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RISCOS FÍSICOS

RUÍDOS
Som x Ruído
CONCEITOS BÁSICOS
O Sistema Auditivo

O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais:


orelha externa, orelha média e orelha interna.
De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a Orelha
Externa é composta pelo pavilhão da orelha, que é uma fina
cartilagem elástica recoberta de pele, que capta e direciona as
ondas sonoras, canalizando-as até o tímpano e pelo meato
acústico externo, que é um canal que se estende até a
membrana do tímpano e é bastante sinuoso.
3.2 - O Som, o Ruído e as interações com os indivíduos.

Podemos entender o Som como qualquer variação de pressão em


um meio elástico (no ar, água ou outro meio) que o ouvido
humano possa detectar, ou seja, uma vibração que é
transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivíduo como
“agradável”. O meio mais importante neste trabalho é o aéreo.
Quando o som não é desejado ou incômodo, ou possui uma
combinação não harmoniosa, dizemos que o mesmo se
transformou em Ruído ou barulho. Uma das principais
características do ruído é a mistura de sons, cujas freqüências
não seguem uma regra precisa.
Existem alguns fatores responsáveis por transformar um som
agradável em um ruído irritante e desagradável. São eles:

- Duração da exposição;
- Distância da fonte geradora de ruído;
- Tipos de ruídos;

-Freqüência / Intensidade
Susceptibilidade individual.
3.2.1 Duração da Exposição

Quanto menor o tempo de exposição, menor a probabilidade de

desenvolvimento de problemas auditivos. Quanto maior o tempo de

exposição ao ruído, maior a possibilidade de desenvolvimento de

problemas auditivos.

3.2.2 Distância da fonte


Quanto mais próximo estivermos do ruído, maior a probabilidade de
“ferirmos” ou causarmos traumas acústicos, como rompimento da
membrana timpânica. Quanto mais nos afastamos da fonte do
ruído, menor será o nível ao qual estaremos expostos. Porém,
dependendo da intensidade e tempo de exposição a este ruído,
ainda corremos riscos de perdas auditivas.
3.2.3 Tipos de ruído
O ruído contínuo é o que permanece estável com variações
máximas de 3 a 5 dB(A) durante um longo período. Exemplo:
máquina trabalhando - furadeira ou britadeira em operação, o
trânsito na cidade.
O ruído intermitente é um ruído com variações, maiores ou
menores de intensidade em períodos muito curtos. Exemplo: o
alarme do rádio relógio ou alarme de carros
O ruído de impacto apresenta picos com duração menor de 1
segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. Exemplo: o
disparo de armas de fogo ou explosões em pedreiras.
Soluções em Proteção Auditiva 3M (2).mp4
3.2.4 Freqüência

É o número de vezes que a oscilação de pressão é repetida, na

unidade de tempo. Normalmente, é medida em ciclos por

segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:

Alta freqüência: são os sons agudos;

Baixa freqüência: são os sons graves.


3.2.5 Intensidade

Podemos entender a intensidade como o volume do som ou ruído,

cuja unidade é o decibel (dB). É caracterizada por som forte ou

fraco. Por exemplo: Alta intensidade: o volume do rádio quando

alto.

Baixa intensidade: o volume do rádio quando baixo.


3.2.6 Susceptibilidade individual

Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que

se refere à audição. Isto significa que cada pessoa percebe os

sons de formas diferentes.

A sensibilidade pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia,


exposições anteriores. Pessoas jovens geralmente escutam bem,
enquanto que pessoas mais idosas, têm diminuição de limiar de
audição.
3.3 Espectro Audível e o Decibel (dB)

O alcance da audição humana se estende de aproximadamente

20 Hz até 20.000 Hz de freqüência e de aproximadamente 0 dB

até 120 dB de intensidade, para um ouvido jovem e saudável.

Os sons que são produzidos abaixo dos 20 Hz são

denominados infra-sons e os produzidos acima dos 20.000 Hz,

denominados ultra-sons.
Dentro do espectro audível, o ser humano não escuta de maneira
linear em todas as freqüências. Existem freqüências em que o
sistema auditivo do humano faz menos “esforço” para entender
os estímulos e em outras, esta percepção torna-se um pouco
mais “difícil”.
A fala, por exemplo, está compreendida numa faixa de freqüência
entre 500 Hz e 4000 Hz, dependendo do locutor, e pode se
apresentar numa intensidade que varia entre 50 dB a 80 dB,
aproximadamente. Vozes de freqüências mais altas (agudas),
são mais fáceis de serem percebidas pelo humano. Isso é
explicado pelo fato do ouvido ser mais sensível na faixa de 2
KHz a 5KHz e menos sensível nas mais altas e mais baixas
freqüências. A faixa audível de certos animais, como por
exemplo, o cachorro, é diferente da faixa do ser humano,
iniciando próximo dos 100 Hz e atingindo a região do ultra-som.
O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar é
de 20 micro Pascais (ou 20 Pa). O máximo que o ouvido
humano pode suportar é 200 Pa de pressão, ou seja, pressões
um milhão de vezes mais alta. Devido a essa grande diferença
de escala de pressão, outra foi criada – o decibel (dB).

Podemos dizer que o 0 dB (limiar da audição) corresponde aos 20


Pa ou pressão de referência. Da mesma maneira que 140 dB
(limiar da dor) corresponde aos 200 Pa.

O Nível de Pressão Sonora (NPS) em dB é o parâmetro


empregado em instrumentos de medição. Sua expressão é
dada por:
NPS (dB) = 20 log P/Po
No qual: P = pressão sonora a ser medida

Po = pressão de referência = 2x10-5 Pa


Note-se que o Po corresponde ao limiar da audição ou 0
dB. Para calcular o limiar da dor, temos:

NPS (dB) = 20 log (2x102 / 2x10-5) = 20 log 107 ~ 140 dB


Adição de Níveis de Pressão Sonora
:
- se a diferença entre dois níveis estiver entre

0-1 dB => adicione 3 dB ao maior valor

2-3 dB => adicione 2 dB ao maior valor

4-7 dB => adicione 1 dB ao maior valor

8 dB ou mais => adicione 0


Combinando valores em Decibel

 Tabela -Diferença ente niveis e a quantidade a ser


adicionada ao maior nivel
EXERCÍCIO
 Combinação de niveis em dB:
. 95 & 95
 95 & 90

95 & 85

95 & 75
ASPECTOS PRÁTICOS

 - cada 3 dB a mais ou a menos no nível


significam o dobro ou a metade da Potência
sonora;
 Fontes mais de 10 dB abaixo de outras ( num
certo ponto de medição) são praticamente
desprezíveis
 A fonte mais intensa é a que manda no ruido
total em um certo ponto;
Adição de Níveis de Pressão Sonora

Quando se utiliza a escala em dB, a soma de NPS não


pode ser feita algebricamente. Na realidade, quando
se deseja conhecer o valor total da combinação de
dois ou mais níveis, é preciso transformá-los em
pressão sonora (Pa), somá-los e novamente retornar
ao dB, através da relação logarítmica. Para tornar os
cálculos mais fáceis e rápidos, pode ser utilizada a
regra de Thumb, como se segue:
A acuidade deste método é 1 dB. Exemplo: 90 dB + 90 dB = 93dB
Lembrando que este método não deve ser utilizado para estimar
exposição individual ao ruído!!
3.3.2 Curvas de Compensação
Estudos demonstraram que o ouvido humano não responde
linearmente às diversas freqüências, como visto anteriormente.
Um dos estudos mais importantes que revelaram tal não-
linearidade foi a experiência realizada por Fletcher e Munson
nos anos 30, que resultaram nas curvas isoaudíveis, levando à
introdução de curvas de compensação nos instrumentos de
medição de som, simulando o sistema auditivo
Destas curvas, a “A” e a “C” são as mais empregadas, sendo que
a “A” é a mais amplamente empregada na avaliação do ruído
ocupacional, pois é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com
probabilidade de Dano Auditivo
3.4 Efeitos do Ruído à saúde do exposto
O ruído é um fator de risco presente em várias atividades
humanas, fazendo parte do cotidiano da comunidade, no
ambiente doméstico e também na maioria dos processos de
trabalho.
Sem dúvida alguma, a perda auditiva ou diminuição da acuidade
auditiva é a conseqüência mais imediata causada pela
exposição excessiva ao ruído e este risco da lesão auditiva
aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da
exposição, mas depende também das características do ruído e
da suscetibilidade individual.
Mas, os efeitos do ruído não se limitam a isso. A exposição em
excesso ao ruído pode acarretar outros problemas de saúde ou
piorá-los, além de impactos na qualidade de vida do indivíduo
exposto. Por exemplo, aumento da pressão sanguínea,
provocar ansiedade, perturbar a comunicação, provocar
irritação, fadiga, diminuir o rendimento do trabalho, etc...
Entre os danos no aparelho auditivo que a exposição a níveis
excessivos de ruído pode causar, citamos a Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído (PAIR), o
Trauma Acústico e o “Temporary Treshold Shift” (TTS) ou
Mudança Temporária do Limiar Auditivo.
3.4.1 PAIR – Perda permanente
Em ambiente ocupacional, também denominada por Disacusia,
Hipoacusia ou Surdez Ocupacional, é causada pela exposição
prolongada a níveis elevados de ruído.
A perda auditiva induzida pelo ruído é indolor, gradual e seus
sinais são quase imperceptíveis (zumbidos no ouvido durante
ou após a exposição a níveis altos de ruído, dificuldade de
manter uma conversação normal, sensação dos sons estarem
abafados).
Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna
perde a capacidade de transformar as ondas sonoras em
impulsos nervosos e, conseqüentemente, é o fim da audição.
Infelizmente, não se conhece ainda a cura para células ciliadas
destruídas.
e

3.4.2 Trauma Acústico


É conceituado como uma perda auditiva súbita, causa por uma
única exposição a níveis de ruído muito altos. Em geral,
acompanha-se de zumbido imediato, podendo acontecer
rompimento do tímpano, hemorragia ou danos na cadeia
ossicular.
3.4.3 Mudança Temporária do Limiar Auditivo ou “Temporary
Treshold Shift” (TTS).

