Castanha de Caju Analise Mensal Maio 2022
Castanha de Caju Analise Mensal Maio 2022
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MAIO DE 2022
MERCADO NACIONAL
1. PREÇOS PAGOS AO PRODUTOR E NO ATACADO
Conforme a pesquisa de preços realizada pela CONAB, o preço médio recebido pelo produtor de
castanha de caju em casca no Ceará, em maio, situou-se em R$ 6,44/kg, apresentando aumento de 11,2% na
comparação com o mês anterior (Quadro 1 e Gráfico 1).
No Piauí, o preço médio pago ao produtor de castanha de caju em casca, em maio, situou-se em R$
4,05/kg, apresentando redução de 17,0% na comparação com o mês anterior e aumento de 26,6% na comparação
com o mesmo mês do ano anterior.
No Rio Grande do Norte, o preço médio pago ao produtor de castanha de caju em casca, em maio,
situou-se em R$ 6,77/kg, apresentando aumentos de 4,8% na comparação com o mês anterior e de 37,6% na
comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No Ceará, no atacado, o preço da amêndoa situou-se em R$ 52,75/kg, observando-se aumentos de
5,8% na comparação com o mês anterior e de 31,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Quadro
1 e Gráfico 2).
No Rio Grande do Norte, no atacado, o preço situou-se em R$ 50,25/kg, apresentando aumentos de
4,1% na comparação com o mês anterior e de 37,0% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Maria Helena Fagundes - Técnica de Planejamento - TNS IV - E-mail: [email protected] TEL: (61) 3312 6375
CONAB - SGAS 901 Bloco A, Lote 69 - Edifício CONAB - 70.390-000 Brasília DF www.conab.gov.br - (61) 3312 6241 - [email protected]
CASTANHA DE CAJU
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A produção nacional vem se reduzindo a uma taxa média de 3,9% aa entre 2018 e 2022, refletindo
reduções de 0,8% aa na área a ser colhida e de 3,1% aa na produtividade.
O principal estado produtor é o Ceará, com uma produção estimada em 66,7 mil t em 2022, aumento de
5,7% na comparação com o ano anterior. A produção nesse estado vem recuando à taxa média de 5,3% aa entre
2018 e 2022, e representa 55,2% da produção nacional no corrente ano (Gráfico 3).
Em segundo lugar, encontra-se o estado do Piauí que deverá produzir 25,0 mil t nesse ano, um aumento
estimado de 31,8% na comparação com a safra do ano anterior. Esse estado vem aumentando a sua produção em
0,2% aa no período 2018 a 2022 e representa 20,8% da produção do país nesse ano.
É seguido pelo estado do Rio Grande do Norte, que deverá produzir 17,9 mil t em 2022, um aumento
previsto para o corrente ano de 7,7% na comparação com a safra do ano anterior, apresentando uma trajetória de
queda de produção de 0,1% aa entre 2018 e 2022. Esse estado representa 14,9% da produção nacional estimada
para 2022.
Em 2022, esses três estados representam 90,9% da produção brasileira de castanha de caju enquanto a
região Nordeste, agregando os estados de Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia, representa 99,3%
do total a ser produzido no ano.
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Ainda conforme as estimativas divulgadas pelo IBGE, a área destinada à colheita de castanha de caju
no país em 2022 está estimada em 425,8 mil ha, uma redução de 0,5% na comparação com o ano anterior, de
427,8 mil ha, apresentando uma trajetória de redução de área de 0,8% aa entre 2018 e 2022.
Entre 2018 e 2022, a redução de área a ser colhida vem acontecendo nos três principais estados: Ceará
0,2% aa, Piauí 0,8% aa e Rio Grande do Norte 1,4% aa.
Esses três estados representam 92,5% da área destinada à colheita estimada para o ano de 2022.
O rendimento médio da produção nacional de castanha de caju previsto para 2022, deverá apresentar
aumento de 9,6% na comparação com 2021, situando-se em 284 kg/ha. Nos três principais estados produtores
estima-se aumentos de 5,8% no Ceará, de 30,6% no Piauí e de 8,6% no Rio Grande do Norte, na comparação
com o ano anterior.
3. CUSTOS DE PRODUÇÃO NOS MUNICÍPIOS DE PACAJUS (CE), FRANCISCO SANTOS (PI) E SERRA
DO MEL (RN)
Conforme o levantamento de custos de produção da castanha de caju realizado pela Conab, o custo de
produção variável (custeio acrescido de outras despesas e despesas financeiras) da lavoura, no município de
Pacajus, no estado do Ceará, que representou 76,6% do custo total em março/2022, situou-se em R$ 4,41/kg, um
aumento de 28,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, sendo o menor custo variável entre os
municípios pesquisados (Quadro 3).
Nesse município, o custo operacional (custo variável acrescido de valor dos itens exaustão de cultivo,
manutenção de benfeitorias e instalações, encargos sociais, arrendamento e outros) situou-se em R$ 5,68/kg,
aumento de 25,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior; e o custo total (custo operacional
acrescido das remunerações da terra própria, do cultivo e do capital fixo) situou-se em R$ 5,76/kg, aumento de
26,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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Em Pacajus, em março/2022, a despesa com mão de obra representou 50,6% do custo total,
apresentando aumento de 5,6% na comparação com a participação desse item no mesmo mês do ano anterior.
