Contribuição Metodológica para Análise Preliminar de Potenciais Áreas para Aterro Sanitário Com Auxílio Do Software QGIS
Contribuição Metodológica para Análise Preliminar de Potenciais Áreas para Aterro Sanitário Com Auxílio Do Software QGIS
Contribuição Metodológica para Análise Preliminar de Potenciais Áreas para Aterro Sanitário Com Auxílio Do Software QGIS
São Paulo
2021
Henrique Pisa Perroni
São Paulo
2021
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO
(CETESB – Biblioteca, SP, Brasil)
© CETESB.
Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345
Pinheiros – SP – Brasil – CEP 05459900
Site: <http://cetesb.sp.gov.br/escolasuperior/producao-tecnico-cientifica/>
Ao professor Jorge Luiz Silva Rocco pela oportunidade em realizar este trabalho de
conclusão de curso sob sua orientação, pelos ensinamentos, apoio e confiança.
Aos meus pais Germano Perroni e Sandra Mara Pisa Perroni, pelo apoio, carinho,
motivação e por acreditarem em mim.
Aos meus tios Julio Cesar e Célia, pelo carinho, apoio e por me acolherem enquanto
estive em Araraquara.
Aos meus tios Ny e Con, pelo carinho, apoio e por me acolherem aos finais de semana
durante o curso.
Aos meus amigos Eduardo Montesi e Ingrid Freitas, pela amizade, apoio, paciência e
motivação.
Aos meus colegas de turma, pela amizade e por proporcionarem momentos incríveis
e de muito aprendizado durante o curso.
A equipe Geowater, por incentivar e contribuir para a realização do presente curso.
Aos funcionários e professores da Escola Superior CETESB, pela dedicação e por
não medirem esforços em auxiliar os estudantes durante a Pós-Graduação.
Ao Jornal Gazeta de Vargem Grande, por colaborar com materiais de seu acervo e
disponibilizar espaço em sua sede, para melhor estudar e analisar os materiais,
contribuindo e muito para o enriquecimento das informações históricas do município.
E a todos os colegas, amigos e familiares que de alguma forma contribuíram para a
realização desse trabalho.
“A vida dá o caminho pro sujeito homem
Então recicle suas ideias, e queira prosperar!
Preserve a natureza, pro seu filho aproveitar
Então erga a mão pro alto, faça a diferença
Esteja sempre em paz com a sua consciência!”
(Charlie Brown Jr. – Inabalavelmente)
RESUMO
The population growth registered in the last decades due to consumerism, urbanization
and lack of environmental planning is leading to the increase of waste products as well
as decreasing the number of adequate waste management areas; thus causing a great
impact on society. In Brazil around 54% of all cities dispose of its urban solid waste in
inadequate areas and 45,2% doesn´t have the PMGIRS – City Plan for Integrated Solid
Waste Management, which is mandatory for the city to have in order to gain access to
Federal resources to be used in activities related to waste management. The
identification of environmental adequate areas to proper dispose of waste has been
one of the major challenges for public administrations and it is also necessary for the
PMGIRS. Therefore, the aim of this thesis is to contribute with the methodology to
enable the development of this study with low costs using only public information that
is available and the opensource geoprocessing software QGIS by small and medium
size cities with limited financial resources or those without the PMGIRS or that
inadequately dispose of its solid waste. It was possible to generate individual maps for
each one of the criteria of the purposed study using the software QGIS and the final
map of all possible areas in which a landfill site could be implemented using the city of
Vargem Grande do Sul with 41.501 inhabitants, in São Paulo, for the study. The
conclusion is that it is possible to carry out this preliminary study in a quick and practical
manner and with a low cost.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15
2 ABORDAGEM DOS ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS...... 20
2.1 ASPECTOS LEGAIS.................................................................................... 20
2.1.1 Áreas de Conservação e Preservação Ambiental.................................... 24
2.1.2 Áreas de Proteção dos Mananciais........................................................... 27
2.1.3 Áreas de Proteção Ocupadas por Populações Tradicionais .................. 28
2.1.4 Áreas de Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE ............................... 29
2.1.5 Áreas de Proteção de Patrimônio ............................................................. 30
1 INTRODUÇÃO
O crescimento populacional registrado nas últimas décadas atrelado ao
consumismo, a expansão urbana e a falta de planejamento ambiental trazem consigo
o aumento na geração de resíduos sólidos e rejeitos1, como também na redução de
áreas adequadas para receber estes materiais, sendo este um dos grandes
transtornos que afetam a sociedade, além da problemática do aumento da quantidade
dos resíduos há também o da diversidade conforme expressado a seguir por Santos
e Silva (2011):
1
“Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”. (BRASIL, 2010b, p. 3).
16
mar ou em quaisquer corpos hídricos; lançamento ‘in natura’ a céu aberto, excetuados
os resíduos de mineração; queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e
equipamentos não licenciados para essa finalidade; e outras formas vedadas pelo
poder público”; além de determinar, os aterros sanitários como forma de disposição
final ambientalmente adequada de rejeitos.
2
No presente estudo não serão abordadas todas as Políticas Públicas listadas, porém, foi necessário
citá-las para trazer a luz esse assunto.
17
3
Lei n.o 16.337/2016 – “Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH e dá providências
correlatas.” (SÃO PAULO, 2016c).
4
O Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos – IQR será abordado no item 3.4.1.
18
De acordo com Lino (2007, p. 2) “o primeiro passo para uma disposição final
adequada inicia-se com a seleção de locais favoráveis para a implantação do aterro
sanitário, do ponto de vista ambiental”. E segundo Calijuri, Lorentz e Melo (2002, p.
232) “a localização do aterro sanitário é um processo de decisão de natureza
multicritério, no qual são considerados diversos atributos e implica na avaliação e
seleção de áreas aptas entre várias alternativas possíveis, com base em alguns
critérios” e deve ser realizado por profissionais habilitados5.
