AULA 4 - ESF Â IMPLANTAÃ Ã O E TERRITORIALIZAÃ Ã O

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ESF – IMPLANTAÇÃO E

TERRITORIALIZAÇÃO

Prof. Priscila
Gestão Plena

 Na Gestão Plena o município assume o


compromisso de garantir a assistência
integral, tanto ambulatorial quanto hospitalar
de sua população, recebendo recurso
financeiro do PAB e da Assistência de Média
e Alta Complexidade.

 - AB
 – MÉDIA COMPLEXIDADE
 – ALTA COMPLEXIDADE
Responsabilidades do Município
 Plano Municipal de Saúde ;
 Integração com a rede estadual;
 Gerencia de unidade;
 Gerencia de unidades assistenciais
transferidas pelo estado e pela união;
 Gerencia sobre todo o sistema e todos os
prestadores de serviços;
 Cadastramento do cartão SUS.
 Garantia do atendimento em seu território para
a sua população,
 Pagamento dos prestadores de serviços,
controle e auditoria;
 Operação SIH e SIAB;
 Avaliação sobre o impacto das ações do
Sistema sobre as condições de saúde da
população;
 Execução de ações básicas, médias e alta
complexidade pactuadas ...
A implantação do
PSF, passo a passo

 “ Tomada a decisão política de implantar


o PSF no município, é preciso debater
amplamente com a população para que
todos de fato entendam e participem.”
Como elaborar a proposta
de implantação?

 A proposta de implantação do PSF deve


prever:

– a adequação física;
– os recursos humanos;
– os equipamentos necessários para garantir
que a USF possa responder aos problemas
de saúde das famílias na área sob sua
responsabilidade.
 A proposta de implantação do PSF deve
apontar:

– referência e contra-referência dos usuários;


– apoio ao diagnóstico laboratorial e de
imagem (RX e ultra-som);
– assistência farmacêutica;
– proposta de gerenciamento do trabalho.
Identificar as áreas prioritárias

 O primeiro passo na elaboração da


proposta de implantação é a definição
das áreas prioritárias a serem cobertas
pelo PSF.
Identificar as áreas prioritárias
 A prioridade nº 1 é que todos tenham
acesso aos serviços de saúde, para
garantir o princípio da igualdade dos
cidadãos.
 Daí a necessidade, em alguns
municípios, de expandir a rede básica,
para assistir periferias urbanas e zonas
rurais que estavam desprovidas de
oferta de serviços de saúde.
Identificar as áreas prioritárias

 Outro critério fundamental na escolha


da área prioritária são os fatores de
risco social, como concentração de
pobreza e exclusão social. Em locais
com essas características, é maior a
probabilidade de as pessoas adoecerem
e morrerem.
 A implantação de equipes isoladas, que não
cobrem 100% das áreas consideradas
prioritárias, tende a ter pouca eficácia e
baixo impacto.

 IMPORTANTE!
As áreas de atuação das ESF e ESB
devem ser comuns, possibilitando o
desenvolvimento de ações conjuntas.
Levantar o número de habitantes
 Esse levantamento deve ser feito buscando-
se as fontes de dados disponíveis. Às
vezes, as áreas escolhidas não
correspondem aos setores dos censos do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
 Além do IBGE, outras instituições
costumam ter informações sobre o número
de habitantes do município. Por exemplo: a
Secretaria de Planejamento da Prefeitura, a
Secretaria de Ação Social, as associações
comunitárias, a Fundação Nacional de
Saúde (FUNASA), entre outros.
Calcular o número de ACS, ESF e ESB

 Cada Equipe de Saúde da Família deve


acompanhar de 600 a 1.000 famílias, o que
corresponde a uma população entre 2.400 e
4.500 pessoas.
 Cada ACS (recomenda-se de 4 a 6, por
equipe) é responsável pelo acompanhamento
de uma microárea, onde residem de 400 a
750 pessoas. O ACS, como já foi ressaltado,
reside na microárea onde atua.
 A definição do número de ESF e de ACS
depende do número de famílias ou pessoas
que cada um irá acompanhar.

