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ADMINISTRAÇÃO

Profa. CAROLINE FERREIRA


E-MAIL: [email protected]
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8574362987310401
UNIDADE 5:
PLANEJAMENTO FINANCEIRO

AULA 6: Fluxo de Caixa e


Orçamento
OBJETIVO DA AULA 6

• Neste capítulo estudaremos as chamadas


“ferramentas financeiras”. As ferramentas
financeiras são essenciais para mantermos uma
empresa saudável, e entre as mais importantes
estão o orçamento e o fluxo de caixa.
FLUXO DE CAIXA
• Uma das ferramentas que todos os negócios (tanto
empresas quanto profissionais liberais) devem possuir é
o controle do seu Fluxo de Caixa.
• O objetivo dela é registrar todas as entradas (receitas /
ganhos) e saídas (gastos / perdas) da empresa durante
um determinado período.
• A utilização correta dessa ferramenta permite que os
administradores do negócio possam visualizar a
situação financeira da empresa com mais clareza e,
com base nos dados identificados, planejar e tomar
decisões com mais precisão.
FLUXO DE CAIXA
• Para Campos (2009), a grande utilidade dessa
ferramenta “é permitir a identificação (especialmente
prévia, mas também posterior) das sobras e faltas no
caixa, possibilitando ao profissional planejar melhor
suas ações futuras ou acompanhar o seu desempenho”.
EXEMPLO
• Vamos imaginar a loja de carros usados LOJA ALPHA LTDA. Quais
seriam algumas das possíveis entradas e saídas que ela teria durante
o mês? Principais operações no mês de março:
a) compra à vista de veículo usado para revenda. Valor: R$ 7.500,00.
b) venda a prazo (30 dias) de veículo usado. Valor: R$ 20.000,00.
c) gasto com propaganda em jornais (50% à vista e 50% em 30 dias).
Valor: R$ 3.000,00.
d) compra de veículo usado a prazo (30 e 60 dias) para revenda. Valor:
R$ 15.000,00.
e) compra à vista de veículo usado para revenda. Valor: R$ 13.000,00.
f) venda à vista de dois veículos. Valor: R$ 31.000,00.
g) compra à vista de veículo usado para revenda. Valor: R$ 11.000,00.
h) pagamento de salário aos funcionários: Valor: R$ 5.000,00.
EXEMPLO
i) pagamento de serviços de contador. Valor R$ 400,00.
j) venda (50% em 30 dias e 50% em 60 dias) de veículo. Valor: R$
10.000,00.
k) venda a prazo (30 dias) de veículo usado. Valor: R$ 9.000,00.
l) pagamento de pró-labore aos sócios. Valor: R$ 3.000,00.
m) venda (1/3 à vista, 1/3 em 30 dias e 1/3 em 60 dias) de veículo usado.
Valor: R$ 21.000,00.
n) compra de carro para revenda (25% à vista, 50% em 30 dias e 25%
em 60 dias). Valor: R$ 21.000,00.
o) saldo em caixa no início do mês: R$ 9.500,00.
p) saldo em caixa no fim do mês: R$ ?.???,??.
EXEMPLO
• Segundo nosso levantamento, a loja de carros usados
aumentou de R$ 9.500,00 para R$ 21.600,00 o seu saldo
financeiro durante o mês de março! Em outras palavras, a
loja teve um ganho de 12.100,00 reais durante o mês.
• No entanto, ao conferir o saldo de caixa no banco, o dono
do negócio viu que suas reservas haviam diminuído! Em
vez dos R$ 9.500,00 que possuía no início do mês, agora
ele tinha apenas R$ 850,00! Isso significa que ele
diminuiu suas reservas em 8.650,00 reais!
• Mas o que aconteceu com o resultado positivo que foi
registrado no Fluxo de Caixa? Os números estavam
errados? A calculadora não somou direito as vendas?
EXEMPLO
• Na verdade, o que ocorreu é que, durante a montagem do Fluxo de
Caixa, não foram considerados os prazos de recebimento e de
pagamento. Assim, existem receitas e despesas que, apesar de
concretizadas por meio de contratos ou acordos, ainda não foram
efetivadas (pagas ou recebidas). E isso é extremamente comum de
ocorrer na compra e venda e produtos ou serviços.
• Prestando um pouco mais atenção às operações de março na loja
de carros usados, verificamos que o item “b”, por exemplo,
representa a venda a prazo de um carro no valor de R$ 20.000,00.
O recebimento efetivo, no entanto, deverá ocorrer somente em abril,
pois essa venda foi negociada em março e possui um prazo de 30
dias para ser efetivada.
• Vamos elaborar um novo Fluxo de Caixa, agora respeitando as
datas de recebimento e pagamento.
A partir do exemplo, o que mais podemos perceber no
Fluxo de Caixa da loja?
1. Visualizar a movimentação financeira dos próximos meses. Os fatos
