PIEPI - ISTs

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

ANA BEATRIZ AGUIAR RODRIGUES

GABRIEL MENDES BAQUIL


GEOVANNA FREITAS DE CARVALHO
HELENA MARIA LEAL RIBEIRO
IDELVANIA DA SILVA SOUSA
JULIANA ALVES MACHADO
JULIANA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
JÚLYA RAWYLLA MOURA PARENTE
LEYSA MARIA RIBEIRO LIMA
LUIZA DE MORAIS PESSOA
MARCOS ANTÔNIO BANDEIRA E SILVA II
MARIA CLARA LOPES FREITAS
MYLLA HADASSA DE SOUSA PAIVA CARVALHO
RENATA AMÉLIA LÉDA MOURA
XILDES RIBEIRO ARAÚJO

PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE EXTENSÃO, PESQUISA E ENSINO


INFORMANDO SEM TABU: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE A PREVENÇÃO
CONTRA IST’s EM ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI

PARNAÍBA-PI
SETEMBRO/2024
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE EXTENSÃO, PESQUISA E ENSINO
INFORMANDO SEM TABU: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE A PREVENÇÃO
CONTRA IST’s EM ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI

Professores responsáveis:
Ayane Araújo Rodrigues

Palavras-chave:
- Infecções sexualmente transmissíveis
- Educação sexual
- Adolescente

PARNAÍBA-PI
SETEMBRO/2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................6
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................9
4. OBJETIVOS............................................................................................................10
4.1. Objetivo Geral......................................................................................................10
4.2. Objetivos Específicos...........................................................................................10
5. METODOLOGIA....................................................................................................11
5.1. O projeto...............................................................................................................11
5.2. Tipo de extensão...................................................................................................11
5.3. Locais de realização.............................................................................................12
5.4. População / Público-alvo......................................................................................12
5.5. Técnicas, atividades e ações.................................................................................13
5.6. Questões Éticas.....................................................................................................13
5.7. Parceiros...............................................................................................................13
5.8. Etapas...................................................................................................................14
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.....................................................................16
7. ORÇAMENTO........................................................................................................17
7.1 Material Permanente..................................................................................................17
7.2 - Material de Consumo..............................................................................................17
8. RESULTADOS E/OU PRODUTOS ESPERADOS...............................................18
REFERÊNCIAS..............................................................................................................19
ASSINATURA DOS ENVOLVIDOS............................................................................21
ANEXOS.........................................................................................................................22
APÊNDICE.....................................................................................................................23
1. INTRODUÇÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são doenças contraídas pelo


contato sexual desprotegido, seja ele vaginal, anal ou oral, e podem ser adquiridas tanto
por homens como por mulheres. Também pode ser transmitida de mãe para filho pela
via parenteral durante a gestação, parto ou amamentação. Seu alto índice de
disseminação se deve ao fato da não utilização do preservativo, seja masculino ou
feminino. Esse acontecimento está atrelado ao tabu existente sobre o tema que causa
falta de conhecimento da população sexualmente ativa e pela precariedade dos serviços
de saúde (Ciriaco, 2019).

Diante disso, as ISTs podem ser causadas por diversos agentes, como bactérias,
vírus, protozoários e fungos, e há mais de 30 tipos conhecidos desses patógenos. Entre
os mais comuns estão: herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pelo HIV, Papiloma
Vírus Humano (HPV) e hepatites virais B e C (Barreto, 2020).

Dentre essas causas, existem consequências deletérias para o ser humano. O


herpes genital pode gerar um caso de neuropatia. A sífilis durante a gravidez resulta em
baixo peso ao nascer e até mesmo mortes fetais e neonatais. O Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) causa a síndrome da imunodeficiência adquirida
(AIDS), a qual é responsável por uma deterioração progressiva do sistema imunológico,
permitindo ao indivíduo ficar suscetível a diversas infecções e à morte. O HPV é o
principal responsável pelo câncer de colo de útero e as hepatites virais possuem amplo
aspecto epidemiológico, tendo a hepatite B como maior nível de transmissão e elevado
número de óbitos anualmente (Silva, 2021).

