Anexo O - FUNREJUS - Legislação

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CÓDIGO DE NORMAS 1

Anexo O
FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO
PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS
Lei n.º 12.216/98

(Atualizada pela Lei nº 12.604, de 02/07/99; Lei nº 12.827,


de 06/01/2000; Lei n.º 13.611, de 04/06/02; e pelos
Decretos Judiciários n.os 251, de 19/08/99; 230, de
19/04/01; 366, de 21/08/01; e 245, de 16/07/02).

Súmula : Cria o "Fundo de Reequipamento do Poder


Judiciário"- FUNREJUS e adota outras providências.

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná

decretou e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - Fica criado o "Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário" - FUNREJUS.

Art. 2º - O Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário tem por finalidade suprir o


Poder Judiciário Estadual com os recursos financeiros necessários para fazer frente
às despesas com:
I - aquisição, construção, ampliação e reforma dos edifícios forenses e outros
imóveis destinados ao Poder Judiciário;
II - aquisição de equipamentos e material permanente;
III - implementação dos serviços de informática da Justiça Estadual;
IV - despesas de custeio, exceto com encargos de pessoal, em até, no máximo,
30% (trinta por cento) da receita do Fundo, na forma estabelecida pelo
Regulamento.

Parágrafo único - Não serão admitidos, por conta do FUNREJUS, pagamentos de


gratificações e encargos com custeio de pessoal e outras despesas correntes,
ressalvado o disposto no item IV.

Art. 3º - Constituem-se receitas do Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário:


I - dotação orçamentária própria, os recursos transferidos por entidades públicas e
os créditos adicionais que lhe venham a ser atribuídos;
II - saldo financeiro resultante da execução orçamentária do Poder Judiciário,
disponível ao final de cada exercício, deduzido o valor inscrito em restos a pagar;
III - saldo financeiro apurado no balanço anual do próprio fundo;
IV - recursos provenientes do recolhimento de valores excedentes da despesa
autorizada com telefonia;
V - receita decorrente da cobrança de cópias reprográficas extraídas pelo Poder
Judiciário;
· Ver Portaria nº 02/00.
VI - o produto da venda de cópias dos editais de licitação de obras, aquisição de
equipamentos e outros;
· Ver Portaria nº 09/00.
VII - 0,2 % (zero vírgula dois por cento) sobre o valor do título do imóvel ou da
obrigação nos atos praticados pelos cartórios de protesto de títulos, registro de
imóveis e tabelionatos, observando-se que:
· Alterado pelo art. 1º, da Lei Estadual nº 12.604, de 02/07/99.
· O recolhimento do percentual de 0,2% não excederá o valor máximo das custas
fixadas no Regimento de Custas - art. 2º, da Lei Estadual nº 12.604, de 02/07/99.
a) os atos que venham a ser praticados pelos ofícios anteriormente referidos não
estão sujeitos ao recolhimento cumulativo;
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b) não estão sujeitos ao pagamento:


1. os atos relativos aos registros das cédulas de crédito rural, os contratos de
penhor rural e demais títulos representativos de produtos rurais;
2. os atos relativos às cédulas de crédito comercial, industrial e de exportação;
3. os loteamentos urbanos e rurais;
4. os atos de cancelamento ou baixa de pacto comissório, hipoteca, penhoras e
outras garantias;
5. os atos que dividirem imóveis ou os demarcarem, inclusive nos casos de
incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou
mais unidades aos incorporadores;
6. as convenções antenupciais;
7. os atos referentes ao usufruto e ao uso sobre imóveis e sobre habitação, quando
não resultarem de direito de família, desde que os bens não ultrapassem o valor de
R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
8. os registros dos formais de partilha;
9. os atos sem valores declarados;
10. os atos lavrados com os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita e nos
termos da Lei nº 1.060/50;
11. os atos acessórios quando da prática de dois ou mais atos concomitantes, no
mesmo procedimento;
12. as entidades civis sem fins lucrativos, reconhecidas de utilidade pública e
inscritas no cadastro de entidades sociais do Paraná;
13. as novações e as renovações das hipotecas legais, judiciais e convencionais, se
realizadas no mesmo exercício financeiro;
4. os atos cartoriais relativos a imóveis urbanos, com área construída de até 70 m2
(setenta metros quadrados), destinados à moradia própria ou à constituição de
bens de família;
15. o imóvel comprovadamente destinado à residência do funcionário público;
16. a renovação dos contratos de locação de imóveis, nos quais tenha sido
consignada cláusula de vigência no caso de alienação;
17. os atos comprovadamente isentos do ITBI (Imposto sobre Transmissão "inter
vivos" de bens imóveis, por ato oneroso) ou do ITCMD (Imposto sobre Transmissão
de "causa mortis" e doação de qualquer bens ou direitos);
18. os registros, ainda não formalizados, das escrituras públicas e dos
compromissos de compra e venda, lavrados anteriormente à regulamentação da Lei
nº 12.216/98, pelo Decreto Judiciário nº 153/99.
· Inciso VII com redação dada pela Lei nº 12.604, de 02/07/99.
VIII - 80 % (oitenta por cento) das custas decorrentes dos atos dos Tribunais de
Justiça e Alçada, fixadas no Regimento de Custas;
· Alterado pelo art. 1.º da Lei n.º 12.604, de 02/07/99.
IX - valores oriundos do porte postal para devolução de documentos e processos;
X - taxas de inscrição em cursos, seminários, conferências e outros eventos
culturais patrocinados pelo Poder Judiciário;
XI - taxas de inscrição em concursos públicos realizados pelo Poder Judiciário;
· V. Portaria nº 01/99.
· V. Portaria n.º 01/01.
· V. Decreto Judiciário n.º 245/02.
XII - o produto da alienação de bens, móveis e imóveis, incluídos na carga
patrimonial do Poder Judiciário;
XIII - o produto da arrecadação da Taxa Judiciária;
XIV - valores decorrentes de cobrança pelo fornecimento de produtos de
informática em impressos e disquetes, por meio de transmissão telefônica e outros;
· V. Portaria nº 16/01.
XV - receitas oriundas de convênios, acordos ou contratos firmados pelo Poder
Judiciário, com entidades de direito público;
XVI - subvenções, doações e contribuições de pessoas jurídicas de direito privado
ou público;
XVII - o produto da remuneração das aplicações financeiras do Poder Judiciário;
XVIII - multas contratuais aplicadas no âmbito administrativo dos Tribunais de
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Justiça e de Alçada;
XIX - taxa de ocupação das dependências dos imóveis do Poder Judiciário;
· V. Portaria nº 06/00.
XX - as custas decorrentes da aplicação do artigo 51, § 2º, do artigo 54, parágrafo
único e do artigo 55, incisos I, II e III, da Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro
de 1995;
Alterado pelo art. 1.º da Lei nº 12.604, de 02/07/99;
V. Lei n.º 13.611, de 04/06/02.
XXI - receita decorrente dos descontos efetuados nas folhas de pagamento do
Poder Judiciário, em decorrência de faltas e atrasos não justificados;
XXII - valores da venda das ações da TELEPAR relativas à aquisição dos terminais
telefônicos pertencentes ao Poder Judiciário;
XXIII - outras receitas eventuais;
XXIV - o produto da arrecadação das custas decorrentes dos atos dos Secretários
dos Tribunais de Justiça e Alçada.
· Acrescentado pela Lei nº 12.604, de 02/07/99.

