MEDRESUMOS 2017 - CAC - Anatomia Topográfica II
MEDRESUMOS 2017 - CAC - Anatomia Topográfica II
MEDRESUMOS 2017 - CAC - Anatomia Topográfica II
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www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
O pescoço é o segmento de transição entre a cabeça e o tórax, por onde passam vasos e nervos que se dirigem
do tórax para a cabeça, ou vice-versa. Em seu plano mediano encontram-se vísceras que fazem parte do aparelho
digestivo, respiratório e glândulas endócrinas, além de glândulas exócrinas em sua extensão cranial.
A pele do pescoço é caracterizada por ser fina, delicada e com escassez de tecido subcutâneo, sendo claro a
presença de rugas. Além disso, apresenta linhas de tensão (clivagem ou fenda) importantes do ponto de vista clínico,
uma vez que, seguindo essas linhas como referência em incisões, a cicatrização é mais fácil de ser atingida
perfeitamente.
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
Primordialmente, é importante identificar relevos cartilagíneos, ósseos, vasculares e musculares como forma de
localizar estruturas importantes para o estudo dessa região:
Relevos cartilagíneos: proeminência laríngea (encontro das lâminas da cartilagem tireoide), cartilagem cricoide.
Entre essas duas regiões há a presença do ligamento cricotireoideo, local em que, nos casos de emergência,
é realizada a cricotireoidectomia.
Relevos ósseos: são identificados dois:
o Osso Hioide: demarcada pelo osso hioide, osso móvel sustentado por ligamentos.
o Projeção do processo espinhoso da 7ª vértebra cervical (vértebra proeminente).
Relevos vasculares: veia jugular externa, lateralmente.
Relevos musculares: marcado pelo músculo esternocleidomastoideo (cabeça esternal, cabeça clavicular), que
delimita pontos importantes para punções venosas. É visível também a incisura jugular.
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OSSO HIOIDE
É um osso móvel em forma de “U” que se situa na parte anterior do pescoço, ao nível da
vértebra C3, no angulo entre a mandíbula e a cartilagem tireoidea. Está dividido em:
Corpo do hioide
Corno maior
Corno menor
O hioide não se articula com qualquer outro osso. Ele é suspenso pelos ligamentos estilo-
hioideos aos processos estiloides dos temporais e firmemente ligado à cartilagem tireóidea da
laringe.
FÁSCIAS DO PESCOÇO
As estruturas do pescoço são circundadas por uma camada de tecido subcutâneo (tela subcutânea) e são
compartimentalizadas por camadas da fáscia cervical.
PLATISMA
O platisma (do grego, placa plana) é um músculo dérmico situado no tecido
subcutâneo. Assemelha-se a uma lâmina larga e fina de músculo.
Origem: fáscia que recobre as porções mais superiores dos Mm. Deltoide e
peitoral maior.
Inserção: margem inferior da mandíbula onde suas fibras sofrem decussação
sobre o mento e se fundem com os músculos periorais.
Inervação: nervo facial.
Ação: tensiona a pele do pescoço, produzindo pregas cutâneas verticais.
FÁSCIA CERVICAL
A fáscia cervical consiste em três lâminas (bainhas) fasciais: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. Essas
lâminas, além de sustentar vísceras, músculos, vasos e linfonodos profundos, formam compartimentos importantes do
ponto de vista anátomo-clínico, além de proporcionar uma condição escorregadia que permite a movimentação de
estruturas do pescoço no ato da deglutição e ao virar a cabeça.
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Seu espessamento ao nível do osso hioide, em forma de polia, forma o tendão intermediário do M. digástrico.
Essa lamina aprisiona e redireciona também o músculo omo-hiódeo com dois ventres.
OBS: A bainha carotídea é um revestimento fáscial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço.
Funde-se anteriormente com as lâminas superficial e pré-traqueal e posteriormente com a lâmina pré-vertebral. Seu
conteúdo é: artérias carótidas comum e interna; veia jugular interna; nervo vago; alguns linfonodos cervicais profundos; o
ramo para o seio carótico do nervo glossofaríngeo e fibras nervosas simpáticas.
OBS²: O espaço retrofaríngeo é o espaço interfascial entre a lâmina pré-vertebral e a fáscia bucofaríngea (circunda a
faringe superficialmente) que permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia durante a deglutição.
MÚSCULO TRAPÉZIO
Origem: Terço medial da linha nucal superior; Protuberância occipital externa; Processos espinhosos das
vértebras torácicas; Ligamento nucal.
Inserção: Terço lateral da clavícula; Acrômio; Espinha da escápula.
Ação: Elevação do ombro, Depressão do ombro, Abdução do braço.
Inervação: Nervo acessório e ramos do plexo cervical (C3 c C4).
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De C1 a C4 partem outros ramos musculares que chegam aos músculos escalenos, pré-vertebrais, m.
trapézio e m. ECM.
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TRÍGONOS DO PESCOÇO
Trígono anterior: limite superior: Mandíbula; anterior: Linha mediana anterior do pescoço; posterior: M. ECM.
Esse trígono está subdividido em:
Trígono submandibular;
Submentual;
Carótico;
Muscular.
Trígono posterior (lateral): limite anterior: M. ECM; posterior: M. Trapézio; inferior: Clavícula. Esse trígono está
subdividido em:
Trígono occipital
Trígono subclávio ou omoclaviular.
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TRÍGONO SUBMENTUAL
Área ímpar situada abaixo do mento (queixo) e limitada inferiormente pelo corpo do hioide (base do triângulo) e
lateralmente pelos ventres anteriores dos mm digástricos direito e esquerdo. Tem como assoalho os mm. milo-hioide
direito e esquerdo e a rafe mediana.
Seu conteúdo consiste em: pequenos linfonodos submentuais e pequenas veias que formam a v. jugular
anterior.
TRÍGONO CARÓTICO
Área vascular limitada pelo: Ventre superior do M. omo-hioideo
(anteriormente); Ventre posterior do M. digástrico (superior); Margem anterior do M.
ECM (posteriormente).
O conteúdo deste trígono consiste na própria bainha carótida e suas
estruturas. É nessa região que é palpável a pulsação do pulso carótico.
BAINHA CAROTÍDEA
Condensação fascial tubular, de cada lado do pescoço, formada pelas
extensões fasciais das 3 lâminas da fáscia cervical, que se estende da base do
crânio até a raiz do pescoço. Envolve a veia jugular interna, a artéria carótida comum
e o nervo vago.
Artéria carótida comum na porção inferior e artéria carótida interna na porção
superior (medialmente)
Veia jugular interna (lateralmente)
Nervo vago (posteriormente)
Linfonodos cervicais profundos
OBS: Os seios caróticos são dilatações da parte proximal da artéria carótida interna que funcionam como
baroceptores. São inervados pelo NC IX (glossofaríngeo).
OBS: O glomo carótico é um quimiorreceptor (monitora o nível de O2 sanguíneo) que se situa profundamente e
medialmente à bifurcação da carótida comum.
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TRÍGONO MUSCULAR
Tem como limites: ventre superior do omo-hioideo; Margem anterior do MECM e linha mediana anterior do
pescoço. Tem como conteúdo: músculos infra-hioideos; vísceras do pescoço; glândula tiroide e glândulas paratireoides.
MÚSCULOS SUPRAHIOIDEOS
Músculos que estão acima do hioide e o conectam com o crânio. São eles:
milo-hioideo, gênio-hioideo, estilo-hioideo e digástrico.
1. Músculo digástrico
Inserção Superior: Fossa digástrica da mandíbula (Ventre Anterior);
incisura mastoide do temporal (Ventre Posterior).
Inserção Inferior: Tendão intermediário para o corpo e corno maior do
hioide
Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e n. milo-hioide (ventre
anterior)
Ação: Elevação do osso hioide e abaixamento da mandíbula (abertura
da boca e deglutição: encurta o assoalho da boca e ajuda a abertura da
faringe). O ventre anterior traciona o osso hioide para frente e o ventre
posterior para trás
OBS: Seus ventres são divididos por um espessamento da lamina pré-traqueal da fáscia cervical.
2. Músculo Milo-hioideo
Inserção Superior: Linha milo-hioidea da mandíbula
Inserção Inferior: Rafe (espessamento) mediana e corpo do hioide
Inervação: n. milo-hioide (Ramo do nervo Trigêmeo - V par craniano)
Ação: eleva o hioide e encurta o assoalho da boca e língua
3. M. Gênio-hioideo
Origem: Espinha geniana inferior da mandíbula
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: fibras de C1 (via NC XII, o n. hipoglosso)
Ação: encurta o assoalho da boca e alarga a faringe.
4. Músculo Estilo-hiódeo
Origem: Processo estiloide do temporal
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: Ramo cervical do nervo facial
Ação: Retrai o hioide alongando o assoalho da boca
MÚSCULOS INFRA-HIOIDEOS
São músculos fitáceos, em forma de fita, situados abaixo do hioide, em dois planos:
Superficiais: Omo-hioideo e Esterno-hioideo
Profundos: Esterno-tireoideo e Tireo-hioideo.
1. Músculo Omo-hiódeo
Origem: Margem superior da escápula
Inserção: Margem inferior do hioide
Inervação: Ramos da alça cervical (C1-C3)
Ação: Abaixa, retrai e fixa o hioide.
2. Músculo Esterno-hioideo
Origem: Manúbrio do esterno e extremidade medial da clavícula
Inserção: Corpo do hioide
Inervação: Ramos da alça cervical (C1 a C3)
Ação: Abaixa o hioide
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3. Músculo Esternotireoideo
Origem: Face posterior do manúbrio do esterno
Inserção: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
Inervação: Ramos da alça cervical (C2 e C3)
Ação: Abaixa o hioide e a laringe
4. M. Tíreo-hioideo
Origem: Linha oblíqua da cartilagem tireóidea
Inserção: Margem inferior do corpo e corno maior do hioide
Inervação: C1 (via NC XII)
Ação: Abaixa o hioide e eleva a laringe
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4. A. Lingual (anteriormente): surge no contorno anterior e forma uma alça sobre o M. constrictor médio da
faringe. Corre profundamente ao m hioglosso para emitir ramos para a língua, glândula sublingual e assoalho
da boca.
5. A. Occipital (posteriormente): origina-se na face posterior da a. carótida externa, acima da a. facial. Passa
profundamente ao ventre posterior do M. digástrico, cruzando a artéria carótida interna e os NC IX, X e XI.
Atravessa o músculo ECM, passando no ápice do trígono lateral e termina no escalpo.
6. A. auricular posterior (posteriormente): sobe posteriormente entre o meato acústico externo e o processo
mastoide para suprir os mm adjacentes, Gl. parótida, nervo facial, estruturas do temporal e escalpo.
OBS: As veias do trígono anterior podem ser classificadas como superficiais (jugular anterior e jugular externa) e
profundas (jugular interna).
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Para localização mais precisa das estruturas, a região cervical lateral é dividida em um grande trígono occipital
superiormente e um pequeno trígono omoclavicular pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo:
Trígono occipital
Trígono omoclavicular (supraclavicular, sublcávio)
TRÍGONO OCCIPITAL
É assim denominado porque a artéria occipital aparece em seu ápice. O nervo mais importante que cruza esse
trígono é o nevo acessório (NC XI). O trígono occipital é a porção superior do trígono posterior.
Seus limites são:
Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastoideo
Posterior: margem anterior do m. trapézio
Inferior: Ventre inferior do m. omo-hióideo.
TRÍGONO OMOCLAVICULAR
O trígono omo-hióideo forma a parte inferior do trígono posterior, corresponde a fossa supraclavicular maior,
superficialmente.
Seus limites são:
Anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastóideo
Superior: Margem inferior do m. omo-hióideo
Inferior: Margem superior do terço médio da clavícula.
OBS: A fossa supraclavicular menor é a área que corresponde ao espaço entre os dois tendões do músculo
esternocleidomastóideo. Por esse espaço, passa a veia jugular interna, podendo ser aí acessada por punção (a
chamada “punção venosa central”).
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A. SUPRA-ESCAPULAR
Origina-se do tronco tireocervical. Segue ínfero lateralmente cruzando o músculo escaleno anterior e o nevo
frênico. Em seguida, atravessa sobre a terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do plexo braquial. E então,
passa posteriormente à clavícula, passando pela incisura da escápula, para suprir músculos na face posterior deste osso
(Mm. Supra e Infra Espinhais).
A. OCCIPITAL
Ramo da a. Carótida Externa, que entra na região cervical lateral, atingindo o ápice do trígono Posterior.
Ascende sobre a face para suprir metade posterior do couro cabeludo.
N. FRÊNICO (C3-C4)
Os nervos frênicos originam-se principalmente do nervo C4, mas recebem contribuição dos nevos C3 e C5.
Seguem inferiormente: no lado esquerdo, o nervo frênico cruza anteriormente a primeira parte da artéria subclávia; do
lado direito, situa-se no músculo escaleno anterior e cruza anteriormente à segunda parte da artéria subclávia. Nos dois
lados, o nervo frênico segue posteriormente à veia subclávia e anteriormente a artéria torácica interna. Entra no tórax
suprindo a pleura mediastinal e o pericárdio. Representa o único suprimento motor para o Diafragma.
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1. M. semi-espinal da cabeça
Origem: processos transversos de C4 a T6.
Inserção: entre as linhas nucais superior e inferior.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais
Ação: dorsiflexão e rotação da cabeça.
2. M. Esplênio da cabeça
Origem: Processos espinhosos das vértebras C4-T3 e lig. Nucal.
Inserção: metade lateral da linha nucal superior e processo mastóideo.
Inervação: ramos posteriores dos nervos cervicais.
Ação: Flexão posterior da cabeça e rotação.
3. M. Levantador da escápula
Origem: tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1-C4.
Inserção: ângulo superior da escápula.
Inervação: nervo dorsal da escapula e Nn. C3 e C4 (esses dois últimos servem para prospecção).
Ação: eleva o ângulo superior da escapula inclinando a cavidade glenoidal para baixo e gira o pescoço.
4. M. Escaleno médio
Origem: processo transverso de C2-C7.
Inserção: primeira costela, posterior ao sulco da a. subclávia.
Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
Ação: elevação da primeira costela e flete lateralmente o pescoço.
OBS: Entre os músculos escaleno anterior e escaleno médio passam o plexo braquial e a artéria subclávia. Já a veia
subclávia passa anteriormente ao músculo escaleno anterior.
5. M. Escaleno posterior
Origem: processos transversos de C4-C6.
Inserção: margem superior da segunda costela.
Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais.
Ação: eleva a segunda costela e flete lateralmente o pescoço.
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A raiz do pescoço consiste na área de junção entre o tórax e o pescoço, ou seja, é o lado cervical da abertura
superior do tórax. Logo, podemos defini-la como a área imediatamente superior à abertura superior do tórax e às
entradas das axilas (DRAKE et al, 2005).
Tem como limites:
Lateral: 1ª par de costelas e suas cartilagens
Anterior: manúbrio do esterno
Posterior: corpo vertebral de T1
MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS
São músculos que formam os assoalhos dos trígonos. Situam-se posteriormente à lâmina pré-vertebral da fáscia
cervical, no assoalho dos trígonos do pescoço. Podem ser distribuídos em dois grupos: Músculos vertebrais anteriores
(assoalho do trígono anterior) e Músculos vertebrais laterais (assoalho do trígono lateral).
4. M. Escaleno Anterior
Origem: Processos transversos de C4 a C6
Inserção: 1ª costela
Ação: Eleva a 1ª costela; Flete o pescoço lateralmente; Gira o pescoço
Inervação: Nervos espinhais cervicais
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5. M. Esplênio da Cabeça
Origem: Porção inferior do ligamento nucal; Processos espinhosos de C4 a T3
Inserção: Processo mastoide; Terço lateral da linha nucal superior
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais
Ação: Individualmente fletem lateralmente e giram o pescoço para o mesmo lado; Em conjunto
estendem o pescoço.
6. M. Levantador da Escápula
Origem: Processos transversos de C1 a C4
Inserção: Porção superior da margem medial da escápula
Inervação: Nervo dorsal da escápula e Nervos espinhais cervicais
Ação: Eleva a escápula.
7. M. Escaleno Médio
Origem: Processos transversos de C2 a C7
Inserção: Face superior da 1ª costela
Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 1ª costela
Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais cervicais
8. M. Escaleno Posterior
Origem: Processos transversos de C4 a C6
Inserção: Margem externa da 2ª costela
Ação: Flete o pescoço lateralmente; Eleva a 2ª costela
Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais C7 e C8
OBS: Os músculos escalenos são considerados auxiliares da respiração, sendo de uso necessário em pacientes com
crise de asma, que forçam essa musculatura para expandir a caixa torácica.
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO
É o maior ramo do arco aórtico, medindo cerca de 4 a 5 cm. Origina-se atrás do manúbrio do esterno na linha
mediana e geralmente não possui ramos. Tem trajeto ascendente e lateralmente para a direita, sendo recoberto
superficialmente pelos músculos esterno-hioideo e esternotireoideo.
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ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS
Seus ramos suprem o pescoço, membro
superior e encéfalo. A A. subclávia direita origina-se
do TBC, posterior à articulação esternoclavicular
direita. A A. subclávia esquerda origina-se do arco
aórtico, 1cm distal à artéria carótida comum E, sobe
no mediastino superior e entra na raiz do pescoço
posterior à articulação esternoclavicular esquerda.