Sob essa perspectiva, as ISTs são vistas como um problema de saúde pública
prevalente em países em desenvolvimento. Está claro que as políticas destinadas a
enfrentar esse problema não foram implementadas adequadamente, resultando em
serviços precários para essa população. É evidente que os problemas de saúde pública
relacionados às ISTs não afetam apenas o Brasil, mas o mundo inteiro, atuando como
facilitadores da propagação dessas doenças. (Da Silva, 2023).

Nesse contexto, a estratégia fundamental para prevenir a transmissão das ISTs é

4
fornecer informações que capacitem os indivíduos a reconhecer fatores de risco e as
consequências de cada doença, promover mudanças no comportamento sexual e
incentivar o uso de preservativos. A prevenção só é efetiva através da disseminação de
conhecimento sobre profilaxia, já que práticas preventivas só podem ser adotadas com
base na orientação adequada (Da Silva, 2020).

Portanto, com o intuito de promover educação sexual, o objetivo do nosso


trabalho é orientar acerca da importância da prevenção às infecções sexualmente
transmissíveis para alunos de escola pública no município de Parnaíba–PI.

5
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Fatores relacionados ao maior risco de contrair IST’s na adolescência

A adolescência, conforme definida pela OMS, abrange a faixa etária de 10 a 19


anos e é o período de maiores mudanças no desenvolvimento humano. É uma fase de
transição que possui grande vulnerabilidade individual e envolve transformações
biológicas, psicológicas e sociais, onde o jovem vivencia uma série de novas sensações
e sentimentos que podem afetar diretamente a formação de sua identidade e impactar o
desenvolvimento natural, levando frequentemente os adolescentes a adotarem
comportamentos de risco (Barreto, 2020).

Um dos principais fatores que contribuem para o elevado número de jovens com
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é a falta de percepção sobre sua própria
vulnerabilidade. Os adolescentes apresentam características que aumentam o risco de
contrair essas patologias. Eles frequentemente não estão preparados para lidar com a
sexualidade, enfrentam dificuldades na tomada de decisões, têm uma identidade em
desenvolvimento, vivem conflitos entre razão e emoção e sentem uma necessidade de se
integrar a grupos sociais. Esses desafios tornam os jovens mais propensos a contrair
ISTs (Barreto, 2020).

2.2 Estigmas e percepções relacionadas às ISTs entre adolescentes e seus impactos


na prevenção e no acesso a cuidados de saúde

Entre os fatores que impactam a fase da adolescência, a sexualidade merece


atenção especial. A sexualidade é um aspecto central do ser humano, abrangendo não
apenas o sexo, mas também a identidade, o papel de gênero, a orientação sexual, o
erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. Ela afeta os pensamentos, sentimentos e
a saúde física e mental. Logo, se a saúde é um direito humano fundamental, a saúde
sexual também deveria ser reconhecida como um direito básico (Ciriaco, 2019).

Para dissociar a sexualidade da reprodução e das doenças, foi criada a ideia dos
direitos sexuais, promovendo a sexualidade como algo positivo. O conhecimento sobre
a atividade sexual não leva a uma prática mais precoce, mas sim a uma prática mais

6
segura, reduzindo a frequência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e
gravidezes não planejadas (Urbano, 2022).

No contexto social, existe uma tendência a culpar os adolescentes pelas práticas


sexuais, devido ao estigma e à crença de que a livre expressão da sexualidade é vista
como um comportamento inadequado e, por isso, muitos jovens evitam buscar
orientações sobre esse tema (Soares, 2022).

Além disso, várias ISTs podem não apresentar sintomas ou, quando se
apresentam, eles podem aparecer bastante tempo após a infecção inicial. A falta de
informação que afeta muitos adolescentes faz com que eles busquem atendimento
médico apenas quando já estão apresentando sintomas. Isso resulta em uma situação
onde esses jovens podem propagar a doença sem sequer saber que estão infectados.
Portanto, é crucial que todos os envolvidos no processo educacional abordem o assunto
de maneira imparcial, sem julgamentos ou preconceitos (Júnior, 2023).