A adequada escolha dessas áreas contribui para a redução dos riscos ao meio
ambiente e à saúde pública, como também, os impactos sociais e financeiros,
conforme corroborado por Marques (2011):
5
Profissional com conhecimento técnico e legal sobre o assunto, e em geoprocessamento; que possua
registro ativo no conselho de classe competente ao seu ramo, sendo estudos ambientais parte de
sua competência. (Entendimento do autor frente a proposta envolvida do trabalho).
19
De acordo com a ABRELPE (2019), em 2018 cerca de 3.001 (três mil e um)
municípios brasileiros não possuíam aterros sanitários como forma de disposição final
de rejeitos e, em 2017 aproximadamente 2.518 (dois mil e quinhentos e dezoito)
municípios ainda não possuíam PMGIRs (BRASIL, 2018b).
6
Nota: Devido a atualização frequente na legislação ambiental, optou-se por restringir o período de
consulta da legislação aprovada até final de dezembro de 2019, devido o estudo já estar em curso.
21
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, corroborando com
os objetivos da PNMA (BRASIL, 1981) e impondo “ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, e para
assegurar a efetividade desse direito”, no § 1o do artigo supracitado foram
estabelecidos os deveres do Poder Público conforme segue:
Além de determinar nos incisos VII e VII de seu art. 3º as formas de destinação
e disposição final ambientalmente adequadas conforme segue:
7
SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente.
8
SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
9
SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
24
10
“Uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais”.
(BRASIL, 2000).
11
De acordo o “Anexo I – Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais
constante na Instrução Normativa IBAMA n.o 6, de 15 de março de 2013, aterro sanitário está incluso
‘Serviços de Utilidade’ Código 17-4”. (IBAMA, 2013).
25
O Novo Código Florestal (BRASIL, 2012a) estabelece as APPs em seu art. 4o,
sendo elas:
• “as áreas no entorno dos lados e lagoas naturais, em faixa com largura mínima
de 30 m (trinta metros) em zonas urbanas, e de 100 m (cem metros) em zonas
rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 ha (vinte hectares) de superfície,
que será de 50 m (cinquenta metros);
• as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na
licença ambiental do empreendimento;
• as áreas dentro do raio de 50 m (cinquenta metros) no entorno das nascentes
e olhos d’água perenes e intermitentes12, qualquer que seja sua situação
topográfica;
• as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a
100% na linha de maior declive;
• as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
• os manguezais, em toda a sua extensão;
• as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 m (cem metros) em projeções horizontais;
12
Inclusão de nascentes intermitentes através da Decisão Final do Supremo Tribunal Federal – STF,
no item 22 b) da “Ação Direta de Inconstitucionalidade” – ADI (4903) publicada em 01 out. 2019.
(BRASIL, 2019e, p. 314).
26
Além das APPs, o Novo Código Florestal (BRASIL, 2012a) traz também como
áreas de conservação, as reservas legais definidas em seu art. 3o, Inciso III, conforme
segue:
• APRM Alto Cotia, criada e definida pela Lei Estadual n.º 16.568, de 10
de novembro de 2017 (São Paulo, 2017).
Art. 231 – São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes,
línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer
respeitar todos os seus bens. (BRASIL, 1988, p. 26).
Em 2006, por meio do Decreto n.o 5.758, de 13 de abril de 2006 (BRASIL, 2006)
foi criado o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas – PNAP, o qual tem como
parte de seus princípios e diretrizes, o “respeito às especificidades e restrições das
categorias de UCs do SNUC, das terras indígenas e das terras ocupadas por
remanescentes das comunidades dos quilombos e assegurar os direitos territoriais
das comunidades quilombolas e dos povos indígenas como instrumento para
conservação da biodiversidade”.
A proposta do ZEE para todo Estado está sendo elaborada pela Coordenadoria
de Planejamento Ambiental – CPLA.
Espeleológico
Em 2004, através da Resolução CONAMA n.º 347, de 10 de setembro de 2004
(CONAMA, 2004) “que dispõe sobre a proteção do patrimônio espeleológico”, define
patrimônio espeleológico em seu art. 2º como:
13
“Área de influência sobre patrimônio espeleológico: área que compreende os elementos bióticos e
abióticos, superficiais e subterrâneos, necessários à manutenção do equilíbrio ecológico e da
integridade física do ambiente cavernícola”. (Art. 2º, Inciso IV, CONAMA, 2004).
14
Paleoameríndio: termo utilizado para designar os primeiros povos que entraram e habitaram, o
continente americano.
32
Em 2012 foi aprovada a Lei Federal n.o 12.725/2012 (BRASIL, 2012b), a qual
“dispõe sobre o controle da fauna nas imediações de aeródromos”, estabelecendo em
seu art. 2º, Inciso V a Área de Segurança Aeroportuária, conforme segue:
Além da Lei n.o 12.725/2012 (BRASIL, 2012b) também temos o “Plano Básico
de Gerenciamento de Risco de Fauna” para os aeródromos nacionais, elaborado pelo
Ministério da Defesa, o qual tem como objetivo investigar e prevenir acidentes
aeronáuticos; sendo sua versão mais recente (até final de 2019) a definida pela
Portaria n.o 741/GC3, de 23 de maio de 2018, a qual aprova a “reedição do Plano de
Comando da Aeronáutica – PCA 3-3/2018 – Plano Básico de Gerenciamento de Risco
de Fauna 2018 (BRASIL, 2018a), e estabelece que todo empreendimento ou atividade
atrativa ou potencialmente atrativa de fauna na ASA de aeródromo brasileiro deverá
receber parecer técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos – CENIPA por ocasião da obtenção ou da renovação de suas licenças.
A Tabela A do Plano estabelece critérios de análise para a emissão de parecer técnico
do CENIPA para o tipo de atividade, e “Aterro Sanitário (com recobrimento diário –
material inerte)” é classificado como atividade de potencial atrativo de fauna “Muito
alto”, podendo ter parecer favorável caso esteja localizado acima de 10 km (dez
quilômetros) de distância de aeródromos”.
XI – caracterização do local;
[...]
