Cortes BLW

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GUIA DE CORTES PARA BLW -

COMO CORTAR OS ALIMENTOS PELO


MÉTODO BLW DE FORMA SEGURA E
FÁCIL.

Por:
Dra. Sâmea Maluf
Dr. Pedro Cavalcante
ÍNDICE
COMO SABER SE UM ALIMENTO É ADEQUADO? ___________________05
SUGESTÕES DE ALIMENTOS E SEUS CORTES _____________________08
PARA DIMINIUIR O RISCO DE DEFICIÊNCIA DE FERRO ______________13
PARA GARANTIR UMA BOA OFERTA DOS DEMAIS NUTRIENTES _____14
REDUZA AS CHANCES DE ENGASGO ____________________________ 15
TEMPEROS ___________________________________________________18
A ROTINA E A FREQUÊNCIA _____________________________________18
BIBLIOGRAFIA ________________________________________________20

Para mais informações:


IG @mundopediatrico_sp
FB Mundo Pediátrico

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COMO CORTAR OS ALIMENTOS PELO
MÉTODO BLW DE FORMA SEGURA E
FÁCIL.

Fruto de mais de 5 anos de estudo e dedicação a introdução alimentar


e puericultura - O GUIA é uma apostila completa para todos aqueles
que querem introduzir alimentação pelo Método BLW corretamente e
com segurança, deixando assim seu filho (a) mais independente no
futuro.

Dividido em 7 capítulos totalmente práticos, o guia lhe ensinará passo


a passo todos os métodos e técnicas que você precisa saber para
realizar os cortes dos alimentos através do BLW de forma simples,
direta e eficiente. Tirando as dúvidas e medos mais comuns entre mães,
pais e cuidadores.

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Quem somos:

Sâmea Maluf, médica formada desde 2015, cursou Pediatria pela


Santa Casa de Santos e Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert
Einstein. Atualmente realiza atendimento pediátrico em crianças de 0 a
14 anos em Unidades Básica de Saúde na região metropolitana de São
Paulo, com foco em puericultura, aleitamento materno e introdução
alimentar.
Pedro Cavalcante, médico desde 2015, pós-graduado em Pediatria
Clínica pelo CAEPP - USP e Emergências em Pediatria e Neonatologia
pela Universidade JK. Atualmente trabalha na periferia de São Paulo no
atendimento pediátrico com dedicação ao aleitamento materno e
introdução alimentar. Também realiza atendimentos hospitalar
pediátrico em enfermaria e terapia intensiva pediátrica (UTI).

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COMO SABER SE UM ALIMENTO É ADEQUADO?

Por volta dos 6 meses o bebê só consegue fazer a preensão palmar, que é pegar
o objeto ou o alimento com a palma da mão e todos os dedos, nesta fase o bebê
não consegue abrir a mão, com intenção de deixar o objeto na boca. Por esse
motivo o alimento precisa estar numa apresentação que seja maior que a palma
da sua mão. Se o bebê está nessa fase do desenvolvimento, significa que ele
não tem condições de lidar com alimentos muito menores que a palma da mão
dele. Por volta dos 9, 10 meses, os bebês começam a ensaiar o movimento de
pinça com o dedo médio e o polegar. Quando começa, esse é um sinal do
desenvolvimento, de que o organismo já pode lidar com alimentos menores.
Quando olhamos para um alimento, para saber se este alimento é adequando
para o bebê, precisamos observar em que fase de desenvolvimento este bebê
está.
Bebê só faz preensão palmar: O alimento precisa ser um pouco maior que a
palma da mão. Bebê já faz movimento de pinça com o polegar e o indicador, é
hora de oferecer alimentos cortados pequenininhos.

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Bebê já se interessa pelo talher do adulto, é hora de disponibilizar o talher para
que ele possa explorar, brincar, aprender sobre o talher e poder usá-lo. “BLW
não é oferecer comida em forma de batata palito. Comida em forma de batata
palito não é BLW. Os alimentos são cortados em forma de batata palito para que
o bebê, que ainda não faz movimento de pinça, consiga pegar.”

Bebê não tem dentes: O alimento precisa estar firme o suficiente para o bebê
pegar sem esmagar, porém, macio suficiente para que ele consiga amassar com
a gengiva. Cuidado com alimentos muito cozidos que se transformam num purê
ao serem macerados. Os purês tendem a ser grudentos e a causarem mais gags.
“Os alimentos em forma de batata palito não são cortados dessa maneira para
evitar engasgo, são cortados dessa maneira porque é o único jeito do bebê
conseguir pegar e levar à boca.
Quando desenvolvem o movimento de pinça os alimentos podem ser oferecidos
cortadinhos em pedaços menores e os bebês tendem a se interessar muito por
alimentos pequenos e grãos como arroz e feijão nessa fase.”

