Alimentos Funcionais Na Prática Clínica
Alimentos Funcionais Na Prática Clínica
Alimentos Funcionais Na Prática Clínica
Alimentos Funcionais
na Prtica Clnica
Professora Viviane Ferreira Zanirati
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Alimentos Funcionais na Prtica Clnica
Introduo 3
Desenvolvimento 4
Contextualizao e histrico no Brasil e no mundo 4
Legislao brasileira sobre alimentos funcionais 5
Alegaes aprovadas pela ANVISA 6
Alimentos funcionais naturais 7
SUMRIO Flavonoides 8
Atualidades cientficas 16
Perspectiva da utilizao do ecossistema marinho no desenvolvimento de alimentos
funcionais 16
Adio de prebiticos e probiticos em alimentos funcionais especficos para crianas
e idosos 17
Concluso 17
Referncias bibliogrficas 17
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Fonte: http://www.paopinheirense.com.br/blog
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Esses regulamentos incluem diretrizes bsicas doena ou condio relacionada sade (BRASIL,
para avaliao de risco de novos alimentos e 1999c).
para comprovao de alegao de propriedade
funcional e/ou de sade em rotulagem de alimentos No so permitidas alegaes que faam referncia
(BRASIL,1999b; COSTA; ROSA, 2010). cura ou preveno de doenas. O alimento ou
ingrediente que se alega ter propriedades funcionais
Com a mudana no enfoque de anlise dos e/ou de sade deve, alm das funes bsicas,
alimentos, que passou a considerar o critrio de quando se trata de nutriente, produzir efeitos
risco, a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria metablicos e/ou fisiolgicos e/ou benficos sade,
(ANVISA) decidiu constituir, em 1999, a Comisso devendo ser seguro para o consumo sem superviso
Tcnico-Cientfica de Assessoramento em Alimentos mdica. Para apresentarem alegaes de propriedade
Funcionais e Novos Alimentos (CTCAF), constituda funcional e/ou de sade, tanto os alimentos como as
por professores e pesquisadores de notrio saber substncias bioativas e os probiticos isolados devem
de universidades e instituies de pesquisa, com ser, obrigatoriamente, registrados junto ao rgo
a funo de subsidiar a Diretoria de Alimentos e competente. O contedo da propaganda desses
Toxicologia nas decises relacionadas com esse produtos no pode ser diferente, em seu significado,
tema. O desenvolvimento do trabalho dessa daquele aprovado para a rotulagem. As alegaes
Comisso proporcionou a realizao de eventos devem, ainda, estar em consonncia com as diretrizes
e produo de informes tcnicos e resolues. A das polticas pblicas de sade Poltica Nacional
denominao da CTCAF foi alterada para Comisso de Alimentao e Nutrio PNAN, que apresenta
de Assessoramento Tecnocientfico em Alimentos interface com a Poltica Nacional de promoo da
com Alegao de Propriedade Funcional e/ou de Sade PNPS alimentos (BRASIL,1999b; COSTA;
Sade e Novos Alimentos (STRINGHETA et al, 2007; ROSA, 2010).
COSTA; ROSA, 2010).
Aps ampla discusso, em 1999, a ANVISA
aprovou regulamentaes que tratam de diretrizes
Legislao brasileira sobre alimentos bsicas:
funcionais
- Resoluo n 16/99: procedimentos para registro
A legislao brasileira no define alimento de alimentos e/ou novos ingredientes (BRASIL,
funcional. Define alegaes de propriedade funcional 1999d).
e alegaes de propriedades de sade, estabelece as
diretrizes para sua utilizao, bem como as condies - Resoluo n 17/99: avaliao e risco e segurana
de registro (STRINGHETA et al, 2007; COSTA; ROSA, dos alimentos (BRASIL, 1999a).
2010).
- Resoluo n 18/99: diretrizes bsicas para
Assim, alegao de propriedade funcional anlise e comprovao de alegao de propriedade
considerada aquela relativa ao papel metablico ou funcional e/ou de sade alegadas em rotulagem de
fisiolgico que o nutriente ou no nutriente tem no alimentos (BRASIL, 1999b).
crescimento, desenvolvimento, manuteno e outras
funes normais do organismo humano (BRASIL, - Resoluo n 19/99: procedimentos para registro
1999c). Enquanto alegao de propriedade de sade de alimento com alegao de propriedades funcionais
aquela que afirma, sugere ou implica a existncia e/ou de sade em sua rotulagem (BRASIL, 1999c).