O seu trajeto inicial na região cervical dar-se
posteriormente à articulação esternoclavicular de
cada lado, tendo, inicialmente, um trajeto ascendente.
Curvam-se lateralmente sobre a 1ª costela, passando
posteriormente ao músculo escaleno anterior.
Passam a ter trajeto descendente em direção ao
terço médio da clavícula, para penetrar no canal
cérvico-axilar, com o nome de artéria axilar (passa
a chamar-se artéria axilar após ultrapassar a borda
externa da 1ª costela).
A artéria subclávia está dividia em três
porções em relação ao m. escaleno anterior:
1ª Porção: desde sua origem até a borda medial do músculo escaleno anterior. Tem como ramos principais:
Artéria vertebral: Sobe no espaço piramidal (bem do
ápice) entre os músculos escalenos (anterior) e longos
(longo do pescoço). Penetra nos forames
transversários de C6 até C1. Entram no crânio pelo
forame magno e se unem na margem inferior do tronco
encefálico para formar a artéria basilar.
Artéria torácica interna: Origina-se da face
anteroinferior da a. subclávia. Trajeto descendente em
direção ao tórax, para irrigar a parede torácica anterior.
Não emite ramos no pescoço.
Tronco tireocervical: Origina-se medialmente ao m.
escaleno anterior. Dá origem a três ramos: artéria
tireoide inferior, artéria supra-escapular e artéria
cervical transversa. Seus ramos terminais são: a A.
cervical ascendente e a própria A. tireóidea inferior.
o Artéria supra-escapular: geralmente é o
primeiro ramo do tronco tireocervical, com
trajeto lateral e posterior, passando então pela
incisura da escápula para suprir dos músculos
na região posterior desse osso.
o Artéria cervical transversa: Trajeto posterior passando sobre o assoalho do trígono lateral, passando
sobre os troncos do plexo braquial, emitindo dois ramos: um profundo (geralmente, representando a a.
dorsal da escápula) e um superficial. Envia ramos para músculos da região cervical lateral, para
músculos mediais da escápula e para o trapézio.
o Artéria cervical ascendente: Trajeto ascendente sobre o M. escaleno anterior, geralmente medial ao
nervo frênico, para suprir os músculos da parte superior do pescoço e do trígono lateral,
o Artéria tireóidea inferior: principal ramo do tronco tireocervical por ser a artéria visceral primária do
pescoço. Tem trajeto ascendente e medial em direção ao polo inferior da glândula tireoide.
3ª Porção: lateral ao músculo escaleno anterior, estendendo-se até a margem externa da 1ª costela.
Artéria dorsal da escápula: pode originar-se como ramo profundo da A. cervical transversa (tronco
tireocervical), podendo ser um ramo independente da 3ª porção da subclávia. Passa lateralmente através do
plexo braquial, anteriormente ao m. escaleno médio e aprofunda-se no m. levantador da escápula. Alcança a
escápula para suprir os m. romboides.
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OBS: A veia retromandibular é formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar. Seus ramos terminais
consistem em duas partes: anterior (drena para a veia facial, contribuindo na formação da veia jugular interna) e
posterior (contribui na formação da veia jugular externa). Ou seja, a divisão anterior da veia retromandibular desemboca
na veia facial, que por sua vez, desemboca na veia jugular interna; enquanto a divisão posterior, junto à veia auricular
posterior, originam a veia jugular externa.
VEIA SUBCLÁVIA
Continuação da veia axilar (origina-se na margem lateral da 1ª costela), une-se com a veia jugular interna para
formar a veia braquiocefálica.
OBS: O ângulo venoso é o ângulo formado na região de anastomose da VJI com a VSC, onde desembocam o ducto
torácico e o tronco linfático direito.
NERVO VAGO
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É o X par de nervos cranianos. Surge no pescoço a partir do forame jugular, de onde passa a ter trajeto
descendente na bainha carotídea, posteriormente à artéria carótida comum e a veia jugular interna.
O nervo vago D passa anteriormente à
primeira parte da artéria subclávia e
posteriormente à veia braquiocefálica. O nervo
vago esquerdo desce entre a artéria carótida
comum e artéria subclávia esquerda,
posteriormente a articulação esternoclavicular.
NERVO FRÊNICO
Forma-se a partir de ramos de C3 a C5,
na margem lateral do músculo escaleno anterior,
com trajeto descendente sobre este, encoberto
pela veia jugular interna e M. ECM, para entrar no
tórax e suprir o músculo diafragma.
TRONCOS SIMPÁTICOS
Situam-se na região anterolateral a coluna vertebral. Diferentemente da porção torácica do tronco simpático, na
região cervical, ele está associado a três gânglios simpáticos cervicais:
Gânglio cervical superior: Situa-se ao nível de C1 e C2. Envia nervos para a carótida externa e interna.
Gânglio cervical médio: Situa-se na face anterior da artéria tireóidea inferior ao nível da cartilagem cricoide e
do processo transverso de C6, imediatamente anterior à artéria vertebral.
Gânglio cervical inferior: Funde-se com o 1º gânglio torácico para formar o grande gânglio cervicotorácico ou
gânglio estrelado, que se situa anteriormente ao processo transverso de C7, posteriormente à origem da artéria
vertebral.
OBS: Síndrome do desfiladeiro torácico: Síndrome neurovascular associada com compressão do plexo braquial,
artéria subclávia e veia subclávia na saída torácica superior. Pode resultar de uma variedade de anomalias, como
costela cervical (síndrome da costela cervical), bandas faciais anômalas e anormalidades da origem ou inserção dos
músculos escaleno médio ou
anterior. É comum também em
tumores que invadem a raiz do
pescoço (câncer de pulmão,
por exemplo, como o chamado
“tumor de Pancoast”). Os sinais
clínicos podem incluir dor na
região dos ombros e pescoço
que se irradia para o braço,
paresia ou paralisia dos
músculos enervados pelo plexo
braquial, parestesia, perda da
sensibilidade, redução dos
pulsos arteriais na extremidade
afetada, isquemia e edema.
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VÍSCERAS CERVICAIS
As vísceras do pescoço estão dispostas em três camadas, denominadas de acordo com a sua função primária.
Da região superficial para profunda, são elas:
1. Camada Endócrina: tireoide; paratireoides. São glândulas sem ductos que fazem parte do sistema
endócrino do corpo, sendo elas secretoras de hormônios (T3, T4, calcitonina; paratormônio).
2. Camada respiratória e fonação: laringe; traqueia. Têm como função: encaminhar o ar para o trato
respiratório; desviar o alimento para o esôfago; manter via aerífera aberta, com meios de fechá-la
temporariamente; e produzir a voz (fonação).
3. Camada alimentar: faringe; esôfago.
GLÂNDULA TIREOIDE
Situa-se profundamente aos músculos esternotireoideo e
esterno-hioideo, ao nível das vértebras C5 a T1. Consiste em dois
lobos (direito e esquerdo) e um istmo unindo-os.
Os lobos localizam-se ântero-lateralmente à laringe e
traqueia.
O istmo une os dois lobos anteriormente ao 2º e 3º anéis
da traqueia.
A tireoide é uma glândula altamente vascularizada, o que prova que sangramentos nesse nível são intensos. Ela
está envolta por uma fina cápsula fibrosa fixada à cartilagem cricoide e tireoide por tecido conectivo denso.
Superficialmente, encontra-se revestida pela camada visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.
ARTÉRIAS DA TIREOIDE
A glândula, altamente vascularizada, é suprida
pelas artérias tireóideas superior e inferior, situadas
entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial frouxa
(lâmina pré-traqueal).
Artéria tireóidea superior: ramo da artéria
carótida externa (primeiro de seus ramos),
descendo até os polos superiores da glândula.
Dividem-se em ramos anterior e posterior que
suprem a face anterossuperior da glândula.
Artéria tireóidea inferior: são os maiores
ramos dos troncos tireocervicais (oriundos da
a. subclávia), que seguem supero-medialmente
para chegar à face posterior da glandula,
suprindo principalmente os pólos inferiores.
Artéria tireóidea ima: é inconstante, tendo
uma frequência de 10% na população. Origina-
se do tronco braquiocefálico ou do arco aórtico.
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VEIAS DA TIREOIDE
Três pares de veias geralmente formam um plexo venoso tireoide na superfície anterior da tireoide e da
traqueia.
V. tireóidea superior: acompanham as artérias tireóideas superiores e drenam para a veia jugular interna.
V. tireóidea média: seguem um trajeto paralelo às artérias tireóideas inferiores e drenam para a veia jugular
interna.
V. tireóidea inferior: geralmente, correm sozinhas ou com a artéria tireóidea ima. Drena para a veia
braquiocefálica, posteriormente ao manúbrio.
INERVAÇÃO DA TIREOIDE
Os nervos da tireoide são derivados de fibras vasomotoras dos gânglios simpáticos cervicais (superiores,
médios e inferiores). Eles chegam às vísceras através dos plexos cardíacos e periarteriais tireoideos. A secreção
endócrina da tireoide é controlada pela hipófise (por meio do hormônio TRH).
GLÂNDULAS PARATIREOIDES
Comumente são 4 (duas superiores e duas inferiores) localizadas posteriormente à
glândula tireoide. As superiores estão ao nível da margem inferior da cartilagem cricoide. As
inferiores, localizadas no polo inferior da glândula tireoide. Suas secreções estão relacionadas
ao metabolismo do cálcio.
LARINGE
Órgão complexo da fonação formado por 9 cartilagens interconectadas por membranas, ligamentos e
articulações sinoviais. Situa-se na parte anterior do pescoço ao nível de C3 a C6, presa ao osso hioide e à raiz da língua.
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ESQUELETO DA LARINGE
É formada por 3 cartilagens ímpares (tireóidea, cricoidea e epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenoide,
corniculada e cuneiforme).
Cartilagem tireoide: Composta por duas lâminas que se fundem anteriormente no plano mediano, em seus 2/3
inferiores para formar a proeminência laríngea (cujo relevo é mais visível em homens). Têm-se como meios de
fixação dessa cartilagem:
o Membrana tireo-hioidea (fixação superior com o hioide): ligamento tireo-hioideo mediano e ligamentos
tireo-hioideos laterais.
o Articulação cricotireóidea (sinovial): entre corno inferior e face lateral da cartilagem cricoide.
Cartilagem cricoide: tem forma de anel, possuindo um arco anterior e uma lâmina posterior. É uma cartilagem
espessa e resistente, representando o único anel completo de cartilagem. Possui duas superfícies articulares:
duas inferiores para os cornos inferiores da cartilagem tireoide; e duas superiores para as cartilagens
aritenoides. Tem como meios de fixação:
o Ligamento cricotireoideo mediano: espessamento na membrana cricotireóidea que serve como fixação
superior com a margem da cartilagem tireóidea.
o Ligamento cricotraqueal: fixação inferior com o 1º anel traqueal.
OBS: O cone elástico é a parte inferior da parte membranácea da laringe. É uma estrutura formada pelo: ligamento
cricotireoideo mediano e lateral e pelo ligamento vocal (margem superior espessada do ligamento cricotireoideo).
OBS²: O ligamento vocal estende-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea ao processo vocal da aritenoide.
Corresponde à margem superior do ligamento cricotireoideo, sendo revestido pela prega vocal. É a vibração desse
ligamento que vai dar os sons das vogais na fonação.
Cartilagem aritenoidea: cartilagem com forma piramidal articulada com as faces articulares superiores da
cartilagem cricoide, na porção lateral da margem superior da lâmina da cartilagem cricoide. É constituída por:
Ápice (superiormente), Processo vocal (anteriormente) e pelo processo muscular (lateralmente).
o Ápice: sustenta a cartilagem corniculada
o Processo vocal: fixa o ligamento vocal e presta inserção ao músculo vocal.
o Processo muscular: fixa os músculos cricoaritenoideos posterior e lateral
o Articulações cricoaritenoides: articulação sinovial que permitem a mobilidade das aritenoides, importante
nos movimentos das pregas vocais.
Cartilagem epiglótica: única cartilagem da laringe do tipo elástica (o restante é do tipo hialina). Situa-se atrás
da raiz da língua e do osso hioide. Forma a margem superior e parede anterior do ádito da laringe. Sua
extremidade superior é livre e sua extremidade inferior é mais afilada (percíolo epiglótico) e está fixada ao ângulo
formado pelas lâminas da cartilagem tireoide pelo ligamento tireoepiglótico. Tem como meios de fixação:
o Ligamento tireoepiglótico: fixa às lâminas da cartilagem tireóidea.
o Ligamento hioepiglótico: fixa a face anterior ao hioide.
o Membrana quadrangular: fixa as faces laterais da cartilagem aritenoide. A partir dessa membrana, têm-
se a formação do: ligamento vestibular (margem livre inferior da membrana quadrangular); as pregas
vestibulares (estende-se da cartilagem tireóidea à aritenoidea, acima da prega vocal); ligamento
ariepiglótico (margem superior livre da membrana quadrangular) e prega ariepiglótica (contém as
cartilagens corniculadas e cuneiformes em sua região posterior).
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Relaxadores: deixam as cordas flácidas tracionando as aritenoides (gerando voz baixa). Músculos
tireoaritenoideos.
INERVAÇÃO DA LARINGE
A inervação dos músculos intrínsecos da laringe se dá por meio de ramos do nervo vago: o nervo laríngeo
recorrente (n. laríngeo inferior) inerva todos eles, exceto o M. cricotireoideo (este é inervado pelo nervo laríngeo
externo, ramo do nervo laríngeo superior).
Laríngeo superior: Ramo interno: sensitivo para região interna da laringe, superior as pregas vestibulares; Ramo
externo: inerva o músculo cricotireoideo
Laríngeo inferior: Continuação do nervo laríngeo recorrente (nervo motor da laringe)
OBS: Compressões no nevo laríngeo recorrente (como por exemplo, pelo arco aórtico no tórax, por meio de uma
dilatação) causa rouquidão devido a prejuízos motores dos músculos intrínsecos da laringe.
VASOS DA LARINGE
Artérias:
Laríngea superior: ramo da a. tireóidea superior (carótida externa).
Laríngea inferior: ramo da a. tireóidea inferior (tronco tireocervical).
Veias:
Laríngea superior: drena para a veia tireóidea superior e dela, para a veia jugular interna.
Laríngea inferior: drena para a veia tireóidea inferior e dela, para a v. braquiocefálica.
TRAQUEIA
A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo sustentado por anéis incompletos que matem a sua luz sempre aberta.
Tem diâmetro de 2,5cm e comprimento 11 cm. Inicia-se ao nível de C6 na extremidade inferior da laringe e termina ao
nível do ângulo esternal ou T4/T5 dividindo-se em brônquios principais D e E. Seus principais componentes são:
Anéis traqueais
Ligamento anular da traqueia (entre os anéis)
Parede membranácea (posterior) com o músculo traqueal
RELAÇÕES DA TRAQUEIA
Anteriores: Istmo da Gl. tireoide, Arco venoso jugular, M. esternotireoideo e esterno-hioideo.
Laterais: Artérias carótida comum, Lobos da Gl. tireoide e Nervos laríngeos recorrentes no sulco
traqueoesofágico.
Posteriores: Esôfago.
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ARTÉRIAS DA TRAQUEIA
Artérias que suprem a traqueia são derivadas de ramos viscerais das artérias tireóideas inferiores.
INERVAÇÃO DA TRAQUEIA
A inervação é feita tanto por ramos simpáticos (gânglios cervicais) quanto parasimpáticos.
FARINGE
É um tubo comum aos sistemas digestório e respiratório, que vai da base crânio à margem inferior da cartilagem
cricoide, iniciando o canal alimentar. Está divida em três partes: Naso-faringe, Oro-faringe e Laringo-faringe.
NASOFARINGE
Situada acima do palato mole, é a extensão posterior das cavidades nasais, através das coanas. Nela, podem
ser encontradas:
Tonsila faríngea (adenoide)
Prega salpingofaríngea e músculo salpingofaríngeo.
Recesso faríngeo
ORO-FARINGE
Estende-se do palato mole até a epiglote. Anteriormente comunica-se com a cavidade oral; Inferiormente: Base
da lingual e Epiglote; Superiormente: Palato mole; e Lateralmente: Arco palatoglosso, Arco palatofaríngeo, Tonsila
palatina (amígdala).
A orofaringe recebe o bolo alimentar da cavidade oral e o direciona para a laringofaringe para realizar a
deglutição em três estágios:
1° estágio: músculos da língua e palato mole impulsionam o bolo alimentar para a orofaringe
2° estágio: elevação do palato mole; elevação da laringe e encurtamento da faringe (músculos supra-hioideos e
longitudinais da faringe).
3° estágio: músculos constrictores da faringe impulsionam o bolo alimentar para o esôfago.
LARINGOFARINGE
Localiza-se posteriormente à laringe (nível de C4 a C6), comunicando-se com o ádito da laringe. Estende-se da
margem superior da epiglote e pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricoide, onde se continua
como esôfago.
Suas paredes póstero-laterais são constituidas por músculos constrictores médio e inferior e pela fáscia
bucofaríngea (continuação da lâmina pré-traqueal posteriormente). Internamente, estão situados na faringe os
músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo.
OBS: Recesso piriforme: pequena depressão lateralmente ao ádito da laringe, limitada pela cartilagem tireóidea e
membrana tireohioidea.