A perda auditiva temporária é um efeito em curto prazo de uma

mudança temporária do limiar auditivo e depende da

suscetibilidade individual, tempo de exposição, intensidade e

freqüência do ruído. A audição volta ao normal após algum

tempo longe do ruído ou após o chamado repouso acústico. O

zumbido, após a exposição a um ruído alto pode ser sinal de

perda temporária.
Outros fatores, além da PAIR ocupacional, que podem levar à

perda auditiva: Exposição durante lazer ou segundo ofício:

diversas ocupações e atividades, pela natureza do trabalho,

acabam por expor indivíduos a níveis excessivos de ruído, tais

como: prática de tiro ao alvo, música alta, marcenaria

doméstica, etc...
e é a perda auditiva ocasionada por envelhecimento
do sistema auditivo.
Presbiacusia, qu
3.5 Fatores para a Perda da Audição

Existem diversos fatores que podem levar à perda na audição,


além da PAIR ocupacional. No ambiente de trabalho, as
diversas combinações entre agentes físicos agressivos e
agentes químicos facilmente encontrados, tornam-se riscos à
saúde dos expostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas
Ocupacionais não devem ser restritas a Perda Auditiva Induzida
por Ruído, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas
ocupacionais e não ocupacionais sem que haja,
necessariamente, exposições ao ruído.
Causas patológicas, como rubéola, meningite, infecções do
aparelho auditivo. Surdez hereditária

Trauma na cabeça

Drogas Ototóxicas: existem casos de problemas auditivos

relacionados ao consumo de medicamentos, como por exemplo,

certos antibióticos, anti-depressivos, etc...

Agentes Químicos Ototóxicos, que por si só ou quando

combinados ao ruído, podem causar danos à audição.

Este último fator merece destaque


3.5.1 Agentes Químicos e Perdas na Audição

Exposição a certos agentes químicos também podem resultar em


perda auditiva. Em situações nas quais pode haver exposições
simultâneas à ruído e n-butanol, monóxido de carbono, chumbo,
manganês, estireno, tolueno ou xileno, recomenda-se a
realização de audiomentrias periódicas, que devem ser
cuidadosamente revisadas. Outras substâncias sob estudos
acerca de efeitos ototóxicos são: arsênico, dissulfeto de
carbono, mercúrio e tricloroetileno.”(alteração pretendida no
livreto de TLV da ACGIH- tradução da ABHO – 2002).
Pode-se dizer que um dos mais importantes e complexos desafios
na área de saúde ocupacional é o estudo sobre os efeitos das
exposições simultâneas.Fica evidente a necessidade de mais
estudos nesta área, quando analisamos o número de
trabalhadores expostos ao ruído e a quantidade de agentes
químicos potencialmente tóxicos encontrados na indústria.
3.6 Caracterização da PAIR

As perdas auditivas induzidas pelo ruído são sempre do tipo

neuro-sensorial, geralmente bilaterais e simétricas, iniciando

nas freqüências de 4000, 6000 ou 3000 Hz, com uma perda

mais acentuada nessas freqüências do que nas freqüências de

500, 1000 ou 2000 Hz.


Geralmente a maior perda é na faixa de 4000 Hz. As freqüências
mais altas e mais baixas que 4000 e 6000 levam mais tempo
para serem afetadas. Iniciam-se nos primeiros anos de
exposição e atingem um limiar máximo de 10 a 15 anos de
exposição. Geralmente não progridem significativamente depois
de cessada as exposições.
4.0 ASPECTOS LEGAIS

Devido ao desconhecimento do número real de trabalhadores

expostos e ao sub-registro ou mesmo não-notificação dos casos,

os dados disponíveis sobre os acidentes de trabalho, em particular

dos traumas acústicos e das doenças profissionais relacionadas a

PAIR, nas estatísticas oficiais, não permitem mensurar o impacto

do que representa a exposição ocupacional ao ruído em

epidemiologia ocupacional, mas existem registros indicando que no

Brasil, a surdez é a segunda maior causa de doença profissional.


NR- 7 - Portaria n.° 19, de 9 de Abril de 1998: Instrui sobre os
parâmetros de monitorização da exposição ocupacional ao risco
de exposição a pressão sonora elevada. O critério de aptidão é
dado pelo médico coordenador do P.C.M.S.O. e não deve ter
caráter discriminatório. Além do audiograma, deve ser levado
em consideração a anamnese, idade, exame otoscópico, a
demanda auditiva na função. exposição não ocupacional,
capacitação profissional e o P.C.A. da empresa. Também instrui
que o funcionário deve ser enquadrado no relatório anual do
P.C.M.S.O.
NR-9 - Norma Regulamentadora No. 9 da SSMTb (que disciplina
sobre as ações do PPRA): estabelece como condição
fundamental no controle dos processos de trabalho em que há
produção de ruído, o monitoramento regular das fontes de
emissão e a adoção de equipamentos de proteção coletiva -
EPC, como enclausuramento ou abafamento e de proteção
individual - EPI, os denominados “protetores auditivos”.
O planejamento de Programas de Prevenção da Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído impõe-se como principal medida de
preservação da capacidade auditiva e de prevenção de outros
agravos à saúde da força de trabalho, decorrentes das PAIR,
especialmente o risco a que estão expostos estes trabalhadores
a acidentes do trabalho, pela redução do seu campo de
percepção neuro-sensorial.
NHO-01 – Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro:
avaliação da Exposição Ocupacional ao ruído

O Decreto presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo


presidente da República, que altera dispositivos do
Regulamento da Previdência Social, transforma em referência
oficial as Normas de Higiene Ocupacional, elaboradas e
editadas pela Fundacentro
Portaria n.º 48, de 25 de março de 2003 do Ministério do Trabalho
Estabelece normas técnicas de ensaios aplicáveis aos
Equipamentos de Proteção Individual com o respectivo
enquadramento no Anexo I da NR 06.”NR6- Vida útil:
Cabe ao empregador quanto ao EPI :
adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)
exigir seu uso; (206.006-0 /I3) fornecer ao trabalhador somente o
aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação; (206.008-6 /I3) substituir imediatamente, quando
danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3) responsabilizar-se pela
higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-
6 /I1)

Cabe ao empregado quanto ao EPI :


usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se pela guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso; e cumprir as determinações do empregador
sobre o uso adequado.
5.0 PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PCA
Documento Base
O Documento-base será a parte inicial do Programa de
Conservação Auditiva. Ele irá agrupar todas as informações
constantes deste documento e deve conter a política da
empresa referente à proteção auditiva em particular e à saúde
do trabalhador no geral; deve definir as responsabilidades de
cada pessoa envolvida no PCA; deve enumerar os
procedimentos escritos que são partes do PCA (Monitoramento
da exposição, testes audiométricos, seleção dos protetores
auditivos, uso, higienização, guarda e manutenção,
treinamentos dos envolvidos) e por último, deve ser avaliado e
conter um plano de ação para implementação ou melhorias no
sistema.
Procedimento para a elaboração do Documento-base do PCA
5.1.1. Introdução
Deve ser escrito o nome da empresa, sua localização, a estratégia
adotada sobre o uso de equipamento de proteção auditiva e
como garante a eficácia do uso.
Exemplo:
“A (nome da empresa), estabelecida no município (nome da
cidade) desde o ano de (ano de fundação), adota o uso de
Protetores Auditivos como forma de minimizar a exposição dos
trabalhadores ao ruído. Através da implementação de um
Programa de Conservação Auditiva, conforme especificado a
seguir, a empresa garante a eficácia do uso destes
equipamentos.”
5.1.3 Objetivo do PCA
Este item deve refletir o objetivo de um PCA, levando em
consideração as particularidades da empresa.
Exemplo:
“Todos os locais de trabalho onde haja a possibilidade de
exposição dos indivíduos a altos níveis de ruído, o agente físico
Ruído será avaliado e os trabalhadores monitorados de tal
forma que sejam obtidos dados e informações suficientes para
identificar níveis de exposição que possam ser prejudiciais à
saúde de trabalhador exposto.”
Nos casos em que seja identificado tal risco, a empresa
estabelece que deve ser implantado um ou mais dos seguintes
métodos de controle, de acordo com a hierarquia abaixo
Substituição dos equipamentos ou máquinas por outros, que
sejam comprovadamente menos ruidosos; implantação de
sistemas de controle de ruído na fonte;

Alteração no processo produtivo de forma a eliminar ou reduzir


esta exposição a níveis aceitáveis: isolamento do trabalhador ou
do processo produtivo de modo a diminuir ou eliminar a
exposição; implantação de sistemas de controle de ruído na
trajetória;

Adoção do uso de equipamento individual de proteção auditiva, de


acordo com os critérios técnicos e administrativos estabelecido
neste documento.
:
5.1.4 Responsabilidades

A equipe deve ser multidisciplinar. Cada um dos integrantes do

programa terá suas atribuições e deveres dependendo de suas

formações profissionais, experiências e habilidades.

Administrador do Programa
O Programa de Conservação Auditiva deverá ter um
administrador, que será o responsável pelo programa. Esta
pessoa tem a autoridade para agir sobre todas as matérias
relacionadas à administração e operação do PCA e para isso,
possui conhecimentos suficientes, experiência profissional, está
atualizado sobre os regulamentos vigentes e capacitou-se em
proteção auditiva através de cursos de
especialização/atualização.
DIRETORIA
Suas responsabilidades incluem:
administração e operação do programa de conservação auditiva

dirigir medições, estimativas ou informações atualizadas sobre os


níveis de ruído na área de trabalho e níveis de exposição;

manutenção de registros e procedimentos escritos de tal maneira,


que o programa fique documentado e permita uma avaliação de
sua eficácia;

avaliação da eficácia do programa, através de auditoria periódica.


