Aula Metodologia 1

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Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais – CECEN


Curso de Química Licenciatura

Concepção atual do Ensino de Ciências/Química

“A vida deve ser uma


constante educação”.
Gustave Flaubert

São Luís
2023 1
É Importante Estudar Ciências/Química?
1) Devido a sua relevância social, bem como compreensão
de como a natureza se comporta e a vida se processa;

2) Necessidade de buscar informações, fazer


observações e interpretações de forma significativa, com
o intuito as transformações do mundo e a nós mesmos;

3) Para entender como as mudanças estão se processando


e como se posicionar na resolução dos novos desafios;

4) Devido ao estabelecimento da efetiva relação aluno-


professor-conhecimento, com o intuito de superar a
“educação bancária”. 2
É Importante Estudar Ciências/Química?

5) O aluno deve envolver-se de maneira comprometida e


responsável com o significar de suas práticas nos
ambientes natural e social;

6) Para compreender o universo, o espaço, o tempo, a


matéria e suas transformações e o ser humano, mas para
isso é preciso de Letramento Científico, com o intuito de
formarmos cidadãos críticos, reflexivos, participativos e
conscientes de seus atos na sociedade e na natureza.

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É Importante Estudar Ciências/Química?
“Conhecimento é
poder”.
Francis Bacon.

“Conhecimento exige
[...] uma ação
transformadora”.
Paulo Freire. 4
Como tudo começou?

Na segunda metade do século XIX, Rui


Barbosa protagonizou a modernização do
Ensino no Brasil, propondo um sistema
Nacional gratuito, obrigatório e laico do
jardim de infância até à Universidade.

Em 1878, Rui Barbosa escreveu que o princípio vital da


organização do sistema educacional seria a introdução do
Ensino de Ciências, desde o jardim de infância até à
Universidade.

Entretanto, o Ensino de Ciências/Química só se tornou


obrigatório muito tempo depois, como veremos mais a
frente. 5
O que veio depois do começo?
Em 1931, Francisco Campos propôs uma reforma
educacional em que o Ensino de Ciências/Química começou
a ser ministrado no secundário.

Segundo documentos da época, o ensino de


Ciências/Química tinha por objetivos dotar o aluno de
conhecimentos específicos, despertar-lhe o interesse
pela ciência e mostrar a relação desses conhecimentos
com o cotidiano.

No entanto, essa visão do científico relacionado ao


cotidiano foi perdendo força ao longo dos tempos e, com
a Lei 5.692/71, pela qual criou-se o ensino médio
profissionalizante, foi imposto ao ensino de Química um
caráter exclusivamente técnico-científico.
6
O que veio depois do começo?

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O que veio depois do começo?
Em 1932, O movimento Escola Nova, que serviu de base
para a Lei 4024/61, propôs o documento “A reconstrução
educacional no Brasil: ao povo e ao governo”; Em que
propunha a utilização de metodologias mais ativas, como
atividades práticas a partir do método científico.

Na década de 40 criou-se o
Instituto Brasileiro de Educação,
Ciência e Cultura (IBECC), com
intuito promover uma experiência
inovadora em termos de divulgação
científica e do ensino de ciências.

Na década seguinte o Ensino de Ciências foi crescendo


em importância em todos os níveis educacionais, devido a
C&T relacionarem-se ao desenvolvimento do país.
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O que veio depois do começo?
Só foi em 1961 que o Ensino de Ciências/Química passou
a ser obrigatório em todas as séries do ginásio, com o
objetivo de formar alunos com pensamento lógico e
crítico.
Apesar disso, a formação
inicial de professores só
começou a ser discutida em
1970 com o “modelo de
curta duração”. Mas o que
esperar disso?

Em 1963 foram criados os Centros de Treinamento para


Professores de Ciências, estes responsáveis por traduzir
os projetos dos USA e da Inglaterra (Educação por
importação). 9
O que veio depois do começo?
Em 1967 criou-se a Fundação Brasileira para o
Desenvolvimento do Ensino de Ciências (FUNBEC), para
produzir kit’s de laboratório (São Paulo, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais).

