A História Do Mundo em Cinquenta Cachorros 1st Edition Mackenzi Lee Full Chapter Download PDF

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A história do mundo em cinquenta

cachorros 1st Edition Mackenzi Lee


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SUMÁRIO
Capa

Folha de rosto
Sumário

Dedicatória
Prefácio

Domesticação canina: Uma rápida introdução ao notório


C.Ã.O.

Fazendo a egípcia: Abuwtiyuw, o primeiro registro de nome


de cão da história

Ca-xoloitzcuintli: Ela é linda, absoluta, é Xoloitzcuintli


Panhu pega geral: O ancestral original da mitologia chinesa
Argos, o cão leal da Odisseia: O primeiro cachorro morto
da literatura ocidental
Todos os cães merecem o céu: Rei Yudhisthira e o cão do
Mahabharata
Peritas, o Grande: O cachorro um tanto mítico de
Alexandre, o Grande

Gosto muito de te ver, leãozinho chinês: O Pequinês e


outros cães-leão da China
O cão rei da Noruega não sabe o que faz: A história
mítica de regentes ranzinzas

São Roque, padroeiro dos cachorros: Senhor, fazei-me


instrumento de vossos biscoitinhos

Donnchadh, o fiel escudeiro de Roberto I: Caçador de


recompensas por acidente

Cãoquistadores! Cachorros forçados a serem cúmplices do


colonialismo

O Pug que sabia demais: Como um cachorro impediu um


assassinato real
Urian, o Galgo: Um cão mastiga a Igreja católica

A guerra dos ossos: Os cachorros da Guerra Civil Inglesa

A gravidade da situação: Quando o cachorro de Isaac


Newton quase estragou tudo

O xógum dos cães: Protegendo os vira-latas do Japão

Quero conhaque! Barry e os cães de resgate do passo do


Grande São Bernardo

“Se quiser um amigo em Washington, adote um


cachorro”: Primeiros-cães na Casa Branca

O Pug Fortune: Napoleão Bonaparte é osso duro de roer


Au au oeste! Lewis, Clark e o Terra-Nova Seaman lideram a
descoberta
Minha fama de mau-au: Boatswain, o cachorro de Lord
Byron, e também: qual é a do Romantismo?
O caso do cachorro marrom: Ou, PLMDDS, parem de usar
cachorros em experimentos científicos
Greyfriars Bobby: E outros rabinhos fiéis

Fido-lidade: De onde veio o nome “Fido”?

Amor não se compra: Caroline Earle White e os primeiros


abrigos para animais abandonados dos Estados Unidos

“Alô? Aqui é o cachorro”: Como o cachorro de Alexander


Graham Bell ajudou a inventar o telefone

Vamos fugir deste lugar: Bud Nelson e a primeira viagem


de carro pelos Estados Unidos

Lizzie Borden e seu machado fizeram picadinho… para


o Boston Terrier almoçar

Cuidando do parcão: John Muir e Stickeen, parceiros de


aventura

O Au-scar vai para… Cachorros no cinema

My au-au will go on: Cachorros no Titanic


História concisa de cães terapêuticos: Como você se
sente sobre isso?

Cães de guerra, parte 1: Combatentes caninos da Primeira


Guerra Mundial

Os últimos cães fiéis da Rússia: O czar não sobreviveu,


mas o cachorro não morreu

A Guerra do Cachorro Fugido: Ou: o estranho caso do


cachorro de guerra
Lobos gigantes contra a difteria: Togo, Balto e a Corrida
da Misericórdia para salvar Nome, no Alasca

Os Corgis de Sua Majestade: Como batatinhas peludas


viraram um símbolo da Coroa britânica

O primeiro cão-guia dos Estados Unidos: O passeio que


fez história
Cão de aluguel: A mascote de quatro patas da represa
Hoover

O exército de cachorros falantes de Hitler: Não vingou


Quem desenterra osso é arqueólogo: O cachorro Robot
descobre as pinturas rupestres de Lascaux

Cães de guerra, parte 2: Cães soldados da Segunda Guerra


Mundial
CACHORROS! NO! ESPAAAAAÇO! Como os cães levaram a
humanidade ao espaço

Martha, my dear! O primeiro cachorro beatlemaníaco


Igualdade racial é pedir muito? Nelson Mandela e seu
cachorro, Gompo

Os resgates caninos do Onze de Setembro: Um melhor


do que o outro
Virgem Maria! Como Snuppy se tornou o primeiro cão
clonado do mundo

Quem quer ser um montanhista? De vira-lata abandonado


a primeiro cachorro a escalar o monte Everest
Em extinção: Raças caninas perdidas para a história

