Exame Ortopédico - RESUMO
Exame Ortopédico - RESUMO
Exame Ortopédico - RESUMO
concomitante)
Não são apenas afecções do sistema Anamnese:
musculoesquelético que dão sinais ortopédicos –
algumas doenças sistêmicas podem levar a sinais D Qual o membro envolvido
musculoesqueléticos D Atividade do paciente = ativo, sedentário
D Aparecimento foi agudo, progressivo,
Importância do exame ortopédico:
reincidente
D Identificar doenças como fraturas, neoplasias, D Histórico do trauma – recente ou anterior
contusões, luxações, doenças musculares D Já fez tratamento? Foi eficiente? – tratou e
D Outras doenças sistêmicas que podem ter sumiu ou se tratou, melhorou e depois voltou,
sinais clínicos locomotores etc
D Localizar o local da lesão para conseguir fazer D Enfermidades concomitantes? – EX:
um bom exame de imagem Leishmaniose, Doenças de base imunológica
D Meticorten = corticoide que alguns (lúpus, poliartrite imunomediada), Erlichia e
veterinários passam para passar a dor e o Babesia (poliartrite), Endocardite bacteriana
desconforto do animal, porém não resolve a (artrite infecciosa)
causa base D Sinais sistêmicos? – febre, não está
comendo, alterações em fezes e urina, etc
Equipamento necessário:
D Conhecimento básico
D Visão, ouvido e palpação
Por onde começar? Inspeção visual!
D Martelo ortopédico
D Pinça D Postura, andar, capacidade de sustentação
D Celular – gravar o paciente andando p/ ver nos 4 membros, simetria musculoesquelética
se há claudicação – levar o paciente p/ caminhar antes de
entrar no consultório em piso áspero
Pré-requisitos para um bom exame:
D Postura = desvio de peso cranialmente (fica
D Conhecimento anatômico com dorso arqueado, peso nos membros
D Conhecimento das afeções ortopédicas torácicos e cabeça baixa – pode ser dor na
D Sistemática = sempre fazer o exame do coluna) ou desvio de peso caudalmente
mesmo jeito – EX: começar pelo membro (abduzir os membros torácicos, elevar a
pélvico sempre cabeça e base ampla – mais difícil de se
D Treinamento = sempre treinar em animais detectar apenas na inspeção visual!)
saudáveis para saber quando tiver alteração D Simetria musculoesquelética = aumento de
volume, hipertrofia muscular, presença de
Sistemática do exame = sempre fazer uma boa edema devido a inflamação, etc
anamnese e um bom exame clínico geral! – para
saber o que suspeitar na hora do exame ortopédico
Exame clínico da claudicação:
Membros torácicos:
D Distúrbio estrutural ou funcional – EX: fratura
(estrutural), queixa neurológica (funcional) Começa pela extremidade distal
D Dor, enfraquecimento ou deformidade Abaixo do carpo (falanges):
D Suspeitar = ver se é um problema articular,
muscular ou neurológico D Sempre olhar os coxins e espaço interdigital
D O que procurar? – pode ter carrapicho, ferpa, etc
⚫ Qual é o membro em que o paciente faz D Olhar as unhas de todos os dedos – a unha
uma transferência rápida de peso pode não ter sido aparada e está causando
⚫ Balanço de cabeça – igual em cavalo! – uma inflamação
quando o membro acometido toca o solo, o D Palpar falange e movimentar as articulações
animal levanta a cabeça
Região do carpo:
⚫ Sempre fazer a caminhada em passo lento
e trote – olhar dos dois lados, de frente e de D Palpar em busca de efusão articular – edema
costas! da articulação (EX: poliartrite, fratura de osso
do carpo) – pode ser muito discreta, então
Todas as estruturas devem ser palpadas! – ossos,
sempre comparar com o membro
músculos, ligamentos, etc
contralateral
Posicionamento variável = recomendado sempre D Inspecionar a mobilidade = movimento
decúbito lateral e pelo membro sadio primeiro! – fisiológico: flexão 45° e extensão 180 a 190° -
deixar o membro afetado por último (mais estresse!) RX não vai mostrar nada!
