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SNTESE PRIMEIRO SEMESTRE

MARO A JULHO

Assuntos estudados

Neotomismo Positivismo Funcionalismo Poltica Bem-estar-social desenvolvimentista Congressos de Servio Social Documento de Arax: objetivo, estrutura do documento, significado e influncias, crtica JPN Documento de Terespolis objetivo, estruturado documento, significado e influncias, critica JPN Jos Lucena Dantas Movimento de reconceituao

Servio Social como profisso

O Servio Social como profisso institucionalizada e legitimada, surge com a questo social, nasce de aes sociais de inspirao catlica, ganhando pulso com a crescente interveno estatal ou empresaria na rea social, especialmente a partir da dcada de 1940.(SILVA, 2008). Dcada de 1930 1945 - influncia franco-belga, sob a gide do pensamento neotomista; Dcada de 1945 a 1950 - influncia norte-americana, atravs de vrias correntes do pensamento de matriz positivista; Dcada de 1950 a 1960 influncia norte americana, atravs do iderio desenvolvimentista. (Silva, 2008).

A partir de 1965 inicia o processo de questionamento e crtica do Servio Social latino-americano, denominado movimento de reconceituao.

Servio Social Tradicional


Segundo Netto (1991) Prtica empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada dos profissionais de servio social; tica liberal-burguesa de correo (resultados psicossociais considerados negativos ou indesejveis); Filosfica neotomismo, positivismo, funcionalismo, estruturalfuncionalista; Projeto Societrio reformista conservador; Bases tericas e ideo-culturais - a doutrina social da igreja, o pensamento conservador laico europeu e o estrutural-funcionalismo norte-americano. Mtodo voltado para a interveno, deveria somente ratificar a realidade, visto ser esta harmoniosa e naturalmente equilibrada. O mtodo no era utilizado para o desvelamento da realidade.
(SILVA, 2002) PERCEBE A SOCIEDADE COMO UM CORPO HARMONIOSO E SUA PRTICA PROFISSIONAL NEUTRA.

NEOTOMISMO
TOMISMO: doutrina de So Tomaz de Aquino, objetivando unir a razo e a f ou a cincia e a religio;

Princpio bsicos: Dignidade da pessoa humana: Por ser racional, capaz de escolha, de saber, de vontade. Porque inteligente. Pessoa: o ser mais perfeito no seu aspecto fsico e espiritual, tem uma perfeio espiritual que se manifesta atravs da racionalidade. Essa dimenso racional produz, como conseqncia, o princpio da conscincia em si e da liberdade Liberdade: a capacidade de escolha tambm manifestao da inteligncia do homem. Mas o homem tambm dotado de vontade e, por isso, pode escolher seus caminhos. Sociedade: o bem-estar da sociedade, quando seus benefcios so distribudos a todos. Bem comum: existem trs espcies de leis que dirigem a comunidade ao bem-comum: a lei natural, a lei humana e a lei divina.

NEOTOMISMO E SERVIO SOCIAL

SS Caso: respeito personalidade do cliente, enquanto este uma pessoa e dotado de um destino sobrenatural, enquanto ser inteligente, livre e detentor de uma alma espiritual e destinado a uma transcendncia da ordem temporal; SS Grupo: que assimila os princpios gerais da Caridade e Justia que informam todo trabalho social catlico, baseada totalmente na Filosofia neotomista; SS Comunidade: vista como meio para desabrochar, para o desenvolvimento da pessoa humana, a fim de que ela possa atingir seu fim sobrenatural. A Igreja vista como o modelo de comunidade.

Analise crtica: Teoria e Pratica de Servio Social Imediatismo e no questionamento da ordem vigente

Positivismo

a sociedade regulada por leis naturais naturalismo positivista

Objetividade cientifica Anlise crtica

A matriz terica positivista aborda as relaes sociais dos indivduos no plano de suas vivncias imediatas, como fatos que se apresentam em sua objetividade e imediaticidade.

Positivismo e Servio Social

A teoria positivista considera a realidade social como formada por partes isoladas, no est interessada em conhecer a histria e conseqncia dos fatos.