registrados em março já fornecem informações financeiras dos
meses de Abril e Maio, fazendo com que o empresário possa estimar
o que irá ocorrer com o caixa da empresa.
2. Apesar da perda de dinheiro em Março, o mês de Abril possui uma
previsão financeira muito boa, fazendo com que o saldo de caixa
salte de R$ 850,00 para R$ 22.350,00. E isso que o mês de abril
ainda nem começou!
3. Se tudo se mantiver ainda como está programado, Maio, por sua
vez, será um mês mais estável, em que o caixa irá passar de R$
22.350,00 para R$ 21.000,00, ou seja, irá sofrer uma pequena
queda. Mais uma vez é importante notar que os registros colocados
no Fluxo de Caixa não contemplam, ainda, as operações de Abril e
Maio.
FLUXO DE CAIXA
• Como devem ser consideradas as diferenças existentes
entre o que a empresa deveria receber/ pagar e o que
efetivamente ela recebe/paga?
• Para responder a essa pergunta foram criados os:
– Regime de Competência: registra as movimentações
de receitas e despesas nos períodos em que cada
uma delas deveria ocorrer.
– Regime de Caixa: registra essas receitas e despesas
no momento em que elas efetivamente ocorrem.
FLUXO DE CAIXA
• No Brasil, os sistemas de contabilidade e a maioria dos
impostos consideram o Regime de Competência.
• As organizações traçam metas anuais de vendas que
devem ocorrer dentro do ano independente de
receberem por essas vendas dentro do mesmo ano.
• Segundo Campos (2009), “um controle de fluxo de caixa
bem feito é uma grande ferramenta para lidar com
situações de alto custo de crédito, taxas de juros
elevadas, redução do faturamento e outros fantasmas
que rondam os empreendimentos”.
BENEFÍCIOS DO FLUXO DE CAIXA
(CAMPOS, 2009)
Avaliar se as vendas presentes serão suficientes para
cobrir os desembolsos futuros já identificados
Calcular os momentos ideais para reposição de estoque
ou materiais de consumo, considerando os prazos de
pagamento e as disponibilidades
Verificar a necessidade de realizar promoções e
liquidações, reduzir ou aumentar preços
BENEFÍCIOS
DO FLUXO Saber se é ou não possível conceder prazos de
pagamentos aos clientes
DE CAIXA
Saber se é ou não possível comprar à vista dos
fornecedores, para aproveitar alguma promoção
Ter certeza da necessidade ou não de obter um
empréstimo de capital de giro
Antecipar as decisões sobre como lidar com sobras ou
faltas de caixa
ORÇAMENTO
• Agora que você já sabe controlar o que entra e sai da
conta do seu negócio, é preciso começar a prever o
tamanho dessas movimentações e quando elas vão
ocorrer, ou seja, é preciso elaborar um orçamento.
BENEFÍCIOS DO ORÇAMENTO
Permite definir metas para o negócio e apontar os
responsáveis em cada uma dessas metas
Permite coordenar as atividades globais da empresa e
fazer com que as metas de cada setor contribuam para
atingir o objetivo geral
Possibilita priorizar os objetivos e as ações, já que é
possível visualizar qual a disponibilidade financeira que a
BENEFÍCIOS empresa deverá ter
DO
É uma maneira de controlar desempenhos e estudar um
ORÇAMENTO
cenário (situação) antes de tomar decisões na prática
Serve de estímulo e motivação àquelas pessoas ou
setores que participam da sua elaboração
(responsabilidade, importância e capacidade de
realização das pessoas)
Auxilia a definir critérios para alocar os recursos da
empresa e permite avaliar entre orçado x realizado.
ORÇAMENTO
• Como qualquer ferramenta de gestão, o orçamento
também tem seus limites. Ele é uma previsão e para
manter-se realista, o que foi orçado precisa ser revisto
periodicamente.
• A implantação de um hábito de realização e
acompanhamento é uma tarefa demorada e exige
esforços de todas as áreas e a maior participação
possível dos funcionários.
• Um dos problemas na hora de elaborar o orçamento é a
postura que as pessoas assumem para realizar suas
estimativas. Braga (1998) classifica em seis essas
posturas, as quais estão elencadas a seguir.
CLASSIFICAÇÃO DAS POSTURAS ASSUMIDAS NA
ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO (BRAGA 1998)
Postura daqueles que não acreditam na realização ou na
CETICISMO contribuição que o orçamento pode dar para o negócio
(ações dissociadas dos orçamentos)

