PICS - Evidencias Ciêntíficas e Experiências de Implantação
PICS - Evidencias Ciêntíficas e Experiências de Implantação
PICS - Evidencias Ciêntíficas e Experiências de Implantação
29
Práticas Integrativas
e Complementares
em Saúde: evidências
científicas e experiências
de implementação
Instituto de Saúde
2021
São Paulo
aúde Coletiva
29
A pandemia de Covid-19 exigiu A ideia de produzir
muita paciência de todos nós. um livro sobre
ntegrativas
Cumprir prazos tornou-se Práticas Integrativas e
mais difícil em tempos de Complementares em
ementares
distanciamento social. Saúde (PICS) começou
a germinar no primeiro
evidências
Depois de bastante trabalho em
ambiente virtual, máscaras,
semestre de 2019.
experiências
vacinas, fake news, é tempo
de celebrar mais um compromisso
Após dois anos da
pandemia de Covid-19,
mentação
bem-sucedido. finalmente o livro vem
à luz, com seus 14
Nossa gratidão a todos
capítulos elaborados
os colaboradores.
por muitas mãos.
Ministério da Saúde
Ministério da Saúde
Ministério d
Ministério da Saúde Saúde
de Saúde
Ministério da Saúde
021
Paulo
Práticas Integrativas
e Complementares
em Saúde: evidências
científicas e experiências
de implementação
Instituto de Saúde Tiragem: 2 mil exemplares
Rua Santo Antonio, 590 – Bela Vista
Práticas Integrativas e Complementares
São Paulo-SP – CEP: 01314-000
em Saúde: evidências científicas
Tel.: (11) 3116-8500
e experiências de implementação:
Fax: (11) 3105-2772
www.isaude.sp.gov.br Organização: Tereza Setsuko Toma (Instituto de Saúde),
Marcio Sussumu Hirayama (Natureza Conectiva),
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Jorge Otávio Maia Barreto (Fiocruz Brasília), Laura Boeira
Secretário de Estado da Saúde de São Paulo (Instituto Veredas), Daniel Miele Amado (Ministério da
Dr. Jean Gorinchteyn Saúde) Paulo Roberto Sousa Rocha (Ministério da Saúde)
FICHA CATALOGRÁFICA
É permitida a reprodução total ou parcial para fins pessoais, científicos ou acadêmicos,
autorizada pelo autor, mediante citação completa da fonte.
Elaborada pela Biblioteca do Instituto de Saúde - IS
P925
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: evidências científicas e
experiências de implementação / organizadores: Tereza Setsuko Toma, Marcio
Sussumu Hirayama, Jorge Otávio Maia Barreto, Laura Boeira, Daniel Miele
Amado, Paulo Roberto Sousa Rocha – São Paulo: Instituto de Saúde, 2021.
362 p. (Temas em saúde coletiva; 29)
Vários autores.
Inclui bibliografia ao final de cada capítulo.
ISBN 978-65-997616-0-7
1.Terapias complementares 2. Avaliação de tecnologias em Saúde 3. Atenção
à saúde baseada em evidências I.Toma, Tereza Setsuko. II.Hirayama, Marcio
Sussumu. III. Barreto, Jorge Otávio Maia. IV. Boeira, Laura. V. Amado, Daniel
Miele. VI. Rocha, Paulo Roberto. VII.Série.
CDD 615.5
Práticas Integrativas
e Complementares
em Saúde: evidências
científicas e experiências
de implementação
Instituto de Saúde
São Paulo – 2021
Sumário
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: evidências
científicas e experiências de implementação
Apresentação: Tereza Setsuko Toma, Marcio Sussumu Hirayama, Jorge Otávio Maia
Barreto, Laura Boeira, Daniel Miele Amado, Paulo Roberto Sousa Rocha
i https://www.saude.sp.gov.br/instituto-de-saude/producao-editorial/temas-em-saude-coletiva
ii https://www.saude.sp.gov.br/instituto-de-saude/producao-editorial/boletim-do-instituto-de-saude
O livro é o resultado dessas convergências virtuosas, com seus 14
capítulos sobre temáticas diversificadas e relevantes para o debate nacio-
nal e internacional sobre as PICS.
Os capítulos 1 a 5 apresentam o contexto de inserção das PICS na
sociedade ocidental, sua potência como práticas terapêuticas num am-
biente dominado pela visão biomédica, suas limitações e as possibilida-
des de avaliação de seus benefícios usando os métodos consagrados para
produção e síntese de evidências na área da saúde.