Tal anlise, fragmentada da realidade, compromete a prtica profissional de Servio Social, uma vez que so realizados estudos singulares desvinculados da anlise de totalidade e as relaes sociais so analisadas atravs dos fenmenos sociais, isolados e fixos.

Positivismo e Servio Social

restringe a viso de teoria ao mbito do verificvel, da experimentao e da fragmentao. A interveno profissional aponta para a conservao da ordem estabelecida, isto , do ajuste.

No servio social est expressa em propostas de trabalho: ajustadas a um perfil manipulatrio, preocupado com o aperfeioamento de instrumentos e tcnicas para a interveno, com a busca de padres de eficincia, sofisticao de modelos de anlise, diagnstico e planejamento (tecnificao da ao profissional), que resulta numa crescente burocratizao das atividades institucionais

Positivismo - Pratica do Servio Social


Para explicar a realidade social o Servio Social utilizava:

os fundamentos tericos da doutrina Social da Igreja, e os contedos ideolgicos (pensamento conservador).

Funcionalismo: o que ?

Funcionalismo: um ramo da antropologia e das cincias sociais que procura interpretar e explicar a organizao e o funcionamento da sociedade. Mtodo: consiste em eleger um fenmeno e analisar a relao que estabelece com todo o sistema, mas, do ponto de vista da funo, do resultado e da contribuio que essa parte oferece para o todo e para a sua manuteno. Viso sistmica: um estudo aprofundado dos sistemas e das partes envolvidas neles. Este conhecimento do todo permitir analisar ou interferir no mesmo. Estrutura: reproduz os elementos estticos da sociedade, compreendendo todas as relaes bsicas e padronizadas dessa sociedade, no interior de um grupo e entre os seus grupos.

Concepo estrutural-funcionalista:

Processo: permite conhecer os elementos dinmicos provocadores das alteraes desenvolvidas entre os indivduos e grupos.

Anlise crtica do funcionalismo

A sociedade capitalista com as profundas desigualdades considerada natural, harmnicas e capazes de realizar as necessidades individuais e sociais; As condies da explorao capitalista e as relaes sociais que sustentam o trabalho alienado, inerente ao processo de dominao e manuteno da ordem burguesa; O carter contraditrio da prtica profissional e sua participao no processo de reproduo social dos interesses de classe contrapostos que convivem em tenso; A dimenso tico poltica da prtica profissional, em nome de uma neutralidade axiolgica, afinada com a necessidade de legitimar a suposta face humanitria do Estado e do empresariado.

Polticas de Bem-estar-social desenvolvimentista

A contribuio da Conferncia Internacional de Ministros Responsveis pelo Bem-Estar Social (ONU, 1968), foi a consolidao de bem-estar social desenvolvimentista, de uma conotao de programas curativos, destinados a grupos vulnerveis da populao, para adquirir um papel definido no panorama do desenvolvimento nacional; Uma das contribuies bsicas: reconhecimento do papel do homem no desenvolvimento; Objetivo final do desenvolvimento: bem estar social, o qual deve propiciar ao povo condies e oportunidades para desenvolver, ao mximo, suas capacidades de cidado sadio, educado e participante.

Polticas de Bem-estar-social desenvolvimentista: PERSPECTIVAS E TENDNCIAS


Providncia: Na rea da Sade medicina preventiva; Na rea da assistncia e educao LBA criada em 1942, priorizando os programas de assistncia pr-natal e natal, reforo alimentar na faixa de 0 a 6 anos, assistncia aos excepcionais e amparo velhice.

FUNABEM criada em 1964, cabe formulao e implantao da poltica do bem-estar do menor.

