Teologia Jaime Borges
Teologia Jaime Borges
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2.1. Revelação............................................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 9
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................ 10
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1. INTRODUCAO
A revelação de Deus é a forma pela qual Ele se deixa conhecer. Em outras palavras, Deus resolveu
permitir que os homens tivessem conhecimento de Sua existência, do Seu carácter e de Sua vontade
através de sua auto-revelação.
Revelar significa “desvelar o que está encoberto”. Então uma revelação é um ato de “deixar-se ver”,
de “manifestar-se”, de “descobrir-se”, de “tornar claro ou exposto o que está oculto”. Portanto, a
revelação de Deus é a Sua auto-manifestação aos homens num nível em que o conhecimento sobre
Ele se torna possível que nós não podemos contemplar Deus com os nossos olhos, mas podemos
conhecê-lo por meio da revelação, pois Ele removeu o véu que o ocultava de nós.
É importante entender correctamente o conceito da revelação de Deus para que se tenha em mente
que essa revelação parte dele para nós, e não o contrário. Em outras palavras, Ele é quem se revela,
e não nós que o descobrimos.
A importância da revelação de Deus é praticamente imensurável. A Bíblia sagrada afirma que Deus
é a fonte de toda a verdade. Então não somente a verdade religiosa, mas toda verdade é dependente
da obra da revelação de Deus. Portanto, podemos concluir que a importância da revelação de Deus é
absoluta. Em outras palavras, é inconcebível imaginar nossa vida neste mundo sem a revelação de
Deus.
Para elaboração deste trabalho de pesquisa recorreu-se a consulta bibliográfica através de livros e
artigos já publicados. O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: no primeiro capítulo
encontra-se a introdução, faz menção a parte introdutória onde destaca-se assuntos relacionados
com o tema em estudo, objectivos, metodologias, no segundo capítulo consta a fundamentação
teórica, onde irá descrever-se aspectos teóricos ligados a ortografia e pontuação. De seguida a
conclusão e referências bibliográficas.
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O mesmo trabalho tem de como objectivos:
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2. REVISÃO DA LITERATURA: O PROCESSO E A PLENITUDE DA REVELACAO DE
DEUS SEGUNDO A TEOLOGIA CATOLICA.
2.1. Revelação
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tornar acessível
uma verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a realidade ampla que
constitui o dado de fe que nos é oferecido no evento de Deus. A revelação de Deus é a forma pela
qual Ele se deixa conhecer. Em outras palavras, Deus resolveu permitir que os homens tivessem
conhecimento de Sua existência, do Seu carácter e de Sua vontade através de sua auto-revelação.
Revelar significa “desvelar o que está encoberto”. Então uma revelação é um ato de “deixar-se ver”,
de “manifestar-se”, de “descobrir-se”, de “tornar claro ou exposto o que está oculto”. Portanto, a
revelação de Deus é a Sua auto-manifestação aos homens num nível em que o conhecimento sobre
Ele se torna possível. Nós não podemos contemplar Deus com os nossos olhos, mas podemos
conhecê-lo por meio da revelação, pois Ele removeu o véu que O ocultava de nós.
De com Concílio Vaticano II, Dei Verbum, 2 Deus revela o seu desígnio benevolente “Aprouve a
Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério da sua
vontade, por meio do qual os homens, através de Cristo, Verbo Incarnado, têm acesso ao Pai no
Espírito Santo e n’Ele se tornam participantes da natureza divina” Em que se torna claro que é livre
iniciativa de Deus o acto de se revelar. O movente da tal liberdade é a sua bondade e sabedoria. Era
natural que Deus que é suma bondade não permanecesse fechado em si mesmo eternamente. E a
sabedoria sempre move para o bem. A intenção do acto é salvífica, porque é para que os homens
tenham acesso ao Pai pelo Espírito. Deus faz-se conhecer para o homem entrar no mundo de Deus
A revelação divina concretiza-se por meio de palavras e acções intimamente ligadas entre si ao
longo da história da salvação. Mas a revelação plena acontece na pessoa de Cristo que é o mediador
e o agente do projecto de revelação do Pai. Ele é o mediador porque é o enviado, é o agente porque
Ele mesmo é Deus em acção.
