Pereira Et Al 2010 - Avaliação e Proposta de Conectividade Dos Framentos Remanescenes No Campus Da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais
Pereira Et Al 2010 - Avaliação e Proposta de Conectividade Dos Framentos Remanescenes No Campus Da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais
Pereira Et Al 2010 - Avaliação e Proposta de Conectividade Dos Framentos Remanescenes No Campus Da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais
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Israel Marinho Pereira1, Eduardo van den Berg2, Lílian Vilela de Andrade Pinto3,
Pedro Higuchi4, Douglas Antônio de Carvalho2
RESUMO: Neste trabalho, objetivou-se mapear e caracterizar os fragmentos florestais existentes no domínio da UFLA e identificar
potenciais corredores para maximizar a conectividade entre eles. Utilizou-se para confecção do mapa temático o programa SPRING
3.4, a partir de fotos aéreas do ano de 2001 e de imagens de satélite Landsat 7 (março de 2001). Os impactos sofridos pelos fragmentos
foram analisados a partir da aplicação de questionários investigativos, a fim de levantar o histórico de intervenções humanas. A flora
arbustivo-arbórea dos principais fragmentos foi inventariada pelo método dos quadrantes, tendo como nível de inclusão DAP 5,0 cm.
O fragmento do museu foi o que apresentou a menor área, a maior influência dos impactos, menor índice de forma e área interna e o
maior efeito de borda. Por outro lado, no fragmento da subestação, observou-se a maior área, maior índice de forma e área interna e o
menor efeito de borda. Dentre os principais impactos registrados para os fragmentos estudados, destacaram-se: lixo, estradas
externas, trilhas e construções. Foram registrados nos quatros fragmentos e nas duas principais unidades de conectividade 544
indivíduos, pertencentes a 48 famílias, 110 gêneros 161 espécies. O maior valor de diversidade foi registrado no fragmento da
subestação (3,917) e o menor (2,135) para o fragmento do museu. Após a análise dos resultados, constatou-se a possibilidade de
conectividade entre os fragmentos com a recuperação das áreas de preservação permanente no entorno dos cursos d´água e represas
e a adoção de medidas que possibilitem minimizar os impactos detectados nesses habitats.
Palavras-chave: Efeito de borda, matriz ambiental, ação antrópica, impactos ambientais, corredor ecológico.
ABSTRACT: This paper mapped and characterized the forest remnants in the domain of UFLA and identified potentials corridors to
improve the connectivity among them. The thematic map for the analyses was built using the SPRING 3.4 program considering aerial
images (2001) and satellite images (Landsat 7, March of 2001). The fragments impacts were analyzed by the application of investigative
questionnaires in order to record the past anthropogenic disturbances. The shrub-tree vegetation of the six main fragments was
inventoried by the quadrants method, with the inclusion level considering trees with DBH higher or equal to 5.0 cm. The fragments I
and IV were respectively the most disturbed fragments. According to the thematic map, the fragment I showed the smallest area, form
index and core area, consequently, the largest edge effect. The fragment III showed the largest area, form index and core area and the
smallest edge effect. Among the main impacts registered, the most important were garbage, external highways, trails and build
constructions. In the six main fragments 544 individuals were registered, belonging to 48 families, 110 genera and 161 species. The
largest diversity value was registered in the fragment III (3.917) and the smallest (2.135) in the fragment I. A low similarity was
detected among the fragments. After the analysis of the results, the connectivity among the fragments was verified with the recovering
of the areas of permanent preservation along the water streams and dams.
Key words: Edge effect, environmental matrix, anthropogenic action and environmental impacts.
1
Engenheiro Florestal, Professor Dr. em Engenharia Florestal – Departamento de Engenharia Florestal – Universidade Federal dos Vales
do Jequitinhonha e Mucuri/UFVMJ – Rua da Glória, 187 – 39100-000 – Diamantina, MG – [email protected]
2
Agrônomo, Professor Dr. em Biologia Vegetal – Departamento de Ciências Biológicas – Universidade Federal de Lavras/UFLA –
Lavras, MG – [email protected], [email protected]
3
Engenheira Florestal, Professora Dra. em Engenharia Florestal – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas
Gerais – Campus Inconfidentes – Praça Tiradentes, 416, Centro – 37576-000 – Inconfidentes, MG – [email protected]
4
Engenheiro Florestal, Professor Dr. em Engenharia Florestal – Departamento de Engenharia Florestal – Centro de Ciências
Agroveterinárias – Universidade do Estado de Santa Catarina – Av. Luiz de Camões, 2090, Conta Dinheiro – 88520-000 – Lages, SC –
[email protected]
vegetacionais muito heterogêneos entre si, de diferentes Conduziu-se este trabalho, com os objetivos de: a)
tamanhos, formas e conectividade (KAGEYAMA et al., mapear e caracterizar os principais fragmentos de vegetação
2003; VIANA & PINHEIRO, 1998). natural existentes no domínio da UFLA, com a finalidade
A intervenção humana tem ocasionado um efeito de subsidiar o estabelecimento de planos de gestão que
desestabilizador aos ecossistemas naturais, perturbando minimizem os impactos ambientais nos fragmentos
seu equilíbrio dinâmico. Dentre as alterações recentes que estudados, e (b) identificar áreas que sirvam como
vêm ocorrendo nas florestas mundiais, destaca-se a corredores, ou áreas que precisem ser recuperadas para
fragmentação de remanescentes naturais em pedaços cumprir esse papel, com potencial para maximizar a
progressivamente menores, isolados por áreas tomadas conectividade entre os fragmentos estudados.