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BLW não é um método de alimentação com receitas. Não é um método para
oferecer comida saudável em forma de batata palito. É um conceito para se
pensar em como apresentar a comida para o bebê de acordo com a fase do
desenvolvimento que ele se encontra. É um conceito que nos faz olhar para a
comida da família e adaptá-la, para que o bebê possa participar dos momentos
de refeição.
Em função da globalização das informações, o BLW tem sido difundido,
principalmente pelas redes sociais. É possível encontrar muitos perfis e grupos
sobre o assunto com milhares de seguidores.
Qual alimento ofertar primeiro, no BLW não há regras a respeito disso. As regras
são exclusivamente de segurança seja para evitar engasgo, seja para garantir
uma alimentação saudável e balanceada. Podemos começar por alimentos mais
simples e mais fáceis para o bebê manusear e macerar com a gengiva. Podemos
começar com frutas, podemos começar com legumes, alimentos que são fáceis
do bebê conseguir pegar, explorar, levar à boca e macerar com a gengiva. No
início o bebê vai explorar mais que comer. Podemos começar com o que a
família mais come, com o que a família mais gosta.
Uma alimentação adequada é composta basicamente de alimentos naturais e
minimamente processados. Não é necessário adicionar sal nem açúcar nos
alimentos. Lembre-se que o paladar está sendo construído e sentir as sutilezas
e diferenças entre todos os sabores vai ser muito importante para construir um
repertório alimentar variado. De um modo geral, o bebê come o que a família
está comendo. Dividir as refeições é uma das bases fundamentais do BLW. Se
tiver que fazer alguma adaptação, que seja em relação ao corte e formato ou à
redução do teor de sal ou açúcar
Próximo aos 6 meses, o bebê será capaz de pegar os alimentos da mesma forma
que pega os brinquedos. Embora ele seja capaz de agarrar com facilidade, eles
não são capazes de abrir o punho intencionalmente para comer o que tem dentro
da mão, é preciso que os alimentos sejam cortados em tamanhos maiores que
o punho do bebê. Também que sejam firmes o suficiente para não serem
esmagados entre os dedos, mas moles o suficiente para serem esmagados com
a força das gengivas. A consistência é de legume para salada. Você pode usar
alimentos amassados ou processados, caso a família esteja dividindo uma
refeição dessa forma. Mas por mais tentador que seja, deixe que o bebê tente
levar ele mesmo os alimentos até a boca, seja molhando e chupando os
dedinhos, ou molhando a colher e levando-a à boca.

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SUGESTÕES DE ALIMENTOS E SEUS CORTES:
- Manga, banana, abacate, pêssego, ameixa
- Vegetais cozidos ou grelhados, como brócolis, cenoura, abobrinha, couve-flor,
abóbora.
- Carne, frango ou peixe
- Omelete ou ovo bem cozido
- Batata, batata doce, macarrão em formato penne ou parafuso, arroz empapado.

Pêssego: cortes para maiores de 6


meses e maiores de 9 meses onde
já temos movimento de pinça.

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Ameixa: cortes para maiores de 6
meses (fazer os quadradinhos
para melhor mastigação do bebê
devido ameixa ser uma fruta mais
dura) e maiores de 9 meses onde
já temos movimento de pinça.

Na imagem ao lado temos opções


para servir para maiores de 6
meses. Banana com casca para o
bebê poder agarrar sem amassar,
pera com caule pelo mesmo
motivo, brócolis e batata ao
dente.

Banana: cortes e como servir para


maiores de 6 meses e maiores de
9 meses onde já temos
movimento de pinça.

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Abacate: cortes para maiores de 6
meses utilizando a casca como
apoio para segurar melhor e
maiores de 9 meses podemos
cortar pedaços menores ou
maiores sem casca onde já temos
movimento de pinça.

Manga: cortes para maiores de 6


meses o caroço ajuda ao bebê
levar o alimento a boca e sugar a
fruta, com 7-8 meses podemos
servir o pedaço maior com uma
consistência não muito mole e
maiores de 9 meses onde já
temos movimento de pinça.

Cenoura: cortes e como servir


para maiores de 6 meses em
formato de “batata frita”.

Brócolis servir ao dente.

Cenoura e abóbora em formato de “batata frita” para


maiores de 6 meses e cortes pequenos para maiores de 9
meses.

Ovo cozido, milho, couve-flor, frango e peixe corte para


maiores de 6 meses e corte para maiores de 9 meses.

Macarrão tipo pene.

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Chuchu em formato de “batata
frita”.

