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O município ae

HAMBUI^GO
monografia
F 2651 .N65 P4 1959
Petry, Leopoldo.
O município de Novo
Hamburgo
Digitized by the Internet Archive
in 2014

https://archive.org/details/omunicipiodenovoOOpetr
o MUNICÍPIO DE
NOVO HAMBURGO
Leopoldo Petry
o MUNICÍPIO DE
NOVO HAMBURGO
MONOGRAFIA

í
2/ EDIÇÃO

CASA EDITORA ROTERMUND & CO.


SÃO LEOPOLDO (RS)
OBRAS DO MESMO AUTOR:
CARVALHOS E PALMEIRAS — Edições "A Nação", Pôrto Alegre
O MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO — Editora Rotermund & Co.,
São Leopoldo

O EPISÓDIO DO FERRABRAZ — Editora Rotermund & Co., São


Leopoldo

OBRAS CONSULTADAS
1. Revista do Arquivo Público do Rio Grande do Sul, de 1924.

2. O trabalho alemão no Rio Grande do Sul, por Aurélio Pôrto.

3. A fisionomia do Rio Grande do Sul, pelo Pe. Balduino Ram-


bo, S. J.

4. Numerosos recortes de jornais e documentos postos à minha


disposição por diversos amigos.

5. O município de São Leopoldo, pelo autor desta monografia.


6. Memória do sr. Carlos Lanzer, publicado no jornal "Deut-
sche Post" em 1922.

7. Relatórios apresentados ao Conselho Municipal de Novo Ham-


burgo em 1928, 1929 e 1930.

8. Anuário Demográfico do Rio Grande do Sul 1941/42.


9. História da Grande Revolução — Alfredo Varela.

19 5 9
Oficinas Gráficas Rotermund & Co. — São Leopoldo
Rio Grande do Sul — Brasil
Pró/ogfo da 1.^ Edição

No intuito de trazer minha modesta colaboração à patrió-


tica obra, em qtie se empenham numerosos brasileiros, de tornarem
cada vez mais conhecida a nossa Terra, venho colecionando, hâ
anos, todos os artigos e informações, que sobre o município de que
sou filho, encontro em livros, jornais e revistas, tomando, também,
nota dos contos que cá e acolá ouço narrar sobre o nosso passado.
Tendo já um volumoso arquivo desses assuntos, resolvi enfei-

xá-los em um livro.

Informado, há dias, de que a Sociedade Ginástica de Novo


Hamburgo pretendia distribuir, em comemoração ao cinquentená-
rio de sua fundação, tuna poliantéia, ofereci à diretoria dessa socie-
dade o meu trabalho, para ser anexado a essa publicação.
Aceita a minha oferta, aparece agora esta monografia, como
parte da citada obra, tendo sido impressos ainda alguns exempla-
res em separado, para distribuição aos meus amigos.
Cumpre-me ainda agradecer aos chefes de repartições, às di-
retorias de sociedades e de estabelecimentos de ensino, bem como a
muitos amigos, pela solicitude com que atenderam os meus pedidos
de informações, cabendo um agradecimento especial ao esforçado
diretor do Departamento Estadual de Estatística, Dr. Mem de Sá,
pelos quadros estatísticos sobre o Movimento Judiciário, Estatís-
tico Comercial e Situação Industrial deste município, quadro cujo
valor é desnecessário salientar.
Sem esta boa vontade encontrada em toda parte, não me
teria sido possível enriquecer o meu trabalho com tantas e tão
preciosas informações.

Novo Hamburgo, junho de 1944.

LEOPOLDO PETRY
Prólogo da 2." Edição

A boa acolhida e as referências altamente lisonjeiras com que


foi distinguida a publicação da monografia de Novo Hamburgo,
sugeriram em mim a idéia de preparar tima segunda edição.
Quando, potLcas semanas após a distribuição de meu trabalho,
os meus amigos Dr. Guilherme Becker, presidente do Rotary Club,
e Ervino João Schmidt, diretor do protocolo do mesmo Chibe e
presidente da Associação Comercial desta cidade, me convidavam,
formalmente, para proceder a nova edição de minha obra, prome-
tendo-me todo o apoio moral e material, iniciar imediatamente
uma revisão cuidadosa, acrescentando uma série de informações que
me parecem úteis.
Graças à boa vontade das diretorias da Sociedade de Cantores
de Hamburgo Velho e da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo,
pondo à minha disposição os respetivos clichés, pude enriquecer
esta segunda edição com numerosas ilustrações, que, certamente,

muito concorrerão para lhe aumentar o valor. Não posso deixar


de mencionar também a gentileza do Exmo. Sr. Dr. Mem de Sá,
ilustre Diretor do Departamento de Estatística do Estado, pelo seu
valioso auxílio, que me tornou possível inserir na presente edição
mais um interessante estudo sobre a produção fabril deste muni-
cípio.

Agradecendo a todos os amigos que para esta obra me forne-


ceram dados e informações, espero que o meu trabalho virá a
auxiliar a propaganda do nosso município, levando pelo mundo
afora o valor do seu trabalho e a demonstração de suas possibili-
dades, nos diversos setores da atividade humana.

Novo Hamburgo, 15 de setembro de 1944.

LEOPOLDO PETKY
.

Inlrcduçâc

NOVO HAMBURGO
As estatísticas mimicipais de Novo Hamburgo acusam, por
vezes, alguns fatos realmente sugestivos, tanto mais de admitir
quanto é sabido que se surpreende, ali, uma população adiantada
e operosa.

São desse estilo as cifras, constantes de recente noticiário acer-


ca de suas atividades. Com efeito, o que primeiro admira é
que a produção industrial, ao longo do ano de 1957, subiu a Cr$
2.014.849.169,00 e, como a população perfaz menos de 40.000,
sucede que tocariam, nessa soma, mais de 50.000 cruzeiros a cada
habitante.
Dificilmente se encontrará, dentro do Brasil, e sobretudo em
município que apresenta uma área reduzidíssima, um índice sequer
aproximado desse valor produtivo por unidade humana, sem dis-
tinguir em matéria de idade.
Cabe assim a Novo Hamburgo, onde outros fatos seriam de
destacar, uma posição altamente lisonjeira, posta em confronto
com a de outros parques manufatureiros do país.
Embora seja dominante, nessa próspera comuna, a produção
de calçados, que são conhecidos em todo o território brasileiro,
atingindo o fabrico a 7.966.787 pares e um valor global de
1 .219.306.070,00 cruzeiros, ainda outros e diversos são os artigos,

a começar de couros preparados envernizados, absorvendo todos


um elevado contingente de técnicos e trabalhadores.
Os labores fabris de Novo Hamburgo sobressaem, dessarte,
pelo mais alto grau de progresso, graças a um
aprimorado mostruá-
rio de artefatos nos quais conquistou justificado renome.
São ocorrências que falam ao orgulho rio-grandense, pois re-
velam o espírito e a capacidade realizadoras da população do im-
portante município, onde sobram os estímulos às iniciativas mais
fecundas nos domínios da indústria e da técnica modernas.
(Editorial do "Correio do Povo" de 8 de fevereiro de 1952, atualizado
quanto aos dados referentes à prodiição)
Ac Leitor

Dada a boa aceitação das primeiras publicações da monogra-


fia do município de Novo Hamburgo, de minha autoria, resolvi
elaborar terceira edição, visto ter-se esgotado a segunda.
Êste meu trabalho foi concluído, em fins de 1955 e entregue
à Tipografia do Centro, em Pôrto Alegre, para impressão. Infeliz-
mente perderam-se todos os originais dessa obra, juntamente com
os clichés que deveriam ilustrá-la, no incêndio que destruiu o men-
cionado estabelecimento gráfico em 17 de março de 1955.
Encorajado, no entanto, por nobres e dedicados amigos, bem
como por pessoas interessadas na história do nosso município, pus-
me a preparar novo estudo, que ora apresento ao piíblico.
Ao divulgar o resultado de meus esforços, cumpre-me agra-
decer a todos os bons amigos, aos chefes de repartições, aos repre-
sentantes das comunidades religiosas, diretores de colégios e de
outras entidades, que, solicitamente me prestaram informações,
forneceram dados e ofereceram fotografias qtíe me possibilitaram
enriquecer esta obra com detalhes que, espero lhe proporcionarão
o mesmo acolhimento que tiveram as anteriores.
Em particular, cumpre-me agradecer ao ilustre prefeito desta
comíina, sr. Carlos Armando Koch, aos dignos membros do Legis-
lativo Municipal, e ao esforçado secretário executivo da Câmara

de Vereadores, dr. Válter Merino Delgado, pelo seu desinteressado


apoio moral e valioso auxílio material, que tornaram possível a
publicação da presente obra.

Novo Hamburgo, março de 1959.

LEOPOLDO PETRY
ÍNDICE
PARTE PRIMEIRA — DADOS GRÁFICOS
1. Descrição Física 1

2. Hidrografia 1

3. Sistema Orográfico 2
4. Fauna 3
5. Flora 5

PARTE SEGUNDA — ESBÔÇO HISTÓRICO


1. Divisão Administrativa 6
2. Resumo Histórico 6
3. Razões da fundação de Hamburgo Velho 8
4. O nome de Novo Hamburgo 8
5. Os primeiros moradores 11
6. A Imigração Alemã 13
7. A vida dos primeiros colonos 22
8. Colaboração Cívica — Tributo de Sangue 26
9. Desenvolvimento Económico 31
10. Agricultura e Pecuária 35
11. Reflorestamento 36
12. Transportes 38
13. Arte 42
14. Diversões e Esportes 4J
15. Criação do Município 49
16. O Decreto criando o município de Novo Hamburgo 51

PARTE TERCEIRA — SERVIÇOS PÚBLICOS


1. Luz e Fórça 53
2. Hidráulica 55
3. Construção de Esgotos 56
4. Corpo de Bombeiros 56
5. Correio e Telégrafo 58
6. Telefone 59
7. Dados sobre diversas repartições públicas 59
8. Justiça 62
9. Escrivães e Notários 63
10. Dos nossos cartórios em outros tempos 63
11. Justiça do Trabalho 63
12. Agência do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários ... 64
13. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 65
14. Posto de Fiscalização do Ministério do Trabalho 66
15. Posto de Identificação do Ministério do Trabalho 66
16. Criminalidade 67
17. Polícia 67
PARTE QUARTA — ASPECTOS DIVERSOS
—> 1. Religião 68
2. Instrução Primária e Secundária 75
3. Ensino Técnico Profissional 86

PARTE QUINTA — SERVIÇO HOSPITALAR E ASSISTÊNCIA


1. Posto de Higiene 93
2. Sanatório Regina 94
3. Hospital Darci Vargas 94
4. Hospital de Lomba Grande 96
5. Casa da Criança 97
6. Legião Brasileira de Assistência 97
7. Bibliotecas Públicas 98
8. Imprensa 98
9. Imprensa Falada 99

PARTE SEXTA — SOCIEDADES E CLUBES


L Considerações Gerais 101
2. Associações de Classe 102
3. Clubes 104

PARTE SÉTIMA — INFORMAÇÕES DIVERSAS


1 . Tiro de Guerra 111
2. Tropa de Escoteiros Maurício Cardoso 111
3. Exposições 112
4. Heráldica 113
5. Hamburgo Velho — Estação de Veraneio 114
6. Poços Artesianos 114
7. Escravatura 114
8. Espanhola IH
9. Chuva de Pedra 116
10. Tabela de preços dos géneros de primeira necessidade, vigorantes em
janeiro de 1944 e em novembro de 1958 117
11. Filiais de Estabelecimentos de Crédito existentes em nosso município . . 118

PARTE OITAVA — DADOS ESTATÍSTICOS


1. Movimento de População 119
2. Vida Cultural de Novo Hamburgo em números 120
3. Vida Económica, em números 120
4. Estatística da Comarca de Novo Hamburgo 122
5. Estatística Eleitoral 124
6. Correio e Telégrafo 127

PARTE NONA —
RELAÇÃO CLASSIFICADA, POR ESPÉCIE,
DE ATIVIDADE EXPLORADA 131
HERÁLDICA

Escudo atual
o MUNICÍPIO
DE NOVO HAMBURGO
PARTE PRIMEIRA
DADOS GEOGRÁFICOS
1. DESCRIÇÃO FÍSICA
omunicípio fica situado entre 29°40 e 29°50 de latitude Sul e 7°50 de
longitude Oeste do meridiano do Rio de Janeiro.
Limites:
Ao norte, o cerro dos Dois Irmãos.

Ao sul, o Rio dos Sinos e o Arroio Peão, que o separam do município de


São Leopoldo, e o arroio do Moinho, que o separa do município de Gravataí.
Ao leste: os municípios de Gravataí, Taquara e Campo Bom.
Ao oeste: o município de São Leopoldo.
Superfície: 218 km^.
População: 40.000 habitantes.
Densidade demográfica: 180 habitantes por Km^.
Observação. O número de habitantes é aproximado, pois, não existindo
dads exatos a respeito, damos a estimativa, baseados nas informações constantes
das estatísticas demográficas e nos relatos de estudiosos do assunto sobre o afluxo
de moradores de outras comunas e que, atraídos pelas condições favoráveis que
lhes oferece o progresso económico de Novo Hamburgo, aqui se estabelecem.
Altitude: mínima 27,39 m na estação da estrada-de-ferro; 103 m na igreja
católica de Hamburgo Velho e 2 50 m no travessão de Dois Irmãos.
Temperaturas: máxima 38°; mínima 3°.

Distância de Pôrto Alegre: 45 Km.


Clima: ameno e saudável. A parte alta de Hamburgo Velho é muito reco-
mendada como estação de repouso.

2. HIDROGRAFIA
O principal curso de água é o rio dos Sinos, que atravessa o município,
em rumo nordeste a sudoeste, separando o primeiro e segundo distritos (Novo
Hamburgo-Hamburgo Velho), do terceiro distrito (Lomba Grande).
Arroios: No primeiro distrito, o arroio Weinz, hoje denominado Luiz Rau.
Nasce na encosta sul da serra de Dois Irmãos, atravessa o município de norte
a sul, banhando os bairros Rincão dos Ilhéus, Rio Branco, que separa do centro
de Novo Hamburgo, bairros Liberdade, Vila Industrial e Vila Santo Afonso,
lançando-se ao rio dos Sinos após um percurso de, mais ou menos, 14 km.
Seus afluentes principais são: à margem esquerda: o arroio Centenário, que
nasce em Hamburgo Velho, e recebe as águas dos grandes curtumes desta parte

1
.

da cidade de Novo Hamburgo, e as do bairro Guarani; atravessa os bairros


de Vila Nova e Vila Centenário e desemboca no arroio Weinz, após um percurso
de 3 km.
Além deste, ainda recebe as águas da sanga que atravessa o centro de Novo
Hamburgo, o arroio Richter e a sanga Provenzano.
Na lado direito não tem afluentes.
No
segundo distrito: o arroio Peri, antigo arroio José Becker ou arroio
Storck. Nasce na encosta sul do cêrro dos Dois Irmãos, atravessa os bairros
de São José, São Jorge e Canudos; ao sul deste bairro junta suas águas com as
do arroio antigamente chamado Feltes, que nasce na picada Quatro Colónias e
tem hoje o nome de arroio Pampa. Os dois arroios juntos, com esta última de-
nominação, formam o arroio, que nos mapas antigos figura com o nome de
Wiesental, lançando-se no rio dos Sinos, após um percurso de, mais ou menos,
8 km.
Em
Lomba Grande: os arroios Butiá, na divisa de Taquara; o Tiririca e
o Coari; estes dois arroios, que nascem no município de Gravataí, percorrem
todo o distrito e após espalharem suas águas pelo grande banhado situado à
margem esquerda do rio dos Sinos, entre os povoados de Santa Maria do Butiá
e Pôrto das Tranqueiras, desaguam pouco acima dêsse Pôrto no mencionado rio.

O arroio dos Corvos, nasce ao sul da vila de Lomba Grande; o arroio Peão,
também conhecido pelos nomes de Pinhão, Thiesen e Daudt, nasce no morro
de São Borja e corre pela divisa, entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Na divisa sul encontra-se ainda o arroio do Moinho, cujas cabeceiras for-
mam a divisa entre os municípios de Novo Hamburgo e Gravataí.
Todos esses arroios são tributários do rio dos Sinos.

3. SISTEMA OROGRÁFICO
Os morros e coxilhas de Novo Hamburgo, pertencem à Serra Geral e sub-
dividem-se em três ramais: L" o cêrro de Dois Irmãos; 1° as coxilhas que
rodeiam a cidade de Novo Hamburgo; 3.° os morros de Lomba Grande.
L° O cêrro de Dois Irmãos.
Apenas parte da encosta sul deste cêrro pertence a Novo Hamburgo;
consta dos últimos contrafortes da Serra Geral: é de origem vulcânica e compõem-
se de um massiço de basalto sobre base de arenito; em vários pontos se eleva
da baixada em paredões de perto de cem metros de altura, noutros vai em suave
declive, diminuindo de altura, até o nível dos vales que ficam ao norte e
noroeste do município. O taimbé do Grehs, na fralda sul, tem a forma cara-
terística da cratera de um vulcão extinto, podendo-se observar, na pedreira
explorada pela municipalidade, as camadas formadas por diversas erupções ocorri-
das há muitos milhares de anos ( )
2. As coxilhas que ladeiam a cidade de Novo Hamburgo são de pouca

(*) Existe um grande eqlvoco a respeito da Serra do Mar e Serra Geral. Esta percorre o Estado
do Rio Grande do Sul ao norte de linha Ibicul-Jacuí-Gravatai, tocando no Oceano em Torres e
estende até Goiás e Mato Grosso; aquela existente ao norte de Pôrto Alegre, reaparecendo
perto de Tubarão em Santa Catarina. A Serra Geral a que pertencem os morros deste município
é formada de rochas gandwânicas, arenites triássicos e efusões melafíricas no tôpo. A Serra
do Mar consiste de granitos e gneises arqueanos. (P. Balduíno Rambo em "Fisionomia do
Rio Grande do Sul".)
altura; não excedem muito de 100 metros. São formados de barro vermelho
com muita areia, havendo em vários pontos afloramento de pedra-ferro.

3. Em Lomba Grande os morros pertencem à serra denominada Vira


Machado, e tem as seguintes denominações: morro dos Chaves, morro dos Bois,
morro do Diabo, morro das Pedras e Quebra-Dente.
Ao longo do rio dos Sinos, em ambos os lados, estendem-se vastos banhados
e várzeas, formados de terreno de aluvião, onde se encontram grandes depósitos
de argila, próprios para fabricação de tijolos, telhas, louças de barro e outros
objetos de cerâmica.
Nas baixadas da Lomba Grande encontra-se caolim.

4. FAUNA
É pobre em animais, o município de Novo Hamburgo. Os quadrúpedes de
grande porte, tigres, antas, veados, capivaras e lontras, bem como a cotia e a
paca, outrora abundantes, desapareceram de todo, parte, por terem sido abatidos
pelos caçadores, parte, por se terem retirado à aproximação do homem.
Entre os animais menores encontram-se ainda, em raros exemplares, o gua-
rachaivi, de côr brumo-cinzenta e que prefere os descampados. E um animal
muito atrevido, grande ladrão de galinhas; familiariza-se com os cães caseiros
de maneira que estes não o perseguem. É de pequeno porte e parece-se muito
com os cachorros. Sua domesticação é fácil.

Ratos e camondongos, de incrível fertilidade. Apesar da guerra que lhes

move o homem, os gatos, as corujas, os gurachains, as serpentes e outros


inimigos, não se nota diminuição no seu número.
O preá, animalzinho tímido e inofensivo, vive de preferência à beira das
matinhas e capoeiras; alimenta-se de grama.
O ouriço cacheiro; parece-se, com. a sua côr cinzenta-amarelada, a um tufo
de barba-de-pau. É de pequena estatura. De dia costuma dormir no alto das
árvores ou move-se lentamente à procura de brotos e frutos silvestres. Acossado
pelos cães, não foge, mas eriça-se todo e larga nos focinhos dos agressores os
seus longos e agudos espinhos, côr de enxôfre.
O furão, é sem dúvida o animalzinho mais lindo desta zona. Comprido e
baixinho, de côr cinzenta nas costas e pretas na parte abdominal, corredor, tre-
pador e nadador exímio, lembra em seu modo de haver-se, ao mesmo tempo o
gato e a cobra. Sanguinário como poucos da sua estirpe, caça ratos, camondon-
gos, cobras e outros animais menores. Perto das chácaras, causa, às vêzes, gran-
des estragos nos galinheiros. Domesticado, torna-se manso como gato e se mostra
muito sensível a afagos e carícias.
O tatu. Animal de vida noturna. A espécie comumente encontrada é a

mulita. Um escudo em forma de lança lhe protege a cabeça. Uma série de es-
cudos qviadrados na nuca, seis anéis de placas retangulares na parte média do
corpo, e as escamas da cauda, ligadas por membranas elásticas, garantem-lhe
a mobilidade do corpo. Vive de formigas, térmites e larvas. Habita nas coxilhas,
em tocas cavadas com suas longas e fortes unhas.
O gambá. Muito comum nos matos e beira dos arroios. Grande ladrão de
galinhas, de uvas e bananas. Desprende um cheiro muito desagradável. Vive
nos ocos das árvores. Dorme de dia e à noite inicia seus passeios de rapina. A
fêmea é muito prolífera. Chega a ter uma dúzia de filhotes, que carrega,
enquanto pequenos, numa bolsa na parte posterior do abdómen.
Zorrilho. Pertence, como o gambá, à família dos mustelídeos; é de côr
pardacenta; seu pêlo é macio quando irritado esguicha de
e sedoso; suas glân-
dulas subcaudais um líquido extremamente fétido.

Mão tamanho do guarachaim, encontram-se ainda


pelada. Dêsse animal, do
alguns raros exemplares.Gostam muito de melancias, nas quais praticam um
pequeno furo redondo, retirando a polpa com a mão, parecida com a do ma-
caco.

Morcegos. Duas variedades de morcegos abundam no município: o mor-


cego comum, que se pode chamar de "caseiro", pois, vive, preferentemente, nos
forros das casas e é de utilidade, pois, se alimenta de insetos, que caça em
seus rápidos vôos, à hora do escurecer.
O outro morcego, chamado vampiro hematófago, é do mato. Infesta tôda
a zona rural do Estado, constituindo verdadeira praga, pois, é o propagador do
mal das cadeiras entre o gado. De dia pára nas furnas das rochas e em ocos
de árvores, saindo à noite à cata de alimento. Nutre-se de preferência, de sangue
animal, que chupa dos animais, nos campos e nas cocheiras, injetando-lhes, ao
mesmo tempo, os germes da terrível moléstia, que tantos prejuízos vem cau-
sando aos criadores.
Aves e pássaros. É regular o seu número; nos matos e capões vivem as
pombas do mato, a juriti, o sabiá, o terno cantador, o pica-pau, o siriri, tico-
tico, o colibri, a carruira, o bem-te-vi e algumas espécies menores. No campo
encontram-se ainda algumas perdizes, corujas, anus, gaviões, urubus e cara-
carás.

Nas vizmhanças morar o joão-de-barro, o sempre alegre


das casas, gosta de
construtor de casas firmes cómodas para a família.
e
Nas baixadas e banhados, temos o barulhento quero-quero, a garça, o socó,
o martim-pescador, a saracura, a galinhola, a franga d'água e a narceja.

Reptis e anfíbios. Entre estes temos: o jacaré, o maior de todos; outrora


muito frequente nos banhados do arroio Luiz Rau; hoje, raríssimo. Chega a ter
1,50 m de comprimento.
Lagarto. Animal muito útil como destruidor de cobras; prefere as baixadas,
ao largo dos arroios; é grande amigo de ovos de galinha, por isso, os colonos o
perseguem sem tréguas; sua carne é, para muitas pessoas, um excelente petisco.

Lagartixas. Animaizinhos muito vivos e ligeiros, de côr verde e cinza, ali-

mentam-se de pequenos insetos; vivem nos campos e nas capoeiras.


Cobras. Apesar da perseguição sem tréguas, que lhes movem os homens
e seus inimigos do reino animal, ainda existem muitas cobras, tanto venenosas,
como não-venenosas.
Entre as primeiras citaremos: a cotiara, a cruzeira, a jararaca-do-campo, e

a cobra-coral; entre as segundas: a caninana, a cobra-verde e a do banhado.


Nas baixadas, nas matas e nos banhados, vive grande número e variedade
de rãs, sapos e pererecas. Em alguns lugares, enchem, à noite, o ar, durante
horas a fio, com o seu coaxar e suas vozes monótonas.
Nos arroios, também existem numerosos cágados, que chegam a ter até
40 cm de comprimento. Fazem grandes estragos entre os peixes.

Peixes. No curso inferior do arroio Luiz Rau (arroio Weintz), quase não
há mais peixes, devido às águas impregnadas de detritos dos curtumes de Novo
Hamburgo. No seu curso superior, bem como nos demais arroios do município,
encontram-se jundiás, traíras, mussuns, vogas, tampicus, mandins, lambaris e
cascudos.
No rio dos Sinos, vivem ainda, além das espécies enumeradas acima, o dou-
rado, o grumatã, a piava e o pintado.
Existem ainda nos campos e banhados, nos morros e matos, dentro da terra,
em sua superfície, nas águas, nas árvores, nos arbustos, nas fendas e furnas dos
cerros, inúmeros animaizinhos e insetos, alguns nocivos, outros não, cuja enu-
meração, porém, além de fastidiosa, não interessa à presente publicação.

5. FLORA
É bastante rica em variedades a vegetação e, de acordo com a diversidade
dos terrenos, pode ser dividida em duas classes: da fralda sul da serra de
a)
Dois Irmãos e das coxilhas arenísticas; b) das várzeas e banhados.
A fralda da serra de Dois Irmãos é de grande fertilidade. Embora já muito
devastados os matos desta zona, pelo machado do colono, ainda se encontram,
se bem que em quantidade limitada, algumas madeiras de valor, como o louro,
cabriúva, guaxuvira, cedro, angico, grapiapunha, espinilho, farinha sêca, caroba
e outros.

Nas coxilhas areníticas de Lomba Grande, a vegetação é idêntica à do


cerro dos Dois Irmãos.
Nas várzeas e banhados, temos ainda, em quantidades reduzidas, o angico,
açouta-cavalo, uvá, ingazeiro, branquilho, corticeira, figueira, sarandi, amarilho,
taquaras, etc. As coxilhas e várzeas, onde não existem matos, são cobertas de
grande variedade de gramas e plantas de pequeno porte, úteis para a criação
de gado.
Se os matos natvirais já desapareceram em parte, o espírito previdente e
empreendedor do povo de Novo Hamburgo, supriu a falta, com a plantação, em
grande escala, de eucalipto e acácia.
Também a cultura do tungue está sendo desenvolvida.
Nas hortas e pomares, são cultivadas inúmeras árvores frutíferas e nos
jardins, vicejam, ao cuidado dos amadores, as mais variadas flores.
PARTE SEGUNDA
ESBOÇO HISTÓRICO
1. DIVISÃO ADMINISTRATIVA
O município de Novo Hamburgo, divide-se em três distritos:

1.° Novo Hamburgo, criado por lei n.° 1.000, de de maio de 1857,
8
como sede do 4.° distrito de São Leopoldo, com a denominação de Nossa Se-
nhora da Piedade de Hamburger Berg. Elevado a sede de município em 5 de
abril de 1927.

2° Hamburgo Velho, criado em 9 de abril de 1927.


3.°Lomba Grande, criado por ato municipal n.° 39, de dezembro de
1904, como 6° distrito de São Leopoldo e anexado a Novo Hamburgo em 2
de janeiro de 1940.

Núcleos e bairros: A zona urbana de Novo Hamburgo, com Hamburgo


Velho, compreende quase tôda a área dos 1.° e 2." distritos, sendo muito limitada
a zona rural.
Nos dois distritos, existem os seguintes bairros e núcleos:

1. Bairro Rio Branco 13. Bairro Liberdade


2. Bairro Primavera 14. Bairro Santo Afonso
3. Bairro Vila Jardim H. Bairro Rondônia
4. Bairro Rincão 16. Bairro Boa Vista
5. Bairro Vila Rosa 17. Bairro Mauá
6. Bairro Vila Operária 18. Bairro Canudos
7. Bairro Guarani 19, Bairro São Jorge
8. Bairro Vila Nova 20. Bairro São José
9. Bairro Pátria Nova 21. Bairro Friedrich
10. Bairro Ouro Branco 22. Vila Acauan
11. Bairro Vila Industrial 23. Vila Marte
12. Bairro Ideal 24. Vila Indiana

No de Lomba Grande, encontram-se os seguintes lugarejos: Fei-


distrito
toria, Passo dosCorvos, Quilombo, Santa Tecla, Vira-Machado, Quabra-Dentes,
São Jacó, Taimbé, Santa Maria do Budá, Barrinha e Pôrto das Tranqueiras;
os três últimos sobre a margem esquerda do rio dos Sinos.

2. RESUMO HISTÓRICO
A história do município de Novo Hamburgo, pode-se dividir em quatro
períodos:

1. °) desde a sua fundação até o início do tráfego ferroviário, entre Novo


Hamburgo e Pôrto Alegre — 1824 a 1876;
2. °) do início do tráfego ferroviário até o começo da industrialização
(1876 a 1900);
3. °) do comêço da industrialização até a emancipação (1900 a
1927);
4. °) da emancipação até a data presente.
A fundação da cidade de Novo Hamburgo teve começo, com a chegada
dos primeiros imigrantes alemães, em 1824, quando, em Hamburgo Velho, no
entroncamento do caminho que seguia a Dois Irmãos, na antiga estrada de tropas
que, passando entre as encostas meridionais da Serra e a baixada do Rio dos
Sinos, ligava o nordeste ao centro da então Província do Rio Grande do Sul,
se instalaram os primeiros estabelecimentos comerciais para comprarem os pro-
dutos coloniais do "hinterland", formado pelas colónias de Dois Irmãos, Campo
Bom, Sapiranga, Taquara, etc, revendendo-os para Pôrto Alegre, de onde, por
sua vez, traziam as mercadorias de que careciam os seus fregueses.
O povoado cresceu rapidamente, e já, em 18 50, formava um centro im-
portante, em que não só o comércio, mas também a instrução e a vida social,
se desenvolviam animadoramente.
Essa situação modificou-se, em parte, quando, com a conclusão das obras
da estrada-de-ferro de Pôrto Alegre a Novo Hamburgo, em 1876, êste último
povoado, começou a atrair o comércio da zona colonial, tornando-se, em breve,
um importante centro comercial.
Com a construção do ramal férreo para Taquara, no início do século cor-
rente, teria diminuído, em parte, a importância económica de Novo Hamburgo,
com a perda dos mercados servidos pela novo linha de transporte, se não tivesse
sido iniciada a sua industrialização.
Foi em fins do século passado, quando o sr. Pedro Adams Filho iniciou a
produção e o comércio de calçados, em bases modernas, ao mesmo tempo que
o sr. Arthur Hass dava impulso à produção de artigos de couro. Essas indústrias,
já exploradas há muito, porém, em reduzida escala, se desenvolveram rapida-
mente despertando, também, em outros setores da indústria, a irniciativa, enco-
,

rajando para novos empreendimentos e criando um espírito de operosidade no


povo, foram transformando em um dos centros industriais de maior projeção
no Estado, a incipiente cidade.
Em consequência dêsse desenvolvimento, foi o novo centro industrial, após
uma luta histórica, desanexado de São Leopoldo, em 5 de abril de 1927, for-
mando um município autónomo. A desanexação teve os mais benéficos efeitos
sóbre o progresso de tôda região.
A indústria e o comércio tiveram grande impulso. A higiene, o calçamento
de ruas, com o embelezamento progressivo, iam modificando o aspecto da cidade.
A instrução, o movimento social, a atividade desportiva e a cultura em geral
tomaram novos rumos ascendentes, ao mesmo tempo que aumentou a riqueza
e prosperidade da população.
De todos os melhoramentos, no entanto, que a emrncipação trouxe ao nosso
município, ressalta a fundação da Energia Elétrica Hamburguesa, como forne-
cedora de luz e fôrça motriz, "a célula mater do seu surpreendente progresso".
Com fórça distribuída por todos os recantos do município, as indústrias exis-
tentes aumentaram sua mesmo tempo que novas e importantes
produção, ao
surgiram, como a que fizeram o Exmo. Sr. Dr. Ernesto de
de ferro e aço,
Pellanda, ilustre diretor da Estatística em nosso Estado, escrever na revista
"Orientação Económica" o seguinte: "Observa-se desses dados, em comparação
com os anteriores, ter havido no quarto de século decorrido considerável redu-
ção de número de estabelecimentos, desaparecendo, naturalmente, os pequenos
curtumes mal situados no âmbito das colónias, para operar-se a indispensável
concentração industrial, que faria de Novo Hamburgo, São
Leopoldo e Pelotas,
as sedes definitivas
da indústria do couro no Rio Grande do Sul, com
acentuada
predominância no primeiro (Novo Hamburgo), sem dúvida
nenhuma, a mais
perfeita célula industrial do País".

3. RAZÕES DA FUNDAÇÃO DE HAMBURGO VELHO


A
razão principal do estabelecimento das casas comerciais,
que deram ori-
gem ao povoado, que veio a formar a vila de Hamburgo
Velho, e mais tarde,
a cidade de Novo Hamburgo, foi a seguinte:
A
antiga estrada comercial e de
tropas, do nordeste do Rio Grande do Sul, descia a serra,
na zonade Taquara,
seguindo pela planície que se estende entre a margem direita do rio
dos Sinos
e os contrafortes da Serra Geral, através das regiões que
hoje formam os centros
de Parobé, Nova Palmeira, Sapiranga e Campo Bom.
Após atravessar Hamburgo Velho, dividia-se em dois ramais: um, em rumo
sul, entroncava no sistema rodoviário de Pôrto Alegre; o outro, seguia
para
oeste, rumo ao Caí, de onde continuava para o centro, norte
e noroeste do
Estado.
Iniciada a colonização de Dois Irmãos, Herval, etc, a estrada que servia
estas colónias, partia, também, de Hamburgo Velho, ficando este povoado, já
situado numa via de comunicação importante, transformado em um ponto pri-
vilegiado para instalação de casas comerciais, para o intercâmbio
de mercadorias
entre a serra e a colónia dum lado, como centros de produção agrícola
e pastoril
c a Capital do Estado, do outro lado, como fornecedora de artigos
manufaturados.

4. O NOME DE NOVO HAMBURGO


Os nomes de cidades, vilas, etc, "que o tempo e a tradição cercam de pres-
tígio, incorporam-se assim à riqueza espiritual da população que as criou. Alterá-
los, mudá-los, suprimi-los, sem atender a estes motivos, será, certamente, a mais
dolorosa das imposições. Mesmo se tratando de localidades que tenham conquis-
tado relevo, como fatôres económicos e industriais no País, a supressão ou mu-
dança de suas designações, constitui, sem dúvida, um grave inconveniente".
Êsses conceitos, emitidos pelo Instituto Histórico e Geográfico
do Rio
Grande do Sul, num veemente apelo levado, em 14 de Novembro de 1943, aos
Governos da União e do Estado, definem admiravelmente bem a questão da mu-
dança dos nomes de cidades, vilas, etc, que, de tempos em tempos, surge
em
diversas circunscrições do País.
O mencionado Instituto é composto, como se sabe, de cidadãos de elevada
cultura, de são patriotismo, de espírito ponderado e de indiscutível
autoridade
para manifestarem-se sóbre o assunto.
As
palavras citadas acima, enquadram-se, perfeitamente, no caso do nome
do nosso município. O
tempo e a tradição cercam de prestígio o nome de Novo
Hamburgo e a sua indústria lhe tem conquistado relevo como importante fator
na economia do Brasil.

Data dos primeiros tempos da imigração alemã a fundação de nosso muni-


cípio desde os seus primeiros começos, firmou-se como um centro de trabalho
e,

e de cultura, de respeito à ordem, de obediência às leis, e de


cumprimento de
seus deveres cívicos. Criou-se, desde cedo, uma orientação sadia
e firme, que dos
pais passou aos filhos e netos, e forma hoje uma tradição honrosa, intimamente
Ugada ao desenvolvimento económico, social, cívico e religioso de nossa coleti-
vidade.
É bastante discutida a origem do nome do nosso município.
Nos documentos mais antigos existentes sôbre a colonização alemã, a zona
em que surgiu a cidade de Novo Hamburgo, figura com o nome de Campo
Ocidental e Costa da Serra, ao passo que o agrupamento de casas que formara
o núcleo primitivo de Hamburgo Velho, desde sua fundação era conhecido pelo
nome de Hamburger-Berg.
Essa denominação, no entanto, não foi dada ao núcleo que se vinha for-
mando, em homenagem à cidade de Hamburgo, na Alemanha, pois os primeiros
colonos alemães, que, a convite do Governo Brasileiro, chegaram ao Rio Grande
do Sul, e seus descendentes, jamais se preocuparam com a questão dos nomes a
dar aos centros que vinham fundando; não tinham tempo, nem disposição, para
tratar desses assuntos. O era, com raras exceções, e continua ser,
seu ideal
tornarem-se proprietários de um
pedaço de terra, com uma casinha, onde possam
trabalhar em sossego, viver com o conforto, que suas modestas aspirações reque-
rem, constituir família, educar os filhos e cumprir com os deveres para com
Deus e a Pátria. Em tôrno desse ideal se concentram todas as suas energias físicas
e morais. Se se estabeleciam em alguma localidade que já tinha nome, este era
conservado, como por exemplo. Feitoria, Lomba Grande, Mundo Novo, Campo
Bom, Estância Velha, e inúmeras outras. Quando sediavam-se em mata virgem,
costumavam dar ao povoado que vinha se formando, geralmente nas imediações
de uma capela, escola ou casa comercial, o nome do primeiro comerciante ou
morador de destaque, como por exemplo: Baumschneiss, Berghahnerschneiss, Som-
merschneiss, Kremereck, Gauereck, devido aos nomes dos moradores Baum,
Berghahn, Sommer, Kremer e Gauer, residentes nas respetivas regiões.
Também não faziam questão de nacionalidade, nesses assuntos, pois, sem
falar nos inúmeros nomes nacionais, dados pelos colonos alemães e seus descen-
dentes, a núcleos por êles formados, bastando lembrar, no nosso município, as
denominações dos bairros. Canudos, Rio Branco, Rincão dos Ilhéus, São José, São
Jorge, etc, etc, também encontramos em núcleos formados pelos colonos teutos,
— nomes franceses, como Linha Brochier, Linha Francesa, Morro Paris, Nova
França. Muitos nomes antigos foram desaparecendo com o desenvolvimento dos
povoados, que passaram a ser sedes distritais, recebendo denominações oficiais,
aceitas sem relutância, a ponto de serem quase esquecidas, pelas novas gerações,
as designações antigas.
Quantos já nem sabem mais, que o nome com que os antigos designaram a
cidade de São Leopoldo, era, simplesmente, o "Passo", Dois Irmãos era "Baum-
schneiss, Bom Jardim — "Berghahnerschneiss"?
A região de Sapiranga era conhecida por "Leonerhof" —
Quinta dos Leões,
devido à família Leão, residente naquela zona. São Sebastião era, antigamente,
"Pôrto Guimarães", nome dos proprietários das terras, onde hoje existe a men-
cionada cidade; a picada, "Portuguesa", era o nome primitivo de São José do
Hortêncio, devido à nacionalidade da família que ali residia.
E assim por diante.
Qual, porém, a origem do nome de Hamburger-Berg?
Admitia-se, geralmente, que o mesmo provinha da corrupção do nome de
— 10 —
Hampetersberg — morro do Hampeter — nonie de João Pedro Schmitt, um
dos primeiros comerciantes desta zona, e chefe de numerosa e conceituada família
desta cidade.
Essa explicação, porém, não era exata.
Como resultado dos minuciosos estudos e indagações, que venho fazendo,
há muitos anos, posso afirmar, que a origem desse nome é a seguinte: o primeiro
negociante estabelecido nesta zona foi Luiz Kersting, mais conhecido por major
Kersting. Era natural da cidade de Hamburgo e, costumava frisar sempre essa
sua origem hanseática. Ao despedir-se de seus fregueses, não deixava de reco-
mendar-lhes: "Não se esqueçam de voltar à casa do velho hamburguês".
Também o segundo e o terceiro comerciantes, no novo núcleo, Carlos Zim-
mermann e o citado João Pedro Schmitt, aqui chegados com a segunda leva de
imigrantes, eram da mesma cidade.
Não é de admirar, pois, que os moradores dos arredores, quando falavam
desse núcleo, denominassem os ai residentes de "hamburgviêses" — Vamos às
casas dos hamburguêses.
E o morro em que estavam localizadas estas primeiras casas comerciais,
passou a denominar-se o "morro dos hamburguêses", e êsse nome tornou-se
popular.
Surgiu, assim, acidentalmente, o nome de Hamburger Berg; os colonos daquele
tempo não pretendiam, com isso, homenagear os dois comerciantes, nem tão
pouco, a cidade de sua origem.
Esses nomes, em 1919, foram mudados pelo Sr. Dr. Gabriel de Azambuja
Fortuna, intendente municipal de São Leopoldo. Primeiramente, por ato n.° 75
de 28 de fevereiro daquele ano, resolveu "mudar o nome da sede e do 2.° distrito

de São Leopoldo, Novo Hamburgo e Hamburger-Berg, que passarão a denomi-


nar-se "Borges de Medeiros".
Mais tarde, por ato n.° 82, de 11 de junho, do mesmo ano, resolveu: "O
povoado de nome Hamburger-Berg denominar-se-á Coronel Genuíno Sampaio".
Essas mudanças, porém, não duraram muito. O Exmo. Dr. Borges de Me-
deiros, não aceitou a homenagem que o sr. intendente de São Leopoldo pretendia
prestar-lhe.Além disso, houve uma onda de protesto contra essas alterações,
motivada pelos prejuízos que vinham trazer às povoações atingidas.
Foram, por isso, pelo sr. Mansueto Bernardi, sucessor do sr. Dr. Gabriel de
Azambuja Fortuna, revogados no mesmo ano de 1919, os atos n.°^ 75 e 82, sendo
restabelecido o nome de Novo Hamburgo e mudado para Hamburgo Velho o
de Hamburger Berg.
Outra mudança foi intentada em 1942 durante a administração do sr. Dr.
Odon Cavalcanti Carneiro Monteiro, quando durante os festejos da Semana
da Pátria, no mencionado ano, foi o nome de Novo Hamburgo, simbolica-
mente, mudado para Floriano. O
Governo Federal, no entanto, não tomou em
consideração essa tentativa e na última divisão administrativa do País, em fins
de 1943, conservou as denominações antigas.
Sob o ponto de vista etimológico, a palavra Hamburgo, aliás, não é alemã.
Compõe-se das palavras "Ham" e "Burgo". A primeira destas palavras, não é
alemã, mas encontra-se em vários idiomas, por exemplo, no inglês em Ham-
sphire, Ham-gate, etc. Quanto à palavra burgo, é tanto portuguesa, quanto
— 11 —
alemã. Encontramo-la em burgo-mestre, burguezia, etc; no francês em Fau-
bourg, Richebourg, etc; no inglês em Malboroug, Pearlboroug e outros.
se o nome de nossa cidade cons-
Acresce ainda notar, por último, que
tituisseuma homenagem à cidade do mesmo nome, situada na Europa, deveria
chamar-se Nova Hamburgo, pois todos os nomes de cidades são do género
feminino —
por exemplo Nova Friburgo, Nova Chicago, Nova York, Nova
Brunswick, etc.

Novo Hamburgo, porém, é um nome brasileiro, aliás, aceito em tôda parte,


como o de um grande centro industrial brasileiro.

Num manuscrito deixado pelo comerciante Alexandre Klein (sogro do sr.


Max Fischel)ex-quartel-mestre das forças alemãs, que tomaram parte na cam-
,

panha contra o ditador Rosas (1851), vindo ao povoado, que foi o berço de
Hamburger-Berg, escreve o seguinte: "Hamburger Berg é a chave da região
colonial, uma cidade comercial em formação: contam-se, aqui, cerca de trinta
casas. É uma zona de belezas naturais, fértil e romântica".

Em 18 56, o capitão austríaco, Hõrmeyer, visitou a região colonial, esten-


dendo sua viagem até a cascata do Herval. Na descrição dessa viagem, editada
por G. C. Vúrger, Hamburgo, no citado ano, também já encontramos o nome
de Hamburger Berg.
Quando, em 1875, o povoado de Hamburger Berg foi elevado à categoria
de distrito, a zona que se estende desde o arroio Portão até as divisas de Sapi-
ranga, compreendendo todo o território dos primeiro e segundo distritos dêste
município, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade de Hamburger Berg,
formando, então, o quarto distrito de São Leopoldo.
O nome de Piedade, porém, não conseguiu tornar-se popular e ficou res-
tringido aos documentos oficiais, continuando a antiga denominação, que, aos
poucos, foi também sendo usada em várias repartições públicas.
Ao no fim do século passado, e início do corrente, a estrada-de-
construir,
ferro de Novo Hamburgo a Taquara, o empreiteiro dessa construção, o saudoso
cel. João Corrêa Ferreira da Silva, adotou o nome de Hamburger Berg, para

a estação que instalou em Hamburgo Velho, sendo que êste último nome foi
definitivamente estabelecido por decreto do governo municipal de São Leopoldo,
em 1919.
O nome de Novo Hamburgo, foi dado à nossa cidade pelos ingleses. A
companhia inglesa concessionária da estrada-de-ferro de Pôrto Alegre à nossa
cidade, a primeira via férrea do Estado, contratara a construção dêsse ramal
até Hamburgo Velho; chegando, porém, em 1876, com os trabalhos até as ime-
diações, do ponto onde se elevam hoje o edifício e os armazéns da estação ferro-
viária, verificou-se a falta de numerário para a continuação das obras e, por
isso, a construção parou e o ponto terminal denominou-se New Hamburg —
Novo Hamburgo.

5. OS PRIMEIROS MORADORES
Os primeiros moradores de Novo Hamburgo foram, naturalmente, os
bugres, pertencentes às tribos dos Charruas e Minuanos. Dos diversos vestígios,
que assinalam sua estadia nestas plagas, se destacam os restos encontrados no
morro fronteiro ao edifício da extinta Escola Normal, hoje EVAL Ali, ao
— 12 —
mandar proceder às escavações necessárias para o nivelamento da rua, o autor
destas linhas, descobriu grande número de cacos de louças de barro, como a
que usavam os selvícolas, um depósito de cinzas e carvão, que, pela espessura
da camada ainda existente, demonstra um fogo mantido durante muito tempo.
Explica-se, facilmente, que os homens primitivos tivessem erguido suas
tabas nesse sítio, onde, por um lado, estavam próximos à imensa mata virgem,
de onde tiravam frutas e caça em abundância, por outro lado, não ficavam
longe do rio dos Sinos, rico em peixes e animais aquáticos.
Com a chegada do homem branco, os indígenas da região colonial foram se
retirando mais para o interior das selvas, donde, por algum tempo, ainda in-
quietaram os imigrantes, tendo mesmo morto e aprisionado alguns dêles. No
entanto, com o desenvolvimento da colonização, êsse perigo desapareceu de
todo.
Também, na margem esquerda do rio dos Sinos, viviam numerosos descen-
dentes de indígenas, os quais, porém, na época da chegada dos colonos alemães,
já estavam civilizados. Eram os moradores de Santa Maria do Butiá, também
conhecida pelo nome
Santa Maria dos Caboclos; não hostilizaram os imi-
de
grantes alemães, mas, com êles, viviam em boa harmonia.
No mesmo ano da vinda dos colonos alemães, em 1824, também foi
povoado, neste município, o Rincão dos Ilhéus, com 9 famílias de imigrantes,
composta ao todo de 48 pessoas, vindos das ilhas dos Açores, em fins do século
XVIII.
Conforme ofício dirigido ao Presidente da Província, dr. José Feliciano Fer-
nandes Pinheiro, pelo "Inspetor da Colónia Alemã de Feitoria", sr. José Tomás
de Lima, êsse grupo compunha-se das nove famílias seguintes:
1) João Maria Picanso, sua mulher, Juliana Rosa e seu filho Patrício José;
2) Antônio Nunes da Cunha, sua mulher, Maria Rosa e filhos: Titônlo, Maria,
Antônio, Manuel Miquilinai Maria; 3) João de Quadros, sua mulher, Maria
Rosa, seus filhos: Manuel, Antônio, Francisco Alberto e Florisbela; 4) Miguel
de Espíndula de Bitancur, sua mulher, Rosa Maria Joaquina, seus filhos: Ma-
nviel e Francisco; 5 ) Antônio José da Costa, sua mulher, Maria do Rosário e
seu filho Lizardo; 6) Antônio José da Costa, sua mulher. Rosa Maria, seus filhos:
José, João Francisco e Gertrudes; 7) Joaquim José da Silva, sua mulher, Maria
Rosa, seu sogro, Bartolomeu, seus filhos: Mariano, Amaro, Antônio e Francisca;
8) Antônio da Costa, sua mulher, Ana Maria, seus filhos: Manuel, Cândido,
Antônio e Rita; 9) Francisco da Cunha, sua mulher. Custódia.
Conforme outro ofício trocado entre as autoridades mencionadas acima,
em 26 de outubro de 1824, "Sua Magestade Imperial, dignou-se mandar ma-
nifestar o muito que havia sensibilizado o seu Paternal Coração, a desgraçada
sorte das nove famílias mandadas vir das Ilhas dos Açores, jaziam aí acantoadas,
sem o mínimo estabelecimento, determinando que fossem contempladas na par-
tilha de quatrocentas braças de terreno, para cada casal, nesse local, na forma
concedida aos colonos alemães".
Essa colonização de Ilhéus, ao contrário do que acontecia com os açorianos
de outras zonas, pouco se Apesar de trabalhadores e ordeiros, não
desenvolveu.
prosperaram, pois, tendo vindo de zonas onde a vida, os costumes, os métodos
de lavoura e as culturas diferiam substancialmente das condições predominantes em
nossa zona rural daquela época, a maioria dêles não conseguiu adaptar-se ao
— 13 —
novo meio, e, sem assistência por parte dos poderes públicos, alguns se retiraram
para outros centros, onde a luta pela vida lhes parecia mais fácil, ao passo que
os que ficaram, só após muitas lutas conseguiram sobreviver.
A família Torres residia já antes dêsse ano, na Estância Velha.
Também antes da chegada da primeira leva de imigrantes alemães a Novo
Hamburgo, existiam aqui moradores de origem germânica, entre os quais citarei
o sr. Nicolau Becker. Êste chegou ao Brasil em 1797. Em sua viagem para o
sul, casou-se, no Rio de Janeira, com D. Ângela Kramer. Estabeleceu-se em
Hamburgo Velho, com curtume e selaria, podendo, por isso, ser considerado o
fundador da indústria de couros, neste município.
Imigração italiana. —
A colonização italiana no Rio Grande do Sul, teve
início em 1875. Os primeiros imigrantes vindos da Itália, colonizaram as
acidentadas terras à margem direita do rio Caí, lançando com seu esforço e
inteligência, as bases daquela obra monumental, conhecida pelo nome de "Co-
lónia Italiana", e que constitui hoje, uma das mais prósperas e progressistas re-
giões do Estado.
Algumas poucas famílias italianas estabeleceram-se em Novo Hamburgo,
entre as quais citarei os irmãos Luís, Biagio, Antônio e Angelo Passini; os se-
nhores José Segala e Eugênio Ruggeri, cujos descendentes continuam a colaborar
no progresso desta terra. Em Hambvirgo Velho se estabelecera o súdito italiano,
Domênico Pittanti, natural de Carara, exímio escultor e marmorista, falecido
em 1886.
Além dos grupos citados, que formaram a população primitiva desta zona,
encontramos ainda algumas famílias de descendentes de escravos, os quais cos-
tumavam assinar-se pelo nome da família de seus antigos donos. A maioria
dêsses elementos de côr, residia em ranchos, no bairro Guarani, antigamente co-
nhecido pelo nome de "África", sendo os homens, geralmente, muito procura-
dos como bons trabalhadores em serviços pesados, ao passo que muitas das mu-
lheres auxiliavam as donas de casa nos afazeres domésticos, sendo apreciadas
pela sua dedicação ao trabalho e o apego às famílias, onde trabalhavam.

6. A IMIGRAÇÃO ALEMÃ
A) Em Novo Hamburgo
Com a Independência do Brasil, proclamada por D. Pedro I, em 7 de
setembro de 1822, às margens do Ipiranga, apresentaram-se ao novo governo,
inúmeros problemas. Entre estes encontram-se o do povoamento do solo. Além
disso, as extensas fronteiras meridionais do Brasil, por falta de recursos de tôda
espécie, dificilmente poderiam ser defendidas, pela escassa população ali existente,
e, tendo em vista o perigo de serem separadas do norte, através de ataques
nos flancos, as férteis terras, situadas no sul do País, o governo imperial resolveu
intensificar, por todos os meios ao seu alcance, o povoamento do Rio Grande do
Sul, para, aos poucos, poder transform.ar esta província num baluarte inexpug-
nável, contra quaisquer agressões de seus inimigos.
A
história de nosso Estado, provou o acerto dessa medida governamental.
Por iniciativa da Princesa D. Maria Leopoldina da Áustria, primeira esposa
de D. Pedro I e mãe de D. Pedro II, resolveu o Govêrno encaminhar para o
sul do País, as correntes de imigrantes, que anualmente abandonavam a Europa,
— 14 —
e encarregou a um major alemão, de nome Schaefer, aliciar cidadãos alemães, que
quisessem estabelecer-se nesta parte da América.
Foi escolhido, para instalar a nova colónia, o terreno anteriormente ocupado
pela Real Feitoria do Linho-Cânhamo, no atual município de São Leopoldo, e

onde já existiam acomodações para os recém-chegados.


A primeira leva de Imigrantes alemães, desembarcou no pôrto do rio dos
Sinos, em 25 de julho de 1824, sendo composta de 8 famílias e 4 solteiros,

ao todo 43 pessoas.
Foram essas famílias instaladas no edifício da administração da Feitoria,
sendo distribuída entre elas, a ferramenta que ali ainda existia, dos tempos da
cultura do linho.
No mesmo com-
ano, a 6 de novembro, chegou nova leva de imigrantes,
posta de 81 pessoas, sendo H famílias com 66 membros
homens solteiros. e 15
Elevava-se, pois, já, a 124, o número de colonos; o Governo os foi distri-
buindo pelas terras situadas em ambas as margens do rio dos Sinos.
Para êsse fim foram essas terras, numa extensão de 18 léguas quadradas,
divididas em picadas e estas em lotes ou colónias, que variavam em superfície
de 120.000 a 170.000 braças quadradas.
Entre essas picadas, figura a denominada "Costa da Serra", subdividida
em 62 lotes com 170.000 braças quadradas cada uma; a da Estância Velha,
subdividida em 150 lotes de áreas diferentes e a de Lomba Grande em 160 lotes.
A picada Costa da Serra dividla-se, ao oeste, com o arrolo Portão, onde
começava a numeração dos lotes; ao leste, com o arroio Tiririca, além de Campo
Bom; ao norte, com os travessões de Bom Jardim, Dois Irmãos e Quatro co-
lónias; ao sul, com as terras que nos mapas antigos figuram com o nome de
Estância Velha, compreendendo os campos limitados ao oeste pelo citado arroio
Portão e, ao sul, pelo rio dos Sinos.
Parte das terras da picada Costa da Serra e da Estância Velha, também
chamadas, em crónicas antigas, de Campo Ocidental, formam a zona do muni-
cípio de Novo Hamburgo, situada à margem direita do rio dos Sinos, ao passo
que a zona sita à margem esquerda, formando o terceiro distrito deste município,
com sede em Lomba Grande, é parte das terras de Feitoria Velha, e se chamava
Sendente.
A colonização da zona, onde se encontra a cidade de Novo Hamburgo,
foi iniciada em fins de 1824.
Instalaram-se, ali e nos arredores, no correr dos tempos, numerosos imi-
grantes. Muitos se radicaram, constituindo os troncos de famílias ainda hoje
existentes; outros imigraram para diversas zonas do Estado.
Na relação que se segue, encontram-se os nomes das famílias imigradas
antes de 18 50; foi extraída, parte, das anotações deixadas pelo Dr. João Daniel
Hlllebrand, contendo os nomes de todos os imigrantes chegados entre 1824 a
1830; parte, dos assentos de batismo e sepultamentos da comunidade evangélica
de Hamburgo Velho, e parte de informações particulares.
A relação pode não ser completa, pois os documentos existentes não con-
tém os nomes de todos os primeiros moradores; por outro lado, constam, tam-
bém, vários nomes de famílias que não residem mais aqui, mas que pertenciam
à comunidade acima mencionada. Convém, notar, ainda, que não foram incluídos
os nomes dos antepassados de algumas famílias, por ser Impossível averiguar.
— 15 —
sem um estudo meticuloso, entre os 48 5 5 imigrantes relacionados pelo Dr. Hille-
brand, devido à repetição dos sobrenomes, qual o dos avós das que se estabele-
ceram nesta zona; assim encontramos, nessa relação: trinta e três famílias com
o sobrenome Muller; vinte e quatro, com o de Schmitt e Schmidt; vinte e uma,
com o de Schneider; vinte, com o de Becker e dezenove com o de Meyer e Mayer.
(Observação: Os números antepostos aos nomes indicam o ano da chegada
em São Leopoldo; abreviações: m —
mulher, f(s) filho(s). —
1826 Altmayer, Jacob, e m
Auler, Pedro, m e 3 fs

1829 Alles,João
Adams, João Miguel
Adams, Jacob
Allgayer, Nicolau, m e 6 fs
Allgayer, João, m e 3 fs
Adamy, João Miguel, m e 5 fs
Adamy, Jacob
Posteriormente: Albrecht, Jacob
Auslinger
Arnt
1824 Bohn, Franz ,

182 5 Beck, João, m


e 4 fs

Barth, Ludovico
1826 Bohrer, Frederico, m e 3 fs
Bios, João
Backes, Stefan, m e 3 fs

1827 Biihler, Conrado, m e 3 fs

Blauth, Nicolau, m e 5 fs

Berlitz, Jacob, 5 fs
Bruxel, Martin, m e 2 fs
Bach, Mathias, m e
1 f
Barth, Miguel, m
e 4 fs
1828 Berwanger, João Pedro, m e 4 fs

1829 Bender, João, Henrique Pedro


Bender, Felipe, m
e 6 fs
Barth, Jacob, m e 5 fs
Bauer, Pedro
Berlitz, Felipe
Birk, João
Breidenbach, Mathias
Baum, Brenner, Frederico Carlos
Posteriormente: Blauth, Jacob; Bier, Carlos
Bernd; Baum, Pedro
Blankenheim
Brandenburger
1824 Cunha, João Antônio (português)
182 5 Cassei, Abraham, m e 5 fs
1828 Closs, Jacob, m e 5 fs
— 16 —
182 5 Dahmer, Henrique e João Henrique
Diefenbach m e 1 f
Dõring, Catarina, 2 fs
Dreyer, Pedro
1826 Diehl, Paulo, m e 6 fs
Dick, Jacob, m e 5 fs
Diefenthãler, Jacob, m e 7 fs
Diefenbach, João, m e 5 fs
1827 Dick, Felipe, m
e 2 fs.