MOBRAL Movimento Brasileiro de Alfabetizao e Campanha nacional de Alimentao Escolar (CNAE); programa Nacional de Alimentao; Superintendncia da Campanha de Sade Pblica; BNH Sistema Financeiro de Habitao e o Banco de Habitao ( os programas por sua natureza, mesmo ampliados na sua natureza numrica, no representava uma respostas aos problemas de massa decorrentes da estruturas econmicas;

Desenvolvimentismo
Definio: uma ideologia poltica de Estado que visava o desenvolvimento econmico social. Tinha como principio o pas deixar de ser subdesenvolvido e passar para desenvolvido. Econmico: a economia brasileira avanou no processo de industrializao, sem abandonar suas principais caractersticas: - grande disparidade na produtividade entre as reas rurais e urbanas; - uma grande maioria da populao vivendo em um nvel subempregadas nas zonas urbanas; - aumento da pobreza, gerando iniqidade e em conseqncia a agresso;

Capitalista dependente - Na medida em que teve como modelo padro de acumulao e de consumo dos pases ricos, procurou reproduzir a estrutura produtiva das naes desenvolvidas, teve que incrementar uma elevada participao do capital e da tecnologia estrangeira, transferidos sob o controle das grandes empresas transnacionais, o que resultou em um elevado grau de dependncia da economia dos pas em relao centros desenvolvidos.;

Desenvolvimentismo e Servio Social


Social: esforos da populao aliados aos do governo, para melhorar a situao econmica, social e cultural das comunidades, integr-las na vida da nao e torn-las capazes de contribuir decisivamente para o progresso nacional. O proceder se compe de dois elementos: Participao: do povo para elevao de seu nvel de vida, baseada na sua prpria iniciativa e fornecimento de assistncia tcnica e de outros servios para desenvolver esta iniciativa. bem estar-social, como o objetivo final do desenvolvimento, o qual deve propiciar ao povo condies e oportunidades para desenvolver, ao mximo, suas capacidades de cidado sadio, educado e participante.(Helena Junqueira). Porm, no atingiu seu objetivo, aumento a misria, a pobreza. Servio Social como instrumento: atuava na mobilizao, organizao, participao do homem no processo. Servio Social e postura poltica equivocada desde da origem sempre participaram conscientes ou no. Alguns Assistentes Sociais com a reinsero do proletariado na poltica, traz a cena poltica as tendncias democrticas contidas e reprimidas no Servio Social. (JPN)

Documento de Arax

Seminrio de Teorizao do Servio Social, promovido pelo CBCISS na estncia hidromineral de Arax (MG), entre 19 e 26 maro de 1967; Objetivo: Teorizao do Servio Social Diviso do Documento de Arax Natureza do Servio Social Anlise do objeto remoto e operacional Caracteres do Servio Social Funes do Servio Social Adequao da metodologia funes do Servio Social Instrumentos e metodologia Servio Social e realidade brasileira

1.
2. 3. 4.

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Documento de Arax Contexto histrico


Castelo Branco era colonialista (colocou o pas dependente dos EUA, achando que o Brasil s desenvolveria com ajuda externa);

acreditava que trs ideologias capitalistas traria mudanas (o neoliberalismo clssico, liberalismo intervencionista tecnocrtico militar e o nacionaldesenvolvimentismo), seu governo assumiu a segunda posio que dominou de 64 67, mas intervencionista e liberal.

Significados

D.Arax na perspectiva modernizadora ou desenvolvimentista, embora no fosse contestadora conseguiu, naquele momento, ser uma fundamentao que alicerou a legitimao do papel e dos procedimentos profissionais do SS; Foi uma produo coletiva, representativa dos estgio terico em que se encontrava a maioria dos assistentes sociais, sendo indiscutvel que revela particular mrito como sntese sobre um dado modo de conceber o SS enquanto instrumento profissional de suporte a polticas de desenvolvimento, de mudanas sociais. Faltou criticidade, tendo em vista a elaborao de uma teoria do SS brasileiro e latino-americano eficiente como marco conceitual da ao (Kruse).