• Limites municipais;
• Áreas urbanas e de expansão urbana;
• Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI;
• Rede hídrica;
37
15
Ver os itens 3 e 3.1 do presente trabalho.
38
16
“Aterro sanitário para disposição no solo de RSU, de até no máximo 20 ton./dia”. (ABNT, 2010;
CONAMA, 2008).
39
3 RESÍDUOS SÓLIDOS
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através da NBR
10.004/2004: Classificação - Resíduos Sólidos (ABNT, 2004) define resíduos sólidos
como sendo:
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010b) em seu art. 3º, inciso
XVI define resíduos sólidos como:
3.1 CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o art. 13 da PNRS (BRASIL, 2010b) “os resíduos sólidos são
classificados quanto à origem e à periculosidade”, conforme segue:
I – quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários de varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de
serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas
alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
40
17
Consultar Glossário.
18
Em conformidade com o estabelecido no Parágrafo Único do Art. 13 da PNRS (BRASIL, 2010b).
41
19
No Brasil, “mais de 60% da massa total dos resíduos gerados pela população são classificados como
resíduos orgânicos”. (PIRES; FERRÃO, 2017, p. 1).
42
20
Nota: Apesar dos lixões e aterros controlados terem sido proibidos a nível nacional pela Lei 12.350/10
(BRASIL, 2010), os mesmos foram apresentados no corpo trabalho, pois estas formas inadequadas
de disposição final ainda é a realidade de muitos municípios no Brasil. Portanto, torna-se necessário
uma abordagem sobre o assunto, para uma melhor compreensão sobre os diferentes tipos de
disposição final existentes.
21
Aterro Sanitário Energético, além de ser uma forma de disposição final de resíduos sólidos, é também
considerado um método de tratamento (parcial), devido a captação do biogás para o
reaproveitamento como fonte de energia.
43
Acima do nível original do terreno: "Há dois métodos para essa forma
construtiva (da rampa e da área), os quais consistem na formação de camadas de
RSU compactadas, sobrepostas acima da superfície do terreno, possuindo
geralmente configurações de ‘escada’ ou de ‘tronco de pirâmide’, também conhecidos
como do tipo ‘convencional’”. (CARMO JR., 2012).
44
Fonte: 1 - Aterro de Biguacú – SC. (VIANA, 2015); 2 – Aterro sem identificação. (FEITEP, 2016).
Fonte: 3 - Aterro sem identificação. (VIANA, 2015); 4 - Aterro de Vargem Grande do Sul - SP. Acervo
do Jornal Gazeta de Vargem Grande.
46
Brasil Brasil
Regiões e Brasil - 2018
2000 2017
Disposição Final22 Brasil
n.º
% % N NE CO SE S n.º
municípios %
municípios
Lixão 64 1.640 29 247 844 153 207 42 1.493 27
Aterro Controlado 18 1.742 31 110 496 152 641 109 1.508 27
Aterro Sanitário 14 2.218 40 93 454 162 820 1.040 2.569 46
BRASIL - 5.570 100 450 1.794 467 1.668 1.191 5.570 100
Fonte: Adaptado de (IBGE, 2002 e ABRELPE, 2019).
22
Nota: As informações da coluna “Brasil 2000”, foram arredondamentos dos valores extraídos da
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2000 (IBGE, 2002), com observância de que 5% dos
municípios não informaram a destinação de seus resíduos no relatório.
47
Pode ser observado na Tabela 1, que em 2018, as Regiões Norte (N), Nordeste
(NE), Centro-Oeste (CO), Sudeste (SE) e Sul (S), apresentaram aproximadamente
79%, 75%, 65%, 50% e 13%, respectivamente, de seus municípios com disposição
inadequada, evidenciando que as regiões N, NE e CO são as regiões que mais
carecem, baseando-se apenas neste dado, porém, vale destacar a regiões NE e SE,
são as regiões com maior representatividade em número de municípios, portanto,
apesar da região SE apresentar “apenas” 50% de inadequabilidade, valor este
representado por 848 (oitocentos e quarenta e oito) municípios, o qual supera a soma
das regiões N e CO, portanto, é uma região que também necessita de uma atenção
especial, quanto a necessidade em realizar o estudo de seleção de áreas
ambientalmente adequadas para implantação de aterros sanitários; já a região NE, é
a que se encontra em situação mais precária, por possuir a maior representatividade
em número de municípios - 1.340 (mil trezentos e quarenta), que dispõem os RSU de
forma inadequada.
Pode ser observado na Tabela 2, que em 2018 no Brasil foram gerados 216.629
ton./dia, de RSU, com geração per capita de 1,039 kg/hab/dia, além de ser possível
constatar que a região Sudeste, possui a maior taxa de “lixo” coletado,
aproximadamente (98%), seguida das regiões Sul (95%), Centro-Oeste (94%) e
Norte/Nordeste (81%); como também é exposto que as regiões Sul e Sudeste são as
que menos e mais geram resíduos per capita, respectivamente.
23
De 1997 a 2011, o documento era intitulado como Inventário Estadual de Resíduos Sólidos “Domici-
liares”, a partir de 2012 passou a ser Inventário Estadual de Resíduos Sólidos “Urbanos”.
49
“Condições Inadequadas (I)” para IQR igual ou inferior a 7,0 e “Condições Adequadas
(A)” para IQR igual ou superior a 7,1.
continuação
Ano 2017 2018 2019
n.º n.º n.º
Enquadramento % % %
municípios municípios municípios
Inadequado 25 3,9 28 4,4 29 4,5
Adequado 615 96,1 612 95,6 610 95,5
Total 640 (4) 100,0 640 (5) 100,0 639 (6) 100,0
Nota: (1), (2), (3), (4), (5) e (6), não foram considerados os municípios que dispõem em outros Estados.
(1) Bananal, Igarapava e Ituverava.
(2) Arapeí, Bananal, Igarapava e Ituverava.
(3) Arapeí, Bananal, Igarapava, Ituverava, Ribeira e São José do Barreiro.
(4) Arapeí, Bananal, Igarapava, Buritizal e Casa Branca.
