RESUMO MFC I E II
RESUMO MFC I E II
RESUMO MFC I E II
MEDICINA
DE
FAMILIA
SUMÁRIO
1- SOAP……………………………………………………………….…….… 3
2- Hanseníase …………………………….………………….……………5
3- Tuberculose ………….…………..………………….……….…………12
4- Transtorno Depressivo Maior…….……………….…….….……16
5- Hipertensão Arterial Sistêmica ………………………...……… 22
6- Diabetes Mellitus……….……….……………………………….…… 30
7- Prevenção Quaternária………….…………………..……….…… 32
SOAP
“SOAP“ é um tipo de registro clínico baseado em problemas.
bastante utilizado na Atenção Primária.
(Subjetivo)
S Aqui é registrado a história relatada ( fala espontânea)
ou referida ( respostas às perguntas) pela pessoa.
Nesse tópico colocamos:
(Objetivo)
O
Incluem dos dados coletados pelo médico por meio de:
Exame Físico
Resultado de exames complementares
Sinais vitais
Habilidades de comunicação, afeto, cognição ou
alguma barreira decaprendizagem da pessoa.
(Avaliação)
A
Aqui é colocado a lista de problemas encontrados nas
etapas anteriores.
Não se deve colocar “?”, “suspeita”, “ a esclarecer”.
Colocar os problemas ainda não selecionados
como: “Diabetes descompensado”, “ Hipertensão
não controlada”
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SOAP
Caso não haja elementos para elaborar um
diagnóstico preciso durante a consulta, aqui podem
ser reproduzidos novamente os sinais/sintomas
(Ex.: tosse produtiva, febre isolada há três dias, etc.).
(Plano)
P
Aqui diz respeito ao conjunto de condutas que o
médico toma em conjunto com a pessoa.
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HANSENÍASE
DEFINIÇÃO
Hanseníase, Lepra ou Mal de Hansen é uma doença infecciosa de
evolução crônica mas curável endêmica no Brasil que afeta
principalmente nervos periféricos e pele.
AGENTE ETIOLÓGICO
M.Leprae
PICO DE INCIDÊNCIA
10 a 15 anos e 30 a 60 anos.
TRANSMISSÃO
Por via aérea superior. O contato deve ser direto e prolongado com
secreções respiratórias ou menos comum pelas lesões cutâneas
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Em média 5 anos
CLASSIFICAÇÃO DE MADRI
Indeterminada
Forma inicial da doença
Não há comprometimento neural
Pode evoluir para as outras formas
Baciloscopia negativa
Mácula hipocrômica mal delimitada
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HANSENÍASE
Tuberculoide
Poucas lesões (localizada)
Comprometimento neural grave, precoce, assimétrico
Sinal da raquete
Placas com bordas elevadas e hipopigmentação central
Dimorfa ou Boderline
É o período de transição (zona cinzenta) entre a forma
tuberculóide e virchowiana
São os principais causadores das reações hansenicas
Lesões em queijo suíço ou foveolares
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HANSENÍASE
Virchowiana
Múltiplas lesões e pele infiltrada
Comprometimento neural tardio
Simétrico
Fácies leonina
Madarose
Pápulas e nódulos de consistência firme
QUADRO CLÍNICO
Lesão de pele + Alteração da sensibilidade
Perda da sensibilidade: Calor ▶️dor ▶️tátil
Manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele com perda ou
diminuição da sensibilidade , dormência ou formigamento de
mãos/pés, dor ou hipersensibilidade em nervos, edema ou nódulos
na face ou nos lóbulos auriculares, ferimentos ou queimaduras
indolores nas mãos ou pés.