D. Araxa - Significado

Props suas funes bsicas , ultrapassando o tradicional atendimento social a indivduos, grupos, comunidades, populaes e organizaes, a interveno profissional nos nveis da poltica social, do planejamento e da administrao de servio sociais;
DC o documento reconhece como uma rea de ponto do SS, principalmente por ser mais compatvel com as demandas de desenvolvimento/modernizao da sociedade brasileira naquele contexto histrico, sem considerar e analisar sua orientao poltico-ideolgica dominante. Porta de entrada de outros momentos de reflexo da trajetria do SS, nas dimenses de teorizao, prtica, organizao da categoria, desafios polticos/sociais; Gnese -, o primeiro ensaio de aproximao terica de uma profisso que buscava renovar-se, construindo uma resposta possvel de rede de relaes que se entretecem; a partir dele que podemos compreender as metamorfoses do Servio Social, suas permanncias e transformaes que parecem se mesclar, no processo de construo/reconstruo de sua identidade;

D. Arax - Influncia

Foi ampla e diversificada; Seus aportes tinham direcionamento principal: Nos cursos de Servio Social; s revises curriculares; Aos contedos das disciplinas; As entidades sociais; As organizaes profissionais; s cincias sociais e Objetivam efetivar intercmbio e interao com instituies, docentes e assistentes sociais latino-americanos voltados reconceituao e renovao do SS na perspectiva modernizadora

D. Arax - Influncia

Embora tenha tido os Seminrio de Sumar e alto da Boa Vista; esta teorizao foi assumida pelos programas de psgraduao a partir de 70, atravs de pesquisas e estudos expressos em dissertaes de mestrados e teses de doutorado e outras formas de produo de conhecimento

Crtica JPN Perspectiva Modernizadora

primeira do processo de renovao do Servio Social;

Documentos de Arax e Terespolis - possuem caractersticas e nfase tomadas como a consolidao modelar da tentativa de adequar as (auto)representaes profissionais do Servio Social s tendncias sciopolticos que a ditadura tornou dominantes e que no se punham como objeto de questionamento substantivo pelos protagonistas que concorreram na sua elaborao;
Encontra tambm em publicaes e trabalhos docentes, na segunda metade dos anos sessenta e final da dcada seguinte.

Crtica JPN Perspectiva Modernizadora


A insero do Servio Social na concepo de desenvolvimento difcil: Aps golpe de 64 recuperando; Influncias terico-ideolgicas do cenrio internacional (suporte das cincias sociais) Prticas de ajuda; Assistncia tcnica O desenvolvimento pedra de toque dos governos ditatoriais; Os organizadores dos documentos mostram sincronizados nova ordem;

Critica JPN Documento de Arax


o documento mostra uma indefinio quanto a natureza do Servio Social, aponta: Assume uma postura tcnica; As vezes a de cincia; Como prtica institucionalizada o Servio Social se caracteriza pela ao junto a indivduos com desajustamento familiares e sociais: Dimenses corretivas, preventivas e promocionais, entendem que estas ltimas ressaltando que promover capacitar Promover capacitar promoo do ser humano, o que na verdade o Assistente social deve refletir conjuntamente com seus usurios, sobre os direitos sociais, sobre a questo social e formas de lutas para que seus direitos sejam efetivados, a realidade social analisada atravs de observao do indivduo isolado do seu contexto histrico, da sociedade, da famlia, do Estado. Isto mostra que o sujeito no possui histria, os problemas sociais so necessrios e naturais, a sociedade precisa dos fracos e dos fortes para se manter organizada e em perfeita harmonia.

Critica JPN Documento de Arax


Objetivo remoto e objetivos operacionais
Tradicionalmente se cristalizou como princpios bsicos da ao profissional derivam do neotomismo Princpios operacionais contemplam: 1) globalidade na realidade social 2) participao do homem na processo de mudana Objetivo: a interveno profissional que toma os problemas sociais deve substituir-se a perspectiva de globalidade; Sai do campo tico do neotomismo, para teorico estruturalfuncionalismo a globalidade a perspectiva das relaes sistmico-integrativas de individuo e sociedade