Diretoria, Gerência e Supervisão da empresa
Cabe a gerência, direção e supervisão da empresa garantir e
suportar o PCA, de forma que este possa trazer os resultados
esperados na preservação do bem estar e saúde do
trabalhador.
Fazem parte das atribuições da alta gerência, as seguintes
responsabilidades:
Estabelecer e manter o Programa de Conservação Auditiva,
provendo recursos financeiros e humanos.
Cumprir com os requisitos legais para preservação da saúde e
integridade física do trabalhador
Assegurar que a política da empresa referente à proteção auditiva
seja entendida e cumprida por todos envolvidos.
Designar e substituir, se necessário, o administrador do PCA
Chefias e encarregados de produção

Os chefes e encarregados devem assegurar que os trabalhadores


utilizem corretamente o equipamento de proteção individual
indicado para as tarefas realizadas.
Os chefes e encarregados ainda têm as seguintes
responsabilidades:
Informar os trabalhadores sobre os riscos existentes nos
ambientes de trabalho, nas operações industriais e áreas
ruidosas.
Orientar sobre o uso correto dos protetores auditivos e não
permitir que trabalhadores ou visitantes entrem em áreas de
risco ou realize quaisquer operações ou processos perigosos,
Informar as áreas de segurança, saúde e higiene ocupacional
sobre quaisquer alterações ocorridas no processo de fabricação
ou alterações de matérias primas utilizadas.

Engenharia e Manutenção
Os setores de engenharia e manutenção são responsáveis pelos
projetos e implementação de controles de ruído na empresa.
São também responsabilidades do setor de engenharia da
empresa:
Comunicar o administrador do PCA quaisquer alterações em
equipamentos e processos produtivos;
Instalação e controle de sistemas de proteção coletiva contra
ruídos
Compras, suprimento e almoxarifado.
É responsabilidade dos setores de compra e suprimento a
elaboração e manutenção de políticas de compras de
equipamento de proteção auditiva Esta política deve contemplar
os seguintes tópicos:Seleção de fornecedores confiáveis
Manutenção de inventários de forma a garantir a disponibilidade
de produtos para uso quando necessário
Trâmites para devolução e troca.
Segurança e Higiene Ocupacional
Medicina e Fonoaudiologia

A área de medicina e fonoaudiologia determinam a saúde e

aptidão de uma pessoa para o uso de um protetor auditivo

específico, de acordo com as suas atividades, estado de saúde

e condições de trabalho.

São também atribuições destes profissionais:

Avaliar a audição dos trabalhadores sempre que lhe forem


atribuídas atividades que exijam o uso de protetores auditivos

Determinar sua aptidão para uso dos protetores auditivos

Participar na seleção de protetores auditivos e treinamentos dos


usuários.
A s áreas de segurança, higiene e saúde do trabalhador
exercem papel fundamental na proteção auditiva. Entre suas
atribuições estão:

Realiza ou conduz avaliações da exposição do trabalhador


Estabelece as medidas técnicas de controle.
Estabelece os parâmetros para a seleção dos protetores auditivos
Participa na avaliação dos resultados dos ensaios de audiometria

Suportar tecnicamente o administrador no desenvolvimento e


manutenção do PCA
Seguir as recomendações do Comitê Nacional de Preservação
Auditiva quanto ao diagnóstico, interpretação e conceitos
médico-administrativos.

Usuários de protetores auditivos

Os usuários de protetores auditivos podem ser funcionários da

empresa, funcionários de empresas contratadas ou visitantes.

São responsabilidades do usuário:

Utilizar o equipamento de acordo com as instruções recebidas.


Cuidar e manter seu equipamento em boas condições de uso.
Reportar qualquer dano ou mau funcionamento.
Requerimentos mínimos do programa

Os procedimentos abaixo estão baseados nos requerimentos

apresentados pela OSHA (Occupational Safety and Health

Administration) nos USA para a elaboração de um PCA e no

que está estabelecido no documento da FUDACENTRO –

Programa de Proteção Respiratória – Recomendações para

Seleção, Manutenção e Uso de Equipamentos de Proteção

Respiratória, como as etapas mínimas que também poderiam

ser aplicadas em um Programa de Conservação Auditiva:


Avaliação da exposição (OSHA e FUNDACENTRO);

Seleção dos Protetores Auditivos (OSHA e FUNDACENTRO);

Distribuição de protetores auditivos (FUNDACENTRO);

Limpeza, higienização, armazenamento e manutenção


(FUNDACENTRO);

Treinamento (OSHA e FUNDACENTRO);

Monitoramento do uso (FUNDACENTRO);

Exame médico – Audiometrias (OSHA e FUNDACENTRO);


Avaliação da Exposição
Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e
trabalhadores expostos devem ser avaliadas com métodos
apropriados de análise quantitativa.
Elabore um procedimento escrito que defina claramente como é
feito o monitoramento de risco na empresa, e que possa
garantir que não haverá alterações das condições do ambiente
de trabalho que superem as limitações dos equipamentos
selecionados. Este procedimento pode fazer referências ao
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da
empresa.
Um estudo de análise de riscos, ou informações contidas
nos mapas de riscos, ou informações sobre processos e/ou
operações similares, ou ainda informações médicas dos
trabalhadores expostos podem ser úteis na identificação de
áreas onde haja potencial para super exposição do
trabalhador.

Utilizando-se de técnicas e instrumentos de acuidade e


precisão reconhecidos como próprios para o tipo de
avaliação que se deseja executar, os ambientes onde estes
riscos estão presentes deverão ser amostrados e analisados
de modo a identificar os níveis de ruídos existentes.

Cuidados especiais devem ser tomados nesta avaliação de


modo que as operações e/ou processos que estejam sendo
realizadas no momento da amostragem sejam
representativas do trabalho diário no local e que estratégias
específicas sejam adotadas, dependendo da resposta que
está sendo buscada.
5.2.2 Seleção dos Protetores Auditivos
A seleção dos protetores auditivos pode ser realizada com base
nos elementos da proteção efetiva, discutidos neste guia,
porém, deve ficar explícita a metodologia utilizada pela
empresa. É muito importante considerar os fatores relativos às
características pessoais do trabalhador e das atividades por ele
realizadas.
O procedimento deve contemplar as considerações para a escolha
do melhor protetor auditivo, como por exemplo, a dose de
exposição ao agente e determinação da atenuação mínima
desejável, tipo de ambiente onde será utilizado o protetor,
outros contaminantes presentes, necessidade de
compatibilidade com uso de outros EPI’s, conforto
5.2.3 Distribuição dos Protetores Auditivos
É necessário o estabelecimento de normas ou procedimentos por
escrito para promover a distribuição e reposição do protetor
auditivo, visando a garantir as condições de proteção
originalmente estabelecidas.
A distribuição requer cuidados do profissional que executa tal
função, garantindo assim que o usuário tenha em mãos o
produto adequado ao uso a que se destina. Para tal, pode ser
definida uma planilha de controle de distribuição de protetores
auditivos, contendo informações mínimas, tais como:
Nome do usuário, Situação de risco/exposição, Data das retiradas,
Modelo utilizado, Parte substituída, Motivo da substituição,
Comentários...
5.2.4 Limpeza, higienização, armazenamento e manutenção

Os procedimentos para manutenção, limpeza e higienização de


protetores auditivos podem ser documentados à parte. Este
documento deve mencionar como e por quem será realizada a
manutenção dos equipamentos.
Cada tipo ou modelo de Protetor Auditivo exige diferentes níveis
de manutenção, limpeza e higienização. Estes procedimentos
de manutenção muitas vezes constam na embalagem dos
produtos ou são disponibilizados através de bulas ou dados
técnicos fornecidos pelo fabricante do Equipamento de Proteção
Individual (EPI)
.

5.2.5 Treinamento

Todos os trabalhadores de áreas ou atividades que requerem o

uso de protetores auditivos deverão ser instruídos sobre suas

responsabilidades no PCA. Eles devem ser treinados sobre a

necessidade, uso, limitações e cuidados com os protetores. O

conteúdo específico do treinamento deverá ser provido por

instrutor habilitado e com formação mínima de Técnico de

Segurança do Trabalho. O conteúdo mínimo deve estar descrito


Devem ser estipuladas as datas para os retreinamentos, num
intervalo de no máximo 12 meses. Os registros deste
treinamento deverão ser arquivados pelo administrador do
programa.

5 .2.6 Monitoramento do uso

É muito importante que fique claro como serão feitas as checagens

sobre o uso correto dos protetores auditivos e que providências são

tomadas em caso de se encontrar alguma irregularidade no uso deste

EP
I.

5.2.7 Exame médico – Audiometrias

Todos os trabalhadores que forem incluídos no programa de

conservação auditiva deverão passar por uma avaliação

médica, que contemplará também as audiometrias. Deverão ser

estipulados os critérios de periodicidade destas avaliações.

o
Outro papel fundamental do médico/fonoaudiólogo é o de permitir
ou restringir o uso de um determinado Equipamento de
Proteção. Não é necessário que o médico divulgue informações
sobre o estado de saúde do trabalhador. Ele deve apenas
informar se o trabalhador está apto ou não ao uso do
Equipamento. O objetivo é assegurar que o trabalhador se
encontra física e psicologicamente habilitado a executar suas
atividades e utilizar o Protetor Auditivo.
5.3 Avaliação da eficácia do Programa de Conservação
Auditiva

Este programa deverá ser revisto e avaliado a cada 12 meses, no

mínimo, pelos auditores definidos pelo Administrador do

programa. Todos os requerimentos mínimos do programa

deverão ser contemplados em todas as auditorias. Será

elaborado um relatório escrito desta avaliação.


Para cada não conformidade encontrada, será estabelecido um
plano de ações corretivas com um cronograma estabelecido
para a conclusão de cada ação. O Administrador do programa
não poderá ser um dos auditores, mas deverá estar presente
em todas as auditorias, pois é quem concentra todas as
informações necessárias para o atendimento das questões que
venham ser levantadas. . Uma lista anexa a este documento
deve conter os nomes dos profissionais que estão habilitados a
realizar as auditoria
s.

Registro dos dados

Devem ser criados, para cada etapa, planilhas de controle e

relatórios, que devem ser claros e objetivos, preparados com as

informações sobre os resultados das avaliações realizadas.

Recomenda-se que os relatórios técnicos sejam abordados de

forma a possibilitarem a compreensão por leitor qualificado

sobre o trabalho desenvolvido e documentarem os aspectos


6.0- PROCEDIMENTO PARA O MONITORAMENTO DAS EXPOSIÇÕES

Os dados de medição de ruído, obtidos através de pesquisas e

avaliações, são necessários para determinar o grau de

exposição ao risco e para tomada de decisões sobre como

proteger os trabalhadores expostos. Diferentes instrumentos e

metodologias de medições podem ser empregados,

dependendo do tipo de informação que se deseja obter e

profundidade da avaliação que está sendo conduzida.