EXAME FÍSICO
Realizar:
Inspeção da pele
Teste de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil
Palpação dos nervos periféricos (ulnar, mediano, radial, fibular e
tibial posterior)
Força muscular das mãos, pés e olhos
Averiguar acuidade visual
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HANSENÍASE
COMPLICAÇÕES
Neuropatia periférica
Neurite
Dor neuropática
Deficiência visual e cegueira
REAÇÕES HANSÊNICAS
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HANSENÍASE
DEFINIÇÃO DE CASO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Presença de pelo menos 1 ou mais dos seguintes critérios,
conhecidos como sinais cardinais da hanseníase:
1) Lesão(ões) e/ou áreas(s) da pele com alteração de
sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil;
2) Espessamento de nervo periférico, associado a alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
3) Presença do M. leprae, confirmada na baciloscopia de
esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
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HANSENÍASE
CONTATOS
São considerados como contatos “toda e qualquer pessoa que
resida ou tenha residido, conviva ou tenha convivido com o doente
de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos últimos cinco anos
anteriores ao diagnóstico da doença, podendo ser familiar ou não”
ENCAMINHAR:
Suspeita de recidiva
Forma neural pura
Reação Hansenica que não responde a terapia padrão
Incapacidade fisica que necessite de fisioterapia ou cirurgia
reablitadora
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Reações adversas aos medicamentos
HANSENÍASE
PLANO
Acompanhamento mensal clínico
Solicitar: Hemograma, Hepatograma, Glicose, Ureia, Creatinina,
Urina EAS
Fornecimento mensal da dose supervisionada e da cartela
autoadministrada
Realizar avaliação dermatoneurológica na 1ª,3ª,6ª,9ª, 12ª dose
Após alta avaliação dermatoneurológica 1 vez ao ano durante 5
anos
Avaliação dos contatos ( exame físico e dermatoneurológico,
vacina BCG)
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TUBERCULOSE
DEFINIÇÃO
Doença infectocontagios, universal, crônica, endêmica.
AGENTE ETIOLÓGICO
M.Tuberculosis ou Bacilo de Koch
TRANSMISSÃO
Pessoa a pessoa pelo ar por meio de gotículas que contém bacilo
que são expelidos durante a fala, espirro ou tosse da pessoa
doente.
EPIDEMIOLOGIA
Sexo masculino
15 a 54 anos
FATORES DE RISCO
Menores de 2 anos
Maiores de 60 anos
Negros
Desnutrição
Álcool/ drogas
Diabetes
Imunossupressão
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS
Indígenas
Privados de liberdade
Pessoas em situação de rua
Pessoas vivendo com HIV/ AIDS
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TUBERCULOSE
CLASSIFICAÇÃO
Primo- infecção: Pessoa que entrou em contato com o bacilo sem
necessariamente desenvolver a doença
Tuberculose Primária: Desenvolve a doença em até 3 anos após o
contato com o bacilo. Esse tipo geralmente atinge as crianças.
Tuberculose pós primária: Se desenvolve em pessoas com contato
superior a 3 anos. Decorre de uma reativação ou reinfecção
QUADRO CLÍNICO
Tosse por mais de 3 semanas
Febre vespertina
Sudorese noturna
Perda ponderal
DIAGNÓSTICO
Realizar a Baciloscopia em pelo menos 2 amostras ( 1 na consulta e
outra no dia seguinte).
Esse exame é o método prioritário para o diagnóstico e
acompanhamento da Tuberculose durante o tratamento. Qualquer
amostra positiva confirma TB.
Se amostras negativas e forte suspeição é indicado a repetição do
exame.
A Cultura e o TRM - TB ( importante para a detecção de casos
extrapulmonares) também podem ser utilizados para a
confirmação do diagnóstico de TB ativa.
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TUBERCULOSE
Quando solicitar Cultura + Teste de Sensibilidade ?
Contato de TB resistente
Antecendente dectrtamento prévio independente do tempo
Imunossupressão
Baciloscopia positiva após o 2º mês de tratamento
Falencia ao tratamento
Populacao de risco para TB resistente.
Exames Complementares:
Histopatologia
RX de tórax: não existe um sinal patognomônico mas podemos
encontrar opacificações, cavitações, infiltrados etc.
