Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico (Lei 11445)
Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico (Lei 11445)
Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico (Lei 11445)
2) Siglas utilizadas:
MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).
CAPÍTULO I
Art. 1o Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política
federal de saneamento básico.
Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes
princípios fundamentais:
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à
proteção do meio ambiente; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo das águas pluviais,
tratamento, limpeza e fiscalização preventiva das redes, adequados à saúde pública, à proteção do
meio ambiente e à segurança da vida e do patrimônio público e privado; (Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
X - controle social;
XII - integração das infraestruturas e dos serviços com a gestão eficiente dos recursos
hídricos; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIII - redução e controle das perdas de água, inclusive na distribuição de água tratada,
estímulo à racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética, ao reúso
de efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva; (Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
XIV - prestação regionalizada dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala e à
garantia da universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos
serviços; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se: (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - gestão associada: associação voluntária entre entes federativos, por meio de consórcio
público ou convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal; (Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
V - (VETADO);
b) unidade regional de saneamento básico: unidade instituída pelos Estados mediante lei
ordinária, constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes, para atender
adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, ou para dar viabilidade econômica e
técnica aos Municípios menos favorecidos; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
VIII - localidades de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e
aldeias, assim definidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE); (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IX - contratos regulares: aqueles que atendem aos dispositivos legais pertinentes à prestação
de serviços públicos de saneamento básico; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
X - núcleo urbano: assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído por
unidades imobiliárias com área inferior à fração mínima de parcelamento prevista no art. 8º da Lei nº
5.868, de 12 de dezembro de 1972, independentemente da propriedade do solo, ainda que situado em
área qualificada ou inscrita como rural; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XI - núcleo urbano informal: aquele clandestino, irregular ou no qual não tenha sido possível
realizar a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à época de sua
implantação ou regularização; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XII - núcleo urbano informal consolidado: aquele de difícil reversão, considerados o tempo da
ocupação, a natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de
equipamentos públicos, entre outras circunstâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo
Distrito Federal; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XVI - sistema condominial: rede coletora de esgoto sanitário, assentada em posição viável no
interior dos lotes ou conjunto de habitações, interligada à rede pública convencional em um único
ponto ou à unidade de tratamento, utilizada onde há dificuldades de execução de redes ou ligações
prediais no sistema convencional de esgotamento; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º ( VETADO).
§ 2º ( VETADO).
§ 3º ( VETADO).
Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário aqueles constituídos por
1 (uma) ou mais das seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
I - coleta, incluída ligação predial, dos esgotos sanitários; (Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
III - tratamento dos esgotos sanitários; e (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de
tratamento coletivas ou individuais de forma ambientalmente adequada, incluídas fossas
sépticas. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) ou outras áreas do perímetro
urbano ocupadas predominantemente por população de baixa renda, o serviço público de
esgotamento sanitário, realizado diretamente pelo titular ou por concessionário, inclui conjuntos
sanitários para as residências e solução para a destinação de efluentes, quando inexistentes,
assegurada compatibilidade com as diretrizes da política municipal de regularização
fundiária. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza urbana, tais como: (Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º-D. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas aqueles
constituídos por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias;
e (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 4o Os recursos hídricos NÃO INTEGRAM os serviços públicos de saneamento básico.
(DPEMA-2009) (MPRS-2012) (MPPR-2016)
Art. 5o NÃO CONSTITUI SERVIÇO PÚBLICO a ação de saneamento executada por meio de
soluções individuais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços, bem
como as ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de
resíduos de responsabilidade do gerador.
