens, de
acordo com este manual?
10. Há uma estrutura gerencial definida, com responsabilidades claras
das pessoas que trabalham no armazém?
457
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
458
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
459
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
5.2 – Risco
460
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
461
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
5.3 – Responsabilidades
É obrigação do empregador
• fornecer os EPI adequados ao trabalho
• instruir e treinar quanto ao uso dos EPI
• fiscalizar e exigir o uso dos EPI
• repor os EPI danificados
É obrigação do trabalhador
• usar e conservar os EPI
462
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Luvas
Um dos equipamentos de proteção mais importantes, pois protege as
partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos.
Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve ser de
acordo com o tipo de formulação do produto a ser manuseado.
A luva deve ser impermeável ao produto químico. Produtos que con-
têm solventes orgânicos, como por exemplo os concentrados emulsionáveis,
devem ser manipulados com luvas de BORRACHA NITRÍLICA ou
NEOPRENE, pois estes materiais são impermeáveis aos solventes orgâni-
463
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
cos. Luvas de LÁTEX ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos
ou formulações que não contenham solventes orgânicos.
De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de “borracha
NITRILICA ou NEOPRENE”, que podem ser utilizadas com qualquer tipo
de formulação.
Existem vários tamanhos e especificações de luvas no mercado. O
usuário deve certificar-se do tamanho ideal para a sua mão, utilizando as
tabelas existentes na embalagem.
Respiradores
Geralmente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo
de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas ou finas partículas tóxi-
cas através das vias respiratórias. Existem basicamente dois tipos de respi-
radores: sem manutenção (chamados de descartáveis) que possuem uma
vida útil relativamente curta e recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante),
e os de baixa manutenção que possuem filtros especiais para reposição,
normalmente mais duráveis.
Os respiradores mais utilizados nas aplicações de produtos
fitossanitários são os que possuem filtros P2 ou P3. Para maiores informa-
ções consulte o fabricante.
Os respiradores são equipamentos importantes mas que podem ser
dispensados em algumas situações, quando não há presença de névoas,
vapores ou partículas no ar, por exemplo:
a) aplicação tratorizada de produtos granulados incorporados ao solo;
b) pulverização com tratores equipados com cabines climatizadas.
464
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Viseira facial
Protege os olhos e o rosto contra respingos durante o manuseio e a
aplicação.
A viseira deve ter a maior transparência possível e não distorcer as
imagens. Deve ser revestida com viés para evitar corte. O suporte deve
permitir que a viseira não fique em contato com o rosto do trabalhador e
embace. A viseira deve proporcionar conforto ao usuário e permitir o uso
simultâneo do respirador, quando for necessário.
Quando não houver a presença ou emissão de vapores ou partículas
no ar o uso da viseira com o boné árabe pode dispensar o uso do respirador,
aumentando o conforto do trabalhador.
Existem algumas recomendações de uso de óculos de segurança para
proteção dos olhos. A substituição do óculos pela viseira protege não so-
mente os olhos do aplicador mas também o rosto.
465
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Boné árabe
Confeccionado em tecido de algodão tratado para tornar-se hidro-
repelente.
Protege o couro cabeludo e o pescoço de respingos e do sol.
Capuz ou touca
Peça integrante de jalecos ou macacões, podendo ser em tecidos de
algodão tratado para tornar-se hidro-repelente ou em nãotecido.
Substituem o boné árabe na proteção do couro cabeludo e pescoço.
Avental
Produzido com material resistente a solventes orgânicos (PVC, bagum,
tecido emborrachado aluminizado, nylon resinado ou nãotecidos), aumenta
a proteção do aplicador contra respingos de produtos concentrados durante
a preparação da calda ou de eventuais vazamentos de equipamentos de
aplicação costal.
466
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Botas
Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resisten-
tes aos solventes orgânicos, por exemplo, PVC.
Sua função é a proteção dos pés. É o único equipamento que não
possui C.A.
Atenção: Esta tabela não deve ser considerada como único critério
para utilização dos EPI. As condições do ambiente de trabalho poderão
exigir o uso de mais itens ou dispensar outros para aumentar a segurança e
o conforto do aplicador. Leia as recomendações do rótulo e bula. Observe a
legislação pertinente.
467
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Calça e Jaleco
A calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa comum, fato que
permitirá a retirada da vestimenta em locais abertos. Os EPI podem ser
usados sobre uma bermuda e camiseta de algodão, para aumentar o confor-
to. O aplicador deve vestir primeiro a calça do EPI, em seguida o jaleco,
certificando-se de que este fique sobre a calça e perfeitamente ajustado. O
velcro deve ser fechado com os cordões para dentro da roupa. Caso o
jaleco de seu EPI possua capuz, assegure-se de que este estará devidamen-
te vestido pois, caso contrário, facilitará o acúmulo e retenção de produto,
servindo como um compartimento. Vale ressaltar que o EPI deve ser com-
patível com o tamanho do aplicador.