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MÚSCULOS DA FARINGE
Camada circular externa:
Constrictor superior da faringe
Constrictor médio da faringe
Constrictor inferior da faringe
Camada longitudinal interna
Músculo palatofaríngeo
Músculo estilofaríngeo
Músculo salpingofaríngeo
4. M. salpingofaríngeo
Origem: tuba auditiva
Inserção: funde-se com o M. Palatofaríngeo
Inervação: Nervo acessório via ramo faríngeo do nervo vago e Plexo faríngeo
Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.
5. M. palatofaríngeo
Origem: palato duro e aponeurose palatina
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6. M. estilofaríngeo
Origem: processo estiloide do temporal
Inserção: Margem posterior e superior da lâmina da cartilagem tireóidea; Funde-se com o M.
Palatofaríngeo
Inervação: Nervo glossofaríngeo (IX par craniano)
Ação: Elevam a faringe e laringe durante a deglutição e fonação, ou seja, encurtam e alargam.
VASOS DA FARINGE
Irrigação arterial: um ramo da artéria facial, a artéria tonsilar atravessa o músculo constritor superior e entra
no pólo inferior da tonsila. A tonsila também recebe brotos arteriais das artérias palatinas ascendente, artéria
lingual e palatina descendente. Além delas, recebe irrigação da artéria faríngea ascendente (ramo da
carótida externa).
Drenagem venosa: a grande veia palatina externa desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da
tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo.
NERVOS DA FARINGE
A inervação da faringe é realizada pelo plexo faríngeo, de modo que suas
fibras motoras e sensitivas são destinadas à inervação dos músculos acima citados e
suas fibras sensitivas são provenientes do nervo glossofaríngeo (para as três partes da
faringe) e do nervo maxilar (para a mucosa da porção anterossuperior da nasofaringe).
ESÔFAGO
Tubo muscular contínuo com a laringofaringe, ao nível de C6, que se estende pelo pescoço, tórax até alcançar o
abdome. Possui musculatura voluntária no 1/3 superior. No pescoço, situa-se entre a traqueia e a coluna cervical, na
linha mediana. Tem trajeto para a esquerda à medida que desce no tórax.
RELAÇÕES DO ESÔFAGO
Anteriormente: traqueia.
Lateralmente: bainha carótica; Nervo laríngeo recorrente no sulco traqueoesofágico; lobos da glândula tireoide.
Posteriormente: vértebras cervicais.
VASOS DO ESÔFAGO
Irrigação arterial: Artérias tireóideas inferiores.
Drenagem venosa: Veias tireóideas inferiores.
Vasos linfáticos drenam para: linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores.
NERVOS DO ESÔFAGO
Fibras somáticas: nervos laríngeos recorrentes.
Fibras vasomotoras: troncos simpáticos cervicais.
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PAREDE TORÁCICA
A parede torácica, além de proteger o conteúdo da cavidade torácica, possui a função de participar no
mecanismo da respiração. Durante a respiração, os músculos do tórax, juntamente com o diafragma e os músculos
abdominais, variam o volume dessa caixa.
A parede torácica é constituída pela pele, tecido subcutâneo, fáscia, músculos e arcabouço ósseo do tórax.
OBS:
Caixa torácica: tórax ósseo.
Cavidade torácica: espaço interno e seu conteúdo.
Parede torácica: caixa torácica, pele, fáscia, músculos.
A fáscia superficial (ou tecido subcutâneo) é composta de tecido conjuntivo frouxo e está intimamente ligada
pelos retináculos da pele, contendo quantidades variáveis de gordura, glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos e
linfáticos – nas mamas, as glândulas mamárias.
A fáscia de revestimento ou fáscia torácica é uma membrana fibrosa fina, densa, sem gordura aderida e está
frouxamente presa ao tecido subcutâneo. Ela reveste intimamente os músculos e tendões associados e ajuda a manter
as partes do tórax unidas e apresenta uma barreira contra infecções.
COSTELAS
As costelas são em número de 12 pares. São ossos
alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas
ao esterno. Podem ser classificadas de duas maneiras:
a) Articulam-se diretamente (verdadeiras), indiretamente
(falsas) ou não se articulam com o osso esterno (flutuantes):
7 Pares Verdadeiras (1ª a 7ª): Articulam se
diretamente ao esterno.
3 Pares Falsas Propriamente Ditas (8ª a 10ª): Articulam-se indiretamente (cartilagens)
2 Pares Falsas Flutuantes (11ª a 12ª): São livres
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OBS: Espaços intercostais. São espaços que separam as costelas entre si. Cada espaço é numerado de acordo com
a costela que forma a borda superior do espaço. Os espaços intercostais são ocupados por músculos e membranas
intercostais, e dois conjuntos (principal e colateral) de vasos e nervos intercostais identificados pelo mesmo número
atribuído ao espaço. De superior para mais inferior, a sequência inicial da posição dessas estruturas no espaço é: veia,
artéria e nervo intercostal.
OBS²: Cartilagem costal. Cartilagens que prolongam as costelas anteriormente, contribuindo para elasticidade da
parede torácica.
OSSO ESTERNO
O osso esterno (do Grego, peito) é um osso plano, alongado, que forma
a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. É um importante osso
hematopoiético. O esterno está divido em três porções: manúbrio, corpo e
processo xifoide. Nessas porções, encontramos as seguintes estruturas:
Manúbrio
Incisura jugular (ao nível de T3-T4)
Sínfise manúbrio-esternal
Ângulo do esterno (entre T4 e T5)
Corpo: Incisuras costais e Cristas transversas
Processo xifoide (ao nível de T10)
Ligamentos do Esterno
VÉRTEBRAS TORÁCICAS
São vértebras típicas porque são independentes, possuem corpos, arcos vertebrais e sete processos para conexões
musculares e articulares. Como características específicas das vértebras T1 a T2 temos:
Fóveas costais nos corpos e processos transversos
Fóvea costal superior e inferior
Processos espinhosos longos
ABERTURAS DO TÓRAX
A caixa torácica é “vasada” superior e inferiormente, permitindo a passagem de
estruturas em geral e a comunicação do tórax com o pescoço e abdome.
Abertura Superior do tórax (6,5cm x 12,5cm): a entrada anatômica do tórax é
delimitada da seguinte forma:
Posteriormente, pela vértebra T1
Lateralmente, pelo 1º par de costelas e suas cartilagens costais.
Anteriormente, pela borda superior do manúbrio.
Estruturas que ultrapassam essa abertura: esôfago, traqueia, nervos e vasos
que suprem e drenam a cabeça, pescoço e membros superiores.
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OBS: A cabeça de cada costela articula-se com a parte superior da vértebra correspondente (de mesmo número), com a
parte inferior da vértebra superior a ela e o disco adjacente que une as vértebras. Já a crista da cabeça da costela fixa-
se no disco por meio de um ligamento intra-articular. Porém a cabeça da 1ª, 11ª e 12ª (as vezes, a 10ª) articula-se
apenas com a vértebra correspondente.
OBS: As articulações costotransversárias (sinoviais planas) é a junção entre o tubérculo das costelas e a fóvea costal
dos processos transversos.
GLÂNDULAS MAMÁRIAS
Normalmente as mamas estão mais desenvolvidas em mulheres, uma vez que tanto homens quanto mulheres
possuem mama (inclusive, ambos podem apresentar câncer de mama). Entretanto, nos homens, a mama quase não
apresenta gordura (o tecido adiposo é o responsável pelo tamanho do seio) e as glândulas mamárias não se
desenvolvem. Ao contrário das mulheres, que apresentam glândulas mamárias como acessórios para a reprodução e
amamentação da prole.
As mamas encontram-se superficiais e proeminentes na parede torácica
anterior. Na sua porção mais apical, encontra-se a papila mamária circundada por
uma área de pele circular pigmentada, denominada de aréola.
MAMAS FEMININAS
A base circular da mama estende-se verticalmente da 2ª a 6ª costela e
transversalmente da margem lateral do esterno até a linha axilar média, entretanto
uma pequena parte da glândula mamária pode se estender ao longo da borda ínfero-
lateral do músculo peitoral maior até a axila, formando um processo axilar da mama.
As mamas crescem durante a puberdade devido ao desenvolvimento das
glândulas mamárias e pela deposição de gordura, a qual irá dar o contorno
arredondado e volume aos seios.
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Os ductos lactíferos dão origem a brotamentos que formam 15 a 20 lóbulos de tecido glandular, que constituem
as glândulas mamárias. O seio lactífero é uma porção dilatada de cada ducto.
GLANDULAS MAMÁRIAS
As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas modificadas, por tanto, não possuem cápsula ou bainha
especial. Os alvéolos que secretam leite estão dispostos como uvas em cacho. Durante a gestação, a glândula mamária
aumenta e novos tecidos glandulares são formados. Entretanto, durante o ciclo menstrual, pode haver aumento da
mama devido uma maior deposição de gordura por hormônios gonadotróficos (LH e FSH).
OBS: Dois terços do leito da mama são formados pela fáscia peitoral sobre o musculo peitoral maior.
OBS: O espaço retro-mamário é um espaço virtual entre a mama e a fáscia peitoral. É um espaço plano de tecido
conjuntivo frouxo, contendo uma pequena quantidade de gordura, que permite um certo grau de movimento a mama.
OBS: Ligamentos suspensores da mama: ligamentos subcutâneos que firmam a glândula a derme.
VASCULATURA DA MAMA
O suprimento arterial e feito por ramos derivados da artéria torácica interna (ramo da A. subclávia), artéria
torácica lateral e toracoacromial (ramos da A. axilar), além de artérias intercostais posteriores.
A drenagem venosa da mama é principalmente levada para a veia axilar, podendo também ser drenada para a
veia torácica interna.
A linfa segue da papila, aréolas e lóbulos da glândula segue para o plexo linfático subareolar. 75% da linfa é
drenada para linfonodos axilares. O restante (25%) é drenada para linfonodos paraesternais, mama oposta e linfonodos
abdominais.
OBS: É importante conhecer a drenagem linfática das mamas devido ao seu papel na metástase das células
cancerígenas.
Os vasos linfáticos na pele da mama (exceto na papila mamária e aréola) drenam para linfonodos axilares,
cervicais profundos inferiores e infraclaviculares e também para linfonodos paraesternais de ambos os lados.
NERVOS DA MAMA
Os nervos mamários originam-se dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4º ao 6º nervos intercostais. Os
ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas para a pele da mama e fibras simpáticas para os vasos
sanguíneos localizados nas mamas e para o músculo liso, situado na pele da papila mamária.
2. Peitoral Menor
Origem: Face externa da 3ª a 5ª costelas, próximo à união com as cartilagens costais
Inserção: Processo coracoide da escápula
Inervação: Nervo peitoral medial do plexo braquial
Ação: Depressão da escápula; Eleva as costelas.
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5. Serrátil Anterior
Origem: Face externa das 9 costelas superiores (digitação)
Inserção: Margem medial da escápula e ângulos superior e inferior
Inervação: Nervo torácico longo (plexo braquial)
Ação: Traciona ventralmente a escápula (protrusão da escápula)
7. Músculos Intercostais
Músculos Intercostais externos
o 11 pares situados nos espaços intercostais (EIC)
o Fibras oblíquas no sentido antero-inferior
o Desde o tubérculo das costelas até as junções costocondrais, onde se continuam com a membrana
intercostal externa.
9. Músculo subcostal
Origem: Face interna das costelas inferiores, próximo aos ângulos
Inserção: Margens superiores da 2ª e 3ª costelas abaixo da origem
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Provavelmente elevam as costelas
NERVOS INTERCOSTAIS
Correspondem aos ramos anteriores do respectivo nervo espinhal. Correm ao longo dos espaços intercostais
entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna, passando pelos sulcos das costelas.
Há 11 nervos intercostais, que são classificados em típicos e os que contêm alguma particularidade. Estes são
nervos espinais, de natureza mista.
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As raízes nervosas deixam os sulcos ântero e póstero-lateral da medula espinal. As radículas nervosas
provenientes dos sulcos anterolateral possuem uma característica própria: tem função motora. Enquanto, as radículas
provenientes dos sulcos póstero-lateral também possuem uma característica própria, são nervos que possuem função
sensitiva. Então, após formadas estas duas radículas se conjugam e formam o nervo espinal, os quais estão em 31
pares ao longo da coluna vertebral em seu plano mais mediano. Após formado este segue passando pelo forame
intervertebral e então se divide em dois ramos: um ventral (ramo anterior primário) e um dorsal (ramo posterior primário).
O ramo anterior primário segue então para a inervação da parede do tórax, e este é então denominado de nervo espinal
torácico. E o ramo dorsal segue para musculatura do dorso, do pescoço e para o tecido celular subcutâneo.
A partir do ramo anterior de nervo espinal torácico este se comunica a partir de um ramo comunicante branco
com o tronco simpático, o qual irá formar a sinalização pré-sináptica, enquanto do tronco simpático sai o ramo
comunicante cinzento, sendo este comunicante do tronco para o próprio nervo, com então estímulos pós-sinápticos.
Observa-se em nível de dissecção que o ramo comunicante branco está mais lateral, e o cinzento mais medial e
posterior.
o o
Há somente 3 pares de nervos intercostais típicos: do 3 ao 6 nervo intercostal.
seria que a maioria das fibras são encaminhadas para formação do plexo braquial, daí a pequena parte que
“sobra” forma o primeiro par de nervos intercostais. Mas, quando formado os ramos cutâneos laterais estes
anastomosam suas fibras com o N. intercostobraquial e este será discutido adiante.
o o
O 2 e 3 pares de nervos intercostais, após passarem no sulco das costelas, formam um amplo ramo cutâneo
lateral, sendo este denominado de nervo intercostobraquial. Este se funde com o ramo cutâneo medial do braço
e formará a sensibilidade da região medial e posterior do braço, isto após este mesmo nervo adentrar
passando(perfurando) o M. serrátil anterior. Além de fundir-se com o ramo cutâneo medial do braço este tem
função de inervar o assoalho da axila (pele e tecido celular subcutâneo).
o o
Do 4 - 11 pares de nervos intercostais, após originarem os ramos cutâneos laterais, cruzam a margem costal
por trás para suprir a pele e os músculos abdominais, não estando entre as costelas são denominados de nervos
toracoabdominais da parede anterior abdominal. Perfuram a bainha do M. reto próximos ao plano mediano.
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As artérias intercostais seguem na parede torácica entre as costelas. Cada espaço intercostal é composto por três
artérias, exceto o 10° e 11° espaço intercostal, em que há uma artéria intercostal posterior, e dois pares de artérias
intercostais anteriores.
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ARTÉRIA SUBCOSTAL
Ramo da aorta torácica, seguindo ao longo da margem inferior da 12ª costela distribuindo-se para a parede
abdominal anterolateral.
OUTRAS VEIAS
• Veia intercostal superior esquerda: União da 2ª e 3ª veias intercostais posteriores que drena para a veia
braquiocefálica E.
• Veia intercostal suprema esquerda: Continuação da veia intercostal posterior esquerda do 1° EICE que drena
para a veia braquiocefálica E.
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As cavidades pulmonares correspondem aos compartimentos laterais do tórax, situado lateralmente, dos dois
lados, ao mediastino.
PLEURAS
Cada pulmão é revestido por um saco composto de
membranas compostas continuamente:
Pleura visceral: reveste os pulmões, incluindo as
faces dentro das fissuras horizontal e oblíqua (não
pode ser separada do pulmão).
Pleura parietal: reveste as cavidades pulmonares.
Cavidade Pleural: espaço entre as lâminas da pleura.
Líquido Pleural
RECESSOS PLEURAIS
Espaços pleurais potenciais, não ocupados pelos
pulmões, sendo eles:
Recesso costodiafragmático (figura ao lado): na área
de reflexão costal da pleura sobre as cúpulas diafragmáticas.
Recesso costomediastinal: na área de reflexão
esternal da pleura parietal.
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PULMÕES
Órgãos vitais para a respiração, pois sua principal função é realizar trocas gasosas pela íntima relação entre o ar
inspirado e o sangue venoso nos capilares pulmonares. Em vivos são leves, esponjosos e macios.
Os pulmões estão separados um do outro pelas estruturas do mediastino. A raiz do pulmão é formada por
estruturas que entram e emergem do pulmão no seu hilo (área na face medial de cada pulmão, na qual as estruturas da
raiz do pulmão entram e saem do pulmão, em torno do qual a pleura forma uma cobertura chamada de manguito
pleural). Com isso, diz-se que eles estão fixados ao coração e traqueia pelas estruturas que compõem a raiz do pulmão.
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www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
TRAQUEIA
Estende-se da margem inferior da laringe (C6) até a bifurcação em brônquios principais direito (o qual é mais
largo e menor e corre mais verticalmente à medida que passa para o hilo pulmonar) e esquerdo (passa abaixo do arco
aórtico e anterior ao esôfago), ao nível do ângulo do esterno.
Posteriormente a entrada dos brônquios principais no hilo pulmonar, estes ramificam-se de forma constante
dentro dos pulmões para formarem a árvore brônquica.