Art. 7o Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades:
I - de coleta, de transbordo e de transporte dos resíduos relacionados na alínea “c” do inciso I
do caput do art. 3º desta Lei; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO II
DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE
Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços públicos de saneamento básico: (Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
§ 1º O exercício da titularidade dos serviços de saneamento poderá ser realizado também por
gestão associada, mediante consórcio público ou convênio de cooperação, nos termos do art. 241 da
Constituição Federal, observadas as seguintes disposições: (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º Para os fins desta Lei, as unidades regionais de saneamento básico devem apresentar
sustentabilidade econômico-financeira e contemplar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma) região
metropolitana, facultada a sua integração por titulares dos serviços de saneamento. (Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios poderão formalizar a gestão associada para o exercício de funções relativas aos serviços
públicos de saneamento básico, ficando dispensada, em caso de convênio de cooperação, a
necessidade de autorização legal. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 5º O titular dos serviços públicos de saneamento básico deverá definir a entidade
responsável pela regulação e fiscalização desses serviços, independentemente da modalidade de sua
prestação. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titulares dos serviços públicos de saneamento de interesse
local às estruturas das formas de prestação regionalizada. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 9o O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico,
devendo, para tanto:
I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei, bem como estabelecer metas
e indicadores de desempenho e mecanismos de aferição de resultados, a serem obrigatoriamente
observados na execução dos serviços prestados de forma direta ou por concessão; (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
III - definir os parâmetros a serem adotados para a garantia do atendimento essencial à saúde
pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público,
observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água; (Redação pela Lei nº 14.026,
de 2020)
VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade
reguladora, nas hipóteses e nas condições previstas na legislação e nos contratos. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. No exercício das atividades a que se refere o caput deste artigo, o titular
poderá receber cooperação técnica do respectivo Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
prestadores dos serviços. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 10. A prestação dos serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre
a administração do titular depende da celebração de contrato de concessão, mediante prévia
licitação, nos termos do art. 175 da Constituição Federal, vedada a sua disciplina mediante contrato
de programa, convênio, termo de parceria ou outros instrumentos de natureza
precária. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação dos serviços públicos de saneamento básico
deverão conter, expressamente, sob pena de nulidade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23 da
Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, além das seguintes disposições: (Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
III - metodologia de cálculo de eventual indenização relativa aos bens reversíveis não
amortizados por ocasião da extinção do contrato; e (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - repartição de riscos entre as partes, incluindo os referentes a caso fortuito, força maior,
fato do príncipe e álea econômica extraordinária. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos aditivos e renovações, autorizados nos termos
desta Lei, bem como aqueles provenientes de licitação para prestação ou concessão dos serviços
públicos de saneamento básico, estarão condicionados à comprovação da capacidade econômico-
financeira da contratada, por recursos próprios ou por contratação de dívida, com vistas a viabilizar
a universalização dos serviços na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos termos do § 2º do art.
11-B desta Lei. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 11. SÃO CONDIÇÕES DE VALIDADE dos contratos que tenham por objeto a prestação
de serviços públicos de saneamento básico:
I - a existência de plano de saneamento básico;
(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta: É condição de validade dos contratos que tenham
por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico a existência de plano de
saneamento básico. BL: art. 11, I, Lei 11445.
III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das
diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;
I - a autorização para a contratação dos serviços, indicando os respectivos prazos e a área a ser
atendida;
c) a política de subsídios;
§ 3o Os contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e
de fiscalização ou o acesso às informações sobre os serviços contratados.
§ 4o Na prestação regionalizada, o disposto nos incisos I a IV do caput e nos §§ 1 o e 2o deste
artigo poderá se referir ao conjunto de municípios por ela abrangidos.
Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos serviços públicos de saneamento básico por meio de
contrato, o prestador de serviços poderá, além de realizar licitação e contratação de parceria público-
privada, nos termos da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e desde que haja previsão
contratual ou autorização expressa do titular dos serviços, subdelegar o objeto contratado,
observado, para a referida subdelegação, o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do
contrato. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 6º Para fins de aferição do limite previsto no caput deste artigo, o critério para definição do
valor do contrato do subdelegatário deverá ser o mesmo utilizado para definição do valor do
contrato do prestador do serviço. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 7º Caso o contrato do prestador do serviço não tenha valor de contrato, o faturamento anual
projetado para o subdelegatário não poderá ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamento
anual projetado para o prestador do serviço. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 11-B. Os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão
definir metas de universalização que garantam o atendimento de 99% (noventa e nove por cento) da
população com água potável e de 90% (noventa por cento) da população com coleta e tratamento de
esgotos até 31 de dezembro de 2033, assim como metas quantitativas de não intermitência do
abastecimento, de redução de perdas e de melhoria dos processos de tratamento. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem as metas de que trata o caput deste artigo terão
até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º Contratos firmados por meio de procedimentos licitatórios que possuam metas diversas
daquelas previstas no caput deste artigo, inclusive contratos que tratem, individualmente, de água
ou de esgoto, permanecerão inalterados nos moldes licitados, e o titular do serviço deverá buscar
alternativas para atingir as metas definidas no caput deste artigo, incluídas as
seguintes: (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
I - prestação direta da parcela remanescente; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 6º As metas previstas neste artigo deverão ser observadas no âmbito municipal, quando
exercida a titularidade de maneira independente, ou no âmbito da prestação regionalizada, quando
aplicável. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 7º No caso do não atingimento das metas, nos termos deste artigo, deverá ser iniciado
procedimento administrativo pela agência reguladora com o objetivo de avaliar as ações a serem
adotadas, incluídas medidas sancionatórias, com eventual declaração de caducidade da concessão,
assegurado o direito à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 12. Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais de um prestador
EXECUTE atividade interdependente com outra, a relação entre elas DEVERÁ SER REGULADA
POR CONTRATO e HAVERÁ ENTIDADE ÚNICA encarregada das funções de regulação e de
fiscalização. (TJRJ-2019)
II - as normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por
serviços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
III - a garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes prestadores dos
serviços;
§ 2o O contrato a ser celebrado entre os prestadores de serviços a que se refere o caput deste
artigo deverá conter cláusulas que estabeleçam pelo menos:
V - as regras para a fixação, o reajuste e a revisão das taxas, tarifas e outros preços públicos
aplicáveis ao contrato;
Parágrafo único. Os recursos dos fundos a que se refere o caput deste artigo poderão ser
utilizados como fontes ou garantias em operações de crédito para financiamento dos investimentos
necessários à universalização dos serviços públicos de saneamento básico.
CAPÍTULO III
I - por órgão ou entidade de ente da Federação a que o titular tenha delegado o exercício
dessas competências por meio de convênio de cooperação entre entes da Federação, obedecido o
disposto no art. 241 da Constituição Federal; (TJRJ-2019)
II - por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos serviços.
Parágrafo único. No exercício das atividades de planejamento dos serviços a que se refere o
caput deste artigo, o titular poderá receber cooperação técnica do respectivo Estado e basear-se em
estudos fornecidos pelos prestadores. (PGM-Várzea Paulista/SP-2016)
Art. 16. A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico poderá ser
realizada por:
Art. 17. O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano regional de
saneamento básico elaborado para o conjunto de Municípios atendidos. (Redação pela Lei nº 14.026,
de 2020)
§ 4º O plano regional de saneamento básico poderá ser elaborado com suporte de órgãos e
entidades das administrações públicas federal, estaduais e municipais, além de prestadores de
serviço. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 18. Os prestadores que atuem em mais de um Município ou região ou que prestem
serviços públicos de saneamento básico diferentes em um mesmo Município ou região MANTERÃO
SISTEMA CONTÁBIL que permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de
cada serviço em cada um dos Municípios ou regiões atendidas e, se for o caso, no Distrito
Federal. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020) (TJRJ-2019)
Parágrafo único. Nos casos em que os contratos previstos no caput deste artigo se encerrarem
após o prazo fixado no contrato de programa da empresa estatal ou de capital misto contratante, por
vencimento ordinário ou caducidade, o ente federativo controlador da empresa delegatária da
prestação de serviços públicos de saneamento básico, por ocasião da assinatura do contrato de
parceria público-privada ou de subdelegação, deverá assumir esses contratos, mantidos iguais
prazos e condições perante o licitante vencedor. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos de saneamento básico deve disponibilizar
infraestrutura de rede até os respectivos pontos de conexão necessários à implantação dos serviços
nas edificações e nas unidades imobiliárias decorrentes de incorporação imobiliária e de
parcelamento de solo urbano. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. A agência reguladora instituirá regras para que empreendedores imobiliários
façam investimentos em redes de água e esgoto, identificando as situações nas quais os
investimentos representam antecipação de atendimento obrigatório do operador local, fazendo jus ao
ressarcimento futuro por parte da concessionária, por critérios de avaliação regulatórios, e aquelas
nas quais os investimentos configuram-se como de interesse restrito do empreendedor imobiliário,
situação na qual não fará jus ao ressarcimento. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO
Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá
ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo:
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo
compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos,
identificando possíveis fontes de financiamento;
§ 1º Os planos de saneamento básico serão aprovados por atos dos titulares e poderão ser
elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas
pelos respectivos titulares.
