O documento descreve a evolução do direito grego em 3 períodos históricos e discute como as características da sociedade grega influenciaram seu direito. Também contrasta o direito grego com o romano, notando que os gregos não tinham uma classe jurídica formal e resolviam disputas em tribunais populares.
O documento descreve a evolução do direito grego em 3 períodos históricos e discute como as características da sociedade grega influenciaram seu direito. Também contrasta o direito grego com o romano, notando que os gregos não tinham uma classe jurídica formal e resolviam disputas em tribunais populares.
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Resumo sobre Direito Grego
Título original
SÍNTESE DO TEXTO SOBRE A EVOLUÇÃO DO DIREITO GREGO
O documento descreve a evolução do direito grego em 3 períodos históricos e discute como as características da sociedade grega influenciaram seu direito. Também contrasta o direito grego com o romano, notando que os gregos não tinham uma classe jurídica formal e resolviam disputas em tribunais populares.
O documento descreve a evolução do direito grego em 3 períodos históricos e discute como as características da sociedade grega influenciaram seu direito. Também contrasta o direito grego com o romano, notando que os gregos não tinham uma classe jurídica formal e resolviam disputas em tribunais populares.
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SÍNTESE DO TEXTO SOBRE A EVOLUÇÃO DO DIREITO GREGO
1) DIFERENCIAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO ATENIENSE E ESPARTANA.
- Interesse na tradição Ateniense por ser mais reconhecível e objeto de pesquisa dos filósofos e juristas ocidentais.
2) DIVISÃO DA HISTÓRIA GREGA: 3 PERÍODOS.
- PERÍODO ARCAICO: Séc. VIII a.C. até 480 a.C. → período das invasões persas, que termina com a batalha de Salamina. - PERÍODO CLÁSSICO: 480 a. C. até 338 a.C. → até a submissão à Macedônia (Filipe/Alexandre da Macedônia). - PERÍODO HELENÍSTICO: de Alexandre até 150 a.C. → data da submissão a Roma.
2.1. CARACTERÍSTICAS DO MODO DE VIDA GREGO QUE INFLUENCIARAM NO DIREITO
POR ELES DESENVOLVIDO. - De cada 100 adultos com 20 anos: 70 viviam até os 30 anos; :25 viviam até os 60 anos; : 7 viviam até os 80 anos; - O casamento ocorria entre os 30 e 40 anos para os homens (após o serviço militar) e para as mulheres aos 20 anos. - Escravos não eram usados extensivamente na agricultura e quando eram trabalhavam ao lado de homens livres. - Escravos eram aproveitados mais ou menos nos serviços domésticos; serviços públicos braçais ou subalternos, ou ainda, nos serviços públicos burocráticos. - Escravos não se distinguiam dos homens livres pelos trajes ou pelos modos. - Exceto o trabalho nas minas, todos os outros poderiam ser feitos por livres ou escravos. - Escravos apenas eram proibidos de participar da vida política e de lutar pela Cidade. - Nas relações de família era permitido o divórcio recíproco, com direitos iguais para homens e mulheres e o abandono de crianças. - Roupas tendiam a ser uniformes para todas as classes, percebendo-se a diferença entre mais ricos e mais pobres, mas não entre livres e escravos. - Ginásio . → espaço público gratuito, símbolo da Helenização e da Grécia.
3) DISTINÇÃO ENTRE GRÉCIA E ROMA NO CAMPO DO DIREITO
- Não existência entre os gregos de uma classe de juristas e de um treinamento jurídico
(escolas de juristas, ensino do Direito como técnica especial). - Ao invés disso existiam escolas de Retórica, Dialética e Filosofia. Nelas era ensinada a argumentação dialética que teria uso forense ou semiforense. - Costume de aprender de cor alguns textos jurídicos como os poemas de Homero e as Leis de Sólon. - A literatura jurídica era fonte de instrução e prazer. - Logógrafo: redator de discursos forenses, pedidos, defesas, etc. - O Direito deveria ser aprendido mediante a sua vivência. - As leis faziam parte da educação do cidadão. - As discussões jurídicas eram sobre a justiça na Cidade, entre os cidadãos e iguais. - Os cargos públicos não eram especializados. - Havendo vida pública não havia carreira. - Os discursos eram essencialmente persuasivos porque os julgadores eram leigos. - A proibição da servidão por dívidas era considerada por Aristóteles um traço constitutivo da Democracia Ateniense. - Havia várias classes com interesses distintos na Cidade. A classe dos proprietários rurais latifundiários, que representava uma oligarquia conservadora; a classe dos Hoplitas, artesãos, agricultores, homens livres, que defendia uma democracia moderada; e a classe dos miseráveis (Thetes), que defendia uma democracia radical. - As contribuições gregas para o Direito ocidental não foram tão significativas quanto às romanas. Podem se destacar entre elas os seguintes temas: -Filosofia Grega → entrada dos Sofistas no debate filosófico leva-o a debruçar-se também sobre o mundo das coisas humanas e o universo da liberdade, com o início da discussão metódica sobre a liberdade, a política e a ética. - Os gregos se afastam em algum momento da ideia de que as leis são reveladas pelos deuses e começam a discutir o processo de sua formação. - O centro da vida se desloca da família para a Cidade e já não são suficientes as decisões levadas a cabo pelos juízes de aldeia, pelos velhos, ou pelos sábios e prudentes. - A nova realidade social exige regras universais, que valham para todos os casos e não sejam simples aplicação da prudência a cada caso concreto. - Evolução para o conceito de uma justiça que seja aplicável a toda a Cidade. - Depois a evolução para o conceito de que justiça aplicável, em decorrência de uma cidadania universal, a todo aquele que pertença ao gênero humano (contribuição dos Estoicos). - A Civilização Grega era voltada para o mar com grande comércio no Mediterrâneo. Os estrangeiros serão percebidos como iguais e ao mesmo tempo como diferentes (Direito das Gentes). - O fundamento da vida social se desloca das famílias para os cidadãos, buscando-se uma abertura de espírito àqueles de fora das famílias.
4) FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS.
- Duas espécies de órgãos jurisdicionais em Atenas.
- Para os crimes públicos o julgamento era feito por grandes tribunais de dezenas ou centenas de membros. A assembleia de todos os cidadãos, repartidos em distritos territoriais elegia o grande Conselho de Supervisão. - Todos poderiam participar das assembleias, mas nem todos poderiam ocupar todas as magistraturas, pois era necessária a divisão dos cidadãos por classes de renda. - Havia também o Aerópago (Conselho de 400) que julgava os acusados de subverter a Constituição. - Quando havia o julgamento de casos menos importantes por um juiz singular era possível recorrer para a Assembleia Judicial (Heliastas) que funcionava em grupos. - Por isso muitas vezes os discursos forenses eram dirigidos a grandes grupos, o que explica o seu estilo. - Tribunais eram frequentemente usados com fins políticos. - Era preciso provar o direito (leis e costumes) além dos fatos. - A execução judicial era privada. - Era indigno receber dinheiro pela defesa, por isso os redatores dos discursos (Logógrafos) se mantinham ocultos, ou diziam não haver recebido dinheiro. - O advogado era visto como um cúmplice de seu constituinte. - Obrigatoriedade do recurso em matéria civil ou comercial se o valor da disputa superasse 10 dracmas. - Havia árbitros públicos e privados. - As provas nos tribunais populares podiam ser escritas. Nos tribunais arbitrais eram informais. - Os juízes podiam testemunhar sobre os fatos e sua decisão não precisava ser baseada nas provas apresentadas. - Os depoimentos de escravos deveriam ser precedidos de tortura como forma de garantir que falariam a verdade. - Distinção entre público e privado. - Visão dos contratos como fonte de obrigações. - Crimes dependiam de ação privada para ser julgados e qualquer pessoa poderia acusar, mesmo sem ser vítima. - Se o denunciante não obtivesse ao menos 1/5 dos votos pagaria multa. - Os denunciantes tinham parte nas penas e multas aplicadas aos condenados. - As penas eram em geral: castigos, multas, feridas, mutilações, morte e exílio. - A experiência grega traz a “novidade” de desvincular a lei da vontade dos deuses. A criação e a extinção das leis passam a ser vistas como assuntos humanos. - O Direito se laiciza, embora a religiosidade continue a ser traço marcante da sociedade grega e impiedade um crime. - Abre-se uma fenda entre o Direito dos Deuses e o Direito dos Homens, pela qual transitará a cultura clássica. - Vem os gregos a doutrina de que os contratos são consensuais (sinalagma) e a adoção em tais relações do princípio da Boa-fé. - As Leis e Constituições de Drácon (621 a. C.) põem fim à solidariedade familiar e obrigam o recurso aos tribunais nas disputas entre clãs. - As Leis de Sólon (594 a. C.) suprimem a propriedade dos clãs e a servidão por dívidas, em reconhecimento da revolta contra a concentração de renda nas mãos de poucas famílias, que em tempos de crise transformavam seus devedores em escravos. - No campo das relações familiares há a limitação do poder paterno, tornando-se autônomo o filho maior. - Mulheres continuam sob a tutela dos pais e maridos, mas têm liberdade de ir e vir, bem como de frequentar escolas. - É dado assento e voz aos membros dos classes mais pobres (Thetes) na Assembleia Legislativa. - A filosofia grega acaba por influenciar o Direito Romano e depois o Medieval. - A discussão sobre o justo e sobre a justiça ultrapassa a discussão sobre a norma (como organizar uma Cidade justa?). - Sócrates: melhor sofrer a injustiça que praticá-la.