Toxicologia NRN Aula de Osvaldo Satana - 113708
Toxicologia NRN Aula de Osvaldo Satana - 113708
Toxicologia NRN Aula de Osvaldo Satana - 113708
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2015; Alavanja et al.,2014; Alvarez-Moya et al., 2014; Cantor et al., 1992;
Chen et al., 2016; Cocco et al., 2005; Cockburn et al., 2011; Daniel et al., 2003; De Roos et al., 2003; Ding et al.,
2012; Engel et al., 2005; Eriksson; Karlsson, 1992; Eriksson et al., 1981; Garaj-vrhovac; Zeljezic, 2002; Garry et al.,
1996; Ghisi et al., 2016; Hoar et al., 1986; International Agency for Research on Cancer, 2107; Itoh et al., 2009;
!
Koutros et al., 2013; Miligi et al., 2006; Orsi et al., 2009; Pahwa et al., 2012; Park et al., 2009; Presutti et al., 2017;
Purdue et al., 2007; Skolarczyk et al., 2017; Snedeker, 2001; Soldin et al., 2009; Spinelli et al., 2007; Waddell et al.,
et al., 2014; Michalakis et al., 2014; Montes et al., 2010; Rignell-Hydbom et al., 2012; Roberts et al., 2012; Shekharet al., 2011; Slotkin et al., 2006; Sonnenschein; Soto, 1998;
Sun et al., 2007; Swan et al., 2003; Xia et al., 2004; Xia et al., 2008)
Outros efeitos dos agrotóxicos sobre a saúde
para além das intoxicações
Desregulação endócrina
1998; Garry et al., 2001; Go et al., 1999; Han et al., 2008; He et al., 2004; Lifeng et al., 2006; Mendes et al., 2014; Mehrpour et al., 2015; Rahman, 2013; Rattan et
al., 2017; Roberts; Karr, 2012; Schreinemachers, 2010; Sonnenschein; Soto, 1998; Viswanath et al., 2010; Xia et al., 2004; 2008; Ye et al., 2017; Yi et al., 2013)
!
Frequência de Intoxicações na Bahia
notificadas no SINAN, 2021
Ign/Branco 923
Outro 166
Metal 15
Planta tóxica 30
Prod. veterinário 40
Cosmético 73
Prod. químico 140
Raticida 243
Agrotóxicos 312- 5,5%
Prod. uso domiciliar 322
Drogas de abuso 417
Alimento e bebida 476
Medicamento 2,476
0 500 1000 1500 2000 2500
Fonte: Sinan/Divep/Sesab
Frequência de Intoxicações Conforme Tipo de Agrotóxico e
Circunstância da Exposição na Bahia, 2021
120
100
80
20
0
Tentativa de Acidental Uso Habitual Ambiental Outros Ign/Branco
suicídio
Fonte: Sinan/Divep/Sesab
Toxicologia dos Agrotóxicos
Pesticidas
Praguicidas
Biocidas
Fitossanitários
Defensivos agrícolas
Venenos
“Remédios”
Pesticida, praguicida, agrotóxico são termos genéricos para
uma variedade de agentes ... A legislação brasileira
assume a denominação AGROTÓXICOS
VAMOS VER COMO OS AGROTÓXICOS
SE CLASSIFICAM
Classificação –Quanto ao Organismo alvo
(Para que se utiliza)
Inseticida
Larvicida Molusquicida
Formicida Rodenticida
Pulguicida
Piolhicida
Acaricida (ácaros) Fungicida
Carrapaticida Herbicida
Nematicida Bactericida
(nematóides, vermes)
Classificação – Quanto ao Grupo
Químico”Substância principal”
(Diferentes mecanismos de ação)
Derivados do
Carbamatos
Organoclorados
Cloronitrofenol
Derivados
Organofosforados
cumarínicos
Organomercuriais
Dipiridílicos
Derivados do Piretróides e
Ácido
Piretrinas
Fenoxiacético Tiocarbamatos
Outros
Classificação – Quanto à Formulação
(modo de apresentação)
Comprimidos Pastilhas
Concentrado Emulsionável Pó Molhável
Concentrado Solúvel Pó Seco
Emulsão Concentrada
Pó Solúvel
Solução Aquosa Concentrada
Gel Solução Não-aquosa
Granulado concentrada
Grânulos Autodispersíveis Suspensão Concentrada
Microgranulado etc.
