Carmem Beatriz Neufeld Aline Henriques Reis ADIVINHALIEN. Reestruturando A Leitura Mental

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Carmem Beatriz Neufeld • Aline Henriques Reis

ADIVINHALIEN
Reestruturando a leitura mental
© Sinopsys Editora e Sistemas Ltda., 2019
Cerebrus pifadus - Adivinhalien: reestruturando a leitura mental
Carmem Beatriz Neulfeld e Aline Henriques Reis

Ilustrações/editoração: Mauro Cézar Freitas (Mauzi Estudio)


Supervisão editorial: Mônica Ballejo Canto

N482c Neufeld, Carmem Beatriz


Cerebrus pifadus – Adivinhalien: reestruturando a leitura
mental / Carmem Beatriz Neufeld e Aline Henriques Reis;
ilustrações Mauro Freitas. – Novo Hamburgo : Sinopsys, 2019.
23x16 ; 32p.

ISBN 978-85-9501-112-0

1. Psicologia – Distorções do pensamento – Literatura infantil.


I. Reis, Aline Henriques. II. Freitas, Mauro. III. Título.

CDU 159.9:82-93-053.2

Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023

Todos os direitos reservados à Sinopsys Editora


Fone: (51) 3066.3690
e-mail: [email protected]
www.sinopsyseditora.com.br
ADIVINHALIEN
Reestruturando a leitura mental

Carmem Beatriz Neufeld • Aline Henriques Reis


Ilustrações: Mauro Freitas

2019
Erros cognitivos ou distorções cognitivas correspondem a erros de pensamento que
fazem com que o indivíduo perceba o entorno e os acontecimentos de uma maneira
equivocada e/ou tendenciosa. Como consequência, experimentam-se emoções
intensas e desproporcionais ao contexto, bem como decorrem ações desadaptativas.
Beck (2013) define 14 distorções cognitivas, sendo elas: leitura mental, previsão do futuro
ou catastrofização, pensamento do tipo “E se...”, desqualificação dos aspectos positivos,
filtro negativo ou abstração seletiva, supergeneralização, rotulação, pensamento do
tipo “Deveria”, personalização, pensamento dicotômico, comparações pouco razoáveis,
tendência à lamentação, atribuição de culpa e raciocínio emocional. Destas, destacam-
-se na presente coleção: pensamento dicotômico, catastrofização, visão em túnel,
personalização, raciocínio emocional e leitura mental.
Neste livro, será apresentada a distorção cognitiva leitura mental, que leva o indivíduo
a acreditar que sabe o que os outros estão pensando ou, ainda, que os outros conhecem
sobre os próprios pensamentos, apesar da falta de evidências de que isso realmente
esteja ocorrendo.
Trabalhar as distorções cognitivas na infância auxilia a criança a olhar para os eventos
com mais clareza, questionar os próprios pensamentos e, assim, manejar de maneira mais
apropriada as emoções, além de lidar com os desafios de vida com mais propriedade.
Esperamos que essa coleção possa auxiliar profissionais da psicologia a trabalhar
com as distorções, bem como apresentar algumas estratégias de manejo diante delas.
Para crianças, pais e professores, espera-se que possam aprender sobre os erros de
pensamento, adequando-os aos dados de realidade, promovendo enfrentamento e
uma vida emocional mais saudável.

Beck, J. S. (2013). Terapia cognitiva: teoria e prática. (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Há alguns anos, alienígenas da galáxia Cerebrus Pifadus invadiram
silenciosamente a Terra. Eles descobriram que poderiam influenciar os pensamentos
dos humanos e resolveram ficar. São vários os aliens que podem influenciar a forma
como pensamos, mas, em geral, eles não atrapalham muito a nossa vida.

Só que de tempos em tempos, quando estamos


mais frágeis, inseguros, com medo, com raiva,
frustrados ou mesmo desatentos eles se alimentam
dessas oportunidades para crescerem e, aí,
influenciam muito o jeito como a gente pensa. Por
isso, é importante saber como lidar com esses aliens
para que eles não atrapalhem a nossa vida.
Bruna ama muito os animais. Na casa dela têm dois gatos, um cachorro e uma
calopsita. Ela e seus amigos do condomínio gostam muito de brincar com esses
bichinhos.
Um dia, quando estavam voltando da escola, eles encontraram um gatinho na
rua. Bruna logo percebeu que ele estava com fome e o pegou no colo.
– Você não devia pegar este gato, ele pode ter alguma doença – diz João.
– Coitadinho, acho que ele mora na rua, ele
parece abandonado – comenta Amanda.
– Vamos levar para o condomínio
e cuidar dele – diz Tainá.

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