IBAMA - Gestão Do Uso Dos Recursos Pesqueiros Marinhos No Brasil (Dias Neto) - 2010
IBAMA - Gestão Do Uso Dos Recursos Pesqueiros Marinhos No Brasil (Dias Neto) - 2010
IBAMA - Gestão Do Uso Dos Recursos Pesqueiros Marinhos No Brasil (Dias Neto) - 2010
Produção Editoral
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Centro Nacional de Informação Ambiental
SCEN, Trecho 2, Edifício-Sede do Ibama
CEP: 70818-900 - Brasília-DF
Telefone: (61) 316-1225 /// 3316-1294
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2 Edição
Brasília
2010
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Revisão
Vitória Rodrigues
Enrique Calaf
Maria José Teixeira
Capa/Diagramação
Paulo Luna
Catalogação na fonte
Helionídia Carvalho
Inclui Bibliografia
ISBN 85-7300-150-X
10
Abstract
1. Introdução ................................................................................................... 25
14
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15
Lista de Tabelas
20
Lista de Abreviaturas
22
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23
1
Introdução
1
Diegues, 1983.
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recursos pesqueiros. Para atingir essa meta foi realizada uma revisão
bibliográfica, oportunidade em que se evidenciaram aspectos
teóricos sobre os recursos pesqueiros marinhos, a pesca e seus
possíveis efeitos sobre o ambiente e os recursos, o papel do Estado
e das políticas para o uso sustentável dos recursos pesqueiros, a
fundamentação conceitual sobre gestão e o papel da pesquisa.
O quarto capítulo é dedicado à análise da realidade da
pesca marítima no Brasil. Abordam-se, inicialmente, alguns
aspectos políticos, econômicos e institucionais do Estado brasileiro
nos últimos quarenta anos. Na seqüência, apresentam-se as
características mais relevantes do mar que banha a costa brasileira
e suas potencialidades. Elabora-se uma síntese que descreve a pesca
marítima nacional, discutem-se as principais políticas executadas
no país, quando os anos cobertos pela análise são divididos em três
períodos distintos. Descrevem-se os comportamentos relevantes do
setor produtivo e suas representações e é discutido o desempenho
do setor, com destaque para a evolução da produção e o fantasma
da crise. Estudos de caso para três dos principais recursos da pesca
marítima nacional (sardinha, lagosta e camarão da costa norte)
são desenvolvidos para examinar a implementação das políticas
públicas. Este é, em realidade, o capítulo que apresenta os elementos
essenciais para o teste da hipótese já mencionada.
O quinto capítulo é dedicado às conclusões a que se chegou
e apresentam-se sugestões para superar a crise da pesca marítima
ou o fracasso do Estado brasileiro na implementação da gestão,
oportunidade em que se pondera pela necessidade de um novo
olhar para o problema, formula-se um modelo político-institucional,
defende-se estratégias de implementação e pondera-se sobre
possíveis riscos.
Isto posto, volta-se à velha, sábia e verdadeira canção dos
pescadores ingleses, citada inicialmente, para argumentar que
talvez não se possa, hoje, cantá-la com o mesmo entusiasmo e
certeza de então. As condições de liberdade dos pescadores e da
imensidão do mar podem até continuar próximas daquelas da
canção, já o resultado da colheita e seus desmembramentos podem
ser bem distintos.
26
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27
2
Considerações Iniciais
2.1 – O Conceito
2
Utilizou-se como base, FAO, 2000.
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30
Considerações Iniciais
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3
O Oceano Antártico foi considerado como uma única região.
32
Considerações Iniciais
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4
Sobrepesca é definida, segundo Caddy & Griffiths (1996), como sendo a condição em
que as capturas de uma ou todas as classes de idade em uma população são tão
elevadas que reduz a biomassa, o potencial de desova e as capturas no futuro, a níveis
inferiores aos de segurança. A sobrepesca pode ser de crescimento, quando ocorre
decréscimo no número de recrutas pelo excesso de captura dos indivíduos jovens, não
lhes dando chance de crescer; de recrutamento, quando se constata decréscimo no
estoque reprodutor, pelo excesso de captura dos reprodutores, não lhes dando
oportunidade de contribuir para a reposição do estoque (Fonteles-Filho, 1989); ou
ecossistêmica, quando a composição e dominância das espécies são significativamente
modificadas pela pesca (http://www.fao.org/fi/glossary, capturada em 26/08/02).