 Essa definição depende das características do


território: a distância das casas, as barreiras
de acesso (rios, montanhas, inexistência de
transporte adequado), a natureza e a
dimensão dos problemas (área de risco social
ou ambiental).
 Assim, para se calcular o número de ESF
e de ACS em uma área, divide-se a
população da área ou município pelo
número de pessoas que cada ESF ou ACS
irá assistir.

 Ex: Município de 100 mil habitantes =


29 ESF = 174 ACS
 Para a implantação das Equipes de Saúde
Bucal (ESB), a população a ser coberta por
cada equipe deverá ser de até 6.900
pessoas, na proporção de uma ESB para
cada duas ESF implantadas. Aos
municípios com população inferior a 6.900,
a relação que se estabelece é de uma ESB
para uma ESF.
Existem três tipos de ESB:
Territorialização
Território:

 É sempre um campo de atuação, de


expressão do poder público, privado,
governamental ou não
governamental,e, sobretudo
populacional.
 Cada território tem uma determina
da área, uma população e uma
instância de poder.
Níveis do Território

 País
 Estado
 Município

- São determinadas muito mais pelos


lugares onde desenvolvemos nossas
atividades cotidianas.
 Características comuns a um grupo de
pessoas de determinado estado, que
depende dos hábitos, do clima, dos
costumes e da renda.
- Essas diferenças são de extrema
importância para podermos atuar sobre os
seus determinantes.
- Essas diferenças refletem no perfil
epidemiológico da população.
Demarcar território,Porque?

 Regular e estabelecer normas para


atuação de equipes de saúde.
Territórios reconhecidos no processo de delimitação de áreas:

 Território distrito–politico-administrativo, usado para


organização do sistema de atenção;

 Território área - área de abrangência de uma UBS,


espaço de atuação de equipes de saúde;

 Território micro-área - lógica da homogeneidade


socioeconômica sanitária, área de atuação do ACS;

 Território moradia – lugar de residência da família;


Distrito
Área de abrangência
Micro áreas
Mapear as áreas e microáreas

 Definido o número de ESF, ESB e de ACS,


é hora de mapear as áreas e microáreas de
atuação, tendo por base uma planta
atualizada do município. Definem-se ali as
áreas consideradas prioritárias para
implantação do Programa Saúde da
Família.
Mapear as áreas e microáreas

 O próximo passo é dividir as áreas de


atuação de cada equipe. Essas áreas,
por sua vez, são divididas em
microáreas, nas quais os ACS deverão
atuar.
 FOTO MAPA DAS MICRO ÁREAS
Como iniciar o diagnóstico

 “ Para se fazer o diagnóstico adequado


da comunidade, é necessário que os
dados coletados sejam abrangentes,
com informações referentes aos
aspectos demográficos, sociais,
econômicos, culturais e ambientais, em
especial o saneamento básico.”
Como iniciar o diagnóstico

 As Equipes de Saúde da Família (ESF)


devem realizar o cadastramento de
todas as famílias, por meio de visitas
aos domicílios. Destaca-se, nesse
trabalho, a participação do Agente
Comunitário de saúde (ACS).
Como iniciar o diagnóstico

 É durante as visitas que são observadas


as atividades diárias da família, sua
alimentação, seus hábitos de higiene,
as condições de moradia, saneamento,
do meio ambiente, e os possíveis
fatores de risco à saúde presentes no
local.
 O diagnóstico adequado depende
também de informações sobre detalhes
dos aspectos familiares, como a
quantidade de membros da família,
escolaridade, situação conjugal, a
ocupação de cada um, além de
informações sobre os riscos presentes ou
riscos potenciais para os integrantes da
família.
 Essa etapa é o primeiro passo para se
criar o vínculo dos membros da ESF
com a família. É aí que começa a ser
desenvolvida uma relação, que será
melhor quanto mais aberta e amável
possível.
Como fazer a coleta
de dados?

