CIÊNCIAS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO HUMANO EM MOÇAMBIQUE - Final
CIÊNCIAS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO HUMANO EM MOÇAMBIQUE - Final
CIÊNCIAS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO HUMANO EM MOÇAMBIQUE - Final
E DESENVOLVIMENTO HUMANO
EM MOÇAMBIQUE:
PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO
E LIMITAÇÕES
Editora Cravo
Comité Científico
Jorge Chinea
(Wayne State University - EUA)
Keila Grinberg
(Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Brasil)
Marcia Calainho
(Instituto Jurídico Luso Brasileiro - Portugal)
Monique Montenegro
(Instituto Ensinar Brasil - Brasil)
Yanina Benitez
(Instituto de Filosofía Ezequiel de Olaso/Centro de Investigaciones Filosoficas - Argentina)
Armindo Armando
Jane Alexandre Mutsuque
Pedrito Carlos Chiposse Cambrão
(Org.)
Ciências Sociais
e Desenvolvimento Humano
em Moçambique:
produção, circulação
e limitações
Copyright © 2024 Armindo Armando, Jane Alexandre Mutsuque & Pedrito
Carlos Chiposse Cambrão
ISBN: 978-989-9037-68-7
Conselho Editorial
Lou Calainho
Magno F. Borges
Maria Auxiliadora B. dos Santos
Dados para Catalogação da Obra
A727 Armando, Armindo.
Ciências Sociais e Desenvolvimento Humano em Moçambique: produção,
circulação e limitações / Armindo Armando, Jane Alexandre Mutsuque,
Pedrito Carlos Chiposse Cambrão.
Porto, Portugal : Editora Cravo, 2024.
158 p.; 22,86 cm.
ISBN: 978-989-9037-68-7
1. Ciências Sociais. 2. Desenvolvimento Humano. 3. Moçambique. 4.
Título. I. Armando, Armindo. II. Mutsuque, Jane Alexandre. III. Cambrão,
Pedrito Carlos Chiposse.
CDD: 300
CDU: 304
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desse livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem
autorização por escrito dos editores e autores.
www.editoracravo.pt
[email protected]
+351 960 221 473
A presente obra contou com recursos do Centro Português de Apoio à Pesquisa Científica e à Cultura (Conjugare) para
sua edição (1MZ45PT4/2023).
Colaboração:
Parceria:
Sumário
Prefácio.......................................................................................................09
Apresentação.............................................................................................13
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(Org.)
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Ciências Sociais e Desenvolvimento Humano em Moçambique:
produção, circulação e limitações
Bruno Venâncio
Lisboa, Março de 2023
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Apresentação
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(Org.)
Armindo Armando
Jane Alexandre Mutsuque
Pedrito Carlos Chiposse Cambrão
Beira, Abril de 2023.
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O LUGAR DOS ESTUDOS AFRICANOS NAS
SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS
Eva Quembo
Introdução
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trinta e quatro (34) são privadas 2. Destas instituições, pelo menos três
delas tem uma faculdade de Ciências Sociais e humanas, que para além
de cursos de licenciatura, oferecem cursos de mestrado e até
doutoramentos 3. Embora cada uma destas Faculdades tenha um
centro de pesquisa, apenas dois destes estão em pleno funcionamento,
nomeadamente, o Centro de Análise de Políticas da Faculdade de
Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, e o
Centro de Pesquisa da Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia da
Universidade Pedagógica, contudo, a sua produção científica ainda é
incipiente.
Por estes e outros motivos Cruz e Silva (2011) defendem a
necessidade de ter uma academia forte, sem a qual as Ciências Sociais
no continente correm risco de reforçar a ideia da visão do outro,
transformando-se em periferia.
2 Fonte: http://www.mctes.gov.mz/wp-content/2021/03/lista-de-instituicoes-de-
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proposições teóricas sobre uma ideia mais ou menos comum e que consiste
essencialmente na elaboração da diferença entre a África e a Europa, mais tamnbém
no desiderato de através do conhecimento produzido formar uma África cada vez
mais diferente da Europa” (Macamo, 2014 p. 105).
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Considerações finais
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Referências Bibliográficas
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produção, circulação e limitações
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CASAMENTO E HETEROSSEXUALIDADE:
UMA RELAÇÃO DE IMPLICAÇÃO, OU O
“TENTAR TRAVAR O VENTO COM AS
MÃOS”? UMA BREVE ANÁLISE SOBRE AS
UNIÕES HOMOSSEXUAIS EM
MOÇAMBIQUE
Stela Santos
Introdução
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de menores àqueles que vivam numa situação tutelada por essa união
de facto? Ou (4) deve o Estado reconhecer o casamento entre pessoas
do mesmo sexo?