Peixe para maiores de 6 meses.

Brócolis servir ao dente.

Cortes de frango segundo a idade.

Cortes de peixe segundo a idade.

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Ovo cozido para maiores de 6 meses cortado em 4 partes ou 3
partes na transversal, ou feito omelete em formato de “batata
frita”. e Omelete cortados menores para maiores de 6 meses.

Cortes de carne vermelha:

Formato de “batata frita” para


maiores de 6 meses.

Pedaços menores para maiores de


9 meses.

Desfiada para maiores de 6


meses.

Com molho para maiores de 6


meses.

Moída para maiores de 9 meses.

Como bolinho ou hamburguer


para maiores de 6 meses.

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PARA DIMINIUIR O RISCO DE DEFICIÊNCIA DE FERRO:
– Ofereça um alimento rico em ferro de alta disponibilidade em cada refeição,
entre eles: fígado, carne vermelha, frango, porco e peixe

– Ofereça com regularidade os alimentos ricos em ferro de média e baixa


disponibilidade: vegetais verde escuros, feijões, grão de bico (incluindo pasta de
grão de bico), lentilha.

– Utilize receitas para oferecer com segurança os alimentos que o bebê não
consegue agarrar no princípio (vegetais folhosos, por exemplo)
– Para melhorar a absorção de ferro: Deixe os grãos integrais (arroz integral,
feijões, grão de bico, lentilha) de molho em água com limão por 12 horas,
descartando a água do remolho antes de cozinhar
– Ofereça uma fruta rica em vitamina C junto com as grandes refeições: laranja,
tangerina, morango, manga, abacaxi, kiwi, carambola, pêssego

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PARA GARANTIR UMA BOA OFERTA DOS DEMAIS NUTRIENTES:
– Ofereça uma variedade de alimentos, repetindo diversas vezes os alimentos
recusados no princípio, não desista de oferecer, faça sua parte
– Ofereça de 3 a 5 alimentos diferentes em cada refeição, e disponha na
bandeja apenas um pedaço de cada por vez, repondo sempre que for preciso.

REDUZIR O RISCO DE FALHAS NO CRESCIMENTO (aumentando a oferta


de alimentos calóricos):
– Ofereça ao menos um alimento
energético em cada grande refeição: batata
(doce, baroa, inglesa), inhame, aipim, cará,
abóbora, abacate, banana, azeite, óleo de
coco, carnes em geral, feijões e outras
leguminosas
Evite sucos, ainda que naturais. O ideal é
que o seu bebê tome água! Sucos possuem
alto teor de frutose, ou seja, todo o açúcar
da fruta é concentrado em uma leva só e
ainda perde as fibras quando você coa o
suco.

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REDUZA AS CHANCES DE ENGASGO:
Corte alimentos de formatos circulares no
sentido do comprimento, em “formato de batata
frita” – o ideal é fugir do formato que tende a
“entupir” a via aérea. Amacie os vegetais e
frutas duras, cozinhando na água, forno ou
vapor, a fim de que se tornem fáceis de mastigar
por amassamento com as gengivas. A consistência ideal para BLW é a de salada
de legumes: nem muito duro, nem muito mole (pois esfarela na mão do bebê que
não tem controle da força). Quando o bebê ainda não tem dentes, você pode
oferecer as frutas com parte da casca para facilitar a preensão palmar (já que a
maioria escorrega). Mas é prudente retirar as cascas das frutas quando o bebê
já tem dentes e é capaz de “rasgar” a casca com a força da mordida.
Carnes: Enquanto o bebê ainda não tem o movimento de pinça desenvolvido,
você pode oferecer as carnes:
- Desfiadas umidificadas (molho ou
purê) em pequenas porções;
- Bem cozidas, macias, cortadas em
tiras ou cubos, no sentido transversal
das fibras (assim os pedaços que se
soltam ficam pequenos e fáceis de
mastigar);
- Carnes moídas em formato de
hamburguer, almôndega ou croquete.
Conforme o bebê adquire o movimento
de pinça (a partir dos 9 meses), o ideal
é:
- Cortar em pedaços bem pequenos,
- Desfiados
- Carne moída, até que o bebê tenha habilidade para mastigar pedaços maiores
com o nascimento dos molares (até os dois anos mais ou menos).
Alimentos pegajosos (exemplo: cream cheese, pasta de amendoim e similares)
se consumidos, devem ser apresentados em porções pequenas, pois podem
“grudar” no céu da boca.
Algumas leguminosas como o quiabo e a vagem, são de fácil preensão, ficar de
olho para as sementinhas e os grãos de feijão que podem desprender desses

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alimentos e escorregar para o fundo da boca. A melhor forma de oferecer esses
alimentos é cortadinho em rodelas pequenas quando o bebê já é capaz de pegá-
las.