TRATAMENTO
Esquema RIPE ( Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol )
por 2 meses e RI ( Rifampicina e Isoniazida) por 4 meses se
Tuberculose Pulmonar ou por 10 meses se Tuberculose Meningea
ou Osteoarticular
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TUBERCULOSE
SEGUIMENTO
Realizar consulta e baciloscopia mensalmente para o
acompanhamento ou ao menos no 2º,4º e 6º mês de tratamento
Situações especiais:
Contactante de bacilífero com Prova Tuberculinica negativa
deve repetir o teste em 8 semana para confirmação.
Profissionais da saúde devem realizar a Prova Tuberculinica
anualmente.
HIV assintomático respiratório deve realizar o PPD anualmente
Recém nascido contactante de Bacilifero não deve ser vacinado
com BCG logo ao nascer ,ao invés disso,faz se a isoniazida em
dose diária por 3 meses.
Após 3 meses realizar na criança a prova Tuberculinica. Se positiva
continuar o tratamento até completar 4 meses. Se negativo vacinar
a criança com BCG. PODE SER AMAMENTADO!
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TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
DEFINIÇÃO
Caracteriza- se pelo quadro de tristeza suficientemente grave e
persistente que interfere no funcionamento da vida, tendo
diminuição do interesse ou prazer pelas atividades.
EPIDEMIOLOGIA
Afeta mais as mulheres em uma proporção 2:1
As mulheres têm níveis mais elevados de monoaminoxidase (a
enzima que degrada neurotransmissores considerados
importantes para o humor)
Alterações endócrinas que ocorrem com a menstruação e na
menopausa
FATORES DE RISCO
Mulheres
História pessoal ou familiar de depressão ou outro transtorno
psiquiátrico
Conflito familiar, desemprego, separações, perdas, doenças,
desigualdade social
Gravidez e puerpério
PATOGENIA
A causa exata dos transtornos depressivos é desconhecida, mas
fatores genéticos e ambientais contribuem com a alteração dos
níveis dos neurotransmissores. Ocorre a desregulação entre
noradrenalina, serotonina e dopamina, principalmente.
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TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Fácies de tristeza
Olhos lacrimejantes, testa enrugada, cantos da boca voltados
para baixo, postura retraída, pouco contato visual, perda da
expressão facial, pouco movimento corporal e mudanças no
discurso (p. ex., voz suave, perda da prosódia, uso de palavras
monossilábicas).
Incapacidade de chorar, vida “perde a cor”
Nutrição comprometida
Higiene pessoal ou de terceiros comprometida
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
≥ 5 dos seguintes devem estar presentes quase todos os dias
durante o mesmo período de 2 semanas, e um deles deve ser
humor deprimido ou perda de interesse ou prazer
Humor deprimido
Diminuição do interesse ou prazer
Alteração no apetite ( diminuição ou ganho de peso)
Insônia ou hipersonia
Agitação ou retardo psicomotor
Fadiga ou falta de energia
Culpa ou inutilidade
Diminuição da concentração
Pensamentos suicidas
NA HORA DA CONSULTA
Deixar que a pessoa expresse livremente seus sintomas,
preocupações e ideias sobre o seu sofrimento.
Avaliar a presença sobre os sinais de gravidade: isolamento social,
prostração intensa, grande perda de peso, sintomas psicóticos e
tentativa de suicidio ou plano de suicidio elaborado.
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TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
hipotireoidismo
Transtorno bipolar
Doença de parkinson
Demência
Climatério e menopausa
Outros transtornos depressivos
CONDUTA
atividade física (3 ou mais vezes por semana por 45 a 60
minutos)
MEV
Psicoterapia ( Terapia cognitivo comportamental)
Diminuir o uso de telas
Higiene do sono
Evitar álcool e tabaco
Se sintomas moderados a graves: iniciar antidepressivos
Orientar os pacientes sobre os sintomas
Se paciente grave: CAPS
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O tratamento farmacológico começa a apresentar efeito em 4-8
semanas e tende a durar em média 6-12 meses. 1 ano devido
recaídas
A retirada da medicação deve ser gradual
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TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Efeitos colaterais: Tontura, perda de apetite, náusea, perda da
libido, dor abdominal
O tratamento começa a fazer efeito em 3-4 semanas do seu início
Outros
Bupropiona
Inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina
Para dependência de nicotina, diminui limiar convulsivo, pouco
risco de disfunção sexual
Venlafaxina
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DUAL : Effexor 75-375 mg/dia
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Depressão e TAG associados
IMAO
Aumentam noradrenalina, serotonina e dopamina
Efeitos colaterais: crise hipertensiva
evitar tiramina ( queijo, cerveja, vinho, leite)
QUANDO REFERENCIAR?