Agregando os itens aluguel de máquinas, manutenção de benfeitorias e instalações e arrendamento, representam
82,9% da proporção do custo total, uma redução de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em Francisco Santos, o gasto com mão de obra representou 70,3% do custo total em março/2022, uma
redução de 2,4% na comparação com a sua proporção no custo total no mesmo mês do ano anterior. Nesse
município, os gastos com mão de obra, aluguel de máquinas, manutenção de benfeitorias e instalações e
exaustão de cultivo (provisão necessária à recuperação do investimento da lavoura) representaram 90,4% do
custo total em março/2022, uma redução de 1,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em Serra do Mel, a participação do gasto com mão de obra no custo total situou-se em 47,1% em
março/2022, um aumento de 2,4% na comparação com a sua participação no ano anterior. Os gastos com mão
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de obra, aluguel de máquinas, exaustão do cultivo e fertilizantes representaram 81,1% do custo total em
março/2022, uma redução de 1,9% na comparação com a participação desses quatro itens no custo total no
mesmo mês do ano anterior.
A média dos preços reais pagos ao produtor nos últimos doze meses até março, corrigidos pelo IPCA de
março/2022, para a castanha de caju in natura no estado do Ceará situou-se em R$ 3,43/kg, insuficiente para
remunerar o custo variável da lavoura.
No estado do Piauí, a média mensal dos preços reais pagos ao produtor entre abril/2021 e março/2022,
corrigidos para março/2022, situou-se em R$ 4,21/kg, insuficiente para remunerar o custo variável no município
de Francisco Santos.
No estado do Rio Grande do Norte, a média dos preços reais pagos ao produtor de castanha de caju nos
últimos doze meses até março, corrigidos pelo IPCA de março/2022, situou-se em R$ 5,69/kg, valor suficiente
para remunerar o custo total da lavoura no município de Serra do Mel.
O preço atual de referência para o Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários,
safra 2021/2022, para a castanha de caju in natura é de R$ 4,24/kg para as regiões Nordeste e Norte.
No período entre janeiro e maio, as exportações brasileiras de castanha de caju, sem casca,
situaram-se em 4,9 mil t, uma redução de 22,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior (Quadro
5).
Em termos de valor, situou-se em US$ 31,7 milhões, uma redução de 21,2%, com um preço médio de
US$ 6,52/kg FOB, um aumento de 2,1%, ambos percentuais na comparação com o mesmo período do ano
anterior.
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Os três principais destinos dessas exportações, entre janeiro e maio, foram Estados Unidos (30,2% da
quantidade e 30,8% do valor), Países Baixos (13,6% da quantidade e 14,2% do valor) e México (7,8% da
quantidade e 8,3% do valor).
Esses países representaram os destinos de 51,7% da quantidade total e 53,4% do valor total exportado
no período.
Outros cinquenta e quatro países complementaram os destinos das exportações brasileiras de castanha
de caju sem casca entre janeiro e maio.
Em maio, as exportações de castanha de caju, sem casca, situaram-se em 1,0 mil t, um recuo de 37,1%
na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em termos de valor, situou-se em US$ 6,5 milhões, uma redução de 33,5%, a um preço médio de US$
6,64/kg FOB, um aumento de 5,8%, ambos percentuais na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Os três principais destinos dessas exportações, em maio, foram: Estados Unidos (31,5% da quantidade
e 34,5% do valor), Países Baixos (26,0% da quantidade e 26,4% do valor) e Canadá (8,1% da quantidade e 8,1%
do valor).
Esses países, representaram 65,7% da quantidade e 69,0% do valor total exportado no mês.
Outros trinta e cinco países complementaram os destinos das exportações brasileiras de castanha de
caju beneficiada em maio.
O Gráfico 4 apresenta os valores, quantidades e preços unitários FOB, denominados em dólares e em
reais, das exportações brasileiras de castanha de caju sem casca entre janeiro/2015 e maio/2022.
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No mercado interno, os três estados principais A safra de 2022 está estimada em 120,7 mil t, um
produtores, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, aumento de 9,1% na comparação com o ano anterior.
encontram-se em entressafra.
Entre janeiro e maio a quantidade exportada recuou
O preço médio de exportação da castanha 22,8% na comparação com o mesmo período do ano
beneficiada nos cinco primeiros meses do ano anterior. No mês de maio o volume exportado recuou
aumentou 2,1% quando denominado em dólares na 37,1% na comparação com o mesmo mês do ano
comparação com o mesmo período do ano anterior. Em anterior.
maio, o preço médio de exportação aumentou 5,8% na
O ainda alto nível de desemprego representa
comparação com o mesmo mês do ano anterior.
redução do consumo de alimentos. O programa Auxílio
Brasil reduz esse impacto no mercado consumidor.
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6. DESTAQUE DO ANALISTA
Conforme a pesquisa de custos de produção da castanha de caju realizada pela Conab, apenas no
Rio Grande do Norte o preço médio real pago ao produtor no estado nos últimos doze meses até março,
corrigidos pelo IPCA de março/2022, é suficiente para remunerar o custo total da lavoura no município de
Serra do Mel naquele mês (Gráfico 5).
Nos estados do Ceará e Piauí, o preço médio real pago ao produtor nos últimos doze meses até
março, corrigidos pelo IPCA de março/2022, não remunera o custo variável da lavoura nos municípios de
Pacajus e Francisco Santos, respectivamente.
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