Botas
Impermeáveis devem ser calçadas sobre meias de algodão de cano
longo, para evitar atrito com os pés, tornozelos e canela. As bocas da calça
do EPI sempre devem estar para fora do cano das botas, a fim de impedir o
escorrimento do produto tóxico para o interior do calçado.
Avental Impermeável
Deve ser utilizado na parte da frente do jaleco durante o preparo da
calda e pode ser usado na parte de trás do jaleco durante as aplicações com
equipamento costal.
Para aplicações com equipamento costal é fundamental que o pulve-
rizador esteja funcionando bem e sem apresentar vazamentos.
Respirador
Deve ser colocado de forma que os dois elásticos fiquem fixados
corretamente e sem dobras, um fixado na parte superior da cabeça e outro
468
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Viseira facial
Deve ser ajustada firmemente na testa, mas sem apertar a cabeça do
trabalhador. A viseira deve ficar um pouco afastada do rosto para não em-
baçar.
Boné árabe
Deve ser colocado na cabeça sobre a viseira. O velcro do boné ára-
be deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurando que toda a face
estaja protegida, assim como o pescoço e a cabeça.
Luvas
Último equipamento a ser vestido, devem ser usadas de forma a evi-
tar o contato do produto tóxico com as mãos.
As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das mãos
do usuário, (não podendo ser muito justas, para facilitar a colocação e a
retirada, e nem muito grandes, para não atrapalhar o tato e causar aciden-
tes).
As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das mangas
do jaleco, com exceção de quando o trabalhador pulveriza dirigindo o jato
para alvos que estão acima da linha do seu ombro (para o alto).
Nesse caso, as luvas devem ser usadas para fora das mangas do
jaleco. O objetivo é evitar que o produto aplicado escorra para dentro das
luvas e atinja as mãos.
469
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Boné árabe
Deve-se desprender o velcro e retirá-lo com cuidado.
Viseira facial
Deve-se desprender o velcro e colocá-la em um local de forma a
evitar arranhões
Avental
Deve ser retirado desatando-se o laço e puxando-se o velcro em
seguida.
Jaleco
Deve-se desamarrar o cordão, em seguida curvar o tronco para bai-
xo e puxar a parte superior (os ombros) simultaneamente, de maneira que o
jaleco não seja virado do avesso e a parte contaminada atinja o rosto.
Botas
Durante a pulverização, principalmente com equipamento costal, as
botas são as partes mais atingidas pela calda.
Devem ser retiradas em local limpo, onde o aplicador não suje os
pés.
Calça
Deve-se desamarrar o cordão e deslizar pelas pernas do aplicador
sem serem viradas do avesso.
Luvas
Deve-se puxar a ponta dos dedos das duas luvas aos poucos, de
forma que elas possam ir se desprendendo simultaneamente.
Não devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria o próximo uso e
contaminaria a parte interna.
470
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Respirador
Deve ser o último EPI a ser retirado, sendo guardado separado dos
demais equipamentos para evitar contaminações das partes internas e dos
filtros.
Lavagem
A pessoa que for lavar os EPI deve usar luvas à base de Nitrila ou
Neoprene.
As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas
com água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulveriza-
ção.
A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com
sabão neutro (sabão de coco). As vestimentas não devem ficar de molho.
Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas para remover todo o
sabão.
O uso de alvejantes não é recomendado, pois vai danificar o trata-
mento do tecido.
As vestimentas devem ser secas à sombra. Atenção: somente use
máquinas de lavar ou secar, quando houver recomendações do fabricante.
As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abun-
dante após cada uso. É importante que a VISEIRA NÃO SEJA
ESFREGADA, pois isto poderá arranhá-la, diminuindo a transparência.
Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específi-
cas que acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com
filtros especiais para reposição) devem ser higienizados e armazenados em
local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem
limpa para diminuir o contato com o ar.
471
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Descarte
A durabilidade das vestimentas deve ser informada pelos fabricantes
e checada rotineiramente pelo usuário. Os EPI devem ser descartados quando
não oferecem os níveis de proteção exigidos. Antes de serem descartadas,
as vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos do produto
fitossanitário sejam removidos, permitindo-se o descarte comum.