Capítulo 1: Daniel Miele Amado e Paulo Roberto Sousa Rocha, que
coordenaram por quase uma década (2011 até o início de 2021) a imple-
mentação da PNPIC no Ministério da Saúde, informam como se deu a
instituição desta política, quais são seus objetivos e diretrizes, e os esfor-
ços empreendidos para sua implementação nos eixos de gestão (apoio
institucional e fortalecimento dos serviços), qualificação da atenção à
saúde, pesquisa e formação. Durante os 15 anos de existência da PNPIC,
várias portarias e materiais didáticos foram editados, além da oferta de
cursos de capacitação semipresenciais, realização do primeiro congresso
específico sobre o tema em 2018 e fomento à produção de pesquisas.
Capítulo 2: Islândia Carvalho de Sousa e Charles Dalcanale Tesser
analisam como as PICS podem contribuir para transformar a estrutura
do cuidado centrado na perspectiva biomédica convencional, mesmo na
atenção básica à saúde do SUS. Para tanto, os autores abordam a estru-
turação dos cuidados com as PICS e a estruturação-repercussão dos mo-
delos de atenção à saúde a partir da teoria de Giddens, que possibilita a
reflexão sobre o protagonismo dos profissionais e usuários em construir e
reconstruir o cuidado no dia a dia.
Capítulo 3: Marcus Tolentino Silva e Taís Freire Galvão apresentam
o modo de operar na Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e forne-
cem exemplos de aplicação do método em práticas de homeopatia e ativi-
dades artísticas. Embora as intervenções de PICS sejam bastante diversas
daquelas comumente enfocadas na ATS, em várias circunstâncias, parece
possível e necessária a aplicação dessa abordagem de avaliação também
para essas práticas em saúde.
Capítulo 4: Charles Dalcanale Tesser e Islândia Carvalho de Sousa
trazem reflexões sobre o grande desafio que se enfrenta na avaliação de efi-
cácia das PICS, a partir dos padrões utilizados para avaliar intervenções da
medicina ocidental, cujos fundamentos e práticas são bastante diversos.
Capítulo 5: Tereza Setsuko Toma apresenta algumas propostas que
têm sido discutidas para aprimorar a qualidade de estudos clínicos sobre
intervenções terapêuticas da medicina tradicional chinesa, a qual pode
se beneficiar de sua inclusão na Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) em 2019.
Os capítulos 6 a 11 apresentam o método e os resultados de mapas
de evidências sobre a efetividade de várias PICS como recurso terapêutico:
acupuntura e auriculoterapia, meditação e mindfulness, plantas medicinais
e fitoterápicos, práticas corporais da medicina tradicional chinesa e yoga.
Capítulo 6: Ricardo Ghelman e colaboradores relatam a experiên-
cia do grupo na elaboração de mapas de evidências que reúnem informa-
ções sobre a efetividade das PICS e apontam as lacunas de conhecimento
e necessidades de novas pesquisas.
Capítulo 7: Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva e colaborado-
res apresentam um mapa de evidências com resultados de acupuntura e
auriculoterapia como práticas terapêuticas para dor aguda ou crônica, hi-
pertensão arterial sistêmica, asma, obesidade e sobrepeso, diabete melito
tipo 2, tabagismo, ansiedade ou depressão.
Capítulo 8: Bruna Carolina de Araújo e colaboradores, por meio de
um mapa de evidências, informam resultados de meditação e mindfulness
no manejo de ansiedade ou depressão, doenças cardiovasculares, taba-
gismo, obesidade ou sobrepeso.
Capítulo 9: Bettina Monika Ruppelt e colaboradores apresentam um
mapa de evidências sobre a efetividade clínica de plantas medicinais e fi-
toterápicos para doenças metabólicas e fisiológicas; cicatrização e doenças
agudas; dor, doenças crônicas e câncer; saúde mental e qualidade de vida.
Capítulo 10: Roberta Crevelário de Melo e colaboradores mostram
num mapa de evidências que a efetividade de práticas corporais da medi-
cina tradicional chinesa para manejo do tabagismo e obesidade foi explo-
rada por poucos estudos.
Capítulo 11: Cézar D. Luquine Jr. e colaboradores apresentam um
mapa de evidências sobre os efeitos terapêuticos do yoga para ansiedade
e depressão, dor aguda e crônica, tabagismo, obesidade e sobrepeso.
Por fim, os capítulos 12 a 14 apresentam experiências e estudos so-
bre a implementação de políticas e programas de PICS.
Capítulo 12: Mônica Rocha Rodrigues Alves e colaboradoras rela-
tam a experiência exitosa de implantação do Centro de Práticas Integra-
tivas e Complementares “Equilíbrio do Ser”, no SUS de João Pessoa, PB.