Alimentos fibrosos e/ou duros para mastigar mesmo após o cozimento (ex:
quiabo, vagem, brócolis comum, folhas etc.) são mais fáceis de mastigar se
cortados em pedaços pequenos e/ou misturados à outras preparações/receitas.
Hidratar as frutas secas e cozinhar bem os grãos antes de oferecê-los aos
bebês.
É extremamente arriscado oferecer uvas inteiras aos bebês e crianças
pequenas, assim como qualquer outro alimento neste formato (tomatinhos,
cerejas, jabuticabas, azeitonas, ovinho de codorna, entre outros). Quaisquer
alimentos nestes formatos devem ser cortados longitudinalmente em duas ou
quatro partes. Cortes transversais não são indicados, pois não “quebram” o
formato do alimento que é capaz de “entupir” a glote.

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Milho verde na espiga deve estar mole (daqueles que estouram nos dentes),
para os “banguelas” vocês podem “rasgar” os grãos com um ralador de queijo
ou passar a faca longitudinalmente, "abrindo" os grãos. Retirar sementes e

caroços.

As folhas podem ser oferecidas cozidas ou cruas, mas sempre bem picadas.
Como no início o bebê não consegue pegar os pedacinhos, sugiro que você
ainda assim misture folhas verdes em outras receitas (ex: omelete), para que o
bebê também sinta o gosto “amarguinho” que a maioria das folhas verde-escura
tem.
Evite pães de forma e/ou pães brancos “massudos” , pois quando misturados à
saliva formam uma pasta grudenta que pode dificultar a mastigação e deglutição
do bebê, levando à gags excessivos (e possível engasgo ou vômito).
Sugestões de alimentos:
Frutas: - Banana - Mamão formosa (porque o papaia é muito mole para o bebê
segurar) - Melão - Maçã (levemente amolecida por cozimento) - Pera (levemente
amolecida por cozimento - Melancia - Abacaxi (bem maduro) - Abacate -
Tangerina - Laranja lima - Kiwi - Morango - Pitaya - Caju - Uva (sempre cortadas
na vertical à partir do momento que o bebê consegue pegar pedaços pequenos)
- Pêssego (sem casca e sem caroço) - Ameixa in natura ( sem caroço) - Tomate
Legumes (cozidos): - Brócolis ninja/japonês (é uma verdura mas a apresentação
para o bebê é igual ao legume) - Cenoura - Chuchu - Abóbora - Batata doce -
Batata - Abobrinha - Couve Flor (é uma verdura mas a apresentação para o bebê
é igual ao legume) - Mandioquinha - Beterraba - Berinjela

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TEMPEROS:
- Alho - Cebola – Alho-poró - Coentro - Manjericão - Orégano - Alecrim -
Temperos desidratados ou frescos - Salsinha - Cebolinha - Gengibre – Limão.

A ROTINA E A FREQUÊNCIA:
O ministério da saúde orienta que o bebê amamentado receba, desde o início
da IA, a oferta das três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) e o
bebê desmamado, que toma fórmula, receba 5 refeições por dia (as três
principais mais dois lanches) mas, isso não significa que seu bebê irá comer tudo
o que foi oferecido nessas refeições. No começo, o bebê passa por uma fase de
exploração, depois de experimentação, de descoberta, aprendizagem e o intuito
dessa fase é exatamente esse, proporcionar ao bebê a oportunidade de entrar
em contato por isso, não vai importar se vão ser oferecidas 3, 5 ou 1 refeição,
vai importar mais que o bebê tenha possibilidade de entrar em contato com o
alimento quando estiver interessado nele.
No BLW a ideia é que o bebê seja incluído na rotina alimentar da família. Que o
bebê se adapte à rotina da família e a família se adapte à nova rotina do bebê,
porque, não vai ser todo dia que o bebê sentirá fome em determinado horário,
não vai ser todo dia que o bebê vai fazer a soneca no horário habitual, não vai
ser todo dia que o bebê vai estar acordado e disposto no momento das refeições
da família. Por isso, é importante que haja uma rotina, mas, que essa rotina seja
flexível, para que o bebê e sua família se adaptem. No começo devemos incluir
o bebê nos momentos de refeição da família, sempre que ele estiver acordado e
disposto.

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BIBLIOGRAFIA
1. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação
do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na
escola/Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia4, ª.
ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP, 2018.
2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar
para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde
na atenção básica. 3ª. ed, Ministério da Saúde, Brasília, 2019.
3. Rapley G, Tracey M. Baby-led weaning. Essence 2008; 44:1

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