2.2.Etapas da revelação
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Chamamos etapas da Revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre Deus foram
reveladas à humanidade. Como mencionadas abaixo segundo Concílio Vaticano II:
«Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um testemunho
perene de Si mesmo nas coisas criadas, e, além disso, decidindo abrir o caminho da salvação
sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais». Convidou-
os a uma comunhão íntima consigo, revestindo-os de uma graça e justiça resplandecentes.
Esta Revelação não foi interrompida pelo pecado dos nossos primeiros pais. Com efeito, Deus,
«depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação, e cuidou
continuamente do género humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na
prática das boas obras, procuram a salvação».
Desfeita a unidade do género humano pelo pecado, Deus procurou imediatamente, salvar a
humanidade intervindo com cada uma das suas partes. A aliança com Noé, a seguir ao dilúvio,
exprime o princípio da economia divina em relação às «nações», quer dizer, em relação aos homens
reagrupados «por países e línguas, por famílias e nações» (Gn 10, 5).
A aliança com Noé permanece em vigor enquanto durar o tempo das nações, até à proclamação
universal do Evangelho. A Bíblia venera algumas grandes figuras das «nações», como «o justo
Abel», o rei e sacerdote Melquisedec, figura de Cristo, ou os justos «Noé, Danel e Job» (Ez 14, 14).
Deste modo, a Escritura exprime o alto grau de santidade que podem atingir os que vivem segundo
a aliança de Noé, na expectativa de que Cristo «reúna, na unidade, todos os filhos de Deus
dispersos» (Jo 11, 52).
Para reunir a humanidade dispersa, Deus escolhe Abrão, chamando-o para «deixar a sua terra, a sua
família e a casa de seu pai» (Gn 12, 1), para o fazer Abraão, quer dizer, «pai de um grande número
de nações» (Gn 17, 5): «Em ti serão abençoadas todas as nações da Terra» (Gn 12, 3).
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O povo descendente de Abraão será o depositário da promessa feita aos patriarcas, o povo eleito,
chamado a preparar a reunião, um dia, de todos os filhos de Deus na unidade da Igreja. Será o
tronco em que serão enxertados os pagãos tornados crentes.
Depois dos patriarcas, Deus formou Israel como seu povo, salvando-o da escravidão do Egipto.
Concluiu com ele a aliança do Sinai e deu-lhe, por Moisés, a sua Lei, para que Israel O
reconhecesse e O servisse como único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e justo Juiz, e vivesse
na expectativa do Salvador prometido.
O projecto da revelação obedeceu um plano. “A seu tempo Deus chamou Abraão, para fazer dele
um grande povo, povo esse que depois dos Patriarcas, ensinou por meio de Moisés e dos Profetas
para que O reconhecessem como único Deus, vivo e verdadeiro, Pai providente e justo juiz, e para
que esperassem o Salvador prometido” (Concílio Vaticano II, O.C, 3). Como se pode depreender do
texto conciliar, Deus se revelou primeiro a Abraão, em seguida a Moisés, sucessivamente aos
profetas e quando chegou a plenitude dos tempos, depois de ter falado muitas vezes e de muitos
modos falou por meio do seu Filho, Jesus Cristo (Heb 1,1-2), o profeta por excelência. Neste
projecto estão envolvidos a palavra, o encontro, a experiência num percurso histórico. Os padres
conciliares não deixam margens para dúvidas que “a economia cristã, como nova e definitiva
aliança, jamais passará, e não se há-de esperar outra revelação pública antes da gloriosa
manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (Concílio Vaticano II, O.C, 4).