§ 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias
hidrográficas e com planos diretores dos Municípios em que estiverem inseridos, ou com os planos
de desenvolvimento urbano integrado das unidades regionais por eles abrangidas. (Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 4º Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a
10 (dez) anos. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 5o Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos
estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.
§ 7o Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem ser
editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.
§ 8o Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o
território do ente da Federação que o elaborou.
§ 9º Os Municípios com população inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar
planos simplificados, com menor nível de detalhamento dos aspectos previstos nos incisos I a V
do caput deste artigo. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO V
DA REGULAÇÃO
Art. 21. A função de regulação, desempenhada por entidade de natureza autárquica dotada de
independência decisória e autonomia administrativa, orçamentária e financeira, atenderá aos
princípios de transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos
integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; e (Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação,
reajuste e revisão;
XII – (VETADO).
XIV - diretrizes para a redução progressiva e controle das perdas de água. (Incluído pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º-A. Nos casos em que o titular optar por aderir a uma agência reguladora em outro Estado
da Federação, deverá ser considerada a relação de agências reguladoras de que trata o art. 4º-B da Lei
nº 9.984, de 17 de julho de 2000, e essa opção só poderá ocorrer nos casos em que: (Incluído pela
Lei nº 14.026, de 2020)
I - não exista no Estado do titular agência reguladora constituída que tenha aderido às normas
de referência da ANA; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - seja dada prioridade, entre as agências reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à
localidade do titular; e (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - haja anuência da agência reguladora escolhida, que poderá cobrar uma taxa de regulação
diferenciada, de acordo com a distância de seu Estado. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º-B. Selecionada a agência reguladora mediante contrato de prestação de serviços, ela não
poderá ser alterada até o encerramento contratual, salvo se deixar de adotar as normas de referência
da ANA ou se estabelecido de acordo com o prestador de serviços. (Incluído pela Lei nº 14.026,
de 2020)
§ 2o As normas a que se refere o caput deste artigo fixarão prazo para os prestadores de
serviços comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de queixas ou de reclamações
relativas aos serviços.
Art. 24. Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços, os titulares
poderão adotar os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de
abrangência da associação ou da prestação.
§ 1o Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo aquelas
produzidas por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e
equipamentos específicos.
Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referência para a regulação da prestação dos serviços
públicos de saneamento básico por seus titulares e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras,
observada a legislação federal pertinente. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 26. Deverá ser assegurado publicidade aos relatórios, estudos, decisões e instrumentos
equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e
deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente
da existência de interesse direto.
§ 2o A publicidade a que se refere o caput deste artigo deverá se efetivar, preferencialmente,
por meio de sítio mantido na rede mundial de computadores - internet.
Art. 27. É assegurado aos usuários de serviços públicos de saneamento básico, na forma das
normas legais, regulamentares e contratuais:
II - prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar
sujeitos;
CAPÍTULO VI
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros preços
públicos, conforme o regime de prestação do serviço ou das suas atividades; e (Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
III - de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas,
ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou das
suas atividades. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1o Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das tarifas,
preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as seguintes diretrizes:
III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o
cumprimento das metas e objetivos do serviço;
VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos
de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;
§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários que não tenham
capacidade de pagamento suficiente para cobrir o custo integral dos serviços. (Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
Art. 30. Observado o disposto no art. 29 desta Lei, a estrutura de remuneração e de cobrança
dos serviços públicos de saneamento básico CONSIDERARÁ os seguintes fatores: (Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
Arts. 32 a 34 (VETADOS).
