Sexualidade e Espiritualidade - Estudo Bíblico
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Sexualidade
Sobre e espiritualidade
SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE
Meditação diária:
Segunda: Gn 1.27
Terça: Gn 2.18-25
Quarta: Ct 2.3-6
Quinta: Mc 10.7-9
Sexta: Mt 5.28
Sábado: Ct 8.1-14
Domingo: 1Jo 2.15-17
A moral e a ética parecem cada vez mais escassas em nossos dias. A sexualidade tem sido tratada como mero
elemento hormonal e como promotor de satisfação pessoal. O relaxamento dos valores familiares e,
principalmente, da espiritualidade, nos desperta para estudar esse tema à luz das Escrituras.
Não há como negar a importância da sexualidade na vida do homem ou da mulher, porque Deus nos criou como
seres sexuados. Em contrapartida, não podemos deixar que a sexualidade nos conduza a uma vida constante de
pecado. A sexualidade, quando entendida corretamente e associada à espiritualidade, produz união e relacio‐
namento saudável entre as partes. Mas quando corrompida e deturpada gera impureza e separação. Qual dos dois
caminhos seguir? Como associar sexualidade e espiritualidade? Vejamos quais respostas encontramos na Bíblia para
questionamentos como esses.
1. A sexualidade humana
Nossa fonte de fé e prática é a Bíblia (2Tm 3.16-17), por isso nela está a base dos argumentos apresentados. Sendo
assim, o primeiro passo é definir a sexualidade humana como criação de Deus com o propósito de abençoar o
relacionamento entre homem e mulher.
“A sexualidade humana é uma bênção concedida pelo Criador para ser desfrutada pela criatura em temor e
obediência, para sua alegria e realização pessoal.” (Artigo sobre sexualidade de Carlos Osvaldo C. Pinto, palestras
na capela do SBPV).
Richard Foster diz assim: “Você percebeu que o erotismo não contaminado pela vergonha existia antes da queda? A
queda não criou ‘eros’ (erotismo) apenas o perverteu. Na história da Criação, vemos o homem e a mulher atraídos
um para o outro, nus e não envergonhados. Sabem que masculinidade e sua feminilidade são obra das mãos de
Deus, assim como o afeto apaixonado de um pelo outro. Também suas diferenças os unem; são homem e mulher,
mas são também uma só carne. Os dois num relacionamento, em amor – por que deveria estar presente a
vergonha? Sua sexualidade é criação de Deus” (DSP, p.101-102).
Assim como o livro de Gênesis nos oferece uma visão clara e definida sobre a sexualidade, o livro de Cantares
(Cântico dos Cânticos) nos oferece elementos importantíssimos que nos esclarecem como o “eros” (amor conjugal)
deve ser. Destacamos que o livro de Cantares apresenta a sexualidade como celebração do amor conjugal.
Cantares mostra tudo o que envolve a celebração do amor, desde a fase da conquista (Ct 1.1-3.5), passando pela
cerimônia do casamento (Ct 3.5-11), seguindo com a noite de núpcias (Ct 4.1-5.1) e a vida matrimonial (Ct 5.2-
6.13). Até mesmo após os conflitos comuns do casamento se vê a celebração do amor por meio da reconciliação (Ct
7.1-13) e, por último, a demonstração da essência do amor (Ct 8.1-14). “O amor deles é contínuo e forte. Ele
transcende o calor e a frieza das flutuações da paixão erótica. É tão forte quanto a morte; não pode ser comprado
a preço algum. De fato, essas palavras de fidelidade e permanência no trazem à mente o hino do amor do apóstolo
Paulo, registrado em 1Coríntios 13: ‘O amor nunca perece’.” (DSP, p.105).
A criação de Deus é perfeita como perfeito é Deus. Infelizmente o pecado que nos rodeia perverteu a beleza da
sexualidade criada por Deus, transformando-a em caminho de perdição. Não deixe que o conceito pervertido do
mundo manche o seu entendimento da perfeição da sexualidade criada por Deus.
2. Sexualidade e espiritualidade
“Donald Goergen afirma que sexualidade e espiritualidade não são inimigas, mas amigas” (DSP, p.99). De fato não
podemos separar os dois temas, a beleza da sexualidade só poderá ser percebida de verdade se houver também
espiritualidade.
Infelizmente, o sexo, no aspecto negativo e pecaminoso, tem dominado nossa cultura de forma destrutiva para o
homem. As sociedades (moderna e antiga) transformaram a beleza da sexualidade em uma deusa, que é adorada, e
a quem pessoas servem cotidianamente.
O crente precisa entender, em primeiro lugar, que foi Deus quem criou a sexualidade (partes “sexuais” no homem e
na mulher), criando-os com um sistema nervoso para que possam desfrutar de prazeres delicados e saudáveis. Em
segundo lugar, a sexualidade faz parte do indivíduo, mas ela não é o maior alvo de vida para o homem, e sim a
Salvação em Cristo. Em terceiro lugar, o prazer sexual foi projetado por Deus para ser desfrutado somente no
casamento.
Para uma clara compreensão do quanto intimamente estão ligados sexualidade e espiritualidade, examinemos os
ministérios de Paulo e do próprio Senhor Jesus Cristo.
Jesus também deixou claro seu alto conhecimento sobre casamento em Mateus 19. Mais uma vez os fariseus armam
uma cilada questionando Cristo sobre o que poderia justificar o divórcio. “Jesus respondeu, apelando para o
ensinamento de ‘uma só carne’ da narrativa da Criação, acrescentando: ‘Assim, eles já não são dois, mas sim uma
só carne. Portanto, o que Deus uniu, não o separe o homem’ (Mt 19.6). Nestas palavras de Jesus, somos
confrontados com o grande mistério da realidade unificadora de vidas que é o conceito de ‘uma só carne’. Há uma
união de dois que, sem destruir a individualidade, produz unidade. Os dois tornam-se uma só carne! Que maravilha!
Que mistério! É uma realidade espiritual para a qual desejaremos olhar inúmeras vezes.” (DSP, p.106)
Os ensinamentos de Cristo deixam claro que a sexualidade não é um tema oposto à espiritualidade.
O que vimos até agora é que a celebração do amor, ou da sexualidade, está intimamente ligada à nossa vida
espiritual. Conforme diz Richard Foster: “a vida espiritual realça a nossa sexualidade e a direciona. Nossa
sexualidade dá inteireza natural à nossa espiritualidade. Nossa espiritualidade e nossa sexualidade entram em uma
harmonia operacional na vida do Reino de Deus. É esse o testemunho bíblico” (DSP, p.107).
Sexualidade e espiritualidade não podem ser tratadas como uma dicotomia, pois verdadeiramente não são. A
sexualidade só será bem entendida e praticada se houver espiritualidade. Sua pureza depende do entendimento
que tiver de sexualidade e espiritualidade. Leia Hebreus 13.4 e discuta em classe: “Digno de honra entre todos
seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.”
Conclusăo
Sexualidade faz parte do projeto de Deus, e o sexo é bênção de Deus no casamento, expressão de amor e forma de
comunicação – ambos se tornaram uma só carne (Mc 10.8).
O que Deus projetou para o homem (Gn 2.24) cumpre-lhe obedecer. O padrão de Deus determina caráter santo e
piedoso. O rompimento desse padrão implica punição (Rm 1.26-27). Seja com relação ao ato sexual, ou outra área
da vida, melhor é obedecer a Deus que seguir as práticas do mundo (1Jo 2.15-17).
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