pelo desenvolvimento agrícola, industrial e urbano
(HARRIS, 1984). No processo de fragmentação dos 2 MATERIAL E MÉTODOS
habitats, a estrutura da paisagem é modificada, resultando 2.1 Localização e caracterização das áreas de estudo
em mudanças na composição e diversidade das
comunidades, o que, segundo Reis et al. (2003), Os fragmentos florestais estudados encontram-se
compromete a conservação in situ, já que a intensidade e situados no campus da Universidade Federal de Lavras -
o tipo de distúrbio influenciam diretamente o processo de UFLA, no município de Lavras, região sul do estado de
restauração natural do ecossistema. Minas Gerais, entre as coordenadss UTM 7652332 e
Os fragmentos florestais são áreas de vegetação 7652603 de latitude sul e 502999 e 503122 de longitude
natural, interrompidas por barreiras antrópicas ou naturais, oeste de Greenwich.
capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais, O clima do município de Lavras é do tipo Cwa,
pólen e sementes. O processo de fragmentação implica conforme a classificação climática de Köppen. A temperatura
ainda na redução da área, surgimento de borda, e redução média anual está em torno de 19,3ºC, tendo, no mês mais
de populações (ALVEREZ-BUYULLA et al., 1996; quente e no mês mais frio, temperaturas médias de 22,1º e
BERGALLO et al., 2000; LAURANCE et al., 1997; 15,8º, respectivamente. A precipitação anual normal é de
TOURNER, 1996; VIANA, 1990). A borda, o tipo de 1.530mm, a evaporação total do ano igual a 1.343mm e a
vizinhança, o grau de isolamento e o tamanho efetivo dos umidade relativa média anual de 76% (BRASIL, 1992). A
fragmentos são os principais fatores que devem ser vegetação primitiva pode ser considerada como transição
considerados para medir as alterações dos processos entre Floresta Estacional Semidecidual Montana e Cerrado,
biológicos de determinado ecossistema (VIANA, 1990). O e encontra-se atualmente, amplamente fragmentada e em
isolamento dos fragmentos causa modificações profundas diversos estádios serais.
na dinâmica das populações de animais e vegetais (VIANA 2.2 Metodologia de estudo
et al., 1992).
A área do campus da Universidade Federal de Os fragmentos florestais remanescentes foram
Lavras (UFLA) vem sendo ocupada por várias atividades mapeados a partir da interpretação visual em meio digital
produtivas ou de ordem arquitetônica. Em decorrência de imagens
imagens dede satéliteLANDSAT7
satélite LANDSAT7 –– ETM++ de março de
desse fato, a vegetação natural contida dentro dos limites 2001, com resolução espacial 25 x 25m, e levantamento de
da propriedade passou por um processo gradual de campo. Foram utilizadas as bandas 3, 4 e 5, com os
fragmentação. Não obstante essa perda de elementos respectivos filtros B, G e R. Essas bandas passaram pela
bióticos, algumas iniciativas conservacionistas vêm transformação IHS < > RGB, para que pudesse ser
possibilitando a regeneração da vegetação em algumas aproveitada a resolução de 12,5m da banda Pan (banda 8).
áreas protegidas. O conhecimento sobre os efeitos dessa No tratamento e análise dos dados físicos dos
fragmentação e da gradual recuperação desses fragmentos, procedeu-se à digitalização nos programas
ecossistemas é de interesse da comunidade científica da SPRING 3.4 e ENVI 3.5, como preparação para a entrada
UFLA, bem como de seu corpo administrativo, tendo em dos dados no programa FRAGSTATS 2.0. Esse programa
vista a necessidade de se planejar e implantar, no âmbito se aplica à análise de padrões espaciais da paisagem e de
de suas dependências, programas de gestão ambiental nos fragmentos específicos. Neste estudo, os dados fornecidos
moldes do desenvolvimento sustentável e se adequar à pelo FRAGSTATS foram considerados como índices
legislação ambiental existente. morfométricos.
Os índices morfométricos utilizados para caracterizar num total de 25 pontos por área. No fragmento do museu,
os seis principais fragmentos (subestação, matinha, em razão da área ser muito pequena, a distância entre os
cerradinho, museu, angical e campo de futebol) e as três pontos amostrais foi de 10 metros, totalizando 11 pontos.
unidades de conectividade (área com eucalipto e regeneração Em cada quadrante, foi amostrado o indivíduo mais próximo
de sub-bosque “administração”, mancha de vegetação na do centro, com DAP (diâmetro a altura do peito) 5 cm.
área da psicultura e plantio de pinus e eucalipto) quanto à As espécies foram incluídas em famílias de acordo
conservação da diversidade biológica do campus da UFLA com o sistema Angiosperm Phylogeny Group - APG II
foram: área, perímetro, índice de forma, área interna, número (2003), sendo as identificações realizadas por meio de
de áreas internas (NCA), índice de área interna, efeito de comparações a exsicatas depositadas no Herbário ESAL e
borda, distância do vizinho mais próximo (NND), índice de consultas a especialistas e obras clássicas.
proximidade (IP) (BORGES et al., 2004; HERRMANN et al., Para cada fragmento, calcularam-se os índices de
2005; METZGER, 1999; VOLOTÃO, 1998). diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade de Pielou
(J’) (KREBS, 1989) em base logarítmica natural (BROWER &
2.2.1 Avaliação dos impactos
ZAR, 1984). A similaridade florística entre os fragmentos foi
Para a caracterização da ocupação dos seis realizada por meio do índice de similaridade de Jaccard (Sj).