2.3 Estratégias de Intervenção e Melhoria da Educação Sexual


Grande parte da adolescência coincide com o período escolar. Segundo Urbano
(2022), discutir sexualidade no ambiente escolar é essencial para o desenvolvimento do
indivíduo, tanto em termos de sua individualidade quanto de seu convívio social. Por
isso, é crucial ir além dos conceitos básicos sobre orientação sexual, para promover
conhecimentos e habilidades que possibilitem aos jovens fazer escolhas informadas
sobre relacionamentos, sexualidade e reprodução.

A saúde e a educação são frequentemente destacadas quando se discute


qualidade de vida. Independentemente do local, seja na escola ou em ambientes de
saúde, a interação entre essas duas áreas é crucial para promover a melhoria da
qualidade de vida e educar a população. Assim, promover práticas pedagógicas que
integrem saúde e educação representa um grande desafio diante das exigências
enfrentadas pelas escolas (Da Silva, 2020).

No contexto da adolescência, com suas diversas experiências, pode haver um


aumento na vulnerabilidade para ISTs. É importante reconhecer que o conhecimento e a

7
autonomia de adolescentes e jovens podem ser limitados, e frequentemente, o
sentimento de invulnerabilidade resulta do comportamento arriscado ao qual eles se
expõem (Urbano, 2022).

No Brasil, a atenção à saúde sexual de adolescentes e jovens evoluiu ao longo


dos anos. Entre 1989 e 2010, diversos programas foram estabelecidos para estimular a
discussão sobre maneiras de diminuir novos casos de IST e gravidez na adolescência.
Desde 2010, as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e
Jovens visam assegurar que esses grupos tenham acesso aos serviços de saúde, com a
Atenção Básica desempenhando um papel central na promoção e proteção da saúde
(Mendonça, 2023).

Nesse contexto, diversos fatores despertam a curiosidade sobre a sexualidade,


um aspecto natural da adolescência, incluindo a mídia, redes sociais, diferenças nas
relações de gênero, a erotização do corpo feminino e a menarca precoce. Esses fatores
variados exigem profissionais bem preparados e sensibilizados para abordar os
múltiplos aspectos da educação sexual para adolescentes, como gravidez e prevenção de
ISTs (Lacerda, 2023).

Logo, a falta de conhecimento sobre gravidez precoce e ISTs, como o HPV,


entre os jovens, contribui para uma atitude passiva e aumenta a probabilidade de
comportamentos de risco. A educação sexual é essencial para promover um
desenvolvimento sexual seguro entre os adolescentes, mas muitas escolas enfrentam
dificuldades em implementar a educação sexual como parte do currículo
interdisciplinar. Assim, a carência de informação entre os alunos contribui para o
aumento da transmissão de ISTs (Da Silva, 2020).

8
3. JUSTIFICATIVA
De acordo com Ciriaco (2019), as IST’s estão entre as cinco principais razões
para a procura por serviços de saúde em países em desenvolvimento. Estima-se que um
em cada 20 adolescentes com idades entre 15 e 24 anos contraia uma IST (excluindo
AIDS e hepatites) anualmente. Desde o início da epidemia de AIDS em 1980 até junho
de 2017, foram registrados 882.810 casos da doença no Brasil. Nos últimos cinco anos,
o país registra uma média anual de cerca de 40 mil novos casos de AIDS.

Nessa perspectiva, quando as IST’s não são tratadas devidamente, podem trazer
consequências graves, como doenças cardiovasculares, neurológicas, infertilidade,
abortos e natimortos. Estão comumente associadas a questões como estigma, violência
doméstica e afetam negativamente a qualidade de vida (Petry, 2023).

Ademais, a saúde e a educação são frequentemente destacadas quando se discute


qualidade de vida. Independentemente do local, seja na escola ou em ambientes de
saúde, a interação entre essas duas áreas é crucial para promover a melhoria da
qualidade de vida e educar a população. Assim, promover práticas pedagógicas que
integrem saúde e educação representa um grande desafio diante das exigências
enfrentadas pelas escolas (Da Silva, 2020).