Mas foi a partir de 1971


que o Ensino de Química
passou a ser obrigatório,
mas em sob uma lógica
tecnicista.

Nessa época a resolução de problemas baseava-se em


etapas bem demarcadas, com os alunos pensando e
agindo cientificamente (observa-descreve-explica), com o
objetivo de promover a iniciação científica.
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O que veio depois do começo?
Foi em 1974, na UNICAMP, que surgiu o 1° Mestrado
em Ensino de Ciências e Matemática.

A partir dos anos 80, no Brasil, foi marcado pelas


teorias construtivistas, as pesquisas mostraram que a
experimentação sem uma atividade investigativa não
garantia aprendizagem significativa.

A formação cidadã como prática social foi aflorada com


o surgimento do movimento CTS, este como uma resposta
à pedagogia tradicional.

No entanto, os professores apesar de entusiasmados não


tinham segurança. Por quê? E o interesse dos alunos?11
O que veio depois do começo?
Objetivos da CTS => tomada de decisão; aprendizado
colaborativo/cooperativo; exercício da cidadania;
flexibilidade cognitiva; capacidade de resolver problemas
concretos de interesse social.

Nesse período, também, incorporou-se as ideias de


Ausubel (aprendizagem significativa) e Vygotsky (teoria
sociocultural).
Começou-se a entender a
necessidade de conhecer as
ideias prévias dos alunos, pois
já se entendia que os alunos não
seriam folhas de papel em
branco, ou tábula rasas. Por
que isso é importante? 12
O que veio depois do começo?
A partir de 1990 a Universidade começou a ser criticada
duramente pela formação inicial que oferecia e pela falta
de compromisso com a escola pública. E qual foi a
resposta da Universidade?

Com a constatação de inúmeros problemas na formação


de professores refletidos na aprendizagem dos alunos,
foi promulgada a Lei 9394/96, que tornou obrigatório a
licenciatura plena para atuação na Educação Básica.

No final da década de 90
surgiram as DCNEB, como
norma, e os PCN e os PCNEM,
estes como norte. Contudo, a
aceitação não foi unânime. 13
O que veio depois do começo?
Ainda na década de 90 surgiram trabalhos com sérias
objeções ao construtivismo. Eis que surge o pluralismo
metodológico, apoiado nos estudos Paul Feyerabend.
Afinal, não existe método didático único para atender a
todas as situações de sala de aula.

Constatou-se que os estudantes estão poucos inclinados a


mudanças/evoluções conceituais, a maioria mantém as
concepções alternativas a despeito de todo ensino
científico recebido/construído.

Além disso, também, constatou-se que os professores


não têm condições de conhecer as concepções
espontâneas de todos os alunos em sala de aula.
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O que veio depois do começo?
O que revelou o resultado do Programa Internacional de
Avaliação de Alunos (PISA)?

Justificativas => foco na memorização de conteúdos (duros);


aulas exclusivamente expositivas; falta de laboratórios nas
escolas; preparação deficiente dos professores.

Os documentos oficiais ajudam na solução deste problema?


Sim! E quais são esses documentos? DCN; BNCC; DCTM. 15
O que veio depois do começo?
Neste contexto o professor deve pesquisar sua prática
pedagógica em sala de aula. Parafraseando Paulo Freire é
pensando a prática de hoje e de ontem que se pode
melhorar a próxima prática.

Soluções?

Abordagem temática; Experimentação investigativa;


NTIC; Contextualização; Interdisciplinaridade;
Ludicidade; Formação inicial e continuada; Pluralismo
metodológico; Alfabetização/Letramento em Ciência e
Tecnologia; Metodologias ativas; e etc.

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E atualmente?
Existe a necessidade de mudança no ensino
contemporâneo? Sim!

Parece unânime entre os educadores a consciência de que


o ensino exclusivamente informativo, centrado no
professor, representado pela aula expositiva, ou por meio
de textos ou figuras está fadado ao fracasso,
estabelecendo-se um clima de apatia e desinteresse,
impedindo a interação necessária ao verdadeiro
aprendizado.