Damian, Felipe Pedro, m e 6 fs


1828 Dillenburg, João Mathias, m e 6 fs
Dietrich, Nicolau, e 3 m fs
1829 Droescher, João Miguel
Dreyer, João Frederico
Dietrich, João
Posteriormente: Dienstmann, Jacob
Deuner, Felipe
Dieter, João
Dahmer, Henrique
1824 Ehlers, João Ignacio
182 5 Emrich, João
1826 Ermel, Theobaldo
Engel, Frederico, m e 3 fs

Einsfeld, Felipe, m
Einsfeld, Henrique
Ebling, Felipe, m e 6 fs
Englert, João
Endres, João
Engelmann, Henrique
1827 Ekhard, Jacob, e 3 m fs

1829 Eltz, Carlos, m e 5 fs

Ely, Carlos
Ely, Pedro, Nicolau e João
Anterior a 1845 —Ellwanger, Jacó; Eismann, Carlos Roberto e
Eltz, FeHpe
182 5 Franke; João Adão, e 5 fs m
Fucks, Jacob
Frank, Abraham, m e 2 fs
Friedrich, João, m e 2 fs
Friedrich, José, m e 2 fs
Feller, Guilherme, m e f 1

Fleck, Nicolau, m e 4 fs
Fries, Pedro, m e 2 fs.

1827 Fauth, Felippe, m e fs 5

Fritzen
1828 Feltes, Mathias, m e 6 fs

1829 Frohlich, João, Mathias, Jorge e Frederico


Posteriormente: Franzmann
— 17 —
Falkmann, Frederico Ernesto
Nicolau
Fick, Faller Jacob —
182 5 Gerhard, Conrado, 3 fs
Graf, Frederico, m e 4 fs
Grub, Jorge, me 5 fs
1826 Gerhard, Jacob
Gerhard, FeHpe
Grohs, Frederico m e 3 fs

Geyer, Mathias, m e 6 fs

1827 Grún, Mathias, m e 5 fs

Grin, Zacarias
Posteriormente: Gaewersen
Gressler, Carlos
Groess, Jorge
Graff, Henrique Jacob
Gaelzer, Guilherme
Georg, Guilherme
182 5 Hofmann, Jacob e Jorge
Hoefel, Jorge, 4 fs

Hack, Joaquim Christiano, m


Heidrich, Jorge Nicolau
Heldt, Guilherme, e 3 m fs
1826 Habigzang, Daniel
Hans, João Nicolaus, m e 4 fs
Hartz, Guilherme, m e 4 fs
Hofmeister, Felipe, m e 8 fs
Hinkel, Ludovico, m
Huf, Felipe, m e 3 fs
1827 Hennemann, Wendelino, m e 2 fs

Horn, Christiano, m e 6 fs
Hexsel, Adão, m e 1 f
Haas, Pedro
Haas, João
1828 Heller, Ernesto
Heberle, João, m e 4 fs

1829 Hauschild, Frederico


Haas, João
Hermann, João
Hoffstatter, Felippa
Hõher, João Pedro
Horn, Patrik
Posteriormente: Henke
Heimburg
Heineck
1845 Heller, Jacob
Haesbert, João Pedro
Haertel, João Henrique
Hubert, Adão

2
— 18 —
Hartmann, João Henrique
Hirt, Christiano Carlos
1824 Jacks, João Henrique, e 2 fs
Jaeger, Joaquim Frederico Guilherme, solteiro
Jung, Jorge m e 4 fs

1829 Jung, Carlos


Jaeger, Jorge
Posteriormente: Jacobsen, Augusto
1824 Kramer, Miguel
1825 Kuntz
Kamp, Frederico
Kamp, Felippe, m e 2 fs

Klos, João Pedro, m e 4 fs

Koch, Jacob
1826 Keller, João Henrique, solteiro
Knewitz, João, m
e 6 fs
Kramer, Cristiano
1827 Korndõrfer, Gabriel, e 4 m fs
Kieling, Antônio, e 4 fs m
Kersting, Luiz, Frederico e Fernando Augusto Maximiano
Klein, Jacob, m e 8 fs
Kronbauer, Henrique, m e 2 fs
Kayser, João, m
e 3 fs
Krug, Frederico
Kehl, Nicolau, m e 3 fs
Kern, Pedro, m e 1 f
Kramer, João
1829 Kramer, Pedro
Klapper, Henrique
Kazius
Knewitz, Guilherme
Kirsch, Miguel, m e 1 f
Kohlrausch, Christiano, m e 1 f
Koch, Jorge, m
e 4 fs
Kussler, João
Kampf, Henrique
Posteriormente: Klaser, Kautzmann, Pedro
Korb, Jacob
Kronmeyer, Jorge
Kõche
Kappel, Simão
1845 Kremer, Pedro
Kunz, Felippe
Kunz, Luiz
Keiper, Jacó
Kroeff, Jacob
Klar, Carlos
Kappel, Simão
— 19 —
Kaastrup, Pedro
Kúchler, Pedro
Kronhard, Jacob
Kochenburgcr, Bernardo
Kellermann, Frederico
Kelsch, João
182 5 Lorenz, Pedro,m e 2 fs
Lenz, Felippe, m e 4 fs
Lampert, Jacob, m e 7 fs
Lamb Pedro, m e fs5

1828 Ludwig, Pedro Júnior, m e 4 fs

Ludwig, Pedro Sénior, m e 6 fs

1829 Lorscheiter, João


Ledur, Miguel, m e 3 fs

Linek, Jacob, me 5 fs

Lehn, Ambrósio
Posteriormente: Leyser (em 1845)
Lichtler
Lindner
Lohmann, Jorge Carlos
1824 Meyer, André
Mentz, Libório, m
e 3 fs
Meyer, Nicolau
Metz, Henrique Jacob, 6 fs

1829 Meyer, João


Maurer, Guilherme
Matte, Guilherme
Moog, João
Posteriormente: Michel
Mies, Ludwig
Momberger, João
Metzger, Gaspar
Merkel, Carlos
Molter, Pedro
1825 Nadler, Francisco Jacob, e 4 fs m
1829 Ott, João
Otto, João Frederico
1824 Pehls, Henrique, m e 4 fs
Petry, Jorge, m e 3 fs
1826 Petry, Luiz, m e 3 fs

Posteriormente: Pochetzky, Carlos


Petzinger, Henrique
Presser, João Conrado
Prass, Pedro
1825 Ritzel, Conrado, m e 4 fs
Richter, Carlos Frederico, m e 3 fs
Reichmann, Frederico
1829 Rech, Nicolau
— 20 —
Rambo, Matias, m e 3 fs

Reis, João Adão


Ritter, Pedro
Robinson, Jorge, m e 3 fs
Posteriormente: Rechenmacher
Rlibenich, Pedro
Renck, Francisco
Reinheimer, Henrique
Ruppental, Jorge Carlos
Riegel, Pedro
Reinehr, Pedro José
Schmidt, Felippe
182Í Stumpf, Aloys, m e 5 fs
Schwan
Schaefer
Streb, Conrado, m e 3 fs
Scheffel, Christiano, m e 6 fs
Schmidt, Jacob, m e 3 fs
Stoltenberg, Hans, e m
Schneider, Adão, m e 8 fs

Scherer, João, m e 6 fs
Schuch, Adão
Schreiner, m e 1 f
1826 Scherer, Maria Catarina, e 5 fs

Sperb, Ludovico, m e 6 fs
Schrõder, Augusto Guilherme
Schuch, Jacob, m e 5 fs

1827 Steigleder, Felippe, m e 6 fs


Schaeffer, Henrique, m e 2 fs
Schirmer, Jacob, m e 4 fs

Scheid, Pedro, m e 7 fs

1829 Sander, Augusto e Adão


Scheffer, Matias, m e 9 fs
Seltzer
André,
Schiiler, m e fs 5

Simon, Mathias, m e 6 fs
Selbach, Pedro, m e 2 fs
Schumacher, Guilherme
Spindler, João, m e fs í

Scherer, Nicolas, m e 4 fs
Schneider, Pedro, m e 3 fs
Posteriormente: Stricker
Siebel
Seger
Strassburger
Spohr
Stiel, Guilherme
Strauss, Jacob
— 21 —
Steil, Jacob
Schliiter, Jacob
Schafer, André
Sander, Luiz
Stork, Guilherme
1825 Trott, Guilherme, m e 1 f
Trein, Francisco Antonio, m e 3 fs

Trentz, João, m e 2 fs
Tatsch, Pedro, m e 6 fs
Tatsch, Jacob, m e 8 fs
1829 Thimotheo
Data ignorada; Torres
Uebel, Jacob
Vetter, Jacob e João
182 5 Winter, Christiano, m e 4 fs

"Wegener, Henrique Frederico


Wasum, Miguel m e 5 fs
Wolf, Adão, m e 4 fs

"Weber, Fernando, m e 3 fs
1826 Weintz, Cristóvão Guilherme, m e 1 f

Weissheimer, Jacob, m e 2 fs
Wingert, Nicolau, m e 4 fs
Wink, Jacob, m e 5 fs
Wink, Felippe, m e 1 f
Wilk, Frederico, m e 2 fs

Weinmann
1829 Welter, Jacob, m e 5 fs

Posteriormente : Wendt
Werkhauser
Wickert
Wartenpuhl, Henrique Pedro
Werb, Henrique
Weimõhl, Cristiano
Weihrich, João Jacob
Warth, Zacarias
Em 1845 — Wiistenfeld
Data ignorada: Willer, Carlos
1824 Zimmermann, Carlos, solteiro
Zott, João, m e 1 f
Posteriormente: Zottmarm.

B) O povoamento de Lomba Grande


O povoamento de Lomba Grande, 3.° distrito de Novo Hamburgo, não se
processou da mesma forma, como o da zona que do rio se estende à margem direita
dos Sinos. Ali já existia, antes de 1824, na margem esquerda do mencionado rio,
conforme já vimos, no lugar denominado Santa Maria do Butiá, um grupo de
moradores, descendentes dos habitantes primitivos do País e que ali se dedi-
cavam à agricultura.
— 22 -—

Entre o grupo dos habitantes primitivos citarei os nomes de João Maria,


dos irmãos Vicente (Joaquim Vicente, Antônio Vicente, etc), Martins (além
da família Martins, de origem indígena, existe outro tronco, do mesmo nome:
os descendentes de Jerônimo Martins, emigrado de Portugal, em meados do sé-
culo passado), os "Antônio" (João Antônio, José Antônio), José Curto, Mar-
celino, Marcos e outros.
Outra corrente imigratória sediou-se no mesmo distrito: agricultores pro-
venientes de Santa Catarina, que entrando no Rio Grande, em Tôrres, desceram
pela costa do Oceano até Tramandaí e dali vieram pela grande e antiga estrada
do nordeste do Estado, por Osório, Santo Antônio da Patrulha e Gravataí.
Os imigrantes alemães entraram pela Feitoria Velha e povoaram a parte sul
daquele distrito.
Entre os nomes dos colonos, vindos de Santa Catarina, encontram-se as
famílias Silveira, Teresa,Gomes, Casusa, Bitelo, Melo, Vigânico, Caetano, Pi-
nheiro, Betancor (Bittencourt?), Alves, Telles, Felles, Bernardes, Diogo dos Reis,
Tavares, Farias e outras.
Além destes, ainda se estabeleceram em Lomba Grande, algumas famílias
oriundas das bandeiras paulistas, entre as quais, as famílias Pacheco, Santos e

Marques.
Também ali viviam algumas famílias, talvez, meia dúzia, de pretos. Antigos
escravos que residiam em ranchos primitivos e cujos descendentes em sua quase
totalidade abandonaram aquele distrito.

(Observação: Os nomes acima, são citados de memória, por não ter à dis-
posição elementos e dados para um estudo mais minucioso.)

7. A VIDA DOS PRIMEIROS COLONOS


Quem hoje viaja pela zona colonial do nosso município, deleita a vista
com a contemplação dos belos edifícios, dos verdejantes campos, povoados de
fogosos corcéis e bem nutridos bovinos, das plantações que se estendem de ho-
rizonte a horizonte, não se lembra, talvez, dos trabalhos passados, das dificuldades
vencidas, dos obstáculos superados pelos primeiros imigrantes, que por aqui apor-
taram.
Encontramos, felizmente, num folheto publicado, em comemoração ao pri-
meiro centenário da fundação da colónia de São José do Hortêncio (1929),
a narração detalhada de um dos colonos aqui chegado em 1828 e, cujos depoi-
mentos, foram confirmados por outros imigrantes vindos na mesma época.
Partiu o nosso informante, com outros imigrantes, da Província Renana,
com destino ao pôrto de Bremen, gastando nessa viagem, feita em carreta, pu-
xada por animais, cerca de três semanas. Ali chegados, tiveram que esperar outras
14 (quatorze) semanas, até encontrarem um navio que os trouxesse para o Brasil.
Chegou, continua o nosso informante, enfim, o dia em que nos despedimos,
para sempre, da nossa Pátria. Embarcamos no navio "Olbers", de três mastros,
mas já um tanto velho.
Além do comandante e dos marinheiros, vinham nesse navio, 875 passa-
geiros.
A princípio, navegamos nas proximidades da costa inglêsa, numa zona onde
no ano anterior tinha naufragado um transporte de imigrantes. Trata-se do
— 23 —
navio "Cecília", em que veio a maior parte dos povoadores de Dois Irmãos.
Êstes salvaram-se, tiveram, porém, que permanecer na cidade de Plymouth quase
um ano, até a chegada de um navio que os levasse; julgando que o coman-
dante do seu navio provocara o desastre, com o intuito de os vender posterior-
mente como escravos, não simpatizavam muito com êle e, em certa ocasião,
ao passar perto de algumas mulheres, que estavam lavando roupa, estas avan-
çaram e o espancaram com as peças de roupa molhada, o que produziu enorme
hilaridade entre os ingleses, que assistiram à luta.
Também o nosso comandante, em certa ocasião, se viu em palpos de aranha.
Quando navegamos perto do equador, onde mais intenso se faz sentir o
calor do sol, a água nos era fornecida em quantidade insuficiente e de má qua-
lidade, o que motivou vários casos de doença entre os passageiros.
Nomeamos umacomissão, que foi apresentar nossas reclamações ao co-
mandante: porém, irritou-se e mandou postar um canhão na popa do
este,
navio, com o fim de nos atemorizar. Não conseguindo, todavia, seu intento,
mandou satisfazer nosso justo pedido.
Em outra ocasião, nosso navio teria ido irremediavelmente a pique, se além
do nosso, não tivesse viajado ao Brasil, outro comandante velho e muito prático.
Certa noite, fomos despertados, repentinamente, por uma gritaria, que nos
fêz gelar o sangue nas veias.
Subindo, assustados, ao convés, vimos o velho comandante, auxiliado por
vários marinheiros, empregar todos os esforços, para dirigir a outro rumo a nau,
o que, finalmente conseguiu.
— Se tivesse chegado cinco minutos mais tarde, nos disse êle, estaríamos
todos sepultados no fundo do Oceano, pois íamos, diretamente, de encontro a
um recife, onde se teria despedaçado a nossa embarcação.
Apesar de ter corrido relativamente bem a viagem, vieram a falecer 50
pessoas, mas também nasceram 50, de maneira que, não sofreu alteração o
número de passageiros, com que saímos da Europa.
Durou a viagem, até o Rio de Janeiro, 14 semanas e ali, esperamos outras
14, por uma embarcação menor, que nos trouxesse a Pôrto Alegre.
Alguns moços, que viajavam em nossa companhia, ficaram naquela cidade
e se alistaram no exército brasileiro.

Nós, porém, continuamos a viagem para Rio Grande, onde chegamos após
14 dias e, desta cidade, seguimos, depois de alguns dias de demora, a Pôrto
Alegre e, dali, em lanchas, ao pôrto do rio dos Sinos, denominado "Passo" (hoje
São Leopoldo) onde desembarcamos, e nos dirigimos à Feitoria Velha,
, uma
fazenda imperial, onde fomos acomodados, em construções de madeira.
Durara a nossa viagem tôda, quarenta e nove semanas.
Na Feitoria ficamos um ano inteiro, esperando que nos fôssem indicados
os lotes, que nos tinham sido destinados.
Seguimos, então, da Feitoria para Estância Velha, onde foram acolhidas,
pelos colonos chegados nos anos anteriores, as mulheres e crianças, enquanto,
nós, homens, seguimos mato a dentro, para dar início à cultura das nossas terras.
A ferramenta nos fôra fornecida pelo Governo, mas, não conhecíamos os
métodos para trabalhar nessas imensas florestas virgens.
Fazíamos uma pequena derrubada, picávamos em seguida os ramos das
— 24 —
árvores, amontoando-os, para queimá-los, quando secos, porque não nos animá-
vamos a pôr fogo na derrubada tôda, com receio de devastações no mato.
Os troncos grossos eram arrastados, com grande custo, às beiradas do mato,
ou, quando havia alguma sanga na vizinhança, ali atirados. Em seguida eram
escavadas as raízes, porque julgávamos que elas impediriam o desenvolvimento
das plantas.
Do mesmo modo desajeitado procedíamos com a sementeira, plantando o
milho de grão em grão, ao passo que, amontoávamos, demasiadamente, trigo e
centeio. O resultado foi, que as primeiras colheitas ficaram muito aquém das
nossas esperanças.
Em nada melhor eram as nossas primeiras habitações. Quatro estacas fin-
cadas no chão, paredes de ramos de árvores, cobertas de barro amassado, algumas
aberturas para janelas, outra maior para porta, o telhado coberto de capim: e a
casa estava pronta.
Os pregos eram substituídos por cipós. Alguns caixões forneciam cadeiras
e mesas.
A nossa comida de todos os dias consistia em milho socado à mão e abó-
boras cozidas.
Muitas vezes, nos lembrávamos então, com saudades, do delicioso pão que
tínhamos na velha Europa. Nossos corações se enchiam de pesar e o desânimo
ameaçava apossar-se de nós, quando víamos as dificuldades que a cada passo
encontrávamos.
Porém, era forçoso lutar, e, lutamos.
Também não havia fósforos e, quando acontecia apagar-se o fogo em nosso
rancho, era preciso correr ao vizinho mais perto, para pedir um tiçãozinho.
Estradas não havia, as compras tinham que ser feitas no "Passo", onde
havia duas vendas, uma de Inácio Rasch, na margem esquerda do rio, e a outra,
de Adão Hoefel, na margem direita —
em frente ao atual prédio do sr. Roberto
Seewald —
Só mais tarde abriram-se novas casas de negócio na Estância Velha
.

e em Hamburgo Velho.
Os produtos na nossa lavoura tinham que ser carregados às costas (*), até
aquelas vendas, quando não os podíamos vender a novos imigrantes ou aos tro-
peiros que, de vez em quando, visitavam as colónias.
Aliás, os preços naquele tempo eram pouco animadores.
Em tais circunstâncias, era preciso fazer economia de tòda a sorte.
Tendo iniciado com algum resultado a cultura do algodão e do linho,
fabricávamos as fazendas para o nosso uso e, com tintas extraídas de cipós,
as tingíamos de variadas cores: e se as nossas roupas não eram lá muito ele-
gantes, não deixavam de ser bastante resistentes.
As xícaras eram substituídas por porongos.
Lembro-me ainda de um fato interessante, que certa ocasião se passou
em nossa casa.
Tendo já feito algumas economias, meu pai, em companhia de alguns
vizinhos, foi ao "Passo" para comprar tigelas novas.

(*) Havia nos campos da Estância Velha, antes da Revolução de 1835, muitos cavalos pertencentes
ao Governo, e os colonos tinham permissão de servir-se dêles; como porém, faltava a prática
em lidar com êsses animais, quase todos, chucros, só depois de alguns anos, souberam aproveitá-los.
— 25 —
Nós crianças, que não tínhamos visto ainda semelhantes objetos, quase
que morríamos de impaciência pela volta dos nossos pais.
Porém, levamos um lôgro. Os nossos colonos tinham-se divertido na venda
c, quando se resolveram a regressar, já ia adiantada a hora e animados os espíritos,

e isso foi de consequências funestas para as novas tigelas: um dos colonos esbar-

rou de encontro a uma árvore e a louça se foi em cacos; outro quebrou-a ao


montar desajeitadamente, o terceiro rodou com o cavalo e assim por diante.
Chegados de volta à picada, só um guardava intatas as suas compras. Vendo
isto, os outros avançaram contra êsse último e despedaçaram, entre manifesta-

ções de troça, todo o frágil tesouro.


O coitado não se alterou muito por êsse motivo, antes, vendo a hilaridade
dos companheiros, fêz o melhor que podia fazer: riu-se com êles e voltou para
casa, com os bolsos e a mala vazios.
Felizmente não duraram muito as nossas privações.
Pouco a pouco, tínhamos aprendido a cultivar a terra, e, com algumas
colheitas regulares, conseguimos sair das piores dificuldades.
Até aí a interessante exposição.

O que acima vai dito da vida dos primeiros imigrantes, em geral, pode-se
aplicar, em todos os seus detalhes aos fundadores de nosso município.
Há cento e trinta e cinco anos, as condições de vida, eram, conforme vi-
mos, bastante em nossa terra. Havia falta de tudo. Se já em épocas
difíceis,
normais, dada pouca densidade da população e devido às dificuldades de trans-
à
porte, as condições do comércio não eram lisonjeiras, o grande número de imi-
grantes chegados em poucos anos, naturalmente, contribuiu para piorar a situação.
Os colonos vindos da Europa, eram, na sua grande maioria, de poucos re-
cursos. A longa viagem da Europa até o Rio Grande do Sul, que durava, geral-
mente, mais de meio ano, consumira as economias que um ou outro trazia e o
subsídio que lhes fôra prometido pelos agentes da imigração, nem sempre chegou
a ser pago.

Todos se em um País novo,


viam na contingência de começar vida nova,
em circunstâncias novas e em um
ambiente novo.
Embora já houvesse algum comércio em Hamburgo Velho, as oportunida-
des para ganhar dinheiro eram poucas, e os ordenados irrisórios.
Um jornaleiro, trabalhando de sol a sol, percebia 16 centavos (meia pataca);
profissionais eram pagos à razão de pataca e meia (48 centavos) por dia. Os
pastores evangélicos percebiam a gratificação anual de duzentos cruzeiros.
Tais preços foram elevados sòmente muito mais tarde; ainda nos tempos
da Guerra do Paraguai, os jornaleiros não recebiam mais de 60 centavos por dia.
Verdade é que a vida também era barata; a carne fresca custava, naquela
época, 6 centavos o quilo; o feijão, oitenta centavos o saco. No inventário da
extinta Feitoria Real do Linho-Cânhamo, encontramos, entre outros, os seguintes
preços: reses de cria — três cruzeiros; bois mansos — cinco cruzeiros; éguas chu-
cras — sessenta e quatro centavos; cavalos mansos — três cruzeiros e vinte
centavos, por unidade.
Como se vê, os preços eram convidativos, mas assim mesmo, muito altos
para quem não possuía dinheiro.
Entre os primeiros profissionais, estabelecidos em Hamburgo Velho, encon-
tramos: o primeiro ferreiro de nome Kuhs; morreu na Revolução Farroupilha.
— 26 —
Mais tarde abriu uma ferraria o sr. Henrique P. Muller. O primeiro sapateiro
foi Henrique Schaefer; Cristiano Kohlrausch, o primeiro alfaiate. Carpinteiro:
Libório Mentz. O primeiro moinho de Pedro Petry, no arroio Luiz Rau; o pri-
meiro curtume de Nicolau Becker. Os primeiros negociantes: Luiz Kersting e
Carlos Zimmermann; o primeiro hotel: Jacob Kroeff; o primeiro médico: Dr.
Schõnbeck.
Apesar de todas as dificuldades, o novo núcleo foi progredindo e, já em
18 30, o brigadeiro Manuel Carneiro da Silva Fontoura, após uma visita à colónia,
motivada pelo calunioso boato de uma alteração de ordem, em ofício datado de
1 5 de dezembro daquele ano, dirigido ao Presidente da Província, escreve, todo

entusiasmado, entre outros, o seguinte: "he admirável o auge a que se tem ele-
vado o aumento dos Colonos, já na edificação de suas moradias, já nas grandes
roças, plantações, criações, etc, quanto se achão satisfeitos", e mais adiante
fala em "diferentes artigos que já com abundância exportarão desta colónia para
essa capital, em barcos aqui construídos".
Em
1830, João Pedro Schmitt, adquiriu a casa de negócio de Luiz Kersting
e deu grande impulso ao comércio de Hamburgo Velho, comprando os pro-

dutos agrícolas de tôda zona colonial e revendendo-os em Pôrto Alegre, para onde
eram transportados em lanchões, pertencentes a Henrique Schmitt.
João Pedro Schmitt foi o primeiro cidadão desta zona, escolhido para um
cargo público, pois, exerceu durante muitos anos, as funções de inspetor para as
colónias de Estância Velha, Bom Jardim e Campo Bom.
Para cemitério em Hamburgo Velho, foi doado pelo Governo, um pedaço
de terras com 20 braças de largura e 800 de comprimento e onde foi instalado
o cemitério evangélico, que ali ainda existe hoje. A frente desse terreno foi
dividida em lotes, que foram vendidos e formam hoje o centro de Hamburgo
Velho. O
cemitério católico foi instalado mais tarde num terreno doado pelo sr.
Jacob Altmayer.
Após a Revolução Farroupilha, que muito atrasou a incipiente cidade, Ham-
burgo Velho refez-se em pouco tempo dos prejuízos havidos; foi estendendo suas
atividades comerciais, tornando-se no decorrer dos anos, um importante centro
de negócios.

8. COLABORAÇÃO CÍVICA — TRIBUTO DE SANGUE


A) Nas guerras externas
Os imigrantes alemães, vindos para o Brasil, cedo sentiram o dever de
servirem, não sòmente com o trabalho de seus braços, mas, também, com as

energias de seu espírito, com sua dedicação, com seu sangue e vida, ao País
escolhido para segunda Pátria e para Pátria dos seus descendentes.
Já entre os primeiros colonos se manifestaram esses sentimentos, conforme
se um ofício do então Presidente do Província, Dr. José Feliciano
verifica de
Fernandes Pinheiro, posteriormente Visconde de São Leopoldo, dirigido em data
de 8 de junho de 182 5 ao Governo Imperial e de que extraímos os seguintes
trechos:
"Escrupulisaria, se não levasse ao conhecimento de V. Excia.
para fazer subir ao de S. M. Imperial o nobre entusiasmo de trinta e
sete alemães da Colónia de São Leopoldo, que incitados dos prepara-
— 27 —
tivos e medidas para acudir ao iminente risco de invasão sôbre esta
Província (Guerras Cisplatinas. —
N. d. autor) se ofereceram vo-
luntàriamente a formar um esquadrão, o qual se operasse naquele
ponto que lhe fôsse indicado."

Aceito o oferecimento, foram incorporados ao Exército Nacional, cerca de


cinquenta colonos, formando a Companhia de "Voluntários Alemães".
Conta Aurélio Pôrto, no seu livro "O Trabalho Alemão no Rio Grande
do Sul":
"Durante um ano, um longo ano de martírios e tormentos, um
ano de aflições e misérias, afrontando todos os dias a morte . .

esses abnegados colonos prestaram seu primeiro tributo de sangue


à Pátria Brasileira".

Em mandado dar baixa a esses voluntários. Entre os que forma-


1827, foi
ram "Companhia de Voluntários Alemães", encontram-se os seguintes nomes
a
de famílias deste município: Carlos Becker, Zimmermann, Albrecht, Meyer,
Kunz, Mens (Mentz?), Weber, Korndórfer, Dreier, Beck e Muller.
Em a declarar guerra ao ditador da Argen-
1851, o Brasil viu-se obrigado
tina, Manuel Rosas. Também
campanha, em que o Exército Brasileiro
nesta
venceu o inimigo, batendo-o definitivamente, na batalha de Monte Casero (5
de fevereiro de 18 52), tomaram parte numerosos colonos imigrados e alguns já
nascidos nesta terra.
Veio a Guerra do Paraguai. Os filhos de Novo Hamburgo, agora já não
mais os imigrantes alemães, mas os descendentes destes, nascidos no Brasil, se
apresentaram, em grande número, ao lado dos brasileiros de outras origens, que
do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste, acorreram pressurosos em defesa da honra de
sua Pátria, "escrevendo", conforme i'elata Aurélio Pôrto, na sua já citada obra,
referindo-se ao concurso do elemento germânico, "nessa sangrenta luta, nos com-
pôs inóspitos do Paraguai, páginas de surpreendente bravura e cívico arrebata-
mento".
Não foi possível ao autor desta monografia, obter a relação completa dos
filhos deste município, que marcharam para a guerra, pois os nomes dos mes-
mos figuram nas listas gerais dos que seguiram para a luta.

Possuímos, no entanto, a relação dos novo-hamburguêses, que morreram nos


campos de batalha. Foram êles os seguintes:

1. Pedro Barth, filho de Jacob Barth e Catarina Werb, morto na batalta


de Curuzu.
2. Carlos Hartz, filho de João Hartz e Catarina Becker, morto na batalha
de Curupaiti.
3. Pedro Ludwig, filho de Henrique Ludwig e Catarina Wingert, morreu
em 1866, de moléstia contraída no Paraguai.
4. Jacob Guilherme Gressler, filho de Carlos Gressler e Maria Fritz, morreu
na batalha de Curupaiti.
5. Pedro Rúbenich, filho de Pedro Rubenich e Luisa Engelhardt, ferido na
batalha de Curupaiti, morreu num hospital.
6. Luiz Adolfo Haesbert, filho do pastor evangélico Pedro Haesbert e Maria
Martin, ferido no campo de batalha, mon^eu num hospital de Corrientes.
— 28 —
7. Frederico Muller, filho de Pedro Muller e Maria Catarina Muller, mor-
reu em Cerrito.
8. Augusto "Wallauer, filho de João Muller e Catarina "Wallauer, morreu
na batalha de Curupaiti.
9. Pedro Tatsch.
10. Knewitz.
Gravemente feridos: Conrado Maurer, Jacó Zimmermann, Pedro Wolf, Pe-
dro Kieling, Henrique Petry, Frederico Haack, Antônio Hans e Felipe Schirmer;
citado por ato de bravura: Martin Hoeher.
Provavelmente foi maior o número de mortos e feridos. Os nomes que aci-
ma reproduzimos constam, em parte, duma relação existente num arquivo par-
ticular e parte na que foi publicada na obra já citada de Aurélio Pôrto.

B) Nas lutas internas

Em tôdas as lutas internas, do Rio Grande do Sul, o povo da primitiva


"Costa da Serra" e "Estância Velha", que nalguns documentos antigos também
é denominado "Campo Ocidental", tomou parte.
A primeira vez que o núcleo em formação foi atingido por um movimento
revolucionário, verificou-se durante o ciclo farroupilha (1835 a 1845).
Foram anos de cruéis incertezas e sofrimentos.
Ouçamos o que a respeito da atitude da colónia refere o Dr. João Daniel
Hillebrand, diretor da colónia de São Leopoldo e que, naturalmente, também
diz respeito ao nosso município, então no início de sua evolução. (Revista do
Arquivo Público do Rio Grande do Sul, nrs. 15-16, de 1924.)
"Com tôdas as promessas e ameaças, (dos revolucionários — N. do autor),
não quiseram os colonos alemães pegar em armas contra o Governo Imperial e
foi precisoque os dissidentes lhes queimassem algumas casas, destruíssem proprie-
dades, matando-lhes o último gado, que possuíam e que servia de sustento a suas
famílias, lhes tirassem os cavalos de serviço e afinal arrancassem, à fôrça, alguns
colos de suas casas, os maltratassem barbaramente, para que depois alguns colonos
vendo assim tratados os seus vizinhos, se apresentassem voluntariamente. Apenas
principiou a ocorrer esses fatos, e vendo o resultado obtido pelo terror que os
rebeldes inspiravam aos colonos que me dirigi para o centro da colónia, a reunir
os alemães, que voluntariamente quisessem pegar em armas, a favor do Governo
Imperial e, quase sem trabalho e sem promessa fantástica alguma, em poucos
dias me achava à frente de mais de quatrocentos homens armados e municiados,
a princípio à sua própria custa e logo marchamos a debelar as fôrças rebeldes,
que já por todos os lados invadiram e destruíram as propriedades dos colonos
pacíficos e inofensivos e dos que se tinham alistado nas fórças imperiais."
Ao lado de João Daniel Hillebrand, vemos o cirurgião Antônio José Ramos,
o tenente-coronel Salustiano Severino dos Reis, Diogo Freire e o marechal Gaspar
Francisco Mena Barreto. Entre os colonos que acompanharam êsse grupo, fi-
guram os majores Luiz Kersting, Spindler e Tatsch, bem como os colonos Birk,
Cios, SchúUer, Múler, Schenkel, Schwengber, Fritzen, Feltes e outros, todos
desta zona.
Do lado das hostes farroupilhas vemos: o maior Otto Heise (companheiro
do major Schaeffer, o aliciador dos imigrantes), von Salisch, Krúger, Engerer,
— 29 —
Antônio Luiz Schroeder, João Jacob Agner, todos de Pôrto Alegre; o pastor
Campo Bom; os irmãos Serrazin, de São Leopoldo
evangélico Kliengelhõfer, de
e outros.
Como é sabido, forças revolucionárias, conhecidas pelo nome de "Farrapos",
sob o comando de Vasconcelos Jardim, Onofre Pires e Bento Gonçalves da Silva,
no dia20 de setembro de 183 5 tomaram conta de Pôrto Alegre.
Opresidente da Província, Fernandes Braga fugiu, ficando todo o Rio
Grande do Sul em poder dos revolucionários.
A maioria dos colonos, aconselhados pelo Dr. João Daniel Hillebrand, ne-
gíram-se a acompanhar o movimento farroupilha e reunidos num forte agrupa-
mento, sob as ordens do marechal Mena Barreto, retiraram-se para o morro entre
Hamburgo Velho e Campo Bom, onde aguardaram os acontecimentos, sem serem
molestados. Em janeiro de 1836 vendo a inutilidade de qualquer resistência
ao governo revolucionário, dissolveram-se voltando às suas lavouras, ao passo
que o marechal Mena Barreto retirou-se para a cidade do Rio Grande.
Cinco meses após esses acontecimentos, isto é, em maio de 18 36, houve,
porém, nova perturbação de ordem.
Conforme relata Aurélio Pôrto (op. cit.): "Os colonos da povoação (de
São Leopoldo —
N. do autor) começaram a hostilizar os que demoravam pelas
linhas do distrito. Em justa defesa de suas pessoas e bens, estes últimos se reu-
niram, armando-se fortemente e tornando-se constante ameaça a seus adversários
da população". Êstes recorreram ao auxilio do governo provincial, que se achava
em mãos farroupilhas.
Organizou o governo revolucionário considerável fôrça, que deveria seguir
sob as ordens do coronel Jerônimo Gomes Jardim, dos tenentes Antônio Coelho
de Sousa, Manoel Vaz Ferreira e Antônio Leite de Oliveira, para bater os colonos.
Antes, porém, que essa fôrça pudesse entrar em ação, ocorreu em Pôrto
Alegre uma contra-revolução (15 de junho de 1836), que depôs o governo re-
volucionário. Os chefes foram presos e a situação se normalizou novamente.
No entanto, muito sofreu a "Costa da Serra" e "Estância Velha" com a
revolução. No incipiente povoado de Hamburgo Velho, foram incendiadas as
casas de João Pedro Schmidt, Henrique Schmitt, Kohlrausch, Wingert, Muller,
Zimmermann, Manuel Bento e outras mais retiradas do centro.
Henrique Schmitt, proprietário de um lanchão, que transportava cargas en-
tre São Leopoldo e Pôrto Alegre, foi assassinado, abaixo de São Leopoldo, quando
regressava da Capital; muitos outros colonos ainda foram mortos.
Também em Lomba Grande, naquela época denominada Sendente, 3.° dis-
trito deste município, a revolução se fêz sentir, paralisando o trabalho dos co-
lonos. Durante muito tempo viviam os seus moradores sob as ameaças de gru-
pos armados. O colono Mathias Wetter, foi preso no centro do povoado e de-
golado nas imediações; o colono Diefenbach, também foi preso nos arredores
de Lomba Grande, amarrado na cincha de um cavalo, arrastado até à margem
direita do rio dos Sinos, e morto a facadas; acha-se inumado perto do lugar onde
hoje se encontra o campo de aviação da vizinha cidade.
Com a vitória da contra-revolução, o cenário das lutas se desloca para o
interior. O "Campo Ocidental" volta à calma. No entanto, no dizer de ilustre
escritor patrício "as colónias estão taladas; muitas casas foram presas de incên-
dios, propositalmente postos por motivos de vingança; não existem animais para o
— 30 —
trabalho das roças e o gado escasseia. Es os próprios homens, sempre temerosos,
sempre prontos para se refugiarem nas esconsas serras das picadas, não tem, en-
tretanto, para colherem o fruto de seus esforços, em sua plenitude, a tranquili-
dade indispensável que só a ordem gera. Desciam ainda da Serra, do distrito de
Santa Ana, de quando em vez, grupos retardários de rebeldes, que caíam sôbre
as colónias, depredando-as e matando seus moradores."
Ao todo foram mortos, durante os dez anos que durou a luta fratricida, mais
ou menos, 150 homens e incendiadas 50 habitações.
No entanto, aos poucos, foi-se operando o ressurgimento. Já em 1842, a
região colonial, exportou para Pôrto Alegre, mercadorias no valor de CrS . . .

247.543,00, figurando entre os artigos exportados: lombilhos, no valor de Cr$


41.030,00 (mais de 17%), vaquetas com Cr$ 22.168,00, 178 pares de bo-
tinas, no valor de Cr$ 6.183,00; aves no valor de Cr$ 12.000,00 e ovos no valor
de Cr$ 4.000,00; manteiga 567 arrobas, no valor de CrS 11.345; 39 porcos
gordos no valor de Cr$ 1.170,00 e 1.017 arrobas de toucinho, no valor de
Cr$ 7.119,00. No ano seguinte já duplicou a produção de lombilhos, que figu-
ram na estatística com 3.574 unidades no valor de Cr$ 82.202,00, sendo o valor
total da exportação de Cr$ 311.320,00.
Para essas cifras muito contribuiu a produção de Novo Hamburgo, onde
a indústria de couros ia-se desenvolvendo auspiciosamente.
Após a revolução de 1835 a 1845, durante muitos anos, reinou paz e
sossego. O Mucker, que se desenrolou em Sapiranga, a poucos qui-
episódio dos
lómetros de Novo Hamburgo, não conseguiu perturbar o ritmo do trabalho,
a que se entregavam seus moradores. No combate aos sectários, vemos vários
moradores deste município, combatendo ao lado das forças federais.
A seita dos Mucker, não teve adeptos nesta zona. Em Lomba Grande,
no entanto, a família de Martin Cassei, durante algum tempo, frequentara
as reuniões da nova seita. Porém, mais tarde retirou-se. Com isso atraiu sôbre
si, a animosidade dos sectários.
Numa noite de junho do ano de 1874, a casa de Cassei foi assaltada e
incendiada, perecendo nas chamas, a esposa e quatro de seus filhos, ao passo que
um seu enteado, de nome Henrique Lied, conseguiu fugir; o chefe da família,
deveu sua salvação, ao fato de ter ido, naquele dia, a São Leopoldo, para pedir
providências às autoridades, contra as ameaças dos adeptos do novo credo; sendo
já noite adiantada ao regressar, viu-se obrigado a pernoitar no caminho.
As vítimas do bárbaro crime, atribuído por alguns historiadores aos "mu-
cker", enquanto outros afirmam ter sido perpetrado por um grupo de bando-
leiros, assalariados pelos inimigos da seita, a fim de atrair sôbre esta, a responsa-

bilidade do revoltante fato, acham-se inumados no cemitério católico de Lomba


Grande.
Durante a revolução de 1893 a 1895 Novo Hamburgo nada sofreu, res-
tringindo-se os prejuízos a alguns cavalos, requisitados pelas forças em luta, se
bem que um e outro dos partidos, que se degladiaram, contassem com adeptos
e simpatizantes em nosso município.
Também a luta de 1923, em que muitos novo-hamburguêses demonstraram
simpatias pelas facções que se guerreavam, em nada influiu na vida económica
desta zona.
No movimento de 1930, Novo Hamburgo, já então município, pôs-se ao
— 31 —
lado do Dr. Getúlio D. Vargas, tendo enviado numeroso contingente de vo-
luntários para os campos de batalha.
Na grande guerra que envolveu o mundo inteiro (1939 a 1945), vemos
Novo Hamburgo "de pé pelo Brasil".
Suas indústrias (fábricas de calçados, selarias, fábrica de aços, forjarias, te-
cidos de lona, etc, trabalhavam febrilmente para os suprimentos do Exército; a
filial da "Cruz Vermelha Brasileira" onde se reuniam as damas de tôdas as classes

dedicava-se com afinco, ao preparo de enfermeiras e tomava parte ativa em


sociais,
todos os empreendimentos patrióticos para que era convocada.
Numa Coleta para essa associação, rendeu em poucos dias a quantia apro-
ximada de Cr$ 5 5.000,00 ao passo que uma subscrição aberta para a aviação
nacional conseguiu angariar em pouco tempo a quantia de Cr$ 120.000,00. A
campanha de borracha e alumínio teve êxito memorável.
Do corpo expedicionário brasileiro, que seguiu ao teatro da guerra, tomaram
parte os seguintes novo-hamburguêses:
Tenente Carlos Lotário Richter
Aury Finger
Arno Michel
José Emílio Gomes
José Bento Antônio da Silva
Adalberto Frederico Buss
Helmuth da Silva (falecido).
Para o Corpo Expedicionário que combateu na Europa, foram angariados
donativos no valor superior a Cr$ 22.000,00.
E a nossa mocidade? Trabalhando nas fábricas, nos estabelecimentos ban-
cários e comerciais, espera o momento em que a Pátria precisar de seus serviços
em outros setores, e quando chegar êsse momento, o Brasil verá que como no
passado, também no presente, jamais apelará em vão ao patriotismo do povo
de Novo Hamburgo.

9. DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
a) Construção da Estrada de Ferro
Um dos fatôres mais importantes para o nosso desenvolvimento económico
foi, sem dúvida, a construção da estrada de ferro de Pôrto Alegre a Novo Ham-
burgo, concluída em 1876, a primeira construída no Estado.
Canalizou para o comércio local quase tôda a vasta produção do nosso
"hinterland".
Os planos dêsse importante melhoramento, tinham sido elaborados já há al-
guns anos antes. Em
1867, a Assembléia Provincial aprovou os respectivos pro-
jetos, e autorizou o Estado a assumir uma garantia de juros de 5% sobre o ca-
pital de Cr$ 2.600.000,00, importância julgada suficiente para levar a cabo o em-
preendimento.
Quando, mais tarde, porém, foi assinado o contrato para a construção da
ferrovia com uma firma inglesa, a garantia de juros foi somente concedida sobre
o capital de Cr5 1.800.000,00, sendo no entanto, a taxa elevada a 7%.
O capital foi conseguido por meio de ações, sendo que os Cr$ 1.800.000,00
— 32 —
garantidos pelo Governo, foram colocados no estrangeiro e o restante no mer-
cado nacional.
O movimento de não era, a princípio,
passageiros e transportes ferroviários
suficiente para cobrir as despesas, de maneira que o Governo teve que desenbol-
sar, até o ano de 1891, a quantia de Cr$ 7.400.000,00, somente para o pagamento

dos juros do capital garantido, ao passo que os acionistas do capital restante nada
recebiam.
Os trabalhos foram começados aos 26 de novembro de 1871.
O fato revestiu-se de grande solenidade. Na Prefeitura de São Leopoldo se
encontra ainda, como lembrança do notável acontecimento, uma pá de prata,
com a seguinte inscrição:

"Estrada de Pôrto Alegre a Novo Hamburgo.


Com esta pá cortou o Exmo. Snr. Presidente da Província Con-
selheiro Jeronymo Martiniano Figueira de Mello, o primeiro torrão
de terra com que inaugurou em prezença das principaes Authori-
com que foi dotada
dades os trabalhos da primeira estrada de ferro
a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul: achando-se tam-
bém presente ao acto os Ulmos. Snrs. Capitão João Alves Ferraz
d'Elly, Presidente da Camara Municipal; Major João Schmitt, Vice
Presidente; John Mac Ginity, Empresário da Estrada; Dor. R. Cleary,
Engenheiro idem, e para que possa constar pede-se para que seja
depositada a mesma pá nos Paços da Camara Municipal desta Cidade
de São Leopoldo.

São Leopoldo, 26 de Novembro de 1871.

J. H. O. Knorr Gravou."
A primeira parte da importante via, isto é, os primeiros 33 quilómetros
entre Pôrto Alegre e São Leopoldo, ficaram concluídos em 1874 e os dez quiló-
metros desta cidade até Novo Hamburgo, em 1876.
A continuação até Taquara foi iniciada em 1899 e concluída em 1903.
Êsse trecho é de 45 km. O último trecho, de Taquara a Canela, sem dúvida, o
mais difícil e dispendioso, pois tem que vencer a subida da Serra, foi concluído
em 1921.
Atualmente a rede ferroviária de nosso Estado já é bastante extensa, pois
conta com 2.78 8 km de linha e ocupa entre os demais Estados brasileiros, quanto
à extensão, o quinto lugar.
Hoje, em as estradas de ferro tem um grande concorrente nos
dia, aliás,

automóveis e caminhões que, dia a dia, desenvolvem suas linhas, aperfeiçoam seu
aparelhamento, melhoram as condições de transportes, ampliam seu raio de ação,
e se bem que não podem substituir, em todos os casos, as ferrovias, tiram-lhe5
muito de sua antiga importância.

b) Evolução da Indústria
Transformada em ponto terminal de uma estrada-de-ferro, não tardou muito
que Novo Hamburgo se desenvolvesse rapidamente. O seu vasto "hinterland"
produzia em grande abundância e prosperava a olhos vistos. Dezenas de carretas,
Vista geral de Novo Hamburgo e Hamburgo Velho Foto: Alceu Feijó

Nos fundos os picos dos Dois Irmãos e o histórico Morro Ferrabraz


Moderno conjunto residencial — Avenida Pedro Adams Filho
Foto: Alceu Feijó
— 33 —
vindas das colónias de Dois Irmãos, Bom Jardim, Herval e Sapiranga, traziam
a colheita daquelas férteis terras e, grandes tropas de cargueiros da Serra, des-
carregavam suas mercadorias nos armazéns desta estação. Porém, não voltavam
vazios, esses meios de transporte: levavam fazendas, ferragens e outros artigos
de que careciam as zonas produtoras.
O comércio se deslocava de Hamburgo Velho para Novo Hamburgo,
tomando proporções cada vez mais animadoras.
Porém, o extraordinário progresso do nosso município não se deve tanto
ao desenvolvimento do seu comércio, se bem que êste tenha lançado os alicerces

de sua atual prosperidade, mas sim, ao surto de sua indústria.

É, sobretudo, a de couros que deu o primeiro e grande impulso à ascençao


rápida da nossa produção, sendo, mais tarde, seguida por outras, que, encon-
trando condições favoráveis, puderam firmar-se e desenvolver-se satisfatoria-
mente.
Não é dos tempos que data a fundação da indústria-de-couros.
últimos
Já vimos que o Nicolau Becker, vindo para o Brasil em 1797, abriu aqui
sr.

uma selaria e curtumes nos primeiros anos da imigração, se estabeleceu, com


uma sapataria, o sr. Henrique Schaefer, e já em 1832, o sr. Mathias Franzen, es-
tabelecido na "Costa da Serra", em carta dirigida a seus parentes na Europa,
assim se expressa:

"Tenho muito serviço na minha profissão de sapateiro. Um par de botinas


custa 24 francos e os sapatos valem 10 francos. O couro é aqui mais barato
que na Europa, e já existem vários curtumes. Um couro cru compra-se por
12 francos e curtido sai por 32 francos".
Durante Revolução de 183 5, teve a nossa indústria grandes prejuízos,
a
os situados na região colonial foram quase todos saqueados,
estabelecimentos
pois, as forças em luta, necessitando de muito correame e arreiamento, requisi-
tavam-no onde o encontravam.
No entanto, pouco depois de terminada aquela revolta, em 18 52, já a indústria
ia outra vez em franca prosperidade.
Naqviele ano existiam no município de São Leopoldo 56 curtumes e selarias
avaliadas em Cr$ 78.5 00,00. movimento de capitalO foi de Cr$ 36.416,00
c o valor dos couros beneficiados de Cr$ 328.533,00.
Produziram, nesse mesmo 67.200 pares de arreios no valor de Cr$
ano,
3 36.000,00 ou sejam de mais de 35%do valor total da exportação deste município
em 1855, que montava à importância de Cr$ 912.000,00.
Mais tarde, houve uma certa estagnação, que durou até os últimos anos
do século passado. Os curtumes de São Leopoldo iam aos poucos fechando as
suas portas e, os da zona colonial, nunca chegaram a produzir em escala maior.
No começaram a fundar-se, em Novo
princípio do século atual, porém,
Hamburgo, algumas fábricas de calçados e selarias. Os produtos destas tiveram
boa saída. Aumentaram seus estabelecimentos e começaram a pagar bons preços
pelos couros curtidos. Os curtumes foram aumentando a sua produção e hoje,
depois de uma evolução apenas de cinco décadas, temos instalações que rivalizam
com as melhores do género e uma produção que sobremodo honra o nosso mu-
nicípio.

3
— 34 —
Em 1921 as fábricas de calçados do 2°, 3.°, 4." e 5.°distritos de São Leo-
poldo, e que formavam a zona sujeita à jurisdição fiscal da Coletoria de Novo
Hamburgo, produziram:
Pares Valor
Borzeguins para crianças 27.429 Cr$ 3 56.577,00
Idem, para adultos 76.018 Cr$ 1.824.432,00
Sapatos para crianças 130.885 Cr$ 1.570.620,00
Idem, para adultos 131.778 Cr$ 3.162.672,00
Chinelos e sandálias 409.534 Cr$ 1.638.136,00
Perneiras 1.981 Cr$ 23.772,00
Botas 1.417 Cr$ 63.765,00

Oito anos mais tarde, em 1929, esta produção de Novo Hamburgo, já acusa
os seguintes algarismos, sem os demais distritos acima mencionados:

Pares Valor
Borzeguins e sapatos para crianças 1.381.810 Cr$ 20.065.245,00
Idem, para adultos 987.284 Cr$ 27.391.952,00
Chinelos 310.857 Cr$ 2.554.285,00
Perneiras 19.015 Cr$ 247.195,00
Botas 1.803 Cr$ 90.150,00

Em 1943 a produção de calçados, em Novo Hamburgo, alcançou a elevada


cifra de 3.915.100 pares, no valor de Cr$ 64.121.502,00 e em 1957 a 7.966.7%7
no valor de Cr$ 1.219.306.070,00.
O desenvolvimento gradativo da nossa produção ressalta, se examinarmos o
quadro da arrecadação do imposto sôbre vendas mercantis, relativo aos últimos
dezessete anos.

VENDAS MERCANTIS
, A - -r Valor correspondente às
Ano I
Arrecadação Taxa _
transações comerciais

1939 Cr$ 896.973,10 1,25% Cr$ 71.757.800,00


1940 Cr$ 1.037.388,50 1,25% Cr$ 82.991.100,00
1941 Cr$ 1.245.698,70 1,25% Cr$ 99.65 5.970,00
1942 Cr$ 1.673.018,30 1,25% Cr$ 138.841.400,00
1943 Cr$ 7.479.400,70 1,40% Cr$ 177.100.050,00
1944 Cr$ 3.623.308,80 1,4% e 1,5%, Cr$ 242.991,741,00
1945 Cr$ 4.212.364,50 1,5% e 1,75% Cr$ 290.853.739,30
1946 Cr$ 7.266.408,70 1,75% e 2% Cr$ 423.873.840,80
1947 Cr$ 9.494.076,90 2% e 3% Cr$ 395.586.637,50
1948 Cr$ 12.552.086,80 3% Cr$ 418.402.893,40
1949 Cr$ 13.682.260,80 3% Cr$ 456.075.360,00
1950 Cr$ 15.860.397,40 3% Cr$ 528.679.913,40
1951 Cr$ 21.782.163,00 3% Cr$ 726.072.100,00
1952 Cri 23.993.931,70 3% Cr$ 799.797.723,40
1953 Cr$ 31.144.340,30 3% Cr$ 1.03 8.144.676,70
1954 Cr$ 43.069.018,10 3% Cr$ 1.43 5.63 3.936,70
1955 Cr$ 58.247.959,40 3% Cr$ 1.941.598.646,00
— 35 —
1956 Cr$ 77.124.254,20 3% Cr$ 2.570.808.473,00
1957 Cr$ 105.290.365,50 3,65% Cr$ 2.884.675.479,00
1958 Cr$ 135.801.972,40 3,65% Cr$ 3.720.600.558,00
Atualmente, porém, a nossa indústria não se limita mais à produção de
artigos de couro. É muito variada. Uma importante fábrica de aço está pro-
duzindo matéria de primeira qualidade. Grandes forjarias e fábricas de máquinas,
abastecem o mercado com seus produtos. Fábricas de tecidos de lona e de sêda,
não tem mãos a medir, para darem vencimento às encomendas vindas de to-
da parte.
Uma notável fábrica de órgãos e harmónios, fornece instrumentos para
todos os Estados da União; uma de cerâmica e tijolos refratários e outra de
papelão, iniciaram a sua atividade e muitas outras indústrias, ainda em pequena
escala, vivem prosperando sombra das condições favoráveis do nosso muni-
à

cípio, situado nas proximidades da Capital do Estado, em terreno alto e saudável,


ligado aos principais centros do País por ótimas vias de comunicação.

10. AGRICULTURA E PECUÁRIA


É pouco importante a agricultura no município de Novo Hamburgo, na
parte que fica à margem direita do rio dos Sinos. De solo pouco fértil, com
exceção da pequena área formada pela encosta sul da serra dos Dois Irmãos, a
lavoura não é remuneradora. Além disso, as terras distribuídas há 120 anos
entre os primeiros povoadores, obedecendo ao programa da pequena propriedade
rural, já se acham hoje de tal modo subdivididas, que não há mais espaço para
grandes plantações. Existem muito poucos proprietários, possuidores de áreas
superiores a Os donos de chácaras, residentes nas imedia-
cinquenta hectares.
ções da cidade, produzem algumas verduras e fazem pequenas plantações de milho,
feijão, aipim, batatas, abóboras, etc, para o consumo próprio.

Diferente é o quadroem Lomba Grande, distrito essencialmente agrícola.