Nesse sentido, é essencial priorizar ações educativas contínuas que visem à


prevenção das IST’s entre os adolescentes, empregando estratégias diferenciadas,
participativas e construtivas. Essas estratégias devem integrar conhecimentos
interdisciplinares com saberes populares, facilitando uma melhor compreensão da
realidade. A educação em saúde para adolescentes deve ser um processo constante que
estimule a reflexão e a conscientização, ajudando-os a desenvolver uma consciência
crítica, promovendo debates e envolvendo-os de forma que se reconheçam como
agentes de transformação em suas próprias vidas (Soares, 2022).

Dessa forma, justifica esse projeto pela necessidade de relacionar a saúde


pública e as instituições de ensino na realização de intervenções voltadas a esse tema,
com o intuito de promover conhecimento, discernimento e prevenção contra as IST’s
visando mitigar tais patologias no meio de jovens e adolescentes.

9
4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral


Orientar os alunos de escolas públicas no município de Parnaíba – PI sobre a
importância da prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

4.2. Objetivos Específicos


 Realizar palestras e atividades interativas em escolas públicas para aumentar o
conhecimento dos alunos sobre ISTs, suas formas de transmissão e métodos de
prevenção.
 Descrever os riscos da realização de relações sexuais desprotegidas, para que os
alunos se atentem ao perigo do ato sexual sem proteção.
 Estabelecer grupos de discussão e rodas de conversa nas escolas para permitir
que os alunos compartilhem experiências e dúvidas sobre saúde sexual,
promovendo um ambiente de apoio.
 Incentivar os alunos a buscar informações e recursos sobre saúde sexual,
promovendo o desenvolvimento de habilidades de tomada de decisão em relação
à sua saúde.
 Promover a minimização de estigmas relacionados às IST’s, para que os alunos
se sintam confortáveis para discutir e buscar informações sobre a saúde sexual.
 Proporcionar educação em saúde sobre a importância do uso de métodos
contraceptivos na prevenção às IST’s.
 Desenvolver materiais didáticos que abordem as IST’s de forma clara e
informativa, adaptados para a faixa etária dos alunos.

10
5. METODOLOGIA

5.1. O projeto
O projeto “IST: informando sem tabu” foi planejado pelos discentes do curso de
medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP) em
parceria com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). O projeto foi planejado
com o objetivo de difundir o conhecimento sobre as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST’s), promover mudanças positivas de comportamento, incentivar
práticas mais seguras e adoção de métodos de prevenção, além de reduzir o estigma
associado a essas patologias, permitindo um maior conhecimento sobre elas.
A iniciativa será posta em prática em três escolas públicas de Parnaíba-PI, em
que primeiramente será realizado uma orientação sobre a temática com palestra, rodas
de conversa para interagir com alunos e tirar dúvidas, seguido de um quiz educativo
com perguntas sobre o que foi exposto, com presentes para os vencedores. Além disso,
ainda haverá a entrega de panfletos informativos sobre a temática e kits com
preservativo e lubrificante. Com isso, busca-se melhorar o entendimento dos alunos
sobre educação sexual e a importância da prevenção de patologias transmitidas
sexualmente, assim como evitar gravidez indesejada.

5.2. Tipo de extensão

Este estudo relata uma ação de extensão desenvolvida na área de educação em


saúde, realizada presencialmente em três escolas públicas da cidade de Parnaíba-Pi, de
modo sistemático, oferecida pelos alunos da Instituição de Educação Superior do Vale
do Parnaíba (IESVAP) em parceria com o CTA. Esse projeto assume a natureza de
evento ao promover atividades interativas de conscientização e sensibilização sobre a
prevenção de IST’s, engajando diretamente com o público-alvo através da apresentação
da temática, roda de conversa e atividades interativas, que destacam o conhecimento e
os produtos culturais, científicos e sociais.
Logo, esse projeto promove a difusão de conhecimento sobre o tema, minimiza
estigmas e incentiva a mudança de hábitos. O relato foi embasado em pesquisa
científica, consultando artigos, dissertações e trabalhos de conclusão de curso nas bases
11
de dados Scielo, Google Acadêmico e LILACS. Dos quais foram selecionados
materiais que se relacionassem com a temática do estudo.