BRÔNQUIOS
Os brônquios principais entram nos hilos dos pulmões para se ramificar e formar a árvore bronquial.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
RAIZ PULMONAR
SEGMENTO BRONCOPULMONAR
É a maior subdivisão de um lobo pulmonar com forma piramidal: ápice para a raiz, base para a pleura. Existem
septos de tecido conectivo que são removíveis cirurgicamente. A irrigação, drenagem e aeração são independentes.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Veias pulmonares
o 2 veias direitas
Superior: originada pela fusão das veias dos lobos superior e médio
Inferior
o 2 veias esquerdas
Superior
Inferior
A linfa da pleura parietal drena para os linfonodos da parede torácica e os poucos vasos linfáticos da pleura
parietal drenam para os linfonodos axilares.
INERVAÇÃO PULMONAR
Os nervos pulmonares originam dos plexos pulmonares situados anterior e posteriormente à raiz dos pulmões
e essas redes nervosas contêm fibras parasimpáticas do nervo vago (são motoras para o músculo liso da árvore
bronquial) e das fibras simpáticas provenientes do tronco simpático (são inibidores para o músculo bronquial, motores
para os vasos pulmonares e inibidores das glândulas alveolares da árvore brônquica – célula secretora de surfactante).
Os nervos da pleura parietal derivam dos nervos intercostais e frênico. A parte costal e porção periférica da
parte diafragmática são supridas pelos nervos intercostais. Eles medeiam a sensação de toque e dor. A porção central
da parte diafragmática e parte mediastinal é suprida pelos nervos frênicos.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
MEDIASTINO
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX 2016
Mediastino é o espaço existente entre os dois
pulmões (compartimentos laterais: pulmões e pleuras), ou
seja, é o compartimento central da cavidade torácica.
Estende-se da abertura superior do tórax ao diafragma.
Contém todas as vísceras torácicas, exceto os pulmões:
coração, grandes vasos, traqueia, brônquios, etc.
O mediastino é uma região altamente móvel que
consiste em estruturas viscerais ocas, preenchidas por
líquido ou ar, unidas por tecido conjuntivo frouxo, infiltrado
por gordura (MOORE; DALLEY, 2001).
Para estudo anatômico, o mediastino está dividido
em duas partes: mediastino superior e mediastino
inferior (anterior, médio e posterior).
MEDIASTINO SUPERIOR
O mediastino superior compreende ao espaço
acima de uma linha imaginária traçada a partir do ângulo
do esterno continuando até o disco intervertebral entre T4
e T5, chamado de plano transverso do tórax.
O conteúdo do mediastino superior, antero-posteriormente, se dá pelas seguintes estruturas: timo, grandes
vasos do coração (veias braquiocefálicas, veia cava superior, arco da aorta e seus ramos), nervo vago e frênico, plexo
cardíaco, nervo laríngeo recorrente esquerdo, traqueia, esôfago, ducto torácico (drenagem linfática), músculos pré-
vertebrais.
TIMO
Órgão linfoide primário situado na parte mais anterior do mediastino superior, posteriormente ao manúbrio do
esterno, podendo alcançar o pescoço e o mediastino anterior. Involui após a puberdade, sendo substituído por gordura.
Sua irrigação é feita pelas artérias tímicas, que são ramos intercostal e mediastinal das artérias torácicas
internas. A drenagem venosa é feita pelas veias tímicas, que drenam direto para as VBC, podendo drenar para a veia
torácica interna e tireóidea inferior. A drenagem linfática é realizada por linfonodos dessa região: paraesternais (ao lado
do manúbrio), braquiocefálicos (juntos das VBC), traqueobronquiais (profundos à traqueia).
GRANDES VASOS
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS
São formadas a partir da união das veias subclávias e jugulares internas (drenam a cabeça) de cada lado, ao
nível das articulações esternoclaviculares, posteriores a estas articulações.
A veia braquiocefálica esquerda é maior que a direita e cruza anteriormente os três ramos principais do arco
aórtico para unir-se à veia braquiocefálica direita e formar a veia cava superior ao nível da 1ª cartilagem costal direita.
As veias braquiocefálicas têm como tributárias: veia vertebral, veia intercostal suprema, veia tireóidea inferior,
veia intercostal suprema E (primeiro espaço intercostal), veias tímicas, veias pericárdicas, ducto linfático D no ângulo
venoso D (encontro da v. jugular interna com a v. subclávia), ducto torácico no ângulo venoso E.
ARCO AÓRTICO
É a segunda porção da aorta torácica, sendo a continuação da aorta ascendente (mediastino médio) ao nível do
ângulo esternal.
Arqueia-se posteriormente para esquerda, passando anteriormente à artéria pulmonar direita e à traqueia.
Atinge o ápice lateralmente e à esquerda da traqueia e esôfago (cerca de 2,5 cm abaixo da fúrcula esternal) onde
continua-se como porção torácica da aorta descendente ao nível da margem inferior de T4 ou 2ª articulação
esternocostal.
Tem como ramos principais: Tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia E.
OBS: O nervo vago é originado do 10º par de nervos cranianos (sistema nervoso autônomo) responsável pela
inervação parassimpática. Relaciona-se com o arco aórtico ao passar lateralmente (esquerda) por ele, onde envia um
ramo, o nervo laríngeo recorrente esquerdo, nervo que inerva a laringe, que em seu percurso inicial, circunda
inferiormente o arco aórtico, tomando um trajeto ascendente entre a traqueia e o esôfago para torna-se responsável pela
inervação de músculos relacionados à fonação. Devido a essa relação, pacientes com tumor na aorta ou aneurismas
aórticos, apresentam rouquidão, justamente por pressionar este nervo recorrente. O mesmo cuidado deve-se ter ao
realizar-se a retirada da tireoide, preocupando-se com a dissecação eficiente desses ramos nervosos.
OBS²: Os nervos vagos também enviam ramos importantes como o plexo cardíaco, plexo esofágico (troncos vagais
anteriores e posteriores) e plexo pulmonar.
OBS³: Ligamento arterial. É um vestígio do ducto arterial fetal que une a raiz da artéria pulmonar esquerda à porção
inferior do arco aórtico. Caso não seja fechado, deve-se intervir cirurgicamente, por meio de prostaglandinas ou
cateterismo.
NERVOS
BC direita, veia cava superior e raiz (hilo) do pulmão D, dirigindo-se ao esôfago para formar o plexo esofágico. Envia um
nervo laríngeo recorrente direito que circunda o tronco braquiocefálico inferiormente (assim como o nervo laríngeo
recorrente esquerdo circunda o arco aórtico).
Ainda no mediastino superior, emite diversos ramos ao nível da raiz pulmonar para formar os plexos: plexo
pulmonar, plexo cardíaco e plexo esofágico.
OBS: A paralisia frênica pode se dar de um lado apenas (hemidiafrágma), em que só um lado do diafragma se contrai,
fazendo com que a parte paralisada se projete superiormente, dificultando a respiração.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
DUCTO TORÁCICO
É um grande ducto linfático que drena toda linfa dos membros
inferiores, abdome e uma parte esquerda do tórax, membro superior e
cabeça. Inicia-se na cisterna do quilo, tendo um trajeto ascendente,
entrando no mediastino posterior pelo hiato aórtico, passando
anteriormente às vértebras T12 a T6, e posteriormente ao esôfago,
tendo a aorta à esquerda e a veia ázigo à direita. Entre T4 e T6, volta-se
para esquerda no mediastino superior. No mediastino superior, recebe o
ducto subclávio e o tronco mediastinal ao lado esquerdo, para
desembocar no ângulo venoso esquerdo.
É responsável por drenar a linfa das seguintes regiões: Abdome,
Pelve, Membros inferiores, Lado esquerdo da cabeça, pescoço, tórax e
MSE. Do lado direto, há a presença do ducto linfático direito que
recebe o tronco jugular, tronco subclávio e tronco mediastinal direito,
para desembocar no ângulo venoso direito.
TRONCOS SIMPÁTICOS
Há a presença de troncos simpáticos torácicos que situam-se lateralmente de cada lado da coluna vertebral.
Apresentam vários gânglios que se comunicam com os nervos intercostais através dos ramos comunicantes brancos
(lateral) e cinzentos (medial).
TRONCOS VAGAIS
Troncos vagais anterior (anterior ao esôfago abdominal) e posterior (posterior ao esôfago abdominal) formados a
partir do plexo esofágico (formado pelos nervos vagos).
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CORAÇÃO E PERICÁRDIO
O coração é o órgão central do aparelho circulatório que trabalha como uma bomba muscular cuja função é
impelir o sangue para todas as partes do corpo.
É composto por 4 câmaras:
Câmaras direitas (átrio e ventrículo direitos): recebem o sangue venoso e encaminham para os pulmões
Câmaras esquerdas (átrio e ventrículo esquerdos): recebem o sangue oxigenado dos pulmões e bombeiam-no
para todo o corpo.
OBS: Curiosidades:
Bate cerca de 100 mil vezes por dia (frequência média normal: 60 a 100 batimentos por minuto);
Bombeia 74 mil litros de sangue/dia;
Aos 70 anos já bateu cerca de 2,5 bilhões de vezes;
Sistema circulatório mede cerca de 111.000 km.
PERICÁRDIO
Saco fibrosseroso de parede dupla que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos, estando situado no
mediastino médio, composto por dois sacos:
Pericárdio fibroso: saco fibroso externo.
Pericárdio seroso: saco seroso interno, dividido em duas lâminas (uma parietal e outra visceral).
PERICÁRDIO FIBROSO
Fixado ao centro tendíneo do diafragma pelo Ligamento pericardiofrênico
Fixado ao esterno pelos Ligamentos esternopericárdicos
Posteriormente liga-se às estruturas do mediastino posterior por tecido conjuntivo frouxo
Revestido internamente pela lâmina parietal do pericárdio seroso
OBS: O pericárdio fibroso não se separa do pericárdio seroso parietal durante a dissecação.
OBS: A cavidade do pericárdio entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso são
contínuas, assim como as pleuras parietais e visceral do pulmão.
PERICÁRDIO SEROSO
Composto por duas laminas:
Parietal: Serosa brilhante aderida ao pericárdio fibroso.
Visceral: constitui a Lâmina externa da parede do coração (o epicárdio), reflete-se do coração e grandes vasos
como a lâmina parietal.
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IRRIGAÇÃO DO PERICÁRDIO
O suprimento sanguíneo do pericárdio é feito a partir da artéria pericardiofrênica (ramo delgado da A. torácica
interna, proveniente da A. subclávia, que se termina em A. musculofrênica e epigástrica superior). Contribuições
menores são feitas pelas A. musculofrênicas (ramo terminal da artéria torácica interna), Aa. Bronquiais, esofágicas e
frênicas superiores (ramos da aorta porção torácica). A lâmina visceral do pericárdio seroso é suprida pelas artérias
coronárias.
CORAÇÃO
É o órgão mais importante do sistema circulatório. É uma bomba propulsora de sangue divida em câmaras: dois
átrios e dois ventrículos. Ele bombeia o sangue tanto para a pequena circulação (circulação pulmonar) quanto para a
grande circulação (circulação sistêmica).
Átrio direito: recebe o sangue “venoso” das veias cavas superior e inferior proveniente da grande circulação, e
bombeia para o ventrículo direito, através da valva tricúspide.
Ventrículo direito: recebe o sangue do átrio direito e o bombeia para o tronco pulmonar, através da valva
pulmonar para dar início à pequena circulação.
Átrio esquerdo: recebe o sangue “arterial” das veias pulmonares, e bombeia para o ventrículo esquerdo, através
da valva mitral.
Ventrículo esquerdo: recebe o sangue do átrio esquerdo e o bombeia para a aorta, através da valva aórtica.
CICLO CARDÍACO
Diástole: relaxamento ventricular
o Valvas atrioventriculares abertas
o Valvas aórtica e pulmonar fechadas
PAREDE CARDÍACA
Endocárdio: endotélio vascular
Miocárdio: camada muscular
Epicárdio: lâmina visceral do pericárdio seroso
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
BASE DO CORAÇÃO
Voltada para os corpos vertebrais T6 a T9. Estende-se superiormente até o tronco pulmonar e inferiormente até
o sulco atrioventricular ou coronário. É composto pelo AE e AD. Nela, é visível um sulco que divide os átrios dos
ventrículos: o sulco coronário ou átrio ventricular.
ÁPICE DO CORAÇÃO
Situa-se posteriormente ao 5° EICE, sendo composto pela porção ínfero-lateral do VE.
M ARGENS DO CORAÇÃO
Direita: AD, VCS e VCI
Esquerda: VE e AE
Superior: Átrios e Aurículas
Inferior: VD e VE
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
ÁTRIO ESQUERDO
Forma a maior parte da base do coração, possuindo uma parede lisa. Apenas a sua aurícula (esquerda)
apresenta-se com músculos pectíneos, formando a margem
esquerda.
Óstio das 4 veias pulmonares
Septo interatrial
Óstio da valva atrioventricular esquerda ou mitral
Válvula da fossa oval
VENTRÍCULO ESQUERDO
Forma o ápice do coração, a face pulmonar, a
margem esquerda e parte da face diafragmática. Seu
miocárdio é 2x mais espesso que no VD (por trabalhar
com pressões bem mais altas), com cavidade cônica
maior que do VD.
Valva atrioventricular esquerda ou mitral (4ª
cartilagem costal) com válvulas (Anterior e
Posterior)
Músculos papilares (Anterior e Posterior)
Cordas tendíneas
Trabéculas cárneas
Vestíbulo da aorta
Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares:
Direita, Esquerda e Posterior.
Seios da aorta: Coronários D e E, e Não coronário
Porção ascendente da aorta.
Vestíbulo da aorta
Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares:
Direita, Esquerda e Posterior. Cada válvula
apresenta: Nódulo e Lúnula.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OBS: Focos de ausculta cardíaca: São regiões no tórax de fácil ausculta das bulhas cardíacas (que nada mais são
que a representação semiológica dos sons de abertura e fechamento das valvas cardíacas). Os cinco focos das valvas
podem ser distinguidos em suas respectivas regiões, descritas na figura abaixo.
Origina-se no seio aórtico direito. Volta-se para a direita no sulco atrioventricular (ou coronário), encoberta pela
aurícula direita, até a margem direita do coração, onde se encurva para a face diafragmática, continuando no sulco
coronário. Durante seu trajeto, vai emitir alguns ramos:
Ramo do cone arterial: primeiro ramo da ACD. Parte para suprir o infundíbulo.
Ramo do nó sinoatrial: coberto pela aurícula direita, sobe em direção da veia cava superior.
Ramos ventriculares anteriores do ventrículo direito
Ramo Marginal direito: corre na margem direita do coração.
Ramo interventricular posterior ou descendente posterior: Irriga os ventrículos e septo interventricular.
Anastomosa-se, boca a boca, com ramos da ACE.
Ramo do nó atrioventricular: pequeno ramo profundo que nasce já na face diafragmática.
A artéria coronária direita é responsável por suprir: Átrio direito, Ventrículo direito (>), Face diafragmática do
ventrículo esquerdo, 1/3 posterior do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (60%) e Nó atrioventricular (80%).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Origina-se no seio aórtico E. Volta-se para a esquerda no sulco atrioventricular entre a aurícula esquerda e o
tronco pulmonar com o nome de Tronco da Coronária Esquerda. Na extremidade esquerda do sulco coronário divide-se
em dois ramos:
Ramo interventricular anterior ou descendente anterior (DA): corre no sulco interventricular anterior em direção
ao ápice e origina:
o Ramos septais para a porção anterior do septo interventricular;
o Ramos diagonais para a parede anterior do ventrículo esquerdo.
Ramo circunflexo: segue no sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior. Emite:
o Ramo marginal esquerdo;
o Ramos para a porção diafragmática do VE.
A artéria coronária esquerda é responsável por suprir: Átrio esquerdo, Ventrículo esquerdo (>), Parte da Face
esternocostal do VD, 2/3 anteriores do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (40%) e Feixes do sistema de
condução atrioventricular.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
NÓ ATRIOVENTRICULAR
Localizado na região inferior do septo interatrial, próximo ao óstio do seio coronário. Inervado pelo plexo
cardíaco (estímulo simpático acelera a condução e parassimpático lentifica).
FEIXE ATRIOVENTRICULAR
Transmite o impulso do átrio, a partir do nó atrioventricular, para o ventrículo, atravessando o esqueleto fibroso
do coração. Tem trajeto no septo interventricular. Depois, divide-se em ramos direito e esquerdo na junção da parte
membranácea e muscular.
Ramo direito
Ramo esquerdo
o Divisão ântero-superior
o Divisão póstero-inferior
Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje)
INERVAÇÃO DO CORAÇÃO
A inervação do coração é feita a partir de fibras nervosas autônomas provenientes do plexo cardíaco, oriundo
do nervo vago, formado entre a traqueia, a aorta e tronco pulmonar.
Inervação simpática: fibras dos gânglios
paravertebrais cervical e torácico superior dos
troncos simpáticos. O suprimento simpático é
proveniente das fibras pré-ganglionares e fibras
pós-ganglionares (as fibras pós-ganglionares
terminam no nó sinoatrial e atrioventricular). O
estímulo simpático do tecido nodal aumenta a
frequência cardíaca e a força de suas contrações.
Esse estímulo também dilata das artérias
coronárias inibindo sua constrição (fornece mais
oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante
períodos de atividade aumentada).
