Psicologia
Psicologia
Psicologia
Etimologia
3 HISTRIA
Os processos mentais so a maneira como a mente
humana funciona - pensar, planejar, tirar concluses, fantasiar e sonhar. O comportamento humano
no pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, j que eles so a sua
base.
des complexas e da personalidade, considera esses fenmenos como produto da histria social (compartilhando,
de certo modo com a proposio da Vlkerpsychologie de
Wundt (ver mais abaixo Histria da Psicologia) e com
as proposies de estudo simultneo dos processos neurosiolgicos e das determinaes histrico-culturais, realizadas de modo independente por seu contemporneo
Vigotsky).[8]
3 Histria
Wilhelm Wundt (sentado) e seu grupo no seu laboratrio psicolgico, o primeiro desse tipo. Wundt creditado pela criao da
psicologia como um campo de investigao cientca independente da losoa e biologia.
A psicologia possui um longo passado, mas uma histria curta.[9] Com essa frase descreveu Hermann Ebbinghaus, um dos primeiros psiclogos experimentais, a
situao da psicologia - tanto em 1908, quando ele a escreveu, como hoje: desde a Antiguidade pensadores, lsofos e telogos de vrias regies e culturas dedicaram-se
a questes relativas natureza humana - a percepo, a
conscincia, a loucura. Apesar de teorias psicolgicas
fazerem parte de muitas tradies orientais, a psicologia
enquanto cincia tem suas primeiras razes nos lsofos
Para o psiclogo sovitico A. R. Luria, um dos funda- gregos, mas s se separou da losoa no nal do sculo
dores da neuropsicologia, a psicologia do homem deve XIX.
ocupar-se da anlise das formas complexas de representa- O primeiro laboratrio psicolgico foi fundado pelo
o da realidade, que se constituram ao longo da histria silogo alemo Wilhelm Wundt em 1879 tendo publida sociedade e so realizadas pelo crebro humano, in- cado seu livro Principles of Physiological Psychology
cluindo as formas subjetivas da atividade consciente sem em Leipzig, na Alemanha. Seu interesse se havia transsubstitu-las pelos estudo dos processos siolgicos que ferido do funcionamento do corpo humano para os prolhes servem de base nem limitar-se a sua descrio exte- cessos mais elementares de percepo e a velocidade dos
rior.
processos mentais mais simples. O seu laboratrio forSegundo esse autor, alm de estabelecer as leis da sensao e percepo humana, regulao dos processos de
ateno, memorizao (tarefa iniciada por Wundt), na
anlise do pensamento lgico, formao das necessida-
3.1
Perspectivas histricas
Estruturalismo
3
as emoes, a vontade, os valores, as experincias religiosas e msticas - enm, tudo o que faz cada ser humano
nico. As ideias de James foram desenvolvidas por John
Dewey, que dedicou-se sobretudo ao trabalho prtico na
educao[7] .
3.1.3 Gestalt, ou psicologia da forma
Uma importante reao ao funcionalismo e ao comportamentalismo nascente (ver abaixo) foi a psicologia da gestalt ou da forma, representada por Max Wertheimer, Kurt
Koka e Wolfgang Khler. Principalmente dedicada ao
estudo dos processos de percepo, essa corrente da psicologia defende que os fenmenos psquicos s podem
ser compreendidos, se forem vistos como um todo e no
atravs da diviso em simples elementos perceptuais. A
palavra gestalt signica forma, formato, congurao ou ainda todo, cerne. O gestaltismo assume assim o lema: O todo mais que a soma das suas partes[7] .
Distinta da psicologia da gestalt, escola de pesquisa de signicado basicamente histrico fora da psicologia da percepo, a gestalt-terapia, fundada por Frederic S. Perls
(Fritz Perls).
3.1.4 O legado dos primrdios
3.1.2
Funcionalismo
William James concordava com Titchener quanto ao objeto da psicologia - os processos conscientes. Para ele,
no entanto, o estudo desses processos no se limitava a
uma descrio de elementos, contedos e estruturas. A
mente consciente , para ele, um constante uxo, uma
caracterstica da mente em constante interao com o
meio ambiente. Por isso sua ateno estava mais voltada para a funo dos processos mentais conscientes.