Nãosendo de primeira qualidade as terras desta zona, os agricultores se
dedicam, principalmente, à cultura da mandioca, pouco exigente quanto às con-
dições de fertilidade do solo, e que é transformada, nas atafonas, em farinha,
artigo de grande consumo em todo o Brasil, e cuja produção, nesse distrito, é
avaliada em 40.000 sacos, fabricada em cinquenta atafonas. A margem esquerda
do rio dos Sinos existem algumas plantações de arroz, cuja produção ascende a
cêrca de 3.000 sacos. Também cultivam algum feijão e milho; porém, a produção
não é suficiente para o consumo local.
Sendo, como já foi dito, muito subdivididas as propriedades, a criação de
gado vacum também é pouco importante, limitando-se a algumas vacas leiteiras,
para o comércio do leite; no entanto, a indústria desse produto está longe de
satisfazeràs necessidades da cidade de Novo Hamburgo, que é suprida, em
grande parte, pelos agricultores de São Leopoldo e Taquara.
Existem alguns lotes de gado, nas várzeas e banhados, em ambas as mar-
gens do rio dos Sinos, porém, não podem ser considerados como fator de valor
económico. Também os pequenos lotes de suínos e aves, criados nas chácaras,
se restringem, com uma ou outra exceção, ao consumo dos respectivos proprie-

tários.

Em virtude do extraordinário desenvolvimento da indústria e do aumento


— 36 —
vertiginoso da população com o afluxo de operários, homens de negócios e in-
que aqui se estabelecem, atraídos pelas condições favoráveis que
dustrialistas,
a situação económica desta cidade oferece, a falta de produtos agrícolas para a
população do povo, começa a constituir um problema, que merece ser estudado
sèriamente, antes que tome formas graves.
Felizmente existe a possibilidade de resolver êsse problema com o aprovei-
tamento da extensa baixada do rio dos Sinos, onde se encontram milhares de
hectares de terras fertilíssimas, ainda inaproveitadas devido ao perigo das en-
chentes do mencionado curso de água.
Canalizando o rio dos Sinos, tôdas estas áreas poderão constituir o celeiro,
não somente de Novo Hamburgo, mas, ainda, de outras comunas, situadas à
margem desse rio, sem falar nas vantagens, que inegavelmente advirão com a
canalização, quando o transporte fluvial, a exemplo do que vem acontecendo
em todos os países de intenso desenvolvimento industrial, entrar como im-
portante fator em nossa vida económica.
Um que visa realizar essa grandiosa obra, já está sendo estudado
projeto,
pelos poderes competentes, e o respectivo anteprojeto se encontra concluído na
Secretaria das Obras Públicas do Estado.

1 1 . REFLORESTAMENTO
Em 1919, deu-se aqui, em Novo Hamburgo, então ainda sede do 1° dis-
trito de São Leopoldo, um fato interessante. Num "enfarruscado" dia de agósto,
várias donas de casa se dirigiram ao sr. subintendente do distrito, pedindo provi-
dências no sentido de chegar lenha para as cozinhas, pois, que nos depósitos não
existia uma talha de combustível.

Em consequência de uma chuvarada, que caíra durante mais de duas se-


manas, as estradas de acesso à nossa cidade tinham-se tornado intransitáveis
para carrêtas e não havia possibilidade para nossos fornecedores habituais de
trazerem sua mercadoria.
É que naquela época era grande a escassez de lenha. Esta vinha dos agricul-
Quatro Colónias e zonas adjacentes.
tores de Dois Irmãos, Portão, Estância Velha,
Hoje o quadro é bem diferente. Novo Hamburgo não somente possui com-
bustível suficiente para as suas cozinhas e para sua indústria, mas, também,
exporta em regular quantidade, lenha e carvão para outros municípios.
Como se operou esta transformação?
Se não me falha a memória, foi em 1911, que se deu início nesta zona, em
grande escala, à primeira tentativa de reflorestamento.
A Companhia Geral de Indústrias adquiriu, nesse ano, as lombas e co-
xilhas entre São Leopoldo e Sapucaia, a fim de plantá-las com eucalipto. Eram
terras de qualidade inferior, cansadas, como se costuma dizer, onde não crescia
nada, a não ser uns arbustos mirados, alguns pés de capororoca e muita, muita
"guãxuma".
Os "entendidos" ao verem a Companhia atacar, com vigor, o trabalho de
lavração e plantação, prediziam um ruidoso fracasso. De fato, a princípio o
negócio não parecia auspicioso, tanto que o engenheiro que ideou e dirigiu o
empreendimento, desesperado com as críticas feitas ao seu trabalho, suicidou-se.
Porém, com o correr dos tempos, verificou-se que o negócio não foi tão
— 37 —
mau assim e que os "entendidos" não tinham razão em suas profecias. O en-
genheiro autor do projeto estava reabiHtado.
Hoje Viação Férrea do Estado adquiriu tôda a vasta plantação, que conta
a
para mais de um milhão de árvores.
No município de Novo Hamburgo, os primeiros plantadores de eucalipto
foram os srs. Pedro Adams Filho, Dr. Jacó Kroeff Neto e Guilherme Ludwig;
o primeiro iniciou uma extensa plantação nas imediações desta cidade; o segundo
encheu de mato, grande parte das terras situadas no Matadouro Kroeff e o ter-
ceiro aproveitou alguns lotes situados em Hamburgo Velho, para o mesmo fim.
Animados por estes exemplos, outros e outros dedicaram-se à nova cultura,
sendo atualmente o sr. Aloisio H. Schmitt o maior plantador, com cerca de um
milhão de pés dessa essência.
Quando, em 1929, a usina fornecedora de eletricidade ao nosso município,
instalou seus possantes motores a gás pobre e que consumiam cerca de mil metros
cúbicos de lenha por mês, isto é, mais que todas as cozinhas então existentes,
juntas, já uma regular parte do combustível era fornecida pelos matos de euca-
lipto existentes.
Em 1934, o interesse dos proprietários de terras foi despertado pelos cál-
culos que vinham sendo divulgados pelos propagandistas da plantação de acácia,
de extraordinários lucros.Era, ao que diziam, um negócio grandioso. A acácia
produzia não sòmente lenha de primeira qualidade, mas também casca para curtir.
Êste último ponto calou. Sendo Novo Hamburgo, como se sabe, um mu-
nicípio, que deve a sua invejável situação económica ao couro e seus produtos,
tudo o que se relaciona com a matéria prima necessária, desperta, naturalmente,
grande interesse.
Notadamente, a casca para curtir, vinha se tornando um problema cada vez
mais sério. O produto de nossas florestas —
cascas de araçá e outras espécies —
tinham quase que desaparecido do mercado. Os curtidores recorriam ao "que-
bracho", extrato da árvore do mesmo nome, que nos vinha da Argentina. Po-
rém, êsse artigo de dia para dia, subia de preço.
É pois, fácil de imaginar, o entusiasmo com que foi iniciada a cultura de
uma árvore, que prometia resolver um dos mais graves problemas dos nossos
industrialistas.
Em pouco tempo, quase todas as coxilhas, em tôrno de nossa cidade e
onde vicejava apenas a "barba-de-bode", foram se cobrindo de plantações de
acácia e hoje apresentam o verde-escuro das florestas, em vez de verde-pálido
dos campos.
Os maiores plantadores dessa espécie de essência, no nosso município, são
o sr. Adolfo Jaeger, fundador e chefe da conhecida firma desta cidade, o qual
iá plantou cerca de novecentos mil pés. Outra plantação grande é a da firma
Bernardo Chazan & Cia. Além dessas grandes, temos muitas outras menores.
O quanto foi oportuna e remuneradora a iniciativa do reflorestamento, os
tempos que correm vem demonstrando. Sem a tarefa de homens previdentes, que
tiveram que enfrentar, muitas vêzes, as críticas e as zombarias de pessoas que
querem passar por "entendidos" o que seria de nós hoje? Donde viria a lenha, para
nossas cozinhas e para nossa indústria, se não tivessem sido acumuladas, em
tempo, reservas suficientes?
Quando, durante o último grande conflito mundial, o carvão vegetal subs-
— 38 —
tituiu, em grande parte, a gasolina, as florestas de eucalipto e de acácia, pres-
taram inestimável serviço à nossa indústria e às nossas empresas de transporte.
E não só isto. Até para construções está sendo empregado o eucalipto. De-
vido à falta de madeira de pinho e ao seu elevado custo, está ela sendo substituída
por essa essência, cujos troncos, devidamente preparados, se prestam para caibros,
postes, vigas, barrotes, etc. Revive assim, outra vez, o velho sistema de serem
empregadas madeiras farquejadas, em vez de serradas.

12. TRANSPORTES
A) Considerações Gerais
O município de Novo Hamburgo dispõe de excelentes meios de comunicação
e transportes.
É atravessado, em sentido nordeste-sudoeste, pelo rio dos Sinos. Lamenta-
velmente esse curso de água, que poderia ser aproveitado para o transporte de
cargas e de passageiros, com incalculáveis vantagens para a economia de vasta
e riquíssima zona de nossa Estado, se fôsse devidamente canalizado, ainda não
mereceu a atenção devida dos poderes competentes. As obras necessárias para
torná-lo navegável, desde Taquara até Prto Alegre, apresenta, relativamente,
poucas dificuldades, devido à diminuta diferença de nível entre as duas cidades
mencionadas, e o terreno argiloso, de que se compõe tôda a baixada que se
estende às suas margens, não oferecer dificuldades à abertura de canais.
A navegação fluvial, que nos primeiros tempos da colonização desempenhou
importante papel no transporte de mercadorias, notadamente, entre São Leo-
poldo e Pôrto Alegre e, posteriormente, entre Taquara e a capital do Estado,
não pôde resistir à concorrência dos outros meios de transporte, surgidos com
o desenvolvimento dos últimos anos, devido às dificuldades naturais que se opu-
nham ao seu desdobramento ,obrigando as companhias que se ocupavam nesse
setor de atividade, a suspenderem seus trabalhos.
Surgiu a viação férrea que atrofiou a navegação. Porém, também a viação
férrea, aos poucos, vai sentindo a concorrência dos transportes motorizados pelas
rodovias, que cruzam o município em todas direções, ligando-o a todos os centros
produtores consumidores do País.
e
Entre estas rodivias destacam as seguintes:
1° — Novo Hamburgo Pôrto a São Leopoldo, com 39 km
Alegre, via
de extensão.
2. °— Novo Hamburgo Taquara, Hamburgo Velho, Campo Bom,
a via
Sapiranga, Nova Palmeira Parobé, com 44 km de
e extensão.
— Novo Hamburgo Dois Irmãos, Hamburgo Velho, com
3. ° a via 12
km de extensão.
—A
4. ° estrada Lucena, com 42 km, que saindo
Presidente Novo de
Hamburgo, atravessa Estância Velha, Bom Jardim e Picada Café, terminando
em Petrópolis, com a extensão de 42 km.
A as estradas, no entanto, é a rodovia Getúlio
mais importante de tôdas
Vargas, que liga Pôrto Alegre, através dos Estados de Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, a Rio de Janeiro, cruzando o nosso município em sentido sul-norte.
Foi, sem dúvida, um dos empreendimentos mais importantes, não somente
— 39 —
sob o ponto de vista económico, mas, também, sob o ponto de vista social,

a ligação dos Estados sulinos à Capital da República.


Além disso, a sua construção pode ser considerada verdadeiramente provi-
dencial, pois, no momento em que a navegação marítima se achava enorme-

mente dificultada, em virtude da guerra européia e suas ulteriores consequências,


e a viação férrea impossibilitada de dar escoamento à grande produção de nosso
Estado, a nova rodovia, se não resolveu de todo a falta de transportes, contudo
a atenua sensivelmente. E Novo Hamburgo, com sua adiantada indústria, que
abastece de vários artigos os Estados do Norte e dali recebe muita mercadoria,
veria paralizadas suas fábricas e, seus trabalhadores, corriam o risco de desemprego,
senão houvesse escoadouro. Essa estrada, um dos mais notáveis empreendimentos
do Estado Novo, constitui um monumento imperecível da administração do
Exmo. Sr. Dr. Getúlio D. Vargas, e perpetuará através das gerações, a sua
passagem pelo Governo do Brasil.

B) Transportes de passageiros
Os primeiros moradores não conheciam problemas de transporte. Eram ra-
ríssimas as viagens de colonos às cidades, e os comerciantes, quando obrigados
a viajar a São Leopoldo, se serviam de animais de montaria. Quando a necessi-
dade ou os seus interesses os obrigavam a irem a Pôrto Alegre, embarcavam no
pôrto fluvial do rio dos Sinos, numa das embarcações, que se ocupavam do
transporte de mercadorias entre São Leopoldo e a capital do Estado. Tais via-
gens levavam, geralmente, três dias, isto é, um para ida, outro para tratar dos
negócios e um terceiro para a volta.
A construção da estrada-de-ferro (em 1876), trouxe grande vantagem aos
viajantes; já podiam ir de manhã a Pôrto Alegre e voltar à tarde.
Tornadas, assim, mais fáceis as viagens à capital do Estado, começou o
problema de transporte entre Hamburgo Velho e a estação ferroviária de Novo
Hamburgo.
O centro religioso, social, comercial e industrial da zona, continuava em
Hamburgo Velho. As pessoas que desejavam viajar de trem, viam-se obrigadas
a percorrer o trajeto da cidade alta até a aludida estação, a pé ou embarcar
numa carrêta. Pelo ano de 1880, porém, já havia carros de quatro rodas, a traçao
animal. No entanto, as passagens não eram muito baratas. Os carros, conside-
rados veículos de luxo, somente aproveitaram aos cidadãos que dispunham de
recursos.
Como muito natural, pouco a pouco, aumentou o número de casas em
é
redor da estação ferroviária.Surgiram estabelecimentos comerciais, hotéis, arma-
zéns, para depósito das mercadorias, vindas da zona rural, a fim de serem
embarcadas para Prto Alegre. Surgia, enfim, ao redor do ponto terminal da
ferrovia, novo centro urbano. Entre os dois centros, o antigo, a cidade alta,
e o novo, a cidnde baixa, estabeleceu-se intenso movimento de pessoas que iam
e vinham. Esse movimento sugeriu a idéia da construção de uma linha de bondes
e, em 1912, a idéia tomou formas.
O
conhecido construtor de estradas de rodagem e de ferrovias. Coronel João
Correa Ferreira da Silva, prontificou-se a construir o leito para o novo empreen-
dimento, ao passo que o sr. Adolfo Endres, auxiliado por alguns moradores de
— 40 —
recursos, adquiriu os veículos e animais de tração, assumindo a gerência da
empresa.
Os bondes partiam do largo fronteiro à estação da estrada de ferro, subiam
a rua General Neto até a Bento Gonçalves, seguiam por esta rumo à Praça 20
de Setembro até a rua Júlio de Castilhos, continuando por esta acima a Hamburgo
Velho até seu ponto terminal, o Hotel Esplêndido.
O preço das passagens era, a princípio, de 30 centavos, sendo, mais tarde,
elevado a 50 centavos.
Porém, o empreendimento não dava lucros. Um
dos motivos dos prejuízos
foi o desgaste dos animais de tração. A subida de Novo Hamburgo até Ham-
burgo Velho, devido ao terreno acidentado, exigia grandes esforços desses animais
que, ao cabo de poucas semanas, estavam inutilizados.
Para sanar esse mal, o jovem mecânico, Aloisio Einsfeld, concebeu a genial
idéia de adaptar aos bondes um motor de automóvel. Constituiu essa ideia uma
novidade, mas, foi aceita pela administração dos bondes. O motor foi colocado
e Novo Hamburgo, teve a primazia, no Rio Grande do Sul, de dispor de um
tráfego de bondes motorizados.
Mas, assim mesmo, verificou-se, que Novo Hamburgo ainda não compor-
tava uma linha desse género de transporte. Lá pelo ano de 1915, a companhia
suspendeu o tráfego e, alguns anos depois, foram retirados do leito da estrada
de rodagem, os trilhos e dormentes.
(O genial mecânico, Aloisio Einsfeld, apesar de muito môço ainda, revelou-
se uma extraordinária capacidade em sua profissão e muito se podia esperar ainda
de sua habilidade como inventor; porém, em 1918, perdeu tragicamente a vida
numa capotagem de automóvel.)
Terminado o tráfego dos bondes, foi aumentado o número de carros de
praça.
Com o aperfeiçoamento e barateamento dos veículos mecanizados, porém,
já em 1918, apareceram os automóveis, que, aos poucos foram atenuando a falta
de transporte.
Surgiram depois os ônibus, iniciando o tráfego entre a cidade alta e Novo
Hamburgo, bem como entre esta cidade e Pôrto Alegre. Em 1920, já apareceu,
dirigida pelo sr. Arthur C. F. Einsfeld, uma linha de transporte de passageiros
para Tramandaí, que merece ser mencionada, porque, naquela época, não exis-
tia, nos trechos de Osório e a mencionada praia-balneária, o qvie se poderia chamar
de estrada. O viajante, nessa zona, via-se obrigado a procurar passagem,
con-
tornando cômoros, desviando banhados e lagoas, através de um terreno coberto de
escassa vegetação e cheio de obstáculos, que exigiam muita perícia dos moto-
ristas, para serem vencidos. Carros semi-interrados, ora na areia movediça, ora
em banhados imperceptíveis a quem não conhecia o terreno, constituíam aven-
turas tão comuns, que até nem conseguiam alterar a boa disposição dos passa-
geiros e, quando ocorria o caso de atolar-se o veículo, apeavam todos a ajudarem
o motorista sair da situação em que se encontrava.
Era comum ouvir-se dizer, naquela época, que o automóvel, costumava
proporcionar somente dois momentos de satisfação ao seu proprietário: o primeiro,
quando adquiria o veículo, e o segundo, quando conseguia desfazer-se do mesmo;
o que ocorria entre esses dois momentos, não passava de uma série de incomo-
dações, despesas, panes, trabalhos e aborrecimentos de tôda espécie.
— 41 —
Felizmente, hoje tudo evoluiu. Boas estradas cortam o Estado em tôdas
as direções e, os automóveis e caminhões, quando bem cuidados, percorrem mi-
lhares de quilómetros, sem novidade.
Também em Novo Hamburgo, se faz sentir essa evolução no setor dos
transportes. As principais ruas estão calçadas, muitas já asfaltadas e, quase to-

dos os bairros, ligados por ônibus, ao centro. Na estação rodoviária, construída


em 195 5, encostam veículos de tôda parte do Estado, trazendo e levando pas-
sageiros.

C) Transportes de cargas
A sempre crescente produção industrial de Novo Ham-
grande, variada e

burgo, exportada, não sòmente para as praças do Rio Grande do Sul, mas, para
todos os grandes centros consumidores do País, criou, como é natural, um im-
portante problema de transporte.
Nos tempos antigos, os produtos de nossa cidade, tanto os agrícolas como
os das pequenas oficinas de artesões, eram transportados no lombo dos animais
ou em carretas, através de péssimas estradas, até São Leopoldo e embarcadas
cadas nos lanchões que, pelo rio dos Sinos, os levavam a Pórto Alegre.
Com a construção da estrada de ferro, que liga Pórto Aegre a Novo Ham-
burgo, nossa cidade, com ponto terminal dessa, então importante ferrovia, tor-
nou-se movimentado centro comercial. Aqui eram embarcados, não sòmente,
as mercadorias de produção local, mas ainda, grande parte dos produtos vindos
de todo nosso "hinterland", isto é, da rica e próspera zona em que os imigrantes
alemães e seus descendentes em suas pequenas propriedades rurais, vinham-se
dedicando à lavoura, à criação de aves, suínos e gado.
A produção dessa zona, com a de Novo Hamburgo, em certas épocas al-
cançou tais proporções, que, muitas vezes, acontecia faltarem vagões à estrada
de ferro, para dar escoamento à grande quantidade de mercadorias que se amon-
toavam nos armazéns locais e provindos dos centros agrícolas dos arredores.
O advento dos caminhões, produziu nova e profunda modificação no trans-
porte de mercadorias, que passaram, aos poucos, a serem embarcadas nos res-
pectivos centros de produção e levados para os centros consumidores, diminuindo,
sensivelmente, os transportes ferroviários.
Novo Hamburgo, que já perdera alguns de seus mercados com o prolon-
gamento da estrada de ferro até Taquara, deixou de ser importante empório de
produtos coloniais.Os prejuízos dali advindos ao comércio, foram, no entanto,
compensados pelo surto da indústria local, conforme se pode verificar pelo
estudo de nossa evolução económica, de maneira que o ritmo de progresso da
comuna, não sofreu solução de continuidade.
Nada menos de oito empresas de transportes de carga, três agências de
transportes aéreos, além da estrada de encarregam do escoamento de
ferro, se
nossa produção industrial e do abastecimento de nosso mercado, com produtos
e mercadorias necessários à nossa próspera economia.
Não possuímos dados exatos sôbre o volume das cargas levadas e trazidas
pelos caminhões. Quanto aos transportes ferroviários e aeroviários, conseguimos
os quadros estatísticos que se seguem.
As duas estações ferroviárias desta cidade, apresentam, para o ano de 1957,
o seguinte movimento:
— 42 —
Espécie: Novo Hamburgo Hamburgo Velho
Encomendas Cr$ 584.450,50 Cr$ 320.501,50
Cargas Cr$ 305.815,10 Cr$ 8.741,00
Telegramas Cr$ 38 5,00 Cr$ 6.445,00
Acessórios Cr$ 25.786,40 Cr$ 3.529,00
Rendas diversas Cr$ 73.323,00 Cr$ 6.993,90
Diferenças Cr$ 15.95 5,40 Cr$ 615,90
Totais Cr$ 1.941.999,40 Cr$ 629.744,80
Passagens Cr$ 936.284,00 Cr.$ 282.918,50
Em 1956, a renda importou em Cr$ 2.197.643, na estação de Novo Ham-
burgo e, em Cr$ 622.599,30, em Hamburgo Velho.
O pêso das mercadorias transportadas, apresenta os seguintes algarismos:

N. Hamburgo Hamb. Velho


Encomendas recebidas 178.739 kg 52.178 kg
Idem, expedidas 303.310 kg 100.736 kg
Cargas recebidas 873.000 kg 28.000 kg
Idem, expedidas 300.000 kg 44.000 kg
De também os transportes aéreos concorrem, com ci-
alguns anos para cá,
fras apreciáveis,na exportação d°s produtos de nossa indústria. De acordo com
05 dados fornecidos pelas três companhias que aqui mantém agências, estas em-
prêsas embarcaram, para as praças do norte do País, principalmente para o Rio
de Janeiro e São Paulo, no ano de 1957:

Encomendas recebidas Encomendas expedidas


Volumes Pêso Volumes Pêso
Varig — 41.676 kg — 1 5 1.825 kg
Cruzeiro do Sul 2.006 18.975 kg 9.187 96.284 kg
Real Aerovias Nacional . . — — 3.632 36.074 kg

Total 284.183 kg

13. ARTE
A) Canto, Música e Pintura

Apesar de absorvida completamente no esforço reclamado pelo desenvol-


vimento industrial e comercial da comuna, o povo de Novo Hamburgo, sempre
manifestou pronunciado interêsse pelo culto das belas-artes. Notadamente a
música e o canto, conseguiram reunir, desde a vinda dos primeiros povoadores,
algumas familias que, esquecendo, por momentos, as pesadas lutas que vinham
travando com a inóspita mata virgem, formavam pequenos grupos, para cantarem
os hinos e cantos, trazidos de sua antiga pátria. Já em 1832, conforme rezam
as crónicas, Libório Mentz, com seus familiares e alguns vizinhos, formaram,
como em outra parte foi exposto, um côro de cantores.
meados do século passado, o canto recebeu notável impulso com a che-
gada do professor Carlos Lanzer, o qual formou, com os cantores de Hamburgo
Velho, Campo Bom e Estância Velha, a primeira sociedade de cantores.
Após diversos altos e baixos, organizou-se, em 18 88, a sociedade "Frohsinn",
— 43 —
hoje "Aliança", que, além de proporcionar a seus associados variadas diversões,
tornou-se, aos poucos, importante centro de arte e cultura. Notadamente o
teatro, amúsica e o canto, eram cultivados com especial cuidado, criando a
mentalidade, que no correr dos anos, produziu frutos, cujo valor e cuja pro-
jeção, no cenário nacional, ultrapassaram, provavelmente, tudo quanto seus mais
otimistas fundadores sonharam.
Não cabe a esta monografia, narrar, detalhadamente, a marcha sempre
ascendente da sociedade mencionada, porém, os sucessos obtidos pelo "Côro Or-
feônico Júlio Kunz", bem merecem figurar num estudo histórico, dada a re-
percussão, que conseguiram suas apresentações, nos maiores centros artísticos
do País.
Constituído de elementos que, durante o dia, se ocupam das mais variadas
atividades, êste côro, que obedece à batuta do dedicado maestro Oscar Kunz Jr.,
nas inúmeras vezes que foi convidado a participar de representações além fron-
teiras municipais, sempre o tem feito com galhardia, enaltecendo o prestígio da
arte e da cultura artística de nossa cidade.
Ainda recentemente, integrando o Coral da OSPA, da Capital do Estado,
mereceu do maestro Pablo Komlós e da crítica especializada, os mais rasgados
elogios pela sua atuação, no grande oratório profano "Carmina Burana", e pos-
teriormente, na apresentação da "9." Sinfonia" de Beethoven.
Convidado a integrar o Coral da OSPA, no encerramento da temporada do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nos dias 2 5 e 26 de outubro de 1958,
contribuiu de maneira tão elevada nessas festividades, que, no dizer da im-
prensa, conquistaram "um conceito novo para o Rio Grande", e julgamos não
poder deixar de reproduzir, o que a êste respeito, publicou o "Correio do Povo"
em sua edição de 1.° de novembro de 1958.
Rio, outubro (De Geraldo Moser, nosso enviado especial, por gentileza da
Varig) — Dois fatos, em umasemana, projetaram o Rio Grande do Sul

no cenário artístico-musical do país, como inegável centro de cultura, deixando
definitivamente para trás, a época em que a nossa terra gaúcha era tida como
terra de caudilhos, politiqueiros e valentões. O primeiro desses dois fatos, foi o
prémio que o gaúcho, Ernesto Frederico Scheffel, de Novo Hamburgo, conquistou
no Salão Nacional de Belas-Artes, quando lhe foi conferido, sexta-feira, o Pre-
mio de Viagem ao Estrangeiro". O segundo fato, foi o sucesso excepcional que
obteve, no Teatro Municipal, sábado, e em segunda apresentação na televisão,
domingo, do Côro Sinfónico de Pôrto Alegre, cantando os "Carmina Burana",
até então desconhecidos para o público do Rio de Janeiro.
Quando às dezoito horas e trinta minutos de sábado, ressoavam no Teatro
Municipal, os últimos acordes des "Carmina Burana", na invocação suprema
à deusa Fortuna, o numeroso público irrompeu em entusiásticos aplausos, levan-
tando-se de pé, numa consagração ao maestro Pablo Komlós, aos músicos da
Orquestra Sinfónica Brasileira, aos componentes do Côro Sinfónico de Pôrto
Alegre (reforçado com o "Coral ]úUo Kunz", de Novo Hamburgo) consagração ,

que durou muito mais de dez minutos. O locutor da Rádio Ministério Edu-
cação e Cultura, que transmitiu o concerto, afirmava, que há muitos anos,
não vira o público aplaudir tanto um espetáculo no Teatro Municipal como
a êste; por sua vez, o diretor executivo da OSB disse que fôra êste o melhor
concêrto da temporada. O
mesmo dizia o público, em comentários pelos cor-
— 44 —
redores, ora elogiando a disciplina, ora a homogeneidade das vozes, ou o ótlmo
preparo do conjunto coral.
Quanto ao pintor Ernesto Frederico Scheffel, a quem se refere à crónica
acima, um dos mais talentosos pintores orgulho de
brasileiros da atualidade,
Novo Hamburgo, onde reside sua família e onde passou sua infância, o Diário
da Noite, do Rio de Janeiro, em sua edição de 26 de dezembro de 195 6, assim
se expressa:

"Ernesto Frederico Scheffel, se pintasse para vender, abriria falência artística.


Quadro para êle é coisa distinta de mercadoria, a varejo ou a domicílio. Nem po-
deria ser de outra forma. Artista na acepção do vocábulo, está Temperamento
ali.

tímido no trato pessoal, revela-se audacioso, atrevidamente corajoso, quando


pinta. Suas telas — simbólicas na maioria — psiquicamente, explicam os mis-
térios da sua alma. Scheffel, embora académico, não se limita a "fotografar"
as coisas exteriores mesmo porque êle prefere transpor para a tela as suas visões
interiores. É dos poucos vivos que alia técnica e imaginação num propósito
só. Sua pintura contrasta de modo surpreendente com a sua individualidade.
Retraído, calado, ruborizado, ao mais leve termo, licencioso, solitário, em suma,
um caramujo social, transfigura-se na arte.
Adimensão das suas composições dão, logo de início, uma ideia das gran-
dezas adormecidas no seu subconsciente. São mais painéis do que pintura de
cavalete. Há mesmo, talvez pelo desenho, certa semelhança em diversos dêles,
com Pedro Américo. As batalhas de Scheffel, porém, não contam feitos épicos,
patrióticos, históricos. São diferentes da batalha do "Avaí". Elas narram acon-
tecimentos íntimos, frustrações, esperanças, fé e incertezas de uma sensibilidade
em luta com a realidade.
Ernesto Frederico Scheffel, sente-se isso ao se comparar sua arte com o seu
comportamento, vive numa atmosfera onírica: sonha quando pinta. Daí aquele
elemento estranho, enigmático, que parece habitar na sua palheta. Mensagens à
espera de compreensão, cada quadro deste artista requer interpretação e não
julgamento."

B) Instituto de Belas- Artes de Novo Hamburgo


Se os antepassados criaram a mentalidade do culto à arte, as gerações novas
seguem o exemplo de seus ancestrais e, ao lado das múltiplas ocupações, que a
vida agitada dos tempos modernos impõe aos homens na luta pela existência,
apreciável grupo de idealistas ainda encontra tempo para o culto das atividades,
que dão sentido mais elevado à vida, procurando combater o materialismo, que
procura absorver no torvelinho dos instintos primários, o que existe de nobre
e belo no espírito humano.

Foram estas as idéias, que induziram diversos representantes de nossa so-


ciedade, a fundarem o Instituto de Belas-Artes, encampando a escola das irmãs
Sauer, fundada em 1950. Instalado num prédio pertencente à municipalidade
e, que fôra doado a esta pelo extinto Tiro de Guerra desta cidade, é frequentado

por 120 alunos. É mantido e dirigido pela Sociedade Cultural de Novo Ham-
burgo, fundada no dia 23 de outubro de 1957, tendo por presidente o dr. Níveo
Leopoldo Friedrich e, como Vice-presidente, o dr. Walter Merino Delgado, eleitos
para um período de dois anos.
— 45 —
Sócios fundadores: Níveo Leopoldo Friedrich, Walter Merino Delgado, Carlos
Armando Koch, Emília Margaret Sauer, Helga Kehl, Alfredo Marotzki, Alvício
Luís Klaser, Benno Bucker, Werner Behrend, Carlos Engel Neto, João Guilher-
me Harry Casemir Wieck, Arthur Adolfo Reimann, Dr. Eugênio Ricardo
Muller,
Fischer, Gastão Brock, Benno Fensterseifer, Avelino Martins Santini, Emílio Lutz,
lido Pletsch, Elisabeth Clara Sauer Schmitt, Clara Maria Sauer, Eva Schinke,
Graziella Preus, Dr. Silivio Kehl, Affonso Albino Schmitt.

14. DIVERSÕES E ESPORTES


A) Nos tempos antigos

A vida dos primeiros colonos, aqui em Novo Hamburgo, como aliás, em


todas as colónias, constituía a princípio, como vimos, uma existência cheia de
privações, uma constante luta pela sobrevivência. Não havia tempo para
diversões.
Vencidas, porém, as primeiras dificuldades, após tenaz trabalho, o espírito
associativo dos imigrantes começou a manifestar-se e, surgiram, aos poucos, ca-
sas de diversões, sociedades recreativas e grupos, que se dedicavam ora, a uma,
ora a outra atividade, que visava trazer alguma distração e alegria na vida mo-
nótona das ocupações diárias.
A grande festa das épocas passadas, eram os tradicionais "Kerbs", festa,
a um tempo religiosa e social. Reunia os colonos de tôda zona rural, para co-
memorar a inauguração da igreja na respetiva colónia ou picada.
Começava no domingo mais próximo à data em que se comemorava êsse
ato religioso e, durava, geralmente, três dias e três noites.
O programa dessa festa previa um ato religioso na manhã de domingo, ou
seja, missa nas igrejas católicas e culto divino, nas evangélicas; à tarde, abaixo
de música e foguetes, dava-se início às diversões, com o levantamento, na frente
do salão, em que se realizariam os bailes, de um mastro, em cujo tôpo via-se
uma garrafa de bebida no meio de uma coroa de bandeirolas coloridas.
Seguiam-se animados e divertidos bailes, que se prolongavam até a manhã
seguinte. A segunda noite dos "kerbs" era, geralmente, reservada aos casados,
podendo, no entanto, nêles tomar parte também os solteiros. No fim da terceira
noite também, às vêzes, na tarde do terceiro dia, retirava-se novamente, a toque
de música e sob o estourar de foguetes, as bandeirolas e a garrafa do tôpo
do mastro.
Os "kerbs" constituíam o maior acontecimento festivo do ano. Para tomar
parte nessas comemorações, compareciam, nas respectivas localidades, os parentes,
amigos e conhecidos, residentes em outras picadas e, eram recebidos, pelas fa-
mílias do lugar, com hospitalidade e tratados fidalgamente. Os banquetes ser-
vidos nessas ocasiões, constavam do seguinte menu: ao almoço e jantar, farta
mesa de sopa de galinha, assado de porco e de rês, massa fabricada em casa,
batatinha, arroz e sobremesa de frutas sêcas em caldo com pão-de-ló; ao café,
comia-se cuca, também fabricada em casa e, em que não se poupava nem leite,
nem ovos, nem manteiga. Ao almoço e à janta, bebia-se, de preferência, cerveja,
pois, ovinho produzido na região colonial, nos primeiros tempos de colonização,
geralmente não era muito apreciado.
Outra festa tradicional era a do Ano Bom. No último dia do ano que fin-
~ 46 —
dava, reuniam-se, em cada lugarejo, os moços para festejar a entrada do novo
ano. Juntavam-se em grupos e, armados de pistolas, acompanhados de músicos
e de um orador, geralmente o chefe do grupo, iam de casa em casa, levar seus
cumprimentos e apresentar votos programa, nessas ocasiões,
de felicidade. O
constava de tópicos deveras interessantes: Ao chegarem à casa de um morador,
batiam à porta e, quando o dono da casa aparecia, apresentava-se o orador, que
recitava uma poesia, na qual saudava o ano novo e expressava os votos de feli-
cidade a tôdas as pessoas da família. Ao terminar seus versos, convidava os
companheiros a darem uma salva de tiros. Em seguida, o grupo era convidado
a entrar na casa. Aceito o convite, entravam, ao toque de música. No interior
os esperava tôda a família, que obsequiava os visitantes com mesa de iguarias
delicadas e apetitosas. Pouco tempo, no entanto, se demoravam, e após tocarem
mais uma peça de música, se despediam, renovando seus votos de felicidade,
prosseguindo em suas visitas, pois exigia a tradição, que chegassem em tôdas as
casas do lugarejo, sendo considerado grave afronta, omitir um único morador,
como por outro lado, teria sido uma ofensa, não receber os "atiradores do Ano
Novo".
O costume a que nos referimos acima, ainda se praticava no começo do
século corrente e, quando, entre os anos de 1920 a 1930, a polícia o proibiu,
êsse gesto causou vivos protestos em certas picadas.
,Entre os esportes praticados já em meados do século passado, o tiro ao alvo
merece ser mencionado. Em nossa cidade existiam duas sociedades, que o pra-
ticavam, ambos com sede e linha-de-tiro próprias, uma em Hamburgo Velho
e outra em Novo Hamburgo.
Aos domingos tarde, reuniam-se os amantes dêsse esporte, geralmente os
à
pais de família e se exercitavam no tiro ao alvo. Uma vez por ano se disputava
o torneio de "tiro ao rei". O
vencedor nesse torneio, levava, por um ano, o
título de rei dos atiradores. O
segundo e terceiro colocados, eram os "cavalhei-
ros". Após o torneio realizava-se o "baile do rei", em que êste marcava as
danças.De vez em quando, realizavam-se torneios de tiro intermunicipais, em
que tomavam parte, tôdas as sociedades de tiro inscritas, do Estado.
Durante a primeira guerra mundial, foi a atividade dos tiros proibida e,
as armas de tiro ao alvo, confiscadas. Essa proibição, no entanto, não impediu
que as sociedades de tiro, tanto a de Hamburgo Velho, como a de Novo Ham-
burgo, em 1918, quando a gripe espanhola assolou o Estado, pusessem suas sedes
à disposição do governo municipal de São Leopoldo, para nelas serem instalados
hospitais de emergência. Aceita a oferta, foi instalado um hospital provisório
para senhoras, na sede de Hamburgo Velho e um para homens na de Novo
Hamburgo. Mais de trezentos doentes foram acolhidos nesses hospitais impro-
vizados.
Durante a segunda guerra mundial, foram novamente proibidas as sociedades
de tiro ao alvo.
Após o término desta última guerra, a sociedade de tiro ao alvo de Ham-
burgo Velho suspendeu sua atividade, ao passo que a de Novo Hamburgo, após
alguns anos, reiniciou seus ensaios de tiro ao alvo.
Em fins de 195 8, esta sociedade procedeu à fusão c°m o Grémio da Mo-
cidade Bailante, continuando as duas sociedades suas atividades sob a denomi-
nação de "Grémio Atiradores de Novo Hamburgo", tendo eeleito, em sessão
_ 47 —
realizada a 9 de dezembro do mencionado ano, seu primeiro Conselho Deliberativo
o qual, no dia seguinte, por sua vez, elegeu o primeiro presidente e vice-presidente
do novo grémio, recaindo a escolha nos srs. Guilherme Grens e Max Germano
Brenner, respectivamente.
Também em Lomba Grande existia, desde o ano de 1911, uma sociedade de
tiro ao alvo. Como suas congéneres de Hamburgo Velho e Novo Hamburgo,
teve sua atividade esportiva proibida durante as guerras. Após a segunda guerra,
durante muitos anos, seus sócios não praticaram exercícios de tiro ao alvo.
Êstes, somente em 1957 foram reinicidados.
Outro esporte, que por vezes, atraiu o povo de Novo Hamburgo, foram
as corridas de cavalo. Em
1890, o sr. Max Fischel, instalou o primeiro prado nesta
num
região, terreno de sua propriedade, existente entre o atual lito da estrada
de ferroNovo Hamburgo —Taquara e os imóveis da Escola Vocacional. Havia
uma cancha em linha reta e outra circular. As festas hípicas nesse prado, acorria
quase tôda população da zona. Porém, não durou muito o empreendimento.
Alguns meses após à abertura, suspendeu a atividade.
Um segundo prado surgiu, em 1904, no bairro Rio Branco, em terrenos
da família Streb. A
cancha, de cinco quadras e com trilhos para cinco animais,
era em Apesar de serem muito concorridas as reuniões desportivas,
linha reta.
após alguns meses de atividade, o prado fechou as portas.
Em 1914, foi aberto um terceiro prado, em terrenos do sr. Pedro José Treis.
Ocupava a área onde, posteriormente, surgiu o bairro Pátria Nova. Dispunha
de uma cancha circular de ótimas condições e de um confortável pavilhão. As
corridas nos domingos afluia grande massa de povo. Porém, também esse centro
de diversões esportivas, teve duração efémera, e quando surgiu o futebol, a massa
de povo, nos domingos e dias de festa, afluia aos campos de jôgo bretão, que
tornou-se o divertimento preferido da população.

B) Esportes e diversões da atualidade


Pelos fins do século passado, com o aumento da população da cidade, to-
maram notável incremento as atividades sociais e desportivas na cidade industrial.
Além das sociedades de tiro ao alvo, surgiram as sociedades de ginástica, para a
prática de exercícios físicos. Dado o entusiasmo com que a mocidade se de-
dicava ao atletismo, estas entidades se desenvolveram extraordinariamente.
Tanto na cidade como em Novo Hamburgo as sociedades de ginástica
alta,
construíram vistosas sedes com bailantes, bibliotecas, palcos para teatro, canchas
de bolão e outras salas para diversões. A Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo,
ainda adquiriu, no bairro Rio Branco, por iniciativa do sr. José J. Martins,
quando êste exercia a presidência dessa entidade, vasta área de terras para jogos
ao ar livre e que, ainda hoje, constitui um dos pontos preferidos para festas
campestres.
Segundo estatística em 1922, já existiam, naquela época, entre
publicada
com 340 sócios; duas de ginástica, com 410 sócios;
outras, duas sociedades de canto,
duas de atiradores, com 236 sócios; quatro de futebol, com 500 sócios e um
grémio bailante, com 123 sócios.
Além destas, ainda havia um ou outro clube em formação e que não
entrou no quadro. Hoje, se o número de sociedades não aumentou muito, tam-
— 48 —
bém não diminuiu; o que tem aumentado muito, foi o número de sócios das
diversas entidades,notadamente dos desportes atléticos, principalmente o futebol.
Êste é praticado pela nossa mocidade com desusado entusiasmo e a torcida dos
veteranos e torcedores é formidável. Isso é tradicional, pois o Esporte Clube
Novo Hamburgo (hoje Esporte Clube Floriano) que já conquistou fama de um
dos primeiros de sua classe, no Estado, foi fundado em 1911; o "Esperança de
Hamburgo Velho em 1914.
Êsses dois veteranos tem-se mantido sempre em grande atividade, existindo,
portanto, numerosos veteranos desses clubes, que unidos aos amadores e favorece-
dores dêsse desporto, desenvolvem atividade incansável em prestigiar, fortalecer
e engrandecer as entidades a que se filiaram.
Além desses dois astros de primeira grandeza, outros menores, existem, nos
diversos bairros, proporcionando aos nossos jovens ocasião para robustecer seus
músculos e distrair-se agradavelmente.
É fato conhecido que um dos maiores "golkeepers" do Brasil — Júlio Kunz
Filho — ,
que empolgou, durante os anos de 1915 a 1925, as rodas de futebol
com seu jôgo extraordinário e teve atuação destacada nos encontros futebolísti-
cos realizados nos maiores centros do País, no campeonato sul-americano, bem
como na vitoriosa excursão do Paulistano pelo Velho Mundo, foi filho deste
município, pois, nasceu em 1898 em Hamburgo Velho.
Além do futebol, outros esportes ao ar livre são cultivados em larga escala,
entre outros, o ténis e o punhobol, e ultimamente, a natação na moderna piscina
construída pela Sociedade AUança no terreno da Praça da Colonização em Ham-
burgo Velho no ano de 1957.
Os jogadores de ténis, dispõem de várias canchas, otimamente instaladas,
com todos os requisitos modernos. Os nossos tenistas, tomam parte em numerosos
campeonatos, nos diversos municípios do Estado, tendo conquistado grande nú-
mero de vistosos troféus.
O
punhobol foi introduzido neste município, pelo esforçado desportista Dr.
Gunther Schinke. Os punhobolistas novo-hamburguêses tomaram parte no pri-
meiro campeonato estadual de punhobol em 1929 em que conquistaram o título de
campeões estaduais. No "Primeiro Torneio Brasileiro de Punhobol" em Joinvile,
por ocasião do 1." centenário da fundação dessa cidade, saíram campeões invictos.
Em 19 52, os punhobolistas locais tiveram a visita de seus colegas da Vila Balester,
subúrbios de Buenos Airese, no ano seguinte, retribuíram a visita para tomarem

parte no campeonato internacional realizado na capital argentina.


A natação está ainda no início, porquanto na piscina mencionada acima,
apenas há pouco mais de um ano se pratica o esporte. Pelo entusiasmo reinante en-
tre nossos nadadores, é de esperar que também neste, como nos demais setores es-
portivos, Novo Hamburgo virá a ocupar posição de destaque.
Outro esporte muito apreciado pela sociedade é o do bolão, de que existem
numerosos clubes, alguns, independentes, outros filiados às sociedades de gi-
nástica, de canto e de atiradores, que dispõe de sede própria com canchas para
o mencionado esporte. Êste esporte, porém não é praticado somente pelos homens,
mas, existem também, numerosos clubes de senhoras, que, semanalmente, em dia
determinado, se reúnem para disputarem torneios.
Todos os anos costuma ser disputado o campeonato municipal de bolão
em que tomam parte a maioria dos clubes existentes no município.
— 49 —
Durante muitas semanas consecutivas, à noite, reúnem-se os grupos de bollo,
de acordo com o programa estabelecido e, com muito entusiasmo, medem suas
forças, os melhores jogadores de cada um dos diversos clubes.
Existem clubes de bolão que praticam o esporte há muitos anos e já se
tornaram tradicionais.
A nota que a seguir transcrevemos, bem nos mostra o que são e como exer-
cem sua atividade essas entidades. Refere-se às festas comemorativas do grupo
de bolão Margaridas, que festejou seu 40.° aniversário no dia 5 de outubro
de 1958.
"Por motivo do transcurso do seu 40.° aniversário de fundação, o valente
Grupo de Bolão Feminino "Margaridas", filiado à Sociedade Ginástica Novo
Hamburgo, festejou brilhantemente a gloriosa efeméride.
Domingo pela manhã, a diretoria do Grupo Margaridas, incorporada, diri-
giu-se ao cemitério da Comunidade Evangélica de Novo Hamburgo, visitando
os túmulos de suas sócios-fundadoras, Lydia Blankenheim e Leopoldina Muller,
depositando uma coroa de flores.
Após, com a participação de Grupos co-irmãos da cidade, de Pôrto Alegre
e de localidades circunvizinhas, teve início um grande Torneio.
Quarta-feira a o Grupo de Bolão Margaridas homenageou, em uma
noite,
bonita festa, a sua de honra, sra. Rosalina Blauth, oferecendo-lhe,
presidente
através brilhante saudação da oradora oficial do Grupo, sra. Suely Silva, um
lindo broche de ouro, em reconhecimento pelo muito que a dedicada companheira
e bolonista fêz e ainda continua fazendo em prol de seu Grupo.

A expressiva noitada foi encerrada com a realização de um disputadíssimo


torneio de bolão, cabendo prémios a todos os bolonistas.
Farta mesa de frios e líquidos foram servidos durante todo o transcorrer
da noite."

15. CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO


O formação de um município, compreendendo a região colonial,
desejo da
sita à margem do rio dos Sinos e com sede em Novo Hamburgo, nasceu
direita
já nos primeiros anos da República, não tendo os propugnadores dêsse movi-
mento conseguido seu fim, principalmente, devido à dificuldade em que teria
ficado a cidade de São Leopoldo, em sustentar sua administração com os poucos
recursos que lhe teriam sobrado.
No entanto, a idéia continuou a viver no espírito do povo e, a nova ge-
ração, procurou tornar realidade o sonho dos antepassados.
Em 17 de maio de 1924, foi dado o primeiro passo nessa luta, para nós tão
memorável. Nesse dia, foram, em comissão ao Palácio, os senhores deputado
Jacob Kroeff Neto, conselheiro municipal Pedro Adams Filho e o autor desta
monografia, a fim de exporem ao Exmo. Sr. Dr. Antônio Augusto Borges de
Medeiros, Presidente do Estado e Chefe do Partido Republicano, a antiga aspiração
do povo e consultá-lo a respeito de sua opinião.
S. Excia. declarou achar muito justa a questão e que se poderia trabalhar para

resolvê-la dentro da lei e das normas estabelecidas pela praxe. Três dias após,
foi a mesma comissão entender-se com o Cel. João Corrêa da Silva, chefe do
partido republicano e candidato oficial ao cargo de intendente do município

4
— 50 —
de São Leopoldo. S. S. não pôs dificuldade em reconhecer a Justiça do empreen-
dimento, julgou, no entanto, ser melhor esperar-se até que êle tomasse conta
do cargo, para o qual ia ser eleito, isto é, em outubro, porque então poderia auxiliar
melhor na solução deste problema.
Em vista desta ponderação, foi adiada para aquela época, o prosseguimento
dos trabalhos. Em
meados do citado mes, saíram as comissões com listas para
um abaixo-assinado, no qual os moradores deste município, então 2.° distrito
de São Leopoldo, pediam a desanexação desta zona, para, ou só, com os terri-
tórios para os quais houvesse vantagens geográfica e económica, formar um
município autónomo.
Enquanto corriam estas listas, reuniram-se os conselheiros recém-eleitos do
município de São Leopoldo, com exceção do conselheiro sr. Pedro Adams Filho
e, aprovaram uma moção contrária a qualquer desmembramento do território
da comuna.
No entanto, continuaram a correr as listas, que obtiveram 872 assinaturas,
e foram apresentadas ao Conselho Municipal, em 13 de setembro de 1925. A
resposta dessa corporação ao pedido dos moradores de Novo Hamburgo, foi dada
em aprovação de um parecer contrário, em 26 do mesmo mês.
Assim fracassada essa tentativa de emancipação, não desanimaram os seus
propugnadores. Após várias demarches, uniu-se a população em pêso e deixando
de parte as dissensões políticas que a dividiam, formou uma frente única, firmada
por um acordo assinado em 16 de julho de 1926.
Unida a população, foi dirigido um m.emorial ao Exmo. Sr. Dr. A. A. Borges
de Medeiros, Presidente do Estado, solicitando a sua intervenção, para ser criado
êste município. O Sr. Presidente do Estado, reconhecendo a justiça do pedido,
atendeu-o, e enviou à março de 1927, o Exmo. Sr.
nossa cidade, no dia 29 de
Dr. Alceu Barbedo, naquela época secretário da Presidência do Estado, a fim
de entender-se com os líderes do movimento, em prol da emancipação, a respeito
da constituição da nova comuna e da organização do seu primeiro govêrno.
A vinda do emissário da Presidência do Estado, encheu de júbilo o povo
desta terra, pois, viam nisso, um indício seguro da breve realização de seus
sonhos.
já no dia 5 de abril daquele mesmo ano de 1927, foi decretada
Efetivamente,
a criação do município de Novo Hamburgo e nomeado primeiro intendente
provisório, o Dr. Jacó Kroeff Neto.
Êste nomeou
os primeiros funcionários da nova administração, sendo, para
tesoureiro, o João Vendelino Hennemann Filho, e, para auxiliares da tesouraria,
sr.

os srs. Evaldo Prates Kilpp e João Brito Jaenisch; para engenheiro municipal o
sr. Jorge Schury; para subintendentes do 1.° e 2.° distritos, respectivamente, os

srs. Marcolino dos Santos Pacheco e Júlio Kunz.

O
sr. João Vendelino Hennemann foi substituído, em 1931, pelo sr. Albano
Egídio Feltes e êste, em 2 de dezembro de 193 5 pelo sr. Darcy Borges de Cas-
tilhos.

Em 29 de maio, realizou-se a primeira eleição municipal, à qual acorreram


574 eleitores, sufragando a chapa prèviamente combinada entre as várias fações
políticas.
Em 5 de junho tomou posse o novo govêrno, que ficou assim constituído:
— 51 —
Intendente: Leopoldo Pefry
Vice-Inten dente: Guilherme Ludwig
Conselheiros: /. Eduíno Brodhek — Alberto Adams — H. Al-
berto Steigledcr — Bertoldo Rech — Balduíno Mícheh — Albino
Schrõer e Guilherme L. Vielítz.

16. O DECRETO CRIANDO O MUNICÍPIO


DE NOVO HAMBURGO
Decreto n." 3818, de 5 de abril de 1927

Cria o município de Novo Hamburgo com o território do 2° distrito de


São Leopoldo. O
Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, no exercício da
faculdade que lhe confere a Constituição, art. 20, n." 15, considerando que
900 eleitores, representando dois terços de todo o eleitorado do 2° distrito do
município de São Leopoldo, por ser uma antiga aspiração coletiva; considerando
que o distrito com a população rescenciada de 8.500 habitantes, ocupando uma
área superficial de 62 km^, aproximadamente, tem por sede a povoação de Novo
Hamburgo, com 1.438 prédios e agricultura, comércio e indústria bastante de-
senvolvidos, que já em 192 5 contribuíram para os cofres do município com
uma renda superior a Cr$ 300.000,00; considerando que o desmembramento do
será pouco sensível ao município de São Leopoldo, que ficará, assim
distrito
mesmo, com uma população de 41.820 almas, no mínimo, com uma superfície
de 1.198 km^, e com renda mais que suficiente para prover às exigências da
sua vida autónoma; considerando, finalmente, que o novo município, constituído
inteiramente no interior de São Leopoldo, não altera os limites deste com os mu-
nicípios circunvizinhos de Gravataí, Taquara e São Sebastião do Caí:

DECRETA:
Art. 1.° — Fica elevado à categoria de município, com a denominação de
Novo Hamburgo e sede na vila do mesmo nome, o território do atual 2° dis-
trito do município de São Leopoldo.

Art. —
Enquanto o primeiro conselho municipal de Novo Hamburgo,
que se comporá de sete conselheiros, não decretar a lei orgânica do município
c não votar o seu orçamento anvial, serão nêle observadas a lei orgânica do de
São Leopoldo e bem assim a sua lei de orçamento para o corrente exercício,
na parte que se referir ao distrito, que passa a constituir o novo município.

Art. 3.° — O município


de São Leopoldo transferirá ao de Novo Hamburgo
a sua dívida ativa correspondente aos contribuintes do anterior distrito, bem
como os próprios municipais nêle existentes.

Art. 4.° —
O município de Novo Hamburgo pagará ao de São Leopoldo,
pela forma que entre si convencionarem, a quota que lhe corresponder, propor-
cionalmente a seus habitantes, na dívida passiva que houver contraído o segundo
até esta data.
— 52 —
Art. 5.° — Os limites do município de Novo Hamburgo são os do atual
2.° distrito de São Leopoldo.

Palácio do Governo, em Pôrto Alegre, 5 de abril de 1927.

(Ass.) A. A. Borges de Medeiros


Profásio Alves.

A emancipação de Novo Hamburgo causou indescritível satisfação em tôda


comuna.
A notícia da publicação do decreto, criando o novo município chegou
aqui por via telefónica, às 17 horas do dia 5 de abril.

Imediatamente alguns amigos da causa do novo município, embarcaram


num auto e foram, pelas ruas de Novo Hamburgo e Hamburgo Velho, espalhar
a boa nova e distribuir boletins já impressos anteriormente, convidando o povo
para o "meeting" que para festejar o acontecimento, deveria realizar-se à noite.

Êstes boletins eram redigidos nos seguintes termos:

VIVA O MUNICÍPIO DE NOVO HAMBURGO


Festejos no dia da decretação do vilamento

O povo de Novo Hamburgo, reúne-se, às 20 horas, na Praça da Estação,


donde, formando um préstito, se dirige à Praça 20 de Setembro.
O povo de Hamburgo Velho, reúne-se às mesmas horas, na Sociedade
Frohsinn, donde, formando um préstito, se dirige igualmente à Praça 20 de
Setembro.
Nessa Praça, às 21 horas, haverá saudações ao povo do novo município, e
às 22 horas, em ponto, todas as bandas de música presentes executarão o Hino
Nacional, após o que, ao estrugir de foguetes, tocarão os sinos de todas as igrejas,
tódas as fáfricas apitarão durante um quarto de hora, e far-se-ão ouvir as bu-
zinas de todos os autos.

NOTA: — Pede-se a todos os proprietários de autos e caminhões a com-


parecerem com seus veículos e a colocarem-nos de modo a projetarem a luz para
o interior da Praça.
Pede-se embandeirar as casas durante 3 dias. A Comissão.

O programa foi cumprido com entusiasmo. Mais de cem automóveis co-


locados ao redor da Praça forneceram a luz para os festejos, aos quais compa-
recera grande massa popular.
Quando a banda de música entoou o Hino Nacional, o povo acompanhou-o
com as mais vibrantes expressões de civismo.
Após a dissolução do "meeting", continuaram os festejos nas sedes das
sociedades locais e, em muitas residências particulares, até altas horas do dia
seguinte.
PARTE TERCEIRA
SERVIÇOS PÚBLICOS
1. LUZ E FÔRÇA
Conforme já foi dito, um dos melhoramentos mais importantes que a
emancipação trouxe a Novo Hamburgo, foi a criação de uma fonte de forneci-
mento de energia elétrica à sua próspera indústria.
Enquanto Novo Hamburgo formava o 2.° distrito de São Leopoldo, tanto
os nossos estabelecimentos industriais, como os da vizinha sede municipal, deba-
tiam-se numa apremiante crise, não só pela falta de fôrça elétrica, mas, também,
pela irregularidade no seu fornecimento, quando havia.
Era aquele município proprietário de uma usina hidro-elétrica, de 200 HP,
situada na Picada 48.
Construída em 1912, essa usina, Já há muito não satisfazia mais às exigên-
cias da indústria dos dois progressistas centros (São Leopoldo e Novo Hamburgo).
Sem falar no desgaste de suas máquinas e instalações, em 1 5 anos de funciona-
mento quase ininterrupto, e no mau estado das linhas de distribuição, as enchentes,
na época das chuvas e a falta de água durante as secas, faziam parar seguidamente
os estabelecimentos a elas ligados.