Os resultados das avaliações do ruído são necessários por muitas
razões:

Definir, identificar ou prever as áreas da planta com níveis


perigosos de ruído;

Identificar os trabalhadores a serem incluídos no PCA;

Classificar o tipo de exposição dos trabalhadores, a fim de definir


políticas de uso de Protetores Auditivos e priorizar áreas com
enfoque

em controle de ruído;

Determinar se o nível de ruído representa um risco em relação a


interferências na comunicação e percepção de sinais de alerta;

Avaliar fontes geradoras de ruído com propósito de controle;

Documentar os níveis de ruído e níveis de exposição dos


A partir do momento que é decidido conduzir pesquisas e
avaliações do ruído para tomada de decisão perante os
resultados obtidos, a qualidade com que estas avaliações
serão realizadas e o nível de confiança e conhecimento do
profissional em relação às estratégias adotadas, objetivos
das pesquisas, planejamentos, investimentos necessários,
recursos financeiros e humanos se tornam muito
importantes, pois de seus resultados e conclusões
dependem o futuro da empresa e dos trabalhadores
expostos.
Muitas estratégias, equipamentos e técnicas de avaliação estão
disponíveis e cabe ao profissional decidir por aquela que
acredita ser mais conveniente e que apresente os resultados
mais confiáveis para a pesquisa a ser realizada.
Um critério de Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
(contínuo, intermitente e de impacto) aceitável é o apresentado
na NHO-01 - Norma de Higiene Ocupacional da
FUNDACENTRO.
Caracterização Básica
Caracterização do Ambiente de Trabalho

Conhecimento do ambiente

Descrição dos processos

Atividades envolvidas

Agentes existentes
Segundo a AIHA (American Industrial Hygiene Association), “o
primeiro passo na avaliação da exposição é caracterizar o
ambiente de trabalho. A caracterização básica deve identificar
as exposições potenciais para cada empregado ou grupo de
empregados alocados em determinado local de trabalho,
identificar os limites de tolerância apropriados e definir os
Grupos
Similares de Exposição (GSE) ou Grupos Homogênios de
Exposição (GHE)”.
Sendo assim, a Caracterização Básica possui quatro componentes
principais:
Com os GSE preliminares estabelecidos, deve-se partir
para a próxima etapa do trabalho, que é a realização de
uma classificação qualitativa da exposição, estabelecendo
uma graduação de prioridade para as avaliações e
monitoramentos dos GSE.
Caracterização da População Exposta

Atividades realizadas por cargo/função/subfunção

Características da população

Caracterização dos Agentes

Ligados ao local de trabalho/atividade/tarefas


Efeitos à saúde
Normas relacionadas
Estudos dos limites de exposição aplicáveis

Formação preliminar dos GSE ou GHE

É um grupo de trabalhadores com idênticas probabilidades de


exposição a um dado agente
Medições e Avaliações

O conjunto de medições deve ser representativo das condições

reais de exposição do grupo, com os períodos adequadamente

escolhidos, entendendo e considerando os ciclos de trabalho

nos processos (ciclos repetitivos; ciclos não regulares). As

medições não devem interferir nas condições de trabalho e

devem ser realizadas medições isoladas de exposições não

rotineiras, além de serem coletadas informações administrativas

e de campo, essenciais para interpretação dos resultados e


As avaliações devem ser realizadas periodicamente – anualmente
ou mais frequentemente caso haja suspeita que as exposições
dos trabalhadores tipo médias ponderadas no tempo alteraram
significantemente (para mais ou para menos).

Nesse sentido, são apresentadas algumas dicas importantes


retiradas do livro“Hearing Conservation Programs – Practical
Guidelines for Success – Royster & Royster”, para que os
objetivos do trabalho sejam definidos e os investimentos bem
aplicados
Planeje e coordene com o pessoal responsável pela produção
(operários e supervisores), para obter as informações
necessárias e confiáveis nas
avaliações do ruído e responder a relevantes questões sobre
como proteger os expostos. Através da familiaridade do pessoal
da produção com o ambiente produtivo, processos, ciclos,
máquinas, juntamente com a explicação do propósito da
pesquisa, erros podem ser evitados tanto nas estratégias
quanto nas avaliações propriamente ditas;
Registre e documente os dados com um nível de detalhe
suficiente para que outra pessoa possa compreendê-los e
replicar os resultados, caso nada tenha sido alterado no
ambiente de trabalho;
A participação do trabalhador é essencial para o sucesso das
avaliações, mantendo sua rotina de trabalho quando solicitado,
ou para notificar qualquer informação aos membros
coordenadores do PCA, em portar e zelar pelos equipamentos
de avaliação, indicar aos responsáveis necessidades de novas
avaliações;
A comunicação dos resultados deve ser realizada com nível de
informações adequadas para cada interessado.
Os interesses dagerência e a supervisão podem ser nos
resultados gerais de avaliação do ruído das áreas. Um resumo
completo pode ser de interesse dos membros do PCA. O mapa
de ruído atualizado da planta pode ser explicado aos
trabalhadores durante os programas de treinamentos.
Estimativa de exposição média dos trabalhadores pode ser
transcrita nos resultados de exames audiométricos para
referências e interpretações e enviados a cada trabalhador
exposto;
Tipos de Avaliações e Instrumentação

Nas avaliações básicas do ruído, um medidor instantâneo de nível

de pressão sonora (“decibelímetro”) pode ser utilizado para

identificar as áreas de trabalho onde claramente não existe um

problema de ruído e as áreas as quais existe um potencial de

ambiente perigosamente ruidoso. As avaliações básicas de

ruído determinam os departamentos onde os trabalhadores

podem necessitar serem incluídos no PCA devido aos

resultados das exposições diárias ao ruído. (uma combinação


Nas avaliações detalhadas do ruído, um medidor instantâneo
de nível de presão sonora (“decibelímetro”) e um
cronômetro e/ou um medidor integrador de uso pessoal
(“dosímetro”) podem ser utilizados para estimar a dose
diária de ruído de um trabalhador e a equivalente média
ponderada no tempo.
Nas avaliações para controle de engenharia um medidor
instantâneo de nível de pressão sonora (“decibelímetro”), filtros
de banda de oitava e outros instrumentos podem ser utilizados
para medir o nível de ruído produzido por uma máquina em
vários modos de operação a fim de avaliar o potencial para
aplicação de controles de engenharia (na fonte, trajetória)
Dosimetria de Ruído – Monitoramento Pessoal da Exposição

A Dosimetria deve ser realizada sempre que se desejar

informações de exposição da população que não assume uma

posição fixa junto a um equipamento, e sim, possui uma rotina

de trabalho por várias áreas ou locais da empresa. Porém,

sabe-se que praticamente não existem tarefas profissionais nas

quais o indivíduo é exposto a um único e perfeitamente

constante nível de ruído durante a jornada. O que ocorre são

exposições por tempos variados a níveis variados de ruídos.


6.3.1 Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou
Intermitente

A Dose de ruído é calculada de acordo com os tempos de

exposição permitidos para cada nível de ruído. No Brasil, a

Portaria 3214 do Ministério do Trabalho, NR15, no seu Anexo 1,

estabelece tais limites, partindo de 85 dB(A) para uma

exposição de 8 horas e um fator de 5 dB(A) para a redução à

metade da exposição, conforme tabela que se segue.


Conforme descrito na Referência Normativa – NHO-01–
1997/1998:

“Dose: parâmetro utilizado para caracterização da exposição

ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia

sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora

diária admitida, definida com base em parâmetros

preestabelecidos”.

Os dosímetros comparam os tempos efetivos de exposição a


diferentes níveis com os tempos de exposição permitidos por
OBS: Em casos de avaliação de doses em tempos inferiores
aos da jornada, o valor da dose pode ser obtido através da
extrapolação linear simples (regra de três), como no
exemplo:

Tempo de avaliação 6h30min. Dose encontrada = 87%. Qual a


dose para 8h

D= 87 x 8 = 107%

6,5

Todavia, esta extrapolação pressupõe que a amostra feita de 6.5 h

foi representativa da jornada!!!


DIVERGÊNCIAS ENTRE CRITÉRIOS TÉCNICOS E
LEGAIS - RUÍDO

ATENÇÃO!!!!

Muito cuidado ao elaborar o LTCAT, PPP e


informar o e-Social.

Há divergências entre critérios técnicos e legais


entre o MTE e o INSS
A NHO 01 apresenta limites de tolerância mais
conservadores, que garantem maior nível de proteção,
pois ela se encontra alinhada aos princípios técnicos
da ACGIH (taxa de troca q 3).
O INSS vem tentando minimizar essas divergências
através das Instruções Normativas, ao estabelecer que
as avaliações ambientais para fins de comprovação de
atividade especial devam ser feitas baseadas nos
métodos estabelecidos pela NHO.
Segundo o Decreto 4882 de 18/01/2003 os itens 2.01,
3.01 e 4.00 do Anexo IV do Regulamento da
Previdência Social, aprovados pelo Decreto
3.048/1999, passam a vigorar com as seguintes
alterações:
2.0.1 ...............................................................................

...................................
a) Exposição a Níveis de Exposição Normalizados
(NEN) superiores a 85 db (A). (NR);
b) Segundo a NHO 01, o Nível de Exposição
Normalizado (NEN) é o nível de exposição convertido
para uma jornada de trabalho padrão de 8 horas
diárias, para fins de comparação com o limite de
exposição.