Inervação parassimpática: fibras do nervo vago. O
suprimento parassimpático é proveniente de fibras
pré-ganglionares do nervo vago e fibras
parassimpáticas pós-ganglionares também
terminadas nos nós sinoatrial e atrioventricular e
diretamente nas artérias coronárias. O estímulo
dos nervos parassimpáticos diminui a frequência
cardíaca, reduz a força do batimento cardíaco e
constringe as artérias coronárias, economizando
energia entre períodos de demandas aumentadas.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
CAVIDADE ABDOMINAL
É a cavidade situada entre o diafragma torácico e abertura superior da pelve (diafragma da pelve). Essa
cavidade não possui assoalho por ser contínua com a cavidade pélvica. Ela está protegida pela caixa torácica
superiormente e, consequentemente, alguns órgãos (baço, fígado, parte dos rins e estômago) são protegidos pela caixa
torácica. Ela é encerrada anterolateralmente por paredes abdominais músculo-aponeuróticas que possuem várias
camadas.
QUADRANTES ABDOMINAIS
A cavidade abdominal pode ser dividida também em quatro quadrantes, a partir de planos como o plano
mediano (vertical), seguindo o trajeto da linha alba; e o plano transumbilical (horizontal), ao nível do disco IV entre
L3 e L4. Os quadrantes são:
Quadrante superior direito: lobo direto do fígado, vesicular biliar, piloro do estômago, duodeno (1ª – 3ª parte),
cabeça do pâncreas, glândula suprarrenal direita, rim direito, flexura hepática direita do colo, parte superior do
colo ascendente, metade direita do colo transverso.
Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado, baço, estômago, jejuno e íleo proximal, corpo e cauda
do pâncreas, rim esquerdo, glândula suprarrenal, flexura cólica (esplênica) esquerda, metade esquerda do colo
transverso, parte superior do colo descendente.
Quadrante inferior direito: ceco, apêndice vermiforme, maior parte do íleo, parte inferior do colo ascendente,
ovário direito, tuba uterina direita, ureter direito (parte abdominal) funículo espermático direito (parte abdominal),
útero (se aumentado) e bexiga (se muito cheia).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Quadrante inferior esquerdo: colo sigmoide, parte inferior do colo descendente, ovário esquerdo, tuba uterina,
ureter esquerdo (parte abdominal) funículo espermático esquerdo (parte abdominal), útero (se aumentado) e
bexiga (se muito cheia).
OBS: O forame obturado é limitado pelo ísquio e púbis, pelo canal obturatório e pela membrana obturatória.
OBS: O acetábulo é a cavidade para articulação com a cabeça do fêmur. É formado pelo encontro do ílio, ísquio e
púbis. Está divido em fossa do acetábulo, face semilunar e incisura do acetábulo.
VÉRTEBRAS LOMBARES
Em número de cinco, possuem corpo vertebral grande e maciço. Suas lâminas são robustas e seus processos
espinhosos são espessos e largos, voltados posteriormente. Possuem processos transversos, processos
articulares, processos mamilares nos processos articulares superiores e processos acessórios na face posterior da
base dos processos transversos.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
SACRO
Grande osso cuneiforme triangular formado pela união de 5 vértebras sacrais. Forma o teto e parede póstero-
superior da cavidade pélvica.
COCCIX
Pequeno osso triangular formado pela fusão de 4 vértebras rudimentares.
1. Músculo Oblíquo Externo do Abdome: é o mais superficial. Suas fibras correm ínfero-medialmente,
possuindo duas porções: muscular e aponeurótica. Sua margem inferior forma o ligamento inguinal e o
ligamento inguinal reflexo.
Origem: Face externa da 5ª a 12ª costela.
Inserção: Linha alba, Tubérculo púbico e Metade anterior da crista púbica.
Ação: Flete e gira o tronco, comprime e suporta as vísceras abdominais.
Inervação: Nervos tóracoabdominais (ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais) de T7 a
T11 e nervo subcostal.
2. Músculo Oblíquo Interno do Abdome: localizado em uma posição intermediária. Suas fibras correm
supero-medialmente, possuindo duas porções: muscular e aponeurótica. Sua margem inferior participa na
formação do anel inguinal superficial e canal inguinal e na foice inguinal.
Origem: Fáscia toracolombar, 2/3 anteriores da crista ilíaca e ½ lateral do ligamento inguinal.
Inserção: 10ª a 12ª costela, Linha alba e Linha pectínea através do tendão conjunto.
Ação: flete e gira o tronco, comprime e suporta as vísceras abdominais.
Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11) e 1º nervo lombar.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
3. Músculo Transverso do Abdome: músculo mais profundo da parede antero-lateral. Suas fibras correm
transverso-medialmente e as fibras inferiores paralelas as do músculo oblíquo interno e contribuem na
formação do canal inguinal. Suas porções são: muscular e aponeurótica.
Origem: Face interna da 7ª a 12ª cartilagem costal, Fáscia toracolombar, Crista ilíaca, 1/3 lateral do
ligamento inguinal.
Inserção: Linha alba, Crista púbica e Linha pectínea através do tendão conjunto.
Ação: Comprime e suporta as vísceras abdominais.
Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11) e 1º nervo lombar.
OBS: Foice inguinal: Reunião das fibras tendíneas mediais inferiores dos músculos oblíquo interno e transverso do
abdome, que se curvam para se fixar na crista do púbis e na linha pectínea.
OBS²: Tendão conjunto: Reunião das fibras dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome, que formam a
porção mais medial da foice inguinal e se inserem na linha pectínea.
4. Músculo Reto do Abdome: músculo em faixa que ocupa verticalmente a parede anterior. Em nº de dois,
separados pela linha alba, são largos e finos superiormente, e estreitos e grossos inferiormente. Estão
presentes três intersecções tendíneas que fixam transversalmente o músculo reto à lâmina anterior de sua
bainha, estando ao nível: Processo xifoide, Cicatriz umbilical e uma entre as duas anteriores.
Origem: sínfise púbica e crista púbica.
Inserção: processo xifoide, 5ª a 7ª cartilagens costais.
Ação: Flete o tronco, comprime as vísceras abdominais.
Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11).
5. Músculo Piramidal: Pequeno músculo triangular situado na porção inferior da bainha do reto, anteriormente
ao músculo reto. Estende-se do pube até meia distância entre este e a cicatriz umbilical. Mede em torno de
7cm, podendo variar de 1,5 a 12cm. Está ausente em 10% da população.
Origem: corpo do pubis.
Inserção: parte inferior da linha alba.
Ação: tensiona a linha alba.
Inervação: ramos de T12.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OBS: Começando a aproximadamente um terço de distância do umbigo até a crista púbica, as aponeuroses dos três
musculos planos passam anteriormente ao músculo reto do abdome para formar a lâmina anterior da bainha do reto,
deixando apenas a fáscia transversal relativamente fina para cobrir o músculo reto do abdome posteriormente.
OBS: A linha arqueada é uma linha crescente que demarca a transição entre a parede posterior aponeurótica da bainha
que reveste os três quartos superiores do reto e a fáscia transversal que reveste o quarto inferior.
OBS: Em toda a extensão da bainha, as fibras das lâminas anterior e posterior entrelaçam-se na linha mediana para
formar a complexa linha alba. Consiste em uma rafe tendínea fibrosa vertical entre os dois músculos retos do abdome.
Ela segue verticalmente por toda a extensão da parede anterior do abdome e separa as bainhas do reto bilateralmente,
estreita-se inferiormente ao umbigo até a largura da sínfise púbica e alarga-se superiormente até a largura do processo
xifoide. A linha alba dá passagem a pequenos vasos e nervos para a pele
OBS: Em sua porção média, subjacente ao umbigo, a linha alba contém o anel umbilical, um defeito na linha alba
através do qual os vasos umbilicais fetais entravam e saíam do cordão umbilical e da placenta.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Nervos subcostais (T12): grandes ramos anteriores do 12° nervo torácico. Tem trajeto na margem inferior da
12ª costela. Distribui-se para o M. oblíquo externo, pele sobre o quadril e pele sobre a espinha ilíaca ântero-
superior.
Nervo ilío-hipogástrico (L1): Ramos anteriores do 1° nervo lombar. Distribui-se para pele sobre a crista ilíaca,
pele da região hipogástrica e para os Músculos oblíquo interno e transverso do abdome.
Nervo ilíoinguinal (L1): Ramos anteriores do 1° nervo lombar. Tem trajeto no plano neurovascular e através do
canal inguinal. Distribui-se para: pele do escroto, lábio maior, monte do púbis, face medial da coxa e para os
Músculos oblíquo interno e transverso do abdome.
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APONEUROSE TORACOLOMBAR
É um complexo fascial extenso fixado à coluna vertebral medialmente que, na região lombar, possui lâminas
posterior, media e anterior com músculos encerrados entre elas. É uma fáscia densa que se estende da 12ª costela até a
crista ilíaca e envolve os músculos dorsais profundos. Fixa-se lateralmente aos músculos oblíquo interno e transverso do
abdome, além do latíssimo do dorso.
1. Nervos Somáticos
a) Nervos Subcostais: ramos anterior de T12, ou seja, originam-se no tórax, passando logo então
posteriormente aos ligamentos arqueados laterais até o abdome e seguem ínfero lateralmente na face
anterior do músculo quadrado do lombo para inervarem o músculo obliquo interno e pele da parede
anterolateral do abdome.
b) Ramos primários anteriores dos Nervos lombares: Nervos espinais lombares (L1-L5) que se
originam no intimo do músculo psoas maior, conectando-se aos troncos simpáticos.
c) Plexo lombar de nervos: rede composta pelos ramos anteriores dos nervos L1 a L4, sendo formado
anteriormente aos processos transversos lombares, dentro da fixação proximal do musculo psoas
maior (posteriormente a ele). Os nervos à seguir são ramos do plexo lombar; os três maiores são
citados primeiro:
Nervo Femoral (ramos posteriores de L2-L4): emerge da margem lateral do musculo psoas
maior, inerva o musculo ilíaco e passa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico
até a face anterior da coxa, suprindo os flexores do quadril e extensores do joelho.
Nervo obturatório (ramos anteriores de L2-L4): emerge da margem medial do musculo psoas
maior e segue até a pelve menor, passando inferiormente ao ramo superior do púbis
(através do forame obturado) até a face medial da coxa, inervando os músculos adutores.
Tronco lombosacral (L4, L5): passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve para participar
na formação do plexo sacral com os ramos anteriores dos nervos S1-S4.
Nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1): originam-se do ramo anterior de L1, entrando no
abdome posteriormente ao ligamento arqueado medial e seguindo ínfero-medialmente,
anteriormente ao músculo quadrado do lombo. Seguem superior e paralelamente à crista
ilíaca, perfurando o M. transverso do abdome perto da EIAS. Atravessam os Mm. Oblíquos
para inervar os músculos abdominais e pele da região inguinal e púbica.
Nervo genitofemoral (L1, L2): perfura o musculo psoas maior e segue inferiormente sobre
sua face anterior, profundamente à fáscia iliopsoas. Divide-se lateralmente às artérias ilíacas
comum e externa em ramos femoral (supre a pele do trígono femoral) e genital (M.
cremáster e pele anterior do escroto/lábios maiores).
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Nervo cutâneo femoral lateral da coxa (L2, L3): segue ínfero-lateralmente sobre o músculo
ilíaco e entra na coxa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico, logo
medialmente a EIAS. Inerva a pele na face anterolateral da coxa.
Nervo obturatório acessório.
2. Nervos Autônomos (Parte Simpática): a inervação simpática do abdome se dá pelos nervos esplâncnicos
abdominopélvicos. Ação simpática nas vísceras abdominais causa vasoconstricção e inibição do
peristaltismo. As fibras aferentes viscerais acompanham fibras simpáticas e carregam sensações dolorosas
(distensão) tipo cólicas.
Nervos esplâncnicos torácicos inferiores: Nervo esplâncnico maior (T5-T9), Nervo esplâncnico
menor (T10- T11) e Nervo esplâncnico mínimo (T12).
Nervos esplâncnicos lombares: Originam-se do tronco simpático abdominal, composto por 4
gânglios simpáticos paravertebrais lombares, que se comunicam com os ramos anteriores dos nervos
espinais lombares. São 3 ou 4 nervos, cujas fibras passam para os plexos intermesentérico,
mesentérico inferior e hipogástrico superior. As fibras destes plexos são conduzidas para os gânglios
simpáticos pré-vertebrais (a frente da coluna lombar e da aorta): gânglio celíaco, gânglio aorticorrenal,
gânglio mesentérico superior, gânglio mesentérico inferior, ou outros Gânglios pré-vertebrais que
ocorrem dentro do plexo intermesentérico e hipogástrico superior. Dos gânglios, as fibras simpáticas
pós-ganglionares passam para as vísceras abdominais para seguir com os ramos do tronco celíaco,
das artérias mesentéricas superior e inferior e com os da artéria renal até alcançar as vísceras.
OBS: As vísceras só transmitem dor de distensão. Seria impossível sentir dores ao se cortar uma víscera. Ao contrário
do que ocorre quando o canal alimentar está repleto de gases, por exemplo, em que as dores são retrato da falta de
oxigenação (hipóxia) das paredes das vísceras devido a sua distensão ou por contrações tônicas (como nas cólicas
uterinas).
3. Nervos Autônomos (parte parasimpática): também é realizada por nervos esplânicos abdominopelvicos.
Troncos vagais anterior e posterior: Suas fibras passam para os plexos aórticos abdominais e
periarteriais, dá inervação parassimpática até a flexura cólica esquerda.
N. esplâncnicos pélvicos: Formado pelos ramos anteriores de S2 - S4. Inervação parassimpática após
a flexura cólica esquerda.
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Gânglios parassimpáticos intrínsecos: Plexo mioentérico na túnica muscular da parede das vísceras.
Plexos autônomos abdominais: Fibras simpáticas e parassimpáticas que circundam a aorta e seus
ramos principais.
Plexos periarteriais: Plexo celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior, plexo intermesentérico
(origina os plexos renal, testicular ou ovárico e uretérico) e plexo hipogástrico superior.
A. mesentérica superior (L1): segundo ramo da parte abdominal da aorta. Segue na raiz do
mesentério até a junção ileocecal. Distribui-se na parte do trato gastrointestinal derivada do intestino
médio.
A. Intestinais (jejunal e ileal): ramos da artéria mesentérica superior.
A. Pancreaticoduodenal inferior: ramo da artéria mesentérica superior que divide-se nos
ramos anterior e posterior que ascendem de cada lado da cabeça do pâncreas para se
anastomosar com ramos da A. pancreáticoduodenal superior.
A. Cólica Média: ramo da mesentérica superior que supre o colo transverso.
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A. mesentérica inferior (L3): ramo da parte abdominal da aorta, que desce no retroperitônio à
esquerda da parte abdominal da aorta.
A. Cólica Esquerda: ramo da A. mesentérica inferior que supre o colo descendente.
A. Sigmóidea: ramo da A. mesentérica inferior que supre o colo descendente e o sigmóide.
A. Retal: ramo terminal da A. mesentérica inferior que supre a parte proximal do reto.
3. Parietais pares
A. subcostais (T12)
A. frênicas inferiores
A. lombares (L1 a L4)
veia cava inferior através das veias hepáticas. A veia mesentérica inferior geralmente não se liga diretamente à veia
porta hepática, vindo a drenar na veia esplênica. A veia porta se ramifica em diversas veias que se abrem nos
sinusóides hepáticos. O sangue é posteriormente reabsorvido para a veia hepática e entra na veia cava inferior. As
tributárias da veia porta hepática incluem: veia gástrica esquerda e veia gástrica direita, veia esplênica (onde desemboca
a veia mesentérica inferior).
A veia porta do fígado é o canal principal do sistema porta venoso. Ela coleta sangue pouco oxigenado, mas
rico em nutrientes, provenientes da parte abdominal do trato gastrintestinal, incluindo a vesícula biliar, pâncreas e baço,
e o conduz até o fígado. Lá, ela se ramifica (única veia do organismo que se ramifica) para terminar nos capilares
expandidos (sinusoides venosos do fígado).
O sistema venoso portal comunica-se com o sistema venoso sistêmico, formando anastomoses porto-
sistêmicas, nos seguintes locais:
A. Entre as veias esofágicas que drenam para a veia ázigo (circulação sistêmica) ou para veia gástrica
esquerda (circulação portal). Quando dilatadas, formam as varizes esofágicas.
B. Entre as veias retais, em que a inferior e média drena para VCI (circulação sistêmica) e a veia retal superior
continuando como a veia mesentérica inferior (circulação portal).
C. As veias paraumbilicais da parede abdominal anterior (sistema portal) que se anastomosam com as veias
epigástricas superficiais (circulação sistêmica). Quando dilatadas, estas veias produzem a cabeça de Medusa.
D. Ramúsculos das veias cólicas (circulação portal) que se anastomosam com as veia retroperitoneais (circulação
sistêmica).
As veias paraumbilicais estendem-se ao longo do ligamento redondo no ligamento falciforme umbilical mediano
na prega umbilical mediana. Estas pequenas veias estabelecem anastomoses entre as veias da parede abdominal
anterior e a porta do fígado e as veias ilíacas internas.