Bibliografia selecionada
Sobre a autora
Créditos
PREFÁCIO

Como acontece com a maioria das pessoas, minha vida mudou


completamente quando adotei um cachorro.
Eu cresci com cachorros, trabalhei como passeadora de cachorros,
fui a tia divertida dos cachorros de todos os meus amigos, pulei de
carros em movimento para fazer carinho em cachorros aleatórios na
rua. Mas eu só fui entender mesmo o que significa ter um cachorro
quando trouxe para casa uma bolinha peluda de seis quilos da raça
São-Bernardo.
Isso quer dizer que tudo o que você tem de bom em casa vai
acabar com marcas de mordidas, coberto de baba ou ambos. Ou…
talvez não sobre nada inteiro. Você nunca mais sairá de casa sem
uma camada generosa de pelo canino, e seu tempo na rua será
determinado por quanto o cachorrinho aguenta. Um narigão preto às
vezes vai aparecer debaixo da cortina do chuveiro no meio do seu
banho. Será preciso enfiar a mão na garganta do cachorro para
arrancar o passarinho morto que ele tentou comer da sarjeta num
momento de distração sua. Às vezes, você acordará às quatro e meia
da manhã porque a bolinha de pelo virou uma bolona e quer brincar
— e é assim que acabará escrevendo o prefácio do livro antes de o
sol nascer, enquanto ela se deleita estripando um bichinho de pelúcia
aos seus pés.
Mas isso também quer dizer que seu coração viverá fora do peito.
Sua alegria estará apegada àquele sorrisinho canino e ao rabinho
abanando. Você vai querer ser a pessoa que seu cachorro acha que
você é, mas você sabe que nunca será, e que ele te amará mesmo
assim. Fotos quase idênticas do cachorro dormindo lotarão o álbum
do seu celular, que você abrirá para mostrar para todo mundo que
conhece, quer peçam, quer não. A vida de repente transbordará de
amor ilimitado em todas as direções.
No final das contas, todos os clichês sobre ter um cachorro são
verdadeiros.
Diz a máxima que devemos escrever sobre o que conhecemos. Por
isso, conforme o último ano da minha vida foi sendo consumido pela
minha nova dependente peluda que agora tem 55 quilos de graça e
baba, comecei a colecionar histórias de cães históricos.
Sempre amei história, mas aprendi que o que mais me fascina não
são as guerras, a política, os congressos ou os eventos importantes
registrados em placas. Eu me atraio por narrativas mais engraçadas e
menos conhecidas, que não só comprovam que a história é
profundamente estranha como também mostram a universalidade da
experiência humana — e, neste caso, canina. Essas anedotas sobre
cães ao longo dos tempos abrem pequenas janelas para os
momentos históricos maiores nos quais elas aconteceram e para a
vida dos humanos que esses cachorros acompanharam.
Este livro contém histórias de cachorros — umas verdadeiras,
outras míticas e algumas que são um pouco de cada —, mas também
histórias humanas. Tentei não só contar as histórias dos melhores
cãezinhos da história mas também usá-las para contextualizar
momentos marcantes do passado. Como uma autodeclarada viciada
em história que dormiu nas aulas do colégio porque ninguém faz
boas escolhas aos dezesseis anos e agora precisa fingir
discretamente que entende todo o contexto da Revolução Francesa,
espero que esses resumos curtos e acessíveis ofereçam um
conhecimento básico sobre certos momentos históricos cruciais para
leitores que antes não faziam ideia do que tinha acontecido ali.
Dependendo de onde e quando apareceram na linha do tempo, as
ideias sobre cães e seu papel na sociedade variaram muito.
Cachorros já foram bichos de estimação, companheiros, caçadores,
trabalhadores, protetores, pragas, cobaias; sagrados, comemorados,
temidos, odiados, amados e muito mais. Para entendermos os
cachorros, seu lugar no tempo e as especificidades de certo lugar e
tempo, muitas vezes precisamos esquecer nossas ideias modernas
sobre os cachorros como bichinhos/memes e tentar ver suas histórias
pela ótica do mundo em que viveram.
Isso também exige aceitar que o passado nem sempre é
benevolente. Embora os cachorros talvez sejam as criaturas mais
puras do mundo, nem todas essas histórias são puras — pois, por
mais que os cachorros sejam incríveis, seres humanos às vezes são
péssimos. Como é de nosso feitio, ao longo da história fizemos dos
cães cúmplices de alguns de nossos piores momentos. Eu não sabia
ao certo se deveria incluir esses fatos no livro, mas acabei decidindo
que sim. Senti que eram fundamentais para criar um panorama
completo tanto do papel dos cachorros na história quanto da própria
história. A forma como falamos sobre os cães, como os tratamos e os
lembramos em geral diz mais sobre nós mesmos do que sobre eles.
Agora, com licença, tem um nariz molhado cutucando minha
perna, insistindo para que eu jogue uma bolinha. Boa leitura.
DOMESTICAÇÃO CANINA
Uma rápida introdução ao notório C.Ã.O.