principais fragmentos estudados e das três unidades que
2.2.3 Análises multivariadas e correlações
interligam os mesmos (plantios homogêneos de pinus e
eucalipto, fragmento da psicultura, fragmento próximo ao Para análise das correlações entre os impactos
departamento de administração, e angical) utilizou-se um ambientais e a flora arbórea dos seis fragmentos estudados
questionário (matriz de impacto) para obter informações foi empregada uma análise de correspondência canônica
sobre os níveis de alterações dos mesmos. As linhas da (CCA) (TER BRAAK, 1987), utilizando-se o programa PC-
matriz de interação dos impactos ambientais estão ORD for Windows versão 4.14 (MCCUNE & MEFFORD,
representadas pelos seis fragmentos e as três unidades de 1999). Os dados utilizados para compor a matriz de ordenação
interligação avaliadas no questionário de campo e, as foram os valores das pontuações dos impactos nos
colunas, pelos impactos sofridos pelos mesmos ao longo fragmentos e unidades de conectividade, multiplicados pelos
do tempo. Seguindo a metodologia utilizada por Pereira et seus respectivos pesos conforme detalhado no item 2.2. A
al. (2007), na última coluna da matriz foi lançado um valor CCA, diferentemente das demais análises indiretas, incorpora
sintético obtido a partir da soma dos valores atribuídos ao na ordenação as correlações e regressões entre dados
impacto multiplicado por pesos (valores) atribuídos para florísticos e fatores ambientais, encontrando a combinação
cada impacto. Esses pesos seguiram a valoração subjetiva linear das variáveis ambientais que otimizam a dispersão
adotada por Pereira (2003) e experiência de campo dos das médias ponderadas das espécies (KENT & COKER,
pesquisadores, assumindo os seguintes valores: 1= cerca 1992). Assim, a CCA é um método de ordenação direta, em
(CE) e plantios homogêneos (PH); 2= lixo (LI), trilha (TR) e que o resultado da ordenação é o produto da variabilidade
agricultura (AG); 3= estrada externa (EE) e pastagem (PA); dos dados ambientais e da variabilidade dos dados
4= estrada interna (EI), gado (GA) e construções (CO); 5= florísticos (KENT & COKER, 1992; RODRIGUES et al., 2003).
fogo (FG) e corte seletivo (CS); 6= corte raso (CR). De acordo com as recomendações de Ter Braak
(1995), os valores de abundância foram transformados pela
2.2.2 Avaliação do componente vegetal
expressão log 10 (a + 1) para compensar os desvios
O levantamento florístico e estrutural da vegetação causados por alguns poucos valores muito elevados. A
arbustivo-arbórea foi realizado no período de março a maio matriz de abundância das espécies foi constituída do
de 2003, por meio do método dos pontos quadrantes, número de indivíduos por área das espécies que
conforme metodologia adotada por Martins (1991) e apresentaram cinco ou mais indivíduos na amostra total.
Rodrigues (1988). Para locação dos pontos, foram abertas
linhas paralelas atravessando os remanescentes florestais 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
no seu maior comprimento. A orientação das linhas foi O campus da UFLA possui uma área de 505,2
feita com o auxílio de uma bússola. Nas linhas dos hectares, dos quais 33,23 ha são consideradas áreas de
fragmentos subestação, matinha, cerradinho, angical e Preservação Permanente, conforme o Código Florestal, Lei
campo de futebol, a distância entre pontos foi de 20 metros, n.º 4.771/65 (Figura 1).
Figura 1 – Fragmentos e áreas de preservação permanente do campus da Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
Figure 1 – Fragments and area of permanent preservation of the campus of the Federal University of Lavras, Lavras - MG.
De acordo com o mapa gerado neste trabalho a dos fatores de degradação para que haja sucesso no
área ocupada com vegetação arbórea no Campus da UFLA restabelecimento da comunidade arbórea via regeneração
é de 115,32 ha (Tabela 1). Deste total, 44,78 ha (38,83 %) natural. O anelamento de algumas árvores, para que haja
são ocupados por mata nativa em estágio avançado de penetração de luz direta no sub-bosque desses plantios,
regeneração, 18,78 ha (16,29 %) são ocupados por plantios pode favorecer a germinação de sementes das espécies
de eucalipto, 17,56 ha (15,23 %) por capoeiras em pioneiras presentes no banco de semente do solo.
diferentes estágios sucessionais, 10,12 ha (8,78 %) por Dessa forma, a manutenção ou restauração dessa
vegetação paludosa situadas ao redor das nascentes e vegetação pode promover o restabelecimento da
ao longo dos cursos d´água, 10,02 ha (8,69 %) por plantio conectividade da paisagem, por meio da interligação de
homogêneo de angico, 9,40 ha (8,15 %) por plantio de fragmentos. Outra medida que pode ser utilizada para
Pinus spp., 3,57 ha (3,10 %) por vegetação típica de promover a conectividade é a construção de pequenos
cerrado e 1,09 ha (0,95%) por plantio misto de espécies corredores por meio do plantio de espécies arbóreas em
nativas. forma de pequenas faixas interligando os fragmentos.
Com base no mapa temático (Figura 1), verifica-se Castro (2004) evidencia a importância e eficiência dos
que a conectividade entre os fragmentos pode ser realizada corredores de valo na conservação da diversidade em
por meio da manutenção e recuperação da vegetação nas escala regional e ressalta que estes podem ser indicados
áreas de preservação permanente, situadas ao longo dos como uma técnica para tentar conectar porções de habitat
cursos d´água e represas e isolamento dos fatores de remanescentes na região de Lavras, atuando na
degradação das principais unidades de conectividade, conservação da diversidade pouco representada nos
situada entre os fragmentos, além do enriquecimento das fragmentos e contribuir para o estabelecimento de
capoeiras com espécies de grupo ecológico mais avançado conexões entre os mesmos.
e condução da regeneração natural nas áreas com plantio O total de vegetação, que pode ser considerado
homogêneo. Nessas áreas, faz-se necessária a eliminação como reserva legal é de 105,20 ha (mata nativa, capoeira,
cerrado, eucalipto, pinus, plantio nativo homogêneo e minimizar os impactos antrópicos e promover condições
angical). Destes, 2,62 ha encontram-se dentro das APP, ideais para perpetuação da biodiversidade nessas áreas.
restando ainda, 102,5782 ha, valor que sustenta o exigido Verificou-se que a soma dos seis principais
fragmentos estudados totalizam 33,79 ha, que somada às
pela legislação, considerando-se que 101,04 ha (20 %) da
áreas das três principais unidades de conectividade que
área total deve ser de Reserva Legal. Assim, constata-se interligam estes (plantios homogêneos de pinus e eucalipto,
que a área com vegetação do Campus da UFLA, atende ao fragmento da psicultura e fragmento próximo ao
exigido pela legislação. No entanto, é necessário a departamento de administração), totalizam uma área de 52,28
implementação de medidas administrativas visando a hectares (Tabela 2).