As condições melhoraram, mais tarde, com a instalação, aqui em Novo


Hamburgo, pela firma Pedro Adams Filho, de um motor de 200 HP e que cedia
a fôrça dispensável em sua fábrica à municipalidade daquele tempo, que por sua
vez a redistribuía aos consumidores. Porém, nunca chegou a ser satisfatório esse
serviço, como nunca cessaram as reclamações contra o mesmo.

Com a desanexação de São Leopoldo, em 5 de abril de 1927, passou a Novo


Hamburgo a propriedade juntamente com o dever de assegurar
da rêde elétrica,
o fornecimento de energia e que era da competência do município (Lei do Estado
11° 19, de 12 de janeiro de 1897).

Para normalizar a situação foi, em 18 de agosto de 1927, publicado pela


Intendência Municipal, um edital chamando concorrência pública para o forne-
cimento de luz e fôrça elétricas ao município.
Entre as propostas apresentadas em virtude desta chamada de concorrência,
foi aceita a da firma Pedro Adams Filho & Cia, sendo firmado o respetivo
contrato aos 7 de dezembro de 1927.
Mais tarde formou-se a Energia Elétrica Hamburguêsa Ltda., que adquiriu
a concessão da firma Pedro Adams Filho & Cia., e comprou tôdas as instalações
e acessórios ainda pertencentes à Intendência Municipal. Tornou-se necessária
uma alteração do contrato primitivo, alteração autorizada pelo Conselho Mu-
nicipal.

Do contrato ora vigente, que deixo de reproduzir, por se tratar de um do-


cumento público, que pode ser examinado por qualquer interessado, lembro, ape-
nas, as cláusulas mais importantes para a municipalidade, a saber:

1) — A Energia Elétrica Hamburguêsa se obriga a fornecer à Intendência


Municipal, gratuitamente, até o máximo de sete mil (7.000)
quilowats-hora de energia, por mês e a conceder um abatimento de
— 54 —
vinte por cento (20%) sôbre o excedente desses sete mil kw no
consumo mensal, sendo excedente calculado proporcionalmente
êste
ao respetivo gasto, pelos preços da força e luz.

2) — Além disso, a Energia Elétrica comprou a rede e tôdas as instala-


ções pertencentes à Intendência Municipal, pela quantia de duzentos
"contos de réis", obrigando-se a conservar as linhas distribuidoras
existentes, melhorá-las, e a construir à sua custa novas linhas, quando
necessárias.

Durante alguns anos, estava normalizado o fornecimento de energia elétrica.


Os novos e possantes motores instalados atenderam às necessidades daquela época.

A indústria teve um surto apreciável. Com o tempo, porém, diminuiu a


capacidade das máquinas produtoras de energia, ao passo que, por outro lado,
aumentou a procura de força, em virtude do progresso da nossa indústria.
Para vencer estas novas dificuldades, a Energia Elétrica Hamburguesa Ltda.,
adquiriu a cascata do Herval, no rio Cadeia, e deu início à construção de uma
usina hidro-elétrica, com capacidade de 2.000 HP. Esta instalação solucionou
a questão de energia à nossa indústria e de luz às nossas residências, ruas e lo-
gradouros públicos, até há pouco tempo. Dado, porém, o surto vertiginoso do
progresso da nossa indústria, já estava escasseando a fôrça elétrica. vista disso, Em
a concessionária dos serviços elétricos, resolveu dar execução ao seus projetos já
anteriormente estudados e que elevariam para 3.000 HP a capacidade de sua usina.
A iluminação pública e particular, bem como o fornecimento de fôrça às
nossas fábricas, datam de 1913. A princípio foram instaladas, no centro de Novo
Hamburgo e Hamburgo Velho, ao todo, 90 lâmpadas (50 e 40 respectivamente)
de 32 velas cada uma.
Os preços de luz e fôrça foram os seguintes:

a) LUZ
1 a 100 kw-hora Cr$ 0,50
101 a 200 „ Cr$ 0,65
mais de 200 „ Cr$ 0,60
b) FÔRÇA
1 a 100 kw-hora Cr$ 0,70
201 a 300 „ CrS 0,45
301 a 400 „ Cr$ 0,41
401 a 500 „ CrS 0,365
mais de 500 „ CrS 0,32
Em 27 de fevereiro de 195 8, foram os serviços de fornecimento de luz e
fôrça encampados pelo Estado, passando a ser distribuída a energia elétrica pela
C. E. E. E. As taxas atuais são as seguintes:

a) LUZ
Taxa mínima, para o consumo não excedente de 10 kwh CrS 12,00
Para o excedente de 10 kwh até 50 kwh CrS 1,10 por kwh
de 51 a 100 kwh CrS 1,00 por kwh
de 101 a 200 kwh CrS 0,90 por kwh
para mais de 200 kwh Cr$ 0,80 por kwh
— 55 —
Variações:
a) aumento de verão, cobrado de janeiro a abril e de novembro a
dezembro —30% sôbre o total.
b) oscilação dos preços de óleo e combustíveis . . Cr$ 0,42 por kwh

b) FÔRÇA
Taxa mínima por kwh de carga, com direito ao
consumo de 30 kwh Cr$ 21,00
para os seguintes 3.000 kwh Cr$ 0,60 por kwh
para o excedente de Cr$ 3.000 kwh Cr$ 0,50 por kwh

ESTATÍSTICA SÔBREO FORNECIMENTO DE LUZ E FÔRÇA, PARA


NOVO HAMBURGO, CORRESPONDENTE AO ANO DE 1957
Número Consumidores kwh Fornecidos Valor correspondente Preço médio do kwh
Fornecimento de Luz
9.055 6.166.998 Cr$ 10.236.491,40 Cr$ 1,65

Fornecimento de Força
568 5.927.214 Cr$ 7.580.379,60 Cr$ 1,27
Iluminação Pública
2.624 focos 541.245 Cr$ 444.321,30 Cr.$ 0,82

CONSUMIDORES PARTICULARES EM 19 58

Fornecimento de luz
9.852 7.21 5.843 Cr$ 14.273.432,00 Cr$ 1,98

Fornecimento de força
607 7.022.362 Cr$ 9.861.746,50 Cr$ 1,44

ILUMINAÇÃO PÚBLICA
2.624 535.527 Cr$ 508.407,40 Cr$ 0,95

2. HIDRÁULICA
A construção da Hidráulica desta cidade teve início em agosto de 1947,
tendo-se as obras arrastado até abril de 1952, quando foi, no dia 22, iniciado
o fornecimento de água à cidade. As bombas de recalque, em número de duas,
estão situadas nas margens do Rio dos Sinos, nos fundos da Olaria Beatos Már-
tires & Cia., com uma produção de 50 1. p. s. A estação de Tratamento está
localizada na Rondônia, próxima ao Garden Club, sendo aí que a água bruta,
graças a vários processos, se torna potável. O processo de potabilidade da água
é o universalmente conhecido: sulfato, cal e cloro; o primeiro, o agente clarifi-
cador, o segundo, o alcalino, e o terceiro, o esterilizador. Os exames físico-quí-
micos são realizados de hora em hora e, o bacteriológico, uma vez por semana,
todos êles procedidos por um laboratorista, sob a fiscalização do Laboratório
Central. O encarregado da Estação de Tratamento local, Sr. Paulo Holcy Bruce,
é de reconhecida competência e de uma dedicação a tôda prova. O consumo
diário é de Cr$ 8 5798.000 litros, sendo necessário um trabalho consecutivo de 16
— 56 —
horas. O número de economias ligadas, presentemente é de 3.65 3, sendo 2.63 5
economias controladas por hidrômetros e 1.018, sem controle de aparelhos. Dentro
da rêde encontram-se 221 prédios sem abastecimento, por várias causas, sendo
a mais comum, o possuírem poços de boa água. A rêde de distribuição de água
à cidade é de, mais ou menos, 5 5 quilómetros, uma das mais extensas do interior
do Estado e existem, dentro da mesma, mais de 16 quilómetros de terrenos
baldios, metragem maior do que a rêde de muitas cidades gaúchas. A taxa co-
brada é de Cr$ 3 5,00 para residência particular, com direito a 15.000 litros
de consumo mensal; as indústrias pagam Cr$ 60,00 e têm direito a 30.000
litros; os colégios, instituições de caridade, sociedades desportivas, pagam a taxa
de Cr$ 60,00, com 30% de abatimento extensivo ao excesso, se houver. O metro
cúbico de água excedente ao direito de cada economia é cobrado na base de
Cr$ 3,50. Dado a cidade ser muito acidentada, foi necessário construir oito
recalques, distribuídos em vários pontos, o que torna o preço de custo da água
bem maior, pois, a de Hamburgo
Velho, por exemplo, passa por quatro recalques;
sendo êste um que torna as ampliações por conta do serviço
dos fatôres
muito escassas, visto ser necessário o auxílio da Secretaria das Obras Públicas.
O quadro de funcionários é o menor possível. Para a movimentação de todos
os setores, trabalham apenas quatorze funcionários, em cuja gerência, desde iní-
cio, se encontra o Sr. Dalvisse da Silva Orengo. De abril de 1952 até fins de
19 5 8, as ampliações feitas, se elevam a mais de 20 quilómetros, número con-
siderável, dado o preço astronómico do material utilizado.

Já estão ligados à rêde de distribuição de água os bairros: Rio Branco,


Guarani, Canudos, Pátria Nova, Vila Industrial, Vila Nova, Vila Rosa, Vila
Moderna, Vila São Jorge e Rondônia, sendo que em alguns dêsses bairros a rêde
só atinge parte da área.

3. CONSTRUÇÃO DE ESGOTOS
Um dos mais sérios problemas que afligem a população de Novo Hamburgo,
costitui a falta de esgotos. O elevado índice de mortalidade infantil que se
vem verificando, apesar dos esforços das autoridades sanitárias em debelar êsse
mal, é, em à falta de escoamento das águas servidas.
grande parte, atribuído
A densidade populacional (180 habitantes por km2), é, neste Estado, apenas
superada por Pôrto Alegre e Canoas, o que, por si só, c o suficiente para com-
provar a necessidade dêsse melhoramento.
Em fevereiro de 1958, a Secretaria das Obras Públicas do Estado, atendendo
essa necessidade da população novo-hamburguesa, abriu, concorrência pública pa-
ra a construção da rêde coletora de esgotos. Os projetos foram entregues ao L. S.
O. P. no dia 2 de maio de 1958.

CORPO DE BOMBEIROS
4.

ESTAÇÃO DE NOVO HAMBURGO


Histórico
Aos do mês de dezembro de 1952, foi inaugurado oficialmente
dois dias
o Contingente de Bombeiros dêste município, conforme convénio entre o Go-
vêrno do Estado e Prefeitura Municipal desta cidade, sóbre o serviço de pre-
— 57 —
venção de incêndio e combate ao fogo, tendo comparecido ao ato oficial, S.

Excia, o Dr. Egidio Michaelsen, Secretário do Interior e Justiça, represen-


Sr.

tando o Governador do Estado, Cel. Ernesto Dorneles, Cel. Venâncio Ba-


tista, Com. Geral da Brigada Militar, Sr. Plínio Arlindo de Moura, Prefeito de

Novo Hamburgo, Ten. Cel. Ivo Martins, Com. do Corpo-de-Bombeiros e outras


autoridades civis, militares e eclesiásticas.

O Contingente que foi dotado dos autos-bombas nrs. 33 e 3 5, completa-


mente equipados, estava constituído dos seguintes elementos:
2° Ten. Odelot Morais da Silva, Com. da Estação;
3.° Sgt. bombeiro, Nazeazeno Soares da Rosa;
Três cabos bombeiros;
Doze soldados bombeiros.
2° Ten. Odelot Morais da Silva, Cmt. da Estação;
Em 3 de janeiro de 195 3, deu-se o primeiro princípio de incêndio, o qual
foi extinto rapidamente. No mesmo ano foi montada e inaugurada a barbearia
e engraxateria dêste Contingente para melhor servir os elementos desta cor-
poração.

Em outubro de 195 3, de acordo com o boletim regimental n.° 227, mu-


dou- se denominação do Contingente para Estação de Bombeiros de Novo
a
Hamburgo; no mesmo mês foram realizados os exames de instrução do 2° pe-
ríodo, obedecendo o plano de exames, adotado pelo Sr. Com do Corpo-de-Bom-
beiros, sediado na Capital Gaúcha.

A 28 de junho de 1954, por motivo da passagem da Semana de Prevenção


contra incêndio, esta Estação de Bombeiros, participou de várias competições
esportivas, com o Destacamento Policial de São Leopoldo, Novo Hamburgo e
outros que se fizeram presentes.

No mês de março de 1956, assumiu o comando da Estação o 1." Ten. Ho-


mero Menezes Ribeiro, em substituição ao 2° dito, Odelot Morais da Silva,
que foi recolhido ao Quartel Central.
Conforme determinação do Sr. Com. do Corpo, foram realizados nesta Esta-
a
ção, as festividades da Semana de Prevenção contra Incêndio, e, durante tôda
a semana, irradiados através do microfone da Rádio Progresso, programas, dando
conselhos úteis ao Coméicio e Indústria. No encerramento das festas, foram
feitas demonstrações de combate ao fogo em praça pública sendo muito aplau-
didas pela grande assistência presente.

Esta Estação, desde sua fundação até fins de setembro de 195 8, atendeu
a 13 5 chamados para incêndios, incluídos incipientes pequenos, médios e grandes,
além de solicitações de elementos dessa Corporação, para efetuarem retirada de
corpos sem vida nos rios, poços, etc.

A 29 de agosto de 19 5 8, o comando da Estação, até então a cargo do já


mencionado 1.° Ten. Homero Menezes Ribeiro, que foi recolhido ao Quartel
Central, passou a ser exercido pelo 2° Ten. José Pereira de Mesquita.

Atualmente a Estação está equipada com duas autos-bombas, nrs. 66 e


65, com capacidade para três mil litros de água cada uma, e de uma camioneta
modêlo C-30, para o serviço de esgotamento.
— 58 —
Quanto ao pessoal, está constituída dos seguintes elementos:
1° Ten. Com. da Estação;
Cinco Sgts. motoristas;
Quatro cabos bombeiros;
Onze soldados bombeiros.

5. CORREIO E TELÉGRAFO
A) Agência de Novo Hamburgo
A agência do correio em Novo Hamburgo foi instalada em 1876. O pri-
meiro agente do correio foi Augusto Ribeiro, que esteve à frente do ser-
o sr.

viço até 9 de janeiro de 1903, quando foi substituído por D. Otília Bender,
a qual, durante trinta e nove anos, atendeu ao sempre crescente movimento da
repartição.
A agência do telégrafo foi instalada em 1918, sendo nomeado agente o
sr. Arnaldo Coelho.
Em 1931, correio e telégrafo, em virtude do decreto federal, foram reunidos
num só departamento, achando-se da agência local os srs. Lourival An-
à frente
drade Leite, agente, e o sr. Divo Nelson Sperb, encarregado.
Em abril de 1937, foi a agência postal incluída na segunda classificação,
e, em 26 de outubro de 1949, lançada a pedra angular do moderno edifício dos
Correios e Telégrafos.
O movimento de correspondência postal bem reflete o progresso desta cidade,
conforme se vê dos quadros estatísticos, publicados na "Parte IV".
FUNCIONÁRIOS DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS
DE NOVO HAMBURGO:
Agente: Lourival Andrade Leite
Encarregado Postal Telegráfico: Divo Nilson Sperb
Telegrafistas: Geraldo Bernardo Jaenisch, Anito Hennemann, Aldo
Alves e Valdemar Felix de Oliveira
Taxistas: Adão Pedro Pacheco e Vitória Schury
Tesoureira: Usa Schury
Auxiliar Tesoureira: Marieta Mesquita Leite
Postalistas: Vilma Schwalm Graeff e Hilda Rossi Becker
Telegrafista-Taxista: Maria Paiva Dias
Carteiros: Maurício Luz e Alnaldo Alberto Lucas
Mensageiros: Arlindo Nicolau Búttenbender
Teodorico Ferreira da Silva
Auxiliar do Tráfego: João Pereira Farias
Guarda-fio: João Aldomar Hennemann.

B) Agência do Correio e Telégrafo de Hamburgo Velho


em
Esta agência foi fundada 1928, tendo sido nomeado primeiro agente o
sr. Pedro Thoen. Aposentado êste em 19 5 0, sucedeu-lhe D. Odila Soares, a atual
agente, auxiliada pelo sr. Jorge Ondere e D. Érica Pilger.

C) Agência do Correio em Lomba Grande


Foi fundada em 1951, sendo nomeado agente o sr. Darci João Becker.
— 59 —
6. TELEFONE
O centro telefónico foi instalado nesta cidade, no ano de 1907, com cin-
quenta assinantes, sendo o serviço atendido por D. Tecla Lutz e D. Ernestina
Becker até 1939, quando foram aposentadas.
Atualmente estão ligados, ao centro desta cidade, 300 aparelhos. Atende
a oito linhas, sendo: três para Pôrto Alegre, duas para São Leopoldo, uma para
Estância Velha, uma para Campo Bom, uma para Dois Irmãos, uma para Taquara
c uma para Sapiranga.
De Lourdes Luz, Terezinha Dione
Operadoras: Reni C. Saraiva, Maria
Luz, Dalila G. Weber, Ceci F. Farias, Ida Jacintho e Marilu
M. Dullius.
Guarda-fios: Belo J. dos Santos e João A. dos Santos
Taxista: Maria de Lourdes M. Navd

7. DADOS SÒBRE DIVERSAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS


Coletoria Federal
A Coletoria Federal foi instalada, na então sede do segundo distrito de São
Leopoldo, no ano de 1912.
O sr. André Kilpp.
primeiro coletor foi o Aposentado em 1934, sucedeu-
Ihe o Bocaiuva Poeta, aposentado em 195 8. Serviu de primeiro escrivão da
sr.

Coletoria Federal, o sr. Marcos Moog. Aposentado êste, em 193 8, foi o cargo
preenchido com a nomeação do sr. Belo Zozino da Silveira, ao qual seguiu-se o
sr. Rubens Maia.
O atual quadro de funcionários consta dos seguintes servidores:
Coletor: Carlos Ramos, no exercício do cargo de Inspetor da Al-
fândega de Pôrto Alegre.
Escrivão: Jurandir Menezes, servindo de coletor-substituto
Tesoureiro: Maria de Jesus C. e Silva
Tesoureiro auxiliar: ítalo F. N. Gall
Auxiliares: Maria Hermínia D. da Silva, Olga Fayet, Juraci Guerra,
Iloni Edith Jaeger, Egon Jacobsen, Carlito Schwan e Valau
de Sousa Brito.

Coletoria Estadual
A Coletoria Estadual foi instalada em fevereiro de 1923. O primeiro coletor
foi o autor desta monografia; sucedeu-lhe o sr. Augusto Wolf em 1927. Apo-
sentado em 1939, foi nomeado o atual coletor sr. Vasconcelino Vaz Ferreira,

em 18 de agosto do mesmo ano.


Exerceram o cargo de escrivão da Coletoria Estadual: primeiro, o sr. Au-
gusto Wolf. Tendo sido êste promovido a coletor, sucedeu-lhe o sr. Pércio de
Oliveira Freitas, que foi efetivo até 1937, quando foi substituído pelo sr. Ar-
mando Farina. A êste sucedeu o sr. João Paganelli, e a êste, o atual escrivão sr.
JardeHno Petersen, em 1944
Pela Lei n.° 2619, de 26 de abril de 195 5, foi criada, nesta cidade a Inspe-
toria Regional da Fazenda; sua instalação deu-se em 18 de outubro do mesmo
ano, sendo nomeado titular dessa Inspetoria o sr. Pedro Francisco A. Lunardo.
— 60 —
Os demais funcionários desta repartição são os seguintes:
Vasconcelino Vaz Ferreira, Exator
Jardelino Petersen, Escrivão (Exator-substituto)
Belmiro Corrêa da Silva Sob., Escrivão
Dirceu Brauner, Tesoureiro (aposentado)
Rómulo Torres de Bem e Canto, Fiel-Tesoureiro
Boaventura Pio dos Santos Filho, Fiel-Tesoureiro
Adão Pereira Rodrigues, Escriturário
José F. Alvim G. de Moura, Escriturário
Ilus José Teixeira da Silva, Escriturário
José Machado Schúler, Agente Fiscal
Paulo dos Santos, Fiscal do Imposto S/Vendas e Consignações
Adalberto Haeser, idem, idem.
Lauro José Weber, idem, idem.

Prefeitura Municipal

Relação dos prefeitos que administraram Novo Hamburgo desde


a autonomia do município até a presente data (1927 — 1959)
Dr. Jacó Kroeff Neto — de 5 de abril de 1927 a 4 de junho do
mesmo ano.
Leopoldo Petry — de 5 de unho de 1927 a 10 de dezembro de 1930.
Coronel José Gomes Ferreira — de 14 de dezembro de 1930 a 20
de outubro de 1934.
Capitão Alencastro Braga de Menezes — de 2 5 de outubro de 1934
a 1.° de setembro de 1935.

Angelo Provenzano — de 4 de setembro de 193 5 a 24 de dezem-


bro de 1937.
Dr. Odon Cavalcanti Carneiro Monteiro — de 31 de dezembro de
1937 a 25 de setembro de 1942.
Dr. Nelson Toohey Schneider — de 1.° de outubro de 1942 a 24
de março de 1944.
Dr. Alberto Severo — de 30 de março de 1944 a 2 de agosto de
1946.
Euclides Costa — de 3 de agosto de 1946 a 1 1 de maio de 1947.
Frederico Guilherme Groivermanti — de 19 de maio de 1947 a 31
de dezembro de 1948.
Dr. Guilherme Becker — de 3 de janeiro de 1949 a 1.° de fevereiro
do mesmo ano.

Carlos Armando Koch — de 2 de fevereiro de 1949 a 30 de de-


zembro de 1951
Plínio Arlindo de Moura — de 1." de janeiro de 1952 a 31 de
dezembro de 1956. Durante este período ainda estiveram du-
rante as licenças do prefeito, à frente do executivo municipal
— él —
o sr. Alcir Schmiedel, vice-prefeito e tendo êste requerido de-
missão do cargo, substituiu-o o autor da presente obra, na qua-
lidade de presidente da Câmara de Vereadores.

Carlos Armando Koch —


re-eleito, desde 1 de Janeiro de 1957; sendo
em seus impedimentos pelo vice-prefeito, J. Aman-
substituindo
do Schilling.

Chefes dos Departamentos Municipais:


Departamento da Fazenda: — Leslie Valtrudes Schrõer

Departamento de Obras e Viação — Osvaldo Schury


Desenhista — Villi Martin
Departamento de Expediente e Pessoal — Bel. Parahim Pinheiro
Machado Lustosa
Departamento de Educação — Bel. Parahim Pinheiro Machado Lus-
tosa

Secção de Fiscalização — Arlindo Muller, Sérgio Bossle e Ludvina


Arhnda Blauth
Secretário Executivo da Câmara de Vereadores — Dr. Valter Me-
rino Delgado
Subprefeitos — 1." distrito — Ernesto João Schmidt
2° distrito — Waldemar Engel
3." distrito — Villi Lindenmayer
Bibliotecário — Harri Roth
Consultoria Jurídica — Adalberto Bel. Alexandre Snel
IBGE — Agente — Clodoaldo Kilpp
Câmara de Vereadores.
A Câmara de Vereadores, que após a revolução de 1930, substituiu o Con-
selho Municipal, compõe-se de nove membros eleitos juntamente com o prefeito
e o vice-prefeito.

Para o período legislativo corrente (1.° de aneiro de 1956 a 31 de dezem-


bro de 1959) foram eleitos os seguintes vereadores:
Alcides Friedrich
Alfredo Marotzky
Alvício Luiz Klaser
Adão Rodrigues de Oliveira
Dr. Adalberto Alexandre Snel
Dr. Guilherme Becker
Mário Pereira
Dr. Niveo Leopoldo Friedrich
Urbano Arnecke.
Exerce as funções de secretário da Câmara de Vereadores o dr. Walter
Merino Delgado.
8. JUSTIÇA
Juizado de Comarca
A Comarca de Novo Hamburgo é de primeira entrância. No entanto con-
forme se verifica pelo estudo dos dados estatísticos, supera tôdas as demais
comarcas de primeira entrância, excetuando apenas a de Canoas, que tem duas
varas, tendo mais serviço que 22 comarcas de segunda e 6 de terceira entrância.
Além do movimento forense da sede da comarca, ainda atende ao município
de Sapiranga.
De acordo com os dados publicados pela imprensa (Fôlha da Tarde de 14
de maio de 1957), o movimento da comarca, em 1956, foi o seguinte:
Audiências realizadas: 717; ações ajuizadas: 836; idem julgadas por sen-
tença outras: 450.

Antes de sua emancipação política. Novo Hamburgo pertencia à comarca


de São Leopoldo. Esta situação perdurou até outubro de 1945. Nesses dezoito
anos estiveram à frente da comarca os juízes dr. Osvaldo Caminha, dr. Eurico
de Souza Leão Lustosa e o dr. José Lóbo Rangel.
Após comarca de Novo Hamburgo, foi nomeado seu pri-
a instalação da
meiro juiz, o dr. Pires, que exerceu o cargo até 11 de novembro
Raxil Vieira
do mesmo ano, quando foi substituído pelo dr. Bayard de Toledo Mércio. Êste,
por sua vez, foi substituído pelo dr. Sebastião Adroaldo Pereira, ao qual sucedeu
o atual Juiz dr. João Avelino Schuster, sendo promotor de Justiça o dr. Paulo
Maynard Rangel.
Em 6 de dezembro de 195 8 foi solenemente instalado, na sala de audiên-
cias do Fórum, a pretoria da Comarca de Novo Hamburgo, cujo titular dr. José
Carlos Schroeder foi empossado pelo dr. Juiz de Comarca.

Juizado Distrital
Após a criação do município, foi nomeado juiz municipal o sr. João Ven-
delino Hennemann, o qual já exercera as funções deste cargo antes da emanci-
pação municipal. Sucederam-lhe no cargo os srs. dr. Gastão Bernd, dr. Celso
de Melo, dr. Hélio de Noia Martins, Raul Vieira Pires e Major João Batista
de Azevedo.
Com a elevação de Novo Hamburgo a sede de comarca, foi extinto o Juizado
distrital e criado o de Paz.

Em Hamburgo Velho, 2.° do município, exerceram os cargos res-


distrito
pectivamente, de Juiz Distrital e sr. Carlos Engel e, após o falecimento
de Paz, o
deste, o sr. Valdemar Engel, a quem sucedeu o atual juiz sr. Carlos Guilherme
Berner.
Em Lomba Grande, sede do 3.° distrito, exerceram sucessivamente o cargo
juízes de Paz, os srs. Oscar Enck, e após o falecimento dêste, o sr. João Aloísio
Allgayer.
Como oficiais de Justiça, serviram, sucessivamente, os srs. Adolfo Winck,

Raul Rocha e Carlos Reinaldo Schemes. Tendo êste sido aposentado, sucede-
ram-lhe os srs. Pedro Olcário Hendges e Dealmo Muller Sob.
— 63 —
9. ESCRIVÃES E NOTÁRIOS
Notário do 1.° Cartório-de-Notas: Emília Muller.
Notário do 2.° Cartório de Notas: Ruy Altmayer.
Escrivão de Cível e Crime: Luís Leopoldo Muller.
Oficial do Registro Civil: Vinícius Bossle

Oficial do Registro de Imóveis: Alfredo Berlitz


Oficial do Registro de Títulos e Documentos: Emília Miiller.

Avaliadora, Partidora e Contadora: Cacilda Vilma Bender.


Escrivão Distrital de Hamburgo Velho: Luiz Dienstbach.
Idem de Lomba Grande: Erna Olinda Hõher.

10. DOS NOSSOS CARTÓRIOS, EM OUTROS TEMPOS


Como já foi dito, a nossa cidade foi elevada à categoria de freguesia (o que
corresponde à atual de distrito) em 18 57, por lei n.° 1.000, de 8 de maio, sob
a invocação de Nossa Senhora da Piedade de Hamburger Berg e como 4.° distrito

de São Leopoldo.

Os livros de registro-de-nascimento foram, no entanto, introduzidos so-


mente em 1874 e os primeiros assentos feitos trazem a data de 18 de junho
dêsse ano, quando foram registrados os nascimentos de Júlio, Felipe, Oto e Car-
los, filhos de Felipe Kunz e de D. Catarina Kunz. Seguiu-se o registro de Fre-
derico Blankenheim, filho de Carlos e Paulina Blankenheim.

O registro-de-óbitos foi iniciado em 1863, sendo registrados os seguintes:


Margarida Leuck, residente em Bom Jardim; Catarina Schneider, da Picada 48;
Cristiano Laux, da Picada Café e Catarina Stake, de Padre Eterno.

Os Adolfo Pielke; 2.) Caetano Antônio de


escrivães distritais foram: 1.)
Morais e Cunha; 3.) Rosendo Ferreira Bastos;
4.) Pedro Prass; 5.) Antônio
Ferreira Bastos; 6.) Helmut Pohlmann; 8.) Luís
OHvério Luís da Silva; 7.)
Artur Bender; 9.) Alberto Muller que foi o último escrivão distrital de Novo
Hamburgo e o primeiro notário do novo município.
Os primeiros casamentos registrados nos livros do registro civil do distrito
foram: Cristiano Nathanael Haesbert com Cristina Schreiner, em 2 de novembro
de 1876; Adão Fetter e Felisbina Heldt; Carlos Schlsting (?) e Cristina Zimmer-
mann, no mencionado ano.

11. JUSTIÇA DO TRABALHO


Junta de Conciliação
Na solução dos dissídios entre empregadores e empregados. Novo Ham-
burgo está subordinado à jurisdição da Junta de Conciliação e Julgamento do
Ministério do Trabalho, instalada na cidade de São Leopoldo, à rua Presidente
Roosevelt n.° 409 e que, além dos dois municípios mencionados acima, ainda
atende os de Esteio, Caí, Sapiranga, Campo Bom e Nova Petrópolis.
— 64 —
O
primeiro juiz desta Junta foi o dr. Fernando Pantojas. Atualmente está
a frente da mesma o dr. Breno Sanvicente, o qual assumiu o cargo em 1.° de
fevereiro de 1957.

Do corpo de funcionários dêsse departamento fazem parte o chefe da Se-


cretaria, sr. José Marques, três auxiliares judiciários, 1 oficial de Justiça e 1
servente.

O dr. Breno Sanvicente, logo após ter assumido as funções de Juiz da


Junta, verificando que cerca de 80% das reclamações apresentadas em Juízo,
provinham de Novo Hamburgo, no intuito de vir ao encontro dos interessados
aqui residentes e de acordo com o Presidente do Tribunal Regional da quarta
Região de Trabalho, Dilermando Xavier Pôrto, resolveu realizar audiências
dr.
também nesta cidade, instalando os respectivos serviços à Avenida Pedro Adams
R°, 4918.
Para ter-se uma idéia dos processos encaminhados a esta Junta, transcrevemos
a seguir, os dados estatísticos relativos aos anos de 1947, 1956 e 1957.

1947 1956 1957


N.° Valor N.° Valor N." Valor
N.° de reclamações Cr$ Cr$ Cr$
Apresentadas 230 1 13 5 1068
Resolvidas 230 1093 952
Conciliadas 129 7.122,50 494 2.226.750,50 387 2.187.279,02
Procedentes 7 49 457.263,00 79 1.055.833,90
Procedentes em parte 2 80 1.069.565,30 97 964.641,40
Improcedentes 24 3.969,50 129 1.354.185,58 162 1.859.457,05
Arquivadas 58 2.903,50 307 1.918.356,10 227 2.527.481,22

Das reclamações apresentadas em 1957 vieram de Novo Hamburgo, 605;


São Leopoldo, 394; Esteio, 40; Caí, 14; Sapiranga, 13; Campo Bom, 1; Nova
Petrópolis, 1. Total: 1.068.

12. AGÊNCIA DO INSTITUTO DE APOSENTADORIA


E PENSÕES DOS INDUSTRIÁRIOS (lAPI)
Em janeiro de 1939, o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriá-
rios, verificando o desenvolvimento industrial de Novo Hamburgo, instalou,
nesta cidade, um
Pôsto de Fiscalização, destinado ao recebimento e processamento
de benefícios e demais informações para atender, não sòmente o município de
Novo Hamburgo, mas ainda, as zonas de Campo Bom, Sapiranga, Taquara,
Rolante, Gramado e Canela.

Em março de 1940, em virtude do que o recolhimento


decreto-lei, proibindo
das contribuições continuasse a ser feito por intermédio do Departamento de
Correios e Telégrafos, foi o Pôsto de Fiscalização transformado em Agência,
cabendo ao mesmo órgão local, além das contribuições anteriores, o recolhimento
das contribuições do mesmo instituto, o que era feito anteriormente pelo citado
D. C. T.
GOVÊRNO DO MUNICÍPIO

Aspecto da Sala de sessões da Câmara Municipal, no dia da posse do Governo


do Município: (1.° de janeiro de 1956). — (Da esquerda para a direita) —
Dí' pé: Vereadores Alfredo Marotzkv, Dr. Adalberto A. Snel, Mário Pereira,
Urbano Arnecke, Alvicio Luiz Klaser e Alcides Friedrich; Sentados.: \'ereador Adão
Rodrigues de Oliveira, Prefeito Carlos Armando Koch Vereador Presidente Dr.
,

Guilherme Becker, Vice-Prefeito João Amando Schilling e Vereador Dr. Níveo


Leopoldo Friedrich

Prefeitura Municipal
— 65 —
Conta, atulmente, a agência com um quadro de 2 3 funcionários, além do
agente. Do extenso relatório do dr. Mozart Guilherme da Costa, agente, extraímos
os seguintes dados:

Benefícios em manutenção 612


Auxílios pecuniários 412
Aposentado por invalidez 1.2 51

Aposentadoria por velhice 128


Total 2.403

Valor dos benefícios pagos durante 1957, somente em


Novo Hamburgo Cr$ 61.683.549,10
Benefícios pagos em Canela, Gramado, Sapiranga e

Campo Bom Cr$ 23.060.082,20


(Nesta última rubrica estão incluídos os pagamentos relativos aos meses
de janeiro e fevereiro, feitos aos associados de Taquara; êste município, desde
março do mencionado ano, possui agência própria.)
Carteira de acidentes de trabalho
Carteiras emitidas em 1957 765
Valor dos prémios Cr$ 16.186.927,00
Arrecadação Cr$ 12.992.5 89,30
Diárias pagas aos acidentados Cr$ 6.75 5.449,80
Indenizações pagas Cr$ 902.715,50
Assistência médica Cr$ 1.277.747,30
Benefícios requeridos e processados em 1957
Pensões 101
Aposentadorias por velhice 30
Auxílios pecuniários e aposentadorias por invalidez 4.011
Auxílios concedidos de maternidade 1.756

Inscrições para aquisição de casa própria:

Pedidos recebidos: 700. Serão atendidos, porém, sòmente de 80 a 90.


Verba destinada a êsse fim: Cr$ 13.000,00.
O Instituto adquiriu uma gleba de 16 ha de terras, nas imediações do
conjunto residencial que possui no Bairro Guarani, que será loteada para venda
de terrenos aos associados.
Em 1958 foram instaladas as subagências de Sapiranga,
(N.° de benefícios
em manutenção: 297); Campo Bom (N.° de benefícios: 323); e Canela (N."
de benefícios; 349); foi ainda instalada, no corrente ano, uma subagência em
Hamburgo Velho.

13. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM


INDUSTRIAL (SENAI)
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, organização destinada a
emancipar a indústria brasileira no que se refere ao preparo e capacitação técnica
dos trabalhadores, é mantido e administrado pela própria indústria.

5
— 66 —
Essa preparação tecnológica do operariado nacional evitará as graves con-
se poderiam fazer sentir, no caso da habilitação da mão-de-obra
sequências que
não acompanhar o ritmo da industrialização de nosso pais e a que a guerra
veio acelerar tão fortemente.
Pedagogicamente, o S. E. N. A. I. está subordinado ao Ministério da Edu-
cação. Administrativamente, está ligado às entidades representativas da indús-
tria. Assim, o cargo de presidente dos Conselhos Regionais, cabe, automatica-
mente, aos presidentes das Federações de Indústria.
Em virtude do extraordinário desenvolvimento de nossa indústria, o S. E.
N. A. I. resolveu a fundação de um estabelecimento de aprendizagem industrial
nesta cidade.
Para êsse fim foi levantado, num alto ao norte da cidade, alteroso edifício,
num terreno doado para êsse fim pelos herdeiros de Jacó Mentz Sob., onde foi ins-
talada a Escola SENAI Ildefonso Simões Lopes.

14. PÔSTO DE FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO


DO TRABALHO
Foi criado pela 17.' Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, um
Pôsto de Fiscalização com sede em Novo Hamburgo e jurisdição em São Leo-
poldo e Taquara.
Foi assim atendida uma velha aspiração dos Sindicatos de Classe, que a
tempos vinham-se debatendo para conseguir, que fique nesta localidade, sediado
um representante legal da mencionada repartição. Para exercer o cargo em
referência, foi nomeado o sr. Francisco Camerini, fiscal aprovado por concurso,
o qual está atendendo sòzinho, o volumoso serviço deste departamento como Ins-
petor do Trabalho.
Sua municípios de Caí, Nova Petrópolis, Taquara,
jvirisdição extende-se aos
Canela, Campo Bom, Gramado e Montenegro.
Sapiranga,
Existem atualmente em Novo Hamburgo 14 sindicatos, sendo 5 de classes
patronais e 9 de classes trabalhadoras.
São extraídas, anualmente, cerca de duas mil carteiras profissionais para
maiores, e, cêrca de mil e quinhentas para menores.

O número de operários que empregam suas atividades nos diversos estabe-


lecimentos industriais da cidade é calcvalado em doze mil, de ambos os sexos,
entre maiores e menores. Cêrca de 60% dos operários se dedicam ainda ao arte-
sanato, trabalhando em seus domicílios, constituindo Novo Hamburgo, relativa-
mente à sua população, talvez o maior parque de trabalhadores no Brasil inteiro.
O pôsto funciona no edifício n.° 2706 da Praça 20 de Setembro.

15. PÔSTO DE IDENTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO


DO TRABALHO
Êste pôsto foi instalado no ano de 1936. Funciona no prédio situado à rua
15 de Novembro n." 121, sob a direção do sr. Francisco Camerini.
Pelo Pôsto de Identificação foram extraídas até abril de 1944, aproxima-
damente, 10.000 carteiras profissionais.
— 67 —
16. CRIMINALIDADE
A criminalidade sempre apresentou, em Novo Hamburgo, um coeficiente
quase insignificante. Pelo "rol dos culpados" de São Leopoldo, abrangendo os
períodos de 183 5 a 1865, vê-se que nesses trinta anos, ocorreram apenas cinco
crimes de morte e ferimentos graves, praticados por imigrantes, sendo três dêles
por questões políticas,a saber: Felipe Feldmann, assassinou a Francisco Xavier
Krumenauer; João Tomás Stoltenberg, matou a João Stenzel, e Germano Klin-
gelhõfer matou a Frederico "Weller, todos em 183 5. Em 1842, Bárbara Schneider
foi acusada de ter assassinado seu marido Felipe Schneider, sendo absolvida;
Augusto Hormann matou a facadas a Margarida Ritzel.
Conforme escreveu o Dr. L. Truda, houve em 1928, na Casa-de-Correçao,
em Pôrto Alegre, entre 598 reclusoso, apenas um filho de Novo Hamburgo.
Entre os 488 homicídios praticados no Estado, nesse mesmo ano, apenas um se
registrou neste município. Ferimentos graves registraram-se nesse ano, 2; aten-
tados à propriedade, 1.

17. POLÍCIA
Com o advento do Estado Novo, a Polícia do Estado passou por uma reforma
completa, que modernizava o seu funcionamento, ampliando as suas atribuições.
Além da repressão ao crime, cabe-lhe ainda, a fiscalização do trânsito, dos
veículos, das sociedades recreativas, culturais e desportivas, bem como, das di-
versões públicas.
Na Delegacia de Polícia deste município, servem os seguintes funcionários:
Delegado de Polícia: Dr. Adolfo Fernandes Monteiro, substituído
em 4-3-1959 pelo Dr. Carlos Simões Pires.
Inspetores de Polícia: Érico Adolfo Mattes, Tertuliano Cordeiro, Val-
quir Weingertner Mariante, Gomercindo Nunes Vieira, Pedro
Espadim Larre e Leonel Alves da Silva.
Escrivães-de-Polícia: Alcido de Morais Neves e Álvaro Sidnei Times
Machado.
Guarda-de-Trânsito: Álvaro do Nascimento.
Comandante do Destacamento da Brigada Militar: 1.° Tte. José Ma-
ciel de Oliveira.
Efetivo: 32 homens.

MOVIMENTO-DE-CORRESPONDÊNCIA
1943 1953
Correspondência expedida 298 4.518
Idem, recebida 311 6.792
Outros expedientes 3.810 4.661

CASOS ATENDIDOS
1943 1958
Prisões 151 528
Acidentes no tráfego 1 40
Suicídios 2 —
Tentativa de suicídio 1 —
1943 1958
Arrecadação Cr$ 43.436,70 Cr$ 2.820.721,90
Processos, 18 200
PARTE QUARTA

ASPECTOS DIVERSOS
1. RELIGIÃO
A) Considerações gerais

O espírito religioso, aliado à inquebrantável força de vontade dos povoadores


da zona rural do nosso Estado, foram, no dizer do escritor Homem de Melo, os
principais fatôres do progresso e desenvolvimento de toda região, onde se esta-
beleceram os colonos vindos da Europa.
Capelinhas, nos mais modestos lugarejos, igrejas em tôdas as vilas, e sun-
tuosos templos, alguns verdadeiros monumentos da arquitetura, nas cidades de
tôda aquela zona, dão-nos as provas mais vivas dos sentimentos de relirlosidade
que animava, no passado, aqueles modestos pioneiros do trabalho e que continuam
a ser cultivados, com carinho, pelas atuais gerações.
Muito se deve, de fato, a êste espírito, no surto sempre ascendente da coló-
nia, não somente, por ter contribuído para vencer as inúmeras dificuldades dos
primeiros tempos, mas também, por terem, tanto os padres católicos como os pas-
tores de outros cultos, aproveitado a sua posição de guias espirituais, para promo-
verem a criação de estabelecimentos de e.nsino, concitando por todos os meios,
os colonos a mandarem dar instrução a seus filhos. Em tôda parte da colónia,
a fundação de uma comunidade religiosa era sempre acompanhada, quando não
precedida, pela abertura de uma escola.

O projeto primitivo de colonização, previa a distribuição das terras situa-


das à margem esquerda do rio dos Sinos, entre os imigrantes católicos, que deve-
riam ser atendidos, nas suas necessidades religiosas, pelo vigário de Gravataí (Al-
deia dos Anjos), ao passo que a zona, à margem direita deste curso de águas,
ficaria reservada para os do culto evangélico.

Tal projeto, no entanto, não foi executado rigorosamente.


Desde o início da colonização, vemos colonos do culto evangélico e católicos,
estabelecerem-se, em ambas as margens do rio, sendo, no entanto, maior o nú-
mero daqueles nos núcleos de Campo Bom e Hamburgo Velho.
No nosso município, a solução do problema religioso, coincide com a vinda
dos primeiros colonos.

B) Culto evangélico
I. Ham bn r^o Velho
Tendo sido, conforme já se disse, maior o número de adeptos do culto
evangélico do que o de católicos, no núcleo que deu origem à nossa cidade, aqueles

já no ano de 18 32, levantaram, em Hamburgo Velho, uma pequena igrejinha,


construída pela família Libório Mentz e que servia também de escola.
Em 184J, foi esta demolida, para dar lugar a outra maior, inaugurada, sob
a invocação dos Três Reis, no dia 6 de janeiro de 1846. A comissão construtora
era formada por João Pedro Schmidt, Henrique Muller e Jacó Schmitt. Em
— 69 —
189J foi essa segunda igreja aumentada e provida de uma torre. Porém, já em
1923, procedeu-se à sua demolição e construção da atual, que se inaugurou no
ano seguinte.
Em 1886, foi iniciada a construção da casa paroquial e inaugurada no ano
seguinte.

Os três sinos foram adquiridos, nas mundialmente conhecidas fábricas de


Bochum, na Alemanha, no ano de 1895, e no mesmo ano, iniciada a torre
pelo construtor, Fritz Aichinger. Em 1909, a comunidade adquiriu o relógio
para a tôrre da igreja, fabricado pelo sr.Carlos Kirchhoff, de Pòrto Alegre.

O primeiro pastor evangélico, que oficiou em Hamburgo Velho, foi Klingel-


hõfer. Tendo acompanhado as hostes farroupilhas na Revolução de 183 5, foi
morto na batalha de Freguesia Velha (Triunfo).
Sucederam-lhe os pastores Stauer e Schmitt. Porém, somente em 1845, com
a chegada do pastor João Pedro Haesbert, vindo da América do Norte, conse-
guiu-se organização definitiva e serviço regular na comunidade evangélica.

Opastor Haesbert foi substituído, em 18 86, pelo pastor João Schwarz,


ao qual sucedeu, em 1893, o pastor João Frederico Pechmann; a êste sucederam
o pastor Richard Kreutzer (de 1922 a 1927); o pastor Ulrich Schliemann (de
1928 a 1932) e Theodor Goebels (de 1932 a 1937). Em 1958 assumiu a di-
reção espiritual da comunidade o atual pastor Wilhelm Pommer.

O número de famílias inscritas na comunidade ascende a 1020.

Em 1951, a comunidade adquiriu vasto terreno, contíguo à igreja. Neste


terreno foi construído o "Centro Evangélico para a realização de reuniões e
festas, da comunidade, da Ordem Auxiliadora e escolas evangélicas. No mesmo
prédio reside a diaconisa, e se acha instalada uma enfermaria e cozinha moderna.

II. Novo H amburgo


Até o ano de 1898, os membros da comunidade evangélica residentes em
Novo Himburgo, faziam parte integrante da Comunidade Evangélica de Ham-
burgo Velho. Em 1.° de maio de 1898, fundou-se a Comunidade de Novo Ham-
burgo como filial de Hamburgo Velho com administração própria. Quinze dias
mais tarde, foi inaugurado o velho templo da Comunidade, que serve ainda hoje
como sala-de-reuniões para a Juventude Evangélica e os confirmandos.

Aemancipação da Comunidade reahzou-se só 28 anos mais tarde, em 1926,


com avocação do pastor Teófilo Dietschi para seu dirigente espiritual. Pastor
Dietschi era naquele tempo também presidente do Sínodo Evangélico. A paróquia
contava naquele ano somente 360 famílias.
O Pastor Dietschi, intensificou logo o trabalho educacional da paróquia e
fundou nova Escola Evangélica em 1929. Durante os anos de 1930 a 1939,
a

cresceu a Comunidade de 360 para 517 famílias. Em 1939, começou a Comu-


nidade a campanha pró-construção de uma nova igreja, pois o velho templo
já se tornara pequeno para o número crescente dos paroquianos. Devido a 2."
guerra mundial, atrasou-se a iniciação desta obra. Logo depois do fim da guerra,
recomeçou-se a campanha pró-construção do citado templo.
O
sr. Siegfried Costa, arquiteto, apresentou um novo projeto para a cons-
trução planejada, que agradou e foi aceito para a execução.
— 70 —
Em meio dos preparativos para o começo da obra, despcdiu-se o pastor
Dietschi da sua Comunidade em 1947, depois de 21 anos de serviço contínuo
na paróquia, para aposentar-se.
O seu sucessor foi o pastor Heinz Kretschmer. Durante sua gestão, foi le-
vado para diante, com ritmo acelerado, a obra da construção da nova igreja.
Em7 de outubro de 1951, pôde a Comunidade inaugurar o seu majestoso
templo, de estilo gótico-clássico, acrescentando assim, um ornamento digno à
coroa de igrejas belas de nosso Estado.
Naquele tempo contava Comunidade já 1020 famílias. O Pastor Kret-
a
schmer, começou, logo após, a inauguração da igreja, com dois cultos dominicais,
um em alemão, outro em português. Depois de 9 anos de serviço regressou à
Europa em agosto de 1956.
Em fevereiro de 1957, sucedeu-lhe o pastor Reusch. A Comunidade conta
atualmente 173 5 famílias e 386 membros solteiros. A Escola da Comunidade "Os-
valdo Cruz", sob a direção de D. Dalila Sperb, é frequentada atualmente por
324 alunos e já precisa ser ampliada.
A Ordem Auxiliadora de Senhoras tem 440 membros, e a Juventude Evan-
gélica, reúne-se, semanalmente, na igreja antiga.

C) Culto católico
III. Hamburgo Velho
Os Hamburgo
católicos de Velho, dado seu reduzido número nos primeiros
anos da colonização, somente em 1950, iniciaram a construção de uma igreja, que
em 1886, foi aumentada e provida de uma torre.

Formaram a comissão construtora da primeira igreja os srs. Jacó Altmayer.


Jacó Kroeff, Cristiano Heineck, João Frederico Becker, João Kremer e Felipe
Steigleder.

O terreno para a igreja, bem como para o cemitério e a praça, foram


doados, parte pelo sr. Jacó Altmayer, parte por D. Juliana Kremer, viúva de
João Kremer.
Antes de 1849, eram os católicos atendidos, em suas necessidades religiosas,
pelos vigários de São Leopoldo. Do
mencionado ano em diante, passou o serviço
religioso a ser ministrado pelo padre jesuíta, Augustin Lipinski, de origem polo-
nesa, chegado nesse ano ao Brasil e que fixara residência em São Miguel dos
Dois Irmãos.
Pela lei n.° 1.000, de 8 de maio de 1875, ficou "elevada à categoria de fre-
guesia a capela curada de Nossa Senhora da Piedade de Hamburger-Berg, muni-
cípio de São Leopoldo e se comporá do seguinte território: entre o arroio Portão
ao oeste, rio da Ilha, ao leste, rio dos Sinos, ao sul e pelo norte com os limites
da nova freguesia de São Pedro do Bom Jardim, São Miguel dos Dois Irmãos
e São Francisco de Paula de Cima da Serra".
Porém, devido a desinteligências entre a autoridade civil e a eclesiástica,
somente em 22 de julho de 18 80, foi a nova freguesia reconhecida pela última,
sendo então nomeado, para administrador da nova circunscrição, o vigário de
São Leopoldo, rev. Pe. José Simmen S. J., ao qual seguiu o rev. Pe. Franz Drap-
pe, S. J.
— 71 —
Em 1894, foi nomeado o primeiro vigário da paróquia, recaindo a nomea-
ção no Pe. Antônio Weber. Sucedeu-lhe, em 1896, o Pe. Roberto Meyer, e a este,
o rev. Pe. Benedito Meinhofer, que esteve à frente da paróquia desde 1897 a 1919,
quando foi substituído pelo rev. Pe. Antônio Schimoeller, o qual exerceu as fun-
ções desde 1919 a 1926, e de 1937 a 1940. Entre os vigários figuram também
os Padres José Blòmecke, Germano Mulcrt, Júlio Tliemann e Artur Boll.

Com
o aumento sempre crescente da população, agravado pela fuga da co-
nova Matriz
lónia para os bairros industriais desta cidade, foi necessário erguer
de maiores proporções. Esta foi iniciada em 3 de março de 1935 e já no ano
seguinte, em 15 de agosto de 1936, solenemente inaugurada.
O novo templo, de estilo romano, dedicado à Nossa Senhora da Piedade,
foi construído pelo Sr. Cristiano de La Paix Gelbert, medindo 40 m por 18,50
m de largura, com uma tôrre de 3 5 metros de altura.
Em 1.° de janeiro de 1941, a direção da freguesia de Hamburgo Velho, que
até esta data esteve ao cuidado dos Padres da Companhia de Jesus, foi confiada ao
com a nomeação de seu 1.° pároco, na pessoa do Revmo.
clero secular diocesano,
Pe. João Wittmann. Sucedeu-lhe o Pe. Agostinho Muller e desde 10 de janeiro de
1954 o Pe. Edmundo Backes.
Desde a sua criação, a primitiva freguesia de N. Sra. da Piedade de "Ham-
burger-Berg", desmembrou-se em várias outras florescentes paróquias, como:
1) São Pedro —
Gramado —
criada em 7-3-1917
2)São Lviís —
Novo Hamburgo criada em 14-5-1926—
3) S. Coração de Jesus —
Sapiranga criada em 31-12-1943—
4) Santa Terezinha —
Campo Bom criada em 27-12-1956.—
Atualmentea Paróquia possui apenas duas capelas públicas provisionadas,
a São José, em Canudos (1949) e São João Batista, em Travessão dos
saber:
Dois Irmãos (1931).
Todavia, com o constante crescimento dos bairros, já estão projetadas novas
capelas cm diversos pontos, distantes da Igreja Matriz, como no 41 da Es- Km
trada Federal, na Vila Diehl e em Canudos, para o lado de Rondônia.

IV.Novo Hamburgo
A católica de Novo Hamburgo, sob a invocação de São Luís, foi
igreja
construída em 1924-1925, de acordo com a planta elaborada pelo engenheiro
José Lutzenberger, num terreno adquirido em virtude de compra, feita ao sr.
João Gerhardt, pela quantia de CrS 44.000,00.
A com.issão que dirigiu a construção era composta dos srs. Pedro Adams
Filho, Pedro Alles, Leo J. Campani e Leopoldo Petry.

A princípio estiveram os serviços religiosos a cargo dos padres de Hamburgo


Velho, porém, já em
14 de maio de 1926, foi a capela elevada à categoria de
freguesia, sendo transferido para a nova matriz, o rev. P. Antônio Schimòller,
de Hamburgo Velho. Também a paróquia de São Luís Gonzaga passou, em
1940, a ser administrada por padres seculares sendo nomeado primeiro vigário, o
rev. P. Artur Hartmann. Atualmente está à frente da paróquia, o rev. Cónego
José Luís Klafke.
Dado o vertiginoso aumento da população de Novo Hamburgo, para onde
afluem anualmente centenas de famílias, tanto da zona rural do Estado, como de
— 72 —
diversas cidades e atraídas pelo progresso da indústria, pela facilidades que lhes
proporciona esta sede, em matéria de instrução primária e secundária, bem como
por outros motivos, há anos a igreja de São Luís são satisfazia mais as necessidades
dos membros da comunidade, tornando-se necessário construir nova matriz para
o serviço religioso. Em 22 de junho de 1952, foi lançada a pedra angular do
novo edifício que já está concluído, faltando apenas a pintura interna.
A nova igreja, figura entre as maiores do interior do Estado; mede 31 m.
de largura por 65 m de comprimento; é flanqueada por duas torres, com 50
m de altura, cada uma. O projeto da construção é de autoria do arquiteto dr.
Vítor Zani. A comissão da construção é composta, além do Padre Vigário, dos
srs.J. Arnoldo Hennemann, Ivo Atanásio Kroeff, Osvino Armin Schmitt e
Alfredo Franz, membros da diretoria da comunidade, e dos srs. Ervino João
Schmidt, Rubem Ernâni Blauth, Pedro Alles, Círio Brenner, Osvaldo Ritzel, Vi-
cente Kieling, Hugo Fleck, Edgar Adams e José Schmitt. A construção esteve
a cargo da firma Alberto Moosmann.
Estão ainda sob a jurisdição eclesiástica da paróquia de São Luis, as seguin-
tes capelas:Nossa Senhora de Fátima, no bairro Guarani, construída em 1938;
N. S.^ das Graças, em Rondônia, construída em 195 5; a capela N. S." das Gra-
ças, do Colégio São Luís. Está ainda em construção uma capela provisória no
bairro Osvaldo Cruz.
Além disso, está sob a jurisdição eclesiástica de Novo Hamburgo, a comu-
nidade católica de Estância Velha.

V. Capela do SS. Coração de Jesus

No Afonso foi construída, em um terreno doado pelo


bairro Vila Santo
sr. Aloísio Schmidt, no ano de 1938, uma capela, em honra ao SS.
Hofmann
Coração de Jesus, sendo organizada uma comunidade católica.
Dado, porém, o rápido aumento da população e o acentuado desenvolvimento
económico da zona em que surgiu a nova comvmidade, que estava sob a juris-
dição eclesiástica do vigário de Novo Hamburgo, já foi ela, em 195 6, emanci-
pada e elevada à categoria de paróquia, compreendendo os bairros Vila Santo
Afonso, Olaria Kroeff, Rondônia (parte). Vilas Marte, Acauan e o Bairro Li-
berdade, tendo sido nomeado vigário, o padre Urbano Hansen, o qual assumiu
suas funções em 1.° de janeiro do citado ano.

