Do Eros Ao Ágape Amor Sexual e Transcendência em Rollo May
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RESUMO
O presente artigo científico se propõe a resgatar para a comunidade acadêmica de língua
portuguesa a contribuição do teólogo, psicanalista e psicólogo Rollo Reece May (1909-1994) à
Psicologia Existencial, quanto ao debate em torno da interface entre amor e sexo sob o ângulo da
autorrealização do ser. Debruça-se sobre o entendimento de May de que o amor sexual maduro
propicia o êxtase amoroso como ápice da criatividade humana e da união entre duas pessoas, em
que as identidades de ambos se fundem e, após, cada identidade é fortalecida pelo efeito dessa
fusão momentânea e se produz um efeito transformador nos parceiros, sob a óptica do
desenvolvimento pessoal, por intermédio do exercício constante da doação e da entrega, do
erotismo matizado com a empatia e a compaixão. Versa-se também sobre as críticas do
renomado terapeuta existencial à mentalidade e tendência comportamental nos Estados Unidos
do século XX de separar a vivência amorosa da experiência sexual, distanciar a prática sexual da
vida íntima e separar as esferas da sexualidade e dos valores pessoais e morais. Ao mesmo
tempo, estabelece-se o diálogo de May com outros expoentes do movimento humanista e
existencial nas Ciências Psicológicas e com obras de destaque na literatura brasileira de
temáticas espirituais, notadamente as que concernem à Psicologia Espírita de Joanna de Ângelis.
ABSTRACT
This article proposes to revive in the Portuguese-speaking academic community the contributions
of the theologist, psychoanalyst and psychologist Rollo Reece May (1909-1994) to Existential
Psychology, with respect to the debate revolving around the interface between love and sex from
the standpoint of one’s self-realization. It analyzes May’s idea that mature sexual love leads to
_______________________
1
Artigo escrito em 2019, uma homenagem ao aniversário, no referido ano, de 110 anos de nascimento de Rollo May.
Registro minha gratidão à minha ex-esposa, Fernanda Leite Bião, por haver semeado em mim o campo de abertura
para o plural universo do humanismo, do existencialismo e da fenomenologia na seara das Psicologias e no plano da
(con)vivência.
* Hidemberg Alves da Frota – Agente Técnico-Jurídico do Ministério Público do Estado do Amazonas. Pós-Graduado
(Especialista) em Direito Público: Direito Constitucional e Direito Administrativo pelo Centro Universitário de Ensino
Superior do Amazonas (CIESA). Pós-Graduado (Especialista) em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais (PUC Minas). Pós-Graduado (Especialista) em Psicologia Existencial, Humanista e Fenomenológica
pela Faculdade Dom Alberto (FAD). [email protected]
romantic ecstasy as the apex of human creativity and the union between to people whereby the
identities of both of these people merge and their individual identity is strengthened. This produces
in them a transformational effect, from a personal development perspective, through constant
giving and sharing, through eroticism imbued with empathy and with compassion. The article
discusses also May’s criticism of the mentality and tendency seen in the 20th- century United
States towards the separation of love and sex, the division of sex and intimacy, and the schism
between sexuality and personal and moral values. At the same time, a dialogue is
established between May and other exponents of the humanist and existential movement in the
Psychological Sciences, and with prominent works in the Brazilian literature of spiritual themes,
especially those concerning Joanna de Ângelis Spiritist Psychology.
Keywords: Rollo May; matured sex; romantic ecstasy, relationships of transcendence; impersonal
and desensitized sex, Existential Psychology; spirituality; Joanna de Ângelis.
em conta (5) “o sentido fático e lançado em humanista de forma geral, confira-se o ensaio
que a existência sempre se encontra” The History of Existential – Humanistic and
(FEIJOO; MATTAR, 2016, p. 270, 272). Existential – Integrative Therapy, escrito por
Na Psicologia Fenomenológico- Hoffman, Serlin e Rubin, que corresponde ao
Existencial, de largo desenvolvimento na Capítulo 13 da obra colegiada The Wiley
Europa continental, despontam Ludwig World Handbook of Existential Therapy,
Binswanger (1881-1966), Eugène Minkowski publicada nos EUA no final do 1.º semestre
(1885-1972), Medard Boss (1903-1990) e de 2019 (HOFFMAN; SERLIN; RUBIN, 2019,
Viktor Emil Klemens Franz Freiherr von p. 235).