Postura daqueles que não se esforçam para preparar o


COMODISMO orçamento e opta por fazer uma projeção conservadora,
reproduzindo dados do passado

Postura daqueles que, embora tenham boa vontade, são


DERROTISMO muito inseguros para preparar o orçamento
POSTURAS
PESSIMISMO Subestimam dados relativos à produção, vendas ou
receitas e exageram nas projeções de despesas, para
CONSCIENTE obter sempre um resultado real favorável

OTIMISMO Postura utópica assumida por aqueles que não preveem


INGÊNUO nenhum contratempo ou dificuldade na empresa

Postura ideal: são realistas e admitem as limitações e as


REALISMO dificuldades de uma previsão, porém são motivadas
MOTIVADO sabendo que quanto mais horas dedicarem à previsão,
mais acurado será o resultado obtido na prática
ORÇAMENTO X FLUXO DE CAIXA
• Um bom planejamento ajudará no gerenciamento tendo-
se como guia um bom orçamento.
• Uma planilha elaborada contemplando o que foi orçado
e o que foi realizado permite que o administrador
visualize alguns problemas que necessitam de
correção.
• Além disso, a diferença entre o previsto e o realizado
demonstra o conhecimento e a postura adotada pela
pessoa responsável pelo orçamento.
UNIDADE 5:
PLANEJAMENTO FINANCEIRO

AULA 7: DRE – O Resultado do


Negócio
OBJETIVO DA AULA 7

• Vendemos, vendemos e vendemos. Mas como


saber se as vendas têm sido suficientes para dar
um resultado positivo para a empresa? Vamos,
agora, tratar da ferramenta financeira que revela
essa informação: a Demonstração do Resultado
do Exercício.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
- DRE
• Um dos objetivos de todas as organizações é mostrar para
seus sócios/acionistas que é rentável.
• Mas como verificar se o negócio está realmente alcançando
bons resultados?
• A ferramenta gerencial mais focada em responder essa
pergunta é uma demonstração financeira chamada
“Demonstração do Resultado do Exercício” (DRE). A DRE é
um resumo das receitas e despesas efetuadas na empresa
durante um período.
• O período de observação costuma ser anual, embora uma
DRE parcial possa ser elaborada mensalmente, a critério da
organização.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
- DRE
• A DRE utiliza o Regime de Competência durante a sua
elaboração.
• A análise das informações da DRE parte do total de
receitas da empresa. A partir deste número são feitas
deduções, de acordo com diversas categorias de
despesas. Entres as deduções pode-se acrescentar
algumas receitas, que não são provenientes das vendas
propriamente ditas, mas de outras operações realizadas
pela organização.
• O resultado final observado no documento é a apuração
do Lucro ou do Prejuízo do período.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
- DRE
• Braga (1998) sintetiza o funcionamento da DRE
afirmando que “nessa demonstração é evidenciada a
formação do lucro ou prejuízo do exercício social
mediante a confrontação das receitas realizadas e das
despesas incorridas”.
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
ITEM EXPLICAÇÃO
RECEITA BRUTA Total da Vendas
(-) Deduções Impostos, devoluções, etc.
= RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo do Período Gastos Referentes à produção e à
comercialização ou aos serviços prestados
= LUCRO BRUTO
(-) Despesas São gastos necessários para que a atividade
seja desenvolvida (administrativas, vendas,
financeiras, etc.)
= LUCRO OPERACIONAL
(+/-) Receita/Despesa não operacional Não proveniente das operações
= LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Imposto de Renda
= LUCRO LÍQUIDO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO - DRE
• Os dados da DRE servem para que o gestor da
empresa possa acompanhar o andamento das
operações, identificando os principais pontos em que a
empresa está com dificuldades, bem como para
acompanhar a evolução da empresa.
• Como donos de um negócio, a sua preocupação
fundamental não é saber elaborar uma Demonstração
dos Resultados do Exercício. O importante é que você
saiba identificar o que cada um dos campos contidos
nela representa e, assim, possa refletir para tomar as
melhores decisões para o seu negócio.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO - DRE
• Além da DRE, existe também uma demonstração muito
importante chamada Balanço Patrimonial, que
representa os saldos de todas as contas que integram o
patrimônio da empresa em determinada data, tais como
dinheiro em banco, valor das mercadorias estocadas,
valor dos imóveis, saldo das dívidas que a empresa tem
para receber e também deve pagar, etc.
• No entanto, neste momento vamos focar apenas na
DRE, pois ela é mais importante para identificarmos se
o negócio está dando lucros ou prejuízos para os
donos, sócios ou acionistas.
INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA UNIDADE

• No próximo capítulo, vamos avançar sobre alguns


tópicos avançados da administração de negócios,
principalmente voltados para a área de Informática e
Internet. Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
• PEREIRA, Daniel Augustin. Administração de Negócios. Florianópolis, IF/SC: 2010.
• BERNARDES, Cyro e MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Teoria geral da
administração: gerenciando organizações. 3ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2004.
• BRUNI, A. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2008.
• CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso das
organizações. 2ª ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
• _________. Introdução à teoria geral da administração. 7ª ed. rev. e atualizada. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2003.
• _________; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier,
2003.
• KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
• MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. Edição compactada.
2ª ed. – São Paulo: Atlas, 2011.
• _________. Teoria geral da administração: da escola científica e competitividade. São
Paulo: Atlas, 2004.
• MORAES, Anna Maria Pereira de. Iniciação ao estudo da administração. 2ª ed. –São
Paulo: Makron Books, 2001.

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