Abraão respondeu à chamada de Deus e obedeceu ao seu projecto partindo sem saber para onde ia
(Gen 12). Confiou-se aos desígnios de Deus. O resultado dessa sua confiante abertura é ser pai de
um grande povo. É nosso pai na fé. É patriarca, isto é, arquétipo da fé. O Deus que se revela em
Abraão é o Deus da promessa. Um Deus que promete e cumpre a sua promessa de salvação.
Deus revelou se a Moisés oferecendo a libertação ao povo escravo no Egipto. O Seu nome “ Sou
Aquele que Sou” revela uma solicitude de liberdade para o ser humano. Por isso o Deus de Moisés
é o Deus Libertador.
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Os Profetas foram um momento importante na revelação de Deus. Eles testemunham o cuidado de
Deus pela justiça no seio da humanidade. Eles aparecem como os defensores dos pobres e dos
vulneráveis da sociedade. Assim se revela um Deus que toma partido dos pobres e injustiçados.
Nos últimos tempos Deus se revelou em Jesus Cristo como o centro e o ponto definitivo da história
de Salvação (Fisichella, 2002, p. 81). A Lei e os profetas são orientados a ele e somente nele
encontram pleno cumprimento.
De facto toda a vida de Jesus foi marcada por eventos que revelam algo transcendente. O seu
Baptismo, a sua pregação, os milagres, a sua morte por amor e finalmente a sua gloriosa
Ressurreição só podem ser revelação de Deus.
Cristo mandou os Apóstolos que pregassem a todos os homens o Evangelho, prometido pelos
profetas e por ele cumprido e promulgado pela sua própria boca, como fonte de toda a verdade
salvadora e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos (Concílio
Vaticano II, Dei Verbum, 7). Os Apóstolos foram fiéis ao mandato e anunciaram o Evangelho com
palavras e a própria vida.
O homem na qualidade de destinatário da revelação tem uma atitude a tomar. Este pode-se abrir ou
permanecer indiferente. Mas como a finalidade da revelação é a salvação do homem, no sentido que
é para que o homem tenha acesso a Deus, Deus espera do homem a obediência da fé (Rom 16, 26),
isto é adesão ao projecto divino.
O encontro entre Deus e a pessoa humana acontece no coração e uma vez aberto o coração
professa-se com a boca o que se crê. Paulo atesta: “Acredita-se com o coração e, com a boca,
faz se a profissão de fé” (Rom 10,10). A abertura do coração é manifestada pelo testemunho
público.
Pois a fé não é um acto privado. Porque o encontro com Deus é renovador. Deus comunica-se para
nos introduzir no seu mundo. Esse toque do coração é um acto de graça.
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O que Deus espera do homem perante a sua revelação, ou por outra qual deve ser a atitude do
homem perante a iniciativa salvífica de Deus? Resposta positiva, abertura a Deus, abandonar-se a
ele. É esta resposta positiva que se chama fé.
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3. CONCLUSÃO
Para concluir podemos dizer que A Bíblia fala da revelação de Deus em dois tipos que a teologia
chama de “revelação geral” e “revelação especial”.
O processo da revelação especial de Deus foi longo e progressivo. O escritor de Hebreus explica
que no decorrer do tempo, Deus se manifestou para certas pessoas muitas vezes e de muitas
maneiras (Hebreus 1:1). Conforme a inspiração e a orientação do Espírito Santo, esses episódios em
que Deus se revelou de forma especial foram registados e preservados nas Escrituras – para que
hoje pudéssemos ter acesso a essa revelação especial.
Além disso, a revelação especial alcançou sua maior expressão e completude na encarnação de
Cristo. Isso quer dizer que Deus não se revela mais como se revelou em outros estágios da história
da redenção, porque uma vez que Cristo veio – sendo Ele o resplendor da glória e a expressão exata
do ser de Deus – a revelação de Deus para nós está completa (Hebreus 1:1-3)
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponivel em:
https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s1c2_50-141_po.html