§ 1º. O produto da arrecadação da Taxa Judiciária será destinado: 50% (cinquenta


por cento) para o FUNREJUS, 48% (quarenta e oito por cento) para o Fundo
Penitenciário do Estado - FUPEN e 2% (dois por cento) para o fomento da pesquisa
científica e tecnológica, na forma estabelecida pelo artigo 205 da Constituição
Estadual.
a) A arrecadação da Taxa Judiciária, será feita, integralmente, pelo FUNREJUS, que
repassará o percentual de 48% (quarenta e oito por cento) do FUPEN e 2% (dois
por cento) para o fomento da pesquisa científica e tecnológica, até o 5º (quinto) dia
útil do mês subsequente, para as contas bancárias indicadas pelos órgãos
beneficiários;

§ 2º. As receitas do FUNREJUS não integram o percentual da receita estadual


destinado ao Poder Judiciário, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

§ 3º. Será de R$ 2,50 (dois reais e cinqüenta centavos) o valor a ser recolhido ao
FUNREJUS, por ato praticado nos Ofícios de Registro de Títulos e Documentos e de
Pessoas Jurídicas.
· Acrescentado pela Lei nº 12.604, de 02/07/99.

§ 4º. ...
· Acrescentado pela Lei nº 12.604, de 02/07/99 e revogado pela Lei nº 12.827, de
06/01/2000.

Art. 4º - O Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário será administrado por um


Conselho Diretor, composto pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que o presidirá,
pelo Vice-Presidente, pelo Corregedor Geral da Justiça e por mais 5 (cinco)
membros, os quais serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, ouvido
o Órgão Especial.

Art. 5º - Os recursos do Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário serão


recolhidos em conta especial do estabelecimento bancário oficial do Estado.

Art. 6º - Os bens adquiridos com recursos do Fundo de Reequipamento do Poder


Judiciário serão imediatamente incorporados ao patrimônio do Poder Judiciário.

Art. 7º - Aplica-se à administração financeira do Fundo, no que couber, o disposto


na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, no Código de Contabilidade e na
legislação pertinente a contratos e licitações, bem como as normas e instruções
baixadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

Art. 8º - O Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário será dotado de


personalidade jurídica e escrituração contábil própria, sendo seu Presidente o
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ordenador das despesas e o seu representante legal.

Art. 9º - O FUNREJUS prestará contas da arrecadação e aplicação de seus


recursos, nos prazos e na forma da legislação vigente.

Art. 10 - A presente Lei será regulamentada por Decreto Judiciário, que será
submetido à aprovação do Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
· V. Decreto Judiciário nº 153/99, com atualização pelos Decretos Judiciários nº
251/99, nº 169/01, nº 230/01, nº 366/01 e n.º 245/02.

Art. 11 - Fica aberto um crédito adicional especial, no valor de R$ 1.000.000,00


(um milhão de reais), para fazer frente às despesas decorrentes da execução desta
lei, utilizando como recursos aqueles previstos no § 1º do artigo 43 da Lei Federal
4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 12 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 15 de julho de 1998.

Jaime Lerner
Governador do Estado

Giovani Gionédis
Secretário de Estado da Fazenda

LEI N.º 12.604


DE 02 DE JULHO DE 1.999

SÚMULA: Altera o artigo 3º, da Lei nº 12.216, de 15 de


julho de 1998 e adota outras providências.

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a


seguinte lei:
Art. 1º. O artigo 3º, da Lei n.º 12.216, de 15 de julho de 1998, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
Art. 3º...
(. . .)
VII - 0,2% (zero vírgula dois por cento) sobre o valor do título do imóvel ou
da obrigação nos atos praticados pelos cartórios de protestos de títulos, registros
de imóveis e tabelionatos, observando-se que:
a) os atos que venham a ser praticados pelos ofícios anteriormente referidos
não estão sujeitos ao recolhimento cumulativo;
b) não estão sujeitos ao pagamento:
1. os atos relativos aos registros das cédulas de crédito rural, os contratos de
penhor rural e demais títulos representativos de produtos rurais;
2. os atos relativos às cédulas de crédito comercial, industrial e de
exportação;
3. os loteamentos urbanos e rurais;
4. os atos de cancelamento ou baixa de pacto comissório, hipoteca, penhoras
e outras garantias;
5. os atos que dividirem imóveis ou os demarcarem, inclusive nos casos de
incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou
mais unidades aos incorporadores;
6. as convenções antenupciais;
7. os atos referentes ao usufruto e ao uso sobre imóveis e sobre habitação,
quando não resultarem de direito de família, desde que os bens não ultrapassem o
valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
8. os registros dos formais de partilha;
CÓDIGO DE NORMAS 5

9. os atos sem valores declarados;