de relao entre o alimento ou ingrediente com
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Alm disso, o alho tambm apresenta na sua A American Dietetic Association (ADA) indica o
constituio flavonoides, pectinas, saponinas consumo de 600-900 mg de alho/dia, que equivale
esteroides, adenosina, compostos fenlicos e a aproximadamente um dente de alho cru, para
mucilagens. Devido aos compostos orgnicos reduo dos nveis sricos de colesterol e da presso
sulfurados, ele considerado antioxidante e atua arterial.
na inibio da peroxidao de lipoprotenas de
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Para se obter esse efeito benfico, o seu consumo Essas aes do ch verde sobre o sistema
deve ser feito imediatamente aps o esmagamento do cardiovascular ocorrem devido aos compostos
bulbo fresco, devido instabilidade de seus compostos bioativos presentes, principalmente as catequinas,
orgnicos quando submetidos ao aquecimento (ADA, que possuem potente ao antioxidante e anti-
2004; ALMEIDA; SUYENAGA, 2009). inflamatria e o poder de quelao dos ons metlicos,
atuando na interrupo das reaes dos radicais
Quanto cebola, so recomendadas 50 gramas livres em cadeia, reduzindo dessa forma a oxidao
por dia para melhor aproveitamento das propriedades lipdica (KURIYAMA et al, 2006; OLIVEIRA, 2009).
nutricionais e funcionais, sendo prefervel seu
consumo in natura, devido presena de substncias Em uma pesquisa realizada no Japo, foi
sensveis ao calor (ALMEIDA; SUYENAGA, 2009; analisada uma amostra composta por 40.530 adultos
COSTA; ROSA, 2010). com idades entre 40 e 79 anos, consumidores
de duas xcaras por dia de ch verde, durante
aproximadamente sete anos. Foram verificados os
Chs
hbitos alimentares e sociais e os fatores de risco para
Depois da gua, o ch a bebida mais consumida doenas cardiovasculares. Observou-se associao
no mundo. rico em substncias fenlicas especficas, com a reduo da mortalidade por tais doenas
com importantes efeitos benficos sade. Dentre nessa populao. Ainda, em um estudo realizado
os produtos obtidos a partir da Camellia sinensis, com 20 fumantes crnicos hipertensos, foi observado
encontram-se o ch verde, o ch oolong e o ch que o consumo de ch verde auxiliou na reduo
preto (PHILIPPI, 2006; COSTA; ROSA, 2010). dos nveis pressricos e na preveno de doenas
cardiovasculares (KIM et al, 2006; KURIYAMA et a.,
Contudo, existem diferenas entre eles. O ch 2006).
verde contm maior concentrao de compostos
fenlicos e catequinas por no ser fermentado. Logo A Food and Drug Administration (FDA) recomenda
aps a colheita, as folhas passam imediatamente o consumo de quatro a seis xcaras de ch verde
pelo vapor, o que inibe a oxidao das catequinas. por dia com o intuito de prevenir cncer de esfago
Em seguida, as folhas secam naturalmente, o que e estmago. Quanto preveno das doenas
possibilita a preservao dos polifenis naturais. J cardiovasculares, ainda no se sabe ao certo a
o ch preto obtido de folhas fermentadas antes de quantidade necessria, porm experimentos em
serem secas. Primeiro murcha-se as folhas e deixa- humanos demonstram que o consumo de trs xcaras
as fermentar e oxidar, para s ento elas serem ao dia j parece exercer benefcios, com reduo do
enroladas e desidratadas. Finalmente, o ch oolong risco de infarto agudo do miocrdio (FDA, 2008;
parcialmente fermentado, dando um produto OLIVEIRA, 2009).
intermedirio entre o ch verde e preto (TEICHMANN,
Sabe-se ainda que o suplemento de extrato de
2000; ORNELLAS, 2001; PHILIPPI, 2006; COSTA;
ch verde pode ser ligeiramente mais eficaz na sua
ROSA, 2010).
ao antioxidante quando comparado ao ch tipo
Sendo assim, o ch verde destaca-se, uma vez infuso. Alm disso, o aquecimento pode acarretar
que estudos demonstram que seu consumo regular uma diminuio da biodisponibilidade das catequinas,
pode prevenir doenas e agravos no transmissveis, sendo dessa forma melhor optar pela infuso
por meio da reduo da oxidao das lipoprotenas preparada com gua morna ou fria (OLIVEIRA, 2009).
de alta densidade e da presso arterial, alm da
inibio da agregao plaquetria (OLIVEIRA, 2009).