Na psicologia, a seu entender, deveria haver espao para
A pesquisa de Massimi (1990)[10] evidencia que os conhecimentos psicolgicos foram sendo elaborados ao
longo do tempo em vrias culturas e que este objeto de estudo se denomina Histria das ideias psicolgicas. Numa
anlise sobre o perodo colonial brasileiro, esta autora
pontua que temas relevantes no que diz respeito a conhecimentos e prticas psicolgicas foram produzidos.
conveniente evidenciar tambm que durante o sculo
XIX, principalmente no nal deste, a psicologia esteve
presente em vrias partes do Brasil, vinculadas a outras
reas de conhecimento. Havia uma preocupao com
os fenmenos psicolgicos no interior da Medicina e da
3 HISTRIA
Educao. Para Antunes (2004)[11] , este processo vai Psicologia mdica O processo sade-doena merece
aos poucos contribuindo com o reconhecimento da Psi- uma ateno especial e pode ser compreendido de dicologia como rea especca de saber.
ferentes formas alm do direcionado ao tratamento do
distrbio mental propriamente dito. Inicialmente abordado pela psicopatologia, advinda da distino progressiva do objeto da neurologia e psiquiatria, e consolidao
3.2 Perspectivas atuais
destas como especialidades mdicas, a percepo da importncia dos fatores emocionais no adoecimento e recuSegue uma descrio sucinta das principais correntes de perao da sade j estavam presentes na medicina hipensamento que inuenciam a moderna psicologia. Para pocrtica e na homeopatia, contudo foi somente em memais informaes, ver os artigos principais indicados e ados do sculo XX que surgiram aplicaes da psicoloainda psicoterapia.
gia nas intervenes clnicas atualmente denominadas por
medicina psicossomtica, psicologia mdica, psicologia
hospitalar e psicologia da sade.[12]
3.2.1 A perspectiva biolgica
3.2.2 A perspectiva psicodinmica
Segundo a perspectiva psicodinmica, o comportamento
movido e motivado por uma srie de foras internas,
que buscam dissolver a tenso existente entre os instintos, as pulses e as necessidades internas de um lado e
as exigncias sociais de outro. O objetivo do comportamento assim a diminuio dessa tenso interna.
O caduceu de Asclpio apenas uma cobra enrolada em um basto. O erro cometido acima bastante comum todavia, j que
por ignorncia, algumas entidades ligadas a medicina acabam
utilizando o smbolo do Caduceu, o basto do deus Hermes, smbolo visto em reas voltadas ao comrcio e a comunicao. Enquanto smbolo da psicologia mdica usado juntamente com o
emblema da psicologia, a letra grega psi =
A perspectiva psicodinmica teve sua origem nos trabalhos do mdico vienense Sigmund Freud (1856-1939)
com pacientes psiquitricos, mas ele acreditava serem
esses princpios vlidos tambm para o comportamento
normal. O modelo freudiano notoriamente reconhecido por enfatizar que a natureza humana no sempre
racional e que as aes podem ser motivadas por fatores no acessveis conscincia. Alm disso, Freud dava
muita importncia infncia, como uma fase importantssima na formao da personalidade. A teoria original
de Freud, que foi posteriormente ampliada por vrios autores mais recentes e inuenciou fortemente muitas reas
da psicologia, tem sua origem no em experimentos cientcos, mas na capacidade de observao de um homem
criativo, inamado pela ideia de descobrir os mistrios
mais profundos do ser humano[7] .