Antes de começarmos nossa jornada através da historius canius,


melhor ir logo respondendo à principal pergunta: como os cachorros
passaram de animais selvagens a bichos fofinhos?
Na discussão a respeito de quando os cães foram domesticados, é
importante distinguir animais domésticos de animais domados. O
animal domado se acostuma com a presença de pessoas e aceita a
intervenção humana. Animais domados desenvolvem uma relação
simbiótica pela convivência. Já a domesticação acontece ao longo das
gerações e significa que um animal vive tão próximo dos humanos
que se torna dependente deles para sobreviver. Ela altera os animais
física e mentalmente. A maioria dos animais domesticados que
conviveram com humanos por várias gerações não seria capaz de
viver no mato, por conta de mudanças aprendidas e aspectos
evolutivos que tiram sua capacidade de independência. Há uma
diferença semelhante entre selvagem e feral — animais selvagens
sobrevivem a vida inteira sem intervenção humana, enquanto animais
ferais são de espécies domesticadas que aprenderam a sobreviver
sozinhas.
Quando falamos de cachorros, estamos nos referindo a um animal
domesticado que pode ser feral. Quando falamos de lobos, tratam-se
de animais selvagens que podem ser domados.
Certo. Cachorros. Como e quando deixaram de ser lobos domados
para virarem cãezinhos domesticados?
Em resumo: não sabemos.
Cachorros são a espécie mais diversa do planeta, depois dos
humanos, mas todos os cães modernos são parentes dos lobos. Do
Chihuahua ao Poodle, do Husky ao Corgi, todas as raças caninas têm
99% do DNA em comum com lobos; além disso, como cachorros e
lobos ainda podem cruzar, são considerados a mesma espécie.
Há diversas teorias sobre quando o cachorro e o lobo se separaram
na árvore evolutiva, mas é praticamente impossível responder com
certeza, em parte porque isso aconteceu há bastante tempo, em
parte porque é provável que tenha ocorrido diversas vezes em vários
lugares do mundo. Lobos e cachorros devem ter divergido entre 15
mil e 40 mil anos atrás, o que pode parecer um intervalo enorme,
mas isso é pouquíssimo tempo em termos de Pré-História.
Para alguns cientistas, os lobos foram domesticados na Europa;
para outros, foi no Oriente Médio; e tem quem diga que isso se deu
no Leste Asiático. De forma muito simplificada, a árvore genealógica
canina parece se dividir em dois troncos principais: cães da Eurásia
Oriental e cães da Eurásia Ocidental. O problema é que há provas
sustentando a ideia de que cães migraram do Oriente para o
Ocidente, mas também do Ocidente ao Oriente. Uma teoria para
explicar esse fato é que, milhares de anos atrás, em algum lugar do
oeste da Eurásia, seres humanos domesticaram o lobo-cinzento. O
mesmo aconteceu, de forma independente, no leste. Por volta da
Idade do Bronze, alguns dos cães do leste migraram para o oeste
com seus parceiros humanos e, no meio do caminho, encontraram os
cães do oeste, cruzaram com eles e os substituíram.
Mas… outros cientistas acham isso tudo uma besteira.
Em 2013, uma equipe de cientistas comparou o genoma
mitocondrial (anéis menores de DNA fora do pedaço central) de 126
cachorros e lobos modernos e dezoito fósseis, concluindo que os
cachorros foram domesticados na Europa ou no oeste da Sibéria. Já
outra equipe comparou o genoma total de 58 lobos e cachorros
modernos e concluiu que os cachorros são originários do sul da
China, tendo migrado para o oeste.
Claro, todos esses cientistas acham que estão certos e que os
outros estão errados. E, claro, há muitas outras teorias, então meu
cérebro explodiu antes de eu acabar de ler a respeito, até porque
ciência não é a minha praia.
Ou seja: de onde vieram os cachorros? Vai saber…
Quando? Também não faço a menor ideia.
A próxima pergunta, naturalmente, é: por quê?
Mesma coisa: não sabemos.
Fazer o quê? Ciência não é uma ciência.
Alguns cientistas acreditam que os primeiros caçadores-coletores
humanos deliberadamente domaram e cruzaram lobos. Outra teoria
completamente diferente afirma que os cachorros se domesticaram
sozinhos — talvez um cachorro por aí esteja escrevendo A história do
mundo em cinquenta humanos, propondo que os cachorros
domesticaram os seres humanos. Afinal, humanos eram rivais na
busca por comida, então os lobos decidiram que a melhor estratégia
era cooperar. Os cachorros que sobreviveram e se integraram de
forma mais eficiente aos humanos foram aqueles com pelagem
macia, olhos brilhantes, orelhas caídas e, no geral, os mais fofos —
uma fofura que tem até nome: neotenia. Os filhotes de lobo que
sabiam interpretar melhor as dinâmicas sociais humanas (algo que eu
preciso trabalhar melhor) tinham maior probabilidade de se tornar,
digamos, um dos humanos, e assim cruzar entre si e criar mais
cachorros nascidos domesticados. Essa teoria tem o nome (fofíssimo)
de Sobrevivência do Mais Amigável.
De qualquer forma, a verdade quanto à domesticação canina é que
não temos respostas. Não sabemos exatamente como, por quê,
quando ou onde.
O que sabemos é que, independentemente de qual fenômeno
natural nos aproximou, cachorros e humanos se tornaram
inseparáveis.
FAZENDO A EGÍPCIA
Abuwtiyuw, o primeiro registro de nome de cão da
história
TESEM · EGITO · SÉCULO XVI A XI A.C.