O uso do NEN - Nível de Exposição Normalizado


(NEN) e da Dose está relacionado à exposição ao
ruído contínuo ou intermitente.
A NHO 01 utiliza a taxa de troca q=3 decibéis,
utilizando-se como unidade nédia para a dose a
expressão “Leq”, que significa Level Equivalent. Como
a IN 45/2010 determina que para fins previdenciários
seja utilizada os LT da NR15 com taxa de troca q=5
decibéis, deve-se utilizar como unidade de medida a
expressão “Lavg” (Level Average) ou TWA.
O Manual de Perícia do INSS estabelece que não devam
ser aceitas as medições de doses em unidade Leq
(q3). Porém a IN 45/2010 estabelece o uso de
metodologia NHO 01, enfim os limites de tolerância
são os da NR-15 (q=5).
O uso do NEN é adequado para exposição contínuas
(não intermitentes) a uma única fonte de ruído ou num
ambiente em que exista uma resultante de ruído ou
num ambiente em que exista uma resultante de ruído
proveniente de várias fontes. Nesse tipo de atividade o
trabalhador praticamente realiza o trabalho num
mesmo ambiente acústico durante a jornada de
trabalho.
Para fins de preenchimentos do PPP, não se deve usar a
fórmula NEN apresentada pela NHO 01, pois ela não
está fundamentada na taxa de troca q=3.
Vale ressaltar que a IN 45/2010 estabelece apenas o
uso da metodologia NHO 01, porém devem ser usados
os limites de tolerância da NR-15 (q=5).
Dessa forma deve-se utilizar o valor do Leq ou TWA para
a jornada de 8 horas considerando os LT da NR 15.
O TWA é a média ponderada do nível de pressão sonora
no tempo avaliado.
Significa que a intensidade de ruído foi projetada para
uma jornada padrão de 8 horas. Assim, quando uma
empresa opta por não trabalhar aos sábados, numa
jornada mensal de 44 horas, os trabalhadores
acumulam jornadas semanais de 93,2 horas diárias, o
nível de ruído deve ser estabelecido para jornada
padrão de 8 horas. Da mesma forma, quando os
trabalhadores tem jornadas de 4 ou 6 horas diárias,
esse valor de ruído deve ser corrigido por meio do
TWA.
O TWA é representativo para uma determinada situação
avaliada durante a jornada de trabalho. O nível de
ruído equivalente, calculado pelo dosímetro,
caracteriza o ruído da atividade do funcionário
avaliado e deve ser comparado aos dados da Tabela
de LT, de nodo a identificar o tempo máximo de
exposição sem o uso do EPI.
TWA = 80 + 16,61 x log (9,6 x D)
T
Onde:
TWA: Ruído nédio equivalente global para a jornada de
trabalho (média ponderada no tempo);
D: Contagem da dose da exposição em porcentagem
(%) para a jornada de trabalho (dose projetada);
T: Tempo em minutos da jornada de trabalho.
Nota: Limiar de detecção desejado (80 dB A), a partir do
qual o dosímetro passa a registrar os níveis de
pressão sonora para o cálculo da Dose e,
consequentemente, a obtenção do ruído médio
equivalente.
O uso da dose é adequado para as exposições ao ruído
intermitente, isto é, o trabalhador realiza diversas
tarefas exposto a diferentes fontes de ruído (ou
ambientes acústicos diferentes) em diversos tempos
de exposição. Essa é uma situação típica de uma
exposição intermitente, porém não ocasional.
A dose pode ser determinada pelo dosímetro ou
calculada através de expressões matemáticas,
permitindo avaliar a exposição diária resultante de dois
ou mais períodos de exposição a diferentes níveis de
pressão sonora conforme apresentado pela NR 15
Anexo 1.
D= C1 + C2 + C3 +...+ Cn
T1 T2 T3 Tn
Onde:
C: Tempo real de exposição ao ruído sob um
determinado nível;
T: Tempo máximo permitido a esse nível de ruído,
segundo critério de avaliação adotada (norma);
Se D > ou 100% à exposição estará acima do LT.
Conforme descrito na NHO 01 à dose é um parâmetro
utilizado para caracterização da exposição
ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de
energia sonora, tendo por referência ao valor máximo
da energia sonora diária admitida, definida com base
em parâmetros preestabelecidos.
Os dosímetros facilitam a vida dos profissionais, pois
usam a integração no tempo para comparar os tempos
efetivos de exposição permitidos (LT). Essa integração
pode ser representada pela expressão abaixo:
A NHO 01 apresenta metodologia de avaliação,
entretanto o LT dever ser aqueles estabelecidos pela
NR 15 – Anexo 2 – da Portaria 3.214/78.
Receber 100 impactos de 125 dB é diferente de receber
10.000 impactos (dos mesmos 125 dB) por dia.
Evidentemente 10.000 impactos serão mais
prejudiciais ao trabalhador. Entretanto a IN 45 / 2010
estabelece o uso dos LT da NR 15 – Anexo 2, que não
leva em consideração números de impactos segundo
a recomendação da ACGIH.
Não se calcula o ruído de impacto, entretanto, se os dois
tipos de ruído estiverem presentes no ambiente de
trabalho, pois haverá uma sobreposição de ondas que
resultará no incremento dos níveis do ruído contínuo
ou intermitente e vice versa.
Nível Médio (Lavg)

É o nível ponderado sobre o período de medição, que pode ser

considerado como Nível de Pressão Sonora contínuo, em

regime permanente, que produziria a mesma dose de exposição

que o ruído real, flutuante, no mesmo período de tempo.


No caso da NR15, a relação entre a dose de ruído (D), expressa
em porcentagem, e o Nível Médio (Lavg), expresso em dB(A),
para incremento de duplicação da dose (q) igual a 5, é dada
pela fórmula simplificada:

Lavg = 80 + 16,61 log ( 0,16D /T)

Onde:

T = tempo de amostragem (horas decimais)

D = Dose em %
o caso da ACGIH e da NHO-01, o critério de avaliação considera
N

dose máxima diária de 100%, e para exposição de 8 horas,


limite de 85 dB(A), e incremento de duplicação da dose (q) igual
a 3. A relação entre a dose de ruído (D), expressa em
porcentagem, e o Nível de Exposição equivalente (NE),
expresso em dB(A), é dada pela fórmula simplificada:
No qual:

Te = tempo de duração, em minutos, da jornada de trabalho

D = Dose diária de ruído, em %

Critério de Julgamento e Tomada de Decisões para Ruído Contínuo ou

Intermitente

O quadro a seguir apresenta a proposta contida na NHO-01 com as

considerações técnicas e a atuação recomendada em função da dose


.

6.3.2 Limites de Exposição para Ruído de Impacto

Seguindo os critérios de avaliação da exposição a ruídos de impacto

propostos na NHO-01, o limite de exposição diário ao ruído de

impacto é determinado pela expressão que se segue:

LIMITE DE EXPOSIÇÃO

Np = 160 - 10 Log n [dB]


o.
No qual:

Np = nível de pico, em dB(Lin), máximo admissível

n = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada

diária de trabalho

A tabela abaixo, obtida com base na expressão anterior, apresenta

a correlação entre os níveis de pico máximo admissíveis e o

número de impactos ocorridos na jornada de trabalh


Critério de Julgamento e Tomada de Decisões

O quadro a seguir apresenta a proposta contida na NHO-01, com

base nos critérios de avaliação propostos na NHO-01 para

avaliação da exposição a ruídos de impacto.

Nível de pico > Np  limite de exposição excedido (Np - 3) < Nível


de pico < Np  acima do nível de ação

Nível de pico > 140 dB  não é permitida a exposição sem


proteção adequada
3.3 Aspectos Legais

-Para ruído intermitente ou contínuo e para ruído de

impacto, o conceito de LT-MP é dado para 8 horas de

exposição e o conceito de LT-Teto, é quando há risco

grave e iminente para exposições, mesmo

instantâneas, sem proteção.


“Os valores devem ser usados como um guia no controle da
exposição a ruídos e, devido a susceptibilidade individual, não
devem ser considerados uma linha divisória entre níveis
seguros e níveis perigosos”.
“Um programa de conservação auditiva com todos seus
elementos, incluindo testes audiométricos, é necessário quando
os trabalhadores estão expostos a níveis de ruído iguais ou
superiores ao limite de exposição”.
6.3.4 Registros dos dados
Os relatórios preparados com as informações sobre os resultados
das avaliações das exposições devem ser claros e objetivos.
Recomenda-se que no relatório técnico sejam abordados, no
mínimo, os aspectos a seguir apresentados, de forma que
possibilite a compreensão por leitor qualificado sobre o trabalho
desenvolvido e documentar os aspectos relevantes que foram
utilizados no estudo, como por exemplo, os parâmetros da
NHO-01. Mesmo contento nos relatórios todas as informações
de uma forma organizada, as informações originais sobre as
avaliações das exposições devem ser preservadas para
propósitos legai
7.0 TESTES AUDIOMÉTRICOS
Objetivos
A fase Avaliações por Audiometrias de um PCA engloba e interliga
todas as outras fases do programa, pois indica se objetivo
principal está sendo alcançado: prevenção da perda auditiva
ocupacional. Se o PCA não está sendo efetivo, os resultados da
audiometria acusarão alterações dos limiares auditivos dos
trabalhadores expostos, podendo indicar um diagnóstico
preliminar, compatível ou sugestivo de PAIR. Mas, a
confirmação só pode ser realizada dentro de um contexto
amplo, com uma análise mais completa de dados.
7.2 Critérios Adotados
Apenas médicos e fonoaudiólogos podem conduzir o exame.
Para a realização das audiometrias, o repouso auditivo é
fundamental e deve ser de no mínimo 14 horas (Portaria 19 do
Ministério do Trabalho).
O ambiente onde o exame será realizado deverá ser
adequadamente escolhido, pois será realizado em cabine
acústica, onde os níveis de pressão sonora em seu interior não
deverão ultrapassem as recomendações internacionais (ANSI
3.1, 1991 ou parâmetro OSHA 81, apêndice D). Esta cabine
deve estar acomodada em local silencioso, distante de fontes
de vibração e isento de interferências que prejudiquem a
execução do teste e interfiram na atenção do paciente.
O Dispositivo gerador dos sons dentro da cabine é o audiômetro,
preparado para produção de tons puros, que são transmitidos
aos indivíduos em teste através de fones de ouvido. A
calibração deste instrumento é de extrema importância para a
padronização da freqüência e da intensidade. O audiômetro
deve ser submetido à aferição anual e calibração acústica, se
necessário e, a cada cinco anos, a calibração eletroacústica
deverá ser realizada.
Na avaliação audiológica ocupacional deve constar a Anamnese,
com informações sobre história laborativa, existência de
exposição ao ruído ou às substâncias ototóxicas (atual e
pregressa), qual o ambiente de trabalho e a função (atual e
pregressa); história familiar, uso prévio de ototóxicos, queixas
de zumbidos, hipoacusia,...e a avaliação auditiva propriamente
dita, constando exames, como Otoscopia, Audiometria Tonal e
Vocal
.