3.2.3 A perspectiva analtica
Em reao perspectiva psicodinmica, Carl Gustav
Jung comeou a desenvolver um sistema terico que
chamou, originalmente, de "Psicologia dos Complexos",
mais tarde chamando-o de Psicologia Analtica, como
resultado direto de seu contato prtico com seus pacientes. Utilizando-se do conceito de complexos e do
estudo dos sonhos e de desenhos, esta corrente se dedica a entender profundamente aos meios pelos quais se
expressa o inconsciente. Nessa teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo
composto fundamentalmente de uma tendncia para
sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, smbolos
que constelam sentimentos profundos de apelo universal,
os arqutipos: da mesma forma que animais e homens
3.2
Perspectivas atuais
5 CRTICA
dade de observao e com o conhecimento adquirido por antropologia, sociologia, etnologia, histria,
outras disciplinas como a antropologia e a arqueologia[7] . arqueologia, losoa, metafsica, lingustica
informtica, teologia e muitas outras ligadas aos fatores socioculturais.
3.2.8 A perspectiva sociocultural
No trabalho prtico a necessidade de interdisciplinariJ em 1927 o antroplogo Bronislaw Malinowski criti- dade no menor. O psiclogo, de acordo com a rea de
cava a psicologia - na poca a psicanlise de Freud - por trabalho, trabalha sempre em equipes com os mais difeser centrada na cultura ocidental. Essa preocupao de rentes grupos prossionais: assistentes sociais e terapeuexpandir sua compreenso do homem alm dos horizon- tas ocupacionais; funcionrios do sistema jurdico; mtes de uma determinada cultura o cerne da perspectiva dicos, enfermeiros e outros agentes de sade; pedagogos;
sociocultural. A pergunta central aqui : em que se asse- sioterapeutas, fonoaudilogos e muitos outros - e muitas
melham pessoas de diferentes culturas quanto ao compor- vezes as diferentes reas trazem tona novos aspectos a
tamento e aos processos mentais, em que se diferenciam? serem considerados. Um importante exemplo desse traSo vlidos os conhecimentos psicolgicos em outras cul- balho interdisciplinar so os comits de Biotica, formaturas? Essa perspectiva tambm leva a psicologia a ob- dos por diferentes prossionais - psiclogos, mdicos, enservar diferenas entre subculturas de uma mesma rea fermeiros, advogados, sioterapeutas, fsicos, telogos,
cultural e sublinha a importncia da cultura na formao pedagogos, farmacuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade onde o comit est
da personalidade[7] .
inserido, e que tm por funo decidir aspectos importantes sobre pesquisa e tratamento mdico, psicolgico,
entre outros.
A perspectiva biopsicossocial e a
multidisciplinaridade
5 Crtica
5.1 O status cientco
A psicologia frequentemente criticada pelo seu carter confuso ou impalpvel. O lsofo Thomas Kuhn
armou em 1962 que a psicologia em geral estava em um
estgio pr-paradigmtico por lhe faltar uma teoria de
base unanimemente aceita, como o caso em outras cincias mais maduras como a fsica e a qumica.
Por grande parte da pesquisa psicolgica ser baseada em
entrevistas e questionrios e seus resultados terem assim
um carter correlativo que no permite explicaes causais, alguns crticos a acusam de no ser cientca. Alm
disso muitos dos fenmenos estudados pela psicologia,
como personalidade, pensamento e emoo, no podem
ser medidos diretamente e devem ser estudados com o
auxlio de relatrios subjetivos, o que pode ser problemtico de um ponto de vista metodolgico.
Erros e abusos de testes estatsticos foram sobretudo
apontados em trabalhos de psiclogos sem um conhecimento aprofundado em psicologia experimental e em
estatstica. Muitos psiclogos confundem signicncia
estatstica (ou seja, uma probabilidade maior do que 95%
de o resultado obtido no ser fruto do acaso, mas corresponder realidade emprica) com importncia prtica.
No entanto a obteno de signicados estatisticamente
signicante mas na prtica irrelevantes um fenmeno
comum em estudos envolvendo um grande nmero de
pessoas.[14] Em resposta muitos pesquisadores comearam a fazer uso do tamanho do efeito estatstico (eect
size) como massa de medida da relevncia prtica.