– paciente pequeno: avaliar de pé (feito mais por D Extensão e estresse lateromedial = verificar
profissionais experientes) o ligamento colateral lateral e medial – ocorre
bastante ruptura traumática desse ligamento
Sempre palpar de distal para proximal! – sempre
seguir o cronograma (começar pelo membro pélvico Rádio e ulna = palpação buscando edema ou
ou torácico) presença de fratura (vai sentir instabilidade, dor, etc)
Sedação = animal não vai demonstrar dor! – em Cotovelo:
alguns casos é necessário: paciente com muita dor
ou paciente muito grande e forte (que não deixaria o D Ver se há efusão articular – aumento de
veterinário fazer os testes necessários para o volume
diagnóstico) – nesses casos: fazer o exame com o D Testar a mobilidade articular = movimento
paciente acordado e com o paciente sedado fisiológico: flexão 40 a 50° e extensão 165°
no máximo
Objetivos: D Extensão e estresse lateromedial = é
extremamente rígido! – muito difícil a
D Buscar assimetrias – aumento de volume,
mobilidade!
edemas
D Resposta a dor em algum teste Úmero = palpação buscando edema ou fratura
D Anormalidades no movimento articular –
Articulação escapulo-umeral (ombro):
amplitude aumentada ou reduzida
D Instabilidade – joelho, ombro, etc D Testar flexão e extensão (cranial e caudal)
D Crepitação – casos de fratura e alguns casos D Ver se há dor na hiperextensão – na caudal:
de doença articular degenerativa aproveita p/ palpar o bíceps
D Testes específicos D Abdução = aproximadamente 30° - muito
usado! – instabilidade medial do ombro:
comum em raças de grande porte ativas! – medial e compressão medial p/ testar o
como fazer? Se posiciona atrás do paciente ligamento lateral
(o mesmo em decúbito lateral), colocar uma D Avaliar os ligamentos cruzados
mão na espinha da escápula e com a outra D Avaliar a patela
segura o membro estendido e faz a abdução D Teste de sentar = teste específico de joelho
D Tem muitos outros testes que podem ser que ajuda a identificar ruptura do ligamento
feitos em ombro! cruzado cranial – quando o paciente está na
fase aguda, na hora de sentar, ele lateraliza o
Escápula = da para palpar e ver se há dor – palpar
membro – ele pode sentar em cima também
a musculatura (hipertrofia ou atrofia muscular – ver
(casos crônicos)
se a espinha da escápula vai estra evidente)
Membros pélvicos:
Começar de distal para proximal
Abaixo do tarso (falanges):
D Verificar os coxins em busca de corpos
estranhos
D Palpar as falanges e metatarso
Tarso:
D Inspecionar visualmente e palpar em busca
de efusão (em pé de costas para o D Teste para avaliar o ligamento cruzado cranial
veterinário – comparar com o contralateral) = teste de gaveta (positivo se movimentar
D Teste de flexão (45°) = flexão pra frente muito – nem sempre é fácil de fazer!) e teste
D Teste de extensão = para trás de compressão tibial (faz o movimento de
D Extensão e estresse lateromedial = muito flexão e extensão – quando tiver ruptura: a
importante! – nessa região, tem muita fratura tíbia se movimenta cranialmente) – para isolar
de maléolo (local onde tem a inserção dos a banda craniomedial (mais tem ruptura –
ligamentos colaterais = instabilidade!) – como posiciona o joelho em extensão e faz o teste)
fazer? Compressão em lado lateral e medial e caudolateral (não dá para isolar no teste)
(comprimir o lado lateral: testa o ligamento
medial e vice-versa)
Tíbia e fíbula = procura dor, crepitação,
instabilidade
Joelho:
D Estruturas ligamentares importantes =
colateral medial e lateral, ligamento cruzado
cranial e caudal
D Patela = ligamento patelar (testado no teste
do martelinho ortopédico)
OBS: Pacientes muito jovens (6 a 7 meses) podem
D Avaliar se tem efusão articular
ter teste de gaveta positivo por possuírem os
D Testar os ligamentos colaterais =
ligamentos muito frouxos ainda!
compressão lateral pra testar o ligamento
D Luxação de patela = pode ocorrer tanto normal do fêmur forma um triangula com a
medial quanto lateral! – é quando a patela fica crista ilíaca e a tuberosidade isquiática
fora do sulco troclear do fêmur – não é fácil
avaliar – teste: segura o fêmur com a mão
dominante e com a outra mão faz
movimentos (flexionando e rotacionando) e
sentir se a patela sai ou não do lugar – fazer
com o animal deitado é mais fácil!