A
nova paróquia dispõe de cemitério próprio e mantém uma escola paro-
Congregação de Santa Catarina. Além disso, fun-
quial, dirigida pelas irmãs da
cionam, na comunidade, uma sociedade de canto e diversas associações religiosas.
As divisas da nova paróquia, fundada em 27 de dezembro de 1956, são
as seguintes:

"Partindo da esquina da rua Araxá, segue por esta até a rua Itu, e por esta,
até a Avenida Pedro Adams Filho, por esta, rumo norte, até a rua Jaú, por esta
até a rua Bento Gonçalves, por esta até encontrar a rua Rondônia, por esta, em
direção sul, até a altura da esquina de encontro da rua Carlos Lanzer com a rua
Jacó Kroeff F.°; por esta última até a projetada rua, que passa nas divisas dos
herdeiros de Fernando Wolf com Schilling, por estas divisas até o rio dos Sinos,
pelo rio dos Sinos até o arroio Gauchinho, por este até a rua Limoeiro, onde atra-
vessa a Rodovia Getúlio Vargas para encontrar o Travessão, por êste até encon-
— 73 —
trar a estrada Lucena, por esta, em direção norte, até em linha reta, encontrar
com a rua Buergel, por esta até a rua Araxá, que é o ponto de partida.
Em 19 58, foi construida, no território da nova paróquia, uma capela, sob
a invocação de Santo Antônio, no bairro Liberdade.

D) Diversos Cultos

VL Ctãto Evangélico Luterano


A Comunidade Evangélica Luterana "São Paulo", filiada à Igreja Evangé-
lica Luterana do Brasil, conhecida sob o nome de "Sínodo Missouri", por ser a
igreja-mãe, fundada, no ano de 1847, na cidade de Chicago, sob o nome de
"Sínodo Evangélico Luterano de Missouri, Ohio e outros Estados", e cujo nome
atual é "Igreja Luterana, Sínodo de Missouri", foi fundada definitivamente em
25 de outubro de 1925, sob o nome "São Paulo". No dia da fundação, a comu-
nidade compunha-se de 12 membros votantes e 52 almas. Atualmente a comu-
nidade tem 1300 almas, 8 50 comungantes e 300 votantes. Dos fundadores ainda
vivem e são membros os srs. Henrique Thoen, Alfredo João Peites e Artur
Konrath.
A com.unidade, em 1926, comprou terras para um cemitério, situadas na
estrada que leva para o Bairro Rondônia. Em 193 3, adquiriu a propriedade do
sr. Reinaldo Fleck, situada à Praça 20 de Setembro, até então alugada, No dia
3 de dezembro de 1933, inaugurou o seu edifíício próprio, que servia para
escola e culto. A Escola São Paulo, mantida pela comunidade, foi fundada
já no dia 15 de fevereiro de 1925, sob a direção do Prof. João Neukuckatz.
Foi iniciada apenas com 3 alunos, cujo número cresceu, até o fim do mes-
mo 14, e no ano seguinte, para 30. Atualmente tem matriculados
ano, para
115 alunos. Serviram como diretores efetivos, além do primeiro já mencionado,
o Rev. O. Beer, Rev. A. Klaudat, Rev. C. H. Warth, Prof. J. A. Woltmann,
e desde 195 5, o Prof. A. O. Linden.

No dia 10 de outubro de 1943, foi inaugurada no dia 24


a casa paroquial, e
de novembro de 1946, o novo templo São No
ano de 19 52, foi comprado
Paulo.
no Bairro Guarani, terreno e casa, que serve de moradia para o professor. No
ano de 1957, foi construído o Lar, destinado às reuniões dos jovens, das se-
nhoras e da Liga dos Leigos.

Já em 1920, foi começado o trabalho da Igreja Luterana em Novo Ham-


burgo. Até 1924, uma casa particular, perto do Monumento em Hamburgo
Velho, servia para os cultos, e desde então a casa alugada situada no mesmo lugar
onde agora se acha o templo. Serviram como pastores O. H. Beer de São Leo-
poldo e A. Heine de Dois Irmãos, quando o primeiro, em fins de 1928, fixou
residência em Novo Hamburgo, tornando-se a comunidade sede da paróquia. De
1930 a 1932, o Rev. A. Klaudat era pároco desta comunidade. À frente da co-
munidade, encontra-se, desde o dia 6 de julho de 1932, o atual pastor Rev. C.
H. Warth.
VII. Igreja Evangélica Batista Betei.

A Igreja Evangélica Batista Betei de Novo Hamburgo, que em 1950 con-


tava 50 membros, estava subordinada à diretriz da Igreja Evangélica Batista
Betânia de São Leopoldo. No mês de maio do mencionado ano, numa reunião
— 74 —
efetuada na Vila São Jorge, em Hamburgo Velho, os membros da citada Igreja,
residentes neste município, resolveram emancipar-se e constituir comunidade pró-
pria, com o que concordou a comunidade de São Leopoldo.
Em reunião solene, realizada em 27 de agosto de 19 50, foi instalada a nova
comunidade com 50 membros, número ano subiu a
este, que, até o corrente
162. A Igreja Evangélica Batista Betei tem sua sede na aludida Vila São Jorge,
à rua Dois Irmãos, onde em 1957, construiu um templo. segundo templo Um
do mesmo culto encontra-se no bairro Vila Rosa, em Novo Hamburgo. O ser-
viço religioso nos dois templos é atendido pelo rev. Francisco Bueno.

E) Lomba Grande
VIII. Comunidade católica

A 1864, num terreno


primeira capela católica foi construída no ano de
doado pelo Luís Brãscher. Esta primeira capelinha foi, em 1896, demolida,
sr.

sendo edificada uma segunda, maior e mais espaçosa. Esta, por sua vez, teve
que dar lugar à atual igreja matriz, construída nos anos de 1923 a 1925.
Desde o início, foi a comunidade católica de Lomba Grande atendida pelos
vigários de São Leopoldo — a princípio, padres seculares, e posteriormente, jesuítas.
Em 1941, foi criada a paróquia de Lomba Grande e nomeado vigário, o Padre
Alfredo Simon. Em 1944, foi êste substituído pelo atual vigário Padre Alfredo
Kasper.
Pertencem a Paróquia de Lomba Grande, as seguintes capelas: Sta. Maria do
Butiá, erigida no século passado e reconstruída em 195 5, dedicada a N. S.° da
Imaculada Conceição; São João do Deserto, dedicada a São João Batista, cons-
truída em 1949, possuindo cemitério próprio; Feitoria Nova, dedicada à N. S.'
Medianeira, construída em 1934, tendo cemitério próprio; Fazenda São Borja,
Capela Cristo Rei, construída em 1938, possuindo cemitério próprio; Capela de
Santa Terezinha em Taimbé, inaugurada em 1953, possui também cemitério;
Capela Santo A^ntônio em Morro dos Bois, construída em 1952 e a Capela de
S. Jacó na linha S. Jacó, construída em 1952.
Na praça da Matriz, como nos terrenos da maior parte das capelas, foram
construídos pavilhões com instalações próprias para a realização de quermesses
em benefício das respectivas igrejas.

IX. Comunidade evangélica


A comunidade evangélica de Lomba Grande estava ligada à de São Leo-
poldo até o ano de 1915. O pastor da comunidade desta cidade, atendia também
àquela.

O primeiro pastor evangélico das duas comunidades foi o rev. João Inácio
Ehlers, vindo em 1824 com a segunda leva de imigrantes alemães. Sucederam-lhe
os pastores Klenze, em em 1864 e o Dr. Guilherme Rotermund
1842, Borchard
em 1875. Êste último, conhecidotodo Estado e mesmo além, como organi-
em
zador do Sínodo Evangélico, jornalista e fundador da Livraria Rotermund & Co.,
de São Leopoldo, exerceu sua atividade até 1915. Nesse ano, separou-se da co-
munidade de São Leopoldo a de Lomba Grande, que passou a ser atendida pelo
rev. pastor Hans Henn, ao qual sucedeu, em 1923, o rev. Eduardo Kaiser e a
— 75 —
êste, em 1927, o pastor Jacó Sauer. Tendo este tragicamente perdido a vida num
desastre de automóvel, no ano de 19 50, sucedeu-lhe o atual pastor Alfredo
Grassatis.

À comunidade evangélica de Lomba Grande pertence a de Boa Vista de


Santa Cruz, no município de Taquara.
A construção da primeira igreja evangélica cm Lomba Grande foi iniciada
em 1 83 5 e, após uma interrupção, motivada pela Revolução Farroupilha, con-
cluída em 1842; as paredes eram de barro e rebocadas a cal.

O terreno foi doado por um tal Dickel, o qual também foi o primeiro
negociante desta zona.
Já em 1848, foi esta igreja primitiva substituída por outra de material,
e em 1910, construiu-se a igreja que ainda hoje existe.
A comunidade mantém uma escola particular com 30 alunos, e atende ainda
as filiais de Santa Tecla e Quebra-Dentes.

2. INSTRUÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA


Parque Educacional de Novo Hamburgo
A uma coletividade pode ter, é a
mais alta manifestação de cultura, que
existência, em um
parque educacional à altura, pois que nêle reside
seu meio, de
a possibilidade de sempre mais aprimorar a formação intelectual e moral das ge-
rações surgentes e perpetuar, elevando-o, o nível civilizatório dos indivíduos.

Novo Hamburgo, neste particular, ocupa um lugar de destaque no cenário


em
brasileiro, pois que, proporção à população e à área territorial, acham-se aqui
disseminadas casas de ensino em tal profusão e capacidade de frequência, que

não será fácil, encontrar outra comuna com uma rêde escolar tão rica e variada
como a que possui nosso município.
Que tal situação privilegiada emana primordialmente do seio da própria po-
pulação destas paragens, é facilmente constatável, pois que a iniciativa parti-
cular criou estabelecimentos de ensino, incrustados na Cidade de Novo Ham-
burgo que constituem verdadeiros monumentos de cultura e civilização.

É em primeira linha a religiosidade do nosso povo, que constitui a alavanca-


mestra das iniciativas neste importante setor, pois que dificilmente poderá exis-
tir uma entidade religiosa, que não possua também sua escola.
E, se não existisse, a casa de ensino no âmbito de sua atuação, por certo, fazia
parte de suas cogitações no que concerne ao seu programa de futuras realizações.
Esta constante preocupação do elemento colonial pela instrução e educação
de sua prole, está contagiando benèficamente os governos, que, cada um em sua
esfera, realizam um trabalho, que, se não satisfaz plenamente, ao menos vem ao
encontro das aspirações gerais, ampliando-se, dia a dia, o já considerável parque
educacional de Novo Hamburgo.
A
semente fecunda da instrução e formação moral, que os nossos educan-
dáriosfornecem diurnamente à infância e à mocidade, frutificarão no porvir,
para bênção da família brasileira, feHcidade do povo em geral e grandeza da
Pátria.
— 76 —
A contribuição de Novo Hamburgo para a adequada formação dos cida-
dãos de amanhã é, sem dúvida, um dos fatôres do seu admirável progresso e do
seu sempre crescente prestígio,bem como o penhor de um futuro promissor e
fecundo, pois que aHcerça este nobre pendor na cultura milenar dos nossos an-
cestrais, aos quais devemos tudo o que somos e temos. (D'0 5 de Abril)
Entre os muitos problemas que, no princípio da fundação de Novo Ham-
burgo, exigiam solução, o da instrução, foi, sem dúvida, um dos mais impor-
tantes. OGoverno, apesar de bem intencionado, não dispunha dos recursos ne-
cessários à criação de suficientes escolas para o grande número de filhos dos
imigrantes
O colono viu-se, pois, obrigado a resolver, por suas próprias forças, esse
problema, procurando proporcionar à sua prole, o ensino, que com seus min-
guados recursos lhe foi possível conseguir, fundando escolas. Não foram mode-
lares, essas primeiras escolas primárias. Como professores funcionavam, às vezes,
algum colono mais instruído, naufragadas, que não
outras vezes, existências
tendo energia para enfrentar os dviros trabalhos agrícolas, viam no magistério,
um meio de não morrerem de fome. Raras vezes um professor, com o necessário
preparo, se sujeitava às condições deveras pouco convidativas do magistério par-
ticular na zona rural. A
falta de professores se aliava a de edifícios apropriados.
Remediavam-na os colonos, cedendo compartimentos de suas residências para
as escolas, funcionando estas ora numa, ora noutra casa, e mudando em geral,
semanalmente. Material de ensino não existia.
Por isso o professor Rosenbruch, um dos primeiros que exerceu o magistério
nesta zona, escreveu, de próprio punho, cartilhas primárias, em belos caracteres
góticos,que eram vendidas ao preço de 32 centavos, cada uma. Outro professor
de boa caligrafia, daquela época, era Carlos Schrater. Durante as horas vagas,
escrevia pequenos almanaques com indicação dos dias e meses do ano. Êsses ma-
nuscritos custavam meia pataca (16 centavos).
Porém já em 1832, apareceu uma cartilha primária, editada pela Tipografia
E. Dubreuil, em Pôrto Alegre. Os pais-de-família pagavam mensalmente, para
o ensino de seus filhos, a quantia de dezesseis centavos, para cada criança.
O ensino primário, em Hamburgo Velho, começou a normalizar-se, devidr
aos esforços da comunidade evangélica, que construiu a primeira igreja de táboa'
em 1832, que também servia de escola.
Seria fastidioso enumerar as diversas fases da instrução no nosso município
Pode-se, no entanto dizer, que, sempre houve homens abnegados e dispostos a
trabalhar,mesmo com sacrifícios de tôda ordem, pelo progresso intelectual dest;
cidade. Assim o ensino foi-se aperfeiçoando cada vez mais, despertando também,
entre o povo em geral, interêsse e disposição para enfrentar as despesas necessárias.
Em 18 59, chegou ao nosso Estado o sr. Carlos Lanzer, homem muito preparado,
que assumiu a direção da escola evangélica em Hamburgo Velho.
Durante vinte equatro anos exerceu, com dedicação e competência, o cargo
de professor e diretor do canto na igreja e nas sociedades. Carlos Lanzer, que teve
mais tarde, atuação na política local, durante muitos anos foi juiz de paz. Deve
pois ser considerado um dos pioneiros da instrução em nossa cidade.
Não somente ministrou ensino primário a grande número de filhos desta
terra, mas, aliado a outros cidadãos prestimosos, muito contribuiu para criar uma
tradição de interêsse e amor à instrução no meio social, que vinha se formando.
— 77 —
Em 18 83, havia já duas escolas públicas, uma em Novo Hamburgo, regida
pela professora D. Maria Camila de Castro, e outra em Hamburgo Velho, sob
a direção do professor Francisco Xavier Miissnich.
Por ocasião da emancipação do município de Novo Hamburgo, em J de
abril de 1927, existiam sete escolas estaduais, uma municipal e seis particulares,
respectivamente com 374, 72 e 478 alunos, o que corresponde a um total de 14
escolas, frequentadas por 924 alunos.
Três anos mais tarde, em 1930, havia oito escolas estaduais com 388 alunos,
seis municipais com 291 alunos e oito particulares com 698 alunos, o que cor-

responde a um total de 22 escolas com 1477 alunos


O extraordinário desenvolvimento da instrução se evidencia pelo seguinte
quadro de estabelecimentos-de-ensino, relativo a 1943:
4 grupos escolares com 1120 alunos
4 escolas isoladas com 163 „
19 escolas municipais com 904 „
5 escolas particulares com 569 „
3 internatos com 912 „
Total 3668 alunos

O movimento escolar ,em 1958, apresenta o seguinte quadro:


Ginásios,
Nome Matrícula
1) São Jacó
Colégio 680 alunos
2) Escola Sta. Catarina 611 „
3 ) Ginásio Pindorama 3 50 „
4) Fundação Evangélica 200 „
5) Ginásio Estadual de Novo Hamburgo . . . 276 „
~,
Total 2117
Escolas Primárias
Nome Matrícula
1) Escolas Municipais (23) 1944 alunos
2) Escola Pio XII 260 „
3) Escola Luterana S. Paulo 108 „
4) Escola S. Luís 942 „
5) Escola Osvaldo Cruz 3 30 „
6) G. E. Antônio Vieira 365 „
7) G. E. Pedro II 777
8) G. E. Otávio Rosa 18 5 „
9) G. E. Vila Industrial 231
10) G. E. "João Ribeiro" 231
11) G. E. "Madre Benícia" 114
12) Escola Sagrado Coração de Jesus 190 „
13) Escola Reunida da Rondônia 112 „
14) Escola Reunida do Rincão dos Ilhéus .... 111 „
1) Instituto Belas-Artes 130 „
15) Esc. Paroquial "Ernesto Klohs" 30 ,,

1) Escola Voe. Agro-Industrial 150 „


~
Total 6210
— 78 —
N." de Professoresem N. Hamburgo 302
Alunos matriculados em Escolas Particulares 3831
Alunos matriculados em Escolas Estaduais 1552
Alunos matriculados em Escolas Municipais 1944
Número de Escolas Primárias 36
Número de Escolas Secundárias 6
Número de Escolas de Artes 2
Número de Escolas de Assistência Social 1

Ciirsos-de-línguas

Além dos estabelecimentos-de-ensino, constantes do quadro acima, funcionam


na cidade, cursos das línguas alemã, inglesa e francesa.
Com o aumento do número de escolas, também aumentaram as despesas
efetuadas pelos poderes públicos com a instrução.

O município gastou com a instrução pública:


em 1928 Cr$ 3.058,00
em 1930 Cr$ 5.333,67
em 1943 Cr$ 94.499,00
em 1957 Cr$ 7.995.073,40
O Estado, por sua vez, contribuiu para o mesmo fim:
em 1926 Cr$ 36.480,68
em 1928 Cr$ 39.429,50
em 1943 Cr$ 337.880,60
em 1957 Cr$ 12.014.773,80
em 1958 Cr$ 19.015.488,60
Em 1941, o Estado transferiu para esta cidade a sede da 2.* Região Escolar,
que compreende os seguintes municípios: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Ta-
quara, Caí, Montenegro e São Francisco de Paula. Posteriormente a sede foi
transferida para São Leopoldo.
Damos a seguir algumas informações detalhadas sobre os mais importantes
estabelecimento de ensino do município.

I. Grupo Escolar D. Pedro II


Grupo foi fundado em 2 de setembro de 1930. Funciona num alteroso
Êste
prédio, novo, mandado construir pelo Governo do Estado, no próspero bairro
Rio Branco, tendo cust.ido o terreno Cr$ 60.000,00, e o edifício, aproximada-
mente Cr$ 700.000,00.
Dispõe de todas as instalações, que a pedagogia e a higiene exigem de um
estabelecimento desta natureza. As salas são espaçosas, com muita luz e venti-
lação, mobília moderna e cómoda, pátios amplos para recreio e aparelhos par.i
exercícios físicos.
É dirigido pela professôrn Edna Maria Scherer. A matrícula é de 984 alu-
nos de ambos os sexos, divididos em 27 classes organizadas, dirigidas por outras
tantas professoras de letras. Anexo, funciona um jardim de infância, aulas de
desenho, música e religião.
Existem, além disso, 5 cursos especializados, a saber: Música, Educação Fí-
sica, Datilografia, Clube Agrícola e artes aplicadas.
— 79 —
Possui uma rica biblioteca, com grande coleçao de obras literárias e técnicas.
Mantém uma Caixa Escolar com 200 alunos fichados e uma Cooperativa Escolar.
OCurso de Datilografia, devidamente oficializado, é destinado aos profes-
sores e alunos do 5.° ano, que desejam diplomar-se nesse ramo.
O Gabinete Médico e Dentário, funcionam sob a orientação do Pôsto de
Higiene local.

11. Grupo Escolar Antônio Vieira em Hamburgo Velho


Êste Grupo Escolar foi instalado no dia 23 de agosto de 1937. Funciona
desde então, num antigo salão de baile. Os aluguéis são custeados pela Pre-
feitura Municipal.
Em 1957, foram matriculados 388 alunos, sendo 204 do sexo masculino e
184 do sexo feminino. Exerce o cargo de diretora, D. Eni Santos Moog Ott,
auxiliada por 13 professoras de letras, 1 de desenho e 1 de educação física.
Distribui sopa e merenda aos alunos necessitados, recebendo para êsse fim,
da Prefeitura Municipal, um auxílio de Cr$ 400,00 mensais. Dispõe de uma
biblioteca recreativa, pedagógica e didática. Mantém jardim de infância e curso
pré-primário, sendo êste criado em 1956. Na "loja escolar" anexa ao grupo, os
alunos podem adquirir material escolar e merenda. Estão em funcionamento o
pelotão de saúde, que dispõe de uma farmácia, e o clube agrícola, onde os alu-
nos recebem instrução prática no cultivo de hortaliças para a sopa escolar. Os
clubes esportivos de wolley e caçador, mantém vivo intercâmbio com os con-
géneres de outros estabelecimentos-de-ensino.
Possui ainda o grupo um projetor cinematográfico e uma eletrola, para en-
saio de cantos e música.

III. Grupo Escolar da Vila Industrial


Criado por decreto n.° 474, de 7 de janeiro de 1942, êste Grupo Escolar
formou-se da junção das escolas isoladas de Matadouro Kroeff e Matadouro Pro-
venzano. É dirigido pela professora D. Luiza Petry Friedrich. Inaugurou-se
a 1.° de março de 1941, pertencendo ao 2.° estágio e à 4.' categoria. Funciona
em novo e confortável prédio e possui capacidade para 150 alunos.
O edifício foi construído pela Firma Breidenbach & Mossmann e custou
Cr$ 70.000,00.
Suas condições higiênico-pedagógicas são ótimas, possuindo as seguintes aco-
modações: secretaria, vestiário, 4 salas de aula, instalações sanitárias e ótimo
pátio para recreio.
O corpo docente atual é formado da diretora e 5 professoras.
É frequentado por 231 alunos de ambos os sexos.

IV. Grupo Escolar Otávio Rosa


Êste grupo, instalado no bairro Pátria Nova, foi fundado em 1947, fun-
cionando em prédios alugados. Tendo sido levantado pelo Governo do Estado,
novo prédio para êsse grupo, foi êste inaugurado em 28 de maio de 1958.
Amatrícula dêsse grupo é de 182 alunos. O
corpo dicente é composto das
professoras Ledi Inês Kroeff, diretora, e de Aura Ebert, Evanie Morais Breiden-
bach, Liane Margarida Krischnegg, Dalva da Fonseca Storck e Julieta Maria
Moura Juchem.
— 80 —
V. Escolar de Lomba Grande
Grupo
Na Lomba Grande, sede do 3." distrito de Novo Ham-
aprazível vila de
burgo, no ponto mais alto, em grande e confortável prédio, funciona êsse grupo
D. Celi Allgayer Marks, auxiliada pelas pro-
escolar sob a direção da professora
fessoras Cléris AllgayerBecker e Gládis Maria Ferras. É frequentado por 113
alunos, sendo 56 do sexo masculino e 57 do sexo feminino.
Dispõem de amplos salões para as aulas e de extenso campo para exercícios
físicos.

VI. Escola Normal Santa Catarina


Em Janeiro de 1900, as irmãs de Santa Catarina, chegadas ao Rio Grande
do Sul no ano anterior, receberam, através do Revmo. Padre Ploes S. J., um
apêlo da comunidade católica de "Hamburger-Berg", no sentido de fundarem
uma escola na mesma localidade.
Atendida esta solicitação, a 27 de junho do mesmo ano, chegaram a esta
cidade, as duas primeiras professoras. Irmã Maria Valentina e Irmã Maria Julita.
A 10 de julho, após o ofício religioso, celebrado na Igreja Paroquial, as
irmãs foram conduzidas processionalmente por tôda a comunidade à escola, que
se instalou num prédio alugado, à rua General Osório, defronte ao atual esta-
belecimento.
O número de alunos, muito reduzido no início, apenas 8 meninos e 7 me-
ninas, alcançou o dôbro no mês seguinte e foi sucessivamente aumentando.
Sendo muito acanhado o prédio em que funcionava a escola, após 6 meses,
as irmãs se transferiram para a casa situada no lado oposto da rua, onde estivera
instalado um estabelecimento de banhos do sistema Kneip.
ACasa Matriz da Congregação, seguia com vivo interesse, todos os passos
da nova fundação, e enviou mais três irmãs, a saber: Irmã Maria Lina, como
Superiora, Irmã Maria Plácida e Irmã Maria Heriberta.
Nos anos seguintes, foram chegando mais irmãs, pois o campo de açao recla-
mava novas forças.
Os pedidos de matrícula para o internato e externato, cresciam gradualmente,
sendo o colégio procurado tanto pelas filhas da localidade como da capital e de
outras cidades.
Era evidente a necessidade da construção de um edifício apropriado. Ex-
posta a situação aos Superiores Maiores da Congregação, em Braunsberg, estes
não sóapoiaram o plano, como, ainda, enviaram imediatamente auxílio finan-
ceiro. A
20 de fevereiro de 1909, foi lançada a pedra fundamental do edifício
central da atual Escola Normal Santa Catarina.
A 28 de janeiro de 1907, foi aberto um externato para meninos, sob a di-
reção de Irmã Maria Cáritas. Esta aula, que teve sempre ótima frequência,
deixou de existir em 1914, com a chegada dos Irmãos Maristas.
Com o decorrer dos anos, ia-se alargando a extensão dos cursos, de modo
que até 1930, embora sem caráter oficial, o ensino era ministrado nos graus
primário e médio.
A 24 de março de 1931, sendo diretora do Colégio, Madre Maria Eustá-
quia, e diretor da Instrução Pública, Dr. Luís Freitas de Castro, foi firmado
com o Estado um convénio, que transformava o "Colégio Santa Catarina" em
Escola Complementar, equiparada às oficiais.
Primeira Igreja Católica de
Novo Hamburgo
Nova Igreja Católica d

Novo Hamburgo

igreja Católica de Hamburgo Velho


— 81 —
Em princípios de 1933, assumiu a direção do estabelecimento, Madre Maria
Margarida, a qual veio imprimir um ritmo de grande progresso à Escola. Foi
ela quem conferiu os diplomas à primeira turma de alunas-mestras, em número
de seis: Aleira Corrêa, Alice Petry, Cândida Paim, Diva Botelho de Magalhães,

Leonor Della Giustina e Maria Fonini. Não havendo naquela época professôra-
fiscal permanente, a Diretoria de Instrução PúbHca, designou, para fiscalizar os
exames finais, uma comissão integrada pelas professoras Olga Acauan, Marieta
Cunha e Silva e Dionéia Macalão. Em anos seguintes, estiveram no estabeleci-
mento, em iguais funções, as professoras Neli Rezende de Carvalho e Margarida
Pardelhas.
Em 1940, foi criado, paralelo à Escola Complementar, o Curso Ginasial, que,
pelo Decreto 22.176, de 2 5 de novembro de 1946, passou a funcionar em regime

de inspeção permanente.

Escola Normal
Em 1944, a Escola passou automaticamente a obedecer ao novo plano, re-
gulamentado pelo Decreto 775 A, de 15 de maio de 1943.
n.°

No um ambiente de maior conforto, adaptando-


intuito de oferecer às alunas
se melhor às exigências atuais, a Direção suprema da Congregação, autorizou a

construção de um novo prédio escolar, que foi solenemente inaugurado a 27 de


junho de 1950, 50." aniversário da fundação do colégio.
Em 1952, foi criada, no Curso Primário da Escola, a secção Madre Regina,
com capacidade para 100 meninas. Esta, aula, que funciona no turna da tarde,
e completamente gratuita, tendo como regentes, as alunas da 3.^ Série do C. F.
P. P., sob a orientação das professoras de Didática e de Psicologia.
A fim de continuar sua ação de maneira mais direta na sociedade local, a
Escola congregou suas ex-alunas numa Associação, com personalidade jurídica
desde 1953. Nos poucos anos de sua existência, esta entidade já empreendeu a
fundação da "Casa da Criança" de Novo Hamburgo, a primeira instituição no
género na cidade.
A princípio atendido pelas Irmãs e, desde a criação da Escola Complemen-
tar, entregue às alunas internas, funciona o Curso Supletivo "Imaculada", que
ministra ensino primário às serviçais do estabelecimento .

Funcionam, ainda, na Escola Normal, extra-classe, as seguintes instituições;


a) Grémio Estudantil "Castro Alves", com seus Departamentos: Religioso,
Literário, Artístico, Desportivo e de Assistência Social.
b) Cinema Educativo, com sessões semanais, além de cine-forum e as apli-
cações feitas pelos professores, para ilustrações de suas aulas.
Entre os numerosos colaboradores das Irmãs de Santa Catarina, merecem
ser assinalados os seguintes:
Cecília Fialho de Vargas, Maria Clara Pinheiro Barcelos, Maria Fialho Pereira,
Aurora Albite Ulrich, Giselda Guimarães Gomes, Dionéia Bonapace, José Zacchia,
todos professôres-f iscais; Cruzaltina do Vale, Laura de Freitas Viegas, Nair Fontes,
Diná Neri Pereira.
São atualmente professôras-fiscais as Senhoras Nadir Teixeira de Morais e

Icléia Teixeira Daudt.


O cargo-de-diretora da Escola Normal Santa Catarina é exercido pela Irmã
Maria Irene.

ó
— 82 —
INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS:
Matrícula
1o c c 1 o c QC^ 1of o
17 ) } 17)7
1
195 8

Curso Primário 110 139 243 275


Curso Ginasial 262 261 289 271
C. F. P. P. 71 79 73 79

Número de Diplom adas


1955 1956 1957 1958
C. F. P. P. 15 25 22 24

Total de Diplomadas
de 1933 a 1958: 511
Além da Escola Normal de Hamburgo Velho, as irmãs da Congregação
de Sta. Ctarina, ainda dirigem a Escola Paroquial São Luís ,em Novo Ham-
burgo, fundada em 28 de fevereiro de 1928, onde, além da diretora, irmã Maria
Valéria, lecionam mais cinco professoras, irmãs da mencionada congregação e
14 leigas, nos cursos pré-primário (Maternal e Jardim-de-Infncia) e primário
(1.°, 2°, 3.°, 4.° e 5.° anos).
O desenvolvimento dessa escola ressalta dos seguintes dados estatísticos:

Matrícula de 5 em 5 anos:
Em 1928 12 5 alunos
Em 1933 180 alunos
Em 1938 162 alunos
Em 1943 165 alunos
Em 1948 184 alunos
Em 1953 358 alunos
Em 1958 958 alunos

VIL Colégio São Jacó


Internato, Externato e Semi-internato.

Dirigido pelos Irmãos Maristas.

O a direção do Irmão Renato Lúcio, foi


Colégio São Jacó, atualmente sob
fundado em março de 1914, por um
grupo de beneméritos cavalheiros de Novo
Hamburgo e entregue aos Irmãos Maristas, no ano seguinte. Está situado num
lugar aprazível, no cimo de um morro poético, a 104 metros de altitude, gozando
de um magnífico panorama e de um clima ameno. Afastado do ruído da cidade,
é um recanto ideal para o recolhimento e o estudo. Graças às recentes construções
nos moldes da técnica pedagógica e do conforto, o colégio possui acomodações
para 200 internos, com ótimas instalações para Internato, amplas e bem arejadas
salas de estudo, dormitórios, refeitórios e das melhores instalações sanitárias. Em
suas salas de aula, pode abrigar 800 alunos, proporcionando um alto desenvolvi-
vimento físico, intelectual, moral e religioso aos seus educandos. Está rodeado
de amplos pátios de recreio, para a prática dos esportes mais variados e jogos
ao ar livre.
— 83 —
Distante apenas 45 quilómetros da Capital e estando em comunicação direta
com todos os municípios vizinhos, o Colégio é muito procurado, já tendo sua
fama ultrapassado os limites do Estado do Rio Grande. Os milhares de alunos
que já formou, muitos dos quais ocupando posições de destaque na sociedade,
são prova frizante da ótima formação ministrada por êste velho Educandário,
como também o são a preferência dos pais e a grande procura de vagas cada ano.
Bons estudos, sólida formação religiosa e profana, alimentação sadia, vigi-
lância e um
regime de ordem e disciplina, são as credenciais autênticas com
que êste Colégio vai justificando a confiança que os pais depositam em sua
atividade educacional.
O corpo docente é composto dos próprios Irmãos Maristas, auxiliados por
alguns professóres leigos. O Estabelecimento mantém as secções de internato,
externato e semi-internato, com os seguintes cursos: primário, de 5 anos; ginasial,
de 4 anos; colegial científico, de 3 anos; Técnico de Contabilidade, de 3 anos.
Lamentàvelmente, dois grandes incêndios destruíram três quartas partes
do Colégio, em fevereiro e maio de 1954, causando prejuízo incalculável, sob
todos os aspectos, justamente quando o Educandário tinha chegado ao apogeu,
com 800 alunos, dos quais, 240 internos. Urgia reconstruir e não desanimar. Com
o auxílio da população, sobretudo dos Ex-Alunos e Amigos do Colégio, dos po-
deres públicos, municipais, estaduais e federais, reformou-se logo o existente e
iniciou-se a reconstrução, sendo o novo difício inaugurado a 8 de setembro de
1957; uma bela obra, bem sólida, com linhas harmoniosas, em estilo funcional.

A última estatística, isto é, do ano de 1958, acusa a seguinte matrícula:


Primário 207 alunos
Ginásio 275 „
Científico 80 „
Técnico de Contabilidade 122 „
Total 684 alunos
Para formar líderes o Colégio diversas Associações religiosas,
e elites, possui
literárias e esportivas. Os estudantes dêste Estabelecimento, mantém, sob a orien-
tação dos professores, os seus Grémios Literários ou Centros Culturais. Gré- O
mio Estudantil Rui Barbosa (GERB), associa todos os alunos, que também man-
tém a Revista estudantil mensal, o "Avante", em que os alunos se exercitam
na arte de bem escrever.
Desde 1948, existe também no Colégio a Associação dos Ex-alunos e Ami-
gos dos Irmãos Maristas de Novo Hamburgo, que congrega centenas de ex-
alunos e amigos do Colégio e das obras maristas, com a finalidade particular
de manter as relações entre professores e ex-alunos, constituir uma força de apoio
nos diferentes setores da sociedade para o seu Colégio e antigos mestres.

VIII. Fundação Evangélica


Oficializada em 1944 — Hamburgo Velho
Na parte norte de Hamburgo Velho, sôbre uma colina, em local muito
apropriado e com panorama belíssimo, erguem-se os magníficos edifícios da
tradicional"Fundação Evangélica", o eficiente educandário, que, desde 1895,
vem instruindo jovens, não só dêste Estado, como de diversos outros do Brasil,
— 84 —
e ainda, das repúblicas do Uruguai e da Argentina. O estabelecimento teve
origem com o trabalho das irmãs Amalie e Lina Engel que,
já em 1886, orga-
nizaram o primeiro internato evangélico de meninas no Rio Grande do
Sul, com
o objetivo de encaminhar as alunas para seus futuros trabalhos caseiros,
além
de ministrar-lhes os conhecimentos básicos de cultura geral,
aproximando- as mais
ainda à religião cristã.
A iniciativa dessas duas senhoras progrediu e, em 1895, resolveram elas doar
à Igreja Evangélica do Rio Grande do Sul, a instituição incipiente, para que a
obra, recém iniciada, tomasse maior número de moças. De fato, daquela data
cm diante, o educandário, em escala ascendente, se desenvolveu para atingir, com
os dias que correm, uma posição invejável, tanto na parte material, quanto na
intelectual e moral.
A
expansão da escola tornou obsoletas as suas instalações no prédio
antigo.
Graças à cooperação generosa de Frederico Mentz, tornou-se possível a inaugu-
ração, em 1932, do novo edificio lá no alto do morro.
Nos anos subsequentes,
sofreu sucessivas ampliações e aparfeiçoamentos, contando
com a colaboração
das Comunidades, especialmente as de Hamburgo Velho
e Novo Hamburgo, bem
como de suas numerosas ex-alunas.
Em
1945, foi oficializado o Curso Ginasial. O Curso de Economia
Do-
méstica, o primeiro no continente sul-americano, sofreu sucessivas
adaptações
às condições hodiernas. Desde 195 5, prevê a possibilidade do preparo para de-
termmadas profissões femininas, e em 1957, foi reconhecido pela
A. S. C. A. R.
Em 1957, o corpo docente era composto do diretor sr. K. G. Schmeling
e de 22 professoras.

A matrícula apresenta no mencionado ano o seguinte quadro:


série 38 alunas
2. " série xo
" >>
3. serie 33
4-' série 26
Curso de Economia Doméstica 22
Total 157 alunas

IX. Escola Osvaldo Cruz, da Comunidade Evangélica


de Novo Hamburgo
Desde a sua fundação, a Comunidade de Novo Hamburgo mantinha uma
escola primária, confiada durante
os anos a diversos professores, até que se
criou uma
sociedade escolar de Hamburgo Velho e de Novo
Hamburgo. meio A
caminho entre os dois núcleos construiu-se um prédio para
a escola que por
muitos anos iria servir as duas comunidades. Dissolvida
mais tarde essa socie-
dade escolar e deixando de funcionar a escola por ela
mantida, a Comunidade
Evangélica de Novo Hamburgo não
pôde por algum tempo oferecer uma escola
aos filhos de seus membros. Nessa época.em
1920, veio para Novo Hamburgo
o professor Ludwig von Eye, homem de grande
cultura e que anteriormente
exercera as funções de secretário do Consulado
Alemão em nosso Estado. Não
obstante sua grande cultura, o professor von Eye
considou a escola primária
digna de seus maiores cuidados e passou a lecionar
para as crianças da Comuni-
— 85 —
dade Evangélica de Novo Hamburgo, inicialmente por sua própria conta, ate
que mais tarde a escola assim criada tornou-se a escola da comunidade como ela
hoje existe.

O prédio novo foi construído enquanto a comunidade estava aos cuidados


do senhor pastor Teophil Dietschi que também por muito tempo foi o diretor
da escola e atualmente está sob a direção da professora D. Dalilla C. Sperb.
Presentemente a Escola Osvaldo Cruz funciona em secções desde o jardim
de infância até o curso de admissão ao ginásio e recebe diariamente em suas
salas quase quatrocentas crianças. O pióximo capítulo na vida da escola da
Comunidade Evangélica de Novo Hamburgo será sua transferência para o pré-
dio novo projetado e que será construído no terreno já adquirido, amplo e cen-
tral e que certamente virá atender as necessidades da comunidade que se encontra
em fase de grande desenvolvimnto.

X. Escola Pio XII


Atendendo aos contínuos pedidos da Comunidade Católica São Luís de Novo
Hamburgo, bem como de numerosas famílias, foi fundada em 1950, a Escola
Pio XII. A Direção desta Escola primária, foi entregue aos Irmãos Maristas do
Colégio São Jacó de Hamburgo Velho.
A Comunidade Católica São Luís cedeu o salão de festas, para transfor-
má-lo em duas pequenas salas, onde começaram a funcionar as aulas.

Já no primeiro ano, ou seja em 195 0, foram matriculados 67 alunos, para


o 3.° e 4.° anos primários. No ano seguinte, o número de matriculados foi para 82.
não se podendo aceitar mais alunos, por falta de espaço. Em 1954, a citada
Comunidade Católica cedeu mais uma sala, situada nos fundos da nova matriz,
ora em construção.
No mesmo ano, abriu-se também o 5.° ano primário. Com este curso, a
matrícula foi para 112 alunos. E a partir deste ano, o número foi crescendo
sempre. Em 1958, com m.ais uma sala cedida pela mesma Comunidade, a
matrícula superou em 45 Assim a matrícula geral du-
alunos o ano anterior.
rante êste ano letivo foi de 190 alunos, tendo sido recusada uma dezena de
matrículas, por falta de acomodação.
Em seus oito anos de funcionamento, 890 alunos já passaram pelos seus
bancos escolares.

Anualmente, desde 1954, uma turma de 3 5 a 40 alunos, terminam o seu


curso primário. Fato digno de registro é que, desde que funciona o 5.° Ano
Primário, nas provas de Admissão ao Ginásio no Colégio São Jacó, sôbre 80 para
100 candidatos, os primeiros lugares, sempre pertenceram aos alunos da Escola
Pio XII.
Em princípios de 195 8, a Escola Pio XII, tornou-se completamente inde-
pendente do Colégio São Jacó. O
motivo principal desta separação foi o grande
sacrifício dos Irmãos Professores, obrigados a percorrer diariamente o trajeto
do Colégio São Jacó até à Escola Pio XII, duas vezes por dia, com ida e volta.
Naturalmente, esta separação trouxe, também, o grande imperativo de
iniciar, o mais cedo possível, a construção de novo e mais espaçoso educandário.
A nova Diretoria da Escola, a cuja frente se encontra o Irmão Neotério, não
— 86 —
mediu esforços para que este sonho se tornasse realidade, o mais cedo possível. O
projeto do novo Educandário, que deverá ser o orgulho da cidade, já está pronto
e será erigido no alto fronteiro à Igreja São Luís.
A Direção da Escola como também a Comissão da Construção do Ginásio
Pio XII, estão se empenhando em conseguir uma verba razoável para iniciar
esta construção.

Movimento Geral de Matrículas e Aproveitamento


Ano Letivo Matrículas Porc. de aprovação Séries

1950 68 88% 3.' e 4.'

1951 82 65% 3.' e 4.'


1952 83 71% 3.' e 4.'
1953 82 78% 3.' e 4."

1954 109 89% 3.% 4." e 5.'

1955 132 86% 3.S 4.^ e 5."

1956 145 86% 3.', 4.' e 5.'

1957 190 88% l.\ 4.' e 5.'

1958 260 4.' e 5."

XI. Ginásio Estadual 25 de Julho


Nas dependências do Grupo Escolar D. Pedro II, funciona, desde o ano
de 1954, o Ginásio Estadual 2 5 de Julho.
Sob a direção da dedicada professora D. Leda de Freitas Falcão, auxiliada

por um corpo de auxiliares competentes, este estabelecimento de ensino, vem


prestando os mais assinalados serviços à difusão de cultura em nossa cidade, prin-
cipalmente por proporcionar oportunidade de frequentar o curso ginasial àqueles
jovens, anciosos de enriqviecer seus conhecimentos, que durante o dia não dispõe
de tempo para dedicar-se aos estudos.
O programa-de-ensino inclui os cursos ginasial e científico.
Atualmente matrícula é de 237 alunos, porém, dado o interesse sempre
a
crescente de aprimorar-se nas letras, que aumenta continuamente entre nossa
juventude, que vai reconhecendo o valor da instrução como fator básico da
grandeza de nossa Pátria, prevê-se para o ano letivo de 1959, que a frequência
nos diversos cursos, ultrapasse de meio milheiro.

3. ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL


1. Escola SENAI "Ildefonso Simões Lopes"
A Escola SENAI "Ildefonso Simões Lopes", atualmente sob a direção do
professor Nelson Souza, teve sua construção iniciada em dezembro de 1943 e
terminada em princípios de 1946, ano em que teve início o funcionamento dos
cursos.
Escola destinada à preparação da mão de obra qualificada para a Indústria,
acha-se instalada com os requisitos adequados à sua finalidade, com capacidade parn
300 alunos em regime de frequência alternada.
Inicialmente funcionaram os seguintes cursos: ajustadores e torneiros mecâ-
nicos, instaladores eletricistas, merceneiros, cortadores e pespontadeiras de calça-
— 87 —
dos. Posteriormente, foi extinto o curso para instaladores eletricistas e postos em
funcionamento os de montadores manuais e modelistas de calçados.

Além das instalações para as salas de aula e oficinas de aprendizagem, dispõe


a escola de gabinete dentário, gabinete médico e refeitório para uso dos alunos
e serventuários.

Até a presente data, concluíram os diferentes cursos 201 aprendizes, con-


forme se verifica no quadro abaixo:
1948 11
1949 15
1950 14
1951 4
1952 7
1953 20
1954 27
1955 18
1956 30
1957 32
1958 _ 23

Total 201

II. Escola Vocacional Agro-Industrial (EVAI)


Pelo decreto-lei n.° 890 de 1.° de setembro de 1945, foi criado pelo Inter-
ventor Federal, Coronel Ernesto Dornelles, referendado pelo Secretário do Interior
dr. Cilon Rosa, o Serviço Social de Menores do Rio Grande do Sul (SESME),
subordinado ao Departamento Estadual de Saúde.

Por lei n.° 2204, foi o SESME desligado desse Departamento e subordinado
ao Governo do Estado.

Dando cumprimento às disposições do decreto-lei citado, foi em 1.° de ju-


lho de 1945, fundada a Escola Vocacional de Novo Hamburgo, sendo nomeado
seu primeiro diretor o dr. Juvenal José Pinto.

Instalada no edificio em que anteriormente funcionara o seminário des-


tinado à formação de professores particulares católicos para a zona rural, fo-
ram as construções reformadas e ampliadas com o levantamento de mais oito
pavilhões para os diversos setores da Escola e de prédios, para moradia dos pro-
fessores. Concluídos esses melhoramentos foi todo o conjunto de edificações
solenemente inaugurado em 23 de dezembro de 1950.

Em 17 de dezembro de 1951, retirou-se da direção da Escola Vocacional


o dr. Juvenal José Pinto, sendo substituído pelo dr. Bayard de Toledo Mércio,
o qual esteve à frente do estabelecimento até 12 de maio de 195 3, quando foi
substituído pelo sr. Atiliano César Rostirolla, ao qual sucedeu o sr. Lauro Koiki,
€ a este, o dr. Clotário de Oliveira.
A direção atual é composta dos srs:
Dr. Clotário de Oliveira, diretor;
Alceu Mário Feijó, diretor-substituto e almoxarife;
Professora Silvia Sallet de Oliveira, chefe do setor educacional;
Laércio Fazenda Jung, secretário;
Osório Stoffel, prefeito de menores e Henrique Rabello, mordomo.
O corpo docente se compõe, além do chefe do setor educacional, de cinco
professores de letras, um de educação física, um de música, um assistente
do
professor de música, um de ensino profissional, três mestres de marcenaria,
três
ditos de sapataria, 1 de tipografia, um de eletrotécnica, um de alfaiataria, um
assistente social e um prático rural.
A lotação da escala é de HO
alunos internos.
O ensino compreende os h", 2°, 3.°, 4.° e 5." anos
primários, educação fí-
sica e musica. O
Colégio mantém uma banda de música e um grupo
de corne-
teiros.

A assistência médica está a cargo dos drs. Nanito Preuss, médico, dr. Ilo
Azeredo Menezes, dentista e Seno Antônio Scokel, enfermeiro.
O ensino profissional é ministrado de acordo com o programa do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial e está sendo
supervisionado pelos srs. dr.
Emo Arnaldo Barbêdo e Protásio Diogo de Jesus.
Para recreação e saúde, dispõe a Escola de sala de projeções de filmes e alto-
falantes. Os jogos praticados são o volibol, futebol, pingue-pongue e outros
jogos
de salão. Os jogadores tem tomado parte em diversas competições com
outros
estabelecimentos de ensino, sendo que, em 19 52, na
primeira olimpíada, orga-
nizada pelo Serviço Social de Menores, no aprendizado
agrícola de Gravataí, con-
quistaram o título de Campeões absolutos.
Dispõe ainda a Escola de uma colónia de férias na praia de Arroio Teixeira
Na seção rural, encontram-se a horta, aviário e lago para criação de car-
pas, uma
granja, situada no Travessão de Dois Irmãos,
onde se cultivam horta-
liças, mandioca, milho, diversas forragens e cana de açúcar
para o fabrico de
rapaduras e melado, em engenho próprio.
Nessa granja funciona uma escola rural para os alunos
da EVAI e para
filhos de colonos.

III. Serviço Social da Indústria


Oúltimo conflito mundial, que encharcou e tingiu de sangue
as terras
e os mares de vários continentes, gerou, para os países que nêle
se viram direta
ou indiretamente envolvidos, uma série de graves e perturbadores
problemas so-
ciais e económicos, acentuando, principalmente
entre as classes assalariadas, as
dificuldades de existência.
As entidades representativas da indústria, preocupadas com a
gravidade e
a extensão dessas consequências e interessadas em atenuar
as dificuldades que
atormentavam a numerosa coletividade industriaria brasileira, resolveram, em 1946,
criar uma
organização assistencial que proporcionasse às classes obreiras um
mais
fácil acesso aos bens materiais e espirituais da
vida e que recebeu o nome de
Serviço Social da Indústria (SESI).
— 89 —
Como nos demais Estados, também no Rio Grande do Sul, há um Depar-
tamento Regional do SESI; por sua vez, o Departamento fundou em cada cidade,
as de maiores expressões industriais, as Delegacias Municipais. Em Novo Ham-
burgo, a Delegacia Municipal do SESI, iniciou suas atividades em data de 4 de
outubro de 1950.
Atualmente as localidades de Sapiranga, Campo Bom e Estância Velha, es-
tão subordinadas, administrativamente, à Delegacia Municipal do SESI de Novo
Hamburgo.
Os serviços prestados pelo SESI aos seus beneficiários, dividem-se em três
grandes grupos, conforme a natureza dos problemas que objetivam ajudar a re-
solver: educacionais, de saúde e de natureza económica.

Sempre seguindo sua elevada política de "Ajudar o trabalhador a ajudar-se",


esta Delegacia Municipal do SESI, no ano de 1957, promoveu, acima de tudo,
consolidar a obra já feita, cuidando especialmente do aperfeiçoamento dos ser-
viços existentes.

A seguir resumimos o que foi realizado no ano de 19 57, nos diversos setores:

1) Serviços Edncacionai^:
a) Cursos Populares dc Corte e Costura e Bordado: total de alunas ma-
triculadas — 368;
b) Cinema — realizado ao ar livre, nos bairros operários de maior densi-
dade. Total de assistência — 68.690;
c) Esportes: tem em vista o incentivo das atividades esportivas entre os
beneficiários.

Total de competições efetuadas — 161


Total de atletas participantes — 6.002;
d) Bibliotecas ambulantes — consistem em pequenas caixas de aço, com
a capacidade para 60 a 70 livros cada uma, que são instaladas junto às emprêsas
contribuintes.
Total de caixas existentes — 14;
e) Publicações educativas. Distribuição, gratuita, de impressos e folhetos
que objetivam a orientação do trabalhador em assuntos de família, saúde, tra-
balho, previdência social, sindicalismo, etc;

f) Revista "Sèsinho" — Distribuição entre os Grupos Escolares dos bairros


operários, tendo em vista a educação e a recreação dos filhos dos trabalhadores.
Número de exemplares distribuídos — 6.000.

2) Serviços de Saúde:
Compreendendo clínica geral e pediatria, completados por um serviço de
enfermagem e outro de venda de medicamentos:
a) Serviço de enfermagem:
Total de pessoas atendidas — 3.869;
b) Serviço médico:
Total de clientes atendidos — 4.192;
c) Gabinetes Dentários: localizados nos próprios bairros operários e aten-
dendo com hora marcada.
;

— 90 —
Número de Gabinetes em funcionamento — 7;
Total de clientes atendidos — 18.966;
d) Medicina preventiva: Vacinação pelo B. C. G. e vacinação contra a
poliomelite infantil.

3 )
Serviços de Asstisfêvcia Económica:
a) — Objetivando
Carteira Predial auxiliar o trabalhador a resolver o pro-
blema de habitação.
Total de —
casas financiadas 60;
b) Financiamento de máquinas
bicicletas, de costura e fogões,
bicicletas — 70;
financiadas
máquinas-de-costura — 5 6;
fogões — 30.

4) Serviço Especial:
a) Serviço Social, que informa, com suas técnicas, as atividades dos três
grandes grupos que acabamos de referir, além de promover tarefas específica?
quer junto ao beneficiário individualmente, quer junto a grupos de menores e
adultos com finalidade educativa, quer finalmente, junto à própria comunidade.
Pessoas — 3.305;
atendidas
— 764;
Pedidos diversos
Encaminhamentos exames aos radiológicos — 1.331;
Censo Torácico — (realizado anualmente nas principais indústrias, com-
preendendo abreugrafia do pulmão e coração)
Firmas —
visitadas 1.724.
Exerce o cargo de Delegado Municipal do S. E. S. I. nesta cidade o dr.
Abilio Nunes Cardiga.

IV. Escola Técnica Industrial


Um dos mais notáveis e importantes empreendimentos para o progresso da
indústria de Novo Hamburgo será a Escola Técnica Industrial, destinada à for-
mação de técnicos para a indústria.
De
acordo com o convénio firmado entre o Ministério de Educação e Cul-
tura, o governo do Estado do Rio Grande do Sul e a prefeitura municipal, esta
fornecerá o terreno, o Ministério dará o dinheiro e o Governo administrará a
escola.
O mencionado convénio foi firmado em 8 de março de 19 57, tendo sido
representado o Ministério de Educação e Cultura, pelo Ministro Dr. Clóvis Salgado,
o governo do Estado pelo engenheiro dr. lido Meneghetti e a prefeitura de Novo
Hamburgo pelo prefeito sr. Carlos Armando Koch.
Pela cláusula primeira do convénio aprovado pela Assembleia Legislativa, a

Escola Técnica tem por fim formação de técnicos de grau médio, destinados
a

à indústria e seu aperfeiçoamento e especialização, mantendo, inicialmente, os se-


guintes cursos:
a) construção de máquinas e motores;
b) eletrotécnica;
c) química industrial.
— 91 —
A Escola será instalada em edificações próprias, especialmente construídas
para atender às suas finalidades, dispondo de prédios e instalações adequadas, de
forma a permitir ensaios e pesquisas tecnológicas e experimentação com materiais,
máquinas e processos de fabricação; a escola disporá inicialmente, de capacidade
para seiscentos alunos, em regime de internato e tempo integral, bem como de
pessoal docente e administrativo necessário. A escola, segundo um dispositivo
do convénio, terá a estrutura peculiar às entidades para-estaduais, de forma a ficar
assegurada a sua autonomia administrativa, didática e económica.

A direção da Escola será exercida por um Conselho Técnico e por um


Diretor, todos com mandato remunerado, por prazo certo, susceptível de reno-
vação, cabendo ao primeiro, funções deliberativas e ao segundo, funções executivas.
O Conselho será constituído por um representante da Diretoria do Ensino In-
dustrial do Ministério de Educação, um representante da Superintendência do
Ensino Profissional da Sec. de Educação e por três especialistas em ensino indus-
trial de reconhecida idoneidade, de livre escolha do Governo do Estado. Para in-

tegrar o Conselho, em igualdade de condições, serão também convidados a indicar


um representante, cada um, a Federação das Indústrias do R. G. do Sul e o
Departamento Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O
diretor será nomeado pelo Governo do Estado, por proposta do Conselho, em
lista de cinco nomes.

O programa, os métodos, os processos de ensino, bem como o conteúdo, a


duração, a flexibilidade e articulação dos cursos, serão organizados e postos em
prática em função das características do trabalho industrial. manuten- Para a

ção da escola a receita será proveniente de subvenção anual do Governo do


Estado, doações, legados e outras subvenções, produção ou experimentação in-
dustrial. A Escola prestará contas anualmente ao Tribunal de Contas. Segundo
outro dispositivo do convénio a escola manterá bolsas de estudos para candidatos
desprovidos de recursos financeiros.
O terreno tem uma 200 mil metros quadrados e fica situado numa
área de
elevação à margem O conjunto foi dividido em quatro zonas
esquerda da BR2.
perfeitamente definidas: zona escolar, zona industrial, zona residencial e zona
recreativa. O conjunto foi projetado para receber uma população de cerca de
l.SOO pessoas, assim distribuídas: alunos — 600; pessoal docente e administra-
tivo — 400; família do pessoal docente — 5 00.

A zona escolar será constituída por três blocos de edificações: pavilhão da


administração, pavilhão de ensino e biblioteca. O pavilhão de ensino mede 220
metros de comprimento, por 16 metros de largura, o que dá uma área de 3.520
metros quadrados, por pavimento. A zona industrial compreende três pavilhões
destinados aos Cursos de Eletrotécnica, Química Industrial e Construção de Má-
quinas e Motores, além de oficinas de fundição, de manutenção e reparos, almo-
xarifados e depósitos, garage e viaturas. Essa zona está planejada no sistema
pavilhonar em nove blocos distintos e interligados, com uma área de 2970 metros
quadrados.
A zona residencial se compõe de três blocos distintos, para alojamento de
professores e suas famílias, para alunos e para o pessoal administrativo. Nesta
zona está prevista, também, uma escola primária com o respectivo "play-ground"
e o refeitório dos alunos. A zona recreativa é constituída pelo ginásio, clube,
— 92 —
Êsse magnífico conjunto
auditório, praça de esportes, piscina e quadras de jogos.
abrange uma área construída de mais de 60.000 m^, orçada em cerca de 300
milhões de cruzeiros."
As obras de terraplenagem, necessárias para as edificações, já estão con-
a construção do monumental conjunto
cluídas e de prédios, já foi iniciada em
1958.
PARTE QUINTA

SERVIÇO HOSPITALAR - ASSISTÊNCIA


1. PÔSTO DE HIGIENE
O Posto de Higiene foi instalado em maio de 1939, sob a chefia do Dr.
Edgard Loureiro Falcão.
Principais finalidades: combate às doenças transmissíveis agudas (contagio-
sas e infecto-contagiosas) Higiene da criança; Higiene da alimentação; Higiene
;

dentária (escolares e gestantes) Saneamento da cidade.