Capítulo 13: Lúcio José Botelho e Charles Dalcanale Tesser relatam
a experiência bem-sucedida na capacitação em auriculoterapia, que teve
início na Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis e evoluiu para
cursos oferecidos em ambiente virtual.
Capítulo 14: Gabriella Carrilho Lins de Andrade e colaboradoras
apresentam os resultados de uma revisão sobre a participação das uni-
versidades no ensino e formação em PICS, comparando as experiências
cubana, norte-americana e brasileira.
Desde sua instituição em 2006, a PNPIC incorporou 29 diferentes
modalidades terapêuticas e várias delas estão sendo implementadas em
numerosos municípios brasileiros. No entanto, ainda existem muitas bar-
reiras a ser superadas para a expansão do uso das PICS como um recurso
valioso para o SUS, tais como o ceticismo com relação aos reais benefícios
de práticas tão diversas entre si, a falta de orçamento específico para essas
atividades e a necessidade de capacitação de trabalhadores de saúde.
Esperamos que este livro contribua para qualificar o debate sobre
a inserção das PICS nas políticas de saúde no Brasil, ao favorecer pers-
pectivas que aliam efetividade e saberes tradicionais, disponibilizando
evidências para informar a tomada de decisão e as práticas de gestores,
equipes de saúde e da população brasileira.
Organizadores:
Tereza Setsuko Toma, Instituto de Saúde
Marcio Sussumu Hirayama, Natureza Conectiva
Jorge Otávio Maia Barreto, Fiocruz Brasília
Laura Boeira, Instituto Veredas
Daniel Miele Amado, Ministério da Saúde
Paulo Roberto Sousa Rocha, Ministério da Saúde
1
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
no SUS (PNPIC)
Daniel Miele Amadoi, Paulo Roberto Sousa Rochaii
Introdução
i Daniel Miele Amado ([email protected]). Educador físico, Gestor Federal em Práticas Integra-
tivas e Complementares em Saúde, Brasília, DF, de 2011 a 2021.
ii Paulo Roberto Sousa Rocha ([email protected]). Fisioterapeuta. Gestor Federal em Práticas Integra-
tivas e Complementares em Saúde, Brasília, DF, de 2011 a 2021.
16 Daniel Miele Amado e Paulo Roberto Sousa Rocha
A PNPIC foi instituída com objetivos muito bem definidos, sendo eles:
• Incorporar e implementar a PNPIC no SUS, na perspectiva da pre-
venção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase
na atenção primária à saúde (APS), voltada para o cuidado continuado,
humanizado e integral em saúde;
• Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e amplia-
ção do acesso às PICS, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segu-
rança no uso;
• Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando al-
ternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento
sustentável de comunidades;
• Estimular as ações referentes ao controle/participação social, pro-
movendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e
trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) n 17
3.1.4 Arboviroses
ix http://www.saude.df.gov.br/praticas-integrativas-de-saude/
x http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/coronavirus/acoeseducativas-covid19/
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) n 39
xi https://www.youtube.com/playlist?list=PLZp10HnL0OWkYVnsPkAgxF71YyWORoBqa
xii https://www.youtube.com/c/TeleEducaMatoGrosso1/videos
xiii https://www.saude.mg.gov.br/pics
xiv https://www.youtube.com/c/RecifeIntegrativo/videos
xv https://recifeintegrativo.blogspot.com/p/cartilhas.html
40 Daniel Miele Amado e Paulo Roberto Sousa Rocha
xvi https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=79
xvii https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=78
xviii https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=24
xix https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=149
xx https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=151
xxi https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=153
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) n 41
dade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de convênio firmado du-
rante os anos de 2015 a 2017, e renovado para 2018 e 2019. Ao final das quatro
edições, foram estabelecidos polos formadores em todas as regiões do Brasil,
nos quais aproximadamente 10 mil profissionais de saúde da APS foram cer-
tificados. O procedimento de auriculoterapia na APS teve um aumento de
324%, entre os anos de 2017 e 2019 (dados parciais), sendo que o número de
procedimentos ofertados cresceu de 148.152 registros em 2017 para 628.239
em 2019. Em parte, associamos também este aumento na rede da APS, à
quantidade de profissionais formados para ofertarem esta prática nos servi-
ços de saúde da rede. Essa experiência é relatada no Capítulo 13 deste livro.
Considerações finais
Referências
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mento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no SUS - PNPIC-SUS [internet]. Brasília (DF); 2006.
(Série B. Textos Básicos de Saúde). [acesso em 18 mar 2021]. Disponí-
vel em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnpic.pdf.