Sinônimos: sobreexploração, sobreexplotação, sobreuso.
5
Espécies pelágicas são aquelas que vivem na superfície de água (ou próximas dela) ou
na lâmina superior da coluna de água.
34
Considerações Iniciais
6
Espécies demersais são aquelas que habitam o fundo do mar ou próximo dele.
35
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36
Considerações Iniciais
7
Estado: conjunto organizado das instituições políticas, jurídicas, policiais, econômicas,
administrativas etc. (e a população), sob um governo autônomo e ocupando um território
próprio e independente (Japiassú & Marcondes, 1999).
8
Apesar da dificuldade de se encontrar consenso entre biólogos pesqueiros quanto a um
único conceito sobre estoque, para efeito deste trabalho adotaremos aquele formulado por
Sparre & Venema (1977), ou seja, "Entende-se por estoque um subconjunto de uma
espécie que possui os mesmos parâmetros de crescimento e mortalidade, e que habita
uma área geográfica particular".
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38
Considerações Iniciais
9
O esforço de pesca é uma unidade de medida que traduz a capacidade de pesca (número
de barcos, pescadores, anzóis, metros de redes etc.) por unidade de tempo (normalmente
anual).
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40
3
Características e conceitos básicos
relacionados à gestão do uso dos
recursos pesqueiros
10
Neste trabalho o desenvolvimento sustentável é entendido como sendo aquele definido
pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991), ou seja: "(...) é
aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das
gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades".
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11
A categoria de classificação mais vasta a seguir à de reino.
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
12
Biomassa é definida como sendo o peso total de todos os peixes de uma população ou de
outro grupo, considerados conjuntamente (Caddy & Griffiths, 1996).
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
Enfoque Biológico
a) Modelos analíticos
13
As considerações sobre os métodos indiretos tiveram como base Sparre & Venema
(1997).
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14
Para Sparre & Venema (op. cit.), coorte é um grupo de peixes com a mesma idade e
pertencendo ao mesmo estoque.
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
15
Recruta é o peixe que, atingindo uma determinada idade (Tr), passou a ser vulnerável às
artes de pesca. Recrutamento é o conjunto de recrutas de uma determinada classe de
idade ou coorte (adaptado de Sparre & Venema, op. cit.).
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Figura 3.5 – Curva de captura por recruta (Y/R) para diferentes idades de
primeira captura (Tc) (modificado – Sparre & Venema, op. cit.).
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
b) Modelos holísticos
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
Enfoque Econômico
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
Enfoque Social
Onde:
a1- quantidade capturada;
valor total das capturas
b1 - rendimento econômico
bruto
d1 - benefício econômico
total líquido
e1 - custo total
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Regulação é aqui entendida como "atos que visam garantir que o sistema de acumulação
dominante se reproduza no médio prazo, através da acomodação, mediação e normalização
das tendências de crise" (Peck & Tickell, 1992).
66
Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
17
Não discutiremos aqui as diferenças jurídico-administrativas entre licença, autorização
e permissão. Para efeito desta dissertação entendemos que licença é o ato precário e
discricionário pelo qual o Estado autoriza um produtor privado a extrair recursos
pesqueiros que, por força constitucional, pertencem ao Estado.
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
18
Segundo Rosanvallon (1997), a expressão é de origem francesa (de 1860). Já a
expressão inglesa Welfare State (estado do bem-estar) é muito mais recente (século
XX – década de 40).
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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19
O Caso do Brasil está comentado no item 4.1.
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
3.2.3 As Instituições
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
3.3.1 Objetivos
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Características e Conceitos Básicos Relacionados à Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros
20
Derivado da definição de precaução: “cuidado exercido de antemão para prevenir contra
danos e assegurar bons resultados – previsão prudente.” (Garcia, 1994, apud Caddy &
Mahon, op. cit.).
21
Segundo o Código de Conduta para a Pesca Responsável, Art. 6:6.5 (FAO, 1995), o
enfoque precautório implica que a insuficiência de informações científicas adequadas
não deve ser usada como argumento para protelar ou evitar a tomada de medidas
destinadas a preservar as espécies-alvo, as espécies associadas ou dependentes e as
espécies-não-alvo e o seu ambiente.