Para maior segurança e proteção, tanto da empresa quanto do


trabalhador, as audiometrias devem ser realizadas no mínimo,
no momento da admissão, no 06 (sexto) mês após a mesma,
anualmente a partir de então, e na demissão nos trabalhadores
expostos a níveis de pressão sonora acima de 80dBA
(avaliações referenciais, sequenciais, demissionais).
Na interpretação dos resultados da avaliação auditiva, existe a
necessidade da análise conjunta dos dados obtidos para
determinar o grau e o tipo da deficiência auditiva (Diagnóstico
diferencial das perdas auditivas). Os resultados do exame
devem ser fornecidos aos trabalhadores, bem como as
orientações que se fizerem necessárias. A periodicidade deve
ser definida segundo este resultado.
Na prática da Audiologia Ocupacional, são encontrados,
freqüentemente, trabalhadores que simulam ou dissimulam uma
perda auditiva. Também por este motivo fica claro a
necessidade das audiometrias serem conduzidas por
Fonoaudiólogo, que pode julgar e validar o exame. Uma
avaliação correta, ao contrário de prejudicar, poderá beneficiar o
trabalhador, evitando o agravamento de uma deficiência
auditiva e aumentando suas oportunidades dentro da empresa.
A importância das Audiometrias no PCA
As audiometrias identificam os indivíduos que estão
inadequadamente protegidos, mas somente oferecerão dados
confiáveis e úteis para uma intervenção se forem conduzidas
adequadamente, se os resultados forem avaliados
apropriadamente e comunicados para os trabalhadores
submetidos aos exames.
A audiometria anual é um excelente momento, já previsto no
programa, onde os trabalhadores terão a oportunidade de uma
conversa individual sobre conservação auditiva. Podem ser
extraídas muitas vantagens deste momento, pois é uma das
melhores oportunidades de motivação dos trabalhadores em
relação à conservação auditiva.
As audiometrias funcionam como um “guia de detecções e
tomadas ações corretivas”, não apenas documentando a perda
auditiva, se houver, e sim, avaliando e acompanhando cada
caso.
É importante lembrar que as Audiometrias, somente, não previnem
perda auditiva, mas as análises dos resultados obtidos através
das audiometrias podem prevenir.
8.0 -SELEÇÃO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS

Controle da Exposição ao Ruído O controle do ruído é uma


ação que, em última análise, visa diminuir a exposição dos
indivíduos ao ruído, ou seja, reduzir a dose de exposição diária.
Como o controle do ruído pode se dar em três níveis – fonte,
trajetória e indivíduo, a dose estaria mais vinculada ao último
caso.
É importante observar que existe uma hierarquia e que a forma
ideal de diminuir os riscos de perda da capacidade auditiva dos
trabalhadores é através do Controle por Engenharia, onde as
práticas mais comuns são:
Redução do ruído na Fonte:

Modificações ou substituições de máquinas e equipamentos

Isolamentos entre superfície que vibram e dos dispositivos que


produzem as vibrações

Modificação do processo de produção

Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos


Mudanças para técnicas menos ruidosa de operação.

Redução do ruído na Trajetória:

Alteração das características acústicas do ambiente de trabalho


pela introdução de materiais absorventes, revestimentos
Isolamento do posto de trabalho do local de transmissão da
vibração.

Barreiras, silenciadores, enclausuramentos parciais ou completo


Infelizmente, os controles por Engenharia e Administrativos nem
sempre resolvem os problemas, podendo ser muito caros e
impraticáveis, especialmente para pequenas operações. Quando os
controles ou práticas de trabalho não conseguirem a redução do
ruído a um nível seguro, a maneira mais efetiva de proteger os
trabalhadores é a Redução da Exposição ao Ruído no Indivíduo,
reduzindo a dose de exposição diáriai
Redução do Ruído no Indivíduo:

Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades


Posicionamento remoto dos controles das máquinas
Enclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente

Alterações da posição do trabalhador em relação à fonte de ruído


ou do caminho da transmissão durante etapas da jornada de
trabalho.

Uso de equipamento de proteção individual, reduzindo a dose de


ruído diária recebida.
Tipos de Protetores Auditivos
Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que
podem ser utilizados em diversos ambientes de trabalho, é
desejável que se escolha o protetor auditivo mais adequado
para cada caso”. (Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges)

Protetores Auditivos de Inserção Pré – Moldados


não-roletáveis. Podem ser de diferentes materiais: borracha,
silicone, PVC.

As vantagens dos protetores auditivos pré-moldados são:

Diversos modelos;

Compatíveis com outros equipamentos, como capacetes, óculos,


respiradores, etc;

Reutilizáveis ou descartáveis;
Pequenos e facilmente transportados e guardados;
Relativamente confortáveis em ambiente quente;
Não restringem movimentos em áreas muito pequenas
Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e
cicatrizes, sem interferência na vedação.
As desvantagens são:

Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o protetor,


prejudicando a atenuação

Necessidade de treinamento específico

Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação

Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis

Fáceis de perder
Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e
cicatrizes, sem interferência na vedação.

Se ajustam bem a todos os tamanhos de canais auditivos;

Compatíveis com outros equipamentos como capacetes, óculos,


respiradores, etc;

Descartáveis e de baixo custo;]

Pequenos e facilmente transportados e guardados; ]

Relativamente confortáveis em ambiente quente;

Não restringem movimentos em áreas muito pequenas


As desvantagens são:

Movimentos (fala e mastigação) podem deslocar o protetor,


prejudicando a atenuação;

Necessidade de treinamento específico para colocação;

Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;

Não é recomendado o manuseio se o usuário estiver com as mãos


sujas;

Só podem ser utilizados em canais auditivos saudáveis;

Fáceis de perder.
Protetores Auditivos Tipo Concha
Formado por um arco plástico ligado a duas conchas plásticas

revestidas internamente por espuma, que ficam sobre as

orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste

confortável da concha ao rosto do usuário, ao redor da orelha.


Podem ser do tipo “acopláveis à capacetes”, não apresentando,
neste caso, a haste de interligação das conchas.

As vantagens em relação ao uso dos protetores tipo concha são:

Único tamanho - serve para todos os tamanhos de cabeça;

Utilização simples / Colocação rápida;


Pode ser utilizado mesmo por pessoas com infecções mínimas no canal auditivo;

Atenuação uniforme nas duas conchas;

Partes substituíveis: possuem várias peças de reposição;

Higiênicos – podem ser utilizados em canais auditivos doentes, desde que permitido pelo médico
responsável.

Suas desvantagens são:

Desconforto em áreas quentes;

Dificuldade em carregar e guardar devido ao seu tamanho;

Pode interferir com outros equipamentos de proteção como óculos, capacetes, etc;

Pode restringir movimentos da cabeça;

Pressão dasconchas pode ser desconfortável para 8 horas de jornada de trabalho;


Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal
São formados por uma haste plástica de alta resistência
à deformação e rompimento, utilizadas abaixo do
queixo ou atrás da cabeça, com plugues de espuma
substituíveis em suas extremidades. Acomodam-se na
entrada do canal auditivo, possuem formato definido,
não entrando em contato com o canal auditivo do
usuário.
As vantagens dos protetores tipo capa de canal são:

Boa durabilidade dos plugues;

Plugues descartáveis

Podem ser utilizados com a haste atrás da cabeça ou


debaixo do queixo.

Podem ser usados com capacetes, óculos e outros


equipamentos sem que reduza a atenuação e
mantendo a eficiência da vedação;

Possuem haste que pode ser regulada para não


incomodar o usuário, ainda oferecendo certa pressão
dos plugues, mantendo a atenuação.
As desvantagens são:

Não é recomendado o manuseio dos plugues com as


mãos sujas.

Pode ser desconfortável para 8 horas de trabalho.

A atenuação depende da boa acomodação dos plugues


na entrada do canal auditivo
Recomendações para Seleção e Uso

8.3.1 Seleção de Protetores Auditivos

A consideração mais crítica na seleção e uso de

protetores auditivos é a habilidade em ajustar os

protetores, a fim deles proporcionarem uma vedação

ao ruído de uma maneira confortável e que a vedação

possa ser consistentemente mantida durante todas as

exposições ao ruído.
Outras considerações importantes incluem: capacidade
de redução de ruídos do protetor auditivo (atenuação),
a exposição diária ao ruído (uso diário), variações no
nível de ruído (dose), preferências do usuário
(conforto), necessidades de comunicação, perda
auditiva (se houver), compatibilidade com outros
equipamentos de segurança, habilidades físicas, clima
e outras condições de trabalho e requerimentos de
troca, cuidado e uso.
Como selecionar um bom protetor auditivos

É de responsabilidade das áreas de Segurança e

Saúde/Médica a escolha pela proteção apropriada, em

termos de atenuação mínima necessária, após a

avaliação das exposições dos trabalhadores (dose de

exposição). Porém, deverão ser consideradas as

opiniões finais dos usuários em relação a alguns

pontos muito importantes, que aumentarão as chances

do uso correto e eficácia da proteção.


“A seleção do protetor auditivo deve ser feita envolvendo

o usuário. Uma forma prática é selecionar vários tipos

de protetores auditivos e fornecer ao usuário


Para fins de NR-15, Limite de Tolerância é a concentração ou

intensidade máximas ou mínimas, relacionadas com a natureza

e o tempo de exposição do agente, que não causará dano à

saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Para a ACGIH, os Limites de Exposição – TLV’s - referem-se

aos níveis de pressão sonora e aos tempos de exposição que

representam condições às quais, se acredita que, a maioria dos

trabalhadores possa estar exposta,


Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vários

aspectos deverão ser observados, dependendo das

condições de trabalho em cada área e do tipo de ruído

existente.
Elementos da proteção efetiva

Existe uma diferença entre os termos Eficiência dos protetores

e sua Eficácia. A Eficiência de atenuação está relacionada à

capacidade que os protetores têm de amenizar os ruídos

externos, ou seja, poder de redução ou nível de redução do

ruído. Esta medida de eficiência é realizada em laboratório,

através de uma metodologia de ensaio conforme sugerido em

uma norma.
Atualmente, no Brasil, são seguidos os critérios da ANSI
S12.6/1997 – método B, cujo resultado é denominado
NRRsf (nível de redução de ruído – “subject fit”), cujo
resultado está explícito no certificado de aprovação
(C.A.), emitido pelo Ministério do Trabalho.

