Literatura Luso - Brasileira
Literatura Luso - Brasileira
Literatura Luso - Brasileira
Ano de Frequência: 2°
Turma: A
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Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................1
1.2. Metodologias....................................................................................................................2
2. Revisão Literária..................................................................................................................3
2.1.1. O Renascimento...........................................................................................................3
2.2. O Classicismo..................................................................................................................5
2.3. O Humanismo..................................................................................................................7
3. Considerações Finais.........................................................................................................12
4. Referências Bibliográficas.................................................................................................13
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1. Introdução
Toda a arte é uma forma de literatura, porque toda a arte é dizer qualquer coisa. Há
duas formas de dizer - falar e estar calado. As artes que não são a literatura são as
projecções de um silêncio expressivo. Há que procurar em toda a arte que não é a
literatura a frase silenciosa que ela contém, ou o poema, ou o romance, ou o drama
(Álvaro de Campos in Crítica, 2000, p. 411).
Ainda nesta senda introdutória, relata-se ainda que a literatura Luso Brasileira,
significa estudar ao mesmo tempo, duas literaturas, a portuguesa e Brasileira.
Por tanto, par dar uma ênfase sintética nesta introdução, afirma-se que a
colónia de Portugal entre o século XVI e o início do XIX, as primeiras criações
literárias é considerada parte da literatura portuguesa. O professor António Cândido,
um dos mais respeitados estudiosos do país, considera que a literatura nacional teve
início de fato no século XVIII, com o arcadismo, movimento que exaltava ideais
neoclássicos, inspirados na Antiguidade greco-romana.
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1.1. Objectivos do Trabalho
Para este trabalho foi aplicada o tipo de pesquisa exploratória, a qual objectiva
proporcionar maior familiaridade com o problema em estudo para torná-lo mais
explícito. Esse tipo de pesquisa é bastante flexível a fim de possibilitar a consideração
dos mais variados aspectos relativos ao problema de investigação (Gil, 2007).
2. Revisão Literária
2.1. Renascimento, Humanismo e Classicismo
Entende-se que neste ponto precisa-se voltar muitos anos antes do nascimento
de Galileu (1564) e lembrar que o Renascimento é um período comumente associado a
um novo despertar da arte e da literatura ocorrido entre os séculos XIV e a metade do
XVI e centrado na explosão cultural que ocorreu na Itália e em alguns Estados
europeus. No entanto, a evolução da filosofia e a expansão dos horizontes intelectuais
que acompanharam essa mudança artística e literária não podem ser subestimadas.
Por volta dos anos 1420 segundo White (2009, p. 33) centenas de textos
haviam ido parar nas mãos de alguns poucos homens ricos, e começou a tarefa de
traduzir essas obras seminais. Dessa maneira, os ensinamentos de Aristóteles, Platão,
Pitágoras, Euclides, Arquimedes, Hipócrates e Galeno em sua forma original serviram
de centelha para uma nova era de humanismo e reforma e iniciaram um surgimento do
interesse na ciência, na medicina e na filosofia.
2.1.1. O Renascimento
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pagão que as animava. Teve berço na Itália no século XV. Dali passou para a
Alemanha onde, entre muitos, Erasmo foi um dos maiores cultores. Depois espalhou-
se por quase todos os países da Europa.
Por sua vez, segundo Koyré (1982, p. 256) enfatiza que aos homens do século
XVI nada era impossível, pois não se embaraçavam por mais extravagantes que
fossem as contradições. Na sua vida como nas suas obras procuravam conciliar o que
nos parece contraditório, em particular a sua fé cristã e o seu naturalismo pagão. À
espontaneidade do seu temperamento aliavam uma arte muito consciente e por vezes
sábia. E deste modo, graças ao capitalismo, tornou-se até possível a construção de
monumentos que superam mesmo em beleza e grandiosidade os do período áureo do
Império Romano.
A necessidade de disciplinar a língua fez com que os clássicos fossem estudados, para
neles se colherem conhecimentos que ajudassem a este intuito. Os primeiros indícios
do Renascimento apercebem-se já no século XV, na cultura de D. Duarte e Gomes
Eanes de Zurara, nas imitações de Séneca pelo infante D. Pedro, e em certas
composições do Cancioneiro Geral. Portugal desfrutava no século XVI duma situação
muito importante, e os próprios portugueses, em contacto com outros povos, eram
estimulados no sentido duma maior cultura (Reale, 2007, p. 16).