Critica JPN Documento de Arax

valorizao de macroatuao o doc. Entende infra-estrutura social facilidades bsicas, programa de sade, educao, habitao e servios sociais embasa a importante recuperao do desenvolvimento integral do homem em face do cuidado com a infraestrutura econmica e fsica desenvolvimento harmonioso. (positivismo) Microatuao (objetivos remotos e operacionais) ter validade se imbricada macroatuao; A macroatuao quem comanda as novas reflexes do documento em face do passado profissional; Para cumprir os objetivos remoto e operacionais o Assistente social no pode ser mero executor das polticas sociais; No pode ficar s na ajuda deve ser capaz de formula e geri as polticas sociais; Para tal era necessrio abrir espao para discutir o contedo das polticas sociais; Transformismo recuperao sem rupturas do tradicionalismo, mas sob novas formas; Recuperao dos casos, grupo e comunidade desde que funcionais mudana e ao desenvolvimento.

Critica JPN Documento de Arax

Servio Social e Realidade Brasileira as mudanas devem ser induzidas via planejamento integrado, a priorizao econmica e tecnolgica e suas dimenses sociais e polticas so claramente associadas cultura e administrao. As mudanas e pressupostas e vem condicionada ao desenvolvimento

Os indivduos, grupos e instituies que resistirem a integrao e ou a participao constituem objeto de interveno para os tcnicos do desenvolvimento (interveno tcnica)
O processo desenvolvimento depende da adequao dos grupos sociais ``as suas exigncias; Realidade brasileira diagnstico da realidade no v

Polticas desenvolvimentista, caractersticas

Economicista- a economia brasileira avanou no processo de industrializao, sem abandonar suas principais desenvolvimento: - grande disparidade na produtividade entre as reas rurais e urbanas; - uma grande maioria da populao vivendo em um nvel subempregadas nas zonas urbanas; - aumento da pobreza, gerando iniqidade e em conseqncia a agresso;

Capitalista dependente-Na medida em que teve como modelo padro de acumulao e de consumo dos pases ricos, procurou reproduzir a estrutura produtiva das naes desenvolvidas, teve que incrementar uma elevada participao do capital e da tecnologia estrangeira, transferidos sob o controle das grandes empresas transnacionais, o que resultou em um elevado grau de dependncia da economia dos pas em relao centros desenvolvidos.;

Com isso passou desmistificar a ideologia desenvolvimentista e o conceito de bem-estar social desenvolvimentista e passou a ser questionado.

Documento de Terespolis
Anlise e debate, em plenrio, de trs documentos sobre o Tema 1 Fundamentos da Metodologia do Servio Social: TRS TEXTOS Introduo metodologia teoria do diagnsticos e da interveno em Servio Social Suely Gomes da Costa

A teoria metodolgica do Servio Social uma abordagem sistemtica Jos Lucena Dantas Bases para a reformulao do Servio Social Tecla machado Soeiro TEMRIO Fundamentos da metodologia do Servio Social -(nenhum dos dois grupos estudaram) 2. Concepo cientfica do Servio Social. Grupo A e B 3. Aplicao da metodologia do Servio Social. Grupo A e B

D.Terespolis - Textos de Suely Costa


Para viabilidade ou no do Servio Social como cincia preciso partir da:
Redefinio filosfica de cincia 2. Da reestruturao das cincias sociais; 3. Da abordagem histrica do Servio Social Observar a realidade: preciso olhar o mundo a nossa volta com suas questes concretas, reais, existenciais para que possamos entender o porqu do Servio Social e suas possibilidades . Esquematizar mtodos, tcnicas em funo de situao que supe existentes para resolver as questes do Servio Social irrelevante;
1.