10. os atos lavrados com os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita e nos
termos da Lei n.º 1.060/50;
11. os atos acessórios quando da prática de dois ou mais atos concomitantes,
no mesmo procedimento;
12. as entidades civis sem fins lucrativos, reconhecidas de utilidade pública e
inscritas no cadastro de entidades sociais do Paraná.
13. as novações e as renovações das hipotecas legais, judiciais e
convencionais, se realizadas no mesmo exercício financeiro;
14. os atos cartoriais relativos a imóveis urbanos, com área construída de até
70 m2 (setenta metros quadrados), destinados à moradia própria ou à constituição
de bens de família;
15. o imóvel comprovadamente destinado à residência do funcionário público;
16. a renovação dos contratos de locação de imóveis, nos quais tenha sido
consignada cláusula de vigência no caso de alienação;
17. os atos comprovadamente isentos do ITBI (Imposto sobre Transmissão
“inter vivos” de bens imóveis, por ato oneroso) ou do ITCMD (Imposto sobre
Transmissão de “causa mortis” e doação de qualquer bens ou direitos);
18. os registros, ainda não formalizados, das escrituras públicas e dos
compromissos de compra e venda, lavrados anteriormente à regulamentação da Lei
n.º 12.216/98, pelo Decreto Judiciário n.º 153/99.
VIII - 80% (oitenta por cento) das custas decorrentes dos atos dos Tribunais
de Justiça e Alçada, fixadas no Regimento de Custas;
(. . .)
XX - as custas decorrentes da aplicação do artigo 51, § 2º, do artigo 54,
parágrafo único e do artigo 55, incisos I, II e III, da Lei Federal n.º 9099, de 26 de
setembro de 1995;
(. . .)
XXIV - o produto da arrecadação das custas decorrentes dos atos dos
Secretários dos Tribunais de Justiça e Alçada.
(. . .)
§ 3º. Será de R$ 2,50 (dois reais e cinqüenta centavos) o valor a ser
recolhido ao FUNREJUS, por ato praticado nos Ofícios de Registro de Títulos e
Documentos e de Pessoas Jurídicas.
§ 4º. Para as hipóteses previstas no inciso VII, do artigo 3º, da Lei
12.216/98, será considerado como base de cálculo o valor atribuído pelo órgão
fiscalizador competente para a arrecadação do imposto incidente (ITBI e ITCMD).
Art. 2º. O recolhimento do percentual de 0,2% (zero vírgula dois por cento),
previsto no inciso VII, do artigo 3º, da Lei n.º 12.216/98, não excederá o valor
máximo das custas fixadas no Regimento de Custas.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 02 de julho de 1999.

Jaime Lerner
Governador do Estado

Giovani Gionédis
Secretário de Estado da Fazenda

José Cid Campêlo Filho


Secretário de Estado do Governo

Lei n.º 12.827

Súmula: Revoga o parágrafo 4.º do artigo 3.º, da Lei n.º


12.216, de 15 de julho de 1998, com a redação dada Lei n.º
12.604, de 02 de julho de 1999.
CÓDIGO DE NORMAS 6

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná


decretou e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1.º Fica revogado o parágrafo 4.º, do artigo 3.º, da Lei n.º 12.604, de 02 de
julho de 199p.

Art. 2.º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA,


em 06 de janeiro de 2000.

Jaime Lerner
Governador do Estado

José Cid Campelo Filho


Secretário do Estado do Governo

Giovani Gionédis
Secretário do Estado da Fazenda

DECRETO JUDICIÁRIO N.º 000153/99

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, no uso


de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no art. 10 da Lei Estadual nº
12.216, de 15 de julho de 1998 e o estabelecido no artigo 108 do Regimento
Interno do Tribunal de Justiça.

DECRETA
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento do FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO
PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS - criado pela Lei nº 12.216, de 15 de julho de
1998.

DAS FINALIDADES
Art. 2º. O FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS -
tem por finalidade a complementação de recursos orçamentários e financeiros
destinados ao reequipamento dos órgãos que compõem a estrutura do Poder
Judiciário.

DOS OBJETIVOS
Art. 3º. O FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS -
tem por objetivo proporcionar recursos financeiros para assegurar as condições
físicas e materiais visando a modernização, dinamização e aperfeiçoamento dos
serviços judiciários.

DA APLICAÇÃO
Art. 4º. Os recursos financeiros provenientes da arrecadação do FUNDO DE
REEQUIPAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS - serão aplicados na:
I - aquisição, construção, ampliação e reforma dos edifícios forenses e outros
imóveis destinados ao Poder Judiciário;
II - aquisição de equipamentos e de material permanente;
III - implementação dos serviços de informática da Justiça Estadual;
IV - despesas de custeio, exceto com encargos de pessoal, em até, no
máximo, trinta por cento (30%) da receita do Fundo, na forma estabelecida neste
decreto.
§ 1º. - Não serão admitidos, por conta do FUNREJUS, pagamentos de
gratificações e encargos com custeio de pessoal e outras despesas correntes,
CÓDIGO DE NORMAS 7

ressalvado o disposto no item IV.


§ 2º. - Os recursos financeiros destinados ao pagamento de despesas de
custeio não poderão exceder o limite máximo fixado no inciso IV, do artigo 2º, da
Lei 12.216/98, e serão definidos pelo Conselho Diretor do FUNREJUS quando da
elaboração da proposta orçamentária do FUNDO.