5.9 – Mitos
Existem alguns mitos que não servem mais como desculpa para não
usar EPI:
472
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
474
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
LUVAS
ANSELL
Rua 9 de Julho, 4499 - Jd. Paulista
São Paulo - SP - 01407-100
Disque Ansell: (11) 3884 6654 - 3884 9376
Sr Marcus Vinicius Mello Mazza
Cel: (11) 9936 6078
E-mail: [email protected]
RESPIRADORES
3M DO BRASIL
Via Anhanguera, km 110 - Caixa Postal 123
Sumaré-SP - 13001-970
Disque Segurança: 0800 550705
Tel: (19) 3864 7000
WebSite: www.3m.com.br
476
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
BOTAS
BRACOL IND. COM.
Rua Bauru, 964
Lins - SP - 16401 100
Fax: (14) 3533 2202
E-mail: [email protected]
FUJIWARA EPI
Av. Governador Roberto da Silveira, 751 - Vila São Carlos
Apuracana - PR - 86800-520
Tel. (43) 420 5000
E-mail: [email protected]
WebSite: www.fujiwara.com.br
477
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
ASSOCIAÇÕES E ENTIDADES
FUNDACENTRO
Rua Capote Valente, 710
São Paulo - SP - 05409-002
PABX: (11) 3066-6000
Fax: (11) 3066-6343
E-mail: [email protected]
WebSite: www.fundacentro.gov.br
478
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
479
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
7.1 – Responsabilidades
Os Usuários deverão:
480
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Os Fabricantes deverão:
a) Providenciar o recolhimento e dar a destruição final adequada às emba-
lagens vazias devolvidas às unidades de recebimento em, no máximo,
um ano, a contar da data de devolução pelos usuários/agricultores;
b) Implementar, em colaboração com o Poder Público, programas educativos
e mecanismos de controle e estímulo à LAVAGEM (Tríplice e sob Pres-
são) e à devolução das embalagens vazias por parte dos usuários/agri-
cultores;
c) Alterar os modelos de rótulos e bulas para que constem informações sobre
os procedimentos de lavagem, armazenamento, transporte, devolução e
destinação final das embalagens vazias.
481
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
482
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Atenção:
• As operações de tríplice lavagem ou lavagem sob pressão devem ser
realizadas pelo usuário na ocasião do preparo de calda, imediatamente
após o esvaziamento da embalagem, para evitar que o produto resseque
e fique aderido à parede interna da embalagem, dificultando assim a sua
remoção;
• Somente utilize água limpa para realizar a lavagem das embalagens;
• Este procedimento não se aplica às embalagens flexíveis como: sacos
plásticos, sacos aluminizados, e sacos multifoliados e embalagens rígidas
com formulações não miscíveis em água tais como formulações oleosas.
UBV, tratamento de sementes;
• Na execução das operações de lavagem das embalagens, devem-se utili-
zar sempre os mesmos equipamentos de proteção individual (EPI’s) exigi-
dos para o preparo da calda;
• Cuidado ao perfurar o fundo das embalagens para não danificar o rótulo
das mesmas, facilitando assim a sua identificação posterior.
483
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
484
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
485
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Obs:
Os usuários/agricultores devem armazenar as embalagens nas suas
propriedades temporariamente, até no máximo um ano, a partir da data de
sua aquisição, cumpridas as condições citadas acima.
Fundações A critério
486
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
Gerenciamento Sim
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
488
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
pela retirada e pelo frete, através de um telefone 0800 que será informado
quando do credenciamento;
490
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
8. APLICAÇÃO DO PRODUTO
492
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
10. HIGIENE
Importante:
• Importante:
• Nunca use alvejante, pois poderá danificar a resistência das vestimentas;
• As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundan-
te após cada uso;
• Guarde os EPI separados da roupa comum para evitar contaminação;
495
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
O Presidente da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem,
o transporte o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial,
a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização
de agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos por esta Lei.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - agrotóxicos e afins:
a) os produtos e os agentes do processes físicos, químicos ou biológicos,
destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a
composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de
seres vivos considerados nocivos;
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento.
II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias
primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos
e afins.
Art. 3.º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição
do artigo 2º desta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados,
comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal,
500
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
502
Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Atuando com Responsabilidade - Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários
509
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
510
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
1. INTRODUÇÃO
MERCADO INTERNO
1
Engenheiro Agrônomo – Sipcam-Agro, Bebedouro – SP, e-mail: joã[email protected]
511
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
512
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
MERCADO EXTERNO
513
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Participação Participação
Países Exportação (t.)