OBS: As comunicações entre o sistema venoso portal e o sistema venoso sistêmico são importantes clinicamente no
advento de um bloqueio venoso portal intra ou extra-hepático. Quando a circulação portal através do fígado é diminuída
ou obstruída por causa de doença do fígado ou pressão física proveniente de um tumor, por exemplo, sangue do trato
gastrintestinal ainda pode alcançar o lado direito do coração através da VCI por meio de diversas colaterais. Estas rotas
alternativas estão disponíveis pois a veia porta e suas tributárias não possuem válvulas, por esta razão, o sangue pode
fluir em uma direção contrária à veia cava inferior.
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OBS: Quando a cicatrização e fibrose provenientes da cirrose obstruem a porta do fígado, a pressão aumenta na veia
porta e suas tributárias, produzindo hipertensão portal. Nos locais de anastomoses entre as veias portal e sistêmica, a
hipertensão portal produz veias varicosas e fluxo sanguíneo aumentado provenientes do sistema portal para o sistema
sistêmico de veias. As veias podem se tornar tão dilatadas que suas paredes se rompem, resultando em hemorragias
graves.
OBS: Em casos graves de obstrução portal, até mesmo as veias paraumbilicais podem tornar-se varicosas e parecer um
pouco com pequenas cobras irradiando-se sobre a pele em torno do umbigo. Esta condição é referida como cabeça da
medusa.
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O peritônio é uma membrana serosa transparente, brilhante e contínua que reveste a cavidade
abdominopélvica e envolve as vísceras (MOORE; DALLEY, 2001), sendo ela a mais extensa serosa (mais extensa que a
pleura e que o pericárdio) do corpo e consiste em um saco fechado no homem (GRAY, 1988) e parcialmente aberto nas
mulheres.
O peritônio consiste em 2 lâminas
contínuas: o peritônio parietal (fáscia
transversal, por estar aderida ao M. Transverso
do Abdome, e reveste a face interna da parede
abdominopélvica) e peritônio visceral (fáscia
subserosa, reveste vísceras como o estômago e
o intestino). Histologicamente, as duas lâminas
do peritônio correspondem ao mesotélio (células
epiteliais simples pavimentosas).
A cavidade peritoneal está situada dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade
pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço virtual com espessura capilar, situado entre as lâminas parietal e visceral do
peritônio. Não contém órgãos, mas contém uma fina película de líquido peritoneal (composto de água, eletrólitos e
outras substâncias derivadas do líquido intersticial de tecidos adjacentes). Esse líquido tem a função de lubrificar o
peritônio visceral e as faces das vísceras, permitindo deslizamento sem atrito entre as vísceras. Além disso, contém
leucócitos e anticorpos que resistem a infecções. Ele é absorvido pelos vasos linfáticos na face inferior do diafragma.
A cavidade peritoneal é completamente fechada nos homens; entretanto, há uma via de comunicação nas
mulheres para o exterior do corpo através das tubas uterinas, da cavidade uterina e vagina. Esta comunicação constitui
uma possível via de infecção do exterior.
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No início de seu desenvolvimento, a cavidade embrionária do corpo (celoma intra-embrionário) é revestida por
mesoderma. Em um estágio ligeiramente posterior, a cavidade abdominal primordial é revestida por peritônio parietal
derivado do mesoderma, que forma um saco fechado. A luz do saco é a cavidade peritoneal.
À medida que se desenvolvem, os órgãos invaginam (protraem) em graus variáveis para o saco peritoneal,
adquirindo um revestimento peritoneal, o peritônio visceral.
Uma víscera como o rim se protrai apenas parcialmente para a cavidade peritoneal; portanto, é basicamente
retroperitoneal, sempre permanecendo externa à cavidade peritoneal e posterior ao peritônio que reveste a cavidade
abdominal. Outras vísceras, como o estômago e o baço, protraem-se completamente para o saco peritoneal e são
completamente revestidas por peritônio visceral, isto é, são intraperitoniais. Essas vísceras estão ligadas à parede
posterior do abdome por um mesentério de comprimento variável, que é formado por duas lâminas de peritônio com
uma fina lâmina de tecido conjuntivo frouxo entre elas.
Em resumo, a invaginação dos órgãos é variável e leva a formação dos mesentérios, ligamentos,
compartimentos abdominais, pregas e recessos.
INTRAPERITONEAIS
São órgãos quase completamente cobertos por peritônio visceral (Ex: estômago e baço). Neste caso, os órgãos
não estão dentro da cavidade peritoneal (embora o termo seja usado clinicamente para designar substâncias injetadas
nessa cavidade).
FORMAÇÕES PERITONEAIS
A cavidade peritoneal tem um formato complexo. Com isso, são usados vários termos para descrever as partes
do peritônio que unem os órgãos a outros órgãos ou à parede abdominal, e os compartimentos e recessos restantes.
MESO
Formado pela fusão de duas lâminas de peritônio, com tecido conjuntivo frouxo, que propicia suprimento
neurovascular e sustentação dos órgãos à parede posterior do abdome. Liga um órgão intraperitoneal à parede
abdominal posterior, contendo vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura.
O meso do intestino delgado é denominado, a rigor, mesentério. Entretanto, os meso relacionados a outras
partes específicas do trato alimentar recebem denominações de acordo: mesocólos transverso e sigmoide,
mesoapêndice, mesovário, mesoesôfago e mesogástrico.
O mesentério propriamente dito é uma larga prega de peritônio em forma de leque, que prende as alças do
jejuno e íleo à parede posterior do abdome. Entre seus folhetos, encontramos seu conteúdo: ramos intestinais da artéria
mesentérica superior, ramos tributários da veia porta, plexo de nervos, vasos quilíferos, linfonodos mesentéricos.
Podemos dividir o mesentério em duas porções: a raiz, que mede cerca de 5 cm e estende-se obliquamente desde a
flexura duodenojejunal do lado esquerdo de L2 até a articulação sacroilíaca direita (GRAY, 1988); e a borda intestinal,
que mede cerca de 6m, com largura de 20cm, sendo mais estreita superiormente.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OMENTO
Omento, a rigor, é classificado como uma prega do peritônio que liga um órgão abdominal a outro. Ele é uma
extensão ou prega de peritônio que passa do estômago e parte proximal do duodeno para órgãos adjacentes ou para
parede abdominal. Divide-se em: omento maior e omento menor.
Omento menor: Liga a curvatura menor do estômago e porção proximal do duodeno ao fígado.
Omento maior: Prega peritoneal proeminente que se projeta da curvatura maior do estômago e parte proximal
do duodeno e prende-se à face anterior do colo transverso.
LIGAMENTO PERITONEAL
Consistem em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a outro ou á parede abdominal.
PREGA PERITONEAL
A prega peritoneal é uma reflexão do peritônio sobre estruturas da parede do corpo, como vasos sanguíneos,
ductos e vasos fetais obliterados subjacentes (por exemplo, Prega umbilical mediana, Prega umbilical medial e Prega
umbilical lateral). As pregas umbilicais medianas revestem o úraco, as pregas umbilicais mediais revestem os vasos
umbilicais obliterados e as pregas umbilicais laterais contêm as artérias epigástricas inferiores.
RECESSO PERITONEAL
O recesso (ou fossa) peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritonial. Está dividida em
três grupos. São eles: Divididas em 3 grupos: Recessos duodenais, Recessos cecais e Recesso intersigmoideo.
1. Recessos Duodenais
Recesso duodenal superior (50%): Superiormente a esquerda da porção ascendente do duodeno
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2. Recessos Cecais
Recesso ileocecal superior: Fenda estreita entre o mesentério do íleo e a prega ileocecal superior (aloja a artéria
cecal anterior)
Recesso ileocecal inferior: Entre o mesoapêndice e a prega ileocecal inferior (na junção ileocecal).
Recesso cecal: Posteriormente ao ceco, limitado à direita pela prega cecal.
3. Recesso Intersigmoideo: Desaparece com a idade. Situa-se posteriormente ao mesocólon sigmoide, sobre os
vasos ilíacos externos, no espaço entre os músculos psoas e ilíaco. Tem tamanho variável, desde uma simples
fosseta até um aspecto afunilado, que permite introdução do dedo.
OBS: Outros recessos existentes são: Recesso supra-hepático (sobre o fígado, delimitado pela lâmina anterior do
ligamento coronário) e recesso hepatorrenal (abaixo do fígado, delimitado pela lâmina posterior do ligamento
coronário do fígado).
Há comunicação livre entre os compartimentos supracólico e infracólico através dos sulcos paracólicos, sulcos
entre as faces laterais dos colos ascendente e descendente e a parede lateral do abdome.
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OBS: Os apêndices epiploicos são pequenas bolsas de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto.
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REGIÃO INGUINAL
O trato íliopúbico é a margem inferior e espessada da fáscia transversal acima do ligamento inguinal. Ele limita
inferiormente o anel inguinal profundo e forma a margem súpero-medial do canal femoral.
O ligamento inguinal e o trato iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na parede do corpo na região
inguinal denominada orifício miopectíneo. Esta área fraca, que ocorre em relação às estruturas que atravessam a
parede do corpo, é o local de hérnias inguinais (direta e indireta, e hérnia femoral).
1
OBS: O trígono femoral está localizado no /3 súpero-medial da coxa. Látero-medialmente, o conteúdo do trígono
femoral consiste em: nervo, artéria e veia femorais. Os limites do trígono femoral são: lateralmente, a borda medial do
músculo sartório; superiormente (base), o ligamento inguinal; e, medialmente, a margem lateral do músculo adutor
longo. O assoalho do trígono femoral é muscular, sendo composto látero-medialmente pelos músculos: ílio-psoas,
pectíneo e porção lateral do adutor longo. O teto do trígono femoral é fascial, sendo formado pelas fáscias: lata e crivosa
(mais profunda).
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CANAL INGUINAL
O canal inguinal é formado em relação à descida do testículo durante o desenvolvimento fetal (descida do
testículo). É uma passagem oblíqua situada na parte inferior da parede abdominal anterolateral, direcionada ínfero-
lateralmente, paralelo ao ligamento inguinal, cerca de 2 a 4 cm acima deste. Mede cerca de 4 cm de comprimento e dá
passagem ao funículo espermático nos homens e ao ligamento redondo do útero nas mulheres. O canal inguinal
também contem vasos sanguíneos e linfáticos e o nervo ilioinguinal em ambos os sexos.
OBS: O testículo é puxado pra fora por um ligamento chamado gubernáculo, que liga o testículo à pele.
OBS: As hérnias inguinais são mais comuns nos homens devido ao fato do canal inguinal nas mulheres ser mais estreito
e resistente.
Do canal inguinal, destacam-se as seguintes estruturas: aberturas (anel inguinal superficial ou externo; anel
inguinal profundo ou interno), parede anterior, parede posterior,
teto e assoalho.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Na mulher, os ovários também se desenvolvem na região lombar superior da parede posterior do abdome e
migram em direção à parede posterior lateral da pelve. O gubernáculo feminino liga o ovário e o útero primordial ao
lábio maior, e forma, nas mulheres adultas, o ligamento útero-ovárico e o ligamento redondo que se insere no tecido
subcutâneo do lábio maior. O processo vaginal forma o canal inguinal, que dá passagem ao ligamento redondo e nervo
ilioinguinal.
OBS: No adulto, não há superposição entre os anéis inguinais superficial e profundo, ou seja, os dois anéis não são
contínuos: o profundo é lateral e o superficial é medial. Aumento na pressão intra-abdominal força a parede posterior do
canal inguinal contra a anterior, diminuindo a probabilidade de herniação.
FUNÍCULO ESPERMÁTICO
É uma bainha composta por fáscias que contém estruturas que entram e saem do testículo (contém vasos,
nervos e ducto deferente) e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal profundo, passa através do canal
inguinal e sai pelo anel inguinal superficial, terminando no escroto, na margem posterior do testículo. O revestimento do
funículo espermático inclui:
Fáscia espermática interna: derivada da fáscia transversal
Fáscia cremastérica: derivada do músculo oblíquo interno
Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo
OBS: Com isso, de superficial para profundo, tem-se: pele, tecido subcutâneo (túnica dartos) e músculo dartos, fáscia
espermática externa, músculo cremáster e fáscia cremastérica, fáscia espermática interna, lâmina parietal da túnica
vaginal e lâmina visceral da túnica vaginal (revestindo o testículo e o epidídimo), e por fim, a túnica albugínea (revestindo
intimamente os lóbulos do testículo).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OBS: Pessoas com varizes testiculares têm dificuldade do retorno venoso da região, podendo causar esterilidade.
ESCROTO
Saco cutâneo composto por uma
pele mais pigmentada que o restante do
corpo (com a finalidade de proteger as
células germinativas de radiações solares)
e túnica dartos (lâmina de fibras
musculares lisas, responsável pela
contração da pele e aspecto enrugado). O
escroto pode ser dividido em dois
compartimentos pelo septo do escroto
(internamente) e pela rafe do escroto
(externamente - linha de fusão das
eminências labioescrotais).
DRENAGEM DO ESCROTO
Venosa: Veias escrotais anteriores e posteriores (acompanham as artérias)
Vasos Linfáticos: Drenam para os linfonodos inguinais superficiais
INERVAÇÃO DO ESCROTO
Ramo genital do nervo genitofemoral: face anterolateral do escroto.
Nervos escrotais anteriores (ramos do nervo ilioinguinal): face anterior.
Nervos escrotais posteriores (ramos do nervo pudendo): face posterior
Ramos perineais do Nervo Cutâneo posterior da coxa: face inferior
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EPIDÍDIMO
Estrutura formada por circunvoluções do ducto do
epidídimo, situada na face posterior do testículo, que se
continua como ducto deferente. Está dividido em cabeça,
corpo e cauda.
Cabeça: Porção superior formada por lóbulos que
reúnem 12 a 14 dúctulos eferentes.
Corpo: porção média formada pelas
circunvoluções do ducto do epidídimo
Cauda: Porção mais inferior que continua-se com
o ducto deferente.
TESTÍCULO
Órgão ovoide situado na bolsa escrotal, responsável pela produção dos espermatozoides e hormônios
masculinos. Está suspenso pelo funículo espermático. O testículo esquerdo é mais inferior.
Ele é recoberto por túnica fibrosa resistente (a túnica albugínea). Essa túnica emite septos que divide o
testículo em lóbulos, que contém os túbulos seminíferos. A espermatogênese se dá nos túbulos seminíferos, enquanto
os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos à rede do testículo em seu mediastino. Da rede do testículo saem os
dúctulos eferentes, que passam a constituir o ducto do epidídimo, que se continua como ducto deferente (termina na
face póstero-inferior da bexiga, desembocando na próstata juntamente ao ducto da vesícula seminal, formando o ducto
ejaculatório).
O testículo é recoberto externamente pela lâmina visceral da túnica vaginal (aderida a túnica albugínea). O
seio do epidídimo é um recesso da túnica vaginal, entre o corpo do epidídimo e a face póstero-lateral do testículo.
OBS: Entre a lâmina parietal da túnica vaginal (adjacente à fáscia espermática interna) e a lâmina visceral da túnica
vaginal (aderida à túnica albugínea), tem-se a cavidade vaginal por onde percorre um líquido que permite a
movimentação do testículo.
IRRIGAÇÃO DO TESTÍCULO
É feita pelas artérias testiculares, ramos da face anterolateral da aorta abdominal, abaixo das artérias renais,
que seguem no retroperitônio para cruzar os ureteres e a. ilíaca externa.
INERVAÇÃO DO TESTÍCULO
Nervos do plexo testicular na artéria testicular
Fibras parassimpáticas vagais
Fibras simpáticas do segmento T7 da medula espinhal
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Varicocele: Varicocele, ou varizes do testículo, consiste na dilatação anormal das veias testiculares,
principalmente após esforço físico. Essas veias fazem parte do cordão espermático. Sua dilatação pode dificultar
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o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen. Embora seja uma das causas
da infertilidade masculina, varicocele não provoca distúrbios da potência sexual.
Hidrocele: Hidrocele é a coleção de líquido ao redor do testículo. Pode significar algum processo inflamatório,
mas comumente está associada à persistência do canal peritôneo-vaginal no homem. O líquido que aí se
acumula é o mesmo que lubrifica os intestinos dentro do peritôneo. Para ter certeza que estamos frente a uma
hidrocele, usamos uma lanterna atrás da bolsa escrotal: Se a luz atravessar com uma cor avermelhada, é
hidrocele. Se não, pode ser sangue (hematocele), pus (piocele), hérnia (ínguino-escrotal) ou tumor de testículo.
Habitualmente seu crescimento é lento e indolor, diferente das demais causas citadas, que envolvem dor,
trauma e alterações da pele da bolsa. O tratamento é cirúrgico.
Vasectomia: A vasectomia é a ligadura dos canais deferentes no homem. Ela corta apenas o canal que leva os
espermatozoides do testículo até as outras glândulas que produzem o esperma masculino. Continua a haver
ejaculação normal, apenas, agora, sem espermatozoides. É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em
cima do escroto (saco). Não precisa de internação. É uma cirurgia de esterilização voluntária definitiva e, por
isto, o homem tem de ter certeza absoluta que nunca mais poderá ter filhos.
Criptorquirdia: termo usado para designar uma anomalia na posição do testículo que para no meio do caminho
que deveria percorrer para chegar à bolsa escrotal. Essa alteração de percurso tem importância porque, para
viabilizar a produção de espermatozoides, os testículos precisam estar um grau, um grau e meio abaixo da
temperatura corpórea. Para manter o equilíbrio térmico, o escroto é formado por várias camadas de musculatura
que o ajudam a relaxar no calor, permitindo que os testículos se afastem do corpo, ou a contrair-se no frio para
trazê-los para perto do corpo. Além disso, o cordão espermático por onde caminham as artérias que vão nutrir os
testículos e as veias que drenam o sangue, está envolto pelo músculo cremaster que também se distende no
calor e retrai-se no frio. Esse mecanismo que permite a aproximação ou o afastamento dos testículos do corpo é
crucial para manter a temperatura adequada para a produção de espermatozoides.