Antes de ser um império conhecido por túmulos geométricos e reis


de nome Tut, o Egito foi uma coleção de cidades-Estado não
unificadas e tranquilas ao longo do Nilo. Elas eram divididas em duas
regiões: o sul era chamado de Alto Egito, e o norte, de Baixo Egito.
Se olhar para um mapa bidimensional, você verá tudo ao contrário,
mas esses reinos, assim como tudo no Egito, seguiam o fluxo do
Nilo.
Para quem planejasse um império antigo, o Nilo seria a região
perfeita. Era uma fonte de água calma, navegável e previsível, o que
facilitava muito os negócios ao longo dos seus mais de 6 mil
quilômetros. Todo ano enchia na mesma época, sem precisar de
sistemas de irrigação, criando terras tão férteis que os egípcios
basicamente jogavam sementes como se fosse confete, e elas
germinavam mesmo assim. Isso liberava muito tempo para que eles
passassem delineador, inventassem o papiro e mimassem os
cachorros.
Já vou falar mais sobre isso, prometo.
Por volta de 3100 a.C., os reinos Alto e Baixo se unificaram,
inaugurando o império sensacional no qual pensamos hoje. O Egito
antigo pode ser dividido em três períodos, cujos nomes, nada
criativos, são Império Antigo, Império Médio e Império Novo. Juntos,
eles ocuparam surpreendentes trinta séculos, fazendo do Egito um
dos maiores sucessos entre as civilizações antigas.
Provavelmente nos lembramos mais do Egito antigo não pelo que
foi feito em vida, mas sim em morte. Estruturas como as pirâmides
de Gizé foram erigidas como túmulos elaborados para os faraós, pois
acreditava-se que eles eram literalmente deuses. Quando um faraó
morria, era acrescentado ao panteão de deuses egípcios e
idolatrado. Afinal, se alguém disser que, ao morrer, vai virar um
deus, eis uma boa motivação para fazer o melhor velório possível.
Ao contrário do que diz o ditado, os egípcios acreditavam que, sim,
da vida se leva alguma coisa, por isso enchiam o túmulo com tudo o
que mais importava na vida da pessoa. Coisas sem as quais ela não
podia viver — ou melhor, morrer.
Em alguns casos, era o cachorro.
Quando um rei, cujo nome ironicamente não sabemos, perdeu o
querido cão, quis garantir que a ka, ou alma, do cachorro
encontrasse a vida após a morte e o esperasse quando seu próprio
dia chegasse. Por isso, fez um velório de rei para o animal e
escreveu seu nome em hieróglifos nas paredes do túmulo.
Abuwtiyuw, às vezes transcrito como Abutiu, é um dos primeiros
cachorros domesticados de que se tem conhecimento, e o primeiro a
ter seu nome registrado. Traduzida, a placa de pedra descoberta no
túmulo diz: “O cão que guardou Sua Majestade. Abuwtiyuw é seu
nome. Sua Majestade ordenou que fosse enterrado [com cerimônia]
em um caixão do tesouro real, com enorme quantidade do melhor
linho, [e] incenso. Sua Majestade [também] forneceu unguentos
perfumados, e [ordenou] que seu túmulo fosse construído por
equipes de pedreiros”.
Por isso, na próxima vez que estiver meticulosamente arrumando
a pose de seu cachorro para a foto perfeita no Instagram e se sentir
um pouco exagerado, lembre-se de que pelo menos não contratou
pedreiros para ele. Depois, poste essa belezura, porque eu vivo por
fotos de cachorrinho no Instagram.
Qual era a raça do Abuwtiyuw? Com base nas orelhas eretas e no
rabo curvado descritos na placa, ele provavelmente era o que os
egípcios chamavam de Tesem — não uma raça específica, mas o
nome dado para todos os cães de caça. A raça em si lembraria as
modernas Podengo Ibicenco, Galgo Inglês e Basenji. Sua imagem
também foi entalhada ao lado do nome nas paredes do túmulo.
Abuwtiyuw foi um dos muitos cachorros mumificados encontrados
em escavações no Egito, enterrados com os donos ou em gloriosos
túmulos próprios. Na cidade de Abidos, parte do cemitério era
dedicada especialmente aos cachorros, e o cemitério de Ascalão, no
que hoje é Israel, mas que já fez parte do Egito, é o cemitério
canino mais bem preservado da Antiguidade. Cachorros são
representados em muitos entalhes tumulares dos três períodos da
história egípcia, incluindo imagens de homens levando-os para
passear na correia. Embora coleiras e correias de cachorro
provavelmente sejam originárias da Suméria, antes do Egito, isso
mostra que os cães não eram parte da vida dos egípcios somente
após a morte — eram parte do cotidiano.
O Egito costuma ser mais associado a gatos, mas há provas
esculpidas em pedra: os cachorros eram encontrados pelo reino
inteiro. Muitos eram usados para caça e proteção, mas isso não os
impedia de serem também companheiros queridos, como o
Abuwtiyuw.
Tinha um monte de catioros no Egito — uma quantidade
fenomeNilo.
*sai de fininho*
Cãoplemento
O amor do Egito pelo cachorro foi imortalizado
pela personificação do deus Anúbis, que é
representado com uma cabeça de chacal. Egípcios
também idolatravam a divindade canina Upuaut, nome
que significa “abridor de caminhos”. A função de Upuaut
era definir um trajeto para o exército e ajudar a levar os
mortos ao submundo. O deus Set às vezes também era
representado como um animal fictício chamado Sha, que
se parecia muito com um cachorro.
CA-XOLOITZCUINTLI
Ela é linda, absoluta, é Xoloitzcuintli
XOLOITZCUINTLI · MÉXICO · A.C.