Gebsattel (1883-1976) (DEURZEN; ADAMS,
2016, p. 16-20; FEIJOO; MATTAR, 2016, p. 2. AS DIMENSÕES FISIOLÓGICA E
270; SHAPIRO, 2016, p. 27). TRANSCENDENTAL DO ATO SEXUAL
Em que pese a distinção contemporânea
entre a feição americana da Psicologia Em “Liberdade e Destino”, obra publicada
Existencial e a Psicologia Fenomenológico- originalmente em 1981, sob o título Freedom
Existencial, May, Ernest Angel e Henri F. and Destiny, May dedica o oitavo capítulo à
Ellenberger dedicaram a antologia Existence: indagação: “Sexo sem intimidade é
A New Dimension in Psychiatry and liberdade?” (MAY, 1987, p. 185).
Psychology, de1958, a Minkowski e May destaca que, do ponto fisiológico, o
Binswanger, que participaram de tal obra ato sexual em que dois corpos se fundem
colegiada com ensaios traduzidos para a consiste no mais íntimo de todos os
língua inglesa, a qual representa divisor de relacionamentos humanos, uma vez que
águas na literatura anglófona de Psicologia, essa expressão da sexualidade significa unir
pelo pioneirismo de demarcar constructos as partes físicas mais sensíveis de cada
teóricos que distinguem a psicoterapia pessoa em um nível de intimidade superior
existencial do paradigma psicanalítico ao que se experimenta com qualquer outra
(DEURZEN; ADAMS, 2016, p. 17; SHAPIRO, parte do corpo humano, de tal maneira que o
2016, p. 32). sexo consubstancia, nesse contexto, o
Na obra póstuma, The Psychology of caminho supremo por meio do qual o ser
Existence: An Integrative, Clinical humano se torna parte de outrem, a ponto de
Perspective, publicada em 1995, May, o(a) parceiro(a) sentir a pulsação do coração
juntamente com Schneider (continuou a da outra pessoa como se estivesse sentindo
organização da obra colegiada após May o pulsar do seu próprio coração (MAY, 1987,
adoecer, no inverno de 1992), almejando p. 189).
romper a polarização entre o Humanismo Essa dimensão fisiológica se conjuga com
Existencialista e a Psicanálise Existencial, a dimensão transcendental, invocada por
propõem a Psicologia Existencial Integrativa May, quase trinta anos antes de publicar
como uma confluência de disciplinas “Liberdade e Destino”, isto é, em 1953, na
artísticas, filosóficas e clínicas que obra “O Homem à Procura de Si Mesmo”
empregam o método fenomenológico para (Man´s Search for Himself), em que
compreender a existência humana acentuara o potencial de a experiência sexual
(SCHNEIDER, 1995, p. 1-8). deflagrar êxtase amoroso que, tão intenso
Na atualidade, a Psicologia Existencial quanto o êxtase criativo, proporcionaria o
norte-americana é mais conhecida, nos ápice da realização do Self nas
Estados Unidos, como Psicologia Existencial- circunstâncias em que o casal transcenderia,
Humanista, por influência do pensamento de temporariamente, a barreira entre as suas
Bugental, ao mesmo tempo que Schneider identidades, dando-se e se encontrando no
continua a se sobressair na divulgação, mesmo instante (MAY, 2011, p. 225-226).
atuação profissional e produção intelectual na
vertente da Psicologia Existencial Integrativa 3. ÊXTASE NO AMOR SEXUAL E
(HOFFMAN; SERLIN; RUBIN, 2019, p. 235, TRANSCENDÊNCIA
243).
Sobre os ciclos pelos quais atravessou a Essas descrições do êxtase no amor
escola americana da Psicologia Existencial, sexual são coerentes com a definição geral
os atuais desdobramentos da Psicologia de êxtase dada por May em “A Coragem de
Existencial Integrativa e o estado Criar” (The Courage to Create, obra
contemporâneo do movimento existencial- originalmente publicada em 1975), ao defini-
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lo como “o estado no qual a dicotomia entre a última chamada de amor” (FRANKL, 2014, p.
experiência subjetiva e a realidade objetiva é 136, grifo nosso).
superada” (MAY, 1982, p. 93). Na literatura espírita, atribui-se ao espírito
Dez anos depois de “A Coragem de Criar”, André Luiz, em psicografia ditada aos
em 1985, em “Minha Busca da Beleza” (My médiuns mineiros, Francisco Cândido Xavier
Quest for Beauty), May afirmaria que o e Waldo Vieira, a compreensão de que, no
êxtase é autotranscendente, porque “dá à atual estágio de evolução da humanidade, o
pessoa a experiência de ir além, ou de relacionamento afetivo-sexual monogâmico
absorver o eu velho, e um eu novo, ou, mais entre pessoas afins constitui o meio pelo qual
exatamente, um eu ampliado toma o lugar do o instinto sexual alcança a “alegria completa”,
eu velho” (MAY, 1992, p. 203). a ocasionar a “compensação de força igual,
Ainda em “A Coragem de Criar”, May na escala das vibrações magnéticas”
considera o ato sexual como um processo (ANDRÉ LUIZ, 2015, p. 146, grifo nosso).