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4
A realidade da pesca marítima no
Brasil
Marrul-Filho (2001).
22
Tomou-se como base Bursztyn (1998 e 1990).
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
Silva (1970).
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
23
Segundo Mesquita (1997), termoclina é a “região do perfil vertical de temperatura,
próximo a superfície, onde há grande variação da temperatura das águas do mar”.
24
A zona eutrófica contém uma elevada concentração de nutrientes.
103
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25
As ressurgências do Sudeste e Sul ocorrem em decorrência da combinação de fatores
como mudanças na direção da Corrente do Brasil, topografia de fundo e efeito dos ventos
predominantes na área.
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Diegues (1983)
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Silva (1972)
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Silva (1972).
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27
O Ministério da Agricultura encampou os assuntos de pesca nas suas competências, em
1933. Até então a pesca esteve sob o comando da Marinha (Silva, 1972).
121
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
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Computaram-se como duas administrações distintas as duas oportunidades em que
José Ubirajara Coelho de Souza Timm assumiu a superintendência da Sudepe, entre
1978 a 1982 e 1984 a 1985, respectivamente.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
c) Os incentivos fiscais
29
Canção Vozes da Seca.
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31
Apresentada na 139ª Sessão Ordinária da Comissão Interministerial para os Recursos
do Mar, realizada em 7 de abril de 1999.
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32
O Correio Braziliense do dia 28/01/2001, o Diário de Pernambuco dos dias 07 e 08/02/
2001, e a Revista Isto É/1656, de 27/06/01, p. 36 a 41, publicaram matérias com sérias
acusações envolvendo o Diretor do Mapa/DPA.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
Diegues (1983)
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
anos de 1960, entretanto, somente entre 1979 e 1980 foi que surgiu
um fato novo – a Pastoral dos Pescadores. A Pastoral é um órgão
ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que
permitiu ampliar o escopo das lutas da classe, contemplando temas
como a representação democrática, a comercialização, a
aposentadoria e previdência social, etc. (Diegues, 1995).
Na última reunião da Constituinte da Pesca, movimento
que contou com o apoio da Pastoral dos Pescadores e tinha como
objetivo inserir na Constituição de 1988 artigos que garantissem a
liberdade de associação entre os direitos dos pescadores, realizada
em abril de 1988, foi criado o Movimento Nacional dos Pescadores
– Monape, que pretendia levar à frente o trabalho de organização
dos pescadores (Diegues, op. cit.).
A Pastoral dos Pescadores e o Monape são considerados
mais avançados do que o sistema que culmina com a Confederação,
entretanto, estão mais presentes no Norte e Nordeste e enfrentam
a resistência das lideranças desse sistema mais tradicional e com
representação em todos os estados. A disputa gerada entre os três
sistemas tem dificultado, em alguns momentos, a negociação dos
interesses da classe.
Os pescadores também parecem, historicamente, dispensar
credibilidade aos sindicatos. Diegues (op. cit.) exemplifica o caso
do Sindicato dos Pescadores de Santos, onde a maioria dos
pescadores não o procura em caso de conflito, pois acham que ele
é controlado pelos armadores. O pescador paga o Sindicato, mas
os armadores mandam.
Mesmo após as profundas mudanças no setor pesqueiro,
na década de 1960, agências governamentais persistiram numa
visão distorcida dos pescadores artesanais, considerando-os
trabalhadores indolentes. O que pode ter significado uma
justificativa ideológica para explicar a falta de apoio à pesca
artesanal e os vultosos subsídios concedidos à pesca empresarial-
capitalista (Diegues, op. cit.).
Diegues (op. cit.) pondera que os últimos dados disponíveis
de muitos países do Terceiro Mundo indicam que as pescas
artesanais são mais viáveis sob o ponto de vista social, sobretudo
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Luiz Weis33
33
Artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, Caderno A, página 2, dia 29/09/2001.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
Fonte: Ibama.
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Fonte: Ibama.