Muitos arcaísmos caíram em desuso tendo sido substituídos por termos eruditos. A
pontuação, que mal se fazia, passou a ser mais cuidada. Em lugar dos longos períodos
arcaicos passou-se a usar períodos curtos (Reale, 2007, p.16).
Segundo P. O. Kristeller citado por Reale (2007, p. 18) expressam que a volta
do mesmo espírito antropocêntrico da antiguidade faz com que o homem renascentista
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busque inspiração nos modelos artísticos iliterários, nas obras das antigas civilizações,
principalmente nas da Grécia antiga. Assim, as características das obras da antiguidade
são trazidas de volta e são também chamadas de idade clássica e as obras produzidas
naquela época são igualmente chamadas de clássicas. Como a obra renascentista
possui as mesmas características da obra da antiguidade, também ela é chamada de
clássica e esse período artístico e literário, de classicismo. São as principais
características do renascimento:
2.2. O Classicismo
Tal estado de coisas, ligado aos acontecimentos históricos, bem como as novidades e
as mudanças operadas ao longo desse tempo (descobertas científicas, invenções, o
progresso no campo do saber filosófico, artístico e literário, a Reforma luterana, a
Contra-Reforma, etc.), veio a constituir o Renascimento.
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literatura da época, assim como também algumas novas formas de composição poética
como, por exemplo, o soneto, a elegia, a canção, a comédia clássica entre outras.
As novas formas literárias introduzidas pelo Classicismo logo foram absorvidas, entre
outras razões porque, sendo notadamente poéticas, vinham corresponder as mais
íntimas preocupações do português letrado dessa época. Ao mesmo tempo, acusam a
tendência a qual as formulações poéticas são fácil e assimiladas pelo português, ao
passo que as novidades da prosa romanesca custam a deitar raízes fundas e produzir
obras de relevante sentido.
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A idealização amorosa, o que se dava a partir do cultivo do neoplatonismo;
o predomínio da razão, como uma inspiração humanista advinda da crença na
ciência; o cultivo do paganismo, influência da cultura greco-romana; a valorização
do antropocentrismo, conceito em que o homem é visto como o centro do universo, o
que se contrapunha à crença teocêntrica que vigorou na Idade Média; o
desenvolvimento de uma perspectiva universalista acerca da realidade; a busca pela
clareza e pelo equilíbrio de ideias; e o gosto pelo nacionalismo em um contexto de
intensas investidas comerceia a outros territórios a partir das navegações (Brandino,
2024).
Quanto aos aspectos formais, o classicismo teve forte apreço pelo soneto,
cultivando-o e difundindo-o como modelo de poema a ser escrito. Além do soneto, os
poetas filiados ao classicismo valorizavam a imitação das formas clássicas, visando
ao equilíbrio formal, além do emprego da medida nova, como um contraponto à
medida velha cultivada na Idade Média.
2.3. O Humanismo
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O Humanismo é um movimento literário de transição entre o Trovadorismo e o
Classicismo que marcou o fim da Idade Média e início da Idade Moderna na Europa.
Com foco na valorização do homem, ele se destacou com as produções em prosa
(crônicas históricas e o teatro) e poética (poesia palaciana) durantes os séculos XV e
XVI (Kossovitch, 1994, p. 59).
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durante o período do humanismo em Portugal. Dentre os principais autores do
humanismo português estão: Gil Vicente, Fernão Lopes e Garcia de Resende.
Gil Vicente (1465-1536) foi considerado o “pai do teatro português” e sua obra
aborda temas religiosos e humanos. Apesar de possuir uma visão religiosa cristã e
moralista, seus textos também apresentam críticas sociais. Esse autor escreveu
diversas peças teatrais chamadas de Autos e Farsas. Os Autos focavam em temas
humanos e divinos, e as Farsas estavam relacionadas com os costumes da sociedade
portuguesa da época. Dentre sua obra de dramaturgia, destacam-se: Auto da Visitação
(1502), O Velho da Horta (1512), Auto da Barca do Inferno (1516) e a farsa de Inês
Pereira (1523) (Erasmo, 1906, p. 375).