Tabela 1 – Área total e distribuição percentual das classes dos fragmentos florestais mapeados no Campus da Universidade Federal
de Lavras, Lavras - MG.
Table 1 – Total area and percentile distribution of the classes of the forest fragments mapped at the Campus of the Federal
University of Lavras, Lavras - MG.
Classe dos fragmentos Área (ha) % da área
Mata nativa 44,78 38,83
Capoeira 17,56 15,23
Cerrado 3,57 3,10
Vegetação paludosa 10,12 8,78
Angical 10,02 8,69
Plantio nativo homogêneo 1,09 0,95
Eucalipto 18,78 16,29
Pinus 9,40 8,15
Total 115,32 100,00
Tabela 2 – Descrição morfométrica dos fragmentos florestais estudados no Campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA-
MG). Em que: SE = subestação, MA = matinha, CE = cerradinho, MU = museu, AG = angical, CF = campo de futebol, AD =
administração, PC = psicultura e PPE = plantio de pinus e eucalipto.
Table 2 – Morfometric Description of the forest fragments studied at the Campus of the Universidade Federal de Lavras (UFLA-
MG). Where: SE = substation, MA = Matinha, EC = cerradinho, MU = museum, AG = Angical, CF = fragment of the soccer field,
AD = Administration, PC = pscicultura and PPE = planting pine and eucalyptus
Fragmentos/Unidades
Índices morfométricos
SE MA CE MU AG CF AD PC PPE
Área (ha) 12,13 5,72 2,81 0,74 8,86 3,53 9,30 2,64 6,28
Perímetro (m) 2178 1476 994 590 2418 1854 2313 1676 1866
Índice de forma 1,56 1,48 1,48 1,72 - - - - -
Área interna 5,56 2,23 0,55 0 - - - - -
Número de áreas internas 1 1 1 0 - - - - -
Índice de área interna 45,80 35,97 19,67 0 - - - - -
Efeito borda 6,57 3,49 2,26 0,74 - - - - -
Distância do vizinho mais
260,08 88,27 0 77,77 88,27 77,77 206,92 116,82 0
próximo (m)
O maior valor obtido para área interna foi registrado isolamento da área para transeuntes, além da adição de
para o fragmento da subestação (5,56 ha), seguido pelos placas educativas conscientizando as pessoas a não
fragmentos da matinha (2,23 ha) e cerradinho (0,55 ha). O jogarem lixo nessa área. Tais medidas objetivam minimizar
fragmento do museu não apresentou nenhum núcleo de os impactos e permitir que haja o processo de regeneração
área interna, resultando no maior valor de efeito borda de espécies nativas por dispersão de propágulos vindos
obtido (0,74 ha), entre os quatro principais fragmentos de outros fragmentos.
estudados, o que corresponde a 100% da área do fragmento A flora arbórea dos seis principais fragmentos
(Tabela 2). Quanto menor o índice de forma, mais avaliados neste estudo foi representada por 544
arredondado é o fragmento, maior será a área interna, o indivíduos, 48 famílias, 160 espécies e 112 gêneros, assim
que, consequentemente, reduz os riscos do interior do distribuídos: Fragmento da subestação, com 24 famílias,
fragmento ser afetado pelo efeito de borda (BARROS 62 espécies e 50 gêneros; matinha, com 19 famílias, 31
FILHO, 1997; RANTA et al., 1998). espécies e 27 gêneros; cerradinho, com 19 famílias, 38
A distância mínima para os vizinhos mais próximos espécies e 32 gêneros; museu, 12 famílias, 16 espécies e 16
foi de 77,77 m para os fragmentos museu e campo de gêneros; angical 19 famílias, 30 espécies e 28 gêneros e
futebol; de 88,27 m para os fragmentos matinha e angico; campo de futebol, 26 famílias, 49 espécies e 41 gêneros
de 188,67 para o fragmento da piscicultura; de 234, 89 m (Tabela 4).
para o cerradinho e o fragmento da administração; e de De modo geral, verifica-se que, aproximadamente,
260,08 m para o fragmento da subestação. 67% das espécies e 65% dos indivíduos inventariados são
O isolamento de um fragmento pode afetar o fluxo disseminados por animais (zoocoria). Enquanto que 27%
de animais, pólen e sementes e, portanto, a diversidade das espécies e 30% dos indivíduos via anemocoria e apenas
biológica e a dinâmica das populações de plantas e animais 6% das espécies e 5% dos indivíduos via autocoria.