(5) Arapeí, Bananal, Igarapava, Casa Branca e Ribeira.
(6) Arapeí, Bananal, Buritizal, Ribeira, Castilho e Ouroeste.
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de (CETESB, 2019; CETESB, 2020; SIMA/CPLA, 2020).
Índice de Gestão de Resíduos Sólidos – IGR para avaliar a gestão de resíduos sólidos
no Estado, o qual “busca identificar as fragilidades e auxiliar no desenvolvimento de
políticas públicas voltadas à melhoria dessa gestão, tanto para os municípios quanto
para o estado” (SIMA/CPLA, 2020).
(Equação 1)
Onde:
Região Brasil
Informação N NE CO SE S Sem
Sem Sem Sem Sem Sem Total
Total Total Total Total Total Plano
plano plano plano plano plano
n.o
206 450 1.143 1.794 194 467 724 1.668 251 1.191 2.518 5.570
municípios
% 45,78 63,71 41,54 43,41 21,07 45,21
Fonte: Adaptado de (BRASIL, 2018b e ABRELPE, 2019).
4 MÉTODO APLICADO
No presente item será abordado o método aplicado para a seleção de áreas
para aterro sanitário, dissertando sobre os critérios pertinentes a serem analisados,
geoprocessamento e análise aplicada para suporte a decisão.
materiais que compõe o substrato dos terrenos e das principais feições estruturais
(foliação, falhas e fraturas), onde está incluso o tipo e a posição das fronteiras
geológicas” (MELO, 2001, p. 32), sendo estas feições estruturais locais vulneráveis à
contaminação de aquíferos.
A NBR 13.896/1997 (ABNT, 1997) alerta sobre “a importância na identificação
do tipo de solo, visto que é o responsável pela capacidade de depuração e da
velocidade de infiltração”, sendo desejável a existência, no local, de “solos
naturalmente pouco permeáveis como (solos argilosos, argilo-arenosos ou argilo-
siltosos)” (ABNT, 2010), “com coeficiente de permeabilidade24 inferior a 10-6 cm/s e
uma zona não saturada com espessura superior a 1,5 m (um metro e meio)” (ABNT,
1997).
O Termo de Referência Técnico (BRASIL, 2011), chama atenção quanto à
questão locacional, em regiões predominantemente calcárias, conforme pode ser
observado a seguir:
24
“Coeficiente de permeabilidade ou condutividade hidráulica, é um parâmetro que mede a facilidade
de percolação da água em um meio poroso”.
57
c. Fauna e Flora
De acordo com ReCESA (2008. p. 44), “neste estudo, as áreas serão avaliadas
sob o enfoque do meio biológico, destacando-se a existência de espécies indicadores
da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de
extinção, e ainda áreas de preservação ambiental”.
d. Climáticos
De acordo com Melo (2001, p. 33) dados climáticos são “informações sobre o
regime de chuvas e precipitação volumétrica (série histórica), incidência solar,
evaporação e evapotranspiração, umidade do ar, intensidade e direção predominante
dos ventos”. Esses dados são importantes, pois interferem diretamente no volume de
percolado e chorume gerado no aterro, uma maior precipitação, umidade etc., maior
58
Segundo Felicori et al. (2016) para este critério, “as áreas localizadas a uma
distância entre 2.000m (dois mil metros) e 8.000m (oito mil metros) dos núcleos
urbanos são as de melhor aptidão”. “A distância máxima desejável em relação à região
mais populosa da cidade, tendo em vista o custo do transporte dos RSU gerados (em
maior quantidade nessa região), deverá ser sempre que possível inferior a 10km (dez
quilômetros)” (BRASIL, 2011; Felicori et al., 2016).
c. Acessos
Fator de evidente importância, uma vez que são utilizados durante toda vida
útil do aterro, diretamente ligado ao custos operacionais, sendo necessário, portanto,
avaliar a distância entre o(s) centro(s) gerador(es) e o local do aterro, assim como,
qualidade das vias de acesso, para não inviabilizar o empreendimento ao Município,
pois maiores distâncias acarretam em maior gasto com combustível, tempo de
utilização dos equipamentos, etc., e a má condição das vias de acessos, acarretam
em maior desgaste dos equipamentos, consequentemente gastos com reparos, como
também dificuldades em destinar os rejeitos ao aterro em épocas chuvosas. Portanto,
recomenda-se a análise das vias do município, dando preferência às vias que
possibilitem o franco acesso dos veículos coletores à mesma com carga plena, mesmo
na estação chuvosa.
25
Nota: É comumente encontrado na literatura o uso da sigla SIG em inglês (GIS - Geographic Informa-
tion System).
26
Além do GPS, há o GLONASS sistema similar em funcionamento de origem russa, Galileo (da União
Europeia) e o Compass (da China) que está em fase de implantação. (BOSSLE, 2016, p. 24).
64
Segundo Gomes, Gomes e Almeida (2002 apud SCHMIDT, 2016, p. 54) “dentre
as aplicações dos diferentes métodos de MCDA, utilizam como ferramenta a matriz
65
de decisão e são seguidos três passos para o auxílio à decisão, a determinação dos
critérios e alternativas, bem como a atribuição de pesos e síntese dos resultados”.
De acordo com Calijuri (2000 apud CALIJURI, MELO E LORENTZ, 2002) “os
critérios podem ser de 2 (dois) tipos: restrições e fatores”, conforme mostrado abaixo:
27
Um arquivo raster é formado pela união de unidades de resolução chamada pixel. Cada pixel é uma
unidade formada pelo cruzamento entre uma linha e coluna e o conjunto, na imagem assume um
formato tipicamente matricial. (BOSSLE, 2016, p. 26).
66
5 ESTUDO DE CASO
No presente item será apresentado a caracterização do município estudo de
caso, como também a legislação municipal pertinente ao estudo.
28
Nota: A Rod. Estadual (SP 215) no trajeto que passa pelo município de Vargem Grande do Sul, é
também a Rod. Federal (BR 267).