 O cadastro Nacional de Usuários é o


primeiro passo para a implantação do
Cartão Nacional de Saúde em todo o
território brasileiro.
 O cartão é uma importante ferramenta para
a consolidação do Sistema Único de Saúde
(SUS), facilitando a gestão do sistema e
contribuindo para o aumento da eficiência
no atendimento direto ao usuário.
 O cartão contribui para o
desenvolvimento de ações
programáticas estratégicas, ações de
vigilância epidemiológica, assistência
ambulatorial e hospitalar, fortalecimento
dos sistemas de referência e contra-
referência, controle e avaliação, entre
outras.
Para a atenção básica, esse formato de cadastramento tem, como
vantagens:

 Fortalecimento do vínculo entre


indivíduos e unidade básica de saúde,
por meio da oferta organizada de
serviços e do acompanhamento, pelos
profissionais da rede básica.
 Possibilidade de trabalhar com enfoque
na vigilância à saúde, por meio do
diagnóstico das condições de saúde e
do perfil epidemiológico da população.

 Melhoria da qualidade do atendimento,


pelo acesso a informações dos
usuários.
 Potencialização das atividades de
vigilância epidemiológica e sanitária, por
meio da localização espacial de casos e
contatos domiciliares, dos faltosos aos
programas, facilitando a realização de
ações de busca ativa, vacinação de
bloqueio, acompanhamento domiciliar,
tratamento supervisionado, entre outras,
de modo ágil e oportuno.
Estratégias de cadastramento
 Dados demográficos:

• Endereço
• Idade (de cada membro da família)
• Sexo (de cada membro da família)
• Origem dos membros da família (onde
nasceu cada um)
 Dados sócioeconômicos:

 Condições de trabalho, de ocupação, de


estudo de cada integrante da família
(cuidado para não confundir desempregado
com desocupado.
- Por exemplo: um adolescente que não estuda nem
trabalha não deve ser considerado como desempregado,
mas, sim, como desocupado, já que se trata de uma
condição diferente de um adulto na mesma situação)
 Condições de moradia (tipo da
habitação, número de cômodos ou
peças, energia elétrica e saneamento
básico, abastecimento, tratamento e
armazenamento da água, destino dos
dejetos e do lixo).

 Escolaridade (de cada membro da


família)
 Dados socioculturais:

 Estrutura familiar (composição, situação


conjugal, papéis, hierarquia etc.
 Vídeo ACS - 1 2 e 3
Revisando...
Avaliação 1
Mapa Inteligente
 Objetivo:
Estabelecer as áreas de responsabilidade das
equipes de saúde, para que possam
desenvolver o planejamento local:
 Diagnóstico e identificação e priorização dos
problemas de saúde;
 Programação das ações, operacionalização
e monitoramento das metas e avaliação dos
resultados.
Elaboração do Mapa Inteligente
 O mapa inteligente é um instrumento para o
planejamento que tem como objetivo
melhorar a qualidade no serviço de saúde.

 Ele define as microáreas de abrangência da


Unidade de Saúde da Família (USF) e é
alimentado por ações de territorialização que
coletam informações geográficas e de saúde
obtidas no diagnóstico da comunidade.
Material p/ aula;
 Cartolinas para mapas individuais;
 Papel pardo ou outro para Mapa Inteligente;
 Lápis, lápis de cor;
 Borracha;
 Canetinhas coloridas;
 Régua;
 Caneta;
 Outros de acordo com a criatividade de cada
uma!!!
1º PASSO
BASE DO MAPA

 Identificar a área de abrangência


 Identificar as 6 micro áreas (por cor)
Descrever as ruas
Identificar áreas de risco
2º PASSO
 Identificar no mapa físico:

 Difícil acesso, ponto de táxi, ônibus,


empresa/comércio, áreas de risco de
desmoronamento, risco de alagamentos,
áreas de lazer e sociais, entidades
religiosas e culturais, bares, mercados,
centro comunitário, creches, CRAS (centro
de referencia da assistência social), asilos,
escolas, unidade de saúde, ...
3º PASSO
 Identificação de toda a população das
áreas de abrangência como :

 Diabéticos
 Hipertensos
 Idosos
 Crianças menores se 6 anos
 Gestantes
 Tabagistas
 Outras doenças ...
 A partir do mapa cada equipe deverá definir o
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO da sua área se
abrangência e deverá realizar uma
ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO EM SAÚDE.