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mary Health Care, Alma Ata. 6-12 Sept 1978; USSR: WHO;1978.
3. World Health Organization. Programme on Traditional Medicine.
WHO traditional medicine strategy 2002-2005 [internet]. World He-
alth Organization; 2002 [acesso em 15 mar 2021]. Disponível em:
https://apps.who.int/iris/handle/10665/67163
4. World Health Organization. WHO traditional medicine strategy:
2014-2023 [internet]. World Health Organization; 2013 [acesso
em 13 mar 2021]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/hand-
le/10665/92455
5. Ministério da Saúde (BR). Relatório final da 8ª Conferência Nacio-
nal de Saúde [internet]. In: 8ª Conferência Nacional de Saúde; 17-21
mar 1986; Brasília. Brasília (DF); Ministério da Saúde; 1986. p. 21
[acesso em 3 fev 2020]. Disponível em: Disponível em: http://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_
relatorio_final.pdf
6. Ministério da Saúde (BR). Relatório de Monitoramento Nacional
das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nos Siste-
mas de Informação em Saúde. Julho de 2020 [acesso em 3 fev 2020].
Disponível em http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/docu-
mentos/pics/Relatorio_Monitoramento_das_PICS_no_Brasil_ju-
lho_2020_v1_0.pdf
7. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008.
Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Diário Oficial da
União. 04 mar 2008; Seção 138:42.
8. Ministério da Saúde (BR). Relatório do 1º seminário Internacional
de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. PNPIC. Bra-
sília (DF): Ministério da Saúde; 2009. (Série C. Projetos, Programas
e Relatórios).
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) n 45
Introdução
i Parte dessa discussão foi publicada no artigo: Sousa IMC, Tesser CD. Medicina Tradicional e Complementar
no Brasil: inserção no Sistema Único de Saúde e integração com a atenção primária. Cad. Saúde Pública.
2017; 33(1): e00150215. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00150215. ISSN 1678-4464.
ii Islandia M Carvalho Sousa ([email protected]) é enfermeira, doutora em Saúde Coletiva e professora
dos programas de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco. Coordenadora do ObservaPICS.
iii Charles Dalcanale Tesser ([email protected]) é médico, doutor em Saúde Coletiva e professor do progra-
ma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e de departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de
Santa Catarina.
52 Islândia M. Carvalho de Sousa e Charles Dalcanale Tesser
“Eu quando faço triagem, eu levo um tempo, depois que eu colho as in-
formações todas, apresentando as práticas da casa, para ver qual se adapta
melhor àquela situação… E eu vou explicar….Já no acolhimento faço alguns
exercícios de corpo e respiração pra eles terem realmente a noção de como vai
ser o trabalho, porque no acolhimento eles decidem se querem ou não, se tem
a ver ou não, é pra isso que se criou o acolhimento, pra eles conhecerem um
pouco da prática, já que chegam sem muito conhecimento para escolher”.
(profissional, CE-PICS, entrevista)
“Em outros lugares nós não temos isso. É como ela fala, mal você diz o
que sente, eles já tá com a receita pronta pra lhe entregar e um remédio desse
eu não tomo, nem compro. [todos riem]. Se ele não me ouviu, porque é que
ele vai passar um remédio sem saber o que eu tô sentindo?” (usuária, CE-
-PICS, grupo focal).
“Outra coisa que eu observo também é os casos de dor nas costas, dor nos
joelhos; são pessoas que moram nos altos e eles tem que subir escadarias, ladei-
ras, tem que carregar água. A gente trata, melhora a posição deles, mas a parte
principal, o que está causando mesmo, desencadeando aquele processo de dor,
continua e a gente não tem como ajudar (profissional, CE-PICS grupo focal)”.
Então o que eu vejo na minha prática… São pessoas que vêm na maio-
ria, de famílias com usuários de drogas em casa. Não tanto eles, às vezes os
filhos, ou o marido, ou o pai. Pessoas com o nível de renda muito baixo, é
60 Islândia M. Carvalho de Sousa e Charles Dalcanale Tesser
“Eu era muito sofrido… [o usuário chora]. Eu sou mole assim mesmo.
Eu gosto de falar, eu gosto de mostrar o que eu era e o que eu sou. Eu era
muito dolorido, muito… meio carrancudo, oprimido, sofrimento de dores.
