Fracasso Escolar
Fracasso Escolar
Fracasso Escolar
Universidade Licungo
Beira
2021
António Manuel António
Docente:
Universidade Licungo
Beira
2021
Índice
1. Introdução............................................................................................................................2
3. Conclusão............................................................................................................................8
4. Referências bibliográficas...................................................................................................9
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1. Introdução
O problema do fracasso escolar ocupa há vários anos políticos e pedagógicos que se embatem
em compreender as suas causas, assim como os factores que influenciam para este fenómeno
e as formas de minimizar. Esta problemática tem assumido duas maneiras principais, isto é, o
aproveitamento pedagógico negativo e o abandono escolar. Para além disso, os alunos com as
dificuldades de aprendizagem apresentam alguns indicadores que podem indiciar o insucesso
escolar. Assim a pesquisa tem por objectivo de analisar a problemática do fracasso escolar,
apresentando os factores que influenciam para o surgimento do fracasso escolar.
No entanto, para a realização da pesquisa foi necessária uma breve leitura de alguns autores
que abordam sobre estes aspectos, a fim de responder os objectivos estabelecidos acima.
Contudo este trabalho estará dividido em três partes, isto é, a parte introdutória, a parte do
desenvolvimento e por fim a parte da conclusão e as respectivas referências bibliográficas.
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Para Patto (1990) aponta que foi tarefa das Ciências Humanas e Sociais que se oficializaram
no século XIX desenvolver teorias que justificassem o abismo social deste modo, as teorias
racistas defendiam a necessidade de uma hierarquia social pela selecção dos mais aptos.
Segundo Patto (1990) também faz notar o aparecimento da abordagem da “teoria da carência
cultural”. Nesta defende-se que ambientes considerados cultural e economicamente
desfavorecidos não garantem estimulação e treinamento necessários a um bom
desenvolvimento. O aluno vindo deste ambiente chegaria à idade escolar sem condições de
cumprir o que a escola dele exige. Percebe-se a herança de uma Antropologia funcional que
atrela carência (déficit) à “anormalidade” o fracasso escolar se estreita com disparidades de
padrões culturais de classe socioeconómica.
Para Ferreira (1998), a expressão do fracasso escolar pode ser percebida como: desgraça,
desastre, ruína, perda, mau êxito, malogro. No entanto, o fracasso escolar seria o mau êxito na
escola, caracterizado na percepção de muitos, como reprovação e invasão escolar.
Consideramos essa expressão em seu sentido mais geral: além da reprovação e da invasão, a
aprovação com baixo índice de aprendizagem, retratado nas escolas pela aprovação por
Conselho de Classe. Este tipo de procedimento muito nos preocupa, pois significa que o aluno
estaria reprovado, já que não aprendeu o mínimo necessário para aprovação.
Conforme Matos (1998), o alto índice de fracasso e evasão escolar verificado aumentou a
necessidade de aprofundar os estudos sobre a temática, trazendo à tona os aspectos
ideológicos ocultos às compreensões sobre o fracasso escolar e as dificuldades de
aprendizagem.
De acordo com Martins (1995) alerta que a desigualdade social e a discriminação marcam
uma deterioração diária na qual a maioria da população está imersa. Essa situação é gestada
pelo sistema económico capitalista que cria tais desigualdades e mascara práticas neoliberais
de um capitalismo globalizado que descarta seus sujeitos marginalizando-os.
Nestas hipóteses, o excluído é aquele que procura uma identidade aceitável frente ao jogo de
tensão existente entre a exclusão e a inclusão. Esta pedagogia da exclusão expressão do autor
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classifica e rotula pessoas ratificando a crença de que a responsabilidade pelo fracasso escolar
e social encontra-se no indivíduo e em sua família desestruturada.
Assim será importante perceber que o insucesso escolar não é uma fatalidade e que as
crianças não estão destinadas a ser más ou boas alunas, tudo dependendo do funcionamento
da escola, da sua interacção com o meio social e as características da própria criança. É
perante um conjunto de três realidades que deverão ter tido em atenção ao estudo do insucesso
escolar; o aluno, o meio social, e a instituição escolar.
Segundo Bossa, (2002), um aluno é considerado mal ajustado quando se sentem de tal modo
frustrado na satisfação das suas necessidades que não funciona intelectualmente de maneira
efectiva e não pode satisfazer as convenções sociais e as exigências do meio ambiente. Daqui
podemos concluir, precipitadamente, (e facilmente comprovar) que a maior parte dos alunos
ditos mal ajustado provém de uma camada social onde o desenvolvimento intelectual, as
convenções, os valores, e o meio ambiente são significativamente diferentes daqueles que vai
enfrentar no sistema escolar, baseado no conjunto de valores de um nível social tido como
superior ou seu.
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Contudo, é necessário compreender que estes índices de insucesso variam de acordo com as
situações circunstanciais, pois competências iguais podem ser avaliadas de formas diferente
de um estabelecimento de ensino para outro, em função das metodologias adoptadas.
Para Correia (2003), refere que as três principais causas do insucesso são: a descoordenação
entre as diversas disciplina, com consequências óbvias nos diversos, momentos de avaliação;
carências de vária ordem, desde as más condições pedagógicas das salas de aula às deficientes
condições de estudo, em termos de espaços adequados e seu apetrechamento; e a fraca
qualidade dos elementos de estudo e/ou orientação bibliográfica de apoio, acompanhada por
uma deficiente exposição das matérias nas aulas.
Portanto, de acordo com o contexto acima no que tange aos professores, se os seus métodos
de ensino, os seus recursos didácticos, as suas técnicas de comunicação não forem adequados
às características da turma ou de cada aluno, o insucesso deste estará em causa.
Correia (2003), refere que as famílias podem favorecer ou dificultar a adaptação dos filhos na
escola, bem como, influenciar a aprendizagem deles e, consequentemente, os seus resultados
escolares. Há que realçar a pertinência do papel dos pais e encarregados de educação na tarefa
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Existem variáveis e circunstâncias que contribuem o fracasso escolar, entre elas a capacidade
cognitiva, o esforço, as dificuldades na execução de algumas tarefas, os curricula e as
actividades programadas, a escola e a influência do professor, entre outros.
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3. Conclusão
Esta investigação teve como objectivo geral, de analisar a problemática do fracasso escolar
dos alunos, assim de acordo com o desenvolvimento da pesquisa Percebe-se que o quanto é
importante o estudo acerca do fracasso escolar para que possamos reflectir sobre o processo
de escolarização dos alunos, a dinâmica familiar e a inserção na sociedade. Nesse sentido, não
cabe apontar culpados, mas sim analisar a questão de forma crítica. Em fim, Toda a sociedade
é responsável pela aprendizagem e pelo desenvolvimento de suas novas gerações, e, para isso,
estruturas educacionais e eficientes precisam ser elaboradas, com a meta de trazer para o
sistema escolar, e, consequentemente, para o processo de ensino e aprendizagem, inovação,
autonomia e desenvolvimento integral.
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4. Referências bibliográficas
Benavente, Ana (1994). Escola, Professores e Processos de Mudança, Biblioteca do
Educador, Livros Horizonte;
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. (1998). Novo Dicionário Aurélio da Língua, porto
Alegre.