Assim é importante durante a prática de ensino inserir


diferentes metodologias de ensino, dando oportunidade
aos diferentes alunos.
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E atualmente?
Assim, a escola deve ser entendida como o espaço do
confronto e diálogo entre os conhecimentos
sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular.

As metodologias ativas servem para ativação das funções


mentais de pensar, raciocinar, observar, refletir e
entender. Neste ambiente, o professor também tem que
se manter em posição ativa, recorrendo a estudos,
selecionando informações, explicando de formas
diferenciadas, fazendo analogias, escolhendo
terminologias adequadas.

A seguir são apresentados exemplos de metodologias


ativas no Ensino de Ciências/Química.
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E atualmente?
1) Estudos de caso: é uma forma de abordagem que
procura investigar, caracteriza-se por descrever um
evento ou um determinado caso. O caso consiste no
estudo de uma forma aprofundada de um determinado
tema ou conteúdo de estudo.

2) Aulas Experimentais: a experimentação pode ser um


processo, uma estratégia para aquilo que se deseja
aprender ou formar e não o objetivo final. A
experimentação melhora a capacidade de aprendizado,
pois funciona como uma forma de envolver o aluno nos
temas que está em estudo.
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E atualmente?
3) Trabalhos em grupos: os trabalhos realizados em
grupos são muito importante pois possibilitam a
aprendizagem colaborativa e significativa, pois leva a
troca de saberes e a construção de novos.

4) Produção de desenhos: uma metodologia que a imagem


além de representar um conceito ou uma ideia tem uma
grande eficácia para a ajudar na compreensão e
ampliação dos conhecimentos nas aulas de Ciências.

5) Produção de modelos: tem como principal proposta


estabelecer a relação teoria-prática, visto que estes
podem oferecer uma forma de conceber o realismo
científico e facilitar a compreensão do conteúdo de
Ciências. 20
E atualmente?
6) Ensino de Ciências por investigação: eficaz no processo de
ensino e aprendizagem, com uma fundamentação psicológica e
pedagógica que oportuniza exercitar diferentes habilidades
como: cooperação, concentração, organização, manipulação de
equipamentos, observação de fenômenos e argumentação.

7) Aulas de campo: auxilia a estimulação e motivação visto a


oportunidade do aluno entrar em contato com o tema em
estudo. 21
E atualmente?
8) Abordagem temática: dentro das ações desenvolvidas
para a elaboração dessa proposta temos como objetivo
fazer o levantamento das compreensões dos alunos a
respeito dos assuntos por meio do questionamento.

9) Aprendizagem baseada em problemas ou projetos: na


proposta o ensino e a aprendizagem originam a partir de
problemas. Na metodologia, os problemas são extraídos
da realidade vivenciada pelos alunos.

A aprendizagem baseada em problemas – é a mais usada,


visto que esta problematiza algum aspecto da realidade,
cria situações para estimular o aluno a buscar saídas
para minimizar os problemas existentes na realidade.
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E atualmente?
10) Ensino Híbrido: combina o uso da tecnologia digital
com as interações presenciais, visando à personalização
do ensino, é um modelo possível para facilitar a
combinação do ensino online com o ensino presencial.

11) Sala de aula invertida: considerada a grande


inovação no processo de aprendizagem. Como o próprio
nome sugere, é o método de ensino pelo qual a lógica da
organização da sala de aula é invertida por completo.

As metodologias ativas são compatíveis com os


pressupostos de Paulo Freire? Sim!
Segundo Freire, a educação deveria ir muito além da
repetição, constituindo-se em um instrumento de
libertação, de superação das condições sociais vigentes.
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Existem problemas?

24
Existem problemas?

25
Existem soluções?

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Um pouco de Química? Sim!

Cuidado com as observações

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O leite e o sangue são misturas homogêneas (soluções)?

Leite (esquerda) e sangue (direita) vistos de um microscópio.


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Cuidado com as interpretações

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Cuidado com as representações

Modelo animista Modelo substancialista

Modelo atômico-molecular 32

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