Essas coisas… E, depois que eu comecei a fazer esse trabalho, minha vida foi
transformando cada dia melhor. Eu aprendi a ser mais humano comigo e
com os outros” (usuário, CE-PICS, aposentado, grupo focal)
Os exercícios substituem tanta droga que a gente usa que só faz preju-
dicar, no meu caso mesmo, há mais de vinte anos que eu… trinta anos que eu
usava droga direto, e com essas práticas eu só uso a medicação, pouca medi-
cação… pra quem usava na faixa de quinze, dezesseis comprimidos por dia,
hoje eu só tô usando cinco, graças a Deus… Então a gente vê que tem lucro,
nós temos lucro com isso aí certamente, e não é tão fácil assim, a gente vê que
na maneira geral, no sistema de saúde nosso, é só droga, droga…” (usuária,
CE-PICS, doméstica, grupo focal)
“Porque ele só pode dar dez sessões por conta da multidão, que tem
muita gente esperando, a gente não consegue receber o resultado que a gente
quer receber, aí só tem aquele período, ele não pode, tem até vontade, mas
não pode por conta de que tem gente que tá esperando, que tá esperando pra
fazer” (usuária, CE-PICS, aposentada, entrevista)
“E não é tão rapidamente que você vai tomando consciência que aqui-
lo é importante e vai lhe fazer bem, você tem que persistir, não é? É devagar.
Não é assim à primeira vista, não é amor à primeira vista” (usuário, CE-
-PICS, aposentado, grupo focal)
“Tem essas limitações, quando você pega uma doença orgânica que
você tem algum problema físico mais instalado, como um tumor” (profissio-
nal, CE-PICS, entrevista).
Deve ser registrado que isso não significa, a rigor, que há uma oferta
institucionalizada e disponível ao cidadão em ¾ dos municípios, e sim que
algum profissional do SUS desses locais registrou nos sistemas de informa-
ção oficiais que praticou alguma PICS20. Ou seja, há uma grande superesti-
mação da oferta institucionalizada, entendida como oferta assumida pelos
serviços do SUS e seus gestores, mantida ao longo do tempo e dissemina-
da minimamente (se na APS) ou com critérios equitativos para acesso dos
usuários se em outros serviços. O tamanho dessa superestimação não nos
parece possível dimensionar, principalmente se levarmos em conta que,
mesmo institucionalizadas, as práticas de PICS podem conviver marginal-
mente nos serviços e mesmo nas práticas dos profissionais que as exercem,
que na ESF são híbridas, pois também realizam o cuidado convencional.
Deste modo, essa presença pode se dar em pequena escala em relação à
soma das ações de cuidado, que isso signifique muito pouco em termos de
uma oferta mais disseminada de outras possibilidades de cuidado (ainda
que complementar) na ESF. Deve ser considerada, a esse respeito, a expan-
são da sensibilidade dos sistemas de informação, que a partir de 2017 fo-
ram modificados e passaram a permitir melhor registro das PICS. Com es-
sas ressalvas, contudo, é provável que tenha havido alguma expansão des-
sas práticas no SUS e na APS, porém, menos do que esses números acima
indicam. Isso foi corroborado por inquérito nacional realizado em 2015 e
2016 sobre PICS no SUS dirigido aos gestores municipais, que contatou por
telefone 99% (5.520) dos municípios brasileiros, mas só obteve respostas de
29% deles (1.617), e mostrou que apenas 26,7% dos municípios ofertavam
PICS, o que é convergente com os dados do Programa Nacional de Melho-
ria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB).21
Mesmo antes da implantação da PNPIC era possível identificar ações
de profissionais no desenvolvimento de PICS a partir de iniciativas volun-
tárias ou individuais, nos municípios aqui analisadosiv. Parte das experiên-
cias na APS e em serviços especializados em PICS nasceram pelo pionei-
rismo, esforço e trabalho voluntário de alguns profissionais, e se desenvol-
veram de maneiras distintas, desde a implantação de um serviço exclusivo
iv Parte revisitada de Sousa IMC, Tesser CD. Medicina Tradicional e Complementar no Brasil: inserção no Siste-
ma Único de Saúde e integração com a atenção primária. Cad. Saúde Pública. 2017; 33(1): e00150215. http://
dx.doi.org/10.1590/0102-311x00150215. ISSN 1678-4464
As práticas integrativas e complementares em saúde no SUS:
reestruturação do cuidado ou fortalecimento do modelo assistencial? 65
Neste tipo, as PICS são realizadas nos serviços de APS por profis-
sionais exclusivos, das equipes de apoio matricial, que abrangem várias
equipes de saúde da família. Como no tipo anterior, eles não participam
do cuidado geral biomédico aos usuários. Neste caso, suas atividades,
diferentemente do Tipo 2, muitas vezes são prioritariamente de atendi-
mentos em grupos (não excluindo de todo, quando muito necessário,
o atendimento individual, caso seja encaminhado pelo profissional da
APS) e de educação permanente dos profissionais da atenção primá-
ria, incluindo discussão de casos e regulação (a que se tem chamado
de matriciamento). Esse foi um modelo comumente seguido dentre as
diretrizes federais para a atuação dos NASF e de equipes semelhantes,
como o Núcleo de Apoio às Práticas Integrativas (NAPI) em Recife. Ele
estava expresso nas normativas federais que mudaram recentemente,
tendo repercussão nos NASF e consequentemente nas PICS. Todavia,
as normas não eram claras quanto ao modo de operação dos profissio-
nais, visto que não eliminam o espaço para o cuidado individual refe-
renciado, e a prioridade para atendimentos coletivos e matriciamentos
depende da orientação dos gestores municipais, que podem decidir
como organizar a atuação desses profissionais dos NASF ou equipes de
apoio à APS. Há múltiplas realidades no país, desde as que efetivamente
priorizam os atendimentos coletivos até as que não o fazem e priorizam
atendimentos individuais referenciados (recaindo então no Tipo 2, com
a diferença mínima que o profissional das PICS não é alocado na unida-
de de APS e sim na equipe de apoio ou do NASF).