(FORMAN & GODRON, 1986). Segundo Bierregaard Junior O uso de espécies zoocóricas na implantação dos
et al. (1992), nem sempre o efeito do isolamento resultará corredores, ou no enriquecimento dos povoamentos
na redução imediata da diversidade local, entretanto, em homogêneos e, ou capoeiras, pode contribuir para que
longo prazo, a riqueza de espécies em áreas fragmentadas haja uma maior integração entre os remanescente por meio
tende a ser menor do que em áreas contínuas, tendo em da fauna.
vista que muitas das alterações ambientais após a O menor valor para o índice de diversidade de
fragmentação não são estáticas nem ocorrem de forma Shannon-Weaver (Tabela 5), foi registrado para o fragmento
imediata (MALCOLM, 1991). do museu (2,135). Por outro lado, no fragmento da matinha
Os fragmentos estudados apresentam área muito obteve-se o maior índice de diversidade (3,917).
pequena. Apenas um, apresentou área superior a 10 ha Verifica-se, na Tabela 5, que os valores de
(Subestação). Tais resultados confirmam que a paisagem equabilidade (J’) variaram de 0,710 a 0,949 para as áreas do
na área do Campus da UFLA se assemelha às descritas em angical e matinha, respectivamente. Constata-se ainda que,
outros trabalhos em várias regiões do país, onde grande os menores valores foram obtidos para o fragmento do
parte de vegetação remanescente encontra-se na forma de museu e angical, evidenciando a existência de dominância
pequenos fragmentos isolados na paisagem (PEREIRA et ecológica de algumas espécies nestas áreas, como é o caso
al., 2007; RANTA et al., 1998; SANTIN, 1999). da Magnolia champaca no fragmento do museu, que
Com relação à matriz de impacto (Tabela 3), verifica- possui 43% dos indivíduos amostrados e com ocorrência
se que na unidade de conectividade representada pelo em 80% dos quadrantes, e Anadenanthera colubrina na
povoamento de pinus e eucalipto foi onde constatou-se o no angical, que representam 44% dos indivíduos
maior impacto negativo da ação antrópica, principalmente, amostrados e que foi registrada em 60% dos quadrantes. A
decorrente da ocorrência de fogo, contato com estrada primeira, trata-se de uma espécie exótica plantada em áreas
externa de fluxo intenso, presença de trilhas, cercamento adjacentes que vem se propagando de forma agressiva
insuficiente, atividades agrícolas e outras ações antrópicas neste fragmento que apresenta alto grau de perturbação
significativas. Necessita a adoção de medidas mitigadoras antrópica. Enquanto que a segunda, é uma espécie nativa,
para que essa unidade possa exercer a função de colonizadora de grandes clareiras e de ampla plasticidade
conectividade dos fragmentos remanescentes, tais como ecológica, ocorrendo em diferentes biomas e
construção de aceiros de combate a incêndios florestais, fitofisionomias.
Tabela 3 – Matriz de impactos ambientais para os nove fragmentos florestais remanescentes estudados no Campus da Universidade
Federal de Lavras, Lavras-MG. Em que: Pa= pastagem; Ag=agricultura, Ph= plantios homogêneos e Co=construções
Table 3 – Environmental impacts matrix for the nine remaining forest fragments studied at the Campus of the Federal University
of Lavras, Lavras-MG. In the: Pa= pasture, Ag= agriculture, Ph= homogeneous plantations and Co=constructions.
Ações antrópicas
Fragmento Estrada Estrada Corte Corte Matriz de entorno
Fogo Lixo Trilha Cerca Gado NF
interna externa raso seletivo Pa Ag Ph Co
Peso 5 2 4 3 2 1 4 6 5 3 2 1 4
Subestação 0 1 2 4 4 4 0 0 0 2 4 3 3 63
Matinha 0 1 0 4 3 0 0 0 1 3 3 3 3 55
Cerradinho 0 1 4 4 1 0 0 0 0 1 4 2 3 57
Museu 0 4 0 4 4 1 0 0 4 0 0 0 4 65
Angical 0 2 3 4 4 3 0 2 2 2 2 4 4 81
Campo futebol 0 1 4 4 3 3 0 0 1 0 0 0 4 60
Administração 0 1 3 4 3 4 0 0 1 4 2 2 4 75
Pisicultura 1 4 4 4 3 4 0 0 0 3 2 2 4 82
Pinus + Eucalipto 4 1 0 4 4 4 0 0 2 2 4 0 4 86
0 = ausência; 1= baixo; 2 = intermediário; 3 = alto; 4 = muito alto.
Tabela 4 – Relação das espécies arbustivo-arbóreas dispostas em ordem alfabéticas de famílias amostradas em seis fragmentos
remanescentes no Campus da Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG. Em que: GE = Grupo Ecológico (Luz = espécie de luz
e som = espécie de sombra; SD = síndrome de dispersão (ane = anemocórica, auto = autocórica e zôo = zoocórica; subestação, MA =
matinha, CE = cerradinho, MU = museu, AG = angical, CF = campo de futebol e NI = número total de indivíduos.
Table 4 – Relation of the arbustive-arboreal species disposed in order alphabetical of families sampled in six remaining forest
fragments studied at the Campus of the Federal University of Lavras, Lavras - MG. Where: EG = Ecological Group (Luz = species
of light and shadow = species of shadow, DS = dispersion syndrome (Ane = anemochory, Auto = autochory and zoo = zoochory;
SE = substation, MA = Matinha, EC = cerradinho, MU = museum, AG = Angical, CF = fragment of the football field and total
number of individuals.