II - as características dos lotes e as áreas que podem ser neles edificadas; (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º A não proposição de instrumento de cobrança pelo titular do serviço nos termos deste
artigo, no prazo de 12 (doze) meses de vigência desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá a
comprovação de atendimento, pelo titular do serviço, do disposto no art. 14 da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000, observadas as penalidades constantes da referida legislação no caso de
eventual descumprimento. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais de impermeabilização e a
existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção de água de chuva, bem como poderá
considerar:
II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.
Art. 37. Os reajustes de tarifas de serviços públicos de saneamento básico serão realizados
observando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legais,
regulamentares e contratuais.
Art. 38. As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da prestação dos
serviços e das tarifas praticadas e poderão ser:
§ 1o As revisões tarifárias terão suas pautas definidas pelas respectivas entidades reguladoras,
ouvidos os titulares, os usuários e os prestadores dos serviços.
§ 2o Poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores
de produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços.
§ 3o Os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras
empresas do setor.
§ 4o A entidade de regulação poderá autorizar o prestador de serviços a repassar aos usuários
custos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos termos da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
Art. 39. As tarifas serão fixadas de forma clara e objetiva, devendo os reajustes e as revisões
serem tornados públicos com antecedência mínima de 30 (trinta) dias com relação à sua aplicação.
(MPGO-2019)
Parágrafo único. A fatura a ser entregue ao usuário final deverá obedecer a modelo
estabelecido pela entidade reguladora, que definirá os itens e custos que deverão estar explicitados.
Art. 40. Os serviços poderão ser interrompidos pelo prestador nas seguintes hipóteses:
§ 2o A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V do caput deste artigo será precedida
de prévio aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a suspensão.
(MPBA-2015): Com esteio na Lei 11.445/07, que estabelece as diretrizes nacionais para o
saneamento básico, a interrupção ou a restrição do fornecimento de água por inadimplência a:
estabelecimentos de saúde; instituições educacionais e de internação coletiva de pessoas; e usuário
residencial de baixa renda beneficiário de tarifa social deverá obedecer a prazos e critérios que
preservem condições mínimas de manutenção da saúde das pessoas atingidas. BL: art. 40, §3º da
Lei.
Art. 41. Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários poderão negociar suas
tarifas com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o regulador.
Art. 42. Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores constituirão créditos
perante o titular, a serem recuperados mediante a exploração dos serviços, nos termos das normas
regulamentares e contratuais e, quando for o caso, observada a legislação pertinente às sociedades
por ações.
§ 1o Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus para o prestador,
tais como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos
imobiliários e os provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias.
§ 2o Os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os respectivos saldos
serão anualmente auditados e certificados pela entidade reguladora.
§ 4o (VETADO).
CAPÍTULO VII
Art. 43. A prestação dos serviços atenderá a requisitos mínimos de qualidade, incluindo a
regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos
usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas
regulamentares e contratuais.
§ 2o A autoridade ambiental competente estabelecerá metas progressivas para que a qualidade
dos efluentes de unidades de tratamento de esgotos sanitários atenda aos padrões das classes dos
corpos hídricos em que forem lançados, a partir dos níveis presentes de tratamento e considerando a
capacidade de pagamento das populações e usuários envolvidos.
§ 10. A conexão de edificações situadas em núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo
urbano informal consolidado observará o disposto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de
2017. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 11. As edificações para uso não residencial ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964, poderão utilizarse de fontes e métodos alternativos de abastecimento de água,
incluindo águas subterrâneas, de reúso ou pluviais, desde que autorizados pelo órgão gestor
competente e que promovam o pagamento pelo uso de recursos hídricos, quando
devido. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 12. Para a satisfação das condições descritas no § 11 deste artigo, os usuários deverão
instalar medidor para contabilizar o seu consumo e deverão arcar apenas com o pagamento pelo uso
da rede de coleta e tratamento de esgoto na quantidade equivalente ao volume de água
captado. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 46. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à
adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador
poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais
decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.
Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos mecanismos a que se refere o caput deste artigo,
a ANA poderá recomendar, independentemente da dominialidade dos corpos hídricos que formem
determinada bacia hidrográfica, a restrição ou a interrupção do uso de recursos hídricos e a
prioridade do uso para o consumo humano e para a dessedentação de animais. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não
poderá ser também alimentada por outras fontes. (MPSC-2013)
Art. 46. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à
adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador
poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais
decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.
CAPÍTULO VIII
Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir a
participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, nacional, estaduais, distrital e municipais,
em especial o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de
1997, assegurada a representação: (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1o As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere o caput deste artigo
poderão ser exercidas por órgãos colegiados já existentes, com as devidas adaptações das leis que os
criaram.
§ 2o No caso da União, a participação a que se refere o caput deste artigo será exercida nos
termos da Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, alterada pela Lei no 10.683, de 28 de
maio de 2003.
CAPÍTULO IX
VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da
utilização de soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais
peculiares; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XII - redução progressiva e controle das perdas de água, inclusive na distribuição da água
tratada, estímulo à racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética,
ao reúso de efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva, em conformidade com as
demais normas ambientais e de saúde pública; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIII - estímulo ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de equipamentos e métodos
economizadores de água; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIV - promoção da segurança jurídica e da redução dos riscos regulatórios, com vistas a
estimular investimentos públicos e privados; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XVII - prioridade para planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação
dos serviços e das ações de saneamento básico integrado, nos termos desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 14.026, de 2020)
II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos serviços
e das ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda, incluídos os
núcleos urbanos informais consolidados, quando não se encontrarem em situação de
risco; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e outras
populações tradicionais, com soluções compatíveis com suas características socioculturais;
V - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se
segundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-custo
e de maior retorno social;
XIV - promover a regionalização dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala, por
meio do apoio à formação dos blocos de referência e à obtenção da sustentabilidade econômica
financeira do bloco; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, programas e projetos que visem à implantação e à
ampliação dos serviços e das ações de saneamento integrado, nos termos desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 50. A alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União
ou com recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União serão feitos em
conformidade com as diretrizes e objetivos estabelecidos nos arts. 48 e 49 desta Lei e com os planos
de saneamento básico e condicionados:
III - à observância das normas de referência para a regulação da prestação dos serviços
públicos de saneamento básico expedidas pela ANA; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
VI - à regularidade da operação a ser financiada, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º
desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 4o Os recursos não onerosos da União, para subvenção de ações de saneamento básico
promovidas pelos demais entes da Federação, serão sempre transferidos para Municípios, o Distrito
Federal ou Estados.
§ 6o A exigência prevista na alínea a do inciso I do caput deste artigo não se aplica à
destinação de recursos para programas de desenvolvimento institucional do operador de serviços
públicos de saneamento básico.
§ 7o (VETADO).
§ 10. O disposto no inciso III do caput deste artigo não se aplica às ações de saneamento básico
em: (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 11. A União poderá criar cursos de capacitação técnica dos gestores públicos municipais, em
consórcio ou não com os Estados, para a elaboração e implementação dos planos de saneamento
básico. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 51. O processo de elaboração e revisão dos planos de saneamento básico deverá prever
sua divulgação em conjunto com os estudos que os fundamentarem, o recebimento de sugestões e
críticas por meio de consulta ou audiência pública e, quando previsto na legislação do titular, análise
e opinião por órgão colegiado criado nos termos do art. 47 desta Lei.
Parágrafo único. A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos
que as fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os
interessados, inclusive por meio da internet e por audiência pública.
IV - contemplar ações específicas de segurança hídrica; e (Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 2o Os planos de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo devem ser elaborados com
horizonte de 20 (vinte) anos, avaliados anualmente e revisados a cada 4 (quatro) anos,
preferencialmente em períodos coincidentes com os de vigência dos planos plurianuais.