Óleo Emulsionável
Pasta
Agrotóxicos de Uso Agrícola
Facilidade de
acesso resulta em
seu uso em
tentativas de
suicídio
Perguntas aos pacientes nos serviços
de saúde
1. Você trabalha?
2. Qual a sua ocupação?
3. Que tipo de atividade você faz no seu
trabalho?
4. No seu trabalho você utiliza ou tem
contato com algum agrotóxico, veneno ou
“remédio” para pragas? há quanto tempo?
5. Quais são eles? Como você os utiliza?
6. Você recebe orientações quanto ao uso
desses produtos?
Grupos de Agrotóxicos
Herbicidas:
◦ Combatem “ervas daninhas”
◦ Produção mundial crescente, substituindo
a mão de obra na capina, na zona rural
Fenoxiacéticos (2,4D) - Norton, Tordon
Dipiridílicos (Diquate, Paraquate) – Queimoxone,
Gramoxone 200
Glifosato (Glicina substituída) – Round-up, Glifos,
Agripec
Uréia (Diuron) – Cention
Triazina (Atrazina) – Ametrex, Atranex, Herbazin
Grupos de Agrotóxicos
Herbicidas:
• Derivado da glicina: ex.: glifosato (Roundup®).
- Um dos herbicidas mais utilizados na agricultura
mundial, com crescimento constante dos casos de
intoxicações acidentais, profissionais e intencionais.
- Tem efeito residual curto. Geralmente os resíduos no
solo têm uma meia-vida de menos de 60 dias.
- Formulação com surfactante que tem ação irritativa
dermatológica de importância clínica: toxic. 3x ↑ que o
i.a.
- Os solventes usados em formulações comerciais
podem alterar as propriedades toxicológicas.
Cont.
• Derivado da glicina: ex.: glifosato (Roundup®).
- Absorção no TGI: 30-36%; via dérmica: 5,5% ou
menos.
- Meia-vida: ~ 7 dias (168 h).
- Nos tecidos orgânicos, a cc mais elevada está nos
ossos.
- O glifosato não é metabolizado em humanos e sua
biotransformação é muito reduzida, sendo o restante
rapidamente excretado na urina como glifosato
inalterado.
- Eliminação fecal de 62-69% sem absorção e 14-29%
na urina.
- Não é esperado bioacumulação do glifosato tendo em
vista sua alta solubilidade em água e seu caráter
iônico.
• Derivados do ácido fenoxiacético: 2,4
diclorofenoxiacético (2,4 D) e 2,4,5 triclorofenoxiacético
(2,4,5 T).
OF e CB
• grupos químicos mais frequentemente utilizados dentre os
agrotóxicos.
• mecanismo de ação: fosforilação (OF) ou carbamilação (CB).
• OF: inibidores funcionalmente irreversíveis da AChE o tempo
necessário para liberar a enzima de inibição pode ser superior
ao tempo necessário para a síntese de uma nova enzima.
• CB: descarbamilação muito mais rápida a recuperação
substancial da enzima pode ocorrer num período curto de
tempo.
Inseticidas
Organofosforados
Carbamatos
Tipos:
• lisofosfolipase = esterase neurotóxica (NTE)
• acetilcolina hidrolase = acetilcolinesterase (AChE)
• acilcolina hidrolase = butirilcolinesterase (BChE)
Inseticidas
• Piretróides (cont)
• Neonicotinóide (cont.):
Tiaclopride: 2ª geração
Inseticidas
• Neonicotinóides (cont.):
Cefaléia
Náusea
Tontura
Vômito
Fraqueza
Dores e cólicas abdominais
Tremores musculares
Dispnéia
Hipotensão ou hipertensão
Bradicardia (frequência cardiaca <60bpm) ou (taquicardia-
>120bpm) e outros
Sudorese excessiva
Câimbras e formigamentos
Alergias (pele, olhos e aparelho respiratório)
HERBICIDAS
ACADEMIA NACIONAL DE CIÊNCIAS DOS EUA
Há evidências suficientes da
associação estatística entre
exposição a herbicidas e
sarcomas de tecidos moles,
Doença de Hodgkin´s,
linfomas não Hodgkin´s,
cloracne e porfiria tardia
Evidências sugestivas da associação entre exposição a
herbicida e cânceres respiratórios, de próstata e
mieloma múltiplo
Evidências inadequadas para demonstrar a associação
para muitos outros cânceres e desordens
Herbicidas
Dipiridílicos
Entre eles, o PARAQUAT é altamente tóxico se
ingerido.