;

Para o perfeito desempenho de tôdas as suas finalidades, foram instalados,


em julho de 1940, o gabinete dentário e a cozinha dietética. serviço de higiene O
dentária não se restringe ao Pôsto, sendo atendidos, simultaneamente, pelo cirur-
gião desta unidade sanitária, os gabinetes instalados nos grupos escolares Pedro
II e Antônio Vieira.
A cozinha dietética destina-se a manter a alimentação, de conformidade
com a prescrição dos médicos do Pôsto de Higiene, das crianças até 3 anos.
Possui o Pôsto de Higiene um corpo de Educadoras Sanitárias para assis-
tência a recém-nascidos e parturientes. Essas funcionárias, além de procederem
nos recém-nascidos a aplicação do B. C. G. (vacina contra a tuberculose), pres-
crevem os cuidados a serem obedecidos pelas parturientes.

Os serviços de higiene da alimentação, do trabalho e saneamento da cidade,


são atendidos por três fiscais sanitários, que orientam à população sôbre os pre-
ceitos de higiene a serem seguidos.
Graças ao desenvolvimento, cada vez maior, dos serviços de saúde pública,
desapareceram de entre nós, os surtos epidêmicos que, outrora, constituíam o
flagelo da cidade e do município.

Obedece o Pôsto de Saúde de Novo Hamburgo à orientação do Dr. Álvaro


José Ferreira, médico-chefe, e tem como auxiliares o Dr. Boleslau Casemiro
Konarzewski, médico-clínico, e o Dr. Clóvis T. Cachapuz, dentista, além de vinte
funcionários de ambos os sexos, que atendem aos diversos setores deste departa-
mento.
Sôbre as atividades do Pôsto, extraímos do extenso relatório apresentado ao
Diretor Geral do Departamento Estadual de Saúde, os seguintes dados:
Temos assim, no que tange a Higiene Infantil, secção que atende infantes
de O a 1 ano, que encontram-se inscritos 778 candidatos, entretanto, foram aten-
didos 3.411, além do fornecimento gratuito de quase 131.000 mamadeiras.
Na secção de Higiene Pré-Escolar, que atende crianças de mais de 1 ano
até 6 anos, foram atendidos 1.5 94 crianças.
Na secção de Higiene Escolar, na qual se acham inscritos 5 87 escolares,
foram bastante mais amplas, pois que nada menos de 2.400 crianças
as atividades
foram atendidas nos educandários e 880 na unidade sanitária.
Higiene Dentária: compareceram para curativos e extrações, cerca de 2.000
consultantes.
— 94 —
No Serviço de doenças Transmissíveis, foram feitas 15.111 vacinações e 7.899
revacinações.
O ambulatório de tuberculosos anotou o comparecimento de 1.039 doentes.
O Serviço de Profilaxia da Lepra, examinou para procura de casos, mais de
1.200 alunos e pessoas outras, além do reexaminar e tratar de 5 8 doentes.
A assistência médica a indigentes, foi também bastante acentuada, pois fo-
ram examinados 2.26 5 doentes, tendo os mesmos recebido os necessários medica-
mentos, fornecidos pela Unidade.
Para o exame pré-natal, compareceram à Unidade 8 52 gestantes, as quais
receberam orientação e tratamento indispensável.
Levando-se em consideração a pouca dotação com que é contemplado o
Pôsto de Saúde de Novo Hamburgo — para alimentação de infantes, Cr$
160.000,00 e para medicamentos, Cr$ 200.000,00 — pelos dados acima expostos,
pode-se aquilatar da atividade do nosso Pôsto de Higiene e de seus funcio-
nários, dignos sob todos os pontos de vista, dos maiores encómios.

2. SANATÓRIO REGINA
Num dos pontos mais pitorescos de Hamburgo Velho, com um panorama
de grande beleza e variedade, em alteroso prédio, acha-se instalado, anexo ao Sa-
natório Regina, um moderno hospital.
Construído pela Associação Congregação de Santa Catarina, foi inaugurado
em 24 de fevereiro de 1930.
Dispõe de moderna sala de operações, instalação de Raios X e Ultravioleta.
O número de quartos para doentes é de 157.
Está sob a direção das religiosas da mencionada Associação. Além de pessoas
doentes, aceita, também, convalescentes.
Em 1 1 de outubro de 1948, foi inaugurada a maternidade anexa ao hospital.

Estatística de 1957
Tratamentos 2.654
Diárias 22.050
Partos 504
Operações 540
Pequenas intervenções 559
Curativos 2.427
Injeções aplicadas 32.982
Faleceram 56
Médicos que atenderam a doentes 17
Enfermeiras: religiosas 10
leigas 13

3. HOSPITAL DARCI VARGAS


Em 1939, foi fundada, por um grupo de novo-hamburguêses, a Associação
Maurício Cardoso, com o fim de construir um hospital, destinado à numerosa
classe operária. Dado o interesse despertado pela nobre iniciativa, a novel asso-
ciação pôde, desde logo, contar com o apoio da sociedade local, e já no mesmo
ano, foi possível lançar a pedra fundamental do útil empreendimento. Porém,
por motivos vários, as obras não puderam ser concluídas de imediato, permane-
:

— 95 —
cendo paralizadas durante vários anos. Em vista das dificuldades surgidas, foi
o patrimônio da mencionada associação, transferido à Cruz Vermelha Brasileira,
mas, posteriormente, em 1944, foi, por escritura pública, instituída a Fundação
Maurício Cardoso, sendo então, novamente assumida, por esta entidade, o patri-
mônio da antiga Associação do mesmo nome, reiniciados os trabalhos da cons-
trução da obra iniciada, que foi inaugurada em 1.° de novembro de 1947, com
o nome de Hospital Operário Darci Vargas.
Exerceram atuação decisiva na instituição da Fundação "Maurício Car-
doso", as seguintes pessoas: Odila Gay da Fonseca, presidente da Cruz Vermelha
Brasileira, Filial do Rio Grande do Sul; dr. Alberto Severo, Prefeito Municipal
(1944); dr. Hélio Augusto de Paiva Magalhães Calvet, médico-chefe do P. H.;
Carlos Armando Koch, industrial; Alberto Mosmann, industrial; Corina Severo;
Cecília Santos Moog; Eugênio Afonso Schwan, operário; Osvaldino W. Matte,
operário; João Vendelino Hennemann, comerciante; José J. Martins, industrial;
Albano J. Adams, pres. Ass. Rural; Carlos C. Grin, industrial; Adolfo Jaeger,
industrial; Ervino J. Schmidt, industrial; Darci Borges de Castilhos, funcionário
municipal; Vanda Álvares Crespo, da Cruz Vermelha Brasileira.

Movimento do Hospital Operário "Darci Vargas" em 1957


Indigentes 581
Pagantes 1.372
Total 1.953
Nascimentos na Maternidade:
Vivos 406
Mortos 8

Curativos 4.329
Injeções 28.123
Pequenas intervenções 322
Grandes intervenções 452
Transf usões-de-sangue
Indigentes 45
Pagantes 271
Exames de RX:
Indigentes 64
Pagantes 286
Ondas curtas 26
Ultravioleta 26
Infravermelho 94
Altas:
Curados 1688
Mortos 36
A pedido 8
Transferidos 12
Evadidos 9
Saídas do Carro- Ambulância:
em Novo Hamburgo 2.397
para fora da cidade 95
Fórmulas aviadas na Farmácia 7.940
— 96 —
Exerceram função de Presidente da Fundação Maurício Cardoso, até a
a

presente data, as seguintes pessoas: Oscar F.Adams, Dr. Emílio Hauschild, Al-
berto Mosmann e, atualmente, Arlindo Muller é o presidente em exercício.
Deve-se acentuar, com justiça, que a primeira doação feita à Associação
Maurício Cardoso dos Amigos de Novo Hamburgo, para a construção do Hos-
pital, foi da sra. Vva. Elisabetha Friedrich e de seus filhos Germano, Luís e
Carlos Friedrich, que doaram 10.000 metros quadrados de terras, onde está edi-
ficado o nosocômio. Posteriormente, a administração do Hospital adquiriu mais
uma área, ficando a instituição com o total de 15.467 metros quadrados
de terras, com que poderão ser realizadas ampliações no bloco hospitalar e até
a construção de um Asilo.

4. HOSPITAL DE LOMBA GRANDE


O hospital de Lomba Grande, 3." distrito de Novo Hamburgo, deve sua
origem à "Sociedade Beneficente Lomba Grandense", fundada em 7 de maio de
1944, para a construção de uma casa de saúde e sua manutenção, baseada nas
normas de caridade cristã, e proporcionar aos seus associados em particular e ao
povo em geral, asssistência médica e hospitalar.
Os estatutos dessa sociedade, foram aprovados em 4 de junho do mencionado
ano, sendo eleita a seguinte diretoria: — presidente: Cristiano Guilherme Bohrer;
vice-presidente: Albino Henrique Cassei; 1.° secretário: José Afonso Hõher; 2°

secretário:João Aloisio Allgayer; 1.° tesoureiro: Walter Muller e 1° tesoureiro:


Carlos Beck; Conselho fiscal: João Guilherme Moehlecke; Germano A. Schaefer;
Reduzino João Allgayer, Urbano Emílio Cassei e Lindolfo Oscar Becker.
Ainda no mesmo ano, foi iniciada a construção da "Casa de Saúde", que
foi inaugurada em 9 de dezembro de 1945.
Em 1952, o sr. Herbert G. Hoeltgebaum, adquiriu, em virtude de compra,
a "Casa de Saúde", continuando, no entanto, a servir para as finalidades que mo-
tivaram sua construção, como hospital.
Em 18 de outubro de 195 5, violento incêndio destruiu o edifício principal
do hospital. Reconstruído imediatamente, continua a prestar seus serviços ao
povo de Lomba Grande e arredores.

Dados Gerais do Hospital


8 Quartos; 1 Sala de Cirurgia; 1 Sala de Curativos; 1 Consultório; 1 Sala
de Espera; 1 Sala de Estar; 1 Sala de Raio X; Farmácia e Laboratório.
Aparelhos: Ondas Curtas; Infravermelho; Ultravioleta; Eletro Cautério;
Diadernio Coagulação e Endoscopia.

Consultas atendidas em 1957:


Pagas 1.080
Indigentes 262
Curativos 432
Aplicações e injeções 2.417
Cirurgias 62
Partos 62
Óbitos internos 6
Diretor-Médico: Dr. Oscar Luís Jaeger
Diretor-Administrativo: Herbert G. Hoeltgebaum
Igreja antiga de Novo Hamburgo
— 97 —
5. CASA DA CRIANÇA
Passo altamente meritório e de grande alcance no setor de assistência so-
cial, foi dado pela Associação dos Ex-alunos das Irmãs de Santa Catarina, com
a construção da "Casa da Criança", já em vias de conclusão.

À frente dessa Associação, encontra-se um


grupo de abnegadas damas da
sociedade novo-hamburguesa, a cuja frente se encontra D. Iolanda Koch, esposa
do prefeito municipal, sr. Carlos Armando Koch, auxiliada eficientemente pela
tesoureira da mencionada entidade, D. Paula Kieling Biondi, esposa do sr. Hen-
rique Biondi.

Num terreno doado pela Prefeitura Municipal, ergue-se o alteroso edifício,


de linhas modernas e sóbrias, que, uma vez concluído, constituirá mais um mo-
numento arquitetônico da cidade industrial.

6. LEGIÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA


Centro Municipal de Novo Hamburgo
A finalidade primordial da Legião Brasileira de Assistência, foi auxiliar as
famílias dos convocados para o serviço militar atendendo, em segundo lugar, às
necessidades, em geral, dos desamparados e inválidos.

O Centro Municipal de Novo Hamburgo, foi fundado em 1 5 de novem-


bro de 1942. Desenvolve grande atividade na execução de seu programa: assis-
tência à maternidade e à infância.

A ajuda consta de alimentação , assistência médica e farmacêutica (através


do Pôsto de Higiene) ,
distribuição de material, etc.

O auxílio material compreende: roupas e calçados, camas, colchões, cober-


tores e outros objetos indispensáveis às pessoas sem recursos.

Ao colegial fornece uniforme e material escolar, tais como: lápis, cadernos,


borrachas, etc.

Anualmente, envia subvenção ao Hospital Operário Darci Vargas e à Co-


zinha Dietética do Pôsto de Higiene local.

Presentemente, acha-se encaminhado um pedido de auxíHo para a Casa da


Criança.
Média de ranchos fornecidos, mensalmente, às famílias pobres: 30
Média de pessoas que, mensalmente, procuram auxílio na L. B. A.: 90, as
quais são beneficiadas de acordo com as possibiUdades da C. M.
A diretoria compõe-se dos seguintes legionários.
Presidente: Lenira Brandi Grin.
Secretário: Moisés Nelson Mosmann.
Tesoureiro: Ernesto Brock.
Vogal: Verno R. Korndoerfer.
Auxiliar social: Maria Rosita Silvestre Cardoso.
Tem sua sede na Avenida Pedro Adams F.°, 4926.

7
— 98 —
7. BIBLIOTECAS — LEITURA
Além de diversas particulares, algumas com notáveis coleções de livros, te-
mos as seguintes bibliotecas públicas:
1. Biblioteca Municipal, com mais de 1.000 volumes.
2. Biblioteca do Círculo Operário com 615 volumes.
3. Biblioteca da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo com 564 volumes.
4. Biblioteca da Sociedade de Cantores de Hamburgo \'^elho.
5. Biblioteca da Associação Comercial com 616 volumes.
6. Biblioteca do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados.
Também os grupos escolares D. Pedro II e Antônio Vieira, os ginásios São
Jacó e Santa Catarina, bem como a Fundação Evangélica, possuem bibliotecas
com grandes coleções de obras literárias e técnicas.
A Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo, organizou ainda, além de sua
biblioteca para adultos, uma coleção de livros infantis, destinada aos filhos de
seus associados, com aproximadamente cem volumes.
Além das bibliotecas, cujos livros são muito procurados, o povo de Novo
Hamburgo, no seu esforço de alargar seus horizontes intelectuais, adquire nu-
merosas revistas e jornais.
O número daquelas, vendidas nos diversos "stands" e livrarias, atinge o
número de 2.5 00 mais ou menos, mensalmente, ao passo que a venda de jornais
da Capital do Estado, sobe a mais ou menos novecentos exemplares diariamente,
Osemanário local "O 5 de Abril" tem cerca de mil e oitocentos assinantes.

8. IMPRENSA
O primeiro jornal publicado em nossa município foi "O Monoclo", "sema-
nário literário e humorístico". Surgiu em fevereiro de 1918, sob a direção do sr.
Arnaldo Mayer. Era impresso nas oficinas tipográficas do sr. Paul Saile e dis-
tribuído aos sábados.
Ao todo apareceram somente 9 números deste nosso primeiro órgão de im-
prensa.
Logo após a emancipação (5 de abril de 1927), foi iniciada a publicação
do jornal semanário "O 5 de Abril", em idioma pátrio, cujo primeiro número
saiu em 5 de maio do mencionado ano, sob a direção do autor desta monografia,
tendo como programa a defesa dos interesses do município, continuando a ser,
desde aquela data, distribuído com tôda regularidade.
É impresso nas oficinas do sr. Hans Behrend, sendo seu diretor-proprietário
o sr. Werner A. Behrend.
Em junho de 1931, apareceu um segundo jornal, também semanário, "Novo
Hamburgo", com três páginas em português e uma em alemão, sob a direção
do dr. Antônio Bemfica F.°.

Em agôsto dêsse mesmo ano, passou a ser publicado como órgão do Partido
Libertador, sob a direção do sr. Mário de Sá, tendo suspendido a publicação
meses depois.
Umterceiro jornal semanário apareceu em 1934, a "Gazeta de Novo Ham-
burgo", sob a direção do sr. Otaviano Barreto de Borba, como órgão do Partido
Republicano liberal. Suspendeu a publicação no mesmo ano.
— 99 —
Em 1." de janeiro de 1947, iniciou a publicação um quarto jornal semanário,
também, sob o título de "Gazeta de Novo Hamburgo", sob a direção dos srs.
Dr. H. J. Bacellar e João Bergmann. Suspendeu a publicação em 1951.
Além desses jornais, apareceram ainda algumas publicações, em formato me-
nor, de vida efémera. Citarei entre estes, o jornal humorístico "Pau na Nuca",
que apareceu no ano de 1931 e suspendeu a publicação em 1932.
Outro jornal humorístico foi "O
Zero Cinco" do qual apareceu apenas
uma edição em 1930. pequenos órgãos-de-imprensa, citam-se:
Entre outros
"Intriga", saiu à publicidade em 22 de abril de 1931; "Evolução", cujo primeiro
número foi distribuído em 14 de março de 195 3; "Correio Gaúcho", semanário,
editado em Hamburgo Velho no mês de dezembro de 195 5.

9. IMPRENSA FALADA
Rádio
Em 14 de fevereiro de 1948, foi instalada nesta cidade, a estação emissora
da Rádio Progresso. Dirigida e orientada, desde a data de sua instalação, pelo
sr.Milton Vergara Corrêa, conseguiu, já logo no início de suas irradiações, graças
à inteligente organização de seus programas, despertar o interesse, não sòmentj
do povo desta comuna, mas ainda o dos moradores das comunas vizinhas, princi-
palmente das zonas rurais. Isto foi comprovado pela grande procura de aparelhos
receptores que, logo em seguida à irradiação dos primeiros programas, se verificou
nesta praça, e, mais de uma vez, conforme contaram os vendedores especializados,
acontecia, que compradores do interior, pouco familiarizados com as invenções
da técnica moderna, ao adquirirem um aparelho, pediam "um rádio com que pu-
dessem ouvir a emissora de Novo Hamburgo".
Os comerciantes desta cidade, notadamente os do ramo de fazendas, cedo
compreenderam vantagens que lhes poderia proporcionar êsse novo meio de
as
divulgação e iniciaram ativa propaganda de suas mercadorias, através de progra-
mas bem elaborados e adaptados ao gosto da freguezia.
O resultado dessa iniciativa não se fêz esperar. Atraídos pelo reclame de
nossos homens de negócio, de tôda parte do interior apareceram compradores para
seabastecerem em nossos estabelecimentos comerciais, tanto que, algumas lojas,
em pouco tempo viram duplicadas e mesmo triplicadas não sendosuas transações,
exagero, afirmar que a Rádio Progresso figura entre as estações mais pujantes do
Rio Grande do Sul e que tem sido notável a sua colaboração no desenvolvimento
de nossa economia.

Característicos:

Emissora ZYN-3, Rádio Progresso de Novo Hamburgo, 1.470 kiloci-


clos — ondas médias.
1.000 watts.
O quadro é constituído de 18 funcionários;
Possui, em suas instalações, à avenida Pedro Adams Filho no Edifício
Merok, um auditório moderno, com capacidade para 100 pessoas
sentadas; dois estúdios de locução; uma discoteca; sala-de-espera;
gabinete de gerência e amplo escritório.
— 100 —
Funciona nos mais modernos moldes de emissoras, com noticiários, re-
portagens esportivas, programação ao vivo e programação de dis-
cos, além de rádio-teatro.

Destacam-se, entre os programas montados, de esciidio, os programas em


idioma alemão; os programas de bandinhas; programas de cantores
contratados e conjuntos musicais, além de programas religiosos e
de calouros.
PARTE SEXTA

SOCIEDADES E CLUBES
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Conforme já foi exposto em outra parte da presente monografia, é grande
o númei'o de sociedades, clubes e entidades, visando a defesa dos interesses de
classe, aprimoramento de cultura, dedicação aos esportes e outras finalidades, exis-
tentes neste município.

Damos, a seguir, a relação das sociedades registradas na Prefeitura Muni-


cipal, e de acordo com os dados, gentilmente postos à nossa disposição, pela Se-
cretaria do município.
Clube Atiradores de Lomba Grande — Lomba Grande — 3.° distrito —
sociedade esportiva.

Club União Juvenil — Rua Gal. Neto, 115 — 1.° distrito — sociedade
recreativa

Esporte Clube Americano — Canudos — 2.° distrito — sociedade esportiva.

Esporte Clube Floriano — Pedro Álvares Cabral — 1.° distrito — sociedade


esportiva

Esporte Clube Guarani — Bairro Guarani — 1.° distrito — sociedade


esportiva

Esporte Clube Ypiranga — Rua 7 de Setembro, 1375 — 1." distrito —


sociedade esportiva.

Esporte Clube Lombagrandense — Lomba Grande — 3.° distrito — so-


ciedade esportiva

Esporte Clube São José — Rua Dois Irmãos — 2.° distrito — sociedade
esportiva.

Esporte Clube Esperança — Rua Gal. Osório, 106 — 2° distrito — so-


ciedade esportiva

Futebol Clube Municipal — Rua Demétrio Ribeiro — 1.° distrito — so-


ciedade esportiva

Grémio da Mocidade Bailante — Rua Gal. Neto, 115 — 1." distrito —


sociedade recreativa

Sociedade Atiradores de Novo Hamburgo — Rua Gomes Jardim — 1.°

distrito — sociedade esportiva

Sociedade Aliança — Gal. Osório — 2." distrito — sociedade recreativa,


esportiva e cultural.

Sociedade Ginástica de Hamburgo Velho — Rua Mena Barreto — 2° distrito


— sociedade recreativa e esportiva,
— 102 —
Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo — Rua Gal. Neto, 95/115 —
1.° distrito — sociedade recreativa e esportiva

Sociedade —
Gaúcha Lomba Grandense — 3.° distrito sociedade esportiva.

Sociedade de Canto — Av. Leão XII —


Palestrina — 1.° distrito sociedade
artística.

Sociedade Cantores Rio Branco — Rua Gomes Jardim —


de 1.° distrito
sociedade artística.

Sociedade de Canto União — Rua 7 Setembro —


Fraternal de 1.° distrito

— sociedade recreativa e cultural.

Esporte Clube Corintians — Rio Branco — —


Bairro 1.° distrito sociedade
esportiva

Esporte Clube Cruzeiro do — Rua Oswaldo Cruz —


Sul 1.° distrito —
sociedade esportiva.

Sociedade Sempreviva — — —
Vila Industrial 1.° distrito sociedade re-
creativa

Ténis Clube Rio Branco — Bairro Rio Branco — — 1.° distrito sociedade
esportiva

Seguem-se algumas informações detalhadas sôbre diversas sociedades, cuja ati-


vidade se reveste de caráter mais geral, seja no âmbito estadual, nacional ou

mesmo internacional.

Excederia de muito as finalidades desta obra, se trouxéssemos a público, no-


ticiáriocompleto sôbre outras entidades, mais de caráter regional, embora seja
inegável que muitas delas possuem seu grande lastro de méritos, pois exerceram
benéfica influência no aprimoramento de nossa educação cívica, moral e social,
no respeito aos bons costumes, no desenvolvimento da cultura física, bem como
em seus esforços no sentido de proporcionar, aos respectivos sócios, divertimentos
condicentes às nossas tradições de um povo que dá valor aos nobres ideais da
civilização, baseado nos princípios do culto de tudo quanto eleva e engrandece
a coletividade.

2. ASSOCIAÇÕES DE CLASSE
I. ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
A Associação Comercial de Novo Hamburgo, filiada à Federação das Asso-
ciações Comerciais do Rio Grande do Sul, foi fundada em 18 de outubro de
1920. Funciona em sede própria, à rua Júlio de Castilhos n.° 379.

Seu patrimônio acusa um ativo superior a Cr$ 2.000.000,00.


Dispõe de uma valiosa biblioteca com mais 700 volumes de obras sôbre co-
mércio, economia, estatística, assuntos fiscais e outros de interesse dos associados.

Seus fins são: representar as classes comercial e industrial do município,


amparar e defender os interesses gerais destas classes, bem como estreitar as re-
lações entre seus associados.

Número de sócios, em 30-9-1958: 5 58.


— 103 —
Residência dos sócios:
Novo Hamburgo 373 sócios
Outros municípios:
Bagé 1 „
Caí 4 „
Canela 3 „
Ijuí 2 „
Marau 1 „
Montenegro 1 „
Pôrto Alegre 3 „
Rolante 2 „
São Leopoldo 74 „
Sapiranga 34 „
Taquara 56 „
Passo Fundo 2 „
Outros Estados:
Araranguá (Santa Catarina) 1 „
Lajes (Santa Catarina) 1 „

Secretaria Geral e Seção Técnica

atividades no biénio 1956/58:


Junta Comercial:
Arquivamento de contratos sociais 53
Arquivamento de alterações de contrato 228
Arquivamento de distratos de sociedades 4
Arquivamento de registros de firmas individuais 9
Arquivamento de aditivos de firmas individuais 24
Arquivamento de cancelamento de firmas individuais 9
Arquivamento de atas e jornais de empresas 34
Certidões 10
Registros e arquivamentos diversos 13
Rubricas de livros 871
Divisão Regional do Impôsto-de-Renda:
Certidões , 221
Correspondência expedida:
Ofícios e telegramas 612
Circulares 44
Registros de Marcas:
Buscas de marcas 62
Pedidos de registro 41

Diretoria do Biénio 1958/1960


Presidente: Edgar Carlos Sieler
Vice-Presidente Plínio L Kieling
1." Secretário: Vitor J.Kern
2° Secretário: Armin A. Schmitt
1.° Tesoureiro: E. Otto Schmitt
2° Tesoureiro: Beno Biickçr
— 104 —
Diretores:
Efetivos:
Pedro Paulo Morais, Guido C. Grún, Guilherme C. Lud-
wig, Emílio G. Korndõrfer, Manfredo Kõrbes, C. Rei-
naldo Muller.
Suplentes
Atanásio Becker, Sirio Brenner, Hugo Fleck, José B. da
Silveira, Eugênio Nelson Ritzel e Otávio Bender.

Conselho Fiscal:

Efetivos
Ernesto Braescher, Arno Poisl e Verno R. Korndõrfer.
Suplentes
Emílio F. Streb, Bruno Petry e Guilherme Th. Vielitz.
Secretário Geral: Valdemar Geib
Consultor Jurídico: Dr. Hipólito Brum
II. ASSOCIAÇÃO RURAL
Para incrementar a produção agrícola e pecuária, foi fundada em 1938, a
Associação Rural. Conquanto Novo Hamburgo seja um município industrial,
a lavoura e criação do gado, uma vez ensaiada em moldes modernos, e abando-
nados os processos rotineiros, há um século atrás, poderão contribuir,
usados
com apreciável quota, para a alimentação do povo e para a economia do município.
A Associação Rural, cujos diretoresmentores estão animados do propósito
e

de levar avante a sua tarefa de contribuir para a defesa dos interesses da classe

rural, já tem distribuído grande quantidade de sementes, mudas de árvores e


tomado outras medidas tendentes a apressar a solução dos importantes problemas
ligados ao progresso da agricultura e pecuária.

III. SINDICATOS
Funcionam, no município, os seguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados, de Novo Hamburgo.


Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Couro Rua —
Bento Gonçalves.
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e Ma-
terial Elétrico de Novo Hamburgo — Rua Gravataí s/n.°.

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário;


Sindicato de Fiação e Tecelagem — Rua Bento Gonçalves.
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários; Sindicato do Co-
mércio Varejista — Avenida Pedro Adams F.°, Ed. São Nicolau.

3. CLUBES
I. ROTARY CLUB
Por iniciativa de um
grupo de cidadãos novo-hamburgueses, foi fundado
em 3 de fevereiro de 1941, o Rotary Club de Novo Hamburgo e que tem o
número 5347 do 467.° distrito.
— 105 —
Sua primeira diretoria, foi constituída pelos seguintes rotarianos:

Presidente: Dr. Guilherme Becker


Vice-presidente: Dr. Inácio G. Plangg
1. " Secretário: Guilherme C. Ludwig
2. ° Secretário: Erhardt Springer
Tesoureiro: E. Oto Schmitt
Diretor do protocolo: Ervino J. Schmidt
Diretor sem pasta: Odon Cavalcanti Carneiro Monteiro.

Atual Diretoria:
Presidente: Dr. Emílio Hauschild
Vice-Presidente: Luís Augusto Sperry César
1." Secretário: Osvaldo Schury
1° Secretário: Erhardt Springer
1.° Tesoureiro: Dr. Clóvis Pôrto
1° Tesoureiro: Beno Búcker
Diretor do Protocolo: Dr. Hipólito Brum
Diretores: Verno R. Korndõrfer, Atanásio Becker, Erich O. Schmidt
e Carlos Luís Poisl.
Os rotarianos reúnem-se tôdas as segundas-feiras às 19,15 horas na Socie-
dade Aliança de Hamburgo Velho.
Entre as atividades do Rotary Club de Novo Hamburgo, destacam-se as
seguintes:
Estudo e colaboração para manter o Hospital Operário Darci Vargas;
Instituição de prémios "ao melhor companheiro", que tem sido distribuído
anualmente entre os alunos dos colégios locais;
Exame e decidida colaboração para os problemas de ordem social e econó-
mica do município;
Instalação do Banco de sangue no Hospital Operário Darci Vargas;
Plantio da árvore da amizade na Praça 20 de setembro desta cidade, como
símbolo da amizade e do cultivo das riquezas florestais do país;
Colocação do marco comemorativo ao jubileu de ouro da fundação de Ro-
tary Internacional;
Fornecimento de parte do materirl para a construção do Grupo Escolar
"Samuel Dietschi";
Estudo e colaboração, com os poderes competentes, para melhoria e maior
segurança do problema do trânsito;
Organização de espetáculo beneficente em favor da "Casa da Criança"
desta cidade.

II. LIONS CLUBE


Os "Lions Clubes" são organizações de trabalho, alheios a partidarismo po-
lítico e sectarismo religioso, compostos por homens de negócios e profissionais
proeminentes. Tratam os "Clubes" do estudo e solução dos problemas sociais,
planejando e realizando programas, empenhando-se, ainda, no incremento da ami-
— 106 —
zade entre os homens, as famílias, as comunidades e nações, mediante conheci-
mento e compreensão recíproca e no estudo dos problemas que afetam as re-
lações internacionais.

O "Lions Clube" de Novo Hamburgo, foi fundado em 18 de maio de 1956.


Conta atualmente com 40 sócios. As reuniões-jantares do "Clube", realizam-se
nas segundas- e quintas-feiras de cada mês, na sede da Sociedade Aliança, de
Hamburgo Velho.
A atual diretoria é composta dos seguintes sócios:

Presidente: Agostinho Emílio Cavasotto


1. ° Vice-Presidente: Dagoberto Geraldo Snel
2. " Vice-presidente: Carlos Meine
3. ° Vice-presidente: Nelson Monteiro
1. ° Secretário: Adroaldo Rodrigues de Campos
2. ° Secretário: Alberto Augusto Enck
1.° Kern
Tesoureiro: Vítor Júlio
1° Tesoureiro: Arnaldo Avelino Schmitz
Diretor-Animador: Jurandir Menezes
Diretor Social: Erli Mentz
Diretores: Plínio Inácio KieUng, Dr. Níveo Leopoldo Friedrich, Carlos
Alberto Velasco e Desidério Peretto.

Atividades do Clube:
Divulgações pró-aprimoramento da agricultura;
Divulgações sôbre a conservação da vista e auxílio aos cegos;

Cooperaçlo em tôdas as manifestações de civismo;


Divulgações e cooperação em programas pela educação, e em benefício da
juventude;
Divulgações sôbre prevenção de acidentes;
Cooperação em prol de obras públicas e assuntos de interesse da coletividade;

Cooperação e divulgação sôbre as nações unidas, união dos povos Ameri-


canos;
Divulgações e cooperação em assuntos da saúde e bem-estar;
Iniciativas beneficentes em prol do Natal da criança pobre e outras.

III. CLUBE DE TRADIÇÕES GAÚCHAS "PANGARÉ".


É vima entidade tradicionalista das mais novas. Surgiu do idealismo de
um grupo de gaúchos da localidade, ganhando em pouco tempo a adesão e sim-
patia de um sem número de hamburgueses.

Sua primeira reunião foi realizada a 25 de junho de 1957, contando com


o comparecimento de sete pessoas, no recinto da Sociedade Ginástica de Hamburgo
Velho, as quais lançaram a semente do tradicionalismo em Novo Hamburgo.
Essas pessoas foram os srs. Eugênio Nelson Ritzel, Luís Osório Pereira de Albu-
querque, João Bernardino Nunes, Dr. Ilo Azevedo Menezes, Adão Catulino Ro-
drigues, José Luís Dockhorn da Silva, Alcindo Selívio Fleck.
— 107 —
A segunda reunião efetuou-se a 2 de julho de 1957, ficando constituída
uma comissão provisória, incumbida de elaborar um programa de ação, com
vistas para o futuro desenvolvimento do Centro.

Na quarta reunião foi aprovado, por unanimidade, o nome do C. T. G.,


que passou a denominar-se "Pangaré" C. T. G., por sugestão do poeta D'Ávila
Flores.
Nessa mesma reunião foram, também, debatidos e aprovados os estatutos
do Centro.
Na quinta reunião foi eleito e empossado o Conselho de Vaqueanos, que
ficou assim constituído: Carlos Armando Koch, Dr.
Ilo Azevedo Meneses, Adão
Catulino Rodrigues, Armindo Cândido Rangel, Seno F. Ludwig, Dr. Parahim M.
Lustosa, Dr. Valter Merino Delgado, Dr. Níveo L. Friedrich, Hugo Siissenbach,
Darci Mesquita da Costa, Belmiro Corrêa da Silva, Werner Behrend, Agostinho
Cavasotto, Adão Rodrigues de Oliveira e Luís Osório P. Albuquerque.
A 1.° de agosto, reuniu-se o Conselho de Vaqueanos, que elegeu seu Pre-
sidente, Sr. Carlos Armando Koch, e Secretário, Sr. Dr. Walter Merino Delgado.
Na mesma reunião foi eleita a primeira Diretoria do Centro, que ficou assim
composta:
Patrão: Eugênio Nelson Ritzel
Capataz da Departamento Social: Darci Mesquita da Costa
Capataz do Departamento Cultural e Artístico: Adão Rodrigues de Oliveira
Capataz do Departamento Campeiro: Clotário de Oliveira
1.° Sota-Capataz: José Luís Dockhorn da Silva

2° Sota-Capataz: Luís Osório P. de Albuquerque


1.° Agregado das Pilchas: Umberto Tauffer
2° Agregado das Pilchas: Hugo Sússenbach
Agregados da Invernadade Divulgação: Werner Behrend, Adão Catulino Ro-
drigues e João Bernardino Nunes
Agregados da Invernada das Falas: Dr. Valter Merino Delgado, Dr. Níveo L.
Friedrich e Parahim M. Lustosa
Agregada da Invernada Cultural: Sra. Helba Tauffer
Agregados da Invernada Artística: Luiís Carlos Schútz e Sra. Clarice Behrend
Agregado da Invernada Museu e Biblioteca: Harri Roth
Agregado da Invernada Colonial: Agostinho Cavasotto.
Como não poderia deixar de ser, o "Pangaré" também tem o seu lema tra-
dicionalista. Surgido, por inspiração do acaso, numa das movimentadas reuniões
de Diretoria, o lema do Centro domina tôdas as suas atividades. Ei-lo:

"Do Rio Grande! pelo BJo Grande!"


As reuniões festivas ou solenes, os rodeios, os chimarrões festivos, são sem-
pre iniciados e encerrados pela voz uníssona da patrão, prendas e indiada do Cen-
tro, repetindo o seu lema.

O "Pangaré" também tem a sua Bandeira tradicionahsta. Compõe-se das três


cores da Bandeira Farroupilha, com o mapa do Rio Grande do Sul, no centro,
encimado pela cabeça do cavalo pangaré.
— 108 —
O nome do Centro, bem como o da localidade, aparecem em cima e abaixo
do mapa.
O Funciona, atualmente, em seu galpão
Centro não possui sede própria.
provisório, cedido gentilmente Municipal, situado à Rua 1.° de
pela Prefeitura
Março, nos fundos do antigo Curso Alberto Severo (Art. 91).
O "Pangaré" C. T. G. já realizou inúmeras apresentações de danças folcló-
ricas e conferências na cidade e localidades vizinhas.
O movimento tradicionalista, de fundo tipicamente cultural e artístico,
exige um trabalho de pesquisa constante sôbre os mais variados temas de tradição,
como sejam, o uso, os costumes, a linguagem, o vestuário regional e local, sem
esquecer,no entanto, o gaúcho-padrão, verdadeira razão de ser do tradicionalismo
no Rio Grande, por isso mesmo tem merecido a atenção dos poderes públicos e
população em geral.

IV. AEROCLUBE DE NOVO HAMBURGO


Dado o interesse da mocidade de Novo Hamburgo pelos esportes em geral,
compreensível é o interesse que aqui encontrou o esporte aviatório, e o manêjo dos
maravilhosos aparelhos inventados pelo imortal brasileiro Santos Dumont, forço-
samente teria que empolgar nossos jovens.
O primeiro passo nesse setor foi a fundação, antes de 1940, de uma socie-
dade de plaanadores e que, sob a orientação do desportista Sr. Norberto Michel,
construiu, a expensas próprias, sem auxílio oficial, um planador, a que denomi-
naram "Colono" e em que os associados se dedicavam ao novo esporte.
Êste planador, transportado para o acampamento de Osório, em 1941, fêz
nada menos de 800 reboques, durante os festejos aviatórios realizados naquela
cidade, onde conquistaram o "brevet" os novo-hamburguêses Oscar Kunz F." e
Osvino Held.
Em 27 de março de 1941, reuniram-se, no edifício da Prefeitura Munici-
pal, os do clube de planadores, com outros entusiastas da aviação, para
sócios
a aquisição de um terreno para nêle ser construído um aeroporto.

Enquanto não existia compo de pouso neste município, os candidatos ao


"brevet" de aviadores, treinavam no campo de São Leopoldo.
Em 29 de janeiro de 1947, foi definitivamente fundado o Aeroclube de
Novo Hamburgo, tendo dirigido os trabalhos da sessão fundadora o sr. Oscar
Jung.
Foram aprovados os estatutos em sessão de 7 de março do mesmo ano.
Em 19 de junho, foi lavrada a escritura do arrendamento do atual campo
de pouso.
Por ocasião das festas de batismo de 12 aviões, doados ao estado do Rio
Grande do Sul pela Campanha Nacional de Aviação, realizadas em Pòrto Alegre,
São Leopoldo e Caxias do Sul, participou pela primeira vez em solenidades avia-
tórias a 9 de outubro de 1947. Em 3 de outubro de 1947, foi autorizado i
funcionar oficialmente, conforme publicação no Diário Oficial da União.
No mesmo mês de outubro de 1947, deu entrada no Aeroclube o avião "O
Colono", unidade aviatória PP DIN - Piper Super Cruzier Tri place.
-

— 109 —
A 21 de novembro do mesmo ano, entrou o avião "Tomás Berrcta, PP
HET, doado pela Campanha Nacional de Aviação.
Em 6 de fevereiro de 1948, enluta-se o A. C. N. H., pela prematura morte
de um dos seus mais dedicados e eficientes pioneiros, Oscar Jung, cuja memória foi

perpetuada no novo hangar, que tomou seu nome.


Ainda no ano de 1947 no mês de novembro, foi contratado o sr. Agostinho
Braul, para instrutor.

Em 26 de maio de 1948, deu entrada o avião PP HFS James W. Davidson,


ocasião em que foi contratado mais um instrutor na pessoa do sr. Nelson Vieira.
A 25 e 26 de julho de 1948, realizaram-se as solenidades de inauguração em
caráter oficial do A. C. N. H.
Desde sua fundação, o novel Aeroclube de Novo Hamburgo, destacou-sc
entre seus co-irmãos, pelo diligente espírito de iniciativa, participando sempre
dos empreendimentos aviatórios, assim como pela sua pujança económica, haja
visto em seu património, que orça em mais de um milhão de cruzeiros.
Em fins de 1957, tiveram início os trabalhos de terraplanagem, drenagem
e ensaibramento da pista de pouso e pátio de operações do Aeroclube local, traba-
lhos esses que estão sendo executados pelo Departamento Aeroviário do Estado,
em cooperação com a Prefeitura Municipal. Está, assim, prestes a concretizar-se
uma antiga e justa aspiração de Novo Hamburgo, a quem o Aeroclube vem
prestando, seja desde a sua fundação, assinalados serviços, Terminados esses im-
portantes melhoramentos, a pista da nossa entidade aviatória, que tem uma
extenão de 1.200 metros, poderá enfileirar-se entre as melhores do Estado.

Atual Diretoria do Aeroclube de Novo Hamburgo:


Presidente: Valdomiro Mayer
1.° Vice-Presidente: José Adolfo Selbach
2° Vice-Presidente: Oscar Osvaldo Becker
1.° Secretário: Carlos Alberto Mancuso
2° Secretário: Bertilo Schneider

1. ° Tesoureiro: Sílvio Christmann


2. " Tesoureiro: Jorny Blauth
Procurador: Egon Scheffel
Conselho Fiscal: Cirilo Guido Kern c Eto Albano Christmann
Diretor Social: Anselmo Mena Hoff
Comissão Técnica: Aldo Antônio Schramm, Hans Eugen Klein,
Nelson Breno Muller e Ricaro Ody.

No Aeroclube de Novo Hamburgo, estão inscritos 400 sócios. Dispõe,


atualmente, de oito aviões de treinamento.

V. NÚCLEO ORQUIDÓFILO DE NOVO HAMBURGO


Fundado a 14 de abril de 1952, o Núcleo Orquidófilo de Novo Hamburgo,
desde então, vem se impondo ao aplauso e admiração geral.

O quadro social, em 1958, atinge o expressivo número de 152 associados.


— 110 —
Tem o Núcleo sua sede em uma das dependências da veterana Sociedade
Ginástica Novo Hamburgo, que acolheu hospitaleira e fidalgamente os orquidó-
filos e orquidocultores de nosso município.
O Núcleo vem realizando uma média de 2 5 sessões anuais de assembleia
geral com a assistência de 27 associados.
Realizou, até o momento, 2 exposições estaduais, visitadíssimas, às quais
concorreram de 1.000 a 1.500 plantas em cada uma.
Realizou 7 exposições municipais (exposições tradicionais do Núcleo e co-
memorativas ao aniversário de instalação do Município), igualmente muito visi-
tadas, às quais concorreram, em cada uma, de 5 00 a 800 plantas.

Realizou, também, extraordinariamente, três mostras florais bem concor-


ridas.

As paradas florais em menção não se limitaram apenas à apresentação de


orquidáceas, a elas concorreram igualmente grande número de folhagens orna-
mentais das mais variadas espécies.
Às mencionadas exposições, concorreram orquidocultores não só locais e de
vários municípios gaúchos como, em algumas delas, estiveram presentes também
orquidocultores de Santa Catarina e de São Paulo.
O Núcleo concorreu à Exposição de Orquídeas Comemorativas do 4." cen-
tenário de São Paulo, tendo nesse certame, conquistado alguns primeiros lugares
e outros valiosos prémios.
Tem, para as suas realizações, contado, com o apoio moral e material do
Govêrno do Município e com a solidariedade do Governo do Estado e da Se-
cretaria de Agricultura, os quais tem emprestado valiosa cooperação à orquido-
cultura gaúcha, entusiasmando os cultivadores da flor aristocrática.

A primeira Diretoria foi composta dos seguintes orquidófilos novo ham-


burgueses:
Presidente: Ervino Artur Roth
Vice-Presidente: Frederico N. Scherer
1.° Secretário: Silfredo Albino Birck
2° Secretário: Kurt Hofstaetter
1. ° Tesoureiro: Júlio Otto Schmidt
2. " Tesoureiro: Plínio Moeller
Conselho Fiscal: Euclides Rodrigues, Humberto Leopoldo Schneider
e Anselmo Mena Hoff
Diretor de Propaganda: Lothário Blanckenheim.

A atual Diretoria está composta dos seguintes sócios:

Presidente: Alfredo Marotzky


Vice-Presidente: Valter Schmitt
Secretário: Silfredo Albino Birck

Tesoureiro: Oto G. Georg


Conselho Fiscal: Júlio Oto Schmidt, Arno Kunz e José Del Vecchio
Suplentes: Alberto Weber, Edmundo von Berg e Otomar Ermel.
PARTE SÉTIMA

INFORMAÇÕES DIVERSAS
1. TIRO DE GUERRA
Funcionaram neste município, o Tiro de Guerra n." 2 51 e uma Escola de
Instrução Militar n.° 90, anexa ao Ginásio São Jacó.
O Tiro de Guerra n.° em 1918, graças aos esforços de
251, foi fundado
vários cidadãos, à cuja frente se achava o Alberto Adams. Devido a várias
sr.

circunstâncias, no entanto, após dois anos de funcionamento, não conseguiu


número suficiente de candidatos à instrução militar e suspendeu os trabalhos.
Em 3 de maio de 1926, entrou em nova e promissora fase, iniciando, com
muito entusiasmo e com étimos resultados, o preparo da mocidade desta terra
para o serviço militar.
Dispunha de boa linha de tiro.

Forneceu até o ano de 1945, nada menos de 733 reservistas de 2." categoria,

para o Exército Nacional.


Em abril de 1944, o Tiro de Guerra n.° 2 51, realizou sua antiga aspiração,
adquiriu a sua sede, situada à rua 1." de Março n." 52, de propriedade do sr.

Leo J. Campani.
Para a aquisição da sua própria sede, o Tiro de Guerra n.° 251, contou
com o apoio do sr. Dr. Nelson Toohey Schneider, sócio benemérito e dinâmico
prefeito municipal naquela época, que conseguiu junto à Diretoria das Prefei-
turas Municipais, dois auxílios, sendo o primeiro de Cr$ 3.000,00 e o segundo de
Cr$ 5.000,00.
Tomou parte, neste município, em diversos concursos de tiro, não oficiais,

e em diversas paradas na Capital do Estado, sendo a última em 1937. Nas ins-


peções efetuadas pelos oficiais designados pelo Exmo. Comandante da Região,
nos anos de 1938, 1939, 1940, 1941 e 1943, quando era instrutor o 1.° sargento
do Q. I., Oto Pedro Bumbel, o Tiro de Guerra n.° 2 51, foi considerado o melhor
Centro de Instrução do Estado.
Os Tiros de Guerra foram extintos em 1945.

2. TROPA DE ESCOTEIROS MAURÍCIO CARDOSO


A Tropa de Escoteiros Maurício Cardoso, foi fundada em 30 de janeiro
de 1941, por iniciativa do Círculo Operário de Novo Hamburgo, pelos srs. Pom-
pílio Jaime e Celestino Kieling.
Acha-se inscrita na Federação Rio-grandense de Escoteiros. Constam de seu
programa: incentivar o amor à vida do campo, promover jogos e exercícios fí-
sicos, elevar o nível moral e cívico de seus associados, tendo como lema "sempre
alerta para servir o melhor possível".

Foi mantida pelos escoteiros e auxiliada por muitas firmas locais e dispunha
em 1944 já de um patrimônio no valor de Cr$ 8.000,00.
— 112 —
Tomou parte no Ajuri e nas concentrações dos escoteiros por ocasião dos
festejos da Semana da Pátria, em Pôrto Alegre, no ano de 1942.
Realizou várias excursões aos municípios de São Leopoldo e Caí, tendo
visitado as vilas de Lomba Grande, Dois Irmãos, Campo Bom e outras.

3. EXPOSIÇÕES
Na cidade de Novo Hamburgo, realizaram-se três exposições. A primeira,
em 1908, nos salões da Sociedade de Cantores de Hamburgo Velho, organizada
pela Sociedade dos Agricultores Rio-grandenses, apresentava, apenas, mostruários
de produtos e máquinas agrícolas. A segunda, em 19^4, em comemoração ao
primeiro centenário da imigração alemã, foi instalada num grande pavilhão, cons-
truído na Praça 20 de Setembro.
Teve a honrosa presença do Exmo. Sr. Dr. Antônio Augusto Borges de Me-

deiros,então presidente do Estado. S. Excia. pronunciou, por ocasião da abertura


dêsse certame, importante discurso.

A terceira exposição, organizada em 1929 em honra do Exmo. Sr. Dr. Getúlio


Vargas, Presidente do Estado e candidato à Presidência da República, também se

realizou num levantado na aludida Praça. Além do Exmo. Sr. Dr.


pavilhão,
Getúlio Vargas, foi visitada pelo chanceler Dr. Osvaldo Aranha, naquela época
Secretário do Interior, e por outras altas autoridades civis e militares.
Sôbre êsse último certame, assim se manifestou o jornal "A Federação", de
Pôrto Alegre:
"A exposição industrial de Novo Hamburgo, representa um motivo de
justificado orgulho para o Rio Grande do Sul.

A variedade da produção e o grande aperfeiçoamento alcançado, revelam


a brilhante situação da cultura industrial que tanto enobrece o próspero muni-
cípio. Há cerca de cinco anos, visitamos ali mesmo uma outra exposição, a que
concorreram muitos dos mesmos expositores que lá vimos agora, junto a outros
novos.
Alguns estabelecimentos que trabalhavam em pequena escala, com poucos
operários, apresentam-se, no momento, já como fortes industrialistas, oferecendo
c belo espetáculo da atividade vitoriosa e compensadora. As magníficas impres-
sões recebidas pelo Sr. Presidente do Estado, encontram ampla justificativa no
fecundo Isbor, de tão úteis consequências, e que está fomentando, por forma
tão sugestiva, a riqueza do município e do Estado.
Disse S. Excia. com a maior clareza, em poucas palavras que servirão de
poderoso estímulo para os nossos operosos patrícios:
Nota-se ordem por tôda parte, disse o Dr. Getúlio Vargas, o que denuncia
a harmonia existente entre patrões e operários.
O que venho de verificar, se não a união completa, pelo menos um enten-
dimento recíproco, e a prova da tolerância dos industrialistas para com os
operários.

E que aqueles bem compreendem a sua posição de patrões, tanto é assim,


que os operários dêles não se queixam. Aqui, pois, não existe a chamada questão
social, e disso é prova exuberante a inexistência de greves. Bem se pode dizer
Hospital

VISTAS DE LOMBA GRANDE


— 113 —
que o proletariado está aqui integrado na sociedade, como elemento de ordem
e progresso."
O fato encerra, demais, um sintoma excelente para a situação atual do Rio
Grande. Êle é um complemento lógico das aspirações, do espírito construtor,
da ordem progressista do povo rio-grandense. Nesta altura da companha liberal
em que estamos empenhados, aquela solenidade tem uma significação tôda es-
pecial, ali estava o Rio Grande do Sul que trabalha, que produz, revelando como
se desdobra a fortuna particular, base de fortuna pública, digno das atenções de

tôda a Nação, que tem no nosso Estado, um dos melhores esteios da sua força
e da sua economia."

4. HERÁLDICA
Em Novo Hamburgo foram criados dois escudos. O primeiro foi projetado
logo após a criação do município, desenhado pelo genial arquiteto José Lutzen-
berger. Em forma de medalhão, representava, no centro, um bloco monumental,
ladeado por dois atletas, rodeado o todo pelos dizeres "Novo Hamburgo — Ordem
e Trabalho".
O bloco simbolizava o município recém criado, e os atletas, os dois distritos,
o de Hamburgo Velho e o de Novo Hamburgo, que o construíram e sustentam,
sob o lema de ordem e trabalho.
Êste escudo foi reproduzido no diploma da exposição municipal realizada
em 1929.
Um segundo escudo foi adotado em 30 de novembro de 1957, conforme
lei municipal n.° 52/57, de que transcrevemos os artigos 1, 2 e 3.

Art. 1." — É adotado como Símbolo deste Município: Umescudo, com


as cores da bandeira rio-grandense (verde, encarnado e amarelo), tendo na parte
superior, o nome do município de Novo Hamburgo, em letras pretas; ao centro,
em côr azul, uma roda de engrenagem com dezesseis dentes que simboliza a
indústria; ainda ao centro, a imagem do Monumento ao Imigrante que, em
1824, iniciou a colonização da localidade e, no mesmo plano, outra imagem de
uma fábrica, com que expressa o panorama industrial da cidade,
três chaminés,
na parte inferior, em côr preta, a data da emancipação do município
(5 de
abril de 1927), fora do escudo, dois ramos, de louro, ligados por um laço de
fita azul, com 112 fôlhas, que caracterizam o coroamento da pujança industrial
através o esfôrço e o trabalho de seus fundadores e continuadores.
Parágrafo único —
A feitura do Símbolo municipal deve obedecer à pro-
porção de três (3) de largura por quatro (4) de altura.

Art. 2° — O Símbolo do Município será usado nos documentos oficiais,


papéis, bandeiras e flâmulas, como escudo ou brasão, que representará Novo
Hamburgo.
Art. 3.° — Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revo-
gadas as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Novo Hamburgo, aos trinta (30) dias


do mês de novembro do ano de mil novecentos e cinquenta e sete (1957).
Carlos Armando Koch, Prefeito

8
— 114 —
5. HAMBURGO VELHO, ESTAÇÃO DE VERANEIO
Hamburgo Velho vem sendo recomendado, há muito tempo, como estação
de repouso, e de ano para ano, cresce o número de veranistas, que vem passar
algumas semanas nessa aprazível zona. E não é sem razão. Hamburgo Velho
está situado no alto de uma colina, onde diàriamente se faz sentir a viração do
oceano e donde se goza um lindo panorama: ao leste, o vale do rio dos Sinos
e além os morros de Lomba Grande, com suas igrejas e suas casinhas brancas,
quase escondidas entre o verdor das árvores e dos matos; ao norte, a serra dos
Dois Irmãos, com seus picos, separados por um extenso vale e tão parecidos
um com o outro, que deram o nome àquela zona; ao oeste e sul, a cidade de
Novo Hamburgo, com as suas belas residências, as suas chaminés e fábricas,
donde ressoa todo o dia, em ritmo animador, a música do trabalho, a melodia da
máquina e o hino do progresso. Mais além, estendem-se até perder de vista, as
coxilhas, onde as florestas de eucaliptos e de acácias vêm aos poucos cobrindo
as estéreis faixas de barba de bode e rabo de burro, bem como a grama mirada
e sêca. Se a isto juntarmos o conforto de seus hotéis, a água cristalina dos poços
artesianos, a hospitalidade do povo desta cidade, não admira que existem muitos
fãs destas plagas. Entre estes, destacou-se o inesquecível Dr. Maurício Cardoso.
É bastante conhecida a pronunciada simpatia que o grande estadista votava à
nossa cidade, sentimentos, aliás, retribuídos pela população tôda.
No Sanatório Regina ainda existe hoje, cuidado com carinho e visitado com
saudades, um jardinzinho projetado pelo nobre rio-grandense, que aqui vinha
passar as suas horas de descanço, encantando a todos com o seu trato amável,
caraterísticos de seu coração nobre e generoso.

6. POÇOS ARTESIANOS
Com o desenvolvimento da cidade de Novo Hamburgo, começou a tornar-se
escassa a água para uso doméstico, notadamente por causa das grandes quanti-
dades gastas pelos curtumes e fornecidas pelas fortes vertentes, que brotam da
encosta do morro, em que está situada Hamburgo Velho.
Para atenuar a falta do indispensável líquido, foi iniciada, por particulares,
já em1912, a perfuração de poços artesianos. À profundidade de, mais ou
menos, cem metros, foi encontrado copioso lençol de água. Dados os bons re-
sultados das primeiras perfurações, muitos proprietários acompanharam a inicia-
tiva, sendo de duzentos e vinte o número de poços dessa natureza, abertos na
zona urbana. Também a Prefeitura mandou construir nos anos de 1929 a 1931,
vários desses poços, em o que tem trazido não pe-
diversas zonas residenciais,
quenos benefícios às respetivas populações, abastecendo-as de água em quanti-
dade suficiente e de superior qualidade.

7. ESCRAVATURA
Devido a constante preocupação dos poderes públicos no sentido de evitar
a entrada de escravos, nas colónias, o número destes, em Novo Hamburgo, nunca
foi muito elevado. A lei outubro de 18 50, proibia
n.° 18 3, de 13 de a introdução
de escravos nas colónias existentes e nas que se viessem a fundar. Os próprios
colonos, na sua maioria, não eram muito favoráveis à escravatura.
— 115 —
Numa estatística da população de São Leopoldo, relativa ao ano de 1883,
naquele município existiam 484 escravos e destes apenas 16 em Novo Hamburgo,
número, que nos anos subsequentes ainda diminuiu bastante, pois, em 188 8, ano
da libertação dos escravos, em todo o citado município, seu número estava
reduzido a 5. E bem andaram os adversários da escravatura, pois desta forma
evitaram, para a zona colonial, os grandes prejuízos, que a cessação do emprego
do braço escravo trouxe para muitas regiões do Brasil.