DOS RECURSOS
Art. 5º. Constituem receitas do FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO PODER
JUDICIÁRIO - FUNREJUS -:
I- dotação orçamentária própria, os recursos transferidos por entidades
públicas e os créditos adicionais que lhe venham a ser atribuídos;
II - saldo financeiro resultante da execução orçamentária do Poder
Judiciário, disponível ao final de cada exercício, deduzido o valor inscrito
em restos a pagar;
III - saldo financeiro apurado no balanço anual do próprio fundo;
IV - recursos provenientes do recolhimento de valores excedentes da
despesa autorizada com telefonia;
V- receita decorrente da cobrança de cópias reprográficas extraídas
pelos órgãos do Poder Judiciário;
VI - o produto da venda de cópias dos editais de licitação de obras,
aquisição de equipamentos e outros;
VII - 0,2 % (zero vírgula dois por cento) sobre o valor do título do imóvel
ou da obrigação nos atos praticados pelos ofícios de protestos de títulos,
registros de imóveis, títulos e documentos e tabelionatos;
VIII - 50 % (cinqüenta por cento) das custas decorrentes dos atos dos
Tribunais de Justiça e de Alçada , fixadas no Regimento de Custas;
IX - valores oriundos de porte postal para remessa e devolução de
documentos e processos;
X- taxas de inscrição em cursos, seminários, conferências e outros
eventos culturais patrocinados pelo Poder Judiciário;
XI - taxas de inscrição em concursos públicos realizados pelo Poder
Judiciário;
XII - o produto da alienação de bens, móveis e imóveis, incluídos no
acervo patrimonial do Poder Judiciário;
XIII - o produto da arrecadação da Taxa Judiciária;
XIV - valores decorrentes de cobrança pelo fornecimento de produtos de
informática em impressos e disquetes, por meio de transmissão telefônica
e outros;
XV - receitas oriundas de convênios, acordos ou contratos firmados pelo
Poder Judiciário com entidades de direito público;
XVI - subvenções, doações e contribuições de pessoas jurídicas de direito
público ou privado;
XVII - o produto da remuneração das aplicações financeiras realizadas pelo
Poder Judiciário;
XVIII - multas contratuais aplicadas no âmbito administrativo dos Tribunais
de Justiça e de Alçada;
XIX - taxa de ocupação das dependências dos imóveis do Poder Judiciário;
XX - as custas processuais decorrentes da aplicação da Lei Federal nº
9.099, de 26 de setembro de 1995;
XXI - receita proveniente dos descontos efetuados nas folhas de
pagamento dos servidores do Poder Judiciário, em decorrência de
suspensões, faltas e atrasos não justificados;
XXII - valores da venda das ações relativas à aquisição dos terminais
telefônicos pertencentes ao Poder Judiciário;
XXIII - outras receitas eventuais.

DOS PROCEDIMENTOS PARA ARRECADAÇÃO


Art. 6º. A arrecadação das Receitas do FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO
PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS - será feita na conta especial do Banco do Estado
CÓDIGO DE NORMAS 8

do Paraná S/A por meio de guia de recolhimento, conforme modelo anexo.


Parágrafo único - A guia atualmente utilizada para recolhimento das custas
dos atos dos Tribunais de Justiça e de Alçada será substituída pelo novo modelo.
Art. 7º. A guia de recolhimento, citada no artigo anterior, será confeccionada
em cinco (05) vias, assim destinadas:
-1ª via para ser juntada ao processo;
-2ª via para o contribuinte/recorrente/autor/impetrante;
-3ª via para o arquivo da unidade arrecadadora;
-4ª via para o FUNREJUS;
-5ª via para o banco.
Parágrafo único - As terceiras (3as.) vias da guia de recolhimento serão
arquivadas em ordem cronológica em pasta própria, na unidade responsável pela
arrecadação.
Art. 8º. Cada um dos incisos do artigo 3º, da Lei nº 12.216/98 e do artigo
5º, do presente decreto, terá código próprio, conforme Anexo I.
Art. 9º. Cada uma das Unidades Arrecadadoras terá código próprio, conforme
Anexo II, e será responsável pelo preenchimento da guia de arrecadação dos itens
de receita que lhe são afetos.
Parágrafo único - Não haverá cobrança pela emissão ou preenchimento das
guias de arrecadação.
Art. 10. Os limites de despesa com tarifas por terminal telefônico serão
fixados por ato do Presidente do Conselho Diretor do Fundo de Reequipamento do
Poder Judiciário.
Parágrafo único - Os valores que excederem os limites de despesa a que se
refere o “caput” deste artigo serão recolhidos pelos respectivos setores ao
FUNREJUS, mediante guia emitida pelo Departamento Econômico e Financeiro.
Art. 11. As cópias reprográficas extraídas por órgão do Poder Judiciário serão
cobradas, conforme valor estabelecido por ato do Presidente do Conselho Diretor do
FUNREJUS, por intermédio das unidades arrecadadoras responsáveis pela prestação
deste serviço que, semanalmente, depositarão o valor arrecadado na conta
bancária do referido FUNDO.
Art. 12. As cópias relativas aos editais de licitação serão cobradas de acordo
com os valores estabelecidos por ato do Presidente do Conselho Diretor do
FUNREJUS, mediante guia de recolhimento emitida pelas unidades arrecadadoras
responsáveis pelos serviços e depositadas pelos interessados na conta bancária do
FUNREJUS.
Art. 13. O recolhimento do percentual de zero vírgula dois por cento (0,2%),
sobre o valor do título do imóvel, será efetuado mediante guia pelas partes
interessadas, por ocasião da prática do ato originário, na conta bancária do
FUNREJUS.
Art. 14. Estão sujeitos ao recolhimento de zero vírgula dois por cento (0,2%),
previsto pelo inciso VII, do artigo 3º, da Lei Estadual n.º 12.216/98, os atos
praticados pelos Oficiais de Protesto de Títulos, Registro de Imóveis, e
Tabelionatos, relacionados respectivamente nos seguintes incisos:
I - Os títulos apontados para protesto previstos no artigo 11, da Lei Federal
8.935/94, devendo o percentual fixado no “caput” ser calculado sobre o valor de
cada título;
II - Todos os demais atos previstos nos artigos 167, 168 e 169 da Lei Federal
n.º 6.015/73;
III - Os atos previstos nos incisos I, II e III do artigo 7º, da Lei Federal n.º
8.935/94.
Parágrafo único - O total arrecadado nos atos a que se referem os incisos I,
II e III, será recolhido mediante guias emitidas pelos oficiais já mencionados, e
depositado na conta bancária do FUNREJUS, no dia útil subseqüente ao do
recebimento dos valores.
Art. 15. Nos ofícios de Registros de Títulos e Documentos será cobrado o
valor de dois reais e cinqüenta centavos (R$ 2,50) por documento registrado,
devendo o total arrecadado ser recolhido ao FUNREJUS, no dia útil imediato ao
respectivo recebimento.
CÓDIGO DE NORMAS 9