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34
Segundo correspondência encaminhada pelo Diretor-presidente de uma Empresa ao
Ibama-BSB, com cópia ao Ibama/SC e ao Diretor da Fapesc/SP, datada de 06/06/1994.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
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4.8.1 A sardinha
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
35
Diegues (1983), citando Bernardes (1958), afirma que a rede traineira foi introduzida no
Brasil por volta de 1910, por pescadores espanhóis.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
36
Relatório de reunião promovida pela SECIRM, intitulado: Síntese atual da pesca da sardinha
no Sudeste/Sul – resgate de recomendações (São Paulo, maio/1988).
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Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
37
Correspondência encaminhada pelo diretor-presidente de uma empresa, ao Ibama-BSB,
com cópia ao Ibama/SC e ao Diretor da Fapesc/SP, datada de 06/06/1994.
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4.8.2 A lagosta
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189
5
Conclusão e sugestões
“O futuro não está na repetição das mentiras, mas
no casamento do potencial econômico com a ética, no uso
correto desse potencial para erradicar a pobreza.” 38
Cristovam Buarque
38
Incentivos decentes. Artigo de autoria do Prof. Cristovam Buarque, publicado no Jornal
Correio Braziliense de 20/09/2000 (http://www2.correioweb.com.br/cw/2000-09-20/
mat_8721.htm).
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Conclusão e sugestões
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Conclusão e sugestões
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Ditado popular
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Conclusão e sugestões
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39
Entende-se governança como a “capacidade de ação do Estado na formulação e
implementação de políticas públicas e consecução de metas coletivas” (Eli Diniz apud
Araújo, 2002).
198
Conclusão e sugestões
(op. cit.) podem ser significativas para mortais sem futuro, mas
para mortais com futuro, que conhecem o encadeamento de
nascimentos e mortes, o reconhecimento da responsabilidade pela
perenização da vida, fundada no fato elementar da reprodução
ser tão constitutiva da economia como é o interesse próprio,
fundado no lucro ou no metabolismo.
É forçoso que se reconheça, portanto, que parte do setor
pesqueiro brasileiro, especialmente aquela elite que representa os
empresários e que lidera o Conepe, ao apresentar tal
comportamento, demonstra defasagem de 20 a 30 anos no tocante
às questões relacionadas com a gestão do uso dos recursos.
O Estado, por sua vez, não deve continuar permitindo que
as práticas patrimonialistas, elitistas, promíscuas, amadoras,
ditatoriais, corruptas e esbanjadoras continuem a ser utilizadas em
detrimento do uso sustentável dos recursos da União.
Ademais, o Estado, na qualidade de ator privilegiado na
gestão do uso dos recursos pesqueiros, deveria buscar formas
participativas e cientificamente embasadas de formulação,
implementação e avaliação de políticas de gestão do uso dos
recursos, sem perder, porém, sua qualidade de ser um ator que
também fala em nome das futuras gerações e do poder monopolista
capaz de garantir o cumprimento do direito (Santos, 1996).
40
Canção Disparada.
199
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200
Conclusão e sugestões
201
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202
Conclusão e sugestões
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Conclusão e sugestões
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206
Conclusão e sugestões
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Geraldo Vandré
41
Canção Para dizer que não falei de flores.
208
Conclusão e sugestões
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Conclusão e sugestões
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Edinardo
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Canção Longarinas.
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Conclusão e sugestões
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43
Walters & Holling, 1990 (apud Haney & Pouer, 1996) definem gestão adaptativa de
uma forma bastante simples: “aprender fazendo”.
214
Conclusão e sugestões
215
Referências bibliográficas
218
Referências Bibliográficas
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_____. O desafio do mar. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Sabiá, 1970. 119 p.
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A Realidade da Pesca Marítima no Brasil
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Apêndice
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Elaborado a partir do documento de autoria de Saldanha-Neto & Saldanha, 2000 –
Legislação aplicada à pesca extrativa.
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Apêndice
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a) Política setorial
√ Lei n. 5.764, de 16 de dezembro de 1971: define a
Política Nacional de Cooperativismo.
√ Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981: dispõe sobre a
Política Nacional de Meio Ambiente.
√ Lei n. 7.661, de 16 de maio de 1988: institui o Plano
Nacional de Gerenciamento Costeiro.
√ Lei n. 8.171, de 17 de janeiro de 1991: dispõe sobre a
Política Agrícola.