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Anacardiaceae
Lithraea molleoides (Vell.) Engl. Luz Zoo 0 0 0 0 1 2 3
Mangifera indica L. Luz Zoo 2 0 0 0 0 0 2
Schinus terebinthifolius Raddi Luz Zoo 4 0 0 0 1 3 8
Tapirira guianensis Aubl. Luz Zoo 0 0 0 0 0 6 6
Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitch. Luz Zoo 0 10 0 0 0 2 12
Annonaceae
Guatteria australis A.St.-Hil. Som Zoo 0 0 0 4 0 0 4
Porcelia macrocarpa (Warm.) R.E.Fr. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Rollinia laurifolia Schltdl. Luz Zoo 0 0 1 0 1 0 2
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Annona sericea Dunal Luz Zoo 0 3 0 0 0 0 3
Xylopia brasiliensis Spreng. Som Zoo 0 6 0 0 2 0 8
Apocynaceae
Aspidosperma parvifolium A.DC. Luz Ane 0 0 0 0 0 3 3
Aspidosperma tomentosum Mart. Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Aquifoliaceae
Ilex cerasifolia Reissek Som Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Ilex conocarpa Reissek Luz Zoo 1 0 0 0 0 0 1
Araliaceae
Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch. Som Zoo 4 0 0 0 0 0 4
Schefflera macrocarpa (Cham. & Schltdl.) Frodin Luz Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Luz Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Asteraceae
Gochnatia paniculata (Less.) Cabrera Luz Ane 0 0 0 0 0 2 2
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Luz Ane 0 0 0 2 0 0 2
Piptocarpha macropoda Baker Luz Ane 0 1 0 0 0 0 1
Bignoniaceae
Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook.f. ex
Luz Ane 0 0 0 3 0 0 3
S.Moore
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos Luz Ane 0 0 0 0 0 1 1
Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos Luz Ane 0 0 0 2 0 0 2
Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos Luz Ane 0 0 0 0 0 1 1
Boraginaceae
Cordia sellowiana Cham. Luz Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Burseraceae
Protium widgrenii Engl. Luz Zoo 0 1 0 0 0 1 2
Celtidaceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Luz Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Chrysobalanaceae
Hirtella hebeclada Moric. Som Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Clusiaceae
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Kielmeyera lathrophyton Saddi Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Kielmeyera variabilis Mart. & Zucc. Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Cunoniaceae
Lamanonia ternata Vell. Luz Ane 0 1 0 0 0 0 1
Ebenaceae
Diospyros hispida A.DC. Luz Zoo 0 0 0 2 0 0 2
Erythroxylaceae
Erythroxylum tortuosum Mart. Luz Zoo 0 0 0 2 0 0 2
Euphorbiaceae
Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. Som Zoo 0 0 3 0 0 0 3
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. Luz Zoo 0 0 0 0 0 2 2
Croton floribundus Spreng. Luz Auto 1 0 1 0 0 0 2
Maprounea guianensis Aubl. Luz Auto 0 3 0 0 0 0 3
Sebastiania brasiliensis Spreng. Som Auto 0 0 0 0 0 4 4
Sebastiania membranifolia Müll.Arg. Som Auto 1 0 3 0 0 0 4
Fabaceae Caesalpinioideae
Bauhinia longifolia (Bong.) D.Dietr. Luz Auto 1 0 5 1 0 0 7
Copaifera langsdorffii Desf. Som Zoo 0 8 0 4 1 12 25
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Luz Ane 0 0 0 0 0 3 3
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi &
Luz Ane 0 3 0 0 0 0 3
Pipoly
Senna multijuga (L.C.Rich.) H.S.Irwin & Barneby Luz Auto 0 0 0 0 0 1 1
Acosmium dasycarpum (Vogel) Yakovlev Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Bowdichia virgilioides Kunth Luz Ane 0 0 0 12 0 0 12
Dalbergia miscolobium Benth. Luz Ane 0 0 0 6 0 0 6
Dalbergia villosa (Benth.) Benth. Luz Ane 0 0 1 0 0 0 1
Erythrina verna Vell. Luz Auto 0 0 1 0 0 0 1
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi &
Luz Ane 0 0 0 0 0 2 2
H.C.Lima
Machaerium brasiliense Vogel Luz Ane 0 0 1 0 0 0 1
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Luz Ane 0 0 0 0 0 2 2
Machaerium nictitans (Vell.) Benth. Luz Ane 0 0 0 0 4 2 6
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Luz Ane 0 1 1 0 0 0 2
Machaerium villosum Vogel Luz Ane 0 0 1 0 7 2 10
Ormosia fastigiata Tul. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Platycyamus regnellii Benth. Luz Ane 0 0 4 0 0 0 4
Platypodium elegans Vogel Luz Ane 0 0 0 3 0 8 11
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Fabaceae Mimosoideae
Albizia polycephala (Benth.) Killip Luz Ane 0 0 3 0 0 0 3
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Luz Ane 0 0 0 0 44 2 46
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Luz Ane 0 0 3 0 0 0 3
Enterolobium schomburgkii Benth. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Inga marginata Willd. Som Zoo 0 0 0 0 0 2 2
Inga striata Benth. Luz Zoo 0 0 0 0 2 0 2
Inga vera Willd. Luz Zoo 0 0 2 0 0 0 2
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Luz Auto 0 0 1 0 2 0 3
Leucochloron incuriale (Vell.) Barneby &
Luz Auto 0 0 0 1 0 0 1
J.W.Grimes
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Luz Zoo 0 0 0 2 0 0 2
Hypericaceae
Vismia brasiliensis Choisy Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Lamiaceae
Aegiphila sellowiana Cham. Luz Zoo 1 0 0 1 0 1 3
Lauraceae
Cryptocarya aschersoniana Mez Som Zoo 1 2 2 0 0 0 5
Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Nectandra grandiflora Nees Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Nectandra lanceolata Nees Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Luz Zoo 0 0 1 1 0 0 2
Nectandra oppositifolia Nees Som Zoo 0 0 0 0 3 0 3
Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez Luz Zoo 0 5 0 0 1 0 6
Ocotea laxa (Nees) Mez Som Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer Som Zoo 0 2 0 0 0 0 2
Persea willdenovii Kosterm. Luz Zoo 0 1 1 0 2 0 4
Lecythidaceae
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Som Auto 0 0 0 0 0 1 1
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Magnoliaceae
Magnolia champaca L. Luz Zoo 19 0 0 0 0 0 19
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Malpighiaceae
Banisteriopsis campestris (A. Juss.) Little Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Byrsonima laxiflora Griseb. Luz Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Byrsonima stipulacea A.Juss. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Byrsonima verbascifolia (L.) DC. Luz Zoo 0 0 0 3 0 0 3
Heteropterys byrsonimifolia A.Juss. Luz Ane 0 1 0 0 0 1 2
Malvaceae
Heliocarpus americanus L. Luz Ane 2 0 0 0 0 0 2
Luehea divaricata Mart. Luz Ane 0 0 0 0 1 2 3
Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Luz Ane 1 0 1 1 0 1 4
Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.)
Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
A.Robyns
Melastomataceae
Miconia albicans Triana Luz Zoo 0 0 1 6 0 1 8
Miconia argyrophylla DC. Luz Zoo 0 8 1 0 1 0 10
Miconia trianaei Cogn. Luz Zoo 0 6 0 0 0 0 6
Tibouchina granulosa Cogn. Luz Ane 0 0 1 0 0 0 1
Meliaceae
Cedrela odorata L. Luz Ane 2 0 0 0 0 0 2
Trichilia clausseni C.DC. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Trichilia emarginata (Turcz.) C.DC. Som Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Trichilia pallida Sw. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Memecylaceae
Mouriri glazioviana Cogn. Luz Zoo 0 3 0 0 0 0 3
Monimiaceae
Mollinedia widgrenii A.DC. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Moraceae
Maclura tinctoria (L.) Steud. Luz Zoo 0 0 0 0 5 1 6
Myrsinaceae
Myrsine gardneriana A.DC. Luz Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Myrsine umbellata Mart. Luz Zoo 0 0 0 2 0 1 3
Myrtaceae
Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg Som Zoo 0 1 0 0 0 0 1
Calycorectes acutatus (Miq.) Toledo Som Zoo 0 0 3 0 0 0 3
Calyptranthes clusiifolia O.Berg Som Zoo 1 2 0 0 1 0 4
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Corymbia citriodora Hill & Johnson Luz Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Eugenia florida DC. Som Zoo 0 0 2 0 0 1 3
Eugenia hyemalis Cambess. Luz Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Eugenia involucrata DC. Luz Zoo 0 0 2 0 0 0 2
Eugenia pyriformis Cambess. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Hexachlamys edulis (O.Berg) Kausel & D.Legrand Som Zoo 0 0 0 3 0 0 3
Marlierea racemosa (Vell.) Kiaersk. Luz Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Myrcia splendens (Sw.) DC. Luz Zoo 0 2 1 3 1 0 7
Myrcia multiflora (Lam.) DC. Som Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Myrcia rostrata DC. Luz Zoo 0 0 2 0 2 1 5
Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. Luz Zoo 0 0 1 0 0 1 2
Myrcia variabilis DC. Luz Zoo 0 0 0 3 0 0 3
Myrcia velutina O.Berg Som Zoo 0 0 0 1 0 0 1
Myrcia selloi (Spreng.) N.Silveira Som Zoo 2 0 0 0 0 0 2
Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg Som Zoo 0 0 0 12 0 0 12
Psidium guajava L. Luz Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Siphoneugena kuhlmannii Mattos Som Zoo 0 2 0 0 0 0 2
Syzygium malaccensis (L.) Merr. & Perry. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Nyctaginaceae
Guapira hirsuta (Choisy) Lundell Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Polygonaceae
Coccoloba warmingii Meisn. Luz Zoo 0 0 2 0 0 0 2
Triplaris gardneriana Weddell Luz Zoo 0 0 2 0 0 0 2
Proteaceae
Roupala montana Aubl. Luz Ane 0 0 3 0 0 0 3
Rhamnaceae
Rhamnidium elaeocarpum Reissek Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Rosaceae
Prunus myrtifolia (L.) Urb. Som Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Rubiaceae
Cordiera concolor (Cham.) Kuntze Luz Zoo 0 0 1 0 0 2 3
Amaioua guianensis Aubl. Som Zoo 0 7 1 0 1 0 9
Faramea nigrescens Mart. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Ixora gardneriana Benth. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Continua…
To be continued…
Tabela 4 – Continua…
Table 4 – Continued…
Fragmentos
Espécie/Família GE SD NI
SB MA CE MU AG CF
Ixora brevifolia Benth. Som Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. Som Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Rudgea viburnoides (Cham.) Benth. Luz Zoo 0 0 0 1 0 0 1
Rutaceae
Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. Som Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Zanthoxylum caribaeum Lam. Luz Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Solonaceae
Solanum leucodendron Sendt. Luz Zoo 0 0 0 0 1 0 1
Salicaceae
Casearia arborea (L.C.Rich.) Urb. Luz Zoo 0 9 0 0 0 0 9
Casearia lasiophylla Eichler Luz Zoo 1 0 1 0 2 1 5
Casearia sylvestris Sw. Luz Zoo 0 5 7 1 7 0 20
Sapindaceae
Cupania vernalis Cambess. Luz Zoo 0 0 6 0 0 0 6
Matayba elaeagnoides Radlk. Luz Zoo 0 0 2 0 1 0 3
Sapotaceae
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. Luz Zoo 0 0 1 0 0 8 9
Siparunaceae
Siparuna cujabana (Mart.) A.DC. Som Zoo 0 0 0 0 0 1 1
Siparuna guianensis Aubl. Som Zoo 0 2 2 0 1 0 4
Styracaceae
Styrax camporus Pohl Luz Zoo 0 0 0 3 0 1 4
Styrax ferrugineus Nees & Mart. Luz Zoo 0 0 0 1 0 0 1
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul Luz Zoo 0 0 1 0 0 1 2
Verbenaceae
Cytharexylum myrianthum Cham. Luz Zoo 0 0 1 0 0 0 1
Vochysiaceae
Callisthene fasciculata (Spreng.) Mart. Luz Ane 0 0 0 1 0 0 1
Qualea grandiflora Mart. Luz Ane 0 0 0 5 0 0 5
Vochysia tucanorum Mart. Luz Ane 0 0 0 0 0 1 1
Total 44 100 100 100 100 100 544
Tabela 5 – Valores de riqueza, abundância, diversidade e equabilidade para seis fragmentos remanescentes no Campus da Universidade
Federal de Lavras, Lavras-MG.