Neste caso, o acesso se dá comumente por encaminhamento de
um profissional da APS, sem acesso direto, a não ser que algum grupo de
PICS orientado por profissionais do NASF ou equipe de apoio em PICS te-
nha essa característica de ser aberto ao acesso direto (como, por exemplo,
grupos de yoga, meditação, lian gong, tai chi chuan, em Recife). A orga-
nização da agenda desses profissionais é, como regra geral, toda voltada
para as PICS, supondo que não tenham outras competências profissio-
nais, conforme as peculiaridades de cada prática integrativa e comple-
As práticas integrativas e complementares em saúde no SUS:
reestruturação do cuidado ou fortalecimento do modelo assistencial? 71
Considerações finais
Referências
22. Tesser CD, Sousa IMC de, Nascimento MC do. Práticas Integrativas
e Complementares na Atenção Primária à Saúde brasileira. Saúde
debate [internet]. 2018 [acesso em 11 fev 2021];42(supp1):174-188.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/SY9PZWpk4h9tmQ
kymtvV87S/?format=pdf&lang=pt
23. Lima KMSV, Silva KL, Tesser CD. Práticas integrativas e complemen-
tares e relação com promoção da saúde: experiência de um serviço
municipal de saúde. Interface (Botucatu) 2014; 18(49): 261-272.
24. Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (PB). Centro Equilí-
brio do Ser completa dois anos de cuidado à população [internet].
[acesso em 02 nov 2021]. Disponível em: https://www.joaopessoa.
pb.gov.br/?s=Centro+Equil%C3%ADb rio+do+Ser+completa+dois+
anos+de+cuidado+%C3%A0+popula% C3%A7%C3%A3o
25. Levin JS, Jonas WB. Tratado de medicina complementar e alternati-
va. São Paulo: Manole; 2001.
26. Siegel P, Barros NF. O que é a Oncologia Integrativa? Cad. saúde colet.
2013; 21(3):348-354.
3
Avaliação de Tecnologias em Saúde
de Práticas Integrativas
e Complementares em Saúde
Marcus Tolentino Silvai, Taís Freire Galvãoii
Introdução
alteração de tecnologias em saúde pelo SUS com prazo de 180 dias para
deliberação. Nesse tempo, está incluído o recebimento e a análise de in-
formações científicas dos produtos – segurança, eficácia, custo-efetivida-
de – assim como os debates em colegiado, apreciações públicas e recebi-
mento de recursos. No caso de aprovação, há um prazo de 180 dias para
sua efetivação. O plenário é constituído pelas seguintes representações:
Ministério da Saúde; Agência Nacional de Saúde Suplementar; Agência
Nacional de Vigilância Sanitária; Conselho Nacional de Saúde; Conselho
Nacional de Secretários de Saúde; Conselho Nacional de Secretarias Mu-
nicipais de Saúde; e Conselho Federal de Medicina.
A organização do elenco de tecnologias disponíveis e dos seus pro-
cedimentos associados está disponível em duas listas positivas de finan-
ciamento9: (i) Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename); e
(ii) Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases). Assim como
é observado em cenários semelhantes, tais listas são tensionadas por pres-
sões do mercado, por oportunidades políticas ou por ações judiciais.