Concepo cientfica
interna: busca a cientificidade mediante estudo sobre sua historia, fins, princpios, etc; atravs de trs caminhos pela CBCISS no Brasil, atravs dos trabalhos de Jos Lucena Dantas e Techa Machado Soeiro Documento de Terespolis, tenta-se criar procedimentos semelhantes para as distintas abordagens (caso, grupo, comunidade), mediante adaptaes de esquemas de anlise dos nveis de vida; Escola de Chile a integrao dos mtodos, a aplicao conjunta do caso, grupo, comunidade. A escola prope abandonar o ensino e a aplicao dos mtodos tradicionais e a procura formular uma metodologia autnoma para a Amrica Latina; enfoca o estudo dos mtodos tradicionais, avaliando suas possibilidades e tentando uma adaptao destes realidade latinoamericana.

externa: procura dar uma viso cientfica ao Servio Social, a partir de fora, orientou-se para o conhecimento e a adaptao dos novos instrumentos criados pelas cincias sociais. (Escola de Colmbia);

D. Terespolis - Relatrio do grupo A


Reconhecimento da globalidade e do interrelacionamento das necessidades humanas. A atuao do Servio Social esta ligada as caractersticas da sociedade brasileira: pas subdesenvolvido e em crise, numa fase de mudanas.

D. Terespolis Relatrio A
Apontamentos de fenmenos observados na prtica do Servio Social: Necessidades bsicas Necessidades sociais
1.

2. Aps conhecer os fenmenos, partiu-se para a identificao das diversas formas pelas quais eles se apresentam; 3. Em seguida foram identificadas s funes e elas correspondentes; 4. Efetuada a identificao das funes, tentou-se a reduo das funes; 5. Foram identificadas quatorze funes diferentes, houve a classificao das mesmas.

D. Terespolis relatrio B
Metodologia: Investigao diagnstica; interveno; A) investigao diagnstica levantamento de necessidades e de variveis significativas de cada necessidade; verificao da relevncia do fenmeno e da interdependncia das variveis, formulao de hipteses; determinao, com base em hipteses formuladas, das funes, das escalas ou nveis de atuao e das formas de atuao.

B) Interveno montagem do plano de interveno nas variveis; seleo de processos em funo de: fenomenologia da(s) variveis significativas relevncia do fenmeno (nvel de estrutura e de indivduo); implantao e execuo do plano (controle das variveis); avaliao (continuao ou informao das hipteses);

Grupo B: concluiu que a metodologia do Servio Social apresentava duas fases, uma predominamente de estudo e outra predominantemente de ao, que se enquadravam dentro do mtodo lgico: Diagnstico: identificar e descrever, classificar, explicar e compreender, prever tendncias (prognstico)

Interveno: preparar aes, executar e avaliar.

D. Terespolis props mudanas


Cabe o mrito de colocar a metodologia empregada de um esquema cientfico e de introduzir algumas mudanas na terminologia tradicional: 1) Props mudanas das trs fases ou momentos do mtodo (estudo, diagnstico e tratamento) que ligavam o Servio Social medicina, e que, adaptando-se ao Servio Social de Casos, deixavam os assistentes sociais pouco vontade quando se tratava de Servio Social de Grupo ou de Servio Social de Comunidade. Estas fases ou momentos seriam o diagnsticos e a interveno, ambos os termos tirados das cincias sociais; 2) Mtodo genrico considerou o Servio Social como um mtodo genrico, para o qual haveria trs abordagens: individual, grupal e comunitria, em vez dos clssicos processos de Servio Social de Casos, Grupos e Comunidade;

D. Terespolis props mudanas


3) Sistema-cliente introduziu o termo sistema-cliente; instncia da realidade social que serve de referncia para a interveno profissional: personalidade, pequeno grupo, organizaes, comunidades. o sistema (atitudes, comportamentos, idias, reaes, etc), com o qual o assistente social se relaciona durante a aplicao do mtodo; conceito tirado de Lippitt e Lewin, baseado na distino de que cada cliente dotado de uma padro de estrutura e funcionamento prprio. O cileinte do Servio Social o homem na sua trplice dimenso: pessoal, grupal e comunitria.

Situao social-problema introduziu o termo de situao socialproblema, conceito elaborado por Lippitt e Ortega e Gasset: no significa necessariamente uma situao patolgica, mas a situao que para um homem, um grupo ou uma comunidade, ou seja , para o sistema-cliente, apresenta-se como problematizante.