Nos casos em que há sinais de gravidade, os alertas vermelhos,
falha terapêutica em medicação plena, ideação surdida,
planejamento concreto, há dúvida no quadro clínico ou suspeita de
transtorno bipolar ou psicóticos solicitar auxílio da equipe mental.
Psiquiatra, assistente social, outras instituições
QUANDO INTERNAR?
perda de sua capacidade de autodeterminação, ou a dificuldade
de se autogerir
Tentativa ou risco de suicídio (quando há um plano concreto
para a execução do ato)
Estupor profundo, problemas sérios de alimentação e
desidratação
Estado delirante agitado
Necessidade de evitar consequências sociais negativas do
transtorno depressivo (mal-entendidos ou relações
interpessoais muito comprometidas).
ACOMPANHAMENTO
Se não tiver sinais de gravidade ( alertas vermelho) pode retornar
em até 2 semanas (avaliar esse tempo individualmente)
Fazer regularmente
ECG
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ureia, creatina e urina EAS
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
ELETROCONVULSOTERAPIA
Indicada em:
Depressão suicida grave
Depressão com agitação ou retardo psicomotor
Depressão delirante
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
DEFINIÇÃO
É uma doença crônica não transmissível caracterizada pela elevação
persistente da PA , ou seja, PAS > 140 ou PAD > 90 mmHg medida
com a técnica adequada em pelo menos 2 ocasiões diferentes sem
o uso de medicação anti-hipertensiva.
FATOR DE RISCO
Idade
Obesidade
Afrodescendentes
Sedentarismo
Excesso de sal
Baixo consumo de potássio e cálcio
Etilismo
Genética
FISIOPATOLOGIA
Ocorre um desequilíbrio da absorção de sódio a nível renal,
perdendo a capacidade de excreção frente à quantidade de sódio
ingerida, determinando a retenção de sódio e água, resultando em
aumento do volume vascular. Há também a contribuição do
sistema nervoso simpático
Ou seja, a vasoconstrição e aumento da reabsorção de água e de
sódio fazem a pressão subir.
Independente do mecanismo fisiopatológico, ocorrerá a disfunção
endotelial, aumento da resistência vascular periférica, aumento da
produção de citocinas pró-inflamatórias, aumento do estresse
oxidativo e consequente degradação de óxido nítrico (potente
vasodilatador).
QUADRO CLÍNICO
Assintomático.
Raramente pode queixar-se de cefaleia suboccipital, pulsátil.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
ANAMNESE
Obter informações sobre o momento da vida, fatores
socioeconômicos, relacionamentos pessoais para identificar
possíveis estressores que podem ser confundidos com “pressão
alta”.