Art. 16. Os atos que venham a ser praticados pelos ofícios referidos
anteriormente, não estão sujeitos ao recolhimento cumulativo.
Art. 17. As custas devidas pela prática de atos dos Tribunais de Justiça e de
Alçada, fixadas no Regimento de Custas, serão recolhidas pelas partes
interessadas, por guias emitidas pelas respectivas unidades arrecadadoras
responsáveis e depositadas na conta bancária do FUNREJUS.
Parágrafo único - A arrecadação das custas apontadas no “caput” deste
artigo será feita, integralmente, pelo FUNREJUS que repassará o percentual
estabelecido em lei ao Conselho de Previdência Complementar - CONPREVI -, até o
quinto (5º) dia útil do mês subseqüente, para a conta bancária indicada por esta
entidade.
Art. 18. O recolhimento dos valores relativos ao porte postal para remessa e
devolução de documentos e processos atenderá aos procedimentos prescritos no
artigo 17.
Art. 19. O recolhimento de taxas de inscrição em cursos, seminários,
conferências e outros eventos culturais patrocinados pelo Poder Judiciário, será
efetuado pela parte interessada, por guias emitidas pela unidade arrecadadora
responsável pelas respectivas promoções e depositadas na conta bancária do
FUNREJUS.
Art. 20. O recolhimento de taxas de inscrições em concursos públicos
realizados pelo Poder Judiciário será efetuado pela parte interessada, mediante guia
emitida pela unidade arrecadadora responsável pelos respectivos concursos e
depositadas na conta bancária do FUNREJUS.
§ 1º. O valor da taxa de inscrição, fixado por ato do Presidente do Conselho
Diretor do FUNREJUS, constará do edital de cada concurso.
§ 2º. As despesas decorrentes de realizações dos concursos públicos correrão
pelo Fundo Rotativo do Tribunal de Justiça ou por conta de adiantamentos de
verbas que serão liberadas pelo Departamento Econômico e Financeiro, mediante
apresentação de um plano de aplicação, de acordo com o modelo em anexo.
§ 3º. Os adiantamentos de verbas, citados no parágrafo anterior, ficarão
sujeitos à prestação de contas, de acordo com o Provimento n.º 02/93, do Tribunal
de Contas.
Art. 21. O produto da alienação de bens, móveis e imóveis, incluídos no
acervo patrimonial do Poder Judiciário, será, de imediato, depositado pelo
Departamento do Patrimônio, mediante guia própria, na conta bancária do
FUNREJUS.
Art. 22. A Taxa Judiciária será recolhida pelas partes interessadas, mediante
guia preenchida pelo Distribuidor ou pelo Departamento Judiciário dos Tribunais de
Justiça e de Alçada, e depositada na conta bancária do FUNREJUS.
§ 1º. As partes interessadas também poderão emitir guias, desde que nelas
consignem os códigos oficiais da receita (anexo I) e da unidade arrecadadora
(anexo II).
§ 2º. A arrecadação da Taxa Judiciária será feita integralmente pelo
FUNREJUS, que repassará o percentual de quarenta e oito por cento (48%) ao
FUPEN e dois por cento (2%) para o Fomento da Pesquisa Científica e Tecnológica,
até o quinto (5º) dia útil do mês subseqüente, para as contas bancárias indicadas
pelos respectivos órgãos.
Art. 23. O fornecimento de produtos de informática, por meio de impressos,
de disquetes ou de quaisquer meios de transmissão, será cobrado conforme valor
estabelecido por ato do Presidente do Conselho Diretor do FUNREJUS, mediante
guias que serão emitidas pelas unidades arrecadadoras responsáveis pela prestação
desses serviços e depositadas na conta bancária do FUNREJUS.
Art. 24. As receitas oriundas de convênios, acordos ou contratos firmados
pelo Poder Judiciário com entidades de direito público, serão recolhidas na conta
bancária do FUNREJUS, por intermédio de guia expedida sob a responsabilidade do
Departamento Econômico e Financeiro dos Tribunais de Justiça e Alçada.
Art. 25. Os valores decorrentes de subvenções, doações e contribuições de
pessoas jurídicas de direito público ou privado, se aceitos pelo Poder Judiciário,
serão depositados na conta bancária do FUNREJUS, mediante guias expedidas sob
CÓDIGO DE NORMAS 10

responsabilidade do Departamento Econômico e Financeiro e do Departamento do


Patrimônio.
Art. 26. O produto da remuneração das aplicações financeiras realizadas pelo
Poder Judiciário será recolhido na conta bancária do FUNREJUS, por intermédio de
guia expedida sob a responsabilidade do Departamento Econômico e Financeiro dos
Tribunais de Justiça e Alçada.
Art. 27. Os valores decorrentes de multas contratuais, aplicadas no âmbito
administrativo dos Tribunais de Justiça e de Alçada, serão depositados na conta
bancária do FUNREJUS, mediante guia expedida pelos departamentos responsáveis
em controlar os contratos administrativos.
Art. 28. A taxa de ocupação pelo uso das dependências dos imóveis do Poder
Judiciário será fixada por ato do Presidente do Conselho Diretor do FUNREJUS, de
acordo com o valor do imóvel e metragem efetivamente ocupada, sendo seu
recolhimento procedido mediante guia emitida pelo Departamento do Patrimônio, e
depositada na respectiva conta bancária.
Art. 29. As custas previstas pela Lei Federal n.º 9.099, de 26 de setembro de
1995 serão recolhidas de acordo com o que estabelece a Resolução n.º 03/99, do
Órgão Especial do Tribunal de Justiça, mediante guias emitidas pelos Juizados
Especiais Cíveis ou Criminais de cada comarca e depositadas na conta bancária do
FUNREJUS.
Parágrafo único - As receitas decorrentes do recolhimento das custas
mencionadas no “caput” serão destinadas, preferencialmente, ao Sistema dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, visando sua modernização, dinamização e
aperfeiçoamento.
Art. 30. Os valores decorrentes dos descontos efetuados na folha de
pagamento dos servidores do Poder Judiciário, provenientes de suspensões, faltas e
atrasos não justificados, serão depositados na conta bancária do FUNREJUS,
mediante guia emitida pelo Departamento Econômico e Financeiro dos Tribunais de
Justiça e Alçada.
Art. 31. Os valores da venda das ações relativas à aquisição dos terminais
telefônicos pertencentes ao Poder Judiciário, serão recolhidos na conta bancária do
FUNREJUS, mediante guia expedida pelo Departamento Econômico e Financeiro dos
Tribunais de Justiça e Alçada.

DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 32. O FUNDO DE REEQUIPAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS
-, será administrado por um Conselho Diretor, composto pelo Presidente do
Tribunal de Justiça, que o presidirá, pelo Vice-Presidente, pelo Corregedor Geral da
Justiça e por mais cinco (5) membros, os quais serão nomeados pelo Presidente do
Tribunal de Justiça, ouvido o Órgão Especial.
Art. 33. Compete ao Conselho Diretor:
I- promover o desenvolvimento do FUNREJUS e gestionar para que
sejam atingidas suas finalidades e cumpridos seus objetivos;
II - fixar as diretrizes administrativas operacionais do FUNREJUS;
III - baixar normas e instruções disciplinadoras da aplicação dos recursos
financeiros disponíveis;
IV - elaborar a proposta orçamentária do FUNREJUS e submetê-la à
apreciação do Órgão Especial;
V- decidir sobre a execução orçamentária e financeira dos recursos do
FUNREJUS;
VI - examinar e aprovar as contas do FUNREJUS;
VII - apresentar, anualmente, relatório de suas atividades submetendo-o à
apreciação do Órgão Especial;
VIII - elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;
IX - resolver as dúvidas suscitadas e responder às consultas formuladas;
X- exercer outras atribuições indispensáveis à gestão do FUNREJUS.
Art. 34. Os convênios, os acordos e os contratos que impliquem na liberação
de recursos do FUNREJUS, serão apreciados pelo seu Conselho Diretor e
submetidos à homologação do Presidente do Tribunal de Justiça.
CÓDIGO DE NORMAS 11

DA CONTABILIDADE
Art. 35. Aplica-se à administração financeira do Fundo, no que couber, o
disposto na Lei Federal n.º 4.320, de 17 de março de 1964, no Código de
Contabilidade e na legislação pertinente a contratos e licitações, bem como as
normas e instruções baixadas pelo Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Contas do
Estado.
Art. 36. O FUNREJUS terá escrituração contábil própria, sendo seu Presidente
o ordenador das despesas e o seu representante legal.
Art. 37. O FUNREJUS prestará contas da arrecadação e da aplicação de seus
recursos, nos prazos e na forma da legislação vigente.
Art. 38. Compete ao Presidente do Tribunal de Justiça autorizar os ajustes
orçamentários do FUNREJUS.

DA FISCALIZAÇÃO
Art. 39. Os Juízes de Direito ou seus Substitutos exercerão permanente
fiscalização quanto ao recolhimento das receitas devidas ao FUNREJUS.
Art. 40. A Corregedoria Geral da Justiça orientará e exercerá fiscalização no
cumprimento, pelos Juízes, Serventuários da Justiça, Notários e Registradores dos
procedimentos referentes ao recolhimento das receitas do FUNREJUS, requisitando
os controles, papéis e guias relativas à matéria.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 41. Os integrantes do Conselho Diretor do FUNDO DE REEQUIPAMENTO
DO PODER JUDICIÁRIO - FUNREJUS - não perceberão retribuição pecuniária pelo
exercício de suas atividades.
Art. 42. As guias de recolhimento do FUNREJUS serão distribuídas
gratuitamente.
Art. 43. O total do recolhimento efetuado em cada guia não poderá ser
inferior a dois reais e cinqüenta centavos (R$ 2,50). Ocorrendo tal situação, será o
valor adicionado a recolhimentos futuros do mesmo código, correspondente a
períodos subseqüentes, até atingir o valor mínimo fixado.
Parágrafo único - Nos locais onde não exista agência do Banco do Estado do
Paraná S/A, os recolhimentos deverão ser efetuados na agência mais próxima em
prazo não superior a dez (10) dias úteis.
Art. 44. A restituição de valores pagos eventualmente a maior será feita
mediante requerimento do interessado ao Conselho Diretor do FUNREJUS.
Art. 45. Os bens adquiridos com recursos do FUNREJUS serão incorporados
ao patrimônio do Poder Judiciário e terão controle contábil em separado.
Art. 46. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Curitiba, 20 de abril de 1.999.

SYDNEY DITTRICH ZAPPA


Presidente

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 245

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ, no


uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no
art. 10 da Lei Estadual nº 12.216, de 15 de julho de 1998 e o
estabelecido no artigo 108 do Regimento Interno do Tribunal
de Justiça, altera parcialmente o Decreto Judiciário nº
153/99.

Art. 1º. O artigo 20, do Decreto Judiciário nº 153, de 20 de abril de 1999, passa a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 20. O produto da arrecadação das taxas de inscrição em concursos públicos
realizados pelo Poder Judiciário ficará sob responsabilidade do Juiz Presidente, do
CÓDIGO DE NORMAS 12

Presidente da Comissão do Concurso ou dos membros designados para a


movimentação bancária, sendo repassado ao FUNREJUS imediatamente após seu
término, descontadas as despesas necessárias à realização.

§1º. Os responsáveis serão, para todos os efeitos legais, os ordenadores das


despesas e prestarão contas ao Conselho Diretor do Funrejus até 15 (quinze) dias
após o término do pleito, ficando também sujeito à fiscalização do Tribunal de
Contas.

§ 2º. O valor da taxa de inscrição, fixado por ato do Presidente do Conselho Diretor
do FUNREJUS, constará do edital de cada concurso."

Art. 2º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Curitiba, 16 de julho de 2002.