D. Terespolis - Objeto
As discusses continuam, apesar de um estudo valioso de Nadir Kfouri, que define o objeto como a situao social-problema ou o social o que deve ser mudado pelo homem, sujeito de sua histria e, portanto, sujeito do Servio Social.

D. Terespolis Funes do Servio Social


Funo do Servio Social inmeros eventos cientficos com o objetivo de discutir o que o assistente social deve fazer na rea do social. As funes do Servio Social pressupem interveno na mudana social e no controle social e inspiram-se em valores absolutos e relativos. Desenvolve-se em duas dimenses: micro e de macro-viso do social. Funo em Servio Social a resposta dada pela interveno do Servio Social a uma determinada necessidade humana. Partindo desse conceito foi proposta a classificao das funes: Funes fins em microatuao: mobilizadora, educao de base, socializadora, curativas, terapeutica assistencial. Em macroatuao: criao de recursos, poltica social. Funes meios: assessoria, pesquisa, planejamento, administrao, poltica social.

D.Terespolis - Significados

legitima e justifica uma sociedade capitalista; Possui caractersticas da perspectiva modernizadora; (abordagens funcionalistas, voltadas a uma modernizao e melhoria do sistema pela mediao do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integrao na sociedade; aprimoramento tcnico-metodolgico dos profissionais, de modo a capacit-lo a contribuir para o projeto desenvolvimentista; No teve um documento final; Dantas contribui muito no terico-metodolgico e ideocultural que embasa o Documento de Terespolis

D.Terespolis Influncia

Grande repercusso na profisso; Repercusso nos contedos dos cursos de Servio Social; Influncia no movimento de reconceituao da Amrica Latina

Jos Lucena Dantas- A teoria metodolgica do Servio Social: uma abordagem sistemtica

reflete acerca dos princpios sobre os quais so erigidos os mtodos de caso, grupo e comunidade. O autor distingue estes princpios em ticos, metafsicos e lgicos e os relaciona ao dever ser, ser e conhecer. Considera que estes princpios tm um componente cientfico (generalizaes, leis e teorias formuladas pelas cincias) e um componente axiolgico (concepes doutrinrias e valorativas). Reafirma, no marco das reflexes sobre o carter cientfico do Servio Social, os mesmos princpios da doutrina social da Igreja que se anunciavam como postulados para a ao profissional, em Arax:

a sociabilidade, a perfectibilidade, a inteligibilidade e a dignidade.

cientificidade do Servio Social - que consideramos uma das maiores expresses do encontro de Terespolis, no abandonam a doutrina social da Igreja, em sua expresso neotomista.

Jos Lucena Dantas- A teoria metodolgica do Servio Social: uma abordagem sistemtica

conduz ao transformismo na perspectiva modernizadora, no ponto de vista: terico-metodolgico: de fundo estutruralfuncionalista, sem prejuzo do seu ecletismo;

ideologia com vis da modernizao conservadora, com embasamento no ideal desenvolvimentista o papel profissional est enquadrado pela dominncia (tecnoburocrtica) antes ausente. contribuio contribui muito no tericometodolgico e ideocultural que embasa o Documento de Terespolis

Critica de JPN sobre o D.Terespolis

A cristalizao da perspectiva modernizadora, tal como se verifica no Documento de Terespolis, seria impensvel sem a sua contribuio de Dantas; perspectiva modernizadora se afirma no apenas como concepo profissional geral, mas sobretudo como pauta interventiva. Segundo Netto (1990) H mais que continuidade entre os dois documentos: no Terespolis, moderno se revela como a conseqente instrumentao programtica (desenvolvimentista) que o texto de 1967 avana

Critica do JPN - Trs autores

Costa - ela se recusa a pensar o Servio Social sem remete-lo problemtica de fundo das cincias sociais e ao questionamento da sua constituio histrica; Dantas - Atendo-se rigorosamente ao tema central que era objeto do seminrio, Dantas ofereceu ao debate uma concepo extremamente articulada da metodologia do Servio Social, efetivamente a mais compatvel com a perspectiva modernizadora, foi o mais conseqente e profundo teorizador, por causa da coerncia e competncia terica deste profissional; Soeiro - Na tematizao especfica da questo metodolgica, na acrescenta s formulaes at ento desenvolvidas, exceto adies laterais e perfunctrias.