Se assim se entender, uma última questão se revelaria
incontornável, (5) o reconhecimento a favor do casamento entre
pessoas do mesmo sexo, implicaria a legitimação do direito à adoção
por parte deste tipo de casais?
Sendo certo que muitas pessoas têm sólidas convicções
religiosas, morais e éticas de que casamento é, por definição, a união
de um homem e de uma mulher, tendente à procriação – pela natureza
das coisas, não demonstrável; outros têm – igualmente sólidas, e
indemonstráveis –, convicções religiosas, morais e éticas de que
casamento entre homossexuais deveria ter o mesmo reconhecimento
e, por conseguinte, tutela do Estado, nos mesmos moldes que o
casamento heterossexual.
A questão transversal à toda esta matéria poderá perguntar: (6)
qual o papel do Estado, no contexto de um Estado de Direito
democrático, consequentemente, vinculado ao pluralismo na
sociedade, tal como nos é configurado a partir do artigo 3 da
Constituição moçambicana? Isso levar-nos-ia a (7) questão: se se trata
de garantir a liberdade, ou impor um determinado “código moral”?
As principais coordenadas – sempre numa lógica argumentativa,
típica da ciência jurídica – poderão ser estas: se nem a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, nem a Carta Africana dos Direitos
do Homem e dos Povos – padrão interpretativo e integrador em
matéria de direitos fundamentais, à luz do art.º 43 da Constituição
moçambicana –, nem a própria Constituição moçambicana definem
uma “ordem moral”. Em que assenta então esta necessária implicação
entre casamento e heterossexualidade? Como pode o legislador
ordinário estabelecer restrições fundadas nessa “ordem moral” para
aferir os pressupostos do casamento?
A recente jurisprudência do Conselho Constitucional
moçambicano no Processo nº 02/CC/2017 (Acórdão n.º
07/CC/2017, de 31 de outubro) veio estimular este estudo, ao
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1. O conceito de casamento
1.1 Generalidades
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16 Ibidem.
17 cfr. Idem, p. 562.
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19Ainda que a lei admita o casamento por procuração, no artigo 50 da Lei da Família.
20JOSÉ JOÃO GONÇALVES PROENÇA, Direito da Família. 4.ª edição, Universidade
Lusíada, Lisboa, 2008, p. 175.
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21Idem, p. 173.
22 Veja-se o que escrevi noutro local, embora com um objecto de estudo não
inteiramente coincidente, STELA SANTOS, Contratos de Adesão nos Serviços
Públicos Essenciais, Waty Editora, Maputo, 2017, pp. 30-31.
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23 PIETRO BARCELLONA: Intervento statale e autonomia privata nella disciplina dei rapporti
economici, A. Giuffre, Milão, 1969, pp. 55-56 e 140-144, apud JOSÉ MANUEL SÉRVULO
CORREIA: Legalidade e Autonomia, p. 454, nota 230..
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24 Supreme Court of the United States, Obergefell et al. V. Hodges, Director, Ohio
Department of Health, et al, p. 6. Disponível em
https://www.supremecourt.gov/opinions/14pdf/14-556_3204.pdf , acesso em
26.01.2021.
25 Idem, pp. 6-7.
26 Idem, p. 7.
27 “Toda a pessoa que pecado de sodomia cometer seja queimada e feita por fogo em pó,
para que nunca de seu corpo e sepultura possa haver memória” (tit. XIII, Livro V).
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http://www.fd.unl.pt.
29 Cfr. JORGE REIS NOVAIS, A Dignidade da Pessoa Humana – Vol. II: Dignidade e
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31 Cfr. JORGE MIRANDA, Manual de Direito Constitucional, Tomo IV, 2.ª Edição,
Coimbra Editora, Coimbra, 1993, pp. 68-69.
32 HANNAH ARENDT, Réflexions sur Little Rock, apud ROGER RAUPP RIOS, “As uniões
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Considerações finais
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Referências bibliográficas
CAMPOS, Diogo Leite de/ CAMPOS, Mónica Martinez de, (2020). Lições
de Direito de Família, 5ª Edição, Almedina, Coimbra.
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Jurisprudência citada:
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EPISTEMOLOGIA DOS RITOS DE
INICIAÇÃO: RECIPROCIDADE ENTRE AS
CIÊNCIAS SOCIAIS E A TRADIÇÃO
Armindo Armando
Introdução
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caracterizado por ausência parcial ou total de atributos do estado anterior bem como
do que está por vir. A ambiguidade aqui referida é expressão em uma grande riqueza
de símbolos: a morte, o deserto, a bissexualidade, estar na escuridão, etc. Nesta fase,
o iniciado concretiza a ambiguidade pois não possui nada, anda nu ou mal vestido,
usa máscaras e outras acções semelhantes.