TROIANO NETTO
Presidente

INSTRUÇÃO NORMATIVA 01/99

O Conselho Diretor do Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário -


FUNREJUS, no uso de suas atribuições legais,

Considerando os termos da Lei n° 12.216, de 15 de julho de 1998, que criou


o Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário - FUNREJUS;

Considerando o contido no Decreto Judiciário n° 153/99, que regulamentou o


Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário - FUNREJUS;

Considerando a necessidade de estabelecer normas para o recolhimento do


FUNREJUS referente aos atos praticados pelos ofícios de protesto de títulos, registro
de imóveis, títulos e documentos e tabelionatos e demais atos que são fontes de
receita do referido Fundo;

Resolve baixar a seguinte

INSTRUÇÃO NORMATIVA:

1. O percentual de 0,2% (zero vírgula dois por cento), previsto no artigo 3º,
inciso VII da Lei n.º 12.216/98, incidirá sobre o valor do ato e não sobre o
valor das custas devidas ao serventuário, desde a publicação do Decreto
Judiciário n° 153/99.
2. Considera-se ato originário o primeiro praticado nas serventias após
vigência do Decreto Judiciário n.° 153/99.
3. Deverá constar no ato pertinente o recolhimento das importâncias devidas
ao FUNREJUS, cuja ausência o tornará imperfeito.
4. Recolherá a importância devida ao FUNREJUS aquele que requerer o ato,
sendo o titular da serventia o responsável pela sua correta cobrança.
5. Não se procederá recolhimento ao FUNREJUS sobre os atos sem valores
declarados, exceto os atos junto aos ofícios de registro de títulos e
documentos, cujo valor é de R$ 2,50 (dois reais e cinqüenta centavos), por
documento registrado.
6. Nos atos de alteração de valor como aditivos e re-ratificação, será devido
ao FUNREJUS o percentual sobre a diferença do valor originário.
7. No caso de fusão, cisão ou incorporação de capital social ou integralização
de cotas sociais, o recolhimento incidirá sobre a soma dos valores
declarados dos bens móveis.
CÓDIGO DE NORMAS 13

8. Para efeito de recolhimento das importâncias devidas ao FUNREJUS nos


atos que envolvam transação imobiliária, será considerado como base de
cálculo o valor atribuído pelo órgão fiscalizador competente (imposto sobre
transmissão “inter vivos” de bens imóveis, por ato oneroso - ITBI),
cabendo ao Registro de Imóveis emitir a guia correspondente para a
complementação do valor recolhido.
9. Deverão ser atualizados os atos que apresentarem valores desatualizados,
assim entendidos os praticados há mais de três (03) meses.
10. Cada recolhimento ao FUNREJUS será objeto de uma guia, exceto as
arrecadações efetuadas conforme os artigos 11, 14, incisos I, II, e III (este
no que tange aos incisos II e III, do artigo 7 da Lei n.º 8935/94), e artigo
15, do Decreto Judiciário n.º 153/99.
11. Nos casos de pacto comissório, hipoteca, penhora e outras garantias,
o recolhimento ao FUNREJUS se dará quando do registro pertinente e o
respectivo percentual incidirá sobre o valor do bem dado em garantia se
for inferior ao valor dado à causa; caso contrário, se for superior, incidirá
sobre o da causa; nos contratos, sobre o valor da obrigação.
12. Não se procederá recolhimento ao FUNREJUS no caso de
cancelamento/baixa de pacto comissório, hipoteca, penhora e outras
garantias.
13. No caso da prática de dois ou mais atos concomitantes, no mesmo
procedimento, recolhe-se FUNREJUS apenas sobre o principal. Ex: Compra
e Venda de Imóveis com Hipoteca, Cédula Rural com Penhor e Hipoteca.
14. Os atos lavrados após a publicação do Decreto Judiciário n.º 153/99,
cujos valores devidos não foram recolhidos ao FUNREJUS, serão exigidos
através da fiscalização do fundo, nos termos dos artigos 39 e 40 do
referido Decreto.
15. Os atos lavrados através da Assistência Judiciária Gratuita são
dispensados do recolhimento do FUNREJUS, nos termos da Lei n.º
1.060/50.
16. Não será exigido recolhimento em favor do FUNREJUS, quando os
atos pertinentes forem comprovadamente isentos do ITBI (imposto sobre
transmissão “inter vivos” de bens imóveis, por ato oneroso) ou do ITCMD
(imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação de qualquer bens ou
direitos).
17. Na transferência sem ônus da posse ou domínio não incidirá cobrança
em favor do FUNREJUS; caso contrário, sim.
18. Na interposição de recursos a serem julgados pelos Tribunais de
Justiça e Alçada, as custas recursais e do porte de retorno permanecerão
inalteradas, pois a mudança ocorreu apenas no modelo da guia de
recolhimento que será efetuado ao FUNREJUS. O porte de remessa será
cobrado pela serventia, que fará a postagem dos autos aos referidos
Tribunais.
19. No preparo da Carta de Ordem e da Carta Precatória, quando
efetuados pelos Departamentos Judiciários dos Tribunais de Justiça e
Alçada, os portes de remessa e de retorno deverão ser recolhidos ao
FUNREJUS. O porte de remessa será cobrado pela serventia, que fará a
postagem dos autos aos referidos Tribunais ou aos juízos deprecantes.
20. No caso de formais de partilha e partilha de bens por separação, o
recolhimento ao FUNREJUS incidirá sobre o montante partilhado.
21. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais estão
dispensados dos encargos previstos na Lei n.º 12.216/98 (desapropriações,
executivos fiscais, ações rescisórias, entre outras).
22. Nas ações judiciais propostas por entidades públicas, o valor
correspondente à taxa judiciária será consignado na conta geral do
processo para pagamento da parte sucumbente. Eventual inscrição do auto
de penhora, arresto ou seqüestro no registro de imóveis e outros que
ensejem obrigatoriedade de recolhimento ao FUNREJUS, também será
objeto de inclusão na conta geral para pagamento da parte sucumbente.
CÓDIGO DE NORMAS 14