Até o momento, no SUS, a Avaliação de Tecnologias em Saúde é uti-
lizada prioritariamente como um mecanismo de resposta às pressões de
mercado, tendo minimizado sua importância como ferramenta de prio-
rização em saúde pública. Duas prováveis consequências se delineiam a
partir dessa escolha institucional: (i) as instâncias de decisão atenderão
de maneira acelerada à pressão organizada e setorizada, favorecida pelo
capital; e (ii) as iniquidades em saúde serão perpetuadas, uma vez que a
população vulnerável ou setores de menor interesse econômico têm limi-
tações em articular suas prioridades.
Cenários
Notas: a conforme a disponibilidade de tempo e recursos, o número de termos (sinônimos) pode ser
ampliado. b O PubMed e outras fontes de informação dispõem de filtros pré-configurados e personali-
záveis disponíveis em www.pubmed.gov.
Uma vez que foi selecionado o conjunto de estudos que melhor respon-
de o problema de interesse, cabe ao parecerista analisar a validade dos acha-
dos encontrados e compreender seu significado. Assim, essa etapa é constitu-
ída por três processos concomitantes: avaliação da qualidade da informação,
interpretação dos achados e julgamento sobre a confiança dos resultados.
A qualidade da informação se refere aos aspectos metodológicos da
pesquisa15. O intuito é verificar se houve algum desvio de conduta, inten-
cional ou não, que pode ter afetado os resultados apresentados. Como em
Avaliação de Tecnologias em Saúde de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde 89
Notas: a Itens baseados na ferramenta de avaliação crítica de ensaios clínicos randomizados da Cola-
boração Cochrane.16
90 Marcus Tolentino Silva e Taís Freire Galvão
Notas: a Itens baseados na ferramenta A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews (AMSTAR).17
Notas: a Diversas formulações homeopáticas foram avaliadas no estudo Natrum muriaticum, Nux
vomica, Calcarea carbonicum, Lycopodium clavatum, Mercurius solubilis, Phosphorus, Sulphur, Pulsa-
tilla pratensis, Sepia succus e Thuja occidentalis; b estudo com pequeno tamanho de amostra (n = 60);
c
Foram incluídos estudos observacionais e randomizados; d Não houve avaliação crítica dos estudos
incluídos; e Não há consistência de resultados entre os estudos incluídos; f Pequeno tamanho da
amostra dos ensaios clínicos randomizados incluídos.
Formulação de recomendações
Considerações finais
Referências
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18. Pereira MG, Galvão TF, Silva MT. Saúde baseada em evidências. Rio
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Introdução
i Charles Dalcanale Tesser ([email protected]) é médico, doutor em Saúde Coletiva e professor do progra-
ma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de
Santa Catarina.
ii Islândia M. Carvalho Sousa ([email protected]) é enfermeira, doutora em Saúde Coletiva e professora
dos programas de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco. É coordenadora do ObservaPICS.
100 Charles Dalcanale Tesser e Islândia M. Carvalho de Sousa
iii Essa afirmação é aceitável se aderimos a uma visão de ciência e causalidade positivista empirista Humeana,
mas essa não é a única possível nem provavelmente a melhor para uso clínico, porém, é a dominante na bio-
medicina.
108 Charles Dalcanale Tesser e Islândia M. Carvalho de Sousa
Considerações finais
Referências
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126 Charles Dalcanale Tesser e Islândia M. Carvalho de Sousa
i Tereza Setsuko Toma ([email protected]) é médica, Doutora em Nutrição em Saúde Pública, Pesquisado-
ra colaboradora do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
128 Tereza Setsuko Toma
Acupuntura
ii https://www.cochrane.org/
Medicina tradicional chinesa e qualidade metodológica dos estudos clínicos 129
Moxabustão
Plantas medicinais/fitoterapia
Fonte: Elaboração própria. Nota: AVC – acidente vascular cerebral; ECR – ensaio clínico randomizado;
SARS – síndrome respiratória aguda grave; TDAH – transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;
TEA - transtorno do espectro autista.
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Medicina tradicional chinesa e qualidade metodológica dos estudos clínicos 135
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-assets/d41586-019-01726-1/d41586-019-01726-1.pdf
6
Mapas de evidência da efetividade
clínica das Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde
Ricardo Ghelmani, Carmen Verônica Mendes Abdalaii,
Mariana Cabral Schveitzeriii, Daniel Miele Amadoiv, Gelza Nunesv,
Rafael Dall’Albavi, Caio Fábio Schlechta Portellavii
Antecedentes
20. Aromaterapia
21. Apiterapia
22. Ozonioterapia
23. Terapia Floral
24. Geoterapia
2018
25. Hipnoterapia
26. Constelação Familiar
27.Bioenergética
28. Cromoterapia
29. Imposição de mãos
1. Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica das evidências científicas da PICS especi-
ficada no mapa deve ser efetuada em bases de dados eletrônicos, a par-
tir dos descritores selecionados, e complementada por pesquisa manual
e/ou indicação por especialistas no tema abordado, que colaboram no
projeto. A seguir os metadados de registos bibliográficos são importados
para um gerenciador de referências bibliográficas (como o Mendeley)xvii
e documentados com uma descrição detalhada de todas as pesquisas bi-
bliográficas realizadas.