Critica do JPN
Transformismo -Dantas: conduz ao limite o transformismo at ento subjacente perspectiva modernizadora: terica: de fundo estrutural-funcionalista, sem prejuzo do seu ecletismo; ideologia: com o vis da modernizao conservadora embasando inteiramente a angulao desenvolvimentista, na qual o papel profissional est enquadrado pela dominncia tecnoburocrtica) antes ausente.

Critica do JPN

A cientificidade da prtica profissional aparece como derivada quer da anlise formal (classificatria) dos interveninentes diretamente verificveis em fenmeno significativo e da sua correlao (esta tambm constatvel empiricamente), quer de procedimentos articulados na ao do assistente social. A globalidade como horizonte da ao profissional, remete de fato interao entre as variveis num jogo em que tudo interage com tudo. Carter cientfico da prtica identificado a uma racionalidade manipuladora, que pode ser desmontada em operaes singulares e regulares de controle burocrtico-administrativo.

Critica do JPN

Papel profissional Traos - que vinham de Arax: as tericas (o fundo estrutural-funcionalista) e ideolgicas (o reformismo conservador do vis desenvolvimentista)

o Documento de Terespolis equivale plena adequao do Servio Social modernizao conservadora conduzida pelo Estado ditatorial em benefcio do grande capital e s caractersticas scio-econmicas e poltico-institucionais do desenvolvimento capitalista ocorrente em seus limites.

JPN - Trplice significado para processo de renovao do Servio Social

apontam para a requalificao do assistente social, definem nitidamente o perfil sociotcnico da profisso e a inscrevem conclusivamente no circuito da modernizao conservadora e, com toda essa carga, repem em nvel mais complexo da elaborao de Arax.

Critica do JPN - Requalificao do profissional

Para um tcnico ser capaz de trabalhar com familiaridade com as disciplinas de: Planejamento, administrao, estatstica, poltica, economia, bem como os mais diversos ramos da sociologia, teria que ter na formao profissional do assistente social.

Movimento de reconceituao
Objetivo do Movimento: Os seminrios de Teorizao do Servio Social promovidos pelo CBCISS (Arax, Terespolis, Sumar, Alto da Boa Vista) tinham por finalidade o estudo do Servio Social nos seus aspectos tericos e prticos para avaliar o progresso feito no sentido de um caminhar para cientificidade. Ruptura rejeio do modelo de Servio Social norte-americano, utilizados sem numa reviso crtica, este modelo pode ser traduzido:

Centrada no individuo, isolado de uma estrutura social;

Marco terico, concebido em e para realidades histricas e sociais bastantes diferentes das suas;
Mtodos tradicional Servio Social de Caso, Grupo e Comunidade, como resultante de uma viso cientificista no Servio Social;

Apropriao de concepes diagnsticas, com nfase no tratamento e levando a profisso a uma forte tendncia psicologista;
prtica repetitiva, preocupada com o uso e a eficcia das tcnicas sem nenhuma vinculao com a teoria;

Reconceituao: ruptura, proposio e tendncias


Proposio
tentativa de adequao do Servio Social problemtica dos pases latino-americanos, atravs da descoberta de um conhecimento novo: busca de um marco terico referencial ou de uma teoria para a prtica do Servio Social latino-americano;

busca de modelos metodolgicos adequados s exigncias dessa realidade e que possam assegurar a integrao tericoprtica na atividade profissional; elaborao de uma literatura autnoma, refletindo as respostas do Servio Social realidade latino-americana;

Processo de renovao profissional para Jos Paulo Neto

Sempre que o Servio Social procurou um campo especifico do saber ou sua legitimidade numa base cientfica, destacouse nas auto-representaes profissionais a marca do sincretismo; A prtica do Servio Social foi permeada pelo sincretismo das condies histricosociais e terico-ideolgicos.

Bibliografia

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