Xoloitzcuintli não é o tipo de raça que ganha concursos de beleza. A


primeira coisa que se repara nesse cãozinho é que ele é
inteiramente pelado. Exceto por um tufinho moicano no topo da
cabeça, o Xoloitzcuintli é só um saco de pele preta-azulada e
enrugada. Outras características marcantes incluem orelhas de
satélite, um rabinho de rato e os dentes tortos ou ausentes.
Mas dê outra olhada.
Certo, talvez mais uma. Com um pouco de concentração. Ignore o
fato de eles serem frequentemente confundidos com chupa-cabras,
a criatura mitológica que ganha a competição de Criaturas
Mitológicas Com As Quais Você Nunca Quer Ser Confundido.
Prometo, a personalidade deles é ótima.
Apesar de não serem, digamos, os cães mais tradicionalmente
bonitos do planeta, os Xoloitzcuintlis têm um passado longo e
complexo e são conhecidos como uma das primeiras raças
domesticadas da América do Norte.
Primeiro, vamos combinar: a pronúncia é cho-lô-its-cuín-tli. Pode
chamar de Xolo, ou cho-lô, para ser mais prático. O nome do Xolo
vem de duas palavras da língua asteca: Xolotl, o deus do trovão e da
morte, e “itzcuintli”, que significa “cachorro”.
O Xolo era sagrado para muitos povos indígenas das Américas,
incluindo colimas, maias, toltecas, zapotecas e astecas. Alguns
pesquisadores acreditam que ele acompanhou os primeiros
migrantes da Ásia há mais de 3 mil anos. A falta de pelo típica do
Xolo, considerada por muitos, inclusive esta autora que vos fala,
esquisita e perturbadora porque meio que lembra um testículo, foi
resultado de mutações genéticas antigas, mas acabou mostrando-se
um traço vantajoso, pois ajudou o Xolo a sobreviver ao clima tropical
da América Central. A mesma mutação também causa em muitos
deles uma situação dentária horrorosa. Pelo menos — olhando pelo
lado bom! — seus dentes peculiares (ou, melhor dizendo, a falta
deles) ajudam arqueólogos a identificar os restos mortais escavados.
De acordo com a mitologia asteca, o deus Xolotl criou o
Xoloitzcuintli a partir de um pedaço do Osso da Vida, o mesmo que
deu origem a toda a humanidade. Xolotl deu aos humanos esse
presente com a instrução de que ele deveria ser guardado e
protegido. Em troca, o Xolo guiaria os astecas através dos perigos do
Mictlan, o submundo. Esculturas do Xolo muitas vezes eram incluídas
em túmulos para representar como ele guiaria a pessoa até a outra
vida. Em alguns estados mexicanos, quase 75% dos túmulos antigos
continham algum tipo de representação do Xolo. Infelizmente, o
trabalho de primeiro cão-guia costumava envolver seu sacrifício para
acompanhar os humanos mortos. Pior ainda: ocasionalmente, o Xolo
servia de iguaria em cerimônias de casamento ou velório. Mas
vamos em frente.

