Resenha - O Cristo Dos Pactos

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Resenha

Palmer Robertson vai dividir essa obra em três partes, em cada uma delas vai
fazer alusão aos tipos de pacto que já ocorreram durante a história, aqueles pactos que são
relatados na Bíblia. Ele primeiro em seu livro vai especificar todas as partes de uma
aliança, como elas são formadas, até onde elas vão, até onde o homem pode ir sem as
quebrar. Também Palmer destaca que existe uma “diversidade” de alianças, nem todas
são com os mesmos requisitos, mas mesmo que tenham uma assim chamada
“diversidade” elas têm apenas um único objetivo, que é apontar para o Redentor.
Entretanto muitos estudiosos tem distinguido as alianças em: alianças pré-criação/pós-
criação, alianças de obras/aliança da graça, antiga aliança/nova aliança. Mesmo nesta
divisão todas apontam para o ponto central e mais importante da história, Cristo.

O termo “pacto de sangue” ou pacto de vida e morte, expressa o caráter absoluto


do compromisso entre Deus e o homem no contexto da aliança. Ao iniciar alianças, Deus
jamais entre em relação casual ou informal com o homem, em vez disso as implicações
de suas alianças estendem-se às últimas consequências de vida e morte. Vemos nos textos
originais do Antigo Testamento que a expressão “fazer uma aliança” é na verdade “cortar
uma aliança”, e isso se deve ao fato do que era feito para se firmar a aliança, neste
momento de “cortar” a aliança em si, os animais eram mortos e cortados ao meio, para
que tanto o homem passe pelo meio daquelas partes do animal cortado como a
manifestação de Deus também passasse. Podemos observar isso muito bem quando Deus
vai firmar uma aliança com Abraão em Gn 15.

Uma aliança que podemos citar é a aliança da criação, onde esta aliança podia
ser dividida em dois aspectos, um aspecto geral e um aspecto focal. O aspecto geral da
aliança da criação diz respeito às responsabilidades mais amplas do homem para com o
seu Criador. O aspecto focal da aliança da criação diz respeito à responsabilidade mais
específica do homem, decorrente do momento especial de prova ou teste direcionado de
Deus. Pois essa aliança da criação era um teste, para o homem, pois se ele fosse fiel nesta
primeira aliança não haveria a necessidade de novas alianças. Uma coisa importante a ser
destacada é que só porque as alianças eram quebradas que novas eram feitas, e isso Deus
fazia para que o homem pudesse ter alguma comunhão com ele.

Uma marca das alianças de Deus que era feita para separar as pessoas que faziam
parte da aliança era a circuncisão, que era feita nos filhos do povo de Israel, onde era
cortado o prepúcio da criança com poucos dias de nascido, para que ela fosse introduzida
na aliança. Era um rito que pretendia ter uma dimensão tanto dirigida para Deus quanto
para o homem. A circuncisão além de ser uma introdução a aliança de Deus, podia ser
considerada uma introdução a nacionalidade de Israel, pois essa circuncisão não era
apenas para os nascidos do povo, mas para aqueles que desejavam se juntar a aliança de
Deus. E a essência desta prática era o relacionamento com Deus. No caso de uma pessoa
que não nasceu no povo de Israel ser circuncidado, essa pessoa (o gentio) acaba por ser
considerado “israelita”, já que só o povo de Israel era o povo de Deus nos tempos do
Antigo Testamento.

Algo a ser destacado a partir do nascimento de Jesus, é que ele sendo Deus e já
vindo para salvar a todos os pecadores, não só aos de Israel, ele se submete aos ritos do
povo, em ser circuncidado para assim cumprir os sacramentos antigos. Mesmo Jesus
sendo circuncidado, lá na frente ele ainda foi batizado por João Batista, simbolizando a
nova aliança, que era o batismo com água. Aquele momento da circuncisão era
considerado um momento de purificação, e por isso Jesus passou por ele, não para ser
purificado dos seus pecados, pois ele não os tinha, mas dos pecados do povo.

A grande linha divisória na história da redenção, para os teólogos da aliança,


distingue a antiga aliança, com suas profecias e símbolos, da nova aliança, com seus
cumprimentos e realidades. Todas as alianças que haviam sido feitas encontram seu ponto
de celebração formal na nova aliança. Cristo dá início a nova era, é claro que as
estipulações da nova aliança só serão de fato concretizadas na segunda vinda de Cristo.
Pois no momento o cristão vive em tensão entre as promessas de Deus como já cumpridas,
e as mesmas promessas como ainda tendo de alcançar a realização mais plena. Entretanto,
podemos afirmar com todas as nossas palavras que o fim dos tempos já chegou, pois só
estamos aguardando a vinda de Cristo para levar a sua igreja para o lar celestial, para o
louvar durante toda a eternidade. Essa aliança que se iniciou em Cristo ela tem seu papel
específico de unir os vários filamentos da promessa da aliança através da história. É
interessante pensar no sacrifício de Cristo como uma substituição, que de fato é, Cristo
nunca pecou e por isso ele era perfeito para cumprir a aliança, então ele morreu para que
nós agora fôssemos encontrados perfeitos aos olhos do Pai, olhando agora por meio do
seu Filho.

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