importante de conhecimento recíproco, em Ressalta-se que o relacionamento afetivo
que duas pessoas, durante o intercurso sexual monogâmico baseado em laços de
sexual, encontram-se uma com a outra para afinidade consiste no ambiente em que se
depois se afastarem parcialmente e, em realiza “a união ideal do raciocínio e do
seguida, encontrarem-se mais uma vez, sentimento”, por meio da “perfeita associação
“experimentando todos os aspectos do dos recursos ativos e passivos”, ante a
conhecimento e do não conhecimento, para “constituição do binário de forças”, por
de novo se conhecerem”, isto é, o “homem se intermédio das quais vêm à tona “não apenas
une à mulher e a mulher ao homem, e o formas físicas para a encarnação de outras
afastamento parcial se efetua através da almas na Terra”, como também “as grandes
experiência de satisfação mútua”, em uma obras do coração e da inteligência” (ANDRÉ
“experiência repetida de encontro e LUIZ, 2015, p. 146, grifos nossos).
reencontro”, que constitui “a intimidade
suprema de dois seres no encontro mais rico 4. IDENTIDADE PESSOAL E RELACI-
e mais completo” e “a mais alta forma de ONAMENTOS DE TRANSCENDÊNCIA
criatividade, no sentido de que pode gerar um
novo ser” (MAY, 1982, p. 87-88). Paradoxalmente, esse mesmo ato
Dezesseis anos antes, em 1969, em amoroso e sexual que suplanta, em um
“Amor e Vontade: Eros e Repressão” (Love átimo, o sentido de identidade individual
and Will), May se antecipava ao que pode, no longo prazo, “proporcionar um
escreveria nos anos 1970 e 1980, ao então já caminho sólido e significativo ao sentimento
divisar o êxtase amoroso como uma conexão de identidade pessoal”, exemplificado pela
arrebatadora não apenas entre os parceiros, renovada vitalidade oriunda do ato sexual
mas também entre o casal e a natureza em amoroso, quando do enlace sexual surge “um
um sentido cósmico, em que se vivencia uma novo campo de força magnética, um novo
consciência expandida para além do eu (a ser”, em referência não só à descendência
consciência de si próprio cede passo a uma biológica do casal, como também ao
consciência maior), ou seja, no clímax da “nascimento de um outro aspecto da própria
conjunção sexual, se fruto de um ato pessoa” (MAY, 1992, p. 348-349, grifos
amoroso, a sensação de isolamento e nossos).
separação pode desaparecer, em um breve Tais reflexões de May igualmente
intervalo de tempo, “apagada por um recordam o que seria posteriormente
sentimento de união cósmica com a pontuado no livro-texto intitulado Existential
natureza”, como “parte normal da Counselling & Psychotherapy in Practice,
momentânea perda da consciência de si escrito por Emmy van Deurzen (primeira
mesmo e do aparecimento de um súbito edição de1988, atualmente na terceira
consciente, que inclui a terra” (MAY, 1992, p. edição, de 2012), pioneira na difusão da
351, grifos nossos). Psicologia Existencial no Reino Unido
Nesse aspecto, May se aproxima de (DEURZEN; ADAMS, 2016, p. 19),
Frankl, no ensaio do ano de 1984 intitulado considerada, na atualidade, uma expoente da
Logotherapy in a Nutshell (traduzido no Brasil escola britânica da terapia existencial
como “Conceitos Fundamentais da (SHAPIRO, 2016, p. 27; TEIXEIRA, 2006, p.
Logoterapia”), para quem “o sexo é um meio 301).
de expressar a experiência daquela união
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Ângelis, conquanto se reconheça que os pelo que ficará para sempre como
relacionamentos conjugais e demais desconhecido, que deveria ter sido
compromissos emocionais com parceiro(a) vivenciado” (ÂNGELIS, 2014b, p. 56, grifos
afetivo(a) vêm acompanhados da chance de nossos).
não se coroarem da satisfação esperada, De forma categórica, conclui-se: “Pior do
obtempera-se que esse risco, ínsito aos que amar e não receber resposta idêntica é o
empreendimentos humanos, constitui desafio prejuízo de nunca haver amado.” (ÂNGELIS,
ao crescimento interior de cada um, “sem o 2014b, p. 56, grifos nossos).
qual nenhuma tentativa é realizada para o Posto de outro modo: “Melhor que se haja
desenvolvimento intelecto-moral do ser”, e vivido uma experiência cujos resultados não
que, quando não alcançam os resultados foram os mais agradáveis do que
acalentados, servem de “valiosa lição da permanecer-se na incerteza de como seria tal
aprendizagem para futuros e melhores realização.” (ÂNGELIS, 2014b, p. 56, grifo
tentames de felicidade” (ÂNGELIS, 2014c, p. nosso).