Ocomércio de escravos era bem interessante. Leis especiais regulavam a


sua compra e venda. A transmissão pagava impostos, como hoje a de terras,
conforme se pode ver dos documentos que a seguir transcrevemos:
"Eu abaixo-assinado declaro, que tenho vendido ao sr. Carlos Vilk
um preto de nome João Ramiro de nação Nagô, idade pouco mais ou
menos trinta e oito anos, pela quantia de trezentos e cinquenta mil
réis,que recebi ao passar este, em moeda corrente da praça ficando eu
vendedor obrigado ao pagamento da respetiva siza; este preto lhe vendo
da mesma forma q. o possuo com todos os vícios e moléstias, q. tenha
ou possa ter, não podendo para isso em tempo algum enjeitá-lo.
Pôrto Alegre, 1.° de abril de 18 52 (ass.) Martinho Mattias Kõr-
ner. Como testemunhas: João Coelho Barreto. Augusto Luiz Wein-
mann".
O conhecimento do imposto de transmissão era do teor seguinte:
"Lei dede junho de 1809. Meza de Rendas Provinciais. N.°
3

18. Meia siza dos escravos. A fls. 30 do livro de Receita


20$000.
do corrente anno financeiro, fica lançada em débito, ao atual Thezou-
reiro a quantia de vinte mil réis que recebo do Sr. Martinho Mathias
Kõrner pela Meia Siza, correspondente a quantia de quatro centos mil
réis, porque comprou, em 28 do pp. a Joaquim Caitano Pinto um

escravo de nação Nagô de nome João Ramiro q. foi-lhe consignado.


(Seguem-se quatro palavras ilegíveis.) E de como recebeu assignou co-
migo. Leal e valorosa cidade de Pôrto Alegre, 21 de Janeiro de 18 50.
Pelo Administrador: o escrivão Joaquim Lourenço de Souza Lobo. Pelo
escrivão o escriturário Venâncio Ferreira da Silva."

8. ESPANHOLA
A gripe a Novo Hamburgo, então sede do
denominada espanhola, assolou
2° distrito de São Leopoldo, como outras cidades e vilas do mundo inteiro, em
1918. Foi no dia 2 de novembro daquele ano que apareceram os primeiros casos.
O autor destas linhas foi designado pelo intendente de São Leopoldo para
superintender os serviços de hospitalização e outros que se tornassem necessários.
Foram um
no edifício dos Atiradores de
instalados três hospitais de emergência,
Novo Hamburgo, outro no pavilhão dos Atiradores de Hamburgo Velho e o
terceiro no edifício do Colégio São Jacó. Prestaram serviço de enfermeiros, as
irmãs do Colégio Santa Catarina e os Irmãos Maristas.
Foi de mais ou menos trezentos ,o número de doentes hospitalizados; muitos
foram atendidos em suas próprias residências. O número dos casos fatais não
excedeu de 20,
— 116 —
Foi grande o auxílio prestado pela caridade pública aos doentes. Após o debe-
lamento da epidemia, foi aberta uma subscrição, para auxiliar o governo muni-
cipal nas despesas havidas. Rendeu mais de Cr$ 3.000,00, que foram entregues
à Intendência Municipal de São Leopoldo.

9. CHUVA DE PEDRA
Conquanto uma chuva de pedra não constitua assunto para figurar num
a que desabou sòbre nossa cidade, no dia 1 1 de junho de 1898
esboço histórico,
(sábado), foi de tais proporções que, me parece, não poder deixar de ser men-

cionada. Eis como o fenómeno foi relatado pelo correspondente de um jornal:


"Na noite dêsse dia, aproximaram-se duas tormentas, uma de lado
sudoeste e outra do oeste. A escuridão reinante, não deixava perceber
bem a formação das nuvens, porém, os trovões ininterruptos e o re-
lampejar contínuo, prenunciavam um temporal violento. Movidas por
um tufão, corriam as nuvens compactas, acompanhadas de uma zuada
assustadora, e então, jamais esqueceremos o ruído, parecia desenrolar-se
em redor de nós uma terrível batalha, com o incessante ribombar da
artilharia e o matraquear contínuo de numerosos fuzis. O que seria?
perguntavam todos, atónitos e transidos de susto. Que ruído é este nos
telhados e nos forros da casa? A chuva caia aos cântaros, não somente
nas ruas, mas também no interior das casas. Uma chuva de pedra, co-
mo ninguém a presenciara ainda, destruíra completamente os telhados
de tódas as casas, galpões e igrejas, com exceção apenas da Sociedade
de Canto, da igreja evangélica de Novo Hamburgo e da bailante do
sr. Diefenthaeler, cujos telhados novos resistiram à catástrofe. As pe-
dras caídas, não tinham a forma arredondada que geralmente ostentam,
mas, constituíam blocos de gêlo de contornos irregulares, das quais
alguns, conforme foi verificado, chegaram a pesar dois quilos e 600
gramas. Impossível é descrever o quadro de destruição que apresentaram
os edifícios danificados.
Como já dissemos, todos os telhados foram destruídos, inclusive
os de telhas de zinco. Nestas se viam rombos em que cabia o punho
cerrado de um adulto.
A
chuva forte, que caía incessantemente, inundou as casas e arma-
zéns, molhando e inutilizando grande quantidade de mercadorias. Fari-
nha, feijão, açúcar, sal, fazendas e tudo sofria a ação das águas. O
número de aves e suínos perdidos também foi grande. Camas e agasalhos
molhados, tornaram impossível aproveitá-los naquela noite. Muitas fa-
mílias se refugiaram em vagões da Estrada de Ferro; os poucos edifícios
ainda aproveitáveis, enchiam-se de moradores sem teto. Em mais de
duzentas e cinquenta casas foram completamente destruídos os telha-
dos. Os prejuízos montaram a mais de Cr$ 600.000,00.
No outro diaforam adquiridos, em São Leopoldo e Pôrto Alegre,

telhas, cimento e cal. Apesar de ser domingo, a Viação Férrea fêz cor-
rer um trem especial, transportando material de construção para a zona
atingida e enviando vagões para abrigo dos moradores. Também foram
abertas várias subscrições para auxiUar as famílias necessitadas."
— 117 —
10.TABELA DE PREÇOS DOS GÉNEROS DE PRIMEIRA
NECESSIDADE, VIGORANTES EM JANEIRO DE 1944 E
EM NOVEMBRO DE 1958
1944 1958
Consu-
Varejo Consumidor Varejo
midor
Açúcar de 1.' sc. de 60 kg 165,00 3,10 980,00 19,00
Idem, usina, superior „ 165,00 3,10 980,00 19,00
Idem, 2.' „ 157,00 2,90 680,00 13,00
„ cristal „ 130,00 2,40 640,00 12,00
„ moído „ 131,00 2,40 640,00 12,00
Arroz agulha, 1.* „ 120,00 2,20 1.200,00 22,00
Idem, blue rose, 1/ „ 114,00 2,10 960,00 19,00
„ japonês, 1."
,, 106,00 2,00 900,00 17,00
„ japonês, 2/ 102,00 1,90 750,00 14,00
Banha inspecionada kg 5,80 6,40 48,00 54,00
Idem, não inspecionada 5,40 6,00 44,00 50,00
Café moído, 1.' 6,00 6,60 72,00 80,00
Idem, 2.' 5,20 5,80 54,00 62,00
Cebola enrestada 1,40 1,70 28,00 35,00
1 í nn
Idem, colonial u,/ u 1 ,uu 20,00
Farinha de mandioca / ,uu 8,50
Farinha de milho, extra sc. de 50 kg 44,00 1,10 400,00 10,00
Idem, polenta 50,00 1,20 12,00 15,00
>n
Feijão padronizado, 1.' sc. de 60 kg 1
1 ,z u não há
Idem, catado e polido „ „ 60 „ ) o,UU não há
Idem, comum „ „ 60 „ <A í\í\ £A.C\ uu
o^u, r\(\
12,00
Leite condensado, latas de 400 g, em
caixas de 48 latas 1 50,00 4,00 91 5,00 23,00
Idem, em latas de 930 g em caixas
de 24 latas 175,00 8,50 não
Manteiga pasteurizada kg 11,30 12,00 105,00
Idem, comum „ 9,50 10,50 75,00 96,00
Sal moído ou triturado, nacional, sa-
cos de 30 kg 17,60 0,70 145,00 6,00
Idem, estrangeiro, sc. de 30 kg 23,50 1,00 não há
Álcool comum, 40°, grf. 5,20 5,80 11,00 13,00
Sabão extra kg 4,60 5,30 21,50 26,00
Sabão comum „ 2,70 3,10 18,00
Cimento nacional, saca, 42,5 0 kg 34,50 36,50 sc.

Alfafa prensada kg 0,60 0,70 3,00


Farelo de trigo, sc. de 30 kg 9,70 11,00 120,00 5,00
Torta de linhaça, sc. de 50 kg 21,00 23,00 sc.
— 118 —
Variações nos preços de utilidades de transportes de setembro de
C' 1 • • 1
1956 e iins de janeiro de 1959.

Setembro 1956 Janeiro 1959


Gasolina Litro Cr$ 5,32 Litro Cr$ 9,60 84,4%
Diesel Litro Cr$ 2,06 Litro CrS 6,45 213,0%
Lubrificantes Litro Cr$ 29,40 Litro CrS 73,40 149,0%
Graxas Quilo Cr$ 30,40 Quilo CrS 81,60 168,4%
Pneus 9,00 x 20 (12 lonas)
A. T Cr$ 10.409,00 Pneu 16.662,00 60,0%
Câmaras de ar 9 x 20 Cr$ 775,00 Câmara 240,00 60,0%
Veículos Cr$ 700.000,00 CrS 940.000,00 3 5,0%

Carrocerias Cr$ 2 50.000,00 CrS 500.000,00 100,0%


Salário Mínimo Cr$ 3.100,00 CrS 5.000,00 61,0%
Lavagem e engraxar Cr$ 80,00 CrS 200,00 150,0%
Peças e acessórios De janeiro de 19518 a jan. de 1959 150,0%
Rolamentos De janeiro de 1951l a jan. de 1959 170,0%;

11. FILIAIS DE ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO


EXISTENTES EM NOSSO MUNICÍPIO
Banco do Rio Grande do Sul, S/A — Gerente: Hugo Roberto Hilgert — Rua
Bento Gonçalves, esquina da Joaquim Nabuco, 10.

Banco Nacional do Comércio, S/ A — Gerente: Emílio Francisco Streb — Av.


Pedro Adams F.°, esquina da Joaquim Nabuco, 11.

Banco Industrial e Comercial do Sul, S/A — Gerente: J. Norberto Juchem. —


Av. Pedro Adams Filho, esquina da Rua Joaquim Nabuco, 11.

Banco Agrícola Mercantil, S/A — Gerente: Eugênio Nelson Ritzel. — Rua


Joaquim Nabuco, 86.

Banco da Província do Rio Grande do Sul, S/ A — Gerente: Ivo Amaral da Silva


— Rua Júlio de Castilhos, 364.

Banco do Brasil, S/A — Gerente: Dr. Ney Ulrich Caldas — Rua Joaquim Pe-
dro Soares, 91.

Caixa Económica Federal do Rio Grande do Sul — Gerente: Luiz Sperry Cezar
— Rua Joaquim Nabuco, 54.

Caixa Rural União Popular de Novo Hamburgo — Gerente: Guilherme Oscar


Odi.

Caixa Rural União Popular de Lomba Grande — Gerente: João Aloysio Allgayer
Lomba Grande.
PARTE OITAVA
DADOS estatísticos
1. MOVIMENTO DE POPULAÇÃO
Sinopse dos nascimentos, casamentos e óbitos registrados no
município de 1950 a 1958
Nascimentos Vivos Mortos Casamentos óbitos

1950 Novo Hamburgo 721 40 199 239


Hamburgo Velho 238 10 101 80
Lomba Grande 125 1 16 35
Total 1.084 51 316 354
1951 Novo Hamburgo 819 36 214 234
Hamburgo Velho 221 9 87 56
Lomba Grande 115 30 39
Total 1.155 45 331 329
1952 Novo Hamburgo 865 42 214 299
Hamburgo Velho 258 6 98 84
Lomba Grande 116 5 32 43
Total 1.239 53 344 426
1953 1.057 23 327 305
Hamburgo Velho 312 94 98 90
Lomba Grande 120 2 33 57
Total . 1.489 119 458 452
1954 Novo Hamburgo 1.218 30 316 397
Hamburgo Velho 297 55 106 47
Lomba Grande 109 39 33
Total 1.624 85 461 477
1955 1.490 355 444
Hamburgo Velho 348 126 63
Lomba Grande 160 47 42
Total 1.998 528 549
19 56 Novo Hamburgo 609 619 332 331
Hamburgo Velho 177 166 139 79
Lomba Grande 79 60 42 25
865 845 513 435
Total ... 865 845 513 435
19 57 Novo Hamburgo 676 637 283 313
Hamburgo Velho 164 155 156 77
Lomba Grande 83 76 26 25
923 868 465 415
Total 923 86S 465 415
1958 Novo Hamburgo 1.206 335 375
Hamburgo Velho 317 121 134
Lomba Grande . 111 47 51
Total ... 1.634 503 560
— 120 —
2. VIDA CULTURAL DE NOVO HAMBURGO
EM NÚMEROS
Aeroclubes 1

Associações Culturais 21
Associação Comercial 1

Associação Rural 1

Associações esportivas 33
Escolas Primárias 43
Escolas de Comércio 1
Escolas Normais 1

Escolas de Curso Cientifico 1

Escola Vocacional Agro-Industrial (EVAI) 1

Estação de Rádio (ZYN/3) 1

Ginásios 6
Hospitais 3
Igrejas Católicas 9
Igrejas Evangélicas 4

3. VIDA ECONÓMICA, EM NÚMEROS


Açougues 46
Alfaiatarias 26
Armarinhos 7
Armazéns de secos e molhados 196
Artefatos de cimento 7
Artigos de eletricidade 10
Atelier fotográficos 5

Bailantes 5

Estabelecimentos bancários 9
Bares 112
Barbearias 53
Carpintarias 5

Cartonagens 7
Cinemas 3

Comissões e consignações 13
Consultórios médicos 14
Curtumes 15
Depósitos de couros 14
„ „ frutas 11
„ „ lenha 18
„ „ materiais construção
para 6
Empresas de transporte de carga 8

„ „ transportes coletivos 2

,, „ construções 5

Envernizarias 11
Engenheiros civis 4
Estamparias 3
— 121 —
Estofarias 4
Fábricas de alumínio 1

„ „ artefatos de borracha 2

„ „ louça de barro 2
„ „ artefatos de couro 2

„ „ azulejos 1

„ „ bebidas 4
„ „ brinquedos 1

„ „ caixas de madeira 1

„ „ calçados 206
caramelos
carrocerias
chapéus para homens
cola
escovas
esquadrias
jóias
foles
molduras
formas para calçado
lona
malas
máquinas em geral
massas alimentícias
móveis 2
óleos vegetais
órgãos e harmónios
papelão
produtos químicos
raquetes para ténis
saltos de madeira
sedas
melaço
solados de borracha
sabão
tamancos
telas de arame
tintas e vernizes
vassouras
viras
Farmácias 10
Ferrarias 5
Fiambrerias e churrascarias 3
Fundições de ferro e bronze 3
Funilarias 6
Gabinetes dentários 17
Hotéis 7
Hospitais }
— 122 —
Instalações sanitárias J
Institutos de beleza 16
Laboratórios de análises clinicas 2
Lojas de calçados 10
„ „ confecções 8
„ „ fazendas 24
„ „ ferragens 7
„ „ móveis 10
Lavanderias 4
Marmorista 1

Matadouros 3
Agências de navegação aérea 3
Oficinas de consertos de bicicletas 11
„ „ ,, „ calçados 16
„ „ „ „ máquinas 18
„ „ „ „ rádios 4
„ „ „ relógios 3

„ „ „ „ motores 12
„ „ „ „ automóveis 21
Oficinas diversas 11
Olarias 9
Padarias e biscoitarías 8
Postos de gasolina 6
Restaurantes 18
Representações comerciais 39
Serralherias 6
Tipografias 4

4. ESTATÍSTICA DA COMARCA DE NOVO HAMBURGO


Movimento em 1956
Ações julgadas por sentença 450
Ações ajuizadas 836
Cartório do Cível e Crime 389

Feitoí processados e julgados:


Processos criminais 162
Arrolamentos 45
Despejos 44
Ações executivas 40
Homologações de acidentes de trabalho 27
Executivos fiscais 13
Diversas 58
Total Ti?
Valor das ações julgadas: Cr$ 1 5.997.5 5 5,90.

Ações iniciadas:
Processos criminais 202
Ações executivas 130
— 123 —
Executivos fiscais 112
Ações de despejo 77
AçÕes ordinárias 53
Arrolamentos 52
Homologações de acidentes de trabalho 37
Queixas crime 26
Ações de alimentos 22
Representações contra menores 18
Usocapiões 8

Diversas 47
Total 784

Cartório de Órfãos e Ausentes:


Inventários 26
Tutorias 5

Arrolamentos 5

Diversas 5

Total 41
Valor das causas: Cr$ 5.387.541,00

Cartório do Registro Civil:


Desquites amigáveis 12
Desquites litigiosos 7
Inventário 2
Total 21

Cartório de Provedoria
Testamentos julgados 5

Inventários julgados 2
Total 7

Registro especial e de protestos:


30 5 duplicatas no valor de Cr$ 2.2 30.910,90
26 notas promissórias, no valor de Cr$ 297.642,80
4 letras de câmbio, no valor de Cr$ 45.753,50
1 triplicata, no valor de Cr$ 4.000,00
Total Cr$ 2.578.307,20
Apontamentos:
685 duplicatas no valor de Cr$ 6.571.936,90
61 notas promissórias Cr$ 798.453,90
7 letras de câmbio Cr$ 85.811,70
2 triplicatas Cr$ 8.498,90
Total Cr$ 7.464.701,40
Registro de Títulos e Documentos:
98 contratos de compra e venda Cr$ 7.724.472,20
52 contratos de locação de máquinas Cr$ 1.409.750,00
123 aditamentos a contratos
78 documentos diversos no valor de Cr$ 3.327.141,40
— 124 —
Cartório do Registro de Imóveis
Neste Cartório foram efetuadas as seguintes transcrições:

a) Inter vivos
Compra e venda 843 transcrições no valor de Cr$ 24.022.294,30
Dissoluções 79 „ „ „ „ Cr$ 600.934,90
Doações 51 „ „ „ „ Cr$ 2.292.300,00
Permutas 24 „ „ „ „ Cr$ 1.572.000,00
Divisões 41 „ „ „ „ Cr$ 918.750,00
Indenizações 13 „ „ „ „ Cr$ 551.908,00
Diversas 11 „ „ „ „ Cr$ 826.162,00
Totais: 1062 „ „ „ „ Cr$ 30.784.3 50,30
b) Causa mortis:
137, no valor de Cr$ 13.288.754,16
c) Hipotecas:
45, no valor de Cr$ 3.841.940,00

d) Contratos de promessa de compra e venda:


Inscritos 309
Averbados 467
Transferidos 198
Cancelados 15

e) Registros de firmas:
Inscritos 150
Cancelados 5

Averbados 121

Cartórios de Notas:
Nos dois tabelionatos e nos cartórios dos 2° e 3.° distrito, foram lavra-
das as seguintes escrituras:
Compra e Venda 698
Permuta 13
Doação 13
Retificação e ratificação 24
Diversas 302
Procurações 622
Reconhecimentos de firmas 11489

5. ESTATÍSTICA ELEITORAL
Eleição de 3 de outubro de 195 5

Resultado Geral da eleição dos candidatos à presidência e vice-presidência


da República

Dos 13.909 eleitores inscritos, votaram 9.833, deixando de exercer o direito


de voto 4.076 eleitores, o que estabeleceu uma abstenção de 29,3%.
— 12Í —
As urnas acusaram o seguinte resultado:

Para presidente da República:

Ademar de Barros 3.8 50 votos


Juarez Távora 1.958 „
Juscelino Kubitschek 2.708 „
Plínio Salgado 1-054 „
Em branco 89 „
Nulos 174 „

Para vice-presidente da República:

João Goulart 4.246 votos


Milton Campos 4.15 5 „
Danton Coelho 598 „
Em branco 668 „
Nulos 167 „

Resultado geral da eleição dos candidatos a prefeito e vice-prefeito

Para prefeito:

Carlos Armando Koch 3.912 votos


Ruy Noronha 2.842 „
Benjamin Altmayer 2.640 „
Oscar C. Ritzel 136 „
Em branco 213 „
Nulos 90 „

Para vice-prefeito:

João Amando Schilling 3.331 votos


Waldemar Geib 3.269 „
Seno Ludwig 2.680 „
Alzir Schmiedel 76 „
Em branco 371 „
Nulos 106 „

Legenda dos partidos


Partido Trabalhista Brasileiro 1.997 votos
Partido de Representação Popular 1.490 „
Partido Democrata Cristão 1.456 „
União Democrática Nacional 1.367 „
Coligação dos Partidos Social Democrático e Liber-
tador 1.309 „
Partido Social Progressista 884 „
Partido Socialista Brasileiro 260 „
Partido RepubUcano 130 „
— 126 —
Eleição de 3 de outubro de 1958
O município de Novo Hamburgo, pertence à 76/ zona eleitoral; funcio-
naram na eleição de 3 de outubro de 195 8, ao todo, sessenta e cinco seções elei-

torais, tendo comparecido às urnas 1 5.503 eleitores de um total de 15.941


inscritos.
De acordo com a ata oficial, o resultado das eleições foi o seguinte:
Eleições Federais

Para membro do Senado Federal:


Guido Mondin 8.310 votos
Carlos de Brito Velho 5.430 „
Gabriel Pedro Moacyr 207 „
Votos em branco 960 „
Votos nulos 596 „
Total 15.503 „

Para membros da Câmara Federal:

Partido Trabalhista Brasileiro 7.198 votos


Partido Social Democrático 2.828 „
União Democrática Nacional 728 „
Partido Libertador 767 „
Partido de Representação Popular 1.266 „
Partido Democrata Cristão 1.488 „
Partido Social Progressista 1 „
Votos em branco 1.030 „
Votos nulos 197 „

Total 15.503 „

Eleições Estaduais

Para governador do Estado:


Leonel Brizola 8.873 „
Cel. Walter P. Barcellos 5.642 „
Votos em branco 480 „
Votos nulos 508 „

Total 15.503 „

Para membros da Assembleia Legislativa:


Partido Trabalhista Brasileiro 4.868 votos
Partido Social Democrático 1.654 „
União Democrática Nacional 1.345 „
Partido Libertador 1.075 „
Partido de Representação Popular 1.013 „
Partido Democrata Cristão 1.792 „
Partido Social Progressista 2.699 „
Partido Republicano 114 „
Votos em branco 659 „
Votos nulos 284 „

Total 15.503 „
— 127 —
6. CORREIO E TELÉGRAFO
Agência de Novo Hamburgo
RECEITA
1929 1943 19J7
Cr$ Cr$ Cr$
Venda de selos e outras fór-

mulas 37.548,17 86.004,50 1.733.735,50


Taxa Telegráfica 826.008,70
Emissão de vales postais 32 no valor de 62 no valor de 490 no valor de
4.194,70 10.160,50 305.397,40
Reembolsos arrecadados 506.730,40
5% IPASE — Seguros — Em-
préstimos, etc 170.540,80

Total 3.532.412,80

DESPESA
1957
Pagamento ao pessoal da Agência 1.548.777,80
Pagamento de vales postais — total 1 18 1 56.654,70
Reembolsos pagos — total 213 203.507,90
Despesas diversas (comissões, água, luz, transporte de malas etc.) 6 5.842,40
Recolhimentos ao Banco do Brasil 1.5 57.630,00

Total 3.532.412,80

Correspondência:

1929 1943 1957


Correspondência registrada postada } 6.426
Correspondência registrada recebida 41.807
Correspondência simples postada . 283.976 385.040 708.956
Idem recebida 117.408 412.810 847.521
Malas postais recebidas 4.748
Idem, expedidas 3.592
Observação: Nos dados referentes a correspondência simples, estão excluídos
os jornais

Movimento telegráfico:

1929 1943 1957


N.° N.° N.° Palavras

Telegramas taxados 2.756 14.180 28.251 509.631


Idem, recebidos 3.217 21.204 28.760 607.153
Idem, intermediários 29.950 775.748
Aparelhos de rádio: 802
— 128 —
Agência de Hamburgo Velho
(Fundada em 1928)
1943 1957
Malas recebidas 1.006 1.080
Malas expedidas 1.122 837
Correspondência simples, recebida 205.984 objetos 84.806 objetos
Idem, expedida .... 84.792 „ 75.1 57
Registrados, sem valor, recebidos . . . . 2.293 2.774
Idem, expedidos 3.264 4 393
A ^<
Registrados, com valor declarado, exp. c c c
5 5 5 „ 465 „
Idem recebidos .... 2/6 lio
138
„ „
Renda- CrS 275 048 00

Agência em Lomba Grande


(Fundad a em 1951)
Movimento em 1957
Malas recebidas 317
Idem expedida 1.423
Correspondência simples recebida — objetos 7.624
Idem expedidas 1.423
Registrados, sem valor declarado. recebidos 221
Idem, com valor declarado . . 67
Registrados, sem valor declarado — expedidos 279
Idem, com valor declarado ... 28
Aparelhos de rádio registrados 44
Renda: Cr$ 4.538,00
É agente, desde a data de sua fundação, o sr. Darcy João Becker.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE NOVO HAMBURGO EM 1957

CIASSES INDUSTRIAIS Unidades


Pessoal em Vencimentos e VALOR DA
31-12-1957 salários PRODUÇÃO
Indústria de Calçados 7.966.7%7 5.875 238.854.038,00 1.219.306.070,00
Calçados de senhoras ... 3.463.985 3.444 141.573.769,00 692.121.945,00
Calçados de homens ... 747.090 897 38.838.428,00 182.610.003,00
Calçados de crianças . . 541.483 369 13.485.1 5 5,00 85.831.459,00
Sandálias 3.185.273 1.163 44.881.286,00 258.032.635,00
Chinelos e Tamancos 28.956 2 75.400,00 710.028,00
Indústria de Artefatos de
Couro
Artefatos de Couro 362.257 185 6.861.580,00 55.506.318,00
Indústria de Couros
e Teles 18.210.522 633 27.979.920,00 261.817.730,00
Couros envernizados, pés . 1.714.517 60 1.816.834,00 10.790.642,00
Couros curtidos, quilos 1.984.882 36 1.668.258,00 60.883.951,00
Couros curtidos, pés . . 13.5 50.1 14 533 24.258.056,00 185.650.394,00
Viras de couro 961.009 4 236.772,00 4.492.743,00

á
.

— 12^ —
Pessoal em Vencimentos e VAIAR
TMIWR DA
l/M
CIASSES INDUSTRIAIS Unidades
31-12-1957 salários PRODUÇÃO

IndustYtã cie ModetTU e


do Mobiliário 4.966.857 580 26.407.905,00 130.825.758,00

móveis 2.026.878 404 19.026.204,00 91.519.014,00


Saltos de madeira, pares 2.939.979 176 7.381.701,00 39.306.744,00

Ind. Metalúrgicas, Mecâ-


nicas e de Carrocerias 1
1 .
1
1 U jz .0 00 "
n Q 349 17.344.445,00 0
0 c) .
^
1
X'y Q r\A c\f\
i Z.ayj^^yjyj

Macjuinas industriais s n 77 í 176 8.999.310,00 '> Q 7A 9 nn


/•T.o/^.Zo7,UU
889.5 17 137 6.705.929,00 5 1 881 665 00
Artefatos de ferro 154.796 29 1.281.216,00 6.596.000,00
Artefatos de ouro e prata 8.601 7 357.990,00 1.780.870,00

Indústria de Produtos
Alimentícios 1.710.906 76 2.502.111,00 25.141.343,00
Pão e biscoitos, kg 1.397.233 55 1.952.897,00 20.034.475,00
Massas alimentícias, kg . 313.673 21 549.214,00 5.106.868,00

Indústria de Bebidas 215.888 26 1.258.710,00 3.594.623,00


Vinagre, litros 17.815 2 49.950,00 80.296,00
Bebidas sem álcool, litros 198.075 24 1.208.760,00 3.5 14.327,00

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Confecções de roupas, ca-


misarias e roupas brancas 411.251 86 3.495.773,00 19.591.144,00

Indiístriade Artefatos
de Papelão
Caixas de papelão 9.711.908 375 12.794.701,00 49.294.681,00
Indústrias Gráficas
Impressos comerciais .... 565.000 62 2.873.011,00 14.198.921,00
Indústrias Químicas 723.159 33 1.562.229,00 23.996.799,00
Colas e tintas 384.386 15 545.087,00 8.120.135,00
Produtos químicos, kg . 297.216 16 942.542,00 14.979.782,00
Sabão comum, kg 41.557 2 74.600,00 896.882,00
Frigoríficos e Matadouros
Conservas de carnes, kg. . 2.807.769 43 1.701.71 1,00 68.664.579,00
Indiístria de Cerâmica 5.736.780 238 8.439.800,00 27.583.969,00
Tijolos e telhas, ke . 5.1 14.894 111 4.142.987,00 10.259.544,00
Artigos de cerâmica e ci-
mento, peças 621.886 127 4.296.813,00 17.324.425,00
Produtos não especificados 36.461 72 2.812.493,00 30.194.430,00
Indústrias diversas 36.461 3 75.300,00 785.932,00
Produtos não especificados 69 2.737.193,00 29.408.498,00
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TOTAIS 54.529.234 8.603 354.888.427,00 2.014.849.169,00

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PARTE NONA

RELAÇÃO CLASSIFICADA, POR ESPÉ-


CIE, DE ATIVIDADE EXPLORADA
Acessórios e Peças para Bicicletas
Arduin & Cia. Ltda rua Júlio de Castilhos

Acessórios e Peças para Automóveis


Ataliba dos Reis & Cia Av. Pedro Adams F.°
Auto Peças Brasília rua José de Alencar
Auto Peças Hamburguesa Ltda Av. Pedro Adams F.°

Açoíigues
Adolfo E. Beck rua Pau Brasil
Affonso Hexsel rua Guia Lopes
Albino Guilherme Sommer rua José de Alencar
Alcido Geiger rua Campo Bom
Armindo Délio Endres rua Coelho Neto
Arno Arsênio Glaser rua das Flores
Astrogildo Meireles Dias rua Bento Gonçalves
Atalibio A. Hoffmeister rua Pau Brasil
Bernardino dos Santos rua Osvaldo Cruz
Bruno Gottschaldt Heidrich Av. Pedro Adams F.°
Celso Martins rua Caxias do Sul
Doriso Rosa Santos rua Bartolomeu de Gusmão
Edvino Germano Breitenbach Vila São Jorge 3— de Maio
Edvino Willibaldo Blankenheim Vila São Jorge
Emilio Geiger rua Marques de Souza
Emílio Geiger rua Dois Irmãos
Emma Kuhn rua Espinosa
F. E. Becker rua Júlio de Castilhos
Felippe WernoKlein rua Frederico Linek
Fredolino Schaeffer rua Vila Mentz
Helmuth Berg rua Gomes Portinho
Helmuth Berg rua Av. Daltro Filho
Helmuth Berg rua Joaquim P. Soares
Helmuth Konrath rua Imperatriz Leopoldina
Henrique Raimundo Koch Bairro Boa Saúde
Hugo O. Grassmann Av. Pedro Adams F.°
Jerônimo Cardoso rua Cristóvão Colombo
Jerônimo Cardoso rua 2 5 de Julho
João Pinheiro rua Saldanha da Gama
Juveh Konrath rua General Daltro F.°
Lona Miiller Maurer rua Paraíba
Lorival dos Santos Machado rua 2 5 de Julho
Lothário Kehl rua Av. Borges de Medeiros
Manoel Silvestre de Vargas Vila Vogel
— 132 —
Maria Cecília Konrath rua Casemiro de Abreu
Maurício Sander rua Joaquim P. Soares
Ondina Maria Dias rua Guilherme Grovermann
Oscar Alberto Moehlecke rua Paraíba
Ouro Branco, Carnes e Derivados Ltda. Av. Pedro Adams F."
Paulo Marques de Oliveira rua Assunción
Pedro Hoff rua 19 de Novembro
Pedro Pinto Selbach rua Dois Irmãos
Pedro Silvestre de Vargas rua Venâncio Aires
Vivaldino Felipe dos Santos rua Bairro Rondônia
Valdemiro Schunck Av. Pedro Adams F.°
Zeferino Vigano da Silva rua Sebastião Benedito

Advocacia
Dr. Adalberto Alexandre Snel rua General Neto
Dr. Antônio Benfica F.° rua General Neto
Dr. Eugênio Ricardo Fischer rua Júlio de Castilhos
Dr. Níveo Leopoldo Friedrich rua Júlio de Castilhos
Dr. Fausto C. Candiago rua David Canabarro
Dr. Milton Albino Cassei Av. Pedro Adams F.°
Dr. Ivo José Lenz rua GeneralNeto
Dr. Egon Eduardo Schunemann rua General Neto
Agências de Automóveis
Albano C. Seibert & Cia. Ltda. rua Casemiro de Abreu
Hennemann S. A., Comércio de Auto-
móveis rau Lima e Silva
Oscar Sauter & Filhos Av. Pedro Adams F.°

Agências de Informações
Afonso Celso Kunrath rua David Canabarro
Irmãos Brock rau Lima e Silva
Jesus Rosa Souto rua Joaquim P. Soares
Lindolfo Schuch rua David Canabarro
Ottomar Saffier Av. Borges de Medeiros
Werno Sprandel Vila Formosa

Agências de jornais e Revistas


Sady Cramer Av. Pedro Adams F."

Agências de Loteria
Emílio Hoffmann Av. Gal Daltro F.°
Francisco Encina Perez Av. Pedro Adams F.°
Rodolfo Siegle Av. Pedro Adams F.°
Agência Postal
Correios e Telégrafos Av. Maurício Cardoso
Agentes de Seguro
Adriano H. Bender rua 1.° de Março
Ricardo Francisco Grovermann rua Joaquim P. Soares
Vielitz, Noli & Cia. Ltda. rua General Osório
— 133 —
Alfaiatarias
Adolfo Lindenmeyer rua Joaquim P. Soares
Affonso Anschau Av. Pedro Adams F.°
Alfaiataria Coti Ltda rua 1.° de Março
Armando Tito Lamb rua 1° de Março
Bento Inácio Gomes Av. Pedro Adams F.°
Claudino Selmo Fritzen Av. Gal. Daltro F.°
Elvídio Ivo Wolf rua Júlio de Castilhos
Erni de Quadro rua Osvaldo Cruz
Edgar Wendt rua Bento Gonçalves
Edwino Brenner Av. Gal. Daltro F.°
Herberto Robinson Estrada Federal
Irmãos Kiefer & Cia. Ltda rua Bento Gonçalves
Irmãos Ruggeri rua Lima e Silva
Jacó Paulo Schroeder rua Demétrio Ribeiro
Jacob N. Muller rua Gal. Neto
Lamb & Cardoso
Leopoldo Adolfo Gewehr rua Lima e Silva
Mário Nereu Altenhofen Estrada Federal
Normélio Alexio Lermen Av. Pedro Adams F.°
Normélio Kehl Av. Pedro Adams F."
Oswaldo Dressbach rua Demétrio Ribeiro
Oswino Theobaldo Joner Av. Pedro Adams F.°
Oswaldo Metz Av. Pedro Adams F.°
Pedro Alisito Heck rua Bolívia
Reinaldo Becker rua Júlio de Castilhos
Werno Anschau & Cia rua Joaquim P. Soares
Alvaiade de Xinco
Pigmentos Novo Hamburgo Ind. e
Com rua Tibet
Armações para Serigoies

J. Luís Steigleder rua Mena Barreto


Armarinhos
Arcivo Becker & Cia rua Joaquim Pedro Soares
Adolfo Blankenheim rua Gal. Osório
Anna G. Diel Estrada Federal
Helmuth Konrath rua Joaquim Nabuco
Rubem Frederico Michel Av. Pedro Adams F."
Maturino R. de Oliveira & Cia. Ltda. rua 25 de Julho
Selbach, Grin & Cia. Ltda rua 1.° de Março

Armazéns de Secos e Molhados


Abrilino Luiz da Silva rua Gal. Vargas
Adão Jorge da Silva rua México —V. Santo Afonso
Adão João da Rosa Av. Pedro Adams F.°
Adolfo Edgar Streb Av. Gal. Daltro F.°
Afonso Engelmann rua Pelotas
Albano A. Muller rua Lima ç Silva
— 134 —
Albertina G. Gruber & Cia rua OsvaldoCruz
Albino Augusto Schmidt rua 1.° Março
de
Albino Jorge Daudt rua 24 de Maio
Albino Marmitt rua Frederico Linek
Alcindo Biehl rua Jaú
Alfredo Donelli Av. Daltro F."
Alfredo Luguesi rua Marques de Souza
Alfredo Carlos Gottlieb rua Guia Lopes
Alfredo Feiten rua Domingos de Almeida
Alfredo Schneider II rua Padre Nóbrega
Alícia Biehl rua Osvaldo Cruz
Almiro Becker rua Cristóvão Colombo
Almirante Saul de Negri rua Osvaldo Cruz
Aloysio Willers Av. Gal. Daltro F.°
Alvi cio Siebel Vila Industrial
Alzemiro Scherer rua Chavantes
Alziro Salazar rua Tapes
Anildo H. Dieter rua Aloysio de Azevedo
Antônio Manuel Steffen rua Pinheiro Machado
Antônio F. de Oliveira rua Rondônia
Antônio Alexandre da Silva rua Rio das Antas
Antônio Pinheiro dos Santos Estrada Federal
Antônio Rudolfo I Av. Daltro F.°
Arcanjo D. A. Mónaco rua 24 de Maio
Arlindo Wilbert rua São Carlos
Armindo Muller rua Joaquim Pedro Soares
Arthur Simon rua Barão de Ubá
Assis Cardoso Machado rua Aparados da Serra
Asta Jorgensen rua 2 5 de Julho
Astrogildo de Oliveira Passos Vila Vogel
Baldina Alves Monteiro rua João V. Flennemann
Balduino Anselmo Cayser Av. Pedro Adams F.°
Bar e Armazém Passos Ltda rua Caxias do Sul
Bassani & Ventorini rua Teixeira de Freitas
Benno Fensterseifer Av. Pedro Adams F.°
Bertolino José Caetano rua Campo Bom
Bertoldo Sander rua Pau Brasil
Bernardino dos Santos rua Osvaldo Cruz
Braescher & Graewer Av. Maurício Cardoso
Bruno S. Pohren rua ícaro
Bruno Dieter rua Olavo Bilac
C. Emílio Fensterseifer Av. Pedro Adams F.°
Carlos Scholler Sobr. rua Paraíba
Carlos Reinaldo Muller rua Dr. Magalhães Calvet
Cooperativa de Consumo dos Emprega-
dos em Curtume de Novo Ham-
burgo Ltda. rua Gal. Osório
Danilo de Oliveira rua Guilherme Grovermann
135 —
David Bissigo Neto Av. Pedro Adams F.°
Dexheimer & Petry rua São Nicolau
Dibe Fleck rua Joaquim Pedro Soares
Dorvaldo Koetz rua Luis de Camões
E. Beck rua Júlio de Castilhos
Edgar Rudy Graewer Vila Brasil
Edgar Altenhofen rua Joaquim Pedro Soares
Edith de Vargas Rincão dos Ilhéus
Edith Gonçalves Ramos rua Campo Bom
Edmundo Carlos Kern rua 2 5 de Julho

Edwino Germano Breitenbach Vila São Jorge


Edwino Lampert rua Júlio de Castilhos
Egon G. Martins rua Joaquim Pedro Soares
Eli Lili de Oliveira rua João V. Hennemann
Emi Ha Ottilia Eltz rua Marcílio Dias
Emílio Muller rua 11 de Julho
Erna A. Schaefer Av. Maurício Cardoso
Arnaldo Schweig rua 2 5 de Julho
Ernesto Frederico Closs rua Joaquim Pedro Soares
Ernesto da Silva & Cia Av. Pedro Adams F.°
F. Nelson Heberle F.° rua Marcílio Dias
Ferreira & Maciel rua Tapes
Fernandes & Bender rua Magalhães Calvet
Fiorentino Lazaretti Vila Diehl
Firmiano F. da Silva rua 1.° de Março
Flávio J. Silveira Av. Pedro Adams F.°
Flávio Darcy Weyh & Cia Av, Pedro Adams F.°
Francisco Bernardes rua Guia Lopes
Fridolino Berlitz rua Marcílio Dias
G. S. Rodrigues da Silva rua Heller
Geiger & Cia. Ltda rua Campo Bom
Germano Schneider rua 2 5 de Julho
Gomercindo Alfredo Becker Vila São Jorge
Graeff & Cia rua Itaí
Gregorius & Schmitt rua Joaquim Nabuco
Guilherme T. da Silva rua Tamanduá
Guilherme Muller Sobrinho Av. Pedro Adams F."
Guiomar Machado da Veiga rua Lima — V. Santo Afonso
Heldt & Oliveira rua Flores da Cunha
Henrique H. Dieter Vila São Jorge
Herbert O. Bauer rua Guia Lopes
Herberto M. Menz rua Casemiro de Abreu
Hermínia Kirschner rua Tapes
Hilário Moschen F.° rua Campinas
Iracema Leopoldon Inácia rua Campo Bom
Irmãos Marques & Cia Av. Pedro Adams F.°
Isaías Pereira de Souza rua Campo Bom
Ivo Konzen Vila São Jorge
136 —
Ivo Kripler Estr. GeralRondônia
Jacó Aloysio Lipert Rincão dos Ilhéus
Jader Cardoso de Oliveira .... rua Tristão de Alencar
João Bertoldo Utzig rua Visconde de Taunay
João Ribeiro da Silva Av. Pedro Adams F."
João Luciano da Rosa rua Rio São Francisco
João Bruno Birck rua Demétrio Ribeiro
João Viega da Rocha rua Dois Irmãos
João da Silva rua dos Andradas
Jorge Jaime Soares rua Pedro A. Cabral
Jorge Klein rua 1 1 de Junho
Jorge Marques de Souza Vila São Jorge
José Albertinho Barth rua São Leopoldo
José Antônio Correia rua Rondônia
José Ary Mombach rua Espinosa
José Emílio Terme rua Osvaldo Cruz
José Pinheiro da Silva rua Rio Amazonas
José Vicente Kuhn Vila Fleck
Júlio Athaliba Sperb Av. Pedro Adams F.°
Júlio Otacílio Froehlich rua Guarupi
Krumenan & Maders Ltda. . . . Vila Santo Afonso
Lampert & Cia. rua Bento Gonçalves
Laura Ottília Pohlmann rua Boa Saúde
Lauro M. Becker rua 2 5 de Julho
Lecy Therezinha Hoher rua Gal. Osório
Leopoldo A. Becker rua Dois Irmãos
Loreno Michel Vila Fleck
Lori M. "Winter Av. Pedro Adams F.°
Luiz Francisco dos Santos .... rua D. Pedro II
Luiz Teles da Silva rua São João
Luiz Mendes da Silva rua D. Pedro II
Manoel Almiro Pereira rua Bartolomeu de Gusmão
Manoel Rosa dos Santos & Cia. rua São Carlos
Maria Luiza Klein Av. Pedro Adams F.°
Maria Mathilde Kõeche rua 1 1 de Junho
Moacyr Agostinho Kroth rua Bento Gonçalves
Natore Inácio Rodrigues rua São Nicolau
Nestor Alves dos Santos rua Joaquim Nabuco
Nilson Demenighi rua Chavantes
Norma Metz Bender rua Livramento
Normélio de Deus e Silva rua Guia Lopes
Odemiro Amador dos Reis . . . rua João V. Hennemann
Ofélia Etzberger rua 2 5 de Julho
Ogenir Coelho Alves rua Alvear
Oliveira & Silva rua São Carlos
Olmiro Marques de Souza .... rua 2 5 de Julho
Orei lio dos Passos rua Acre
Orbano Muller rua 2 5 de Julho
137 —
Orgênio Juchem Vva rua Av. Pedro Adams F.°
Oscar Jacob Jaeger Av. Gal. Daltro F."
Osmar Edmar Schmidt rua Coelho Neto
Osmar Heller Martins rua dos Andradas
Otávio Jacobus Av. Pedro Adams F.°
Otávio R. Rosa rua Limoreiro
Otília Saul Michel Gal. Osório
Otilina de Paula Terme rua Osvaldo Cruz
Otto Avemaria Bairro Liberdade
Otto Gamert Av. Gal. Daltro F."
Oswino de Paula Terme rua Osvaldo Cruz
Paulo Pioner rua 2 5 de Julho
Pedro Martins da Rocha rua Dois Irmãos
Pedro Isaac da Silva Av. Pedro Adams F.°
Pedro Ernesto Kaefer rua Acre
Pedro M. Tanure rua José de Alencar
Plínio Viegas rua Boa Saúde
Ramiro Otávio Siebel rua Venâncio Ayres
Remy Cardoso Machado rua 3 de Outubro
Reinaldo Erno Barth Av. Pedro Adams F."
Revaldo Lauro Jung Estrada Federal
Roberto Kronmeyer F.° Av. Pedro Adams F.°

Rosa & Silva Vila Diehl


Rudolfo Carlos Gúnther Av. Gal. Daltro F.°
Saturnino da Rosa rua México
Sarquiz Sarquiz Bairro Guarani
Sebastião da Silva Vila Santo Afonso
Siebel & Ledur rua Dois Irmãos
Selma Metz rua Osvaldo Cruz
Sétimo Dallarosa rua Visconde de Taunay
Simão Moysés rua Boa Saúde
Silveira & Gomes rua Bartolomeu de Gusmão
Silveira & Marques rua Marcílio Dias
Souza & Eltz rua Av. Gal. Daltro F.°
Souza, Waldemar Candido de rua Lima e Silva
Thereza Schmidt Dreger rua Osvaldo Cruz
Wanda A. Alves rua Campo Bom
Waldemar Glueck rua Osvaldo Cruz
Waldir Bruno Foltz . rua Av. Daltro F."
Walter José de Oliveira rua Vila Diehl
Werno Altreiter Av. Gal. Daltro F.°
Willibaldo Schuch rua Osvaldo Cruz
Wilson Pires Vieira rua Rondônia
Valdevino Chaves rua Pinheiro Machado
Valeriano Inácio da Silva Estrada Federal
Venito Augusto Ricard rua 1.° de Março
Vendelino Alves dos Santos F.° Av. Pedro Adams F.°
Vergínio Alfonso Soligo ... rua Joaquim Nabucp
— 138 —
Artefatos de Cimento

Antônio Roberto Lipp rua 1." de Março


Danilo B. Noschang rua Frederico Linek
Edgar Lauck rua Jaú
Eicke & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro F."
Lino Pandolfo rua Araruana
Manoel Luiz Pacheco Vila Santo Afonso
Osmar V. Kollet rua Jaú
^
Artigos de Eletricidade

Armindo Sperb rua Bento Gonçalves


Arno S. A. —
Ind. de Com rua Bento Gonçalves
E. Von Berg & Cia rua Av. Pedro Adams F.°
Eletro Lar Ltda rua Joaquim Nabuco
Ernâni H. Mentz rua Joaquim Nabuco
Heitor Mates rua Júlio de Castilhos
Huberto Mattes rua Joaquim Nabuco
Otto Schneider Av. Pedro Adams F.°
Schmidt, Presse & Cia rua Joaquim Nabuco
Waldemar Mais & Cia rua Joaquim Nabuco

Artigos para Homens


A. Breidenbach & Cia. Ltda Av. Pedro Adams F.°

Artigos para Viagens

Rubem Sperb Av. Pedro Adams F.°

Associação Rural

Associação Rural de Novo Hamburgo rua Bento Gonçalves

Ateliers Fotográfico

Cesco Rhode Av. Gal. Daltro F.°


Herta Sporket rua Joaquim Nabuco
Plinio Tamagnone rua Joaquim Nabuco
Siegfried Augusto Olm Av. Pedro Adams F.°
Silvio Schaefer rua José de Alencar

Ateliers de Vintnra

Becker, Feltes & Cia. rua Bento Gonçalves


Bertholdo G. Wegner rua Voluntários da Pátria
L. Celestino Killing rua Frederico Linek

Bailantes

Clube da Mocidade Bailante rua Bartolomeu de Gusmão


Esporte Clube Cruzeiro do Sul rua Osvaldo Cruz
João de Quadro (Salão Princesa do Sul) rua Osvaldo Cruz
Leopoldo Michel Vila Fleck
Sociedade Canto Sempre Viva Av. Pedro Adams F.°
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— 139

Banca de Areia
Aristeu Machado rua Rodrigues Alves
Francisco Caetano de Souza Av. Arroio Luís Rau
Luiz Euzébio de Moura rua São Luís
Oscar Antônio Paulo Av. Arroio Luís Rau
Bancos
Banco Agricola Mercantil, S. A. rua Joaquim Nabuco

.