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Vinhos e uvas apresentou maior reduo. Foi esse grupo ainda que
obteve melhor resultado nos nveis de HDL (SOARES;
O vinho uma bebida alcolica resultante da CASTRO; STAHLSCHMIDT, 2011).
transformao biolgica da uva. Reaes qumicas
provocadas por leveduras agem sobre os acares Ainda um estudo de coorte de sete anos verificou
da uva durante o processo de fermentao, fazendo que homens com consumo moderado de vinho (<60
com que se transformem em lcool, dando origem ao g/dia) apresentaram reduo da presso arterial,
vinho (DOMENEGHINI; LEMES, 2011). menor risco de mortalidade por todas as causas
e efeito protetor na mortalidade cardiovascular
O vinho possui polifenis, ou compostos fenlicos, (RENAUD et al, 2004).
substncias que exercem uma forte ao antioxidante,
reduzindo o risco de eventos coronrios e os nveis Apesar da falta de evidncias cientficas
de presso arterial, inibindo a agregao plaquetria adequadas, estudos epidemiolgicos sugerem que o
e melhorando a funo endotelial (GIEHL et al, 2007; consumo dirio de uma pequena taa de vinho tinto
DOMENEGHINI; LEMES, 2011). tem efeito protetor contra doenas cardiovasculares.
J segundo a American Heart Association (AHA), a
Entre os polifenis, destaca-se o resveratrol, recomendao de duas doses por dia para homens
encontrado principalmente nas uvas tintas. Ele e uma para mulheres (equivalente a 90-120 ml por
atua como antioxidante e tem efeito na reduo da dia). Destaca-se que o consumo de vinho deve ser
viscosidade do sangue, na preveno da aterosclerose regular e moderado para que no traga riscos para
e da trombose, alm de ter capacidade antitumoral e a sade, dessa forma, ele pode atuar beneficamente
anti-inflamatria. Na uva, essa substncia sintetizada no organismo (WILLET & STAMPFER, 2003; GIEHL et
por meio da induo de fatores ambientais, como al, 2007).
radiao ultravioleta e infeco por fungos (ABE et
al, 2007; DOMENEGHINI; LEMES, 2011). Ervas e especiarias
Ressalta-se ainda o papel das antocianinas, As especiarias so ricas em compostos fenlicos
potentes antioxidantes, que contribuem para os com atividade antioxidante, que atuam em
atributos sensoriais e, principalmente, para a doenas relacionadas ao estresse oxidativo e
colorao do vinho. As catequinas e epicatequinas, dislipidemia. Dessa forma, incentiva-se sua aplicao
presentes principalmente nas sementes das uvas, em preparaes culinrias para intensificar as
so os principais compostos fenlicos responsveis caractersticas organolpticas e melhorar a estabilidade
pelo sabor e adstringncia de vinhos e sucos de uva. oxidativa devido presena de tais compostos. As
Este ltimo possui as mesmas substncias, porm os especiarias mais estudadas so: manjerico, aafro,
efeitos no so iguais, diferenciando-se na absoro alecrim, hortel, slvia, organo, curry, tomilho e
dos polifenis (ABE et al, 2007; DOMENEGHINI; canela (COSTA; ROSA, 2010; MOREIRA, 2013).
LEMES, 2011).
A canela, por exemplo, possui efeito
Em um estudo realizado com uma amostra de 32 hipoglicemiante, sendo que, em um estudo realizado
ratos espontaneamente hipertensos, foi verificada com pacientes diabticos tipo 2, a ingesto, durante
reduo significativa da presso arterial sistlica 90 dias, de cpsula com 1 g/dia dessa especiaria
nos grupos de interveno, comparados ao grupo resultou na diminuio dos valores de hemoglobina
controle, sendo que o grupo que associava o consumo glicada (CRAWFORD, 2009).
de vinho e a prtica do exerccio fsico foi o que
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O Guia alimentar para a populao brasileira grupo interveno reduo nos nveis de colesterol
recomenda a ingesto de no mnimo trs pores total e no ndice de massa corporal, aumento de
frutas por dia nas sobremesas e lanches (BRASIL, estradiol e atenuao nos sintomas do climatrio
2008b). (HAN et al, 2002).
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Um estudo realizado com adultos e idosos de Existem diferentes mecanismos para prevenir a
ambos os sexos na Grcia apontou que, em longo infeco e melhorar o sistema de defesa do hospedeiro
prazo, o consumo de peixe (300 g por semana) est contra patgenos por meio dos probiticos. A barreira
associado a proteo contra arritmia (CHRYSOHOOU de clulas epiteliais da mucosa a primeira linha de
et al, 2007). A suplementao de leo de peixe (6,2 defesa contra o ataque de organismos patognicos,
g de cido eicosapentaenoico e 3,4 gs de cido que pode ser melhorada pela promoo da produo
docosa-hexaenoico/dia) para 30 pacientes levou a de mucina ou pela reduo da permeabilidade do
reduo dos sintomas relacionados com a depresso intestino. Dessa forma, impede-se a penetrao
(HOOPER et al, 2007). Ainda foi verificado que uma de agentes patognicos e substncias txicas, e os
dose diria de 3 g de cido eicosapentaenoico e cido probiticos podem realizar essas aes. Outra linha
docosa-hexaenoico por um perodo mnimo de 12 de defesa contra a infeco realizada pelo probitico
semanas proporcionou reduo dos sintomas de dor a produo de uma variedade de compostos
nas articulaes (KREMER, 2000). antimicrobianos capazes de inibir o crescimento de
diversos agentes patognicos de origem alimentar.