Hérnia Inguinal indireta (congênita): é a mais comum de todas as hérnias abdominais. Nesse caso, o órgão
herniado deixa a cavidade abdominal lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e entra no anel inguinal
profundo, sendo revestido por um saco herniário formado por um processo vaginal persistente e todos os três
revestimentos fasciais do funículo espermático. Essa hérnia atravessa todo o canal inguinal para sair no anel
inguinal superficial. Comumente entra no escroto.
Hérnia inguinal direta (adquirida): o órgão herniado deixa a cavidade abdominal medialmente aos vasos
epigástricos inferiores, protraindo-se não pelo anel inguinal profundo, mas por uma área relativamente fraca
situada na parede posterior do canal inguinal – o trígono inguinal (limites superolateral: A. epigástrica
inferior; medialmente: margem lateral do M. Reto do abdome; inferiormente: ligamento inguinal). A víscera
herniada é revestida por um saco herniário composto pela fáscia transversal. Não atravessa todo o canal
inguinal e emerge através ou ao redor do tendão conjuntivo para alcançar o anel inguinal superficial, ganhando
um revestimento da fáscia espermática externa. Quase nunca entra no escroto, contudo, quando o faz, passa
lateralmente ao funículo espermático.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
VÍSCERAS ABDOMINAIS
As vísceras abdominais são todos aqueles órgãos localizados dentro da cavidade abdominal, ou que tenha
origem na mesma. Eles podem ser intraperitoneais (aqueles que estão envolvidos por peritônio), como o jejuno, íleo e
fígado ou retroperitoneais (primários ou secundários), como os rins e duodeno. A partir do colo transverso, podemos
dividir a cavidade peritoneal em compartimento supracólico e infracólico.
ESÔFAGO
O esôfago é um tubo muscular com diâmetro médio de 2 cm que conduz o alimento da faringe para o estomago.
Está localizado no quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal, penetrando nesta região através do hiato
esofágico no pilar direito do diafragma (T10) e termina na cárdia (T11). Ele tem uma situação retroperitoneal.
Esse órgão atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano
mediano no nível da vértebra T10.
O esôfago é constituído por fibras circulares (internas) e longitudinais (externas). Em seu terço superior, ele é
formado por fibras externas estriadas e no terço inferior de fibras lisas. A sua mucosa está separada da mucosa gástrica
pela junção esofagogástrica.
OBS: As anastomoses porto-sistêmicas ocorrem em três pontos do corpo: no esôfago, no umbigo (veias paraumbilicais)
e na região retal.
OBS: Como drenam para os sistemas venosos porta e sistêmicos, as veias submucosas da parte abdominal do esôfago
constituem uma anastomose porto-sistêmica. Na hipertensão porta (um aumento anormal da pressão sanguínea no
sistema venoso porta), como nos casos de necrose hepática e substituição do tecido hepático por tecido fibrosado, o
sangue é incapaz de atravessar o fígado por meio da veia porta, causando uma inversão do fluxo na tributária esofágica.
Esse grande volume de sangue desviado causa dilatação significativa das veias submucosas, formando varizes
esofágicas, que podem se romper causando hemorragias graves e de difícil controle cirúrgico.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
ESTÔMAGO
O estômago é a parte expandida do trato alimentar entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para
o acumulo de alimento ingerida, que é química e mecanicamente preparado para a digestão e passagem para o
duodeno. Com exceção da parte pilórica, que está no quadrante superior direito, o estômago está localizado no
quadrante superior esquerdo, quando apresenta um formato em “C” invertido, porém quando apresenta um formato em
“J” em indivíduos longilíneos, em que ele pode se alongar até o quadrante inferior esquerdo.
Anteriormente, o estomago se
relaciona com: parede abdominal anterior,
diafragma, margem costal esquerda e lobo
esquerdo do fígado. Posteriormente, está
relacionado com: bolsa omental, diafragma,
baço, glândula suprarrenal esquerda, parte
superior do rim esquerdo, artéria esplênica,
pâncreas, mesocólon transverso e colo
transverso.
Externamente, o estomago é configurado
pelas seguintes regiões: Cárdia (óstio
cárdico), Fundo gástrico, Corpo gástrico,
Parte pilórica (antro pilórico, canal pilórico,
piloro e óstio pilórico), Parede anterior,
Parede posterior, Curvatura maior (incisura
cárdica) e Curvatura menor (incisura angular).
Internamente, sua configuração constitui-se
em: pregas gástricas, sulco gástrico, óstio
cárdico e óstio pilórico.
O estômago apresenta três camadas
musculares: uma longitudinal (externa), uma
circular (média) e uma oblíqua (interna). Essa
camada obliqua adicional representa a
necessidade de uma camada muscular extra
para a função de propulsão e mistura
realizada por esse órgão.
IRRIGAÇÃO DO ESTÔMAGO
De um modo direto (ou indireto), o estômago é amplamente irrigado pelo tronco celíaco. Este constitui o
primeiro grande ramo da artéria aorta abdominal e dá origem a três ramos: a artéria gástrica esquerda, artéria esplênica
e a artéria hepática comum.
A artéria gástrica esquerda, ramo direto do tronco celíaco, segue ao longo da curvatura menor do estômago; a
artéria esplênica, que parte por trás do estômago para irrigar o baço, fornece as pequenas artérias gástricas curtas e à
artéria gastromental esquerda (que segue ao longo da curvatura maior do estômago); a artéria hepática comum dá
origem à artéria gastroduodenal (que desce por trás do piloro e do duodeno dá origem à artéria gastromental direita) e à
artéria gástrica direita (que segue ao longo da curvatura menor do estômago para se unir com a artéria gástrica
esquerda). Depois que artéria hepática comum dá estes dois ramos, ela se torna a artéria hepática própria e segue para
o hilo hepático.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OBS: Algumas dessas artérias fazem anastomoses por inosculação (como também ocorre nos arcos palmares), ou seja,
“boca-a-boca”. Outros dois tipos de anastomose são aquelas transversais (como ocorre com a veia intermédia do
cotovelo) e por confluência (caso como na junção das artérias vertebrais para formar a artéria basilar).
INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO
Simpática: plexo celíaco, cujos ramos seguem os vasos do tronco celíaco.
Parassimpática: Tronco vagal anterior e Tronco vagal posterior.
INTESTINO DELGADO
Porção mais longa do sistema digestório, que vai desde o estômago (piloro) até o intestino grosso (junção
ileocecal). Está dividido em: duodeno, jejuno e íleo.
DUODENO
O duodeno, primeira porção do intestino delgado, mede cerca de 25 cm (cerca de 12 polegadas, daí o nome
duodeno), sendo a menor porção deste segmento. Está situado entre o estômago (piloro) e o jejuno (flexura
duodenojejunal), atrás do peritônio, sendo em maior parte retroperitoneal. Possui um formato em C, que contorna a
cabeça do pâncreas. Está localizado no segmento entre as vértebras L1 e L3.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Mesmo tendo um
comprimento limitado, o duodeno
apresenta várias regiões
topograficamente importantes,
tais como: parte superior
(ampola), flexura superior, parte
descendente, flexura inferior,
parte horizontal, parte
ascendente, flexura
duodenojejunal.
A parte superior do
duodeno corresponde à sua
parte peritoneal. Está localizada
no quadrante superior direito,
lado direito da vértebra L1,
relacionando-se com: lobo
quadrado do fígado e vesícula
biliar (anteriormente); bolsa
omental, a. gastroduodenal, ducto
colédoco e veia porta do fígado
(posteriormente); forame omental
(superiormente); e a cabeça do
pâncreas (inferiormente).
A parte descendente do duodeno é a sua segunda porção, onde se abrem os ductos colédoco (fígado) e
pancreático maior na papila maior do duodeno e o ducto pancreático menor na papila menor do duodeno. Está
localizado no quadrante superior direito, no lado direito das vértebras L1 a L3. Relaciona-se com: fundo da vesícula
biliar, lobo direito do fígado, colo transverso e alças do intestino delgado (anteriormente); hilo do rim direito e ureter
direito (posteriormente); colo ascendente, flexura direita do colo e lobo direito do fígado (lateralmente); e cabeça do
pâncreas, ducto colédoco e ducto pancreático (medialmente).
A parte horizontal é a terceira parte do duodeno, localizada nos quadrantes superiores direito e esquerdo.
Atravessa o plano mediano anterior à vértebra L3. Relaciona-se com: raiz do mesentério do intestino delgado, vasos
mesentéricos superiores e alças do jejuno (anteriormente); ureter direito, m. psoas maior direito, veia cava inferior e parte
abdominal da aorta (posteriormente); cabeça do pâncreas (superiormente); e alças do jejuno (inferiormente).
A parte ascendente do duodeno corresponde à sua quarta porção. Está localizada no quadrante superior
esquerdo à esquerda da vértebra L3, terminando na flexura duodenojejunal. Relaciona-se com: começo da raiz do
mesentério e alças do jejuno (anteriormente); e margem esquerda da a. aorta e margem medial do m. psoas maior
esquerdo (posteriormente).
IRRIGAÇÃO DO DUODENO
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior, dando origem as artérias
pancreaticoduodenais, que se localizam na curva entre o duodeno e a cabeça do pâncreas, irrigando as duas estruturas.
Artéria pancreaticoduodenal superior, ramo da artéria gastroduodenal (ramo do tronco celíaco).
Artéria pancreaticoduodenal inferior, ramo da artéria mesentérica superior.
DRENAGEM DO DUODENO
Veia pancreaticoduodenal superior que drena para a veia porta do fígado.
Veia pancreaticoduodenal inferior que desemboca na veia mesentérica superior.
INERVAÇÃO DO DUODENO
As inervações simpática e parassimpática derivam dos plexos celíaco e mesentérico superior.
JEJUNO E ÍLIO
Segunda e terceira porções do intestino delgado. São geralmente descritos em conjunto devido à dificuldade de
delimitação precisa entre estas duas partes. Apresentam um longo mesentério.
Jejuno (menor): sua maior parte está localizada no quadrante superior esquerdo.
Íleo (maior): a maior porção fica localizada no quadrante inferior direito.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
OBS: A raiz do mesentério é uma longa expansão peritoneal em forma de leque, com uns 15 cm de extensão, que
sustenta o jejuno e o íleo, sendo mais largo na extremidade visceral e tendo uns 20 cm da parede até a víscera. A raiz
vai do lado esquerdo superior até o lado direito inferior passando pelas estruturas: partes ascendente e horizontal do
duodeno, parte abdominal da aorta, veia cava inferior, ureter direito, músculo psoas maior direito e vasos gonadais
direitos.
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso é a porção do tubo digestório que vai desde o final do íleo (junção ileocecal) até o ânus.
Localiza-se, de um modo geral, em torno do intestino delgado, recobrindo-o como uma moldura. É o local de absorção
de água dos resíduos indigeríveis do quimo liquido, convertendo-o em fezes semissólidas que são temporariamente
armazenadas e que se acumulam até que haja a defecação. O intestino grosso é formado pelo ceco, colo (colos
ascendente, transverso, descendente e sigmoide) e reto (que será abordado na cavidade pélvica).
CECO
É a primeira porção do intestino grosso. Consiste em uma
bolsa cega que se comunica com o íleo através da óstio ileal
medialmente e é continuo com o colo ascendente superiormente,
têm em torno de 6 a 7,5 cm. Tem tênias em sua superfície e
apresenta uma projeção, o apêndice vermiforme, com 6-10 cm
de comprimento, rico em tecido linfoide e que apresenta uma
prega de peritônio, o mesoapêndice.
O ceco está localizado no quadrante inferior direito, na
fossa ilíaca direita, a 2,5 cm do ligamento inguinal. Embora esteja
envolvido por peritônio, não apresenta um mesentério, estando um
pouco livre. Relaciona-se:
Anterior: alças do intestino delgado, partes do omento
maior, parede abdominal na região ilíaca direita.
Posterior: Mm. Psoas maior e ilíaco, nervo femoral, n.
cutâneo femoral lateral e apêndice vermiforme (na maioria
dos casos).
Medial: inicio do apêndice vermiforme.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Internamente, indentifica-se a abertura do íleo: o óstio ileal. No cadáver forma-se uma valva ileal com duas
pregas e seus frênulos (frênulo da valva ileal). No vivo há uma papila ileal. Identifica-se também a abertura do apêndice
vermiforme.
CÓLON
O cólon (ou colo) é a segunda porção do intestino grosso. Tem em torno de 1,5 metros, apresenta externamente
tênias (mesocólica, omental, livre), saculações e apêndices omentais. Ele está dividido em: cólon ascendente, flexura
direita do cólon, cólon transverso, flexura esquerda do cólon, cólon descendente e cólon sigmoide; que sucedem uma à
outra em um arco.
OBS: Tênias são espessamentos da musculatura do intestino, que não cresce totalmente, formando as saculações.
1. CÓLON ASCENDENTE
Primeira porção do colo sendo a continuação superior do ceco. Localiza-se nos quadrantes superior e inferior
direitos. Relaciona-se com as alças do intestino delgado, omento maior e parte da parede abdominal anterior
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
(anteriormente); e com o M. ilíaco, crista ilíaca, M. quadrado do lombo, origem do M. transverso do abdome, extremidade
inferior do rim direito, Nn. Ílio-hipogástrico e ilioinguinal (posteriormente).
2. CÓLON TRANSVERSO
Segunda porção do colo, estando situado entre as flexuras direita e esquerda do colo. Forma um arco na parte
anterior da cavidade abdominal, indo muitas vezes até a parte superior da pelve. Está preso a parede posterior da
cavidade abdominal através do mesocolo tansverso. O omento maior se estende da curvatura maior do estômago até
sua tênia omental. Está localizado nos quadrantes superiores direito e esquerdo, às vezes se projeta até os quadrantes
inferiores.
Relaciona-se com o omento maior e parede abdominal anterior (anteriormente); e com a segunda porção do
duodeno, cabeça do pâncreas e alças do jejuno e íleo (posteriormente).
3. CÓLON DESCENDENTE
Terceira porção do colo, indo desde a flexura esquerda do colo até o inicio do colo sigmoide.
Relaciona-se com as alças do intestino delgado, omento maior e parede abdominal anterior (anteriormente); e
com a margem lateral do rim esquerdo, origem do M. transverso do abdome, M. quadrado do lombo, crista ilíaca, M.
ilíaco, M. psoas maior, Nn. ilio-hipogástrico, ilioinguinal, cutâneo femoral lateral e femoral (posteriormente).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
4. CÓLON SIGMOIDE
Última porção do colo, está situado entre o colo descendente e o reto. Apresenta várias flexuras, sendo as vezes
confundido com o intestino delgado, porém deste se diferenciando pelas tênias e saculações. Localiza-se no quadrante
inferior esquerdo, ocupando a fossa ilíaca esquerda.
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PÂNCREAS
Segunda maior glândula do sistema digestório, apresentando uma função tanto endócrina (secreção de insulina
e glucagon) quanto exócrina (secreção do suco pancreático), com situação retroperitoneal secundária entre o duodeno
e o baço.
OBS: Órgãos peritoneais secundários são aqueles que foram órgãos peritoneais, mas com o desenvolvimento
embrionário, tornaram-se retroperitoneais, passando a ter com uma camada de peritônio à sua frente. Diferentemente
desses órgãos peritoneais secundários (como o pâncreas e baço), os retroperitoneais primários (que durante todo o
desenvolvimento embrionário, sempre mantiveram uma situação retroperitoneal) não possuem camada de peritônio à
sua frente.
O pâncreas se localiza entre dois quadrantes: sua cabeça está situada no quadrante superior direito; e seu corpo
e cauda no quadrante superior esquerdo. Ele está dividido em segmentos no sentido oblíquo da direita para a esquerda,
sendo a extremidade direita mais inferior que a esquerda, do seguinte modo: cabeça, corpo e cauda.
Cabeça do pâncreas: É a porção mais larga do pâncreas, localizada à direita do plano mediano e dos vasos
mesentéricos superiores. Está envolvida pelo duodeno, estando a esquerda da parte descendente, mantendo
relações com as veias e artérias mesentéricas superiores. A porção da cabeça que se estende por trás dos
vasos mesentéricos superiores é denominado de processo uncinado.
Corpo do pâncreas: Porção intermediária e mais longa do pâncreas. Localizada entre os vasos mesentéricos
superiores e o hilo renal, passando da direita para a esquerda do plano mediano.
Cauda do pâncreas: Porção à esquerda do pâncreas, localizado à frente do hilo do baço.
O pâncreas relaciona-se com o colo transverso, inserção do mesocólon transverso, bolsa omental e estômago
(anteriormente); e com o ducto colédoco, veias porta do fígado, mesentérica superior, esplênica e cava inferior, artéria
aorta e origem da artéria mesentérica superior, rim direito (posteriormente).
Quando à sua configuração externa,
encontramos no pâncreas: face anterossuperior, face
posterior, face anteroinferior, margem superior,
margem anterior e margem inferior.