5.3. Locais de realização


A realização desse projeto será em três escolas públicas da cidade de Parnaíba-
PI, onde se pode ter contato com o público-alvo de forma mais fácil e acessível. O
primeiro momento será realizado na escola CAIC, situada na Rua Cel. Manoel Antônio
da Silva, no bairro Frei Higino, Parnaíba – PI, 64206-340, no dia 22 de outubro de
2024, às 14:00. O segundo momento será realizado no dia 29/10, às 14:00 na escola
Roland Jacob, localizada na Rua Franklin Veras, bairro Nossa Sra. de Fátima, Parnaíba
– PI, 64202-105 e o terceiro momento será realizado no dia 05/11 às 14:00 na escola
CETI Liceu Parnaibano, situado na Avenida São Sebastião, bairro Nossa Sra. de
Fátima, Parnaíba-PI, 64208-015. Estes serão os palcos das ações, onde acontecerão
apresentações e dinâmicas. Todas as ações conterão o mesmo roteiro, com o intuito de
difundir as mesmas informações para todo o público-alvo e desenvolver o pensamento
crítico, facilitando o entendimento mútuo e concluir o objetivo do projeto.

5.4. População / Público-alvo


O público-alvo do projeto serão adolescentes de 12 a 18 anos que estudam do 7°
ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio. A escolha desse grupo
específico de indivíduos se fundamenta em dois problemas que possuem caráter
cultural, educativo e social, os quais são a gravidez na adolescência e o contágio de
infecções sexualmente transmissíveis devido ao fato desse grupo está mais suscetível a
diversas informações da vida sexual seja pelas redes sociais, seja no meio em que vive,
e culminam iniciando a vida sexual precocemente, sem possuir as orientações corretas
e propensos às consequências.
Então, esse projeto vem com a ideia de promover o entendimento correto dessa
temática, baseado em evidências científicas e em uma linguagem acessível para essa
população, com atividades interativas, para poder ser de grande aprendizado e
conquistar os resultados desejados.
12
5.5. Técnicas, atividades e ações
No cerne deste projeto está a adoção de metodologias participativas, planejadas
para engajar ativamente jovens e adolescentes em uma jornada colaborativa de
aprendizado e desenvolvimento. O objetivo principal é criar um ambiente dinâmico,
educativo e acolhedor onde o conhecimento é compartilhado, explorado e ampliado por
todos os envolvidos.
Para alcançar tal objetivo, será realizado uma exposição do que são as Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST’s), quais suas formas de transmissão e de prevenção,
além do que elas causam no corpo humano, no intuito de transmitir o conhecimento
sobre essas patologias, minimizar preconceitos e conquistar a sensibilização sobre o
tema.
Além disso, será promovida discussão das problematizações, em que os alunos
poderão interagir com dúvidas a respeito do assunto que serão respondidas pelos
discentes. Logo após, será realizado um quiz, o qual o público-alvo poderá responder e,
ao final, aquele que tiver mais pontos ganhará um presente. Para finalizar a ação, serão
entregues kits com preservativos e lubrificante e panfletos com informações que
abordem as ISTs de forma clara e informativa, adaptados para a faixa etária dos alunos.
Estas atividades são planejadas para serem lúdicas e estimulantes, promovendo o senso
crítico em um contexto seguro e acolhedor.

5.6. Questões Éticas

Cabe ressaltar que não houve necessidade de submissão ao Comitê de Ética em


Pesquisa, por não se enquadrar em nenhum dos critérios que exigiriam revisão ética e
por se tratar de um projeto de extensão com proposta de promover conhecimento a
partir da orientação sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

5.7. Parceiros
O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) é um dos pilares desse projeto,
por permitir o acesso a profissionais qualificados para realizar uma capacitação com os
discentes envolvidos no projeto sobre a prevenção contra as IST’s e ainda os
presentearam com kits de lubrificante e preservativos, que serão doados ao público-
alvo.
13
Além disso, houve também uma parceria com três escolas públicas de Parnaíba-
PI que permitiram a utilização de seus espaços físicos para as realizações das ações, a
colaboração com essas instituições possibilitam o acesso a profissionais capacitados,
que desempenharão papéis cruciais na condução das atividades e na avaliação do
progresso dos jovens e adolescentes.
Por fim, o Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP)
contribuiu com sua infraestrutura, possibilitando reuniões para discussão, capacitação e
organização do projeto, além de disponibilizar os professores supervisores do projeto
para a realização do mesmo.