3 A fase de integração ou agregação, o iniciado realiza a passagem propriamente dita.
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Considerações finais
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Referências Bibliográficas
https://www.coladaweb.com/filosofia/teoria-do-conhecimento
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(IN)COMUNICAÇÃO SOCIAL EM
MOÇAMBIQUE: DESAFIOS E
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Introdução
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2Allcott & Gentzkow (2017) citados por Alzamora, G. & Andrade, L (2018, p.2),
“definem notícia falsa como artigos noticiosos que são intencionalmente e
verificavelmente falsos, embora capazes de enganar os leitores”.
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Referência Bibliográfica
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SANTOS, Maria Salett Tauk. (2009). Inclusão Digital, Inclusão Social? Usos
das Tecnologias da Informação e Comunicação nas Culturas Populares.
Recife: Ed. Do autor.
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A GUERRA CIVIL EM HOMOÍNE E A
DINÂMICA SOCIAL ENTRE 1982 A 1992
Introdução
1. Processos metodológicos
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2. Referencial teórico
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3. Apresentação de resultados
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tradição.
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ia pela razão, não matavam os que não tinham culpa, iam tentando
resistir mas entre estes uns foram mortos e outros capturados para
engrossar as fileiras dos matsangas e outros acabaram fugindo.
Enquanto a guerra se alastrava, nem as zonas consideradas
seguras já não havia segurança, as pessoas foram-se deslocando para
outros destinos da vila ou atravessar o rio Inhanombe para outros
distritos. A desgraça provocada pela guerra, o êxodo rural e falta de
recursos financeiros, agudizou a vulnerabilidade das mulheres e
crianças do distrito desde a eclosão do conflito armado. Segundo
Bergh (2009), cada casa de caniço abrigava grandes famílias que tinham
fugido do campo para a cidade, muitas vezes 15 pessoas em dois
quartos, a maioria sustentadas por famílias chefiadas por mulheres
também atingidas pela pobreza. Grandes acampamentos eram o abrigo
de milhares de deslocados.
As primeiras aldeias para acomodar os refugiados foram criadas
na sede da localidade de Chinjinguir e povoado de Marrengo que passou
a receber milhares de pessoas vindo do interior do Distrito. Tempos
depois, foi criada a aldeia de Inhamússua. Quando os guerrilheiros
alcançaram o Distrito em 1982, na localidade de Pembe, encontraram
um ambiente favorável para se estabelecer, devido a fragilidade
justificada pela influência de conflitos internos dos líderes: tradicional
(herdeiro conforme a linhagem familiar), por um lado, ausência do
governo liderado pela FRELIMO após a independência, para fazer face
aos desafios que se impunham, já que as populações estavam sujeitas à
pior nudez, miséria e à fome por outro, facilitou o estabelecimento e
aceitação dos guerrilheiros da RENAMO neste Distrito.
Para Passador (2012), foi a implantação de políticas estatais que
acabaram por manter a marginalidade das populações rurais, através
principalmente da implantação do projecto de aldeias comunais, que
destituíram e/ou subordinaram as autoridades tradicionais à
administração de funcionários não definidos pelas formas de
institucionalização tradicionais do poder – no caso, o princípio
linhageiro. Para Nilsson (2001), em Pembe é evidente que mágoas
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Imagem 1: Representa (A) a placa que ilustra a vala comum e a figura (B)
representa túmulos que jazem mais de 424 corpos vítimas de massacre de
Homoíne
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11A palavra genocídio vem da junção dos termos: gênios (grega) que significa raça,
povo, tribo, grupo, nação com a palavra caedere (latim) que quer dizer destruição,
aniquilamento, ruína, matança etc. (Lemkin, 1944).
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Imagem 2: Localização das bases militares da RENAMO no distrito de Homoíne
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Referência bibliográfica
Brito, Luís (2014). Uma reflexão sobre o desafio da paz em Moçambique. In:
BRITO, L. (Org.). Desafios para Moçambique-2014. Maputo: IESE.
Lemkin, Rafael (1944). O genocídio e o fim das teorias das relações. Domínio
do eixo na Europa ocupada; Washinton. Brasil.
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A ACADEMIA MOÇAMBICANA E O IDEÁRIO
INTELECTUAL E POLÍTICO DA DRA. JOANA
SIMIÃO: O CONTINUUM ENTRE O
INGROUP E O OUTGROUP
Introdução
1Joana Francisca Fonseca Simião é o seu nome completo. Segundo fontes familiares
da Dra. Joana Simião, a forma correta de escrita é Simião e não Semião.