DUCTOS PANCREÁTICOS
O ducto pancreático principal desemboca na
papila duodenal maior (Papila de Water) juntamente
com o ducto colédoco. O ducto pancreático acessório
desemboca na papila duodenal menor.
IRRIGAÇÃO DO PÂNCREAS
A. pancreática dorsal e posteriores, que são
ramos pancreáticos da artéria esplênica que,
por sua vez, é ramo do tronco celíaco.
Artérias pancreáticoduodenais superiores
anterior e posterior, ramos da artéria
gastroduodenal, que é ramo da artéria
hepática comum (tronco celíaco).
Artéria pancreaticoduodenal inferior, ramo da
artéria mesentérica superior.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
INERVAÇÃO DO PÂNCREAS
Parassimpático (troncos vagais) e simpático (nervos esplâncnicos torácicos) chegam ao pâncreas através dos
plexos: plexo celíaco e plexo mesentérico superior.
FÍGADO
Maior glândula do corpo, pesando em torno de 1,5 quilos, que está situada entre o estômago e o diafragma.
Apresenta uma coloração castanho-avermelhada, é de consistência friável, apresentando varias funções metabólicas e
produz a bile. O fígado está localizado nos quadrantes superiores direito (a maior parte) e esquerdo (menor parte).
Relaciona-se com o diafragma, margens costais
direita e esquerda, processo xifoide, parede abdominal
anterior no ângulo subcostal (anteriormente); e com o
diafragma, rim direito, flexura direita do colo, duodeno,
vesícula biliar, veia cava inferior, esôfago e fundo do
estômago (posteriormente).
O fígado apresenta uma face diafragmática e uma
face visceral. A face diafragmática do fígado é a superfície
convexa voltada para o diafragma, ela está dividida em: parte
superior, parte anterior, parte direita, parte posterior e área
nua (única porção do fígado não coberta por peritônio). A face
visceral é côncava e está direcionada inferiormente,
apresentando várias impressões viscerais: fissura do
ligamento redondo (entre lobo esquerdo e quadrado),
impressão esofágica (lobo esquerdo), impressão gástrica (lobo
esquerdo), impressão duodenal (lobo direito), impressão cólica
(lobo direito), impressão renal (lobo direito), impressão
suprarrenal (lobo direito) e fossa da vesícula biliar (entre lobo
quadrado e direito).
OBS: O fígado é o maior produtor de linfa do corpo. A área nua da face diafragmática do fígado drena sua linfa para
linfonodos torácicos, enquanto o restante da glândula coberta por peritônio, drena para o abdome.
O fígado está dividido em lobos, para efetuar a divisão do fígado utilizamos a porta do fígado, a incisura e fissura
do ligamento redondo, o ligamento venoso e a fossa da vesícula biliar: lobo direito do fígado, lobo quadrado do fígado,
lobo caudado do fígado (processo papilar e processo caudado) e lobo esquerdo do fígado.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
LIGAMENTOS DO FÍGADO
O fígado está ligado à parede da cavidade abdominal através de cinco ligamentos formados por dobras do
peritônio:
Ligamento triangular direito: divide-se para formar as lâminas do ligamento coronário.
Ligamento coronário: Recebe esse nome pois circunda o fígado como uma “coroa”. Divide-se em lâminas
anterior (superior) e posterior (inferior) para demarcar a área nua do fígado. As lâminas anteriores formam o
ligamento falciforme, enquanto as lâminas posteriores formam o omento menor.
Ligamento falciforme: remanescente do ducto venoso fetal, que desviava o sangue da veia umbilical para VCI,
evitando passar pelo fígado.
Ligamento redondo do fígado: remanescente fibroso da veia umbilical, que conduzia sangue muito oxigenado
e rico em nutrientes da placenta para o feto.
Ligamento triangular esquerdo: formado pelo encontro das lâminas superior e inferior do ligamento coronário
no lado esquerdo.
VESÍCULA BILIAR
Órgão em formato piriforme, situado na face visceral do fígado, na fossa da
vesícula biliar (entre os lobos direito e quadrado), sendo um reservatório de bile. Está
dividida em: colo da vesícula biliar, corpo da vesícula biliar e fundo da vesícula biliar.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
BAÇO
Maior massa reunida de tecido linfoide do corpo, que
apresenta uma coloração avermelhada, situado a esquerda e
posterior ao estômago, estando recoberto pelas últimas costelas.
O baço está localizado no quadrante superior esquerdo.
Relaciona-se com o estômago, cauda do pâncreas,
flexura esquerda do colo (anteriormente); com o diafragma
(posteriormente); flexura esquerda do colo (inferiormente); e rim
esquerdo (medialmente).
O baço configura-se superficialmente pelas seguintes
estruturas: face diafragmática (convexa); face visceral (côncava,
onde está o hilo esplênico e impressões de vísceras que são
denominadas: face renal, face cólica e face gástrica); polo
anterior; polo posterior; margem superior (com incisuras, sendo
voltado para o plano anterior) e a margem inferior (sendo voltado
para o plano posterior).
IRRIGAÇÃO DO BAÇO
Artéria esplênica, ramo do tronco celíaco.
INERVAÇÃO DO BAÇO
Derivado do plexo celíaco.
RIM
Órgãos pares, em número de dois, situados
retroperitonealmente, responsáveis por várias funções, como
depuração do sangue, manutenção da pressão arterial e
controle eletrolítico e acidobásico. Os rins estão localizados
nos quadrantes superiores direito (rim direito) e esquerdo (rim
esquerdo) estando este último superior ao primeiro. Ambos
estão protegidos pelas duas últimas costelas.
O rim direito relaciona-se com glândula suprarrenal,
fígado, segunda parte do duodeno, flexura direita do colo
(anteriormente); e com o diafragma, décima segunda costela,
Mm. psoas maior, quadrado do lombo e transverso do
abdome, Nn. Subcostais, ílio-hipogástrico, ilioinguinal
(posteriormente). O rim esquerdo glândula suprarrenal,
baço, estômago, pâncreas, flexura esquerda do colo e alças
do jejuno (anteriormente); e com o diafragma, décima
primeira e décima segunda costelas, Mm. psoas maior,
quadrado do lombo e transverso do abdome, Nn. Subcostais,
ílio-hipogástrico, ilioinguinal (posteriormente).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Em uma visão externa, o rim tem uma forma que lembra um grão de feijão. Observamos as seguintes regiões:
margem lateral (convexa); margem medial (côncava com o hilo renal); polo superior (geralmente mais largo), polo
inferior, face anterior e face posterior (geralmente mais convexa). No hilo do rim localizam-se, anteroposteriormente, a
veia renal, artéria renal e a pelve renal mais posteriormente.
Internamente, observa-se nos rins: o córtex renal, a medula renal, as pirâmides renais (com seu ápice dotado de
papilas renais), colunas renais, seio renal, cálices renais menores, cálices renais maiores e pelve renal.
URETERES
Longos tubos musculomembranosos que se estendem da pelve renal até a bexiga urinária, estando dividida em
porções abdominal (longa) e pélvica (curta). Os ureteres são órgãos retroperitoneais e durante seus trajetos passam
anteriores as artérias ilíacas comuns.
São irrigados pelas artérias renais, gonadais e vesicais superiores.
São drenados pelas veias correspondentes as artérias acima citadas.
A drenagem linfática é feita para os linfonodos aórticos laterais e ilíacos
A inervação é feita pelos plexos renal, testicular e hipogástrico.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
VÉRTEBRAS
Apresentam como característica um corpo, um arco (pedículos e lâminas) e processos.
O corpo vertebral é a parte anterior do osso, maior, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à
coluna e sustenta o peso do corpo.
O arco vertebral está situado
posteriormente ao corpo vertebral e consiste em
dois pedículos e uma lâmina. O arco vertebral e a
superfície posterior do corpo formam o forame
vertebral. A sucessão desses forames forma o
canal vertebral (canal medular), que contém a
medula espinal e as raízes dos nervos espinais que
dela emergem. As incisuras vertebrais são
entalhes observados em vistas laterais das
vértebras acima e abaixo de cada pedículo. Os
entalhes vertebrais superiores e inferiores de
vértebras adjacentes se unem para formar os
forames intervertebrais.
Sete processos originam-se do arco vertebral: um processo espinhoso (mediano, que se projeta
posteiormente), dois processos transversos (projetam-se posterolateralmente a partir da junção dos pedículos com a
lâmina), quatro processos articulares (dois superiores e dois inferiores, em que cada um sustentam uma face articular).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
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ARTICULAÇÕES ATLANTOOCCIPITAIS
Entre as faces articulares superiores do atlas e os côndilos do occipital.
o Membrana atlantoccipital anterior
o Ligamento atlantoccipital anterior
o Membrana atlantoccipital posterior
o Ligamento atlantoccipital posterior
ARTICULAÇÕES ATLANTOAXIAIS
Entre as faces articulares inferiores do atlas e os processos
superiores do áxis (atlantoaxiais laterias) e entre a fóvea para o dente
do áxis (no atlas) com o dente do áxis (atlantoaxial mediana).
o Ligamentos alares.
o Ligamento do dente do áxis.
o Ligamento cruciforme do atlas.
Fascículo longitudinal.
Fascículo transverso do atlas.
Membrana tectórica.
SÍNFISE INTERVERTEBRAL
Entre os corpos vertebrais adjacentes, formada pelo disco intervertebral.
Anel fibroso (conexão anular
fibrosa que consiste em fibras
oblíquas, em direções
alternadas, e cartilagem).
Núcleo pulposo (massa gelatinosa,
semilíquida, que forma o centro
do cisco intervertebral).
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS
Articulação da cabeça da costela (entre os corpos vertebrais e as cabeças das costelas)
Ligamento radiado da cabeça da costela.
Ligamento intra-articular da cabeça da costela.
ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA
Entre o sacro e o cóccix (muitas vezes ocorre uma sincondrose, ou seja, uma fusão, entre estas duas portes).
Ligamento sacrococcígeo posterior superficial.
Ligamento sacrococcígeo posterior profundo.
Ligamento sacrococcígeo anterior.
Ligamento sacrococcígeo lateral.
ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS
Entre as faces auriculares das asas do sacro e as faces auriculares das asas dos ílios.
Ligamento sacroíliaco anterior.
Ligamento sacroíliaco interósseo.
Ligamento sacroíliaco posterior.
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MÚSCULOS DO DORSO
A maior parte do peso do corpo situa-se anterior à coluna vertebral, principalmente em pessoas obesas.
Consequentemente, os numerosos músculos fortes fixados aos processos espinhosos e transversos são necessários
para sustentar a coluna vertebral.
Os músculos do dorso podem ser divididos em músculos dorsais (que não apresentam inervação dos ramos
posteriores dos nervos espinais) e os músculos próprios do dorso (aqueles que têm inervação feita pelos ramos
posteriores dos nervos espinais). Para estudo anatômico, dividiremos os músculos do dorso em dois grupos: os
músculos extrínsecos do dorso (que produzem e controlam os movimentos dos membros – músculos superficiais – e
respiratórios – músculos intermédios); e músculos intrínsecos do dorso (incluem músculos que atuam
especificamente sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura).
5. Músculo Levantador da Escápula: Músculo relativamente robusto que está localizado acima do m.
romboide menor
Origem: Tubérculo posterior dos processos transversos de C1 a C4.
Inserção: Ângulo superior da escápula.
Ação: elevar o ângulo superior da escápula e gira o pescoço.
Inervação: nervo dorsal da escápula e plexo cervical.
6. Músculo Serrátil Posterior Superior: Pequeno músculo situado profundamente aos músculos romboides
Origem: Processos espinhosos de C6 a T2
Inserção: Segunda a quinta costelas
Ação: elevar as costelas na inspiração.
Inervação: nervos intercostais.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
7. Músculo Serrátil Posterior Inferior: Músculo delgado situado profundamente ao m. latíssimo do dorso.
Origem: Processos espinhosos de T11 a L2.
Inserção: Quatro costelas inferiores.
Ação: retroversão das quatro costelas inferiores.
Inervação: nervos intercostais.
10. Músculo Espinal do Pescoço: Segmento superior do m. espinal, situado medial ao m. semiespinal da
cabeça.
Origem: Processos transversos de C6 a T2.
Inserção: Processos espinhosos de C2 a C4.
Ação: flexão lateral e extensão da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
11. Músculo Espinal da Cabeça: Parte inconstante do músculo semi-espinal da cabeça com origens adicionais
a partir dos processos espinhosos torácico superior e cervical inferior.
12. Músculo Semi-espinal do Tórax: Situado profundamente ao m. eretor da espinha. Suas fibras sempre
saltam cinco a sete vértebras.
Origem: Processos transversos da 11ª (12ª) a 7ª (6ª) vértebra torácica.
Inserção: Proc. espinhoso da 3ª (4ª) vértebra torácica até a 6ª vértebra cervical
Ação: rotação da coluna vertebral para o lado oposto, agindo em ambos os lados determina a extensão.
Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais.
14. Músculo Semi Espinal da Cabeça: Grande músculo ao lado do ligamento nucal.
Origem: Processos transversos da 7ª (8ª) vértebra torácica até a 3ª vértebra cervical.
Inserção: Escama do occipital, entre a linha nucal suprema e a linha nucal superior, na região medial.
Ação: Atua na dorsiflexão e rotação da cabeça, dependendo da posição inicial.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
15. Músculo Levantadores das Costelas: Está composto pelos músculos levantadores da costelas longos e
curtos. Os longos passam sobre uma costela, já os curtos elevam a costela imediatamente inferior.
Origem: Processos transversos da 11ªvértebra torácica até a 7ª vértebra cervical.
Inserção: 12ª a 1ª costela, lateral ao ângulo das costelas.
Ação: elevar as costelas, flexão lateral e rotação da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores do n. cervical C8 dos Nn. torácicos T1 a T10
16. Músculos Rotadores: Os músculos rotadores estão divididos em rotadores do pescoço, do tórax e do
lombo (inconstante), que podem ser curtos, quando se inserem na vértebra logo inferior, ou longo, quando
salta uma vértebra.
Origem: Processos Mamilares das vértebras lombares, processos. transversos das vértebras torácicas
e processos articulares inferiores da vértebra cervical.
Inserção: Raiz do processo espinhoso da 3ª a 1ª vértebra lombar, 12ª a 1ª vértebra torácica e 7ª a 2ª
vértebra cervical.
Ação: flexão lateral segmentar quando age unilateralmente e extensão segmentar quando age
bilateralmente.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. Espinais.
17. Músculos Multífidos: Saltam sempre duas vértebras e são bastantes fortes na região lombar.
Origem: Face dorsal do sacro, lig. sacroilíaco posterior, porção dorsal da crista ilíaca, procc. Mamilares
das vértebras lombares, procc. transversos das vértebras torácicas, e procc. articulares inferiores da 7ª a
4ª vértebra cervical.
Inserção: Proc. Espinhoso da 5ª a 1ª vértebra lombar, 12ª a 1ª vértebra torácica e 7ª a 2ª vértebra
cervical.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. Espinais.
18. Músculos Intertransversais: Os músculos intertransversais estão denominados de acordo com a região em
que se situam (lateral do lombo, mediais do lombo, do tórax, posteriores do pescoço e anteriores do
pescoço).
Origem: Tuberosidade ilíaca, proc. costais e acessório da 5ª a 1ª vértebra lombar, processo transverso
da12ª a 10 ª vértebra torácica, tubérculos anteriores e posteriores das vértebras cervicais 6ª a 1ª.
Inserção: Proc. costal da 5ª a 1ª vértebras lombares, tuberosidade ilíaca, proc. mamilar da 5ª a 2ª
vértebra lombar, proc. transverso da 11ª vértebra torácica, tubérculos anteriores e posteriores das
vértebras cervicais 7ª a 2ª.
Ação: flexão lateral em ação unilateral e extensão da coluna vertebral em ação bilateral.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. espinais.
19. Músculo Interespinais: Os músculos interespinais estão denominados de acordo com a região em que se
situam (do lombo, do tórax e do pescoço).
Origem: Proc. espinhoso da 5ª a 1ª vértebra lombar, proc. espinhoso da 11ª a 2ª (1ª) vértebra torácica
e proc. espinhoso da 7ª a 3ª vértebra cervical.
Inserção: Margem superior da crista mediana do sacro, Proc. Espinhoso da 5ª e 2ª vértebra lombar,
Proc. Espinhoso da 12ª a 3ª vértebra torácica, Proc. Espinhoso da 1ª vértebra torácica a 3ª vértebra
cervical.
Ação: extensão segmentar da coluna vertebral.
Inervação: ramos posteriores dos Nn. espinais.
20. Músculo Reto Posterior Maior da Cabeça: Pequeno músculo que compõe a musculatura autoctone da
nuca.
Origem: Proc. espinhoso do áxis.
Inserção: Terço médio da linha nucal inferior.
Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).
21. Músculo Reto Posterior Menor da Cabeça: Músculo menor que o anterior e medial ao mesmo, que
compõe também a musculatura autoctone da nuca.
Origem: Tubérculo posterior do atlas.
Inserção: Terço médio da linha nucal inferior.
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2017 ● CAC – ANATOMIA TOPOGRÁFICA II
Ação: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral; bilateralmente faz a extensão da cabeça.
Inervação: N. suboccipital (ramo posterior do N. cervical C1).
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