(%) acumulada (%)
514
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
515
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
CARACTERÍSTICAS DO MERCADO
a) Preferência do consumidor
516
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
b)Modalidade de pagamento
A manga é uma fruta que, na maioria das vezes, é vendida por con-
signação, com o preço de mercado sendo determinado no destino. Esta é
uma importante variável, que deve ser mais bem discutida pelo produtor,
pois podem-se estabelecer estratégias que visem manter a competitividade
e a viabilidade econômica. A qualidade do produto e os custos do transpor-
te afetam os preços, que são negociados entre o importador e os supermer-
cados. Cabe, então vigilância constante e cuidados desde a decisão da épo-
ca de colheita até a classificação, resfriamento e distribuição. Através des-
sa forma de pagamento, quando o preço de mercado no momento da entre-
ga do produto não é suficiente para cobrir os custos, os prejuízos são inevi-
tavelmente repassados aos produtores. Para equilibrar esta situação, a ma-
neira de minimizar os riscos, têm sido os contratos de vendas, estabelecen-
do intervalos de preço (máximo e mínimo) a serem pagos.
É importante comentar que os preços pagos pela manga no mercado
internacional, na última década, têm decrescido, já que passaram de US$
1,77 por quilo, em 1991, para US$ 1,15, em 2000. A principal explicação
para a redução no preço da manga é o ingresso de novos fornecedores no
mercado (maior oferta).
c) Estrutura de mercado
517
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
518
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
519
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
∇ ♦
FUNGOS BACTÉRIA
• Arquitetura da planta;
• Equipamentos de aplicação
• Legislação Brasileira
520
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
- PODA DE FORMAÇÃO
PODA DE ABERTURA DA COPA
521
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Bacteriana
Fúngicas
522
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
Mancha angular
523
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Antracnose
524
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
Maior poblema da
antracnose: latência
sob determinadas con-
dições do meio (látex).
Os sintomas só se
manifestam quando
o meio se torna fa-
vorável (látex-amido
>> açúcares e água
+ clima) – mancha
do mercado
525
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
526
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
Oídios
527
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
528
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
ANTRACNOSE E OÍDIOS
Tendências
529
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
530
Expectativa e Utilização de Produtos na Cultura da Manga
REFERÊNCIAS
531
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
532
Segurança Alimentar na Produção de Manga
1. INTRODUÇÃO
1
PhD, Professora Adjunta- Departamento de Microbiologia da Universidade
Federal de Viçosa-UFV.
2
Bacharel em Economia Doméstica- UFV
533
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
534
Segurança Alimentar na Produção de Manga
535
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
• COMPOSIÇÃO DE NUTRIENTES
A presença de água, fontes de carbono e nitrogênio, vitaminas, fato-
res de crescimento e minerais nos alimentos suprem as necessidades dos
microrganismos em diferentes graus. Fungos filamentosos e leveduras têm
menores exigências seguidas de bactérias Gram-negativas. Bactérias Gram-
positivas têm exigências nutricionais maiores e mais específicas.
• pH
Aceita-se como regra geral que microrganismos crescem melhor
em pH entre 6,6 e 7,5 e que abaixo de pH 4,0 poucos crescem. Os fungos e
leveduras são menos exigentes e pH menor que 4,0 favorece seu cresci-
mento por eliminar a competição pelas bactérias. As bactérias crescem em
velocidade maior que os fungos e, portanto, quando as condições lhes são
favoráveis, elas superam os fungos. O limite inferior para crescimento de
fungos filamentosos é abaixo de 1,0 e para leveduras é menor que 2,0. Isso
depende do microrganismo e dos outros fatores ambientais.
• CONTEÚDO DE UMIDADE
Em Microbiologia, é expresso como atividade de água- aw, represen-
tada pelo quociente da pressão de vapor do alimento, pela pressão de vapor
da água pura, na mesma temperatura. A água pura, portanto, tem aw igual a
1,0 e os alimentos têm aw inferiores a 1,0. A maioria das bactérias exige
maior teor de água livre e as deterioradoras crescem em aw acima de 0,91.
Fungos filamentosos e leveduras requerem menos água livre, sendo que a
maioria dos deterioradores crescem em aw acima de 0,80 e 0,88, respectiva-
mente.
536
Segurança Alimentar na Produção de Manga
• CONSTITUINTES ANTIMICROBIANOS
Animais e plantas desenvolveram no curso da evolução, mecanismos
de defesa contra a invasão e proliferação de microrganismos. Algumas subs-
tâncias antimicrobianas e mecanismos de defesa podem permanecer no
alimento. São exemplos, o sistema lactoperoxidase do leite bovino, a lisozima
do ovo, garlicina em alho, eugenol em cravo-da-India, entre outros.
• ESTRUTURAS BIOLÓGICAS
Coberturas externas de frutos e sementes bem como cascas e pelí-
culas de ovos e a pele dos animais provêm proteção contra a invasão por
microrganismos em alguma extensão.