No entanto, a Eficácia do protetor depende de alguns

fatores, que são os elementos da proteção efetiva:


Colocação e uso corretos
Qualidade da vedação no canal auditivo
Porcentagem do tempo de uso
Atenuação oferecida
Portanto, a seleção do protetor auditivo precisa ser
realizada a partir de um trabalho individual, no qual
sejam considerados todos os elementos da proteção
efetiva, além das características pessoais do usuário
(formato da cabeça e rosto, tamanho do conduto
auditivo, tipo de atividade, compatibilidade com outros
E.P.I.’s) e conforto proporcionado ao usuário pelo
protetor, lembrando que o aspecto conforto é
extremamente subjetivo, ou seja, o protetor não deve
incomodar quem o utiliza.

O hábito de utilizar tipo concha com a haste atrás da

nuca (com as conchas viradas na horizontal), junto

com outros E.P.I.’s, pode fazer com que o ajuste não


8.3.2 Colocação e Uso Corretos

Em conseqüência do pouco conforto, pela falta de

treinamento e motivação ao uso, os protetores

auditivos muitas vezes são impropriamente inseridos

(plugues) ou ajustados (tipo concha); e finalmente, a

partir de algumas horas de utilização, eles ficam fora

de posição - devido ao suor, movimentos da cabeça

e/ou da boca (para falar, mascar ou bocejar).


Por isso é necessário que sejam retirados e recolocados,
fora da área de riscos, após algumas horas de uso,
ajustando-o novamente.cortes nos plugues para
utilizá-los em menor tamanho, modificação ou furos
nos protetores de espuma para um melhor conforto.
Por estas razões, um bom programa de treinamento é

essencial e os usuários de protetores precisam estar

convencidos de que os protetores somente oferecerão

proteção adequada se a colocação, uso e manutenção

também forem adequadas.


Instruções para Colocação

Antes de utilizar o produto, conforme exigência na NR. 6

da C.L.T., o usuário deve ser informado pelo

empregador sobre a obrigatoriedade do uso e

devidamente treinado para a correta utilização do

mesmo.
Protetor Tipo Inserção Moldável

1- Com as mãos limpas, rolete o protetor deslizando-o

entre o seu polegar e os dois primeiros dedos, até que

o protetor seja reduzido ao menor diâmetro possível e

mantenha-o neste formato.

2 – Passe a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo

de sua orelha para abrir o canal auditivo.


3– Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mão, que
ainda está pressionando o protetor roletado, em
direção à orelha e insira o protetor no canal auditivo, o
mais profundamente possível.

4- Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a

extremidade do protetor para dentro do canal auditivo

por 10 segundos, para que o protetor se expanda e

vede o canal auditivo.


Protetor Tipo Inserção Pré-Moldado

1-Segure firmemente a haste do protetor auditivo por

trás da maior flange.

2-Passe a outra mão por cima da cabeça e puxe o topo

da orelha para abrir o canal auditivo

3-Insira completamente o protetor no canal auditivo,

deixando a haste de fora, para permitir sua remoção.


Protetor Tipo Concha

1-Para ajustar a pressão aplicada à cabeça, movimente

o cursor lateral do braço da haste para cima e para

baixo, até que se obtenha um ajuste confortável

2-Retire com as mãos o máximo possível o excesso de

cabelo que possa interferir no bom contato entre as

almofadas dos protetores e a sua cabeça. melhor

performance.
Certifique-se de que a vedação entre as almofadas pretas
externas da concha e a cabeça não tenha interferência de
objetos, tais como hastes de óculos, brincos,
3-Com a haste do protetor sobre a cabeça, posicione as
conchas de maneira a cobrir completamente as orelhas
4-As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou
para baixo, mantendo a haste sobre a cabeça, para que se
obtenha um ajuste firme e confortável
3

Tipo Concha Acoplado ao Capacete


s

1-Deslize a concha até a extremidade da ranhura da


e

haste, para facilitar sua inserção no capacete


o

2-Gire a parte que se encaixa ao capacete, alinhando-a


o

a haste d

â
3-Pressione com o dedo a lâmina metálica para abrir a
haste

4-Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda

lateral do mesmo

5-Para colocar as conchas em posição de descanso,

coloque o dedo indicador sobre a lâmina metálica e

pressione-a para dentro e, ao mesmo tempo,


Protetor Tipo Capa de Canal

1-Segure a haste do protetor próximo ao plugue e puxe-


a para fora

2-Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo,

movendo-os lentamente para cima e para baixo, até

conseguir uma boa vedação.

3-Após encontrar a posição correta, pressione-os contra


a orelha, para uma boa vedação4-Os plugues não
devem ser inseridos no canla auditivo

5-As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo ou


9.0 INDICAÇÕES DE MANUTENÇÃO E
HIGIENIZAÇÃO

Protetores Auditivos Tipo Concha

1- Ao final de cada turno, limpe as conchas e almofadas

externas apenas com água e sabão neutro, para que

se mantenham limpas e em condições higiênicas de

uso.
2- Antes de cada uso, os protetores devem ser
inspecionados quanto a possíveis danos, deformações
ou desgastes da almofada externa. Se isso ocorrer,
elas deverão ser removidas do protetor e substituídas
por novas antes do uso.

3- Inspecione as conchas quanto a rachaduras. Se isto

ocorrer, todo protetor deverá ser substituído


4- Finalmente, examine a haste, para certificar-se de que
está flexível e ainda mantém força suficiente para
sustentar firmemente as conchas contra as laterais da
cabeça.

5- Se não for possível limpar o protetor auditivo ou

substituir uma peça danificada, descarte-o e solicite

um novo.

6- Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool,


acetona nos protetores, pois eles poderão ser
danificados
Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis

Deve ser trocado sempre que estiver sujo, em condições

não higiênicas para uso. Este protetor não deve ser

lavado.

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool,

acetona nos protetores, pois eles poderão ser

danificados.
Protetores Auditivos de Inserção Pré-Moldados

Limpe-os com pano úmido ou lave-os com água e sabão

neutro, enxaguando-os completamente. Caso os

plugues estiverem com aparência de sujo, mesmo

após lavagem, ou danificados, os mesmos devem ser

descartados e substituídos.
Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool,
acetona nos protetores, pois eles poderão ser
danificados.

Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

Os plugues de espuma devem ser substituídos por

novos sempre que se encontrarem sujos, danificados

ou sem condições higiênicas de uso. Estes plugues

não devem ser lavados.


A haste plástica pode ser lavada com água e sabão
neutro ou pano umidecido com água.

Não utilize nenhum tipo de solvente, como álcool,

acetona nos protetores, pois eles poderão ser

danificados.
10.0 QUALIDADE DA VEDAÇÃO NO CANAL
AUDITIVO

Cada tipo de E.P.I. deve ser individualmente testado

para verificar seu tamanho e a sua compatibilidade

com o usuário. Não existem protetores universais,

devem-se periodicamente obter informações junto aos

operários para que sejam reavaliadas as escolhas dos

protetores, assegurando que estejam sempre sendo

utilizados e de forma correta.


Nem todos os protetores são adaptáveis a diferentes
formatos de cabeça e condutos auditivos.

Protetores de inserção em vários tamanhos muitas

vezes dificultam a implantação de proteção auditiva

para todos os funcionários, na maioria das empresas.

Neste caso é necessário medir o tamanho do canal

auditivo de cada usuário para se conhecer qual o tipo

de protetor que deve ser utilizado.


Embora se acredite que os Protetores Tipo Concha, por
serem de fácil colocação, se amoldam melhor e a
vedação entre a concha e a cabeça seja melhor, esta
afirmação é parcialmente verdadeira. A pressão da
concha também é um fator importante na vedação do
protetor. Outro fator que contribui para a má vedação
dos abafadores é a má colocação e o uso de
almofadas enrijecidas e ressecadas.
Na verdade, em situações onde óculos são
utilizados, o cabelo é volumoso na região
próxima às orelhas ou em pessoas cuja
cavidade entre o pescoço e o maxilar é mais
profunda, pode haver uma perda considerável
da vedação e conseqüentemente, da efetiva
atenuação do abafador.
Verificação da Vedação dos Protetores Tipo Inserção

Moldáveis e Pré-Moldados

1-Sempre ajuste os protetores a fim de vedar o canal


auditivo.

2-Quando os protetores estão corretamente inseridos,

sua própria voz deve parecer oca e os sons ao seu

redor não devem parecer tão altos quanto

anteriormente.
3-Tente puxar levemente o protetor auditivo; ele não
deve se mover facilmente. Se o protetor se mover
facilmente, remova-o e insira-o, com cuidado, mais
profundamente possível no canal auditivo, seguindo as
instruções de colocação

4-Verifique freqüentemente a vedação durante o tempo

em que está usando o protetor. Se os protetores se

deslocarem, a proteção ao ruído pode ser perdida.

.
1.0 PORCENTAGEM DO TEMPO DE USO

O protetor auditivo deve ser utilizado durante todo o

tempo em que se estiver exposto ao ruído. Quando o

protetor é retirado em área ruidosa, mesmo que por

alguns minutos durante a jornada de trabalho, a

proteção efetiva será reduzida.


É importante ressaltar que a perda da audição está
diretamente relacionada ao nível equivalente Leq dBA
ou nível médio Lavg dBA de ruído recebido.

Estudos realizados mostram que um protetor com


atenuação 20 dB, quando utilizado por apenas 50% do
tempo em uma jornada de 8 horas, apresentará uma
atenuação real de apenas 3 dB
(Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges)
.
A correção da atenuação em função do tempo de não-
uso na jornada é feita através da tabela abaixo:
12.0 ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS

A atenuação proporcionada pelo protetor também é um

fator fundamental na seleção de um protetor auditivo.