√ Lei n. 174, de 30 de janeiro de 1991: dispõe sobre
princípios de Política Agrícola (em complemento a
anterior).
√ Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997: institui a Política
Nacional de Recursos Hídricos.
√ Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999: institui a Política
Nacional de Educação Ambiental.
b) Proteção ambiental
√ Lei n. 6.803, de 2 de junho de 1980: dispõe sobre o
zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição.
√ Lei n. 6.902, de 27 de abril de 1981: dispõe sobre a
definição, criação e demais procedimentos para a gestão
de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental.
√ Lei n. 7.797, de 10 de julho de 1989: cria o Fundo
Nacional de Meio Ambiente.
√ Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes
Ambientais.
√ Lei n. 9.966, de 28 de abril de 2000: dispõe sobre a
prevenção, controle e fiscalização da poluição, por
lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou
perigosas, em águas sob jurisdição nacional.
√ Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000: institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação.
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Apêndice
c) Regulamentação marítima
√ Lei n. 2.180, de 5 de fevereiro de 1954: dispõe sobre o
Tribunal Marítimo.
√ Lei n. 2.419, de 10 de fevereiro de 1955: institui o Serviço
de Patrulha Costeira.
√ Lei n. 7.203, de 3 de junho de 1984: dispõe sobre a
assistência e salvamento de embarcações.
√ Lei n. 7.273, de 10 de dezembro de 1984: dispõe sobre a
busca e salvamento de vidas humanas no mar, nos
postos e nas vias navegáveis interiores.
√ Lei n. 7.542, de 26 de setembro de 1986: dispõe sobre
pesquisa, exploração, remoção e demolição de coisas
ou bens afundados, submersos, encalhados e perdidos,
em águas sob jurisdição nacional.
√ Lei n. 7.652, de 3 de fevereiro de 1988: dispõe sobre o
Registro de Propriedade Marítima.
√ Lei n. 8.617, de 4 de janeiro de 1.993: define o Mar
Territorial, a Zona Econômica Exclusiva e a Plataforma
Continental brasileira.
√ Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993: Lei dos Portos.
√ Lei n. 9.537, de 11 de dezembro de 1997: dispõe sobre a
segurança do tráfego aquaviário em águas sob
jurisdição nacional.
d) Inspeção sanitária
√ Lei n. 1.283, de 18 de dezembro de 1950: dispõe sobre a
inspeção industrial e sanitária de produtos de origem
animal.
√ Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977: trata de infrações
à legislação sanitária federal.
√ Lei n. 7.889, de 23 de novembro de 1989: dispõe,
complementarmente, sobre a inspeção sanitária e
industrial.
e) Crédito
√ Lei n. 4.829, de 5 de novembro de 1965: institui o Crédito
Rural.
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f) Isenções ou subvenções
• Decreto-Lei n. 1.376, de 12 de dezembro de 1974: altera
legislação sobre o imposto de renda, relacionada aos
incentivos fiscais, criando os Fundos de Investimento da
Amazônia (Finam), do Nordeste (Finor) e Setorial (Fiset).
√ Lei n. 7.966, de 22 de dezembro de 1989: autoriza
negociação ou troca de Certificados de Investimentos,
em nome do Tesouro Nacional, nos fundos de
Investimento Setorial (Fiset).
√ Lei n. 9.321, de 5 de dezembro de 1996: dispõe sobre o
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR).
g) Tributações
√ Lei n. 8.005, de 22 de março de 1990: dispõe sobre a
cobrança e a autorização dos créditos do Ibama.
√ Lei n. 9.960, de 28 de janeiro de 2000: altera a Lei n.
6.938/81 e institui a Taxa de Serviços Administrativos
(TSA) da Suframa, estabelece preços cobrados pelo
Ibama e cria a Taxa de Fiscalização Ambiental (TFA).
h) Seguridade e previdência
√ Lei n. 3.807, de 26 de fevereiro de 1960: dispõe sobre a
Lei Orgânica da Previdência Social.
√ Lei n. 6.367, de 19 de outubro de 1976: dispõe sobre o
seguro de acidente de trabalho.
√ Lei n. 7.998, de 11 de janeiro de 1990: regula o Programa
de Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e institui o
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
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B - TABELAS
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