5.8. Etapas
O projeto será iniciado com a realização de uma capacitação ministrada pelos
profissionais que trabalham no CTA para com os discentes que efetuarão a ação. Será
realizada no Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP) que
contará com um conhecimento amplo de informações sobre as IST’s e suas formas de
prevenção, além de ensinar como abordar os jovens e adolescentes com esse tema.
A primeira ação será realizada no colégio CAIC, no dia 22/10. A segunda será
no colégio Roland Jacob, no dia 29/10, e a terceira será no colégio CETI Liceu
Parnaibano, no dia 05/11. Todas elas terão o mesmo roteiro de atividade detalhado a
seguir:
Inicialmente terá um momento expositivo, para que os jovens e adolescentes
possam entender do que se trata o assunto. Esse momento é dedicado à transmissão do
conhecimento sobre as IST’s, formas de transmissão e prevenção. Além disso, haverá
um momento para explicar a importância de conversar sobre esse assunto e o perigo de
omitir, promovendo uma quebra de tabus e preconceitos sobre a educação sexual, que,
na verdade, é um ato de conhecimento do próprio corpo e de como mantê-lo saudável.
O segundo momento vai ser dedicado para a realização de roda de conversa,
para promover a interação entre os discentes ativos no projeto e o público-alvo. Eles
poderão lançar perguntas e tirar dúvidas sobre a temática. O terceiro momento será
dedicado ao quiz, no qual os extensionistas farão perguntas e os adolescentes
responderão conforme o exposto no primeiro ato.
14
Isso demonstrará se eles aprenderam e entenderam o que foi repassado a eles. E
ao final, os ganhadores do quiz receberão um presente. Por fim, haverá a entrega de
kits contendo preservativos e lubrificantes e panfletos educativos.

15
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Ano 1 (2024/2)

ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ


Definição de tema do X
projeto
Visita ao CAIC X

Elaboração do projeto X X X

Qualificação do projeto X

Realização das ações X X

Entrega do relatório X
final

16
7. ORÇAMENTO

7.1 Material Permanente


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total
Camisas 15 30,00 450,00
personalizadas do
projeto
Impressão dos 200 2,00 400,00
panfletos
Impressão do projeto 20 0,50 10,00
(folhas)
Sub-Total: 860,00

7.2 - Material de Consumo


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total
Caixa de bombom de 3 10,00 30,00
chocolate
Saco para o kit (1 4 5,00 20,00
pacote com 50
sacos)
Fita para o kit (em 5 2,00 10,00
metros)
Sub-Total: 60,00

17
8. RESULTADOS E/OU PRODUTOS ESPERADOS

A educação popular em saúde é considerada uma ferramenta para reorientar as


práticas na área da saúde. Não é apenas uma nova metodologia, é uma nova perspectiva
sobre as práticas de saúde e as relações entre profissionais e a comunidade. Isso visa
criar canais de comunicação e promover a construção coletiva do conhecimento, com
ênfase na autonomia e na criação de processos sociais emancipatórios.

Nesse sentido, o projeto de extensão “IST: informando sem tabu” planeja elevar
o nível de conhecimento dos alunos sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST’s), incluindo formas de transmissão, prevenção e tratamento. A partir disso,
promover uma mudança de comportamento, com alterações positivas nas condutas
sexuais dos jovens, incentivando práticas mais seguras e adoção dos métodos de
prevenção. Além disso, deseja-se reduzir o estigma associado a essas patologias,
permitindo que os alunos se sintam mais à vontade para discutir e buscar informações
sobre a saúde sexual. E para isso, precisa-se de estabelecer um diálogo aberto entre
alunos, educadores e profissionais da saúde, facilitando o acesso a informações
confiáveis e suporte emocional, sem julgamentos, para que se sintam acolhidos e
dispostos a falar sobre esse assunto.