O NOME DO XOLO VEM DE DUAS PALAVRAS DA LÍNGUA


ASTECA: “XOLOTL”, O DEUS DO TROVÃO E DA MORTE, E
“ITZCUINTLI”, QUE SIGNIFICA “CACHORRO”

Além das responsabilidades do Xolo no pós-vida, os astecas


acreditavam que ele tinha poderes de cura — e era meio verdade.
Quem já acordou no meio da noite suando porque o cachorro deitou
em cima da sua barriga sabe que cães ficam bem quentes. Já que
não têm pelo, Xolos são basicamente bolsas de água quente
caninas. Portanto, com frequência eram deixados na cama com
pessoas doentes para ajudar a regular a temperatura corporal, o que
auxiliava no processo de cura. O carinho do Xolo era lendário e
idolatrado.
Esses esquisitinhos sem pelo foram documentados para o público
europeu pela primeira vez pelo missionário espanhol do século XVI
Bernardino de Sahagún, que descreve como os astecas
embrulhavam os Xolos em cobertores durante a noite para mantê-
los aquecidos. O cão também chamou a atenção de Cristóvão
Colombo — que, não sabendo se controlar, acabou levando vários
espécimes de volta para a Europa (ele e seus homens também
quase os levaram à extinção de tanto comê-los, porque para ele não
havia genocídio suficiente; Cristóvão Colombo não era um bom
menino).
Apesar do passado lendário e de ter donos famosos em outros
momentos históricos, como Diego Rivera e Frida Kahlo, o Xolo quase
desapareceu no século XX. Graças à restauração da cultura indígena
no México (um esforço para preservar a cultura perdida quando os
europeus chegaram e destruíram tudo), assim como a algumas
aparições marcantes do cão na cultura popular (lembra o Dante, o
bueno perro no filme Viva: A vida é uma festa, da Pixar? É um
Xolo!), o Xolo se tornou uma raça oficialmente registrada pelo
American Kennel Club (AKC) em 2011.
Quem disse que beleza é tudo?
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Gun cannot be fired unless cover is down.
Greater general strength, especially in recoiling portions.
Sighted to 2,900 yards.
TO MOUNT AND DISMOUNT GUN.
As for Maxim (page 16).
TO LOAD AND UNLOAD GUN.

To Load Gun.

Pass tag end of belt through feed block from right side. Pull crank
handle on to roller with right hand. Pull belt straight through as far
as it will go with left hand. Let go crank handle; the first cartridge
will then be gripped by extractor. Repeat as above; the first cartridge
will then be in chamber and another gripped by upper part of
extractor. Gun is then ready for firing.

To Unload Gun.

Pull crank handle on to roller twice in succession (without pulling


belt), letting it fly forward to check lever each time. Press up bottom
pawls and remove belt from feed block, then release lock spring.
TO CLEAN.
As for Maxim (page 17).
MUZZLE ATTACHMENT.
A steel muzzle attachment for ball firing is provided to assist
recoil. When attachment is fitted on gun, the gland replaces the
packing gland. The muzzle cup is fixed to barrel by a clamping screw,
body of which lies in a circular groove on barrel, thus preventing
muzzle cup from being blown off should clamping screw become
loose. Outer casing is attached to gland by an interrupted flange and
spring-keeper pin. Front cone screws into front end of outer casing,
and, to protect its face from erosion, is covered by a thin steel disc,
which, when badly eroded, can be replaced by a spare one. Gland and
front cone have flanges which are grooved to receive the combination
tool provided for assembling and stripping purposes.
FUSEE SPRING.
On the left of breech casing there is a strong spiral spring called
the fusee spring, the rear end of which is connected by the fusee
chain and fusee with the crank; the fore-end is attached to the breech
casing by means of the fusee spring box and adjusting screw, which
passes through the front end of fusee spring box, and through the
nut at the front end of spring.
The fusee spring can be adjusted without removing the box, as the
vice pin of the screw is loose. This screw is kept in position by two
nibs which fall into recesses, by the tension of the fusee spring. The
fusee is attached to the crank by means of a stem and lugs, and is
easily removed.

To Weigh and Adjust Fusee Spring.

Take out lock; place loop of spring balance over knob of crank
handle, and, standing on left side of gun, press down check lever with
left hand. Pull spring balance vertically up, resting right wrist on
breech casing. The reading indicated when crank handle commences
to move will be the weight of fusee spring. This weight should be
between 7 and 9 lbs. If spring is over, or not up to weight, adjust by
means of vice pin. Generally six clicks (three revolutions) make a
difference of about 1 lb. Adjust by ½–lbs. as a rule.
Turning vice pin clockwise increases weight and vice versa.
Tension of spring should always be kept as high as possible,
consistent with maintaining normal rate of 500 rounds per minute.
TO STRIP AND ASSEMBLE GUN.
The gun is stripped in the following order:—

Lock.

Clear extractor by revolving crank handle twice; pull crank handle


on to roller; raise rear cover, place finger between extractor and stop,
lift lock, at same time allowing crank handle to move slowly forward
until lock is released from side plates. Give lock one-sixth of a turn in
either direction and lift out.