É preciso avaliar a grande variação de atenuações

entre os diferentes tipos e modelos de protetores

existentes. Protetores auditivos, aparentemente

semelhantes, podem ter eficiências de atenuação

diferentes.
1 2.1 Cálculo da Atenuação pelo Método Longo

A diferença em se escolher utilizar o "método longo" do

NIOSH ao invés do número único NRRsf (método

curto), para avaliação do nível de ruído que uma

pessoa utilizando protetores auditivos estaria exposta,

como o próprio nome diz, é que ele é mais longo e não

mais correto ou mais eficaz.


O método longo, onde é considerada a variação da
atenuação nas diferentes freqüências, é mais antigo e
também possui desvantagens, principalmente se a
exposição do trabalhador não for estacionária, pois o
trabalhador ficará exposto a diversas frequências
diferentes e intensidades de ruídos diferentes durante
o longo da jornada.
Conclusão: perda da exatidão, necessitando da
abordagem do pior caso no pior espectro da jornada,
utilizando decibelímetro, pois ainda não está
disponível no mercado dosímetro com filtro de banda,
além da necessidade de se ter equipamentos caros,
com filtros de bandas de oitava para a avaliação da
exposição.
13.0 TREINAMENTO E MOTIVAÇÃO

Os programas de treinamento, educação e motivação

dos usuários de proteção auditiva são de extrema

importância para que os trabalhadores participem

ativamente do PCA e para que seja gerado o suporte

do programa por parte da alta gerência.


Atividades regulares de educação, treinamento e
motivação estimulam o interesse de todos pelo
programa e mantém a importância do PCA vivo na
memória de todos, com o passar do tempo.

Se esta fase do programa não for realizada com


sucesso, as outras fases também tenderão a falhar,
pois os envolvidos não entenderão qual a importância
da cooperação intensa de cada um no PCA e quais os
benefícios adquiridos por compreender e seguir o
programa
Os treinamentos devem ter uma agenda regular pré-
definida, com o conteúdo de cada um deles
estabelecidos e com a recomendação do perfil dos
participantes.

Além do treinamento mínimo anual dos usuários de

protetores auditivos, toda a equipe multidisciplinar do

PCA deve receber treinamento sobre perda auditiva e


sobre como conduzir suas funções dentro do programa,
recebendo treinamentos específicos quando
necessário, treinamentos básicos sobre
colocação/vedação/utilização de P.A
Ruído e Protetores Auditivos –
Critérios de Avaliação e Atenuação
Conhecer a proteção oferecida - um
problema antigo

Para o técnico situação desconfortável nos casos


de exposições a altos níveis de ruído
não há informação acessível (amigável) sobre o
assunto, com todas as possibilidades
integradas

NECESSITA SABER QUAL É PROTEÇÃO


OFERECIDA
Colocação do problema
Em termos simples, trata-se de conhecer a
redução apresentada por um dispositivo entre o
ambiente e o sistema auditivo, que faz o papel
de uma barreira
O comportamento dessa barreira é uma função
do ruído do ambiente, da forma e materiais da
barreira e também de características especiais
do “lado protegido”
O MÉTODO ORIGINAL
Chamado “método longo”
NECESSIDADES
INSTRUMENTAÇÃO PARA AVALIAR O
ESPECTRO DO RUÍDO DO AMBIENTE
CONTAS, CONTAS, CONTAS
USO DOS DADOS DE ATENUAÇÃO DO
PROTETOR, POR FREQUÊNCIA
SALVAGUARDAS
COMO OS PROTETORES FABRICADOS TÊM
UMA VARIABILIDADE “NORMAL” NAS
CARACTERÍSTICAS DE ATENUAÇÃO, FAZ-
SE UMA CORREÇÃO NA ATENUAÇÃO
MÉDIA
DEDUZINDO-SE DA MÉDIA DOIS DESVIOS-
PADRÃO, O VALOR USADO PROTEGERÁ
98% DOS USUÁRIOS
VANTAGEM (única?) - cálculo com dados reais,
tecnicamente correto, a proteção é conhecida na
medida exata dentro das premissas (“pior protetor a
98%”)
DESVANTAGENS / LIMITAÇÕES
SE A EXPOSIÇÃO NÃO FOR ESTACIONÁRIA (A GRANDE MAIORIA DOS
CASOS), TENHO QUE ESCOLHER UM REPRESENTANTE DA
JORNADA. (O “PIOR” RUÍDO)
DESVANTAGEM : SUPERESTIMAR O RUÍDO DA JORNADA,
SUBSTITUINDO-O PELO PIOR, QUE PODE TER NA VERDADE UMA
DURAÇÃO PEQUENA.
TODA SALVAGUARDA DE PIOR CASO LEVA A UMA MAIOR
POSSIBILIDADE DE NÃO SE COMPROVAR PROTEÇÃO!
O NIOSH e o Rc / NRR
O NIOSH revolucionou a questão, simplificando a
abordagem, com o método no.2

NECESSIDADES ( método no. 2)


representante do ruído - dBC
representante do protetor - Rc
nível protegido dBA = dBC - Rc
Rc (NIOSH) é o mesmo que NRR (EPA)

Rc = NRR
dBA = dBC - NRR

Hoje, pode-se considerar como universal a


denominação NRR
o ruido é representado inicialmente por um
ruído rosa (mesmo nível por bandas)
o espectro médio de ruídos industriais (em
termos do estimador C-A) é “deduzido” de
dois desvios padrão
com essa correção (3 dB), a salvaguarda
introduzida significa que o espectro
assumido é o “pior” possível, cobrindo 98%
dos casos industriais
Além disso, os dados de atenuação do protetor
são tratados como no método longo, com a
salvaguarda de 98% (“pior protetor”)
Se pensarmos que os “piores” protetores podem
ocorrer só em 2% dos casos, e os “piores”
espectros só em 2%, a chance dessa
coincidência é baixíssima (0,04%) e a
salvaguarda básica do método é muito boa.
VANTAGENS
usando-se um dosímetro, a exposição “exata” do trabalhador
na jornada é obtida, por mais variável que seja (nível
médio Lavg(C))

rapidez e simplicidade de cálculo

amigável para o usuário


se não for disponível o Lavg(C) - obtenível por
dosimetria “C”, seguir o critério de pior caso,
utilizando o maior nível de ruído em dBC da
jornada.

Porém ainda existem vantagens sobre o método


longo, pois não há dificuldades de cálculo
DESVANTAGENS
tenho que fazer 2 dosimetrias, uma no
circuito A para conhecer a exposição
(dBA) e outra no circuito C para
conhecer o nível médio Lavg (C) da
jornada
ou, tenho de comprar um dosímetro
mais caro que faz as 2 dosimetrias
simultaneamente
E se eu quiser usar somente o
dB(A)?
Método NIOSH no. 3 (Ra)
A essência do método no.2 é ter um estimador do espectro
em termos de C-A
Se não tivermos o C, não temos estimador de espectro (C-A)
Devemos então usar um espectro muito desfavorável (mais
salvaguarda)
Desfavorável quer dizer - baixas frequências
O NIOSH adotou C-A = 7, um espectro muito desfavorável de
baixas frequências
Porisso, o método usa o Ra=Rc-7 OU
NRRa=NRR - 7
dB(A) = dB(A) - NRRa
este 7 não tem nada a ver com os descontos que devem ser
aplicados para a situação real de uso, como vamos ver
O Ra/NRRa
VANTAGEM - > faço uma única dosimetria para
conhecer a exposição e o cálculo da proteção {
dB(A) = Lavg(A) da jornada}
DESVANTAGENS
mais incerteza, mais salvaguarda... -> o valor
que atinge o ouvido pode não configurar
proteção, quando outro método
configuraria.
NO LABORATÓRIO...
Protetor novo
Destreza da colocação
Ausência de interferências
Ausência de hábitos ou movimentos que alteram
o ajuste
Em campo...
Estado de conservação variável
Baixa destreza de colocação
Existência de interferências
Existência de hábitos que degradam o ajuste
O uso pode não ser de 100% do tempo
Resolvendo por partes
Tempo real de uso diário
Pequenas % de tempo de não uso degradam
dramaticamente o NRR nominal.
Pode-se estimar a correção a ser aplicada
A atenuação nominal se reduz a alguns dB, se o
uso for menor que 50% do tempo(D. Else, em
1973, deduziu para um protetor “infinito”, mas
usado só 50% do tempo, uma redução de 3
dBA)
...por partes
Colocação em laboratório X campo
OSHA (1983) -> desconto de 50% para todos
os tipos.
NIOSH ->
CIRCUM-AURICULARES - 25%
FORMÁVEIS (ESPUMA DE EXPANSÃO
LENTA) - 50%
INSERÇÃO OUTROS (POLÍMEROS
MOLDADOS) - 70%
Proposição de ajuste pelo usuário -
NRRsf
Pesquisadores perceberam que usando sujeitos
não treinados conseguiam aproximar melhor os
dados da situação real
O sujeito “ingênuo” em relação à proteção
auricular
O NRRsf / ANSI S 12.6 /97 B
Considerações sobre o NRRsf
A salvaguarda estatística (pior protetor) cai de
98% para 84% (um desvio - padrão)
Usa-se diretamente o dBA, mas o desconto não é
de 7, mas de 5, e isso já está embutido no
NRRsf
Estas duas considerações se assemelham a um
“casuísmo” para evitar números muito
pequenos...
NRRsf - outras questões
Se o protetor não for usado 100% do tempo,
permanece a necessidade dessa correção
Como fazer se as indústrias treinam seu pessoal
no uso dos protetores (algumas regularmente)
-->esses trabalhadores podem ser
considerados “ingênuos”?
Ou seja, devem poder optar pelo NRR tradicional
Em suma, atenuação calculada
depende:
Dos dados ambientais disponíveis e portanto do
método escolhido, o que introduz diferentes
salvaguardas associadas
Do tipo de protetor (descontos de colocação de
uso real)
Do tipo de dado NRR / NRRsf (sem descontos de
uso real)
Do tempo real de uso diário
Conclusões
maiores salvaguardas -> menor chance de se
provar adequação

Não se pode dizer a priori qual método


evidenciará maior atenuação.

Um cálculo insuficiente não é evidência de


falta de proteção

Uma evidência de adequação por qualquer


método válido é válida.

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