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3Caroline (2006) A social representation is not a quiet thing: exploring the critical
potential of social representations theory. British journal of social psychology, 45 (1).
pp. 65-86. DOI: 10.1348/014466605X43777.
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são um indicador de profunda relevância para perceber esta teoria, pois, é por meio
da comunicação interindividual que se constroem estas representações, recorrendo a
técnicas como grupo focal ou grupo de discussão.
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11Parte desta secção é construída com base nas entrevistas que a Dra. Joana Simião
deu ao canal RTP1 em 1974 (Simião 1974).
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12Idem.
13O GUMO era constituído por Máximo Dias (presidente), Joana Simião (Vice- -
presidente), Jorge Abreu, Lisete Simões, Cassamo Daúde e Isaías Marrão.
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14 Idem.
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15 Idem.
16 Mensagem de boas-vindas feita pela pensadora ao Pastor Uria Simango.
17 Meneses, Maria Paula. 2017. “Autodeterminação em Moçambique, Joana Simião,
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19 Pereira, 2021.
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Referências Bibliográficas
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SOBRE AS AUTORAS E OS AUTORES
Armindo Armando
Docente da Universidade Licungo, na Faculdade de Letras e
Humanidades, repartição de Ciência Política e Governação. É doutor
em língua, cultura e Sociedade pelas universidades Zambeze –
Moçambique e Minho – Portugal; Mestre em ciência política e relações
internacionais; licenciado em Ensino de Filosofia e História. É
investigador do centro de estudos globais na universidade Aberta –
Portugal e cetro de estudos de comunicação e Sociedade. Investiga
áreas de hermenêuticas culturais para a diversidade; relações
internacionais para cooperação e desenvolvimento e estudos políticos
contemporâneos. E-mail: [email protected].
Bruno Venâncio
(Lisboa, 1978) é doutorado em Filosofia pela Universidade Nova de
Lisboa (2016) e doutorando em Teoria da Literatura na Universidade de
Lisboa (desde 2020). É investigador do Instituto de Estudos Filosóficos
da Universidade de Coimbra (desde 2010). Coordena (desde 2022) a linha
de investigação em Literatura, Humanismo e Cosmopolitismo do Centro
de Estudos Globais da Universidade Aberta, função na qual organiza o
curso anual de verão, o curso anual de inverno, o ciclo permanente de
conferências em Literatura, Humanismo e Cosmopolitismo, o seminário
Patrimónios da humanidade e lidera o projeto Literatura global para
crianças globais. Coeditor da obra “A morte: Leituras da humana
condição” (Lisboa, 2019), organizador da obra “Os leitores perguntam, o
Pe. Manuel Antunes responde” (Porto, 2022) e autor de vários artigos e
comunicações dedicados às áreas da Filosofia, da Literatura e também à
relação entre elas. E-mail: [email protected].
Ciências Sociais e Desenvolvimento Humano em Moçambique:
produção, circulação e limitações
Eva Quembo
Doutoranda em Ciência Política e Relações Internacionais na
Universidade Católica de Moçambique. Mestre em Gestão de
Negócios. Licenciada em Administração Pública pela Universidade
Eduardo Mondlane. Docente e Pesquisadora da Universidade Católica
de Moçambique exercendo funções de Directora Adjunta-Pedagógica
da Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia. É
membro do Conselho Editorial da Brazilian Journal of Science. Áreas
de concentração: Políticas Públicas; Defesa e Segurança; Governação
Local e Negócios Internacionais. E-mail: [email protected]
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Armindo Armando, Jane Alexandre Mutsuque & Pedrito Carlos Chiposse Cambrão
(Org.)
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Ciências Sociais e Desenvolvimento Humano em Moçambique:
produção, circulação e limitações
Stela Santos
Nascida na Cidade da Beira, Licenciada em Direito pela Universidade
Eduardo Mondlane, Pós-graduação em Ciência Política, Relações
Internacionais e Boa Governação (Universidade Católica Portuguesa e
de Moçambique), Pós-graduação em Direito de Transportes pela
Universidade de Lisboa / Universidade Zambeze, Mestre em Direito
pela Universidade Católica de Moçambique, Doutoranda pela
Universidade de Lisboa/ Universidade Zambeze. Docente
universitária na Faculdade de Direito da Universidade Zambeze
(lecionando as disciplinas de Ciência Política e Direitos Fundamentais),
Advogada, Presidente do Conselho Provincial de Sofala da Ordem dos
Advogados de Moçambique. Autora de “Lições de Direitos
Fundamentais” pela Fundza Editora, dezembro de 2022 e de “Os
contratos de Adesão nos Serviços Públicos Essenciais” pela Waty
Editora, Novembro de 2017. E-Mail: [email protected].
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