146). O acolher das necessidades e dos
Assim, até o amor não correspondido teria desejos de outrem, em uma relação afetivo-
o efeito positivo de servir de ensejo para o sexual, quer dizer dar-se vazão a um amor
exercício do perdão e da compaixão por sexual amadurecido, em que o impulso
outrem (ÂNGELIS, 2015, p. 27). sexual direcionado ao outro (o eros) se
Ante o cenário social da atualidade, em matiza com o exercício da empatia, que
que muitas pessoas preferem se valer de reconhece o valor e a dignidade daquela
“uma atitude de distância”, por temerem pessoa e fomenta o desabrochar das suas
“relacionamentos mais sérios”, já que “não potencialidades (MAY, 2011, p. 220, 222).
desejam ser magoadas, acreditando que não Potencialidade concerne ao movimento de
lograrão a compreensão nem o apoio de que transformar a si mesmo naquilo que
necessitam”, alerta-se, na Série Psicológica realmente se é (MAY, 1988, p. 105-106).
de Joanna de Ângelis, para a importância do “Ser”, na perspectiva de May, espelha “o
crescimento psicológico mediante “o padrão singular das potencialidades da
enfrentamento de problemas”, inclusive “o pessoa”, isto é, “um padrão único dessa
atrito das emoções”, em particular na seara pessoa em particular”, ainda que
da afetividade, “campo novo para o ser, “parcialmente compartilhadas com outros
quando treina mais fortes e valiosas indivíduos” (MAY, 1976, p. 21, grifos originais
expressões de amor” (ÂNGELIS, 2014c, p. suprimidos, grifos nossos acrescentados).
139). May enxerga no ser humano um conjunto
O ato de doar traz consigo, de antemão, a de potencialidades que, dirigidas pelos
possibilidade de que o que se tem para doar desejos “daimônicos” (os quais, segundo
não seja aquilo que se quer receber e, frisou em 1982, não consistem em intenções
mesmo que se doe pensando nas “demoníacas”, mas em aspirações ligadas à
necessidades e nos desejos do outro, afirmação de si mesmo, à assertividade, ao
permanecerá a possibilidade de não ser ânimo de se perpetuar e de se expandir4),
acolhido nessa manifestação de afeto. podem ser a fonte de impulsos construtivos
Contudo, deixando-se de agir, devido ao ou destrutivos (MAY, 1982, p. 11).
medo de se frustrar, não se constroem os _______________________
4
Conquanto, na tradução brasileira, de 1973, feita por Aurea
vínculos de afeto por meio do quais surgem a Brito Weissenberg, de “Amor e Vontade” (Love and Will), de
intimidade, o compartilhar cotidiano e um 1969, afirme-se que demoníaco consiste no “impulso de todo
projeto existencial comum, como fatores de o ser para afirmar-se, fazer-se valer, perpetuar-se e ampliar-
se” (MAY, 1992, p. 137), Rollo May, em carta aberta a Carl
autorrealização do casal. Rogers, publicada na edição do verão de 1982 do Journal of
Na Psicologia Espírita de Joanna de Humanistic Psychology, acentuou que, no contexto daquela
obra, para descrever esse conceito, não empregara o termo
Ângelis, assere-se que o medo e o amor “não “demoníaco” (demonic), e sim daimonic (daimônico) (MAY,
convivem no mesmo espaço emocional” 1982, p. 11). De fato, em nota de rodapé posta no início do
(ÂNGELIS, 2014b, p. 59, grifo nosso). Capítulo 5 de “Amor e Vontade”, May enfatiza haver optado
pela palavra daimonic, proveniente “do antigo grego” daimon,
Remarca-se que o “terrível medo de amar, em detrimento do termo popular “diabólico”, por entender que
em face da possibilidade de sofrer-se a daimon “é a origem do conceito e que o vocábulo não é
indiferença ou o desprezo da pessoa anelada ambíguo, incluindo tanto o positivo como o negativo, o divino e
o diabólico”, conforme consta da própria tradução de
ou mesmo do ideal elegido” redunda em Weissenberg (MAY, 1993, p. 137).
“tremenda angústia pelo não experimentado,
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