• TEMPERATURA
A temperatura de estocagem dos alimentos determina a velocidade
com que os microrganismos poderão neles se desenvolver. Em temperatu-
ras de refrigeração (entre 0°C e 7°C) apenas os microrganismos psicrófilos
e psicrotróficos irão crescer, ainda que lentamente. A deterioração dos ali-
mentos é, por isso, mais lenta em câmaras frias e geladeiras do que em
temperatura ambiente. Algumas bactérias patogênicas como Listeria
monocytogenes e Yersinia enterocolítica também se multiplicam sob re-
frigeração. Sob congelamento, a –18°C ou abaixo, poucos microrganismos
crescem e, quando o fazem, sua taxa de crescimento é muito baixa. Sob
condições normais não há crescimento em produtos congelados. Entretan-
to, nem todos alimentos mantêm qualidade em temperaturas muito baixas. É
537
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
o caso das frutas tropicais que se conservam melhor de 13°C a 17°C do que
a 7°C.
• UMIDADE RELATIVA
A umidade relativa do ambiente de estocagem equilibra-se com a do
alimento. Assim, a aw do alimento relaciona-se com a umidade relativa do
ambiente, no equilíbrio, da seguinte forma: UR= aw x 100. Portanto, as con-
siderações sobre aw do alimento em relação a grupos de microrganismos
podem ser extrapoladas para UR.
538
Segurança Alimentar na Produção de Manga
539
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
540
Segurança Alimentar na Produção de Manga
n = 5
c = 2
m = 102 /g
M = 5x102 /g
Isto significa que, em cada lote, cinco unidades amostrais devem ser
analisadas para coliformes a 45°C. Aceita-se que duas dessas cinco unida-
des possam apresentar entre 102 e 5x102 coliformes por grama em análise
por método recomendado.Se um única unidade de amostra apresentar mais
que 5x 102/g , o lote é inaceitável, portanto deve ser rejeitado. O mesmo
ocorre se mais de duas unidades apresentarem mais que 102 /g.
Os padrões microbiológicos para “polpas ou purês refrigerados ou
congelados” são:
541
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
SALMONELLA EM MANGA
542
Segurança Alimentar na Produção de Manga
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
544
Segurança Alimentar na Produção de Manga
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
546
Segurança Alimentar na Produção de Manga
• PRINCÍPIO 1
• PRINCÍPIO 2
• PRINCÍPIO 3
• PRINCÍPIO 4
547
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
• PRINCÍPIO 5
• PRINCÍPIO 6
• PRINCÍPIO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
548
Segurança Alimentar na Produção de Manga
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
550
Segurança Alimentar na Produção de Manga
551
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
552
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
1. INTRODUÇÃO
1
Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL,
Av. Brasil, 2880, Campinas, SP, CEP: 13073-001, e-mail: [email protected]
553
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
2. COLHEITA
554
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
555
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
556
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
557
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Figura 3. Mesa de metal, com tampo de tela de arame, onde as mangas são
deixadas até a completa exsudação do látex.
558
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
559
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3.2. Recepção
560
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
3.4. Lavagem
561
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
562
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
O fungicida a ser utilizado tem que ser permitido pelo país importador
e, para as frutas da PIF tem que estar na Grade de Agroquímicos e, portan-
to, registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) do Brasil.
Mangas enviadas aos Estados Unidos, Japão e Chile devem ser sub-
metidas ao tratamento hidrotérmico, visando o controle das moscas-das-
frutas (Figura 5). O tratamento consiste na imersão das frutas em tanques
com água a 46.1 ºC. O tempo de permanência das frutas nesta temperatura
depende de seu peso: 75 minutos para manga com peso inferior a 425 g e 90
minutos para fruta com peso acima de 425 g. O controle da temperatura
deve ser bastante rigoroso e geralmente monitorado por sistema
computadorizado, acompanhado sempre por um técnico do Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos. Antes deste tratamento, a temperatura
563
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
564
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
3.8. Secagem
3.9. Embalagem
565
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3.10. Paletização
566
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
Todo “pallet” que tem como destino os Estados Unidos, tem que es-
tar envolto em tela (30 mesh) para se evitar a entrada de insetos, principal-
mente, moscas-das-frutas.