29
Nota: O trajeto da Rod. João Batista de Sousa Andrade (SP 215/ BR 267), percorre Vargem Grande
do Sul, São Roque da Fartura (Distrito de Águas da Prata) e Poços de Caldas-MG.
69
344 (Rod. Dom Tomás Vaquero trajeto “São J. da B. Vista – Vargem G. do Sul” e
Rod. Lourival Lindorio de Faria trajeto “Vargem G. do Sul – São S. da Grama”), além
da estrada Municipal Vargem G. do Sul – Itobi, conforme mostrado na Figura 10.
Aspectos Econômicas
“No intuito de se conhecer os setores econômicos com maior
representatividade no município, em termos de sua estrutura produtiva e o peso
dessa participação no total do Estado, foi realizada uma breve análise comparativa
entre as unidades territoriais, privilegiando a participação dos setores econômicos
no que tange ao Valor Adicionado Setorial30 (VA) na totalidade do Produto Interno
Bruto (PIB), sua participação no Estado e o PIB per capita”, (ENGECORPS;
MAUBERTEC, 2014) conforme pode ser observado no Quadro 7.
30
Valor adicionado do setor: é o valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu
processo produtivo. (SEADE, 2020a).
71
• Emprego e Renda
Nota: “Rendimento Médio do Total: soma dos rendimentos individuais em dezembro de cada ano,
dividida pelo número de empregos formais, exclusive aqueles sem remuneração no mês. O total de
vínculos empregatícios inclui aqueles de setores de atividade econômica ignorados, e pode não
coincidir com a soma dos setores. A soma das variáveis para uma localidade, assim como a soma
dos municípios para uma agregação, pode não coincidir com o total, devido à existência do sigilo”.
Aspectos Sociais
• Saúde
• Ensino
Nota: “Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dos anos iniciais e finais do ensino
fundamental em instituições mantidas e administradas pelo poder público estadual ou municipal. O
IDEB varia em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a
qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações em língua portuguesa
e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo
Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Saeb e da Prova Brasil”.
Pode ser observado no Quadro 11, que em 2010, a taxa de escolarização foi
de 98,8%, com atenção especial nos dados referentes a taxa de analfabetismo (≥ 15
anos), pois esta informação auxilia na identificação do perfil municipal em relação a
educação. O Município, como também a RG de São J. da Boa Vista tiveram uma
taxa de analfabetismo de 5,91%, superior às taxas da RA de Campinas e do Estado.
Com relação ao resultado do IDEB de 2017, pode-se observar que o Município
obteve melhor desempenho no índice, comparado ao Estado, com destaque para o
ensino fundamento (anos iniciais); não houve informações referente ao resultado no
IDEB para as demais unidades territoriais.
Índices
Unidade De abastecimento de água 2018 De esgotamento sanitário 2018 De gerenciamento de
Territorial (%) (%) resíduos 2019
Atendimento Coleta
De Perdas Coleta Tratamento IQR
Urbano (%)
Município 98,80 14,00 88,30 90,00 98,00 7,3
Estado - - - - - 8,8
Fonte: SEADE (2020a), CETESB (2020) e VGS (2020a).
Nota: A Geração Per Capita em 2019 foi obtida através da relação entre a Geração Anual Total e a
população do município neste ano de 41.287 habitantes conforme dados do Portal de Estatísticas do
Estado de São Paulo (SEADE, 2020). O atual aterro recebe resíduos apenas do próprio município.
setecentos toneladas) de resíduos, sendo 3.000 ton. (três mil toneladas) ou 25,6%
desse montante, destinado à coleta seletiva e o restante 9.000 ton. (nove mil
toneladas) disposto no aterro sanitário. A geração per capta do município foi de 0,776
kg/hab./dia, próximo do índice de 0,8 estimado pela CESTESB (2020) para
municípios desse porte, conforme apresentado no Quadro 2.
31
Em 2014, alterou-se o projeto (dimensão das valas), conforme será abordado no quadro 15.
78
Aterro
Sanitário
Lixão
(continuação)
Período Principais Acontecimentos
2013
• Em maio o Jornal Gazeta e a CETESB visitaram o aterro sanitário e o lixão, constatando uma situação
bastante crítica em ambas as áreas, no lixão “desativado” foi flagrado que a Prefeitura continuava a
descartar resíduos de podas e entulhos, além de presença irregular de catadores. No “Aterro Sanitário”
foi constatado lixo descoberto nas trincheiras, presença de urubus e catadores sem equipamentos
necessários etc., sendo destacado pelo técnico da CETESB a falta de cobertura com camada inerte
dos resíduos sólidos urbanos, graves problemas de drenagem e a ausência de impermeabilização
internas (com membrana geotextil de 2,0 mm de espessura de Polietileno de Alta Densidade – PEAD
nas trincheiras já escavadas.
• CETESB caracteriza o novo aterro sanitário como lixão.
• Nos Relatórios de Inspeção da CETESB realizados em 2013 foram constatadas diversas
irregularidades administrativas e operacionais como, presença de lixo descoberto, aves, insetos,
escoamento de lixiviado na superfície do solo e fora da vala de drenagem, esgotamento da capacidade
das valas impermeabilizadas, problemas no sistema de drenagem pluvial etc.
2014
• Nos Relatórios de Inspeção da CETESB realizados em 2014 foram constatadas a reincidência das
2010-2014 irregularidades constatadas no ano anterior, assim como foi apontado um histórico de constatações
de irregularidades operacionais do aterro desde o início de suas atividades como: avanço contínuo da
ocupação de áreas do aterro com a disposição irregular do lixo; entrada cada vez maior de lixo não
autorizado; riscos potenciais de contaminação do solo e das águas subterrâneas; uso irracional dos
recursos de terra e área, podendo acarretar no esgotamento prematura destes; o fato de que as
exigências técnicas estabelecidas na LI, não vêm sendo atendidas; continuidade das más condições
de operação do empreendimento, apesar das diversas oportunidades e solicitações da CETESB para
a regularização dessas condições operacionais, de infraestrutura e de licenciamento do
empreendimento, até então não adequadamente atendidas.