Perguntar sobre hábitos de vida, hábitos alimentares, atividade
física, consumo de cafeína, álcool e tabaco, histórico familiar, de
DCV, diagnóstico prévio de doenças cardiovasculares e outras
doenças
EXAME FÍSICO
Aferir PA nos 2 MMSS com intervalo de 1 minuto com a pessoa
sentada
PA deitado e em pé
Índice tornozelo braquial
IMC e circunferência abdominal
Fundo de olho
DIAGNÓSTICO
No consultório:
Uma primeira medida acima de 140x90 em uma pessoa com
baixo/médio risco cardiovascular precisa de uma segunda
medida em outro momento para fazer o diagnóstico
Uma única medida > 140x90 em pessoa com LOA ou DCV
estabelecida já é o suficiente para fechar o diagnóstico
Valores acima de 180x110 também já podem fechar o
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diagnóstico na primeira verificação
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Valores:
Consultório: 140x90
MAPA: vigília: 135x85 | sono: 120x70 | 24h: 130x80
MRPA: 130x80 - iniciar após 7 dias do início da medicação
Não tomar café, refrigerante, bexigacheia etc
EXAMES COMPLEMENTARES
Na avaliação inicial solicitar:
Glicemia em jejum
Colesterol total e frações
Triglicerídeos
Creatinina
Urina EAS
Potássio
Microalbuminúria
Ácido úrico
ECG.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
CLASSIFICAÇÃO E ESTADIAMENTO
PRÉ HIPERTENSO: 130 x 85
HAS 1: 140x90
HAS 2: 160x100
HAS 3: 180 x 110
RISCO CARDIOVASCULAR
Avaliar se tem os seguintes fatores de risco:
Resistência à insulina (diabetes)
Idade
Social ( familiar)
Colesterol alto
Obesidade
Tabagismo
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
DM
IC
Retinopatia grau 3/4
AVC prévio
TRATAMENTO
Não farmacológico
cessar tabagismo
Reduzir álcool
Dieta DASH
Reduzir sódio para 2g/ dia ( 5g de NaCl)
Controle de peso (IMC <25)
150 minutos de atividade física
Farmacológico
Início da terapia farmacológica
Ao diagnóstico:
HAS 1 de moderado e alto risco cardiovascular
HAS 2 e 3
Os outros somente se não obtiver resultados satisfatórios após
3 meses de MEV
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
TIAZÍDICOS
Ex: hidroclorotiazida
Efeitos colaterais:
Hipo Na e K
Hipovolemia
Aumento de cálcio, glicose e colesterol
Aumento de ácido úrico
Câncer de pele não melanoma
BCC
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
IECA/ BRA
IECA: captopril
BRA: losartana
Indicações: IFER, pós IAM, DM ( proteinúria), hipertrofia de
ventrículo esquerdo
Contraindicações: gravidez, RFG < 30, K > 5,5
Efeitos colaterais do IECA: tosse seca, angioedema
BETABLOQUEADOR
Indicações; ICFER, enxaqueca, hipertireoidismo, angina.
Efeito colaterais: bradiarritmias, broncoespasmo
ACOMPANHAMENTO
Baixo risco cardiovascular: consulta anual com médico e enfermeiro
Risco moderado: consulta semestral
Alto risco: consulta a cada 3 ou 4 meses.
METAS TERAPÊUTICAS
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
URGÊNCIA HIPERTENSIVA
Paciente assintomático com “pressão alta” (180x110)
PLANO EDUCATIVO
Estimular atividade física
Evitar alimentos processados
Preferir alimentos in natura e refeições feitas em casa
QUANDO REFERENCIAR ?
Hipertensão de difícil controle: com no mínimo 3 medicações de
classes diferentes em doses adequadas e após avaliar adesão.
Hipertensão Secundária
Emergência hipertensiva
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DIABETES
COMO DIAGNOSTICAR?
Duas glicemias de jejum > ou igual a 126 ou;
Uma glicemia casual > ou igual a 200 + sintomas ( polifagia,
polidipsia, poliúria, perda de peso, astenia, fadiga, candidíase
genital) ou
TOTG > ou igual a 200 após 2h ou
Duas hemoglobinas flocadas > ou igual a 6,5%
TRATAMENTO
Objetivo :
- controle glicêmico para prevenção de complicações;
- controle dos fatores de risco associados ( HAS, obesidade,
sedentarismo, dislipidemia e tabagismo)
Tratamento farmacológico
•Hipoglicemiantes orais:
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DIABETES
Insulinoterapia
•Não resposta aos hipoglicemiantes orais
•Pacientes que não atingem as metas de controle glicêmico com
associação de dois ou mais hipoglicemiantes orais
•Hiperglicemia sintomática ou acima de 300 mg/dL ao diagnóstico
SEGUIMENTO
•Verificar adesão ao tratamento
•Controle pressórico
•Exame clínico anual do pé diabético
•Rastreamento de lesão de órgão-alvo ( colesterol total e frações,
creatinina, urina tipo I, microalbuminúria e fundoscopia direta)
•Avaliação do risco cardiovascular
•Controle glicêmico: Hb glicada a cada 3 meses no início do
tratamento e a cada 6 meses após estabilização da glicemia
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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
CÂNCER DE MAMA
QUANDO RASTREAR
Mamografia anual de 40 aos 75 anos ( Sociedades brasileira de
mastologia, cirurgia oncológica e de radiologia
MS: mamografia anual dos 50 aos 69 anos.