Para ser capaz de ver o homem sob tantos e to distintos aspectos a psicologia se v na necessidade de complementar seu conhecimento com o saber de outras cincias e reas do conhecimento. Assim, na parte da
pesquisa terica, a psicologia se encontra (ou deveria
se encontrar) em constante contato com a siologia, a
biologia, a etologia(cincia dos costumes), a neurologia
e s neurocincias (ligadas aos fatores biolgicos) e Muitas vezes os debates crticos ocorrem dentro da pr-
7
pria psicologia, por exemplo entre os psiclogos experimentais e os psicoterapeutas. Desde h alguns anos
tem aumentado a discusso a respeito do funcionamento
de determinadas tcnicas psicoteraputicas e da importncia de tais tcnicas serem avaliadas com mtodos objetivos.[15] Algumas tcnicas psicoteraputicas so
acusadas de se basearem em teorias sem fundamento emprico. Por outro lado muito tem sido investido nos ltimos anos na avaliao das tcnicas psicoteraputicas e
muitas pesquisas, apesar de tambm elas terem alguns
problemas metodolgicos, mostram que as psicoterapias
das escolas psicolgicas tradicionais (mainstream), isto ,
das escolas mencionadas mais acima neste artigo, so efetivas no tratamento dos transtornos psquicos. Hoje, h
pessoas que defendam que a Psicologia virou algo mais
voltado para a opinio pblica do que para uma rea de
pesquisa.[16]
Planto psicolgico
Psicodiagnstico
Psicofarmacologia
Psicologia cognitiva
Psicologia comunitria
Psicologia do consumidor
Psicologia dos desastres
Psicologia do desenvolvimento
Psicologia educacional
Psicologia escolar
Psicologia do desporto
Psicologia da famlia
Psicologia hospitalar
5.2
Psicologia Infantil
Psicologia jurdica
Psicologia e direitos humanos
Psicologia mdica
Psicologia militar
Psicologia da mulher
Psicologia organizacional
Psicologia comportamental
Psicologia da reabilitao
Psicologia da religio
Psicologia da sade
Psicologia social
Psicologia do trabalho
Psicologia do trnsito
Psicoterapia
7 Ver tambm
6
Especializaes
Criminologia
Aconselhamento psicolgico
Etologia
Adices
Experincia de Milgram
Arteterapia
Leitura Fria
Engenharia psicolgica
Hipnose psicolgica
Memtica
Neuropsicologia
Pedagogia
Pedagogia Teraputica
Princpio de Premak
10
Psicodrama / Musicoterapia / Arteterapia
Psicopedagogia
Psique
Teoria da personalidade
Vitimologia
Notas
[1] Apesar da forte associao com a psicanlise e outras formas de psicologia profunda, outras escolas de pensamento
tambm estudam o inconsciente, como os behavoristas
que consideram-no como condicionamento clssico e
condicionamento operante, enquanto os cognitivistas estudam conceitos como memria implcita, automaticidade
e mensagem subliminares.
[11] [ANTUNES, M.A.M.(1991). O processo de autonomizao da Psicologia no Brasil - 1890/1930: uma contribuio aos estudos em Histria da Psicologia. So Paulo.
Tese de doutorado. Puc/SP]
[12] Gorayeb, Ricardo; Guerrelhas, Fabiana. Sistematizao da prtica psicolgica em ambientes mdicos. Rev.
bras.ter. comport. cogn. v.5 n.1 So Paulo jun. 2003
Disponvel em pdf. Dez. 2010
Psiquiatria
BIBLIOGRAFIA
Referncias
10 Bibliograa
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Mnchen: Pearson. ISBN 3-8273-7056-6; Original: (2002). Psychology and Life. Boston: Allyn
and Bacon.)
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Ligaes externas
10
12
12.1
Texto
Psicologia Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia?oldid=43973423 Contribuidores: JoaoMiranda, Sistema428, Robbot, Luis Dantas, Hashar, Manuel Anastcio, Joaotg, LeonardoG, Mario.for, Philipi, Gauss, Rui Silva, Luisfca, Crucius, Xfze, E2mb0t, PsicoPedro,
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