• Multa devido a falta da apresentação de um projeto e recuperação do lixão. Após a notificação a
prefeitura apresentou um projeto.
• Desde o início de funcionamento do aterro sanitário até maio 2014, o aterro possuía seis trincheiras
cheias, sendo duas delas sem qualquer impermeabilização.
• (01/08) Solicitação da Prefeitura à CETESB para alteração de projeto (ampliação das valas)(2) sendo
deferido em (11/09).
• Foi constatado a não operação da coleta seletiva no barracão do aterro sanitário, devido a
precariedade de executar os serviços e a falta de equipamentos.
2015
• O Município é contemplado com o Plano de Saneamento Básico.
• (07/07) Obtenção da Licença de Operação – LO.
• Aterro Sanitário continuou com problemas operacionais, administrativos e de infraestrutura.
2016
• Aterro Sanitário continuou com problemas operacionais, administrativos e de infraestrutura, sendo
constatado também queima de resíduos no local. (ver Figura 83 e Figura 84 no Anexo B).
• (10/05) Estado interdita o “Aterro Sanitário” (de 10/05 até 12/08) (ver Figura 85 no Anexo B).
2017
• Início do ano, foram iniciados os trabalhos de recuperação na área do antigo lixão.
• Aterro Sanitário continuou com problemas operacionais, administrativos e de infraestrutura.
2018
2015-2019
• (13/03) Criação Cooperativa de Reciclagem Grupo Ambiental Cata Vida3.
• Aterro Sanitário continuou com problemas operacionais, administrativos e de infraestrutura.
• Na abertura de novas trincheiras foram encontrados resíduos previamente enterrados sem qualquer
proteção ambiental, sendo constatado os mesmos problemas em diversos pontos do aterro. (ver
Figura 90 no Anexo B).
2019
• Aterro sanitário continuou com problemas operacionais, administrativos e de infraestrutura.
• Após visita in loco ao aterro sanitário foram constatados inexistência do controle de acesso das
pessoas e animais; presença de catadores irregulares no aterro e aves; abandono e depredação do
galpão para reciclagem e do edifício da administração; disposição de resíduos sólidos de forma
inadequada (sem recobrimento e sobre vala com capacidade de projeto esgotada; execução de duas
novas trincheiras já impermeabilizadas.
Nota:
(1)
Por ser um projeto de aterro sanitário de pequeno porte, a apresentação de um RAP foi suficiente para dar continuida-
de ao processo de licenciamento, uma vez que o Plano de Monitoramento de Águas será exigido durante a solicitação da
licença de operação.
(2)
Devido a Prefeitura depender de processo licitatório para construção e adequação das valas para recebimento de
resíduos, e dimensões de projeto das valas estarem com vida útil pequena dificultando assim a adequada operação do
aterro, foi solicitado a ampliação das trincheiras (dobrando sua largura) para uma vida útil maior.
(3)
Informações de registro. O galpão de triagem utilizado pela Cooperativa fica na cidade.
Desde o início das atividades do aterro sanitário até 06/07/2015 foi obtido LOTP.
Durante o período apresentado o município recebeu diversas advertências e autuações referentes as condições do lixão e
aterro sanitário, porém, esses dados não foram objeto de análise.
Fonte: CETESB (2002; 2006); GAZETA (2002; 2006a; 2006b; 2012a; 2012b; 2012c; 2012d; 2012e
2013a; 2013b; 2014a; 2014b; 2014c; 2014d; 2015; 2016; 2017; 2018); SIMIONATO (2010).
81
32
Nota: Não se teve acesso a referência bibliográfica dos autores citados nas descrições das
unidades estratigráficas, através do material consultado.
83
Schneider el al. (1974, apud Perrota el al., 2006b) “propõe para a Formação
Aquidauana uma divisão em três intervalos”, conforme segue:
Segundo Janasi (1999, apud Perrota el al., 2006b) “na Suíte São Pedro de
Caldas os mangeritos são mais félsicos, apresentando uma gradação composicional
até granitos hololeucocráticos, predominando os mangeritos verdes”.
33
Consultar Glossário.
85
Perrota et al. (2006b), fazem uma breve descrição referente a esta unidade
estratigráfica, conforme segue:
De acordo com Ponçano (1981, Perrota el al., 2006b) “a Formação Rio Claro
é constituída, por arenitos, arenitos conglomeráticos, arenitos argilosos e argilitos
intercalados”, “que foram separados por Melo (1995, apud Perrota el al., 2006b), em
quatro fácies, a saber”:
34
A localização da “Bacia Sedimentar do Miocela e Paleogeno” (Fm. Rio Claro) ver Figura 14.
88
A Depressão Periférica Paulista é descrita por Ross (1990, apud Ross; Moroz,
1996), conforme segue:
Penteado (1976 apud Ross; Moroz, 1996, p. 52) descreve que a Depressão
Periférica “é recoberta por densa rede de drenagem”, e “devido às características
próprias de cada grande bacia de drenagem que corta a Depressão, a
morfoescultura Depressão Periférica Paulista está subdividida em: Depressão de
Mogi-Guaçu, do Médio Tietê e do Paranapanema”. (ROSS; MOROZ, 1996).
Sua origem é explicada por Ross (1990, apud Ross; Moroz, 1996)), conforme
pode ser observado a seguir:
35
Não foi possível identificar a referência bibliográfica com esse ano, no material consultado.
90
De acordo com Ross e Moroz (1996) e Rossi (2017) o Planalto do Alto Rio
Grande é representado por morros baixos, com fases de relevo ondulado a forte
ondulado, com altimetria entre 700-800 m e com declividade predominante entre 8-
45%.
36
No Apêndice A, são apresentados os Mapas de textura superficial e profundidade dos solos,
complementares ao Mapa Pedológico.
92
37
Nota: Óxido que contém três átomos de oxigênio.