567
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
3.12. Estocagem
568
Tecnologia Pós-colheita para a Comercialização de Manga In Natura
569
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
570
Tecnologia da Industrialização da Manga
TECNOLOGIA DA
INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANGA
Afonso Mota Ramos1
Paulo Henrique Machado de Sousa2
Selene Daiha Benevides3
1. INTRODUÇÃO
1
Professor adjunto, Departamento de Tecnologia de Alimentos, UFV, e-mail: [email protected]
2
Aluno de Doutorado, Departamento de Tecnologia de Alimentos, UFV, e-mail:
[email protected]
3
Aluna de Doutorado, Departamento de Tecnologia de Alimentos, UFV, e-mail:
[email protected]
571
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
572
Tecnologia da Industrialização da Manga
573
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Índia
42%
574
Tecnologia da Industrialização da Manga
575
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
576
Tecnologia da Industrialização da Manga
Caracterização da Manga
Sólidos solúveis (ºBrix) 14,80 12,20 13,60 14,20 14,10 15,60 18,80
Acidez (% ac. cítrico) 0,54 1,50 0,46 0,79 0,57 0,38 0,62
Açúcares redutores (%) 4,53 3,60 4,24 4,04 3,72 4,08 4,54
Açúcares totais (%) 12,32 10,48 11,99 12,57 11,30 12,37 14,55
Amido (%) 1,32 1,26 0,97 0,86 - - -
Vitamina C (mg/100g) 3,9 25,0 21,7 16,3 58,0 42,0 -
Fonte: 1 – SILVA, 1985; 2 – BLEINROTH, 1985.
578
Tecnologia da Industrialização da Manga
Industrialização da Manga
579
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
580
Tecnologia da Industrialização da Manga
Mangas
↓
Colheita
↓
Transporte
↓
Recepção / Pesagem
Água ↓
Pré-lavagem / Seleção Inicial
↓
Lavagem / Seleção Final
↓
Branqueamento / Despolpamento / Refino
↓
Formulação
↓
Pré-aquecimento / Desaeração
↓
Pasteurização em trocador de
calor
↓
Envase Asséptico
↓
Armazenamento
Colheita
581
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
cuidados para que não sejam causadas injúrias nos frutos. Os frutos devem
ser acondicionados em recipientes adequados, tais como contentores ou
caixas plásticas, limpas e sanitizadas (com água clorada) e colocados sob a
proteção do sol e solo para que não sejam contaminados. Devem-se obser-
var os parâmetros básicos para uma colheita adequada de forma a oferecer
um produto final de excelente qualidade.
Transporte
Os frutos nos contentores são enviados à fábrica em caminhões ou
carretas, cobertos por lona de cor clara para serem protegidos do sol, de-
vendo-se deixar um espaço de 40-50cm entre a lona e os frutos para manter
a ventilação. Deve-se ter o cuidado com relação à velocidade alta e estra-
das ruins para que os frutos não cheguem à indústria com injúrias.
Recepção e pesagem
Os frutos devem atender as especificações do comprador, podendo
ser feitos testes para controle da matéria- prima.
A pesagem é feita para efeito de pagamento e para se determinar o
rendimento da produção.
582
Tecnologia da Industrialização da Manga
Formulação da Polpa
É realizada em tachos de aço inoxidável, onde são retiradas amostras
para determinações do pH e Brix para em seguida ser formulada a polpa,
ajustando-se o pH com ácido cítrico para reduzir para 3,9 a 4,1 a fim de
garantir a eficácia do tratamento térmico. Finalizada a formulação, a polpa
segue para o tanque de equilíbrio para o pré-aquecimento e desaeração.
Pré-Aquecimento / Desaeração
A polpa é pré-aquecida antes de entrar no desaerador, objetivando a
remoção do ar e do oxigênio absorvidos durante o despolpamento, promo-
vendo um bloqueio nas reações químicas e enzimáticas.
Pasteurização
A polpa é pasteurizada a 110ºC por 30 segundos, para destruir os
microrganismos deteriorantes, principalmente fungos filamentosos e leve-
duras, pois devido ao baixo pH, não se desenvolvem microrganismos
583
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Envase asséptico
O processo de enchimento asséptico engloba uma combinação de
princípios de esterilização a alta temperatura, durante certo tempo, com
métodos de enchimento asséptico. Difere dos outros métodos porque o pro-
duto é rapidamente esterilizado e resfriado, antes de ser envasado em em-
balagens assépticas. O produto esterilizado e resfriado sob pressão flui con-
tinuamente do sistema de calor para as embalagens primárias (assépticas),
seguindo para as embalagens secundárias (tambores). Com esse tipo de
envase, não se tem contato com o ar atmosférico ou qualquer fonte de
contaminação. Após o envase, a polpa é rotulada e segue para o
armazenamento.
Armazenamento
A polpa, após envase asséptico, pode ser armazenada à temperatura
ambiente, em local seco, fresco e protegido da luz.