Feed Block.

Release front cover catch, raise front cover, and lift out.

Fusee Spring Box.

With right hand at rear and left hand at front, press box forward
until clear of lugs and remove. Disconnect fusee chain and remove
box and spring. Care should be taken to throw no cross strain on
chain.

Fusee.

Turn fusee to rear until lugs on stem are free to be withdrawn.

Ball Firing Attachment.

Withdraw split pin. Give outer casing one-sixth turn and remove
it. Unscrew front cone. Loosen clamping screw of muzzle cup and
revolve cup till clamping screw coincides with flat on barrel. Remove
muzzle cup. Unscrew and remove gland.
Slides, Right and Left.

Raise rear cover, unscrew rear crosspiece screwed fixing T-pin,


and hinge down rear crosspiece. Pull out sides.

Recoiling Portion.

Draw recoiling portion out to rear. Disconnect side plates from


barrel, removing left one first (for convenience only). If necessary, by
taking out fixing pin, crank handle can be driven off with a drift and
hammer, but as a rule this should not be stripped.

Roller.

Remove split fixing pin, collar, and roller.

To Strip Lock.

(a) See that lock is cocked; force out side lever split pin and axis
bush. Remove side levers and extractor levers and slide extractor
from front of lock casing. (b) Release lock spring and push out the
trigger and tumbler axis pins. (c) Remove trigger, tumbler, lock
spring, firing pin and sear with spring. To strip extractor, push out
gib spring cover and remove spring and gib.

Tangent Sight and Spring.

(a) Remove top fixing screw of graduated plate. (b) Run the slide
off stem. (c) Remove fixing screw of milled head and lift latter off
slide. (d) Remove fixing pin, pawl, and pinion from slide. (e) Place
the milled head, face upwards, on a bench; then, with small
screwdriver applied to rectangular nib on slide spring, knock latter
down flush with face, when it can be lifted out with pliers.
EXAMINATION AND TESTING.
Before assembling the gun all parts should be tried in their places
separately to see that they work freely.
Test friction of recoiling portions (as Maxim, page 22).

Assembling.

Reverse all foregoing operations with exception that recoiling


portions must be replaced before packing and packing gland. When
assembling lock, care must be taken that lock spring is replaced with
lock in fired position, and when all the other parts are assembled.
When assembling rear crosspiece see that pawl of firing lever
engages with trigger bar lever. When assembling tangent sight, it will
be found convenient to place slide on stem (axis end) before
attaching the milled head; in this position pinion is prevented from
turning with pawl when engaging arms of spring outside lugs on
pawl.
REPLACEMENT OF DEFECTIVE PARTS.
(As Maxim, page 22.)
STOPPAGES.
(As Maxim, page 24.)
DAMAGED PARTS OF LOCK, &c.
(As Maxim, page 29.)
POINTS TO BE ATTENDED TO.
Before firing. During firing. After firing.
Oil Working and Working parts during Bore immediately.
recoiling temporary cessation of
portions. fire.
In handles. Thorough clean in
barracks.
Test Recoiling Release lock spring.
portions.
Fusee spring.
Examine Barrel. Clamps of tripod not Unload and clear
loose. extractor.
Spare parts.
Belt. Refill belts. Empty cases (no live
rounds amongst
them).
Water Fill barrel Watch consumption. Empty out.
casing.
Add glycerine
in frosty
weather.
BELT FILLING.
All numbers, also drivers, should be instructed and practised in
belt filling by hand, and also with the belt-filling machine, as follows:

Belt Filling by Hand.

One Man Loading by Hand.—Sit on the ground, with the right foot
doubled under the left thigh, the left foot resting on the outer side
and drawn towards the right knee.
Place the belt on the left knee, with the tag pointing to the right.
Take hold of the first brass strip between the forefinger and thumb;
then with the remaining fingers and ball of the thumb, hold the belt
so that the pockets will remain open. Take five cartridges in the right
hand, insert into pockets, taking care to avoid doubling over the thin
edge of webbing. Now place the belt on the knee, and, placing the
tips of the fingers on the front of the belt, finally adjust the cartridges
by pushing them forward with the thumb until the points of the
bullets are in line with the ends of the long brass strips. Continue to
load and adjust in fives, and make a final inspection when placing
the belt in the box.

Belt Filling by Machine.

Fix machine so that crank handle can be worked with right hand.
Unfold loading tray and leg, the tray being secured to the left of
bed plate by pin, the leg being made rigid by turning up the keeper
plate on to the pin catch.
Turn the steel guide plate (on bed plate) outwards. Pocket opener
must be far enough back to clear the belt.
Place belt behind roller and into belt guide. Edge of belt to be
touching side of guide, projecting end of long brass strips to point
away from cartridge plunger, and to pass under the steel guide.
Pawl to lie on top of belt.
Turn steel guide into position again and draw belt through with
left hand until first pocket is opposite pocket opener.
Fill hopper with cartridges and replenish as required.
Revolve crank handle continuously (not too fast) until belt is filled.
(A light pressure should be kept on the belt with the left hand until
the weight of the filled portion is sufficient to assist the pawl.)
The Lewis Automatic Machine Gun.