 Mãos a obra !!!!


 Dados Grupo 1:

População total da área – 3.600 Habitantes

HAS – 832 pessoas


DIA – 298 pessoas
Gestante – 23 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 99 pessoas
Tabagista - 1240 pessoas
HIV – 17 pessoas
PNE – 29 pessoas
Obeso – 1012 pessoas
Idoso – 50 pessoas
 Dados Grupo 2:

População total da área – 3.989 Habitantes

HAS – 332 pessoas


DIA – 198 pessoas
Gestante – 70 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 167 pessoas
Tabagista - 2.400 pessoas
HIV – 18 pessoas
PNE – 33 pessoas
Obeso – 21 pessoas
Idoso – 750 pessoas
 Dados Grupo 3:

População total da área – 3.882 Habitantes

HAS – 200 pessoas


DIA – 101 pessoas
Gestante – 31 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 2.800 pessoas
Tabagista - 560 pessoas
HIV – 10 pessoas
PNE – 12 pessoas
Obeso – 70 pessoas
Idoso – 98 pessoas
 Dados Grupo 4:

População total da área – 4.209 Habitantes

HAS – 370 pessoas


DIA – 102 pessoas
Gestante – 30 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 120 pessoas
Tabagista - 800 pessoas
HIV – 07 pessoas
PNE – 02 pessoas
Obeso – 78 pessoas
Idoso – 2.700 pessoas
 Dados Grupo 5:

População total da área – 3.411 Habitantes

HAS – 1.950 pessoas


DIA – 1.820 pessoas
Gestante – 16 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 101 pessoas
Tabagista - 650 pessoas
HIV – 9 pessoas
PNE – 5 pessoas
Obeso – 370 pessoas
Idoso – 690 pessoas
 Dados Grupo 6:

População total da área – 3.262 Habitantes

HAS – 800 pessoas


DIA – 250 pessoas
Gestante – 1.250 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 129 pessoas
Tabagista - 1.010 pessoas
HIV – 10 pessoas
PNE – 480 pessoas
Obeso – 130 pessoas
Idoso – 440 pessoas
 Dados Grupo 7:

População total da área – 3.600 Habitantes

HAS – 832 pessoas


DIA – 298 pessoas
Gestante – 23 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 99 pessoas
Tabagista - 1240 pessoas
HIV – 1.800 pessoas
PNE – 29 pessoas
Obeso – 312 pessoas
Idoso – 750 pessoas
 Dados Grupo 8:

População total da área – 2.771 Habitantes

HAS – 767 pessoas


DIA – 340 pessoas
Gestante – 27 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 78 pessoas
Tabagista - 890 pessoas
HIV – 21 pessoas
PNE – 2.800 pessoas
Obeso – 390 pessoas
Idoso – 250 pessoas
 Dados Grupo 9:

População total da área – 3.400 Habitantes

HAS – 640 pessoas


DIA – 340 pessoas
Gestante – 80 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 78 pessoas
Tabagista - 1.900 pessoas
HIV – 41 pessoas
PNE – 12 pessoas
Obeso – 1.450 pessoas
Idoso – 150 pessoas
 Dados Grupo 10:

População total da área – 2.550 Habitantes

HAS – 450 pessoas


DIA – 1.340 pessoas
Gestante – 60 pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 120 pessoas
Tabagista - 670 pessoas
HIV – 20 pessoas
PNE – 13 pessoas
Obeso – 2.180 pessoas
Idoso – 397 pessoas
 Dados Grupo 11:

População total da área – 2.590 Habitantes

HAS – 650 pessoas


DIA – 540 pessoas
Gestante – 51pessoas
Crianças (ATÉ 6 ANOS) – 2.192 pessoas
Tabagista – 320 pessoas
HIV – 16 pessoas
PNE – 610 pessoas
Obeso – 999 pessoas
Idoso – 112 pessoas
 Cada grupo elaborar um mapa
inteligente com um área de abrangência
de uma ESF, contendo 6 micro áreas.

 Cada aluno deverá elaborar uma micro


área.

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