584
Tecnologia da Industrialização da Manga
585
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
586
Tecnologia da Industrialização da Manga
587
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Colheita
↓
Transporte
↓
Recepção / Pesagem
Água ↓
Pré-lavagem / Seleção Inicial
↓
Lavagem / Seleção Final
↓
Branqueamento / Despolpamento / Refino
↓
Formulação
↓
Pré-aquecimento / Desaeração
Hot fill Asséptico
↓ ↓
Tratamento térmico Tratamento térmico
↓ ↓
Enchimento Resfriamento
↓ ↓
Fechamento Enchimento asséptico
↓ ↓
Resfriamento Armazenamento
↓
Armazenamento
588
Tecnologia da Industrialização da Manga
589
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Polpa
↓
Tanque com agitador
↓
Homogeneização
↓
(Hot Fill) Desaeração Asséptico (Tetra brik)
↓ ↓ ↓
Tratamento térmico Enchimento a frio Tratamento térmico
↓ ↓ ↓
Enchimento a quente Recravação a vácuo Resfriamento
↓ ↓ ↓
Fechamento Tratamento térmico Enchimento
↓ ↓ ↓
Inversão Resfriamento (Spin Cooker) Fechamento
↓ ↓ ↓
Resfriamento Armazenamento Armazenamento
↓
Armazenamento
590
Tecnologia da Industrialização da Manga
Recebimento da matéria-prima
591
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Branqueamento
Pode ser feito em banhos de água quente ou com jatos de vapor,
objetivando principalmente a retirada do ar dos tecidos e a inativação
enzimática.
Acondicionamento
Após o branqueamento, existem duas opções: se o produto a ser fa-
bricado é uma compota, haverá necessidade de cozimento da fruta em cal-
da de açúcar, antes do envase; caso se trate do processamento de fruta em
calda, a fruta é envasada crua, seguindo-se a adição do xarope.
Exaustão
É feita em túnel de vapor (exaustor contínuo), por meio da injeção
direta de vapor sobre o produto, durante um período de 4 minutos. A tempe-
ratura de saída do túnel deve ser igual a 85oC, tomada no centro da lata.
Recravação
Feita em recravadeira automática, imediatamente após a saída das
latas do exaustor.
Tratamento térmico
O tratamento térmico que poderia confundir-se com o branqueamen-
to, na realidade se distingue por uma série de aspectos, sendo o principal
relacionado ao objetivo com que é executado. Enquanto no branqueamento,
o objetivo principal é inativar as enzimas, no tratamento térmico, os objeti-
vos principais são:
592
Tecnologia da Industrialização da Manga
Resfriamento
Deve ser executado no menor tempo possível e logo em seguida à
esterilização. Um resfriamento prolongado poderá causar supercozimento
do produto, além de alterações microbiológicas. A temperatura final de
resfriamento deve estar entre 35-40ºC, o que provocará a evaporação rápi-
da da água ainda aderida à embalagem. É importante, também, que a água
de resfriamento contenha de 1 a 2 mg/L de cloro livre, para que não se torne
agente de contaminação do produto, enquanto os vedantes da tampa estão
aquecidos e semifluidos.
Armazenamento
Os lotes devidamente marcados para posterior identificação são ar-
mazenados em local seco e ventilado para evitar corrosão, manchas nos
rótulos e amolecimento das caixas de papelão. A temperatura de estocagem
deve no máximo de 38ºC.
593
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Recebimento da matéria-prima
↓
Lavagem das frutas
↓
Seleção das frutas
↓
Descascamento e descaroçamento manuais
↓
Corte em fatias uniformes
↓
Seleção dos pedaços
↓
Branqueamento
↓
Acondicionamento
↓
Adição de xarope a quente
↓
Exaustão
↓
Recravação
↓
Tratamento Térmico
↓
Resfriamento
↓
Armazenamento
594
Tecnologia da Industrialização da Manga
Geléia de Manga
Geléia é o produto obtido pela cocção do suco de frutas com açúcar,
adicionado de ácido e pectina e concentrado até a consistência gelatinosa.
Do ponto de vista tecnológico, a geléia consiste em uma firme estrutura
geleificada, livre de partículas sólidas da fruta; é clara, transparente, bri-
lhante, macia ao cortar, porém firme. Entretanto, o produto mais comum no
mercado brasileiro é a geleiada, que se compõe de pedaços de frutas em
suspensão. A Legislação Brasileira de Alimentos em vigor não faz distinção
entre esses produtos, qualificando-os todos como geléia (GENÚ e PINTO,
2002).