93
• Pluviosidade e Temperatura
De acordo com as informações disponíveis no Centro Integrado de
Informações Agrometeorológicas – CIIAGRO (CIIAGRO, 2020), referentes a dados
agrometeorológicos, em especial de Pluviosidade e Temperatura no período de
2000-2019, o município apresentou anualmente uma temperatura média de 21,7°C,
com mínimas e máximas médias de 15,6°C e 28,4°C, respectivamente, e
precipitação média de 1.265 mm. No Figura 19, é apresentado a série histórica no
período de 2000 a 2019, da Precipitação e Temperatura, Média Mensal.
38
. Classificação climática de Köppen-Geiger, mais conhecida como climática de Köppen, é o sistema
de classificação global dos tipos climáticos mais utilizada em climatologia.
96
Fonte: Elaborado pelo autor, a partir dos dados fornecido pelo INMET (INMET, 2020).
39
Consultar Glossário.
40
Consultar Glossário.
98
• Pré-Cambriana (Cristalino)
• Tubarão
Devido a Unidade Aquífera Tubarão, ter sua formação rochosa bastante
heterogênea, dificultando assim, na definição de seus parâmetros hidrogeológicos,
conforme corroborado pela CETESB ([20--?a]) conforme segue:
5.1.10 Vegetação
De acordo com a Resolução SMA n.o 146/17 (SMA, 2017b), a qual institui o
Mapa de Biomas do Estado de São Paulo, o Estado é contemplado pelos biomas
Mata Atlântica e Cerrado, possuindo também Zonas de Tensão (ecótono resultante
do contato entre os fronteiriços biomas), e o município de Vargem Grande do Sul
está localizado em uma fase de transição entre os biomas, sendo composto pelo
Bioma Mata Atlântica ao norte, e pela Zona de Tensão ao sul (ver Figura 22).
41
O Instituto Florestal colaborou com o material “Inventário Florestal de 2020 (shapefile)” do município
de Vargem Grande do Sul para a realização do presente trabalho.
100
42
Apesar de ser uma Portaria Federal, por se tratar de uma restrição de uso e ocupação no Município,
optou-se por apresenta-la no presente item.
103
Organização de um banco de
Pré-processamento dados georreferenciado
Reclassificação em classes
temáticas
Análise/Resultado
Nesta etapa, pôde ser verificado quais restrições legais são ou não, incidentes
no município de Vargem Grande do Sul – SP (área de estudo), como por exemplo,
presença no território municipal ou proximidades de áreas de proteção como:
Unidades de Conservação Ambiental, Áreas de Proteção, dos mananciais, ZEEs,
ocupadas por populações tradicionais, de Aeródromos, de Patrimônios Histórico e
Cultural, Espeleológico, Arqueológico, etc.
Ressalta-se que alguns dos materiais obtidos, além de não estarem com o
Datum SIRGAS 2000, também possuíam Sistema de Coordenadas Geográficas, ou
seja, as unidades das informações eram dadas em graus, minutos e segundos,
portanto, foi necessário convertê-los para SIRGAS 2000 (UTM). Na Figura 25 é
apresentado o procedimento realizado para a conversão dos materiais.
106
Sistemas de Coordenadas
SAD 69
Córrego Alegre
Fonte: Elaborado pelo autor.
abrangência dessa unidade aquífera como: Complexo São José do Rio Pardo e
Complexo Varginha-Guaxupé, foram considerados menos aptas.
Notas
Critérios
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Gleissolos Argissolo
Pedologia Neossolos Cambissolo
Área Urbana Latossolos
Depósitos Complexo S. J. do Complexo Fm. Rio Claro
Geologia Fm. Serra Geral
Aluvinares R. Pardo Varginha-Guaxupé Fm. Aquidauana
Distância de recursos
d < 200 m d ≥ 200 m
hídricos superficiais43
Distância de núcleos d ≤ 500 m e 500 m < d ≤ 2.000 m e
2.000 m < d ≤ 8.000 m
urbanos ou populacionais44 d > 10.000 m 8.000 m < d ≤ 10.000 m
Distância de aeródromos d ≤ 10.000 m d > 10.000 m
d ≤ 100 m e 500 m < d ≤ 1.000 m e
Distância de vias45 1.000 m < d ≤ 2.000 m
d > 10.000 m 2.000 m < d ≤ 10.000 m
Declividade i ≤ 1% e i > 30% 20% < i ≤ 30% 10% < i ≤ 20% 1% < i ≤ 10%
Após contatar Marcio Rossi - autor do Mapa de Pedologia (Rossi, 2017a), foi esclarecido que a classe “área urbana” não teve uma representação pedológica
por se tratar de uma área já consolidada, alterada e compactada, descaracterizando sua pedologia, portanto, essa área teve uma classe específica.
43
O autor recomenda atentar-se com relação as Áreas de Preservação Permanente – APP dos cursos d’água na região de estudo, para ser utilizado o valor
mais restritivo, ou seja, a maior distância. Por exemplo, rios com largura ≥ 600 m, possuem uma APP de 500 m (BRASIL, 2012a), portanto, nesse caso,
utilizaria os 500 m
44
A distância de aptidão máxima de núcleos populacionais recomendada por Felicori et al. (2016), foi de no máximo 10.000 m, sendo considerados o intervalo
de 2.000 m a 8.000 m de melhor aptidão, sendo corroborado esta distância máxima pelo Termo de Referência Técnico BRASIL (2011) (ver item “b” 4.1.2 ).
45
Intervalo de distância entre o eixo de rodovias federais e estaduais, recomendado no trabalho de Silva (2011) foi de 100 m a 15.000m, porém, para o
presente trabalho adotou-se um máximo de 10.000 m, também para o eixo de rodovias municipais e estradas, utilizando-se da mesma justificativa da
distância de núcleos populacionais.
113
Fonte: Elaborado pelo autor, com auxílio do software QGIS v.2.14.18 (QGIS, 2020).
46
Para a utilização do Easy AHP é necessário que os arquivos dos Mapas Notas estejam em formato
matricial (raster).
114
Fonte: Elaborado pelo autor, com auxílio do software QGIS v.2.14.18 (QGIS, 2020).47
47
Foi realizado uma adaptação na imagem, para possibilitar a visualização de todos os critérios
calculados.