Evidncias apontam que a ingesto regular de peixe Em geral, as bactrias do cido lctico produzem
na dieta (aproximadamente trs vezes na semana) cidos orgnicos, predominantemente lactato e
tem efeito positivo sobre nveis de triglicerdeos, acetato, que criam um ambiente acdico, inibidor de
presso sangunea, mecanismo de coagulao e patgenos (SAULNIER et al, 2009).
do ritmo cardaco, preveno de cncer colnico e
preveno de aterosclerose. Se esses cidos graxos Prebiticos so carboidratos no digerveis que
forem usados em cpsulas, recomenda-se no afetam beneficamente o hospedeiro por estimular
ultrapassar 2 g/dia (COSTA; ROSA, 2010). seletivamente a proliferao e/ou a atividade de uma
bactria ou de populaes de bactrias desejveis
no clon. Alm disso, o prebitico pode inibir a
Probiticos e prebiticos
multiplicao de patgenos, principalmente no
Os probiticos so definidos como microrganismos intestino grosso, garantindo benefcios adicionais
vivos capazes de melhorar o equilbrio microbiano sade do hospedeiro (SAAD, 2006).
intestinal, produzindo efeitos benficos sade do
Esses compostos podem estimular diretamente
indivduo. Eles so encontrados em produtos lcteos,
a imunidade, proteger contra patgenos e facilitar
sendo que os lactobacilos e as bifidobactrias
o metabolismo de acolhimento e absoro de
so atualmente as bactrias probiticas mais
minerais No trato gastrointestinal, os prebiticos
comercializados em todo o mundo (BRASIL, 2002;
estimulam seletivamente bactrias benficas como
SAULNIER et al, 2009).
as bifidobactrias e os lactobacilos. Alm disso,
Eles podem exercer seus efeitos competindo com desempenham um papel importante na modulao
patgenos, modificando o ambiente intestinal pela do sistema imunitrio de defesa do hospedeiro
reduo do pH, em consequncia dos produtos da (SAULNIER et al, 2009).
fermentao, interagindo e modulando a resposta
importante destacar que, apesar de todos
inflamatria e imunolgica local e sistmica. Alm
os provveis efeitos benficos dos probiticos e
disso, parecem contribuir para a preveno e
prebiticos, a maioria dos estudos experimental
encurtamento da durao da diarreia aguda e da
ou in vitro, sendo necessria a relizao de mais
diarreia associada ao uso de antibiticos (MORAIS;
pesquisas para melhor definio de tipo e quantidade
JACOB, 2006).
a utilizar na prtica (COSTA; ROSA, 2010).
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Fonte: http://endocrinosaude.com/2011/02/alimentos-funcionais
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Ainda so necessrios estudos clnicos com Dessa forma, j est esclarecido que esses
humanos para investigar dose adequada, durao alimentos devem ser consumidos em maior
e efeitos especficos de cada cepa probitica e/ proporo quando comparados a outros. Entretanto,
ou prebitica quando incorporada em matrizes de mais estudos so necessrios para melhor elucidao
alimentos para diferentes populaes, tais como da quantidade necessria e do modo de ingesto
crianas e idosos que tm composio microbiana desses compostos para auxiliar a recomendao de
do intestino e estado imunolgico diferenciados. um alimento para determinado fim (COSTA & ROSA,
Dessa forma, uma ateno especial vem sendo dada 2010).
adio de prebiticos e probiticos em alimentos
funcionais para esses ciclos da vida (SAULNIER et al,
2009). REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Isso porque, no caso de pessoas idosas, h
um elevado nmero de bactrias prejudiciais em ABE, Lucile Tiemi et al. Compostos fenlicos
detrimento dos grupos mais benfico, alm de terem e capacidade antioxidante de cultivares de
um risco mais elevado de cncer de clon. Por outro uvas Vitis labrusca L. e Vitis vinifera L. Cincia
lado, estudos preliminares mostram que probiticos e Tecnologia de Alimentos, v. 27, n. 2, p. 394-400,
no incio da vida podem reduzir a ocorrncia de 2007.
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