Table 5 – Richness, abundance, diversity and equality to six remaining forest fragments studied at the Campus of the Federal
University of Lavras, Lavras-MG.
Índices
Fragmentos Número de espécies Número de indivíduos Diversidade de Shannon Equabilidade de
Weaver (H’) Pielou (J’)
Subestação (I) 62 100 3,917 0,949
Matinha (II) 31 100 3,117 0,908
Cerradinho (III) 38 100 3,289 0,904
Museu (IV) 16 44 2,135 0,770
Angical (V) 30 100 2,416 0,710
Campo (VI) 49 100 3,546 0,911
A similaridade obtida entre os seis fragmentos, Na Figura 2b, constata-se que a ordenação das
conforme observa-se na Tabela 6, foi baixa. Segundo Kent espécies pela CCA resultou na formação de quatro grupos
& Coker (1992), valores de similaridade inferiores a 50% distintos. O primeiro foi formado por espécies como
podem ser considerados baixos. Tal fato pode ser Bowdichia virgilioides, Dalbergia miscolobium,
consequência dos diferentes níveis de perturbação em Myrciaria floribunda e Qualea grandiflora ordenadas
que os fragmentos se encontram, bem como da no canto inferior esquerdo (Figura 2b). Essas espécies
comparação entre fragmentos em diferentes formatos, foram exclusivas ou ocorreram de forma mais abundantes
tamanho, grau de antropismo, estádios sucessionais, nível no fragmento do cerradinho, que apresenta fisionomia
de isolamento, diferentes fisionomias, origens e históricos típica de cerrado.
de perturbação. Mesmo assim, a maior similaridade foi O segundo grupo foi formado pelas espécies
registrada entre o angical e a matinha (Ij=19,40%), Schinus terebinthifolius e Magnolia champaca,
fragmentos que apresentam distância mínima entre ordenadas na parte superior direita do gráfico. Tais
fragmentos de 88,25m, distância menor do que a espécies foram exclusivas ou ocorreram de forma mais
encontrada para os fragmentos da administração, abundantes no fragmento do museu, onde constatou-
subestação e piscicultura. se o maior número de impactos. Já, o terceiro grupo foi
Possivelmente, a matinha tenha sido a principal formado pelas espécies Tapirira guianensis,
fonte de propágulos para o processo de colonização Chrysophyllum marginatum, Copaifera langsdorffii,
do sub-bosque do angical, ao longo dos anos. Aubert Cryptocarya aschersoniana, Myrcia rostrata, Myrcia
& Oliveira Filho (1994), estudando a regeneração fallax, Cupania vernalis ordenadas na parte central do
natural no sub-bosque de povoamentos de Pinus spp., gráfico. Essas espécies foram exclusivas ou ocorreram
e Eucalyptus spp. no Campus da UFLA, também de forma mais abundantes nos fragmentos subestação
contaram uma forte influência das matas e campo de futebol. O quarto grupo foi representado
circunvizinhas. por espécies como Tapirira obtusa, Xylopia
Os resultados da análise de correspondência brasiliensis, Ocotea corymbosa, Miconia trianae,
canônica (CCA) estão representados nos diagramas de Maclura tinctoria, Amaioua guianensis, Casearia
ordenação da Figura 2, verificou-se, então, que a CCA arborea, Casearia sylvestris, Miconia argyrophylla,
produziu alta correlação espécie-ambiente nos dois Anadenanthera colubrina, Machaerium villosum,
primeiros eixos: 1,00 (eixo 1) e 0,994 (eixo 2). Os impactos Machaerium nictitans, ordenadas no canto inferior
ambientais mais fortemente correlacionadas com o primeiro direito do gráfico. Tais espécies foram exclusivas ou
eixo de ordenação foram, presença de estradas internas, ocorreram de forma mais abundantes nos fragmentos
trilhas e corte seletivo (Figura 2a). da matinha e no angical.
Tabela 6 – Matriz florística das seis áreas situadas no Campus da Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG, mostrando o
número de espécies em comum entre as áreas na metade superior direita e os índices de similaridade de Jaccard (%) na metade
inferior esquerda.
Table 6 – Floristic matrix of the six located areas in the Campus of the Federal University of Lavras, Lavras-MG, showing the
number of species among the areas in the right superior half and the index of similarity of Jaccard (%) in the left inferior.
Fragmentos Subestação (I) Matinha (II) Cerradinho (III) Museu (IV) Angical (V) Campo (VI)
Subestação (I) - 8 6 6 12 10
Matinha (II) 9,41 - 3 2 10 4
Cerradinho (III) 6,38 4,55 - 3 3 7
Museu (IV) 8,33 4,44 5,88 - 3 4
Angical (V) 15,00 19,40 4,62 6,98 - 10
Campo (VI) 9,90 5,26 8,75 6,56 14,19 -
Figura 2 – Diagrama de ordenação dos fragmentos e impactos (a) e espécies (b) produzidos pela análise de correspondência
canônica (CCA) da distribuição do número de indivíduos de 29 espécies arbóreas em seis fragmentos remanescentes no Campus da
Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG.
Figure 2 – Diagram of ordination of the fragments (a) and species (b) produced by the analysis of correspondence (CCA) of the
distribution of the number of individuals of 29 arboreal species in six remaining fragments in the Campus of the Federal University
of Lavras, Lavras-MG.
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