23. No caso de escritura pública, cujo prazo para ser formalizada é de


trinta (30) dias (Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça), onde
a ausência de alguma assinatura, além desse prazo, poderá ensejar que
seja declarada “sem efeito”, o recolhimento em favor do FUNREJUS se dará
até quando o ato se tornar perfeito.
24. Nas escrituras de permuta, bem como nas de divisões e/ou
atribuições de propriedade, o recolhimento em prol do FUNREJUS incidirá
sobre o valor total dos bens envolvidos no ato.
25. É devido o recolhimento ao FUNREJUS quando da lavratura da
escritura de imóveis localizados neste Estado e em outras unidades da
federação.
26. Em nenhuma hipótese será exigida qualquer importância em favor do
FUNREJUS referentemente aos registros de imóveis de outras unidades da
federação.
27. Nos protestos de títulos será exigido o pagamento das importâncias
devidas ao FUNREJUS, quando do apontamento do título.
28. Nas ações trabalhistas, os reclamantes, quando empregados, estão
dispensados do recolhimento em favor do FUNREJUS (ex. inscrição do auto
de penhora em títulos e documentos ou averbação no registro imobiliário).
Esta Instrução entrará em vigor na data de sua publicação.
Curitiba, 2 de junho de 1999

Des. SYDNEY DITTRICH ZAPPA


Presidente do Conselho Diretor
FUNREJUS

INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/99

O Presidente do Conselho Diretor do Fundo de


Reequipamento do Poder Judiciário - FUNREJUS, no uso de suas atribuições,
Considerando os termos da Lei n° 12.216, de 15 de julho de
1998, que criou o Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário - FUNREJUS;
Considerando o contido no Decreto Judiciário n° 153/99, que
o regulamentou;
Considerando a necessidade de estabelecer normas para os
recolhimentos devidos ao FUNREJUS referentes aos atos praticados pelos ofícios de
protesto de títulos, registro de imóveis, títulos e documentos e tabelionatos e
outros que são fontes de receita do referido Fundo;
Resolve baixar a seguinte

INSTRUÇÃO NORMATIVA:

1. É obrigatório aos Notariais e Registradores, no


preenchimento da guia do FUNREJUS, especificar o número do ato, folhas e livro, e
arquivar a guia correspondente, na forma prevista no art. 7º, parágrafo único do
Decreto Judiciário nº 153/99, até a realização da primeira Correição Geral
Ordinária.
2. Na hipótese de não incidência do FUNREJUS referente à
justiça gratuita e outras especificadas na Constituição Federal, deve ser anotada a
observação no corpo do ato, para conhecimento posterior e futuras conferências.
3. Não há necessidade de referência expressa relativa ao
recolhimento do FUNREJUS no corpo da escritura, devendo o comprovante ser
apresentado antes da entrega do traslado.
4. O traslado da escritura pública somente deve ser entregue
às partes interessadas depois de comprovado o recolhimento devido ao FUNREJUS.
5. Os Ofícios do Registro Civil de Nascimentos, Casamentos e
Óbitos, Escrivania Criminal e Menores não estão sujeitos ao recolhimento do
FUNREJUS referente aos atos neles praticados.
6. Nas Varas de Família, Cível e Registros Públicos, nos atos
CÓDIGO DE NORMAS 15

determinados de ofício pelo Juiz, o recolhimento do valor de 0,2% (zero vírgula dois
por cento) ao FUNREJUS deve ser consignado na conta final do processo, ficando ao
encargo do sucumbente o respectivo pagamento.
7. Em caso de inscrição de atos de constrição - penhora,
arresto ou seqüestro - no Ofício de Registro de Imóveis, o titular da serventia deve
oficiar ao Juízo de origem pela inclusão da importância devida ao FUNREJUS na
conta geral do processo, mesmo nos casos em que tais registros sejam recebidos
via correio. Sem a comprovação do recolhimento ao FUNREJUS, não pode ser
determinado o arquivamento dos autos.
8. O recolhimento da Taxa Judiciária deve ser efetuado por
ocasião da propositura da ação.
9. Na oportunidade do pagamento da Taxa Judiciária, cabe
ao interessado a emissão da guia de recolhimento ao FUNREJUS, sendo seu
preenchimento conferido pelo titular da serventia.
10. A conferência da exatidão do valor recolhido ao
FUNREJUS cabe inicialmente ao Distribuidor e após ao titular da serventia.
11. O recolhimento do percentual de 0,2% (zero vírgula dois
por cento), previsto no inciso VII, do artigo 3°, da Lei n° 12.216/98, não pode
exceder o valor máximo das custas fixadas no Regimento de Custas (Lei n°
11.960/97, de 19/12/97, Resolução 07/95. Tabela IX - Atos dos Escrivães do Cível,
Família e da Fazenda - inciso XIX).
12. O registrador deve exigir que as partes exibam
juntamente com os títulos apresentados para registro ou averbação, sob pena de
não praticar o ato registral, o respectivo comprovante de pagamento do imposto de
transmissão e fiscalizar o recolhimento das receitas devidas ao FUNREJUS.
13. No caso de alienação fiduciária de coisa imóvel, o
recolhimento da receita devida ao FUNREJUS deve ser feito somente se ocorrer a
consolidação da propriedade em nome do fiduciário, ora credor. (artigo 26,
parágrafo 7°, da Lei nº 9514/97, de 20/11/97).
14. O registro ou a averbação dos contratos de locação deve
ser feito após a comprovação do recolhimento devido ao FUNREJUS, calculado
sobre o valor correspondente a doze (12) meses do aluguel em vigor. (artigo 58,
inciso III, da Lei nº 8245/91).
15. A responsabilidade pela emissão das guias de
recolhimento ao FUNREJUS é do notário ou do registrador, inclusive quanto a
guarda e conservação das mesmas, e solidária com a do seu substituto, em suas
faltas ou impedimentos.
16. O não cumprimento das obrigações oriundas do
FUNREJUS sujeita os arrecadadores e fiscalizadores às penalidades previstas no
Acórdão nº 7.556 do Conselho da Magistratura, por força do disposto nos artigos
185, do Código de Organização e Divisão Judiciárias, 279, inciso VI, da Lei nº
6.174/70 e na Lei nº 8.935/94.

Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições contrárias.

Curitiba, 04 de agosto de 1999

Des. SYDNEY DITTRICH ZAPPA


Presidente do Conselho Diretor do
FUNREJUS

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