Modo de Ação
Lesão inicial: irritação grave das mucosas.
Lesão tardia: após 7 a 14 dias começa a haver alterações proliferativas e irreversíveis no
epitélio pulmonar.
Seqüelas: insuficiência respiratória, renal e hepática.
Tratamento
Medidas gerais, sintomáticas e de suporte. Recomendado uso de Terra Fuller
inicialmente. Internar em Unidade de Terapia Intensiva.
Fonte: opas/OMS
INTOXICAÇÃO AGUDA POR
PARAQUAT
PIRETRÓIDES
Manifestações clínicas
Reações alérgicas:
urticária, rinite, bronquite.
Neurológicas:
hiperexcitabilidade, parestesias, convulsões.
PIRETRÓIDES Tratamento
Descontaminação GI
Antihistamínicos
Anticonvulsivantes:
Benzodiazepínicos
Vitamina E tópica : Parestesias
Organoclorados
Exemplo: DDT, BHC, Aldrin,Clordane...
Modo de Ação
ESTIMULANTE DO SIST. NERVOSO CENTRAL. Em altas doses são indutores das
enzimas microssômicas hepáticas. São armazenados no tecido adiposo, em
equilíbrio dinâmico com a absorção.
Tratamento
Além de descontaminação geral e tratamento de suporte, controle do quadro
convulsivo com Diazepan 0,3 mg / Kg e/ou Fenobarbital 15 mg / Kg IV.
Fonte: OPAS/OMS
Inibidores de Colinesterases
MECANISMO DE AÇÃO
Inibição da Colinesterase
ACÚMULO DE ACETILCOLINA
(Síndrome Colinérgica)
Respiratórias: broncorréia,
broncoespasmo, dispnéia,
insuficiência respiratória
Gastrintestinais: náuseas,
vômitos,diarréia
Cardiovascular: bradicardia,
hipotensão
Glândulas: sudorese,
sialorréia, lacrimejamento
Pupilas: miose
Inibidores de Colinesterase
MANIFESTAÇÕES NICOTÍNICAS
Músculo Estriado:
fasciculações, arreflexia,
paralisia.
Ganglio Simpático: hipertensão,
taquicardia, midríase.
MANIFESTAÇÕES DO S.N.C.
Cefaléia, tremores, agitação,
labilidade emocional, confusão,
ataxia, fraqueza, convulsões,
coma, depressão de centros
respiratório e cardiovascular.
Intoxicação por
Inibidores de Colinesterases
DIAGNÓSTICO
História de exposição
Laboratório : Atividade de
AchE.
Intoxicação por
Inibidores de Colinesterases
Sindrome Colinérgica
TRATAMENTO
SUPORTE
DESCONTAMINAÇÃO
ATROPINIZAÇÃO
Intoxicação por Inibidores de
Colinesterases
TRATAMENTO GERAL
Repouso absoluto
Assistência Respiratória: aspiração, oxigênio úmido sob
cateter ou máscara, entubação s/n
Controle de convulsões / ansiedade: Diazepan 5 a 10 mg EV
Controle de dados vitais: TA, FC, temperatura
Dieta zero enquanto utilizar o carvão ativado (máximo 72 h)
Correção de distúrbios hidro-eletrolíticos e ácido-base
CONTRA-INDICADO o uso de aminofilina, morfina e
digitálicos, pois podem precipitar arritmias graves.
Intoxicação por Inibidores de
Colinesterases
TRATAMENTO GERAL
DESCONTAMINAÇÃO DIGESTIVA
Lavagem Gástrica
Carvão Ativado: A 1ª logo após a lavagem gástrica e
as subsequentes de 4/4 horas até 12h.
Intoxicação por Inibidores de
Colinesterases
Tratamento específico - Atropina
Acidose
Broncoaspiração
Intoxicação Atropínica
Departamento de Nariño,
Colômbia
Intoxicacões por pesticidas
Costa Rica
SAIBA COMO AGIR...
Primeiros
Socorros
OBRIGADO!!!