Na elaboração de geléia de fruta, é necessário otimizar a relação
entre a pectina, açúcar e ácido, para que o produto adquira consistência
adequada. Souza (1983) realizou um trabalho com 10 variedades de mangas
produzidas em Minas Gerais, a fim de obter informações sobre as variáveis
envolvidas no processo de geleificação, verificando que a variedade “Ubá”
foi a que apresentou melhor qualidade, e que os valores de pectina deveriam
estar compreendidos na faixa de 1,2 e 1,5%; sólidos solúveis de 66 a 69oBrix
e pH entre 3,3 a 3,5 para resultarem numa geléia de melhor sabor e textura.
As etapas de formulação de geléia de manga a partir da polpa são
apresentadas a seguir, como mostra o fluxograma da Figura 6.
A polpa é submetida à fervura com água na proporção 1:1, durante
20 minutos. Faz-se a separação do suco, mediante a utilização de peneiras
de malhas finas. Depois, faz-se a adição de 50% do peso do suco em açú-
car e 1,2% de pectina comercial. Faz-se a concentração do produto em
tacho aberto ou a vácuo e ajusta-se o pH com adição de solução de ácido
cítrico 50%, quando a concentração do produto estiver em torno de 60 oBrix..
Em seguida a concentração continua até atingir 66oBrix. O produto é então
envasado a quente em potes de vidro, feitos a exaustão por cerca de 5
minutos em túnel a vapor e o fechamento hermético.
595
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Polpa de manga
↓
Extração do suco
↓
Formulação
(adição de açúcar e pectina)
↓
Cocção
↓
Adição da solução de ácido cítrico
↓
Embalagem
↓
Exaustão
↓
Recravação
↓
Resfriamento
↓
Acondicionamento
↓
Armazenamento
596
Tecnologia da Industrialização da Manga
597
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
dade de açúcar utilizada tem que ser igual ou menor que a quantidade dos
ingredientes vegetais. A fase de aquecimento tem como objetivos principais
a completa dissolução e mistura dos componentes; cocção dos diversos
componentes visando a obtenção da coloração, sabor e aroma característi-
cos do produto; evaporação de parte da água presente, a fim de garantir
consistência e/ou conservação adequadas e tratamento térmico do produto
para eliminação da maioria dos microrganismos presentes. A determinação
do ponto final da cocção também pode ser feita por refratometria ou tempe-
ratura de ebulição.
Manga desidratada
Devem ser escolhidas mangas menos fibrosas para o processo de
desidratação, como as variedades “Haden”, “Tommy-Atkins” ou “Keitt”.
A produção de manga desidratada pode ser feita por secagem natu-
ral ao sol, ou por meio de secagem artificial realizada em secadores elétri-
cos, por desidratação da fruta por imersão em soluções concentradas de
solutos, e por uma combinação de dois métodos, como desidratação osmótica
seguida de secagem em estufa.
Reis (2002) realizou a secagem direta de fatias de manga Tommy
Atkins em secador de bandeja à temperatura de 60oC, sendo desidratada
até um teor de umidade final de 15-20%. Souza Neto (2002) obteve peda-
ços de manga Coité com boa estabilidade durante 4 meses através de osmose
em xarope de sacarose a 55oBrix por 4 horas a 65oBrix seguida de secagem
em estufa a 65oC até umidade de 15%. Brandão et al. (2003) secaram
pedaços de manga em secagem solar após pré-tratamento osmótico de 45º
a 65ºBrix e imersão seqüenciada em xaropes de 45, 55 e 65ºBrix, obtendo
produtos com boa estabilidade durante 180 dias. Pina et al. (2003) utilizaram
598
Tecnologia da Industrialização da Manga
Polpa de manga
↓
Extração do suco
↓
Formulação
(adição de açúcar e pectina)
↓
Cocção
↓
Adição da solução de ácido cítrico
↓
Embalagem
↓
Exaustão
↓
Recravação
↓
Resfriamento
↓
Acondicionamento
↓
Armazenamento
599
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
Outros produtos
Além dos produtos descritos, outros tratamentos industriais têm sido
aplicados à manga em menores quantidades, como é o caso de manga ver-
de em água salgada, que se destina em grande parte à fabricação de tempe-
ros especiais do tipo “chutney”, picles de manga, batida de manga, manga
em pó, vinagre e vinho de manga, manga em pedaços congelada ou refrige-
rada e gelado de manga. Sua utilização em saladas de frutas tropicais seria
outra possibilidade industrial importante. A casca e o caroço podem ser
aproveitados para elaboração de rações para animais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Tecnologia da Industrialização da Manga
601
Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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Tecnologia da Industrialização da Manga
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Manga - Produção Integrada, Industrialização e Comercialização
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