LIST OF PARTS.

1. Butt plate.
2. Butt plate screws (2).
3. Buttstock.
4. Butt tang screw.
5. Butt tang.
7. Butt latch.
8. Back sight bed spring.
9. Back sight bed spring screw.
10. Butt latch spring.
11. Back sight bed.
13. Feed cover.
14. Back sight leaf.
20. Back sight slide.
21. Ejector.
22. Guard side pieces (2).
23. Back sight axis pin washer.
24. Back sight axis pin.
26. Receiver.
27. Magazine pawls spring.
28. Stop pawl.
29. Rebound pawl.
30. Trigger.
31. Feed operating stud.
32. Safety (right and left).
33. Trigger pin.
34. Feed operating arm.
35. Feed pawl.
36. Feed pawl spring.
37. Bolt.
38. Charging handle.
39. Guard.
40. Cartridge guide spring.
41. Sear spring.
42. Sear spring box.
43. Magazine pan.
44. Ejector cover.
45. Extractors (2).
46. Gear stop.
47. Striker fixing pin.
48. Gear stop pin.
49. Gear stop spring.
50. Striker.
51. Cartridge spacer ring.
52. Gear.
53. Mainspring casing.
54. Magazine top plate rivets (6).
55. Mainspring.
56. Collet pin.
57. Mainspring collet.
58. Magazine centre.
59. Mainspring rivets (2).
60. Magazine latch spring.
61. Gear casing.
62. Magazine latch.
63. Centre key.
65. Gear case hinge pin.
66. Feed operating arm latch.
67. Magazine top plate.
68. Receiver lock pin.
69. Spacer ring rivets (5).
70. Interior separators (25).
71. Radiator casing rear, locking piece.
72. Rack.
74. Radiator casing rear.
75. Piston connecting pin.
76. Barrel.
77. Gas cylinder.
78. Radiator.
79. Piston.
80. Regulator key stud.
81. Gas regulator key.
82. Gas chamber.
83. Gas chamber band.
84. Gas regulator cup.
85. Clamp ring.
86. Front sight.
87. Clamp ring positioning screw.
88. Clamp ring screw.
89. Barrel mouthpiece.
90. Radiator casing front.
91. Sear (rear).
92. Hand grip.
93. Oil well.
94. Oil well cap.
95. Oil brush.
96. Spade grip butt tang.
97. Deflector.
98. Deflector arm.
99. Deflector arm joint pin.
100. Deflector clip.
101. Deflector clip joint pin.
102. Deflector bracket.
103. Deflector clamp screw.
104. Deflector latch.
105. Deflector latch screw.
106. Deflector clamp screw washer.
107. Deflector clamp screw stop nut.
108. Shell catcher bag.
109. Mounting yoke.
110. Mounting yoke clamp.
111. Mounting yoke bronze pillar.
112. Mounting yoke pillar screw.
113. Mounting yoke clamp hinge pin.
114. Mounting yoke clamp pin.
115. Mounting yoke clamp key.
116. Back sight elevating screw.
117. Back sight elevating screw head.
118. Back sight elevating screw head pin.
119. Back sight elevating screw head spring.
120. Sear pin.
121. Butt latch pin.
122. Mounting yoke pillar hinge pin.
123. Mounting yoke chain.
124. Mounting standard.
125. Light field mount bottom cross brace.
126. Light field mount centre post.
127. Light field mount feet (2).
128. Light field mount front legs (2).
129. Light field mount front yoke.
130. Light field mount knuckle joint.
131. Light field mount knuckle joint pin.
132. Light field mount rear brace.
133. Light field mount T joint, centre.
134. Light field mount T joint, side (2).
135. Light field mount top lug.
136. Barrel mouthpiece spanner.
137. Magazine filling handle.

Plate VI.

LEWIS AUTOMATIC MACHINE GUN.

Description.

The gun complete weighs 25¼ lbs. and can be withdrawn from its
leather case and put into action immediately.
There are only 62 parts in the gun proper—these cannot be
wrongly assembled, and require no adjustment.
No water is used for cooling purposes, the steel barrel being closely
fitted with a jacket of aluminium having deeply-cut grooves
throughout its length. Over this is a thin tubular steel casing, the
muzzle end of which extends (in reduced diameter) beyond the end
of barrel, the special shaped mouthpiece screwed to the end of barrel
serving the double purpose of firmly securing the radiator in place
and of directing the powder blast of each discharge as to greatly
increase the “ejector action” of this blast in sucking cool air through
the grooves of the radiator. The system is so effective that the gun is

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