SINAIS E SINTOMAS
DIAGNÓSTICO
Pela mamografia. Avaliar a necessidade de biópsia
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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
PLANO EDUCATIVO
estratégias de conscientização
Identificação de sinais e sintomas
O MS é contra o auto exame das mamas como método de
rastreamento
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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
CANCER DO COLO DO ÚTERO
PREVENÇÃO
A prevenção primária se dá com a
- vacinação.
9 aos 14 anos: 2 doses com o intervalo de 6 meses entre elas
Recomendada também em pessoas de 9 a 26 anos que estejam
imunocomprometidas
O MS disponibiliza a vacina quadrivalente (6,11,16,18)
uso de preservativos
Prevenção secundária:
diagnóstico precoce
Rastreamento
QUADRO CLÍNICO
geralmente assintomático
Se sintomático (câncer avançado) : corrimento em “água de carne”,
mal cheiro, dor pélvica, sinusorragia.
EXAME FÍSICO
exame especular, toque vaginal e toque retal
Se encontrar lesão visível não necessita do PCCU e já realiza a
biópsia (estudo anatomopatológico)
RASTREAMENTO
Início aos 25 anos:
2 primeiros exames com intervalo anual ➡️ ambos negativos ➡️
realizar a cada 3 anos
Segue até 64 anos:
Sem história prévia de doença neoplásica invasiva➡ ️ interromper
investigação se pelo menos 2 exames negativos consecutivos nos
últimos 5 anos.
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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Atenção: Mulher com mais de 64 anos e que nunca realizou exame,
realiza-se 2 exames com intervalo de 1 a 3 anos. Se ambos forem
negativos essas mulheres podem ser dispensadas de exames
adicionais.
Situações especiais
• Gestantes
Oportunidade de rastreamento no pré-natal.
No ciclo gravídico-puerperal a JEC encontra-se exteriorizada na
ectocérvice.* Segue as recomendações de faixa etária e
periodicidade.
• Pós-menopausa
Atrofia secundária ao hipoestrogenismo, pode levar a resultados
falso-positivos.
Se necessário, fazer o uso de terapia estrogênica tópica.
• Histerectomizadas
Histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de
diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, com
exames anteriores normais, podem ser excluídas do rastreamento.
Imunossuprimidas
Tem maiores chances de desenvolver o câncer uterino
HIV: O exame deve ser realizado nesse grupo, após o início da
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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano, se
normais, manter seguimento anual enquanto mantiver o fator de
imunossupressão.
HIV positivas com linfócitos CD4+ < 200 cels/mm3= Rastreio a cada
6 meses até corrigir os níveis de CD4+
CANCER DE PRÓSTATA
QUADRO CLÍNICO
Início assintomático podendo apresentar :
• Dificuldade de urinar.
•Demora em iniciar ou finalizar o jato urinário.
• Diminuição do jato urinário.
• Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
• Presença de sangue na urina.
RASTREAMENTO
Recomenda-se entre os 50 a 75 anos sempre levando em conta os
possíveis riscos e benefícios.
Aos 50 anos de idade para homens com risco médio para câncer de
próstata e expectativa de vida de pelo menos mais 10 anos.
Aos 45 anos de idade para homens com alto risco para câncer de
próstata. Isso inclui afrobrasileiros e homens com um parente de
primeiro grau (pai ou irmão) diagnosticado com câncer de próstata
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com menos de 65 anos.
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
40 para homens com risco ainda maior para aqueles com mais de
um parente de primeiro grau que tiveram câncer de próstata em
idade precoce.
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