Por sua vez, segundo Soares (2014, p. 22) descreve os grandes representantes
da literatura humanista, nomeadamente:
Segue ainda Pinheiro (2007, p. 21) ao afirmar que além destas transformações
mais gerais operaram-se muitas outras de natureza fonética, morfológica e sintáctica
que preparam o apogeu da prosa poética atingido um século mais tarde com Vieira e
Bernardes.
Soneto - Composição de catorze versos (sendo duas quadras e dois tercetos) que
termina por um pensamento subtil a qual se da dá o nome de chave do soneto. Canção
- Composição erudita de carácter amoroso, de longas estrofes, com versos de 10
sílabas por vezes entremeadas com os de 6 sílabas. Écloga - Composição, geralmente
dialogada em que o poeta idealiza assuntos sobre a vida do campo. As suas
personagens são pastores (éclogas pastoris), pecadores (éclogas piscatórias) ou
caçadores (éclogas venatórias) (Moisés, 1960, p. 74).
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Elegias - Composição de carácter triste. Epístolas - Composição em que o autor
expõe as suas ideias e opiniões em estilo calmo e familiar. Epigrama - Composição
de dois ou três versos com pensamentos engenhosos e de estilo cintilante (Moisés,
1960, p. 74).
Segundo Saraiva (1966. p. 85) relata que a lírica camoniana reunida sob o
título de “Rimas” abrange canções, odes, églogas, elegias, oitavas, sextinas,
redondilhas e sonetos. Além dessa obra, há também uma série de poemas chamados de
“apócrifos”, que, supostamente, seriam de autoria do poeta.
Por sua vez, segundo Moisés (2008) afirma que a palavra lírica originou-se do
grego (lyra) e do latim (lira), a “Lira” é o instrumento musical que acompanhava a
recitação dos poemas líricos. Antigamente, se classificava como lírica apenas a poesia
que fosse acompanhada de música e que seguisse o padrão do soneto, das baladas ou
de outras formas líricas. Mas, actualmente, este modelo grego já não serve mais e
passou a ser considerado lírico produções que apresentem um teor altamente
emocional. A poesia lírica é aquela na qual o “eu” flagela-se na tentativa de expor ao
mundo suas dores individuais, de uma maneira que consegue despertar no leitor e
fazê-lo identificar-se e emocionar-se com os temas.
Neste sentido segundo Berardinelli (1973, p. 61) informa que observa-se nos
poemas dele a ideia essencial da filosofia platónica que é justamente que o amor
conduz, elevando a amante à Beleza Absoluta. Este mesmo tem, visto em Platão e que
encontramos abundantemente na poesia lírica de Camões é o objeto central de nosso
trabalho acadêmico, tendo em vista toda a sua significância. Da lírica camoniana este é
um dos temas mais ricos, visto de duas formas, como ideia (neoplatonismo) e o amor
como manifestação carnal.
3. Considerações Finais
Assim sendo, das análises, leituras feitas nas referências bibliográficas e outras
consultas a materiais encontrados neste trabalho de pesquisa, conclui-se que o
Renascimento é a aceitação definitiva das formas em que a arte, a história, a literatura
e a filosofia greco-latinas se tinham expresso, e a assimilação do espírito pagão que as
animava. Teve berço na Itália no século XV.
4. Referências Bibliográficas
xvii
Erasmo De Roterdã, Desidério. (1906). Opvs epistolarvm Des. Erasmi Roterodami. Oxonii: in
Typographeo Clarendoniano. Tomo I.
Fortini, Franco. (1989). Clássico. Em: Enciclopédia Einaudi. Vol. 17. Literatura-Texto,
Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, p.295-305.
Kossovitch, Leon. (1994). Contra a ideia de Renascimento. Em: Novaes, Adauto (org.). Arte
pensamento. São Paulo: Companhia das Letras, p. 59-68.
Paz, Octávio. (1982). O Arco e a Lira. Trad. de Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Disponível em: http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/paz/index.html. Acesso em:
23/08/2024.
Reale, Giovanni; Antiseri, Dario. (2007). História da Filosofia. (8ª.ed.). São Paulo: Editora
Paulus.
Saraiva, António José. (1966). Literatura portuguesa. (História Ilustrada das Grandes
Literaturas). Lisboa, p. 85.
Saraiva, António José & Lopes, Oscar. (1973). História da literatura portuguesa. (7ª.ed.).
Porto: Porto Ecût OicL, p. 332.
White, Michael. (2009). Galileu Anticristo.Tradução Julián Fuks. Rio de Janeiro: Editora
Record.
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