4. Análise de infometria
O desenvolvimento da análise de infometria tem lugar a partir de
metadados de estudos de revisão identificados e registados nas bases de
dados. Após a definição de indicadores que são gerados para a análise
de infometria, é conduzida a extração, a transformação e o carregamento
dos metadados dos estudos selecionados para permitir as visualizações
de dados dos mapas de evidência a partir do software Tableau,xix integran-
do as intervenções e os desfechos.
Número de
Mapa de evidência
revisões analisadas
Conclusão
Agradecimentos
Os autores gostariam de expressar a sua gratidão aos autores volun-
tários da BIREME/OPAS/OMS, CABSIN pelo apoio ao desenvolvimento
dos Mapas de Evidência e ao painel de peritos técnicos que aconselham
o projeto e citar as instituições responsáveis por cada mapa de evidência
específico: Acupuntura (Comitê científico do Colégio Médico Brasileiro
de Acupuntura (CMBA), Auriculoterapia (Grupo de pesquisadores da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Práticas Mente e Corpo
da MTC (Grupo de Pesquisa em Promoção da Saúde e Práticas Integrati-
vas e Complementares da Universidade Federal de São Paulo – GPPIC/
UNIFESP), Efetividade Clínica das Plantas Medicinais e Fitoterapia (Gru-
po de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento de
Práticas Integrativas e Complementares da Faculdade de Farmácia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro – LabPICs/UFRJ), Efetividade Clí-
nica da Prática da Meditação (pesquisadores do Consórcio Acadêmico
Brasileiro de Saúde Integrativa – CABSIN), Efetividade Clínica da Prática
162 Ricardo Ghelman, Carmen Verônica Mendes Abdala, Mariana Cabral Schveitzer et al
Referências
INTRODUÇÃO
i Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva ([email protected]) é obstetriz; especialista em Saúde Cole-
tiva; assistente de Pesquisa no Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP)
ii Roberta Crevelário de Melo ([email protected]) é gerontóloga; pós-graduada em Saúde Coletiva e
Avaliação de Tecnologias de Saúde; especialista em Informática em Saúde; assistente de Pesquisa no Instituto
de Saúde da SES-SP
iii Cintia de Freitas Oliveira ([email protected]) é obstetriz; pós-graduada em saúde coletiva; diretora do
Núcleo de Fomento e Gestão de Tecnologias para o SUS-SP do Instituto de Saúde da SES-SP
iv Maritsa Carla de Bortoli ([email protected]) é nutricionista; doutora em Ciências dos Alimentos – Nutri-
ção Experimental; diretora do Centro de Tecnologias de Saúde para o SUS/SP, do Instituto de Saúde da SES-SP
v Laura dos Santos Boeira ([email protected]) é psicóloga; mestra em Bioética; diretora Executiva no Instituto Veredas
vi Jorge Otávio Maia Barreto ([email protected], [email protected]) é bacharel em Direito; mestre e
doutor em Políticas Públicas; pesquisador em Saúde Pública na Fundação Oswaldo Cruz – Diretoria de Brasília
166 Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Roberta Crevelário de Melo, Cintia de Freitas Oliveira et al
MÉTODOS
Acupressão: Aplicação de uma pressão local com os dedos, de maneira leve ou com
média intensidade. É uma variação da acupuntura tradicional, entretanto não faz uso
de agulhas. Também pode ser feita uma massagem em círculos na pele ou manter
pressão constante em pontos específicos14.
RESULTADOS
Lombalgia crônica
Lombalgia aguda
Acupuntura
Acupuntura simulada, placebo,
tradicional (ou não +
medicamentos
especificada)
Cefaleia crônica
Cervicalgia crônica
Acupuntura
tradicional (ou não Acupuntura simulada, nenhuma intervenção +
especificada)
Dor de dente
Fonte: elaboração própria, adaptada de Oliveira et al. (2019)4. Nota: (+) resultado favorável à inter-
venção; (-) resultado favorável ao comparador; TENS – estimulação elétrica nervosa transcutânea.
Acupuntura Anti-hipertensivos +
Acupressão
Acupuntura auricular simulada +