Por fim, com essas ações deseja-se contribuir para a formação de uma cultura de
saúde integral nas escolas, integrando a educação em saúde a outras áreas do
conhecimento e práticas cotidianas, assim como, estimular a autonomia dos alunos na
busca por informações sobre saúde, capacitando-os a tomar decisões informadas sobre
sua vida sexual e saúde reprodutiva. Esses resultados visam não apenas informar, mas
também transformar a realidade das escolas públicas de Parnaíba-PI em relação à saúde
sexual e reprodutiva dos jovens.

18
REFERÊNCIAS

BARRETO, Vanessa Pinheiro et al. Estratégia de educação por pares na prevenção de


HIV/AIDS entre adolescentes. Saúde e Pesquisa, v. 13, n. 2, 2020.

CIRIACO, Natália Lopes Chaves et al. A importância do conhecimento sobre


Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pelos adolescentes e a necessidade de
uma abordagem que vá além das concepções biológicas. Revista Em Extensão, v. 18,
n. 1, p. 63-80, 2019.

DA SILVA, Iasmin Alice et al. Percepções, evidências e prevenção às IST´s entre


estudantes de duas escolas de referência em ensino médio no município de
Paudalho/PE. Research, Society and Development, v. 12, n. 2, p. e3812239881-
e3812239881, 2023.

DA SILVA, Natália Viana Marcondes et al. Educação em saúde com adolescentes


sexualidade e prevenção de IST. Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p.
e107985436-e107985436, 2020.

LACERDA, Léia Teixeira; DA SILVA, Giovani José. A Prevenção das IST/Aids em


Escolas Indígenas do Pantanal Sul-Mato-Grossense, Brasil: Interfaces da Educação &
Saúde. Interfaces da Educação, v. 14, n. 41, p. 226-252, 2023.

MENDONÇA, Bruna et al. A importância da prevenção de IST’s para a saúde de


jovens ginastas. Semana de Extensão-SEMEX, v. 1, n. 1, 2023.

SILVA, Danilo Lima et al. Estratégias de prevenção às IST realizadas por enfermeiros
na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Revisão
de Saúde , v. 4, n. 2, pág. 4028-4044, 2021.

19
SOARES, Alicia Eduarda Rios et al. Promoção da saúde e prevenção de IST: ações
extensionistas numa abordagem dialógica em Maceió–AL. Revista eletrônica
extensão em debate, v. 11, n. 10, 2022.

PETRY, Stéfany et al. Ensino das infecções sexualmente transmissíveis incuráveis para
estudantes de graduação em enfermagem: revisão de escopo. Cogitare Enfermagem,
v. 28, p. e84550, 2023.

URBANO, Ayra Zaine Rodrigues et al. Percepções e práticas de profissionais de saúde


no atendimento a adolescentes e jovens gays, homens que fazem sexo com homens,
travestis e mulheres transexuais que usam a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP).
2022. Tese (Mestrado em Saúde Coletiva) Universidade Católica de Santos, São Paulo,
2022.

20
ASSINATURA DOS ENVOLVIDOS

ASSINATURA DOS ESTUDANTES:

Nomes dos estudantes: Assinatura dos estudantes:


Ana Beatriz Aguiar Rodrigues
Gabriel Mendes Baquil
Geovanna Freitas de Carvalho
Helena Maria Leal Ribeiro
Idelvania da Silva Sousa
Juliana Alves Machado
Juliana do Nascimento Oliveira
Júlia Rawylla Moura Parente
Leysa Maria Ribeiro Lima
Luiza de Morais Pessoa
Marcos Antônio Bandeira e Silva II
Maria Clara Lopes Freitas
Mylla Hadassa de Sousa Paiva Carvalho
Renata Amélia Léda Moura
Xildes Ribeiro Araújo

ASSINATURA DO COORDENADOR DO PIEPE E PROFESSOR:

Nome do coordenador PIEPE: Assinatura do coordenador PIEPE:


Ayane Araújo Rodrigues
Nome do orientador: Assinatura do orientador:
Thiago de Sousa Lopes Araújo

21

Você também pode gostar