Art. 53. Fica instituído o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico - SINISA,
com os objetivos de:
§ 1º As informações do Sinisa são públicas, gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publicadas
na internet, em formato de dados abertos. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que,
sob a presidência do Ministério do Desenvolvimento Regional, tem a finalidade de assegurar a
implementação da política federal de saneamento básico e de articular a atuação dos órgãos e das
entidades federais na alocação de recursos financeiros em ações de saneamento
básico. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - garantir a racionalidade da aplicação dos recursos federais no setor de saneamento básico,
com vistas à universalização dos serviços e à ampliação dos investimentos públicos e privados no
setor; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53-D. Fica estabelecida como política federal de saneamento básico a execução de obras
de infraestrutura básica de esgotamento sanitário e abastecimento de água potável em núcleos
urbanos formais, informais e informais consolidados, passíveis de serem objeto de Regularização
Fundiária Urbana (Reurb), nos termos da Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, salvo aqueles que se
encontrarem em situação de risco. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 54. (VETADO).
Art. 54-B. É beneficiária do Reisb a pessoa jurídica que realize investimentos voltados para a
sustentabilidade e para a eficiência dos sistemas de saneamento básico e em acordo com o Plano
Nacional de Saneamento Básico. (Incluído pela Lei nº 13.329. de 2016) (Produção de efeito)
§ 3o Não se poderão beneficiar do Reisb as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte - Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006, e as pessoas jurídicas de que tratam o inciso II do art. 8o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de
2002, e o inciso II do art. 10 da Lei n o 10.833, de 29 de dezembro de 2003 . (Incluído pela Lei nº
13.329. de 2016) (Produção de efeito)
Art. 54-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.329. de 2016) (Produção de efeito)
Art. 55. O § 5o do art. 2o da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com a
seguinte redação: (Vigência)
............................................................................................. ” (NR)
Art. 57. O inciso XXVII do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a
vigorar com a seguinte redação: (Vigência)
................................................................................................... ” (NR)
Art. 58. O art. 42 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, passa a vigorar com a seguinte
redação: (Vigência)
§ 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de outorga, o serviço poderá ser prestado por
órgão ou entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo contrato.
.........................................................................................................
§ 3º As concessões a que se refere o § 2 o deste artigo, inclusive as que não possuam instrumento que
as formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxima até o dia 31
de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas,
cumulativamente, as seguintes condições:
I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos elementos físicos constituintes da infra-
estrutura de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à prestação dos
serviços, em dimensão necessária e suficiente para a realização do cálculo de eventual indenização
relativa aos investimentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da concessão,
observadas as disposições legais e contratuais que regulavam a prestação do serviço ou a ela
aplicáveis nos 20 (vinte) anos anteriores ao da publicação desta Lei;
III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autoridade do poder concedente, autorizando a
prestação precária dos serviços por prazo de até 6 (seis) meses, renovável até 31 de dezembro de
2008, mediante comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II deste parágrafo.
§ 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do § 3 o deste artigo, o cálculo da indenização de
investimentos será feito com base nos critérios previstos no instrumento de concessão antes
celebrado ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor econômico ou reavaliação patrimonial,
depreciação e amortização de ativos imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das sociedades
por ações, efetuada por empresa de auditoria independente escolhida de comum acordo pelas partes.
§ 5o No caso do § 4 o deste artigo, o pagamento de eventual indenização será realizado, mediante
garantia real, por meio de 4 (quatro) parcelas anuais, iguais e sucessivas, da parte ainda não
amortizada de investimentos e de outras indenizações relacionadas à prestação dos serviços,
realizados com capital próprio do concessionário ou de seu controlador, ou originários de operações
de financiamento, ou obtidos mediante emissão de ações, debêntures e outros títulos mobiliários,
com a primeira parcela paga até o último dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a reversão.
§ 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o § 5 o deste artigo ser paga mediante
receitas de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do serviço.” (NR)