Banco Agrícola Mercantil, S. A. rua Mena Barreto


Filial Av. Pedro Adams F."
Banco do Brasil, S. A rua Joaquim Nabuco
Banco Industrial e Comercial do Sul,
S. A Av. Pedro Adams F.°
Banco Nacional do Comércio, S. A. rua da República
Banco da Província do Rio Grande
do Sul, S. A rua Júlio de Castilhos
Banco do Rio Grande do Sul, S. A. rua Bento Gonçalves
Caixa Económica Federal (R. G. S. rua Joaquim Nabuco
Caixa Rural União Popular de N. H. rua David Canabarro

Bares
Adjalmo B. de Castilhos Av. Pedro Adams F."
Adolino A. Schnieder Estrada Federal
Affonso Klein rua Boa Saúde
Alfredo Huf rua Marcílio Dias
Alfredo Guilherme Suedekum Vila São Jorge
Alice Maria dos Santos rua Havana
Araci Martins Vila São Jorge
Antônio Adir Machado rua dos Andradas
Antônio da Rosa rua Gal. Osório
Arlindo Fetter rua Bento Gonçalves
Arlindo Diefenthaeler Av. Maurício Cardoso
Armando N. Endres Av. Pedro Adams F."
Armindo Machado rua Casca
Arno José Lenz Av. Gal. Daltro F."
Arnaldo Fieinen rua Júlio de Castilhos
Ataliba Hennemann rua Frederico Linek
Atalíbio Felix da Silva Vila Vogel
Atmer & Cia Av. Pedro Adams F."
Avelino Martins Hoerlle Av. Pedro Adams F."
Avelino A. Schumacher rua 25 de Julho
Alciro Bertholdo Kirsch rua Bento Gonçalves
Baldina Alves Monteiro rua João Flennemann
Beno José Lauck Av. Gal. Daltro F.°
Bruno Reichert Sede Esportiva Soe. Aliança
Carlos Bach Sobr rua Demétrio Ribeiro
Carmindo Sírio da Silva Vila São Jorge
Cenira Soares dos Santos rua América
Confeitaria City Bar Ltda Av. Pedro Adams F.°
— 140 —
Dejalmo Marques da Rosa Vila Diehl
Delmar Mendes Rincão dos Ilhéus
Demétrio José de Mello rua Guilherme Grovermann
Edelvira Maria da Silva rua Emancipação
Edvino Willi Stroher rua Joaquim Pedro Soares
Emílio Geiger rua Marques de Souza
Emílio Weber rua Campinas
Ernilda Doerr Av. Pedro Adams F.°
Erno Fuck Av. Pedro Adams F.°
Ervino Emílio Mattes rua Gal. Neto
Ervino Saueressig Av. Pedro Adams F."
Esmelino Ferreira da Silva rua Jaú
Eva Cardoso de Vargas Vila São José
Evaldo Leopoldo Linek Av. Daltro F.°
Felippe Pedro Feltes rua Bartolomeu de Gusmão
Fornazari, Weber & Cia rua de Março
Fuck & Cia Av. Pedro Adams F.°
Florência Bernardes rua Pinheiro Machado
Francisco Boeny Vila Industrial
Francisco Soares Moraes rua 25 de Julho
Gentil Riedi rua José de Alencar
Germano Schwarz
Gilberto Pereira daCruz rua Marcílio Dias
Gomercindo Machado Ramos rua Guia Lopes
Grémio Atlético Farroupilha rua João Vendelino Hennemann
Guilherme Lúders F." Av. Pedro Adams F.°
Hédio Finger rua Gomes Jardim
Huf & Petry Av. Pedro Adams F."
Hugo Miguel Treis rua Confraternização
Hugo Ermel Av. Pedro Adams F.°
Iracema Livi rua América
Ireno da Silva rua Joaquim Nabuco
Ireno Pereira da Silva rua João G. Grovermann
Ivo Crippa rua Cristóvão Colombo
Ivo Engel rua Castro Alves
Ivone Stein rua Bento Gonçalves
Jacó Schmidt Vila São Jorge
Jacy Corrêa Guedes rua 2 5 de Julho
João Alberto Schneider rua Mena Barreto
João Luiz de Oliveira rua Jaguari
João Machado de Borba rua Alberto Torres
João Pedroso de Moraes rua Ceará
João Victorino Jaques Av. Pedro Adams F."
José Inácio da Silveira Estrada Federal
José Idalino da Silva rua Carioca
José Coelho da Silva rua João G. Grovermann
José Pedro Jacobs rua Bento Gonçalves
José Zeno Kerber rua José de Alencar
— 141 —
Josina dos Santos Oliveira rua Ceará
Kayser & Friedrich Ltda Av. Daltro F."
Lauro Theil de Leonço rua Avaí
Lory Carla Garcia rua Vacaria
Lúcia Félix da Silva rua Machado de Assis
Luiz Victorio Streb rua Joaquim Nabuco
Maria Guilhermina de Souza Pinto . rua Figueira
Maria José da Silva Floresta Rondônia
Mário Raymundo rua Vise. de São Leopoldo
Mário Ernesto Bauer rua Frederico Linek
Mareílio M. de Ohveira Av. Pedro Adams F.°
Miguel Gonçalves da Luz rua Ceará
Nelson Ruby Bradbury Av. Borges de Medeiros
Nira da Silva rua Carioca
Nira Fialho rua D. Pedro II
Ody de Oliveira Froes Av. Pedro Adams F.°
Ofélia Kern rua 1.° de Março
Omar A. Guerreiro Av. Pedro Adams F."
Orivaldo Wentolino Pohlmann rua São Leopoldo
Oscar de Ávila rua Rio Amazonas
Otacílio Oliveira Silva rua Sto. Ângelo
Otávio J. Maedke Av. Gal. Daltro F.°
Passberg & Peterson rua Gal. Osório, 446
Paulo Nicolau Ludwig Av. Pedro Adams F.°
Pedro André Santos rua Guaíba
Pedro Manuel da Silva Vila Diehl
Perez & Cia. Ltda Av. Pedro Adams F.°
Peteffi & Cia Av. Pedro Adams F."
Plínio A. da Fonseca rua Humaitá
Rudy Lanius rua General Neto
Sérgio Surlemont rua Mareílio Dias
Simão Lahude Neto rua Jacinto
Soe. Primavera Futebol Clube rua Ceará
Waldomiro Corrêa rua Ceará
Waldomiro Claudino Peteffi rua Gal. Daltro
Willi Morbach rua Caxias do Sul
Valeriano Borges de Oliveira rua Rondônia

Barbearias

Abílio Luiz da Silva Bairro Canudos


Adriano Monteiro F.° rua Balduíno Michel
Albano Trierweiler Av. Pedro Adams F."
Albano Zwetsch Mareílio Dias
Albino João Ferrarezze rua Confraternização
Alcides Maria Dias rua Guia Lopes
Alcindo Zimmer Vila São Jorge
Alfredo BerHtz Av. Gal. Daltro F.°
Alfredo Belmiro Zwetsch rua Pinheiro Machado
— 142 —
Alfredo Faustino da Silva Estrada Federal
Ambrósio Manoel da Silva Vila Diehl
Antônio Pedro da Costa rua Guilherme Grovermann
Arlindo Born rua Samuel Dietschi
Armedo de Oliveira rua Campo Bom
Armindo Haack rua Gal. Neto
Armindo Angeli Estrada Federal
Arnaldo Ataliba Sehn rua Samuel Dietschi
Arthur Scheffler Av. Gal. Daltro F.°
Atalíbio Felix da Silva Vila Vogel
João Bertholdo Becker rua 2 5 de Julho
Dionísio Antônio de Freitas Av. Pedro Adams F.°
Edú Carlos Weber rua Bento Gonçalves
Edwino de Fries rua Júlio de Castilhos
Egídio Ferreira da Rocha Av. Pedro Adams F.°
Elísio Costa Vila Diehl
Emílio Dupont rua Luiz de Camões
Frederico Otto Weimer Av. Gal. Daltro F.°
Fridel Arnoldo Lamb rua 2 5 de Julho
Guilherme Konig rua 2 5 de Julho
Hugo Arnold rua Dois Irmãos
Ildomar Schunck rua Alvear
Inácio da Silva Lomba Grande
Ivonni Luiza Rechenmacher rua Gal. Neto
João de Quadro rua Osvaldo Cruz
João Lopes II Av. Pedro Adams F.°
José Silveira rua Osvaldo Cruz
Luiz Edvino Spohr rua Lima e Silva
Manuel Arlindo Viegas rua Cristóvão Colombo
Mário Natalino de Souza Av. Daltro F.°
Max Voraus Av. Pedro Adams F."
Orivaldo Huff Av. Gal. Daltro F.°
Oscar Hoffmeister rua 2 5 de Julho
Osvino Huff rua América
Otto Rubem Auler rua Lima e Silva
Otto Metz rua Osvaldo Cruz
Otto Guilherme Spindler rua Bento Gonçalves
Otávio Velles da Silva rua Venâncio Aires
Reinaldo Hoff rua Timbaúva
Salvato Nunes rua Magalhães Calvet
Valentin Seibert Av. Pedro Adams F.°
Waldemar Frederico Schunck rua Júlio de Castilhos
Willibaldo e Lírio Carlos Klippel Av. Borges de Medeiros
Vílson Gonçalves Cardoso rua José de Alencar

Bazares

Abdel Ghani Abdel Qader Abdel Ghani rua Joaquim Nabuco


Alberto Muller rua Joaquim Nabuco
— 143 —
Aleira Dreyer rua Lima e Silva
Blumm e Schluter Av. Pedro Adams F.°
Bruno Henckel Av. Pedro Adams F.°
Carlos Valter Jung Av. Pedro Adams F.°
Eletro Comercial Queluz Ltda Av. Pedro Adams F."
I. Arnecke Av. Maurício Cardoso
Lauro Senger rua Osvaldo Cruz
Sírio FranciscoLange rua Osvaldo Cruz
Theo Victor Surlemont rua Marcílío Dias
V. F. Bios & Cia. Ltda rua 2 S de Julho

Bilhares
Francisco Moraes Av. Pedro Adams F.°

Carpintarias
Ângelo Basei rua Carolina
Carpintaria Hamburguesa Ltda Av. Pedro Adams F.°
Dannenhauer & Cia. Ltda Av. Pedro Adams F.°
Edmundo Krummenauer Av. Pedro Adams F.°
Júlio R. Koch & Cia rua 5 de Abril

Cartonagem
Cartonagem Bravienol Ltda rua Bento Gonçalves
Cartonagem c Gráfica Otomit Ltda. . Av. Gal. Daltro F.°
Cartonagem Guarujá Ltda rua Guarujá
Gastão Ivo Schmitt rua Joaquim Pedro Soares
J. Júlio Diehl rua Gal. Neto
R. F. Varques & Cia. Ltda rua Itaí
Saile & Cia. Ltda rua Olavo Bilac

Cartórios
Alfredo Erwino Berlitz rua Bento Gonçalves
Benjamin Altmayer rua David Canabarro
Emília Muller rua Gal. Neto
Vinícius Bossle rua Gomes Portinho
Luís Dienstbach Hamburgo Velho
Casa Funerária
Alberto Vanzela rua Júlio de Castilhos
Casas de Jóias
Carlos O. Korndoerfer rua Bento Gonçalves
Herberto F. Korndoerfer Av. Pedro Adams F.°
Ivo Lammel Av. Borges de Medeiros
Samuel Renck Av. Pedro Adams F.°
V. C. Thurm Av. Pedro Adams F.°

Casas de Pasto
Antônio Ângelo Franceschetti rua David Canabarro
Edmundo Kayser I rua Barão de Santo Ângelo
Ivonne Stein rua Bento Gonçalves
Pedro Elmo Auler rua Vicente Fontoura
Thealmo Riegel rua Vicente Fontoura
— 144 —
Centro Telefónico
Companhia Telefónica Nacional . rua Gal. Netto

Chanf ração de Solas

Arthur Helmut Harff rua Tupi

Cerâmica
Irmãos Silva rua Ruy Barbosa

Colocação de Vidros de Automóveis


Amantino Neuhof rua Frederico Linek

Cinemas
Cine-Teatro Carlos Gomes Ltda. rua Lima e Silva
Jaeger, Ventorini & Cia. Ltda. rua Gal. Neto
Jaeger, Ventorini & Cia. Ltda. Av. Gal. Daltro F.°

Comércio de Esquadrias
Leo C. Kroth rua 2 5 de Julho

Comércio de Ferro Velho


João Ferreira dos Santos rua Tiradentes
Willibaldo Muller Vila Formosa

Comissões e Consignações com Depósito


A. J. Renner S. A rua L° de Março
Armin Schmitt & Cia. — Filial rua Gomes Portinho
Arthur Barbosa dos Santos Av. Pedro Adams F.°
Berthold© Sander rua Joaquim Nabuco
Ernesto N. Brand rua Guaicuru
Couro Moderno, S. A rua Gomes Portinho
Juchem & Cia Av. Pedro Adams F.°
Kiefer & Cia rua Gomes Portinho
Oscar Thoen rua Lucas de Oliveira
Roberto Uebel Filhos & Cia rua Joaquim Nabuco
Rodolfo Paulo Emílio Weibert . . . Av. Pedro Adams F.°
S. A. Curtume Kambeck rua Joaquim Nabuco
V. H. Kunz rua General Osório

Confecções de Flores
Rosa Valesca Grin Av. Pedro Adams F.°

Confecções
Confecções Kiefer Ltda rua 2 5 de Julho
Geni Heemann rua Piratini
Rudi Buth rua Joaquim Nabuco
Confeitarias
Confeitaria O. K. Av. Pedro Adams F."
Elvira Bratz da Cunha rua Tupi
Eisinger & Heberle Ltda Vila São Jorge
Grupo Escolar D. Pedro II Grupo Escolar da Vila Industrial
Escola \^ocacional EVAI
pro XII
•1 8 U ft G o

Projeto do Ginásio Pio XII

\'^ista Parcial de Novo Hamburgo

Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo


— 145 —
Consultórios Médicos
Dr. Armando de Lara rua Júlio de Castilhos
Dr. Benno Knudsen rua Júlio de Castilhos
Dr. Boleslau Casemiro Konarzewski rua Gal. Neto
Dr. Eugênio Adams rua Júlio de Castilhos
Dr. Eberhardt V. R. Gehring Av. Pedro Adams F.°
Dr. Gúnther F. H. Schinke Av. Pedro Adams F."
Dr. Gúnther Wolfgang Plangg rua Gal. Osório
Dr. Gustavo Konrath Sobr rua Joaquim Nabuco
Dr. Hugo Germann rua Joaquim Nabuco
Dr. João Gebran Cury rua Bento Gonçalves
Dr. Leo Breno Adams rua Joaquim Nabuco
Dra. Lenira Zimmermann rua \.° de Março
Dr. Thomas Behrendt Av. Pedro Adams F."
Dr. A. C. Esteves rua Júlio de Castilhos
Dr. Emilio Hauschild rua IJ de Novembro
Corretores
Amantino A. Peteffi rua \.° de Março
Armindo Cândido Rangel rua General Neto
Willibaldo Henn Av. Pedro Adams F.°

Cutelaria
Edgar L. Wolf & Cia. . Av. Pedro Adams F.°

Curttimes
Alfredo Schneider & Cia. . rua Jaú
Arnaldo B. Schmidt Av. Pedro Adams F."
Curtume A. Jaeger S. A. rua Joaquim Nabuco
Curtume Charrua Ltda. rua General Osório
Curtume São Jorge rua Jaboti
Curtume São Luiz Ltda. . rua Osvaldo Aranha
Engel & Cia. rua Gal. Osório
Gustavo Kampf rua Júlio de Castilhos
Hans Zerfass & Cia. Ltda rua Jaú
João Allgayer F.° rua Marcílio Dias
Júlio Adams rua Domingos de Almeida
Momberger & Cia. Ltda. rua General Osório
N. Lichtler & Cia rua Imperatriz Leopoldina
Sander & Cia. Ltda. Vila São José
Scheffel & Cia. Ltda. rua General Osório

Depósitos de Bebidas
Canabarro & Filho Ltda rua das Flores
Hilário Slaveiro rua Visconde de Taunay
Luiz Antunes & Cia. . Av. Pedro Adams F.°

Depósitos de Couros
Alberto A. Enck & Cia rua 2 5 de Julho
Arlindo Francisco Scherer rua Pelotas
Carlos W. E. Momberger rua Bento Gonçalves

10
— U6 ~
Citro & Cia. Ltda rua Gomes Portinho
E. G. Korndoerfer Av. Pedro Adams F.°
F. L, de Souza rua 1.° de Março
Walter Iserhardt rua Bento Gonçalves
João Alvicio Matje rua Bento Gonçalves
Jorge Pedro Issi rua 2 5 de Julho
Lockmann & Cia rua Visconde de Taunay
Mombeh & Cia Av. Pedro Adams F.°
Oscar Pacheco rua 1." Março
de
Sylvio Sperb & Cia. Ltda. rua Joaquim Nabuco
Teno Lanius rua Dr. Magalhães Calvet

Depósitos de Frutas
Adão Nunes Monteiro rua Avaí
Darcy Fleck Justo rua Rodrigues Alves
Inácio José de Mattos rua Magalhães Calvet
Linda Kremer rua David Canabarro
Lopes & Pereira rua 1." de Março
Martimiano Schwanck Lumertz rua 1.° de Março
Palmira GuasseUi Reus rua 1.° de Março
Pedro Isaac da Silva Av. Pedro Adams F.°
Waldemar Kremer rua Gal. Osório
Wilma A. Kayser rua Mena Barreto
Wilma Borges dos Santos rua Visconde de Taunay
Depósitos de Lenha
Ademar Antônio da Silva Av. Mauricio Cardoso
Antônio Graciano da Cunha rua Acre
Arlindo Oswaldo Lanz Vila Santo Afonso
Arno Paimgartner rua Itú
Cardoso & Cia rua Paraiba
Cláudio Dienstmann rua Osvaldo Cruz
Cristiano Bernardes rua Joaquim P. Soares
Erni Lodemar Ludwig rua Demétrio Ribeiro
FeUppe Fridolino Koch rua Bogotá
Ferreira & Maciel rua Tapes
Gonçalo Pires Vila Diehl
José Pereira Flôres rua Guilherme Grovermann
Krug & Konrad rua Boa Saúde
Miguel Garcia
Oleto Aparício dos Santos rua das Flores
Oscar José da Silva rua Independência
Oscar Otto Martins rua Uruguaiana
WilU Trott Av. Gal. Daltro Filho — trav.

Depósitos de Materiais para Construções


Madeireira Canelense Ltda. rua Mare í lio Dias
Madeireira e Construções Macol Ltda. Av. Pedro Adams F.°
Madeireira São José do Cambará Ltda. rua Joaquim Nabuco
— 147 —
C. H. Veeck & Cia. Ltda Av. Borges de Medeiros
Lipp & Cia. Ltda rua 1." de Março
Orestes Travi & Cia. Ltda rua General Osório

Desenhistas
José Borges rua Bento Gonçalves
Kurt Walzer Vila São Jorge
Newton José da Silva rua Santos Pedroso

Empresa de Transportes de Carga


Astro S/A rua Visconde de Taunay
Expresso Rio Grande-São Paulo S/A. rua 1." de Março
Irmãos Mayer rua Cel. Frederico Linek
Mathias Reinaldo Noschang Av. Pedro Adams F.°
N. Klauck rua Voluntários da Pátria
Transportadora Cresciumense Ltda. Av. Pedro Adams Filho
Transporte Treis Ltda rua José de Alencar
Wendling, Ries & Cia rua Visconde de Taunay

Empresas de Transportes Coletivos


Empresa Central de Transportes Co-
letivos, S/A Av. Pedro Adams F."
Scheid & Feltes Ltda. rua Alvear

Empresas de Construções
Dietschi, & Cia.
Travi Ltda. rua Frederico Mentz
Enzweiler & Lammel rua Mariano de Mattos
F. Reinaldo Froehlich & Cia rua Anchieta
Madeireira Schmitt Ltda. Av. Pedro Adams F.°
Schmitt, Momberger Ltda rua Centenário

Engarrafamento de Bebidas
Feistauer & Oliveira Ltda rua João W. Hennemann
Waldemar Wingert rua Campo Bom

Engraxaterias
Antônio Duarte Praça 14 de Julho
Francelino Alves Finotte
Manoel Felipe Santiago Praça 14 de Julho
Envernizarias
André A. dos Santos Chácara Progresso
Arthur J. Becker & Cia. Lomba Grande
Arthur Heemann Rodovia Federal — travessa
Edgard Jacob Henkel rua 1.° Março
de
Edwino Hugo Gaertner rua 1.° de Março — travessa
D. Rypl Canudos
Guilherme Rechenmacher & Cia. rua 1.° de Março
Henrique Anselmo Werkhâuser Bairro Rondônia
M. T. da Silva & Filhos rua Venâncio Ayres
Odácio Corrêa da Silva rua Bartolomeu de Gusmão
Oswaldo Ritzel & Cia rua Casemiro de Abreu
— 148 —
Engenheiros Chis
Arnaldo da Costa Prieto
Carlos OscarDaudt Corrêa
Manasses Drago Goulart Av. Pedro Adams F.°
Victor Carlos Rohden

Erva-tnate — Depósito
A. Camilo Leindecker Vila São Jorge

Escritório Cofftercial
Renato Rodrigues Fonseca rua David Canabarro

Escritórios de Contabilidade
Anito Hennemann rua Dom Pedrito
Contdex Ltda. — Organização Con-
tábil rua Joaquim Nabuco
Escr. de Cont. e Ass. Geral rua Júlio de Castilhos
Leopoldo Schmitz rua Bento Gonçalves

Escritórios imobiliários

Construtora Sul Ltda rua Joaquim Nabuco


Silfredo Albino Birck Av. Pedro Adams F.°
Especialidades Alimentícias
Armindo A. Willrich Av. Pedro Adams F.°

Estam parias
Emílio Bohnenberger rua L" de Março
Enrico Ventre rua Gomes Portinho
Estamparia Greenchiká Ltda rua Bento Gonçalves

Estofarias
Adão F. Fernandes rua Frederico Linek
Arthur Klein rua 5 de Abril
Rosa & Schmitt rua Frederico Linek
Steigleder & Streb Ltda. rua Lima e Silva

fábrica de Alumínio
Pedro Edwino Becker Av. Pedro Adams F.°

Fábricas de Artefatos de Borracha


Ind. Químicas Amapá do Sul Ltda. rua João Antônio da Silveira
Oscar Theodor Scherpen Av. Pedro Adams Filho
fábricas de Artefatos de Barro

J. Ervino WoUmeister rua Ruy Barbosa


Oscar Gerhardt II Bairro Rondônia

fábricas de Artefatos de Couro


O. L. Kern & Filho rua Padre J. Maurício
Ternus & Wingert Ltda. Rincão dos Ilhéus

Fábrica de Azulejos
Cerâmica Sul Brasileira S. A. Av. Pedro Adams F."
— 149 —
Fábricas de Bebidas
Cassei & Cia rua Luiz de Camões
C. E. Kolling Rodovia Federal
Leuckert & Cia rua Bento Gonçalves
Springer & Cia. rua Pedro Álvares Cabral

Fábrica de Brinquedos
Rui Cidade rua Osvaldo Cruz

Fábrica de Caixas de Madeira


Nelson Vieira da Costa rua Mauá
Fábricas de Calçados
A '1
A. limo Cassei & Cia. Ltda rua
j>

5
1
de Abril
f

A. Streb & Cia. Ltda rua 5 de Abril


Adams S/A. —
Calç. Couro — Ind.
X í 1 • 1 ^ ^ • 11
e Com. rua Julio de Castunos
Adelarmo S. de Farias rua Guia Lopes
A. J. Loeblein rua D. Pedro II — trav.
A. J. Oliveira rua Santa Maria
Albino Brenner & Filhos Ltda. rua Tapes
Alvício F. Jaeger rua Padre Nóbrega
Arnaldo Pereira Constante rua Campo Bom
Arthur Moraes & Cia rua Santos Dumont
Astor Schramm & Cia. rua Saldanha Marinho
A. S. Schilling & Cia rua Bento Gonçalves
Bach & Cia. Ltda rua Demétrio Ribeiro
Balduino R. Pil^er rua Bento Gonçalves
Bauer, Ludwig & Cia. Ltda Vila Kraemer — Canudos
Becker, Berlitz & Cia. Ltda rua Pedro Álvares Cabral
Becker, MyHus & Cia rua Júlio de Castilhos
Becker, Mueller & Cia. Ltda rua Mena Barreto
belloni & Uoerr Ltda Av. Gal. Daltro rilho
Bertholdo Wilborn rua Vitória
Birk & Dieder Ltda Av. Pedro Adams F.°
Braun & Cia. Ltda Av. Pedro Adams F."
Brenner, Klaser & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
Bruno Dieter rua Paes Leme
Bruno Moehlecke Av. Pedro Adams F.°
Calçados Aléxis Ltda rua Mena Barreto
Calçados Anita Ltda rua Onofre Pires
Calçados Arthur Ltda. rua Espírito Santo
Calçados Arnosmar Ltda. rua Mare í lio Dias
Calçados Ascnia Ltda rua Catú
Calçados Astral Ltda rua Vicente Fontoura
Calçados Bener Ltda. rua Pernambuco
Calçados Centenário Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Calçados Copa Ltda. rua João Antônio da Silveira
Calçados Dinara Ltda rua 1.° de Maio
— 150 —
Calçados Dorit Ltda rua Henrique Dias
Calçados Ereny Ltda rua João Pessoa
Calçados Gauchinha Ltda Av. Pedro Adams F."
Calçados Ineida Ltda rua 2 5 de Julho
Calçados Islã Ltda rua Emancipação
Calçados Istra Ltda rua General Osório
Calçados Izinha Ltda rua 1." de Março
Calçados Jacob S/A rua Marcílio Dias
Calçados Júpiter Ltda rua Bento Gonçalves
Calçados Keamor Ltda. rua Vicente Fontoura
Calçados Kilate Ltda rua Osvaldo Cruz
Calçados Lamego Ltda rua São Nicolau
Calçados Lanctans Ltda rua Heller
Calçados Lisca Ltda. rua Marcílio Dias
Calçados Londirne Ltda rua João Pessoa
Calçados Moby Dick Ltda Av. Luiz Rau — Vila Ideal
Calçados Narvin Ltda rua Bento Gonçalves
Calçados Navio Ltda rua Olavo Bilac
Calçados Nolling Ltda rua Raimundo Corrêa
Calçados Nury Ltda rua D. Pedro II — travessa
Calçados Odisseia Ltda rua Tupi
Calçados Ouro e Fio Ltda rua Tupinambá
Calçados Paloma Ltda. rua Lopo Gonçalves
Calçados Pássaro de Ouro Ltda Vila São Jorge
Calçados Petry Ltda Av. Pedro Adams F.°
Calçados Primaz Ltda rua Tupy
Calçados Raiar Ltda rua Visconde de Taunay
Calçados Roeben Ltda. rua General Osório
Calçados Rosane Ltda rua Boa Saúde
Calçados Ruskin Ltda rua Visconde de Taunay
Calçados Saphira Ltda rua Joaquim Nabuco
Calçados São Crispin Ltda Vila São Jorge
Calçados Scout Ltda Av. Borges de Medeiros
Calçados Siegel Ltda rua Mauá
Calçados Silbec Ltda rua Cristóvão Colombo
Calçados Solemio Ltda rua Tupy
Calçados Sovi Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Calçados Suely Ltda rua Dois Irmãos
Calçados Telan Ltda rua Guia Lopes
Calçados Valia Ltda rua Joaquim Pedro Soares
Calçados Veneza Ltda rua D. Pedro II
Calçados Zazá Ltda. rua L° de Março
Carrasco & Cia. Ltda rua Bento Gonçalves
Conte & Cia rua Pinheiro Machado
Cláudio Klaser & Cia. Ltda. rua Tupinambá
Cláudio Pedro Steffen rua Vicente Fontoura
David de Freitas rua Vicente Fontoura
D. J. Habigzang rua L° de Março
.

— 151 —
DelicieS. de Lima Bairro Rio Branco
Djalma Hyrão Trindade rua Bento Gonçalves
Ebert & Cia. Ltda rua Dr. Magalhães Calvet
Eido Muller & Cia. Ltda rua Japão
Edgar Ivo Miiller Av. Gal. Daltro Filho
Elias A. de Medeiros & Cia. Ltda. . Av. Pedro Adams F.°
Élio O. Klein rua 5 de Outubro
Eno José Winck rua 1.° de Março
Erwino Hattge rua Santos Pedroso
Evaldo Th. Klein Av. Pedro Adams F.°
F. Hack & Filho Av. Pedro Adams F."
Fábrica de Calçados Rumar Ltda. .... rua 1° de Março
Faller & Cia. Ltda rua Espirito Santo
Forell & Breitenbach rua Heller
Francisco Pinto da Motta Av. Gal. Daltro Filho
G. S. Lima rua Carlos Gomes
Geib & Cia rua Vicente da Fontoura
Guilherme Ludwig — Ind. do Couro rua General Osório
S/A
Grings & Cia. Ltda rua D. Pedro 11

Gustavo L. Feltes rua Bartolomeu de Gusmão


Gaetano A. E. Cappai rua Caçador
Haas & Cia. Ltda rua General Osório
Hack & Cia. Ltda rua Dr. Magalhães Calvet
Heidrich, Noschang & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
Hélio Mário Siegle rua Luiz de Camões
Hilário Franzen rua Venâncio Ayres
Hulda Fleck rua Assunción
Indústria de Calçados Belba Ltda rua Caeté
Indústria de Calçados Címbria Ltda. rua São Nicolau
Indústria de Calçados Cruzeiro Ltda. rua Jaú
Indústria de Calçados Erno Ltda rua dos Andradas
Indústria de Calçados Fleck Ltda rua Pernambuco
Indústria de Calçados Sasser Ltda rua dos Andradas
Indústria de Calçados Urca Ltda rua Júlio de Castilhos
Indústria Produtora de Calçados Ltda. rua Joaquim Nabuco
Irmãos Fleck rua Pedro Álvares Cabral
Irmãos Hinkel & Cia rua João Pessoa
Irmãos Kuntzler Ltda rua Tupy
Irmãos Muller & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Irmãos Rodrigues rua Visconde de Taunay
Irmãos "Wickert & Cia. Ltda Av. Gal Daltro Filho
Ivo Vetter Av. Pedro Adams F.°
J. I. Oliveira & Cia. Ltda rua Santos Pedroso
José Luiz Dias rua Canela
João Gonstinski rua Guarujá
José Pasini Vila São José
João Tavares rua Antônio R. Kroeff
— 152 —
João Storck & Filho rua Washington Luiz
João Ivo S. Santana Rua Itararé
João Robatini Sobrinho rua Tupy
José Acker rua Getúlio Vargas
José Rodrigues deAzevedo rua Santa Maria
José Alves da Rocha Vila São Jorge
João Dinarte da Rosa rua 1° de Março
Kayser & Cia. Ltda. Av. Gal. Daltro Filho
Klaser & Cia. Ltda. rua Teixeira de Freitas
Klein, Lachnit & Cia rua 2 5 de Julho
Léo Abend rua Benjamin Constant
Locks, Vargas & Cia rua 1 1 de Junho — fundos
Locks & Cia. Ltda rua 1 1 de Junho
Lothario Venter & Cia rua Henrique Dias
Luiz Jacintho rua Pedro Álvares Cabral
Machado & Santos Ltda. rua Bento Gonçalves
Machado & Chiká rua L° de Março — fundos
Mário Kõnig rua Cristóvão Colombo
Martini, Moraes & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Max Cassei & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Miguel Machado & Cia rua 19 de Novembro
Milton Hippen rua Bagé
Monteiro, & Nunes & Cia rua Cristóvão Colombo
Nelson A. Petry rua 2 5 de Julho
Nelson Hermes Fernandes rua Ottawa
Nestor V. Brito & Cia. Ltda rua Osvaldo Cruz
Nestor José de Souza rua José de Alencar
Nilson Santana & Cia rua Bento Gonçalves
Odácio & Cia Vila Diehl
Otto Pilger & Cia. Ltda Vila Campinas
Orovaldo Locks rua Pedro Álvares Cabral
Oscar Cramer rua Júlio de Castilhos
Oscar Maciel Vila São Jorge
Paulo Flores de Azevedo rua Recife
P. A. Rechenmacher rua Ararigboia
Passini& Cia. Ltda rua Bento Gonçalves
Peretto & Cia. rua Alberto Torres
Perschke & Cia rua 1.° de Março
Pery Fernandes rua Alberto Torres
Plínio H. Pacheco rua 24 de Maio
Ramires & Cia Av. Pedro Adams Filho
Randak Indústria de Calçados Ltda. rua Tupy
Reinaldo Hack & Filho Av. Pedro Adams Filho — travessa
Rodolfo Reinaldo Terra rua Avai
Ribas & Cia. Ltda rua Pais Leme
Ribeiro & Santos Ltda rua Epitácio Pessoa
Riegel & Cia. rua D. Pedro II

Ritzel & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro Filho


ílamburgo Velho em 1872. A sociedade Irohsinn (hoje Aliança),
No edifício assinalado com X, foi em dia de festa
fundada a Sociedade Frohsinn
(hoje Aliança)
Roos, Sander & Cia rua 19 de Novembro
Komeu Costa dos Keis rua Antônio Prado
Romualdo r-duardo Jvicn rua Visconde de Taunay
Ruy Chaves & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Sadi J. de Oliveira & Cia. Ltda. . . . . . rua São Nicolau
Domingos de Almeida
Dois Irmãos
Schirmer & Pohlmann Av. Cal. Ualtro rilho
bchmidt, bantos <x da rua Uruguaiana
íschuller, Jvirch & Cia. Ltda . . rua Frederico Linek
aeibert « Cia rua Major Bender
Selomar dos Reis rua Portugal
ÍJilva, bantana Sc Cia. Ltda . . Vila São Jorge
bouza, rorto oC Cia. Ltda rua José de Alencar
Sudekum, Raupp & Cia rua Marques de bouza
T. E. Lorenz rua Ararigboia
nnl O- rf^* T
. . Av. Dr. Mauricio Cardoso
Irem, JNunes & Cia. Ltda rua Pedro Álvares Cabral
TT T-T Cr r^l^ T
Benjamin Constant
T T_1 1
Vetter, Poisl & Cia. rua Heller
Villanova oL Cia. Ltda rua Cristóvão Colombo
V inicio dos bantos rua Santa Sofia
Wendelino Spengler rua Farroupilha
Walter bteigleder ot Cia. JLtda rua 5 de Abril
Wist & Cia. Ltda Av. Borges de Medeiros
Wolf & Cia Av. Pedro Adams Filho
Zavetori & Biihler Ltda rua João Pessoa
Zwetsch & Cia rua Bento Gonçalves

Fábrica de Caramelos

Guilherme Seidler rua Portugal

Fábricas de Carrocerias

Carrocerlas Muller Ltda Rodovia Federal Getúlio Vargas


Catelli, Hennemann & Cia. Ltda rua Côrte Real
Heidrich, Machado & Cia Av. Pedro Adams Filho
Hentschel & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Ott & Cia. Ltda rua General Osório
Stiirm & Cia. Ltda rua Cel. Frederico Linek

Fábricas de Chapéus para Homens


Albano E. Brusius rua Padre Nóbrega
Anita Schmidt . . rua 1.° de Março
Fábricas de Cola

Reinaldo Schirmer & Cia. Ltda Vila Vogel


Alfredo A. Streb & Cia. Ltda Vila São Jorge
Emilio Heldt I Av. Pedro Adams Filho

11
— 154 —
Fábrica de Escovas
H. Schubert rua 5 de Abril
Hiraldo Wendorf Av. Pedro Adams Filho
Fábrica de Esquadrias
Põtter, Scheid & Cia. Ltda rua Cel. Frederico Linek
Fábrica de Jóias
Deutrich & Michel Ltda rua Marcilio Dias
Fábrica de Foles
L. Wilrich rua 5 de Abril
Fábrica de Molduras
P. Alles S/A. — Fábrica de Molduras . rua Júlio de Castilhos

Fábrica de Formas para Calçados


Oscar Kunz S/A. — Indústria e Co-
mércio rua Joaquim Caetano

Fábrica de Gtiard a- chuvas


Carlos Klein Filho rua Júlio de Castilhos

Fábrica de Lona
Tecelagem de Lona Ltda Av. Dr. Mauricio Cardoso
Fábricas de Malas
Brenner & Cia. Ltda. Av. Gal. Daltro Filho
Fábrica de Artigos de Couros Ltda. . rua Dois Irmãos
Ludwig & Cia. Ltda. Av. Borges de Medeiros
Malas Weber Ltda Av. Pedro Adams Filho
Schilling & Lampert rua Silveira Martins

Fábricas de Máquinas em Geral


H. E. Klein & Cia. Ltda rua Ribeiro de Almeida
Hugo Vogel rua 2 5 de Julho
Indústria de Máquinas Enko Ltda. . . Av. Pedro Adams Filho
Micro Mecânica Alano Ltda rua Visconde de Taunay
Seidl & Korndõrfer rua Teixeira de Freitas
Triebses & Lamb rua Borges do Canto
Wilibaldo Stocker rua Confraternização

Fábricas de Massas Alimentícias


Evaristo Koetz rua Visconde de Taunay
Izaias Marques Pereira & Cia. Ltda. . . rua João Pessoa

Fábricas de Móveis
Alberto C. Matte rua Bento Gonçalves
Alvim Pires & Cia rua Bento Bonçalves
Antonio Bartkoski rua Bartolomeu de Gusmão
Armando Petry rua Demétrio Ribeiro
Blumm & Schlueter Av. Pedro Adams Filho
— 155 —
Hennemann & Motta Ltda rua Dois Irmãos
Irmãos Daudt Av. Pedro Adams Filho
João Nunes da Silveira rua Acker
José Balduino Diehl rua Pinto Bandeira
Karl Neuhof rua Marcílio Dias
Klein, Weber & Cia. Ltda rua Caçador
Kreutzer & Cia. Ltda rua Santos Pedroso
Móveis Arno Ltda rua Júlio de Castilhos
Móveis Kirsch Ltda. rua Bento Gonçalves
Oscar Jacobus Av. Pedro Adams Filho
Otto Biihler rua Alberto Torres
Porsche & Blauth Ltda rua Júlio de Castilhos
Põtter, Scheid & Cia. Ltda rua Frederico Linek
Roth & Cia rua Tupy
Schrõder & Ltda Cia. rua 2 5 de Julho
Willy Arthur Trein rua Borges do Canto

Fábrica de Óleos Vegetais


E. Doerner & Filhos Ltda. rua Uruguaiana

Fábrica de Órgãos e Harmónios

J. Edmundo Bohn rua Marques de Souza

fábricas de Papelão
Gaspar & Cia rua 24 de Maio
Vicente Schneider rua Joaquim Pedro Soares
Wickert, Streb & Cia. Ltda rua D. Pedro II

Fábrica de Polias
C. Germano Buerckie Av. Pedro Adams Filho
Fábricas de Produtos Químicos ' -' ^^^^Ip^í^mW:^^'
Agro-Química Monitor Ltda rua Santos Pedroso
Indústria Química Amysul Ltda. . . rua Antônio R. Kroeff
Paulo J. Lachnit rua 5 de Abril
Produtos Químicos Arbon Ltda. . . rua João Pessoa
Produtos Químicos Lavex Ltda rua Visconde de Taunay
Produtos Químicos Tupã Ltda rua Júlio de Castilhos

Fábrica de Raquetas para Ténis


Edvino Kampf & Cia rua Bento Gonçalves

Fábricas de Saltos de Madeira


Brochier &
Cia. Ltda rua Demétrio Ribeiro
Fetter &
Schmitz rua L° de Março
Indústria de Saltos Schmidt Ltda rua Caçador
Weidle & Cia rua Cristóvão Colombo
Fábrica de Sedas
O. Sperb & Cia. Ltda Av. Borges de Medeiros
— 156

Fábrica de Schmier
Hugo Bickel Vila Diehl — travessão

Fábrica de Solados de Borracha


M. Garcia Abril & Cia. Ltda rua Ararigboia

Fábricas de Sabão
Almérico Francisco Sartori rua Gramado
Ottmar Bruno Loeblein rua Samuel Dietschi
Sabão Hamburguês Ltda rua Anchieta

Fábricas de Tamancos
Oscar Magnus Mõller rua Venâncio Ayres
Nair Pinto Ribeiro rua Paquistão

Fábrica de Tela de Arame


Estevão Theodomiro Cadelli vila São Jorge
Fábricas de Tintas e Vernizes
Arthur Armando Weber rua Cândido de Figueiredo
Arnaldo Lombardi & Cia. Ltda rua Bento Gonçalves
Kunst & Allgayer Ltda. Av. Gal. Daltro Filho
Fábrica de Vassouras
Osmildo Ernesto Freiberger Av. Pedro Adams Filho

Fábrica de Viras
José Amadeu Gehlen rua José do Patrocínio

Farmácias
Affonso Rost rua General Osório
Avelino Wichmann rua Bento Gonçalves
Beinder & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Blauth, Streb &
Ltda Cia. rua Joaquim Nabuco
Blauth, Streb &
Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Carlos Gaspar Eckhard Av. Pedro Adams Filho
Djalma Oscar Jaeger & Cia. Ltda. . . Av. Pedro Adams Filho
E. Muller & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Luiza Altenbernd rua Joaquim Nabuco
Narcy Barbiery & Cia. Ltda Av. Gal. Daltro Filho
Ferrarias

Arlindo Schuster rua São Leopoldo


Arthur Schneider rua Joaquim Pedro Soares
Egon L. Juchem rua Confraternização
Irmãos Heck & Cia. Ltda rua L° de Março
Theodoro Leopoldo Kroetz rua Padre Nóbrega

Fiambrerias e Churrascarias
A. G. Fetter rua General Neto
Klein & Heinrich Rodovia Federal
Seeling & Cia. Ltda. Av. Gal. Daltro Filho
— 157 —
Fotógrafos Ambulantes
João Batista de Oliveira Praça 14 de Julho
José Affonso Klein rua Marcílio Dias
Leão M. Richter rua Júlio de Castilhos
Willy Platte Praça 14 de Julho

Fundição de Ferro e Bronze


Daudt & Mentz rua General Osório
Hermann Fleck rua Casimiro de Abreu
Roberto Radde rua da Confraternização

Funilarias

Carlos Pedro Timm rua Borges do Canto


H. Oswino Kautzmann Av. Pedro Adams Filho
Jacob Gebing rua Araujo Vianna
Maria Irene Berwanger Schmitz . . . . rua Joaquim Pedro Soares
Oscar Terme rua Casimiro de Abreu
Rudi Schmidt Av. Gal. Daltro Filho
Gabinetes Dentários
Arthur Ritter rua Pedras Altas
Breno Luiz Carlos Haesbert Av. Gal Daltro Filho
Clemente Vicente Klein Av. Gal Daltro Filho
Dr. Enio Saraiva de Almeida Teixeira Av. Pedro Adams Filho
Gastão Becker rua Bento Gonçalves
Guilherme Bertholdo Becker rua Bento Gonçalves
Henrique Ernesto Volkmann Av. Pedro Adams Filho
Hilda Bente rua Bento Gonçalves
Hoover Brum Dr. — rua Joaquim Nabuco
Horizonta S. L. Snel rua Júlio de Castilhos
Hugo Miguel Brum — Dr. Av. Pedro Adams Filho
Hugo Pedro Streb Av. Gal. Daltro Filho
Julio Edmundo Sauter — Dr Av. Pedro Adams Filho
Lino Ernesto Juchem rua General Neto
Pedro Alfredo Klein rua Júlio de Castilhos
Pedro Cirilo Wolf Av. Pedro Adams Filho
Waldemar Balduíno Jung rua Lima e Silva

Hotéis
Alfredo Deppe Av. Pedro Adams Filho
E. Beck rua Júlio de Castilhos
E. H. Walter Herbert Av. Maurício Cardoso
F. Lothar Ott & Irmão Ltda Av. Borges de Medeiros
Germano Bundt rua Lima e Silva
José Koch Av. Pedro Adams Filho
Schneider & Filhos Ltda rua General Neto
Hospitais
Hospital Operário "Darcy Vargas" . . Av. Pedro Adams Filho
Associação Congregação Santa Catarina Av. Dr. Maurício Cardoso
— 158 —
Importação e Exportação
S. Augusto Olm & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Instaladores Sanitários

Nobrelino N. Silveira rua 7 de Setembro


Pedro Theodor Muller rua Anchieta
Reinheimer & Cia. rua Dr. Magalhães Calvet
Rudi Schmidt rua 5 de Abril
Walter Frederico Bloss Av. Gal. Daltro Filho
Institutos de Beleza

Alda Rodrigues de Oliveira Av. Pedro Adams Filho


Alma Berghahn Av. Pedro Adams Filho
Arnilda Irena Albrecht rua 11 de Junho
Dolores Luiza Vital rua Rio Amazonas
ElciraEismann & Cia rua Joaquim Nabuco
Erna Braun rua 5 de Abril
FridaMoraes Av. Dr. Maurício Cardoso
Hedy R. Sperb rua 24 de Maio
Helmy Petry rua 1.° Março
de
Ido Griin rua 1.° Março
de
Iracema Duprat Cappelatti rua Joaquim Nabuco
Lurdes Berg rua José de Alencar
Meda Closs rua Bento Gonçalves
Olivia Schutz rua Domingos de Almeida
Romilda Marmitt Vila Segala
Sónia Jurema Riedi rua José de Alencar
Instalador de Luz e Força

Lourenço Afonso Junges Av. Pedro Adams Filho


Laboratórios
Laboratório de Análises Clínicas ... Av. Pedro Adams Filho
Maria E. Metzler rua Bento Gonçalves
Lojas de Calçados
Adolfo Locks Av. Gal. Daltro Filho
Arno Klippel & Cia rua Joaquim Nabuco
Guilherme Seibert & Cia Av. Pedro Adams Filho
Hedy Petry Taegtow Av. Pedro Adams Filho
João Anildo de Oliveira & Cia Av. Borges de Medeiros
Oscar A. Brenner Av. Pedro Adams Filho
Otto Locks rua Joaquim Nabuco
Rudi Alescius Kuntzler rua Joaquim Nabuco
Rudi Alescius Kuntzler rua Joaquim Nabuco
Sebastião Rodrigues rua Joaquim Nabuco

Lojas de Confecções
Álvaro Antenor P. do Espírito Santo Av. Gal. Daltro Filho
Alzira Maedke Av. Dr. Maurício Cardoso
Arno A. Bohrer rua Lima e Silva
— 159 —
Becker & Schaeffer Ltda Av. Pedro Adams Filho
Breno Tito Presser rua Côrte Real
Lizon Modas Ltda rua Júlio de Castilhos
Ocyla Ludwig Av. Gal. Daltro Filho
Rubem E. Blauth Av. Pedro Adams Filho

Lojas de Fazendas
A. Blankenheimer & Cia. Ltda rua 1.° Março
de
Adel & Mohamed rua GeneralNeto
Agostinho Emilio Cavasotto rua Joaquim Nabuco
Edvino E. Presser Av. Gal. Daltro Filho
Arnaldo F. Koeche Av. Gal. Daltro Filho
Arnaldo Simon rua Joaquim Nabuco
Arthur Janovski rua José de Alencar
Arthur Matte rua 2 5 de Julho
Búcker, Kiefer & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Carlos Berner & Cia rua Gal. Osório
Celita Koch rua Lima e Silva
Ebli ng & Cia. Ltda. Av. Pedro Adams Filho
Eurico Walter Frederico Stechow .... rua Lima e Silva
Hoeper &
Becker rua Joaquim Nabuco
Ismail Salem& Cia Av. Pedro Adams Filho
Lundgren Irmãos —
Tecidos S/A. ... Av. Pedro Adams Filho
Mauro Chiká & Cia. Ltda rua Júlio de Castilhos
Mohamad Assi & Cia rua Joaquim Nabuco
Norma Wilma Joner rua 11 de Junho
Oscar C. Ritzel Av. Pedro Adams Filho
Paulo Augusto Pessin rua José de Alencar
Saleh & Cia Av. Pedro Adams Filho
Tecidos Dahmer S/A rua General Neto
Waldomiro Diniz da Costa Av. Gal. Daltro Filho

Lojas de Ferragens
Hammer & Irmãos Av. Pedro Adams Filho
F. Weissheimer rua Bento Gonçalves
Ferragem Húbner Ltda rua Júlio de Castilhos
Ferragem Weissheimer Ltda rua David Canabarro
Frederico S. Saft rua Joaquim Nabuco
Paulo Blankenheim rua David Canabarro
Renato Friedrich & Cia rua Joaquim Nabuco
Lojas de Móveis
A. Eckard rua Visconde de Taunay
Adolfo Godofredo Larsen rua 25 de Julho
Arnaldo A. Schmitz rua Gomes Portinho
Arnaldo A. Schmitz rua General Neto
Estrela dos Móveis Ltda rua Joaquim Nabuco
Francisco Schreiner rua David Canabarro
Miguel Epstein Av. Gal. Daltro Filho
— 160 —
Nércio Ruperti & Cin. Ltda Av. Pedro Adams Filho
O. Paulo Assmann rua Gal. Osório
Pedro de Andrade Joazeiro rua Lima e Silva

Lavanderias
Clemente Henrique Averbeck Av. Gal. Daltro Filho
Maria Anicleta de Britto rua Gal. Osório
Pedro Zwetsch Filho rua Joaquim Pedro Soares
Rodolfo Weigl Av. Pedro Adams Filho
Livraria
Emilio Guilherme Lutz rua Joaquim Nabuco,

Malharia
Malharia Schmidt Ltda Av. Pedro Adams Filho
Manufatora de Artefatos de Ferro ,

Companhia de Esmaltados Riogran-


dense S. A rua General Osório

Marmorista
Frederico O. Olschowsky Av. Dr. Maurício Cardoso
Matadouros
Dirceu Antônio da Cunha Estrada da Rondônia
Jacó Kehl rua Alvear
Marchanteria São Luiz Ltda Av. Pedro Adams Filho
Materiais para Escritórios

Com. e Representações Delmar Ltda. . . rua Joaquim Nabuco


Máquinas e Acess. para Ind. Calçados
Importadora Werner Franck Ltda. . . . rua Lima e Silva

Mercados de Frutas
Emilia M. B. de Souza rua Venâncio Ayres
Ozibildes Fontoura rua D. Pedro II

Metalúrgicas ^
Metalúrgica Korndôrfer Ltda Praça 20 de Setembro
"Werno Arend Av. Pedro Adams Filho
Montagem de Molas para Automóveis
R. Behs & Cia. Ltda rua Marcílio Dias — travessa

Navegação Aérea
S. A. Empresa de Viação Aérea Rio-
grandense (VARIG) Av. Pedro Adams Filho
Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Av. Pedro Adams Filho
Oficinas de Consertos de Bicicletas
A. Feld & Cia Av. Pedro Adams Filho
Acirahy Souto Amaral Av. Pedro Adams Filho
Astor Acker Av. Pedro Adams Filho
— 161 —
Astor Mattes rua Joaquim Nabuco
Bondan, Premaor & Cia rua Casimiro de Abreu
Eugênio Mattes rua José de Alencar
Guilherme Kley rua Marques de Souza
Helmo C. Bressler rua Júlio de Castilhos
Herberto Urbano Maus rua José do Patrocínio
Hugo A. Jaeger rua Gal. Osório
Romualdo Mattes rua Araújo Viana

Oficina de Consertos de Calçados

Antônio Guimarães rua Piratini


Arlindo Luiz Pasini rua Júlio de Castilhos
Carlos Silveira rua Osvaldo Cruz
Clarindo Schunck rua Lima e Silva
Dircio Ribeiro de Medeiros rua 5 de Abril
Enio da Costa Saraiva rua 2 de Julho
5

José Alcendino da Silva rua Bento Gonçalves


Geraldo Mendes da Silva & Cia rua 25 de Julho
Gilberto Mendonça rua Rio São Francisco
Izidro Vanini rua 5 de Abril
Leopoldo Alipio Hoffmeister rua D. Pedro II
Nestor Hammer Av. Pedro Adams Filho
Ottilio Strack rua Lima e Silva
Wentz & Cia rua Lima e Silva
Valeriano Lopes de Oliveira rua Joaquim Nabuco
Vicente Staudt rua Bento Gonçalves

Oficina de Cons. Máquinas de Costura

Adanilo José Muller rua Anchieta


Bohnenberger, Reis & Cia. Ltda rua 1.° de Março
Deutrich & Petry rua Joaquim Nabuco
Germano Guilherme "Welter rua Vicente da Fontoura
J. Wolke rua Miguel Couto
Michelon &
Stroppa rua Alberto Torres
Monteiro &
Hoffmeister rua 7 de Setembro
Oficinas K. F. Schmidt Ltda rua Corte Real
Oscar Schneiders rua São Jacob
Oswino Arthur Schreiber rua Júlio de Castilhos
Rudolf Ernest Schulze rua Cel. Frederico Linek — trav.
Werno Schmidt II rua Alegrete

Oficinas de Consertos Mecânicos

David Machado rua Marcílio Dias


Germano Krohn rua General Osório
Karstner & Cia. Ltda rua Bento Gonçalves
Luiz Nicolau Pletsch rua da Confraternização
Oscar W. Schumacher rua da Confraternização
Plinio Fleck Av. Gal. Datlro Filho
— 162

Oficinas de Consertos de Rádios


Alfredo N. Ohlweiler rua Joaquim Nabuco
F. W. Doerr & Cia rua David Canabarro
Carlos Christiano Adolfo Kley Av. Gal. Daltro Filho
Ivon Orville Blauth rua Lima e Silva
Oficinas de Consertos de Relógios
Almiro Lauck rua 2 5 de Julho
Alcides Theobaldo Saul rua Corte Real
Carlos Erich Einsfeld rua José de Alencar
Oficinas de Dourar Palmãhas
Caio Bandeira Santos rua Vicente da Fontoura
Norma N. Nadler rua Almirante Barroso
Seno Affonso Haas rua 1.° de Maio
Oficina Eletro-Técnica
Kronbauer & Korndõrfer rua Júlio de Castilhos
Oficina de Gravações
Carmindo Klein rua Tupy
Oficina de Caivano Plastia
Jaime Damaceno Marques Av. Pedro Adams Filho
Oficinas Mecânicas
Edelson Húsken rua Marcílio Dias
Balduíno Fúlber rua São Jacó
L. P. Copé & Cia. Ltda Av. Pedro Adams Filho
Oficinas de Cons. Motores Explosão
Anselmo W. Rech rua Mauá
Arnildo Muck rua Benjamin Constant
Azelino José dos Santos Av. Pedro Adams Filho
Carlos Schoeler Sob. & Cia Av. Pedro Adams Filho
Eletro Mecânica Polar Ltda rua Júlio de Castilhos
Hugo Normelio Blauth rua 1.° de Março
Indústria Eletro Aços Plangg S/A. . . rua Júlio de Castilhos
José Osmar Siebel rua Dois Irmãos
Leopoldo Muller rua David Canabarro
Miguel Adelar Bios rua Aimoré
Milton José Steglich rua Cel. Frederico Linek
W. E. Copé rua Marcílio Dias
Oficinas Mecânicas para Automóveis
Aloysio & Cia. Ltda rua 2 5 de Julho
Arno O. Huff rua Viamão
Auto Mecânica rua Pedro Alvares Cabral
Auto Mecânica Lehnen Ltda Av. Pedro Adams Filho
Auto Reforma Breitenbach, Mello Ltda. rua Cel. Frederico Linek
Auto Técnica Três Amigos rua 2 5 de Julho
Blauth & Anschau Ltda rua Cel. Frederico Linek
Celestino Gregório Felisberto rua Saldanha Marinho
— 163 —
Francisco Fenero rua Cel. Frederico Linek
Galhardi & Silva Ltda rua Pedro Alvares Cabral
Giinther Alfredo Kronmeyer rua São Jacó
João Frederico Husken rua Marcílio Dias
Lotário C. Petry rua Dois Irmãos
Machado & Lopes rua Bento Gonçalves
Maria Ondina da Rosa rua Assumpción
Mecânica Berwanger Ltda rua Joaquim Pedro Soares
Mecking & Cia. Ltda rua Cajú
Miezeslau & Iroczinski rua Marcílio Dias
Norberto Mertins rua Bento Gonçalves
Oficina Auto Técnica Grin Ltda rua L° de Março
Silvano Schmitzhaus & Cia. Ltda. . . . rodovia Federal

Oficina de Cons. Máquina de Costura


Ella Einsfeld Gerstl rua 5 de Abril esq. 1.° de Março
Oficina de Cons. de Chaves e Fechaduras
Francisco Behrens rua Miguel Couto
Oficinas de Chapeamento e Vinhira de Automóveis
Kruger & Petry Ltda rua Machado de Assis
Pedro Cacildo Weber Rodovia Federal
Pohren & Rech rua Cajú

Olarias
Aloysio H. Schmidt Av. Pedro Adams Filho
Benjamin Pedro Gaertner Bairro Rondônia
Helmuth Heldt & Filhos Bairro Canudos
João Affonso Braun rua Guia Lopes
Kroeff & Cia Vila Kroeff
Olaria Beatos Mártires Ltda rua Guia Lopes — Trav.
Pedro Streb —
Vva rua Guia Lopes — Trav.
Schilling & Eckard Ltda Bairro Rondônia
Willy Steigleder Bairro Rondônia

Ótica
Oldemiro Cezar Martins Av. Pedro Adams Filho
Ourivezarias
Harry Jung rua Visconde de Taunay
Heini Armindo Korndõrfer rua Bento Gonçalves
Padarias e Biscoutarias
Adão Antonio da Silva rua São Jacó
C. A. Ternes & Cia. Ltda rua Dois Irmãos
Gustavo F. Kayser Av. Dr. Maurício Cardoso
Irmãos Pinto de Carvalho Ltda Av. Pedro Adams Filho
Izaias Marques Pereira rua João Pessoa
Seno Remy Marmitt & Cia. Ltda. ... rua Marques de Souza
"Wendelino Alves dos Santos & Cia. rua Almirante Barroso
Willy H. Zilz rua David Canabarro
— 164 —
Parteiras

Celma Sperb Av. Pedro Adams Filho


Litvina Altenhofer Av. Dois Irmãos
Pastelaria

Lira N. Schein rua Marcílio Dias

Pedreiras
Altmayer & Bichler Travessão
Neori A. Groehs Bairro Vila Nova
Pedro Miguel Feiten Travessão
Perfuração de Poços Artezianos
Heck & Cia. Ltda rua 1.° de Março
Pintura de Vasos
Gerda Zottmann rua João Antônio da Silveira

Postos de Gasolina
A. S. Schneider & Cia. Ltda Rodovia Federal
Waldemar Engel rua Gal. Osório
Albano C. Seibert & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
Oscar Sauter & Filhos Av. Pedro Adams Filho
Hennemann S/A. — Ind. Com. Aut. rua Lima e Silva
Athaliba dos Reis & Cia Av. Pedro Adams Filho
Previdência Social
Inst. Apos. e Pensões dos Industr. . rua Joaquim Nabuco
Relojoarias
A. Klein & Cia rua General Neto
Theno Jung & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
Restaurantes
Alberto C. Matte rua da Rondônia
Alberto Muller & Cia. Ltda Av. Borges de Medeiros
Alcides Antônio Rufatto Rodovia Federal
Armando Frizzo Av. Pedro Adams Filho
Daniel A. Koch Av. Pedro Adams Filho
Delmar Mendes Rodovia Federal
Fridolino Schaefer Rodovia Federal
Gregorius, Hennemann & Cia rua Joaquim Nabuco
Isac Manoel da Silva Av. Pedro Adams Filho
Jacob Krause rua General Osório
Loreno Laurindo Wagner Av. Pedro Adams Filho
Manoel Corrêa da Silva rua São Jacó
Nilo Gonçalves da Costa Bairro Rondônia
Oscar Haack & Filho rua Júlio de Castilhos
Osvaldino Wildemar Matte rua Lima e Silva
Schenkel & Simon Av. Pedro Adams Filho
— Restaurante Majestic Ltda rua Gal. Neto
Vivaldo Viegas Av. Pedro Adams Filho
— 165 —
Representações Comerciais

A. Bruxel rua Gal. Osório


Albino Balduíno Hermann Av. Pedro Adams Filho
Aristides Rech rua Anchieta
A. P. Faller Av. Gal. Daltro Filho
Brandenburger & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
Brock, Mayer & Cia. Ltda rua Joaquim Nabuco
C. Magalhães rau Coelho Neto
Carlos A. Braunger rua Antônio R. Kroeff
Claudino A. Zini rua Benjamin Constant
Comércio e Representações Fehse Ltda. Av. Pedro Adams Filho
E. Silva rua Júlio de Castilhos
Egon A. Berghan rua Dr. Magalhães Calvet
Egon Schrõer rua Gal. Neto
Frederico N. Scherer & Filho Av. Pedro Adams Filho
G. V. Nervo rua Voluntários da Pátria
Gastão H. Korndõrfer rua Coelho Neto
Hugo Michel & Cia rua Marcílio Dias
L F. Fischer rua General Osório

J. F. Erkens rua Lima e Silva

João lido Lenz rua Felix da Cunha


Júlio A. Schreck Av. Pedro Adams Filho
L. Edouard Bessete Av. Daltro Filho
Mário E. Pohlmann rua Cel. Frederico Linek
Olga Becker Atmer rua Cel. Frederico Linek
Oswino C. Muller Av. Pedro Adams Filho
Otto Bender rua Cristóvão Colombo
Otto Schneider II rua 24 de Maio
Paulo Wolf & Cia rua Gal. Osório
P. A. Premaor rua Gomes Portinho
P. Paulo Heidrich rua Lima e Silva
R. Sauthier rua Bôa Saúde
Representações Milton Ltda rua São Carlos
Representações Tupy Ltda rua Júlio de Castilhos
Representações Vitória Ltda rua Joaquim Pedro Soares
Salvador Falcone rua Gomes Portinho
S. A. Curtume Carioca rua Júlio de Castilhos
Schmitt & Wolf rua General Osório
Waldemar Mário de Oliveira rua Anita Garibaldi
Waldomiro Huyer rua Domingos de Almeida
— 166 —
Salames — Fábrica
Matha Sarquis Travessão

Salões de Baile

João Gonçalves rua Caracas


João de Quadros rua Osvaldo Cruz

Seguros
Novo Hamburgo — Cia. Seguros Ge-
rais rua Júlio de Castilhos

Serralherias

Drexler & Koste Ltda rua Guararapes


E. W. Heidrich rua Joaquim Pedro Soares
Julio Rony Beck rua Saldanha Marinho
Serralheria Fenoli Ltda rua Santa Maria
Waldomiro Engel rua Casimiro de Abreu
W. P. Bender rua Guia Lopes

Serrarias

Cirilo Boll rua Frederico Westphalen


Nicolau Oscar "Warken rua Itú
Otmar "Wagner rua Aracajú

Sociedades Recreativas
Garden Club rua Rondônia
Sociedade Aliança rua Gal. Osório
Sociedade de Atiradores de N. Ham-
burgo rua Gomes Jardim
Sociedade Ginástica de Hamb. Velho . rua Mena Barreto
Sociedade Ginástica de N. Hamburgo rua Gal. Neto,

Tabacarias
Maria Elfrida Schwaerzer rua Gal. Neto
Olmar dos Santos Av. Pedro Adams

Tinturarias
Benjamin Oliveda rua 5 de Abril
Olga Ema Kichler rua da Confraternização
Rudolfo Flores rua Gal. Osório

Tipografias
A. Seno Friedrich Av. Gal. Daltro Filho
Gráfica Esca Ltda rua Bento Gonçalves
Hans Behrend rua Bento Gonçalves
Rudolfo Saile rua Gal. Osório

Tornearias de Madeira
Pedro Osório Scheid rua Anita Garibaldi
Theodor Victor Lueb rua Santos Pedroso
— 167 —
Torrefação de Café
Luz & Cia. Ltda rua Olavo Bilac
Ruy Behs rua 5 de Abril

Venda de Cigarros
Cia. de Cigarros Sinimbú Av. Pedro Adams Filho
Venda de Fogões
Ultralar Aparelhos e Serviços Ltda. . rua Lima e Silva

Venda de Forragem
Miguel Caetano de Souza Filho . . rua Japão

Venda de Instrumentos Musicais


Paulo Blum Av. Pedro Adams Filho
Venda de Máquinas de Costura
Singer Sewing Machine Company .... Av. Pedro Adams Filho
Venda de Produtos Químicos p/ Curtume
Irmãos Singer S/A. — Indústria e Co-
mércio rua Lima e Silva

Venda de Passagens para Ônibus


Lenhardt & Cia. Ltda Av. Borges de Medeiros
Vidraçaria
Enio Rochefort Menezes Av. Pedro Adams Filho
Vulcanizadoras
Bueno & Rodrigues rua Marcílio Dias
Christiano Huber rua 5 de Abril
Luiz OUveira I rua Marcílio Dias
Victor Ferreira Av. Pedro Adams Filho
ESTADO DO RIO GRAMDE DO SUL
município
DE
NOVO HAMBURGO
A REA 218 Km*
ESCALA - 1575000.

LEGENDA
CIDADE
VILA
© POVOADO
ESTRADA DEFERRO
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— RODOVIA
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