115
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados remetem aos produtos cartográficos e imagens confeccionadas
em função dos diversos critérios e fatores analisados utilizando técnicas de
geoprocessamento no software livre QGIS.
• Unidades de Conservação
Foi necessário verificar se o município de Vargem Grande do Sul possui
alguma Unidade de Conservação ou se inserido em alguma faixa de proteção de UC,
conforme determinado pela Resolução CONAMA n.º 428/2010 (CONAMA, 2010).
Na Figura 28 são apresentadas as UCs mais próximas ao município, assim
como a faixa de distanciamento mínimo (buffer) de 3.000 m (três mil metros) a partir
do limite municipal.
• Pedologia
Sendo consideradas áreas não aptas (nota 0) e com aptidão ruim (nota 0,2) a
região de abrangência dos Gleissolos e Neossolos, respectivamente. Pelo fato do
primeiro possuir uma característica de região brejosa, e por serem solos com
características no município de serem pouco profundos a rasos, e com textura mais
arenosa. Já os solos que tiveram notas de aptidão satisfatórias: Cambissolo (Nota –
0,6, moderadamente boa), Latossolos e Argissolos (Nota – 1,0, ótima), apresentaram
melhores características em relação a profundidade e textura (mais profundos e com
textura média a argiloso), conforme pode ser observado nas Figura 42 e 43 do
Apêndice A – Mapas Complementares.
• Geologia
Pode ser observado na Figura 34, que para o critério geológico as áreas com
melhor nota de aptidão estão localizadas na região (S-SO) do município, e as menos
aptas na região (N-NE) devido a fragilidade regional, como por exemplo presença de
fraturas, e dos principais mananciais do município.
200 m (duzentos metros) dos corpos hídricos, e adequadas (nota 1) as demais áreas,
conforme pode ser observado na Figura 35.
localizadas na faixa de distância entre 2.000 a 8.000 m (dois mil a oito mil metros),
conforme apresentado na Figura 36.
• Distância de Vias
As áreas aptas ficam na faixa de distância entre 100 a 10.000 m (cem a dez
mil metros) do limite do núcleo urbano principal, sendo as áreas ótimas as
localizadas na faixa de distância entre 1.000 a 2.000 m (mil a dois mil metros),
conforme apresentado na Figura 37.
126
• Declividade (Clinografia)
Pode ser observado na Figura 38, que o município possui um relevo ondulado
a montanhoso na região (N-NE), região esta dos principais mananciais do município,
e um relevo plano na região (CO-SO), onde, segundo esse fator, há uma menor
disponibilidade de áreas aptas para implantação de aterros sanitários,
127
• Risco de Inundação
Pode ser observado na Figura 39 que o município possui poucas áreas com
algum risco de inundação, sendo elas na área urbana central do município, onde
o Rio Verde e os Córregos Santana e Barreirinho se encontram (ver Figura 21),
e na extremidade sul do município, região de influência do Rio Jaguari-Mirim.
128
• Distância de Aeródromos
Pode ser observado na Figura 40 que para este critério, uma considerável
área do território municipal não é adequada para implantação de aterros sanitários,
devido a presença do aeródromo privado Fazenda Campo Vitória localizado no
perímetro urbano.
129
Cabe ressaltar que o fato do aeródromo privado Fazenda Campo Vitória estar
localizado no perímetro urbano do núcleo populacional principal “conflita”
diretamente com os critérios de uso e ocupação – distanciamento de núcleos
populacionais, e operacional – distanciamento de vias, os quais consideram inaptas,
as áreas localizadas acima de 10.000 m (dos núcleos populacionais e vias). Portanto,
o aeródromo em questão, tem um impacto relevante na redução de disponibilidade
de áreas aptas para a implantação de aterros sanitários. Além de que, o atual aterro
sanitário (devidamente licenciado) situa a uma distância inferior a 10 km da malha
urbana (págs. 77-78) / do aeródromo, portanto, caso fosse um novo empreendimento
ao considerar o método apresentado, sua localização não atenderia este critério.
Pode ser observado no Quadro 19, que a área mínima recomendável para a
implantação de um aterro sanitário com vida útil de 15 anos no município de Vargem
Grande do Sul para o ano de 2020 é de 10 ha (dez hectares).
• Mapa Final
Neste item é apresentado o Mapa Final com as áreas aptas para implantação
de aterro sanitário, conforme mostrado na Figura 41, podendo ser observado que
foram identificados 27 (vinte e sete) áreas aptas no município de Vargem Grande do
Sul; sendo elas classificadas com moderadamente boas ou ótimas.
Na Figura 41, pode ser observado que expressiva parcela das áreas aptas
para os critérios analisados, estão presentes na região (N-NE) do município, onde
está presente os principais mananciais do município. Portanto, de forma a preservar
e proteger essa importante região, recomenda-se priorizar as áreas a (S-SO) do
município, de preferência a 23 ou 24, por estarem próximos ao antigo lixão, área já
impactada.
8 CONCLUSÃO
Pode-se concluir que é possível realizar um estudo preliminar de identificação
de áreas ambientalmente adequadas para a implantação de um aterro sanitário a
baixo investimento financeiro e de tempo, apenas com informações e banco de
dados públicos, e com auxílio do software de geoprocessamento livre QGIS.
Ressaltando que as técnicas apresentadas neste trabalho se referem apenas a uma
etapa preliminar de indicação de áreas para a implantação de um aterro sanitário,
sendo necessários estudos posteriores conforme recomendado no item 7.1, para a
escolha final da área.
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GLOSSÁRIO
N A
B
C
LEGENDA
E A – Portão de Acesso e Guarita
B – Administração e Estacionamento
D – Área de Emergência
E – Trincheiras (valas)
Galpão para
reciclagem Administração
Valas
Acesso/Guarita
Bacia de
Infiltração Área de
Emergência
Caixa de
Decantação
LEGENDA
A – Instalação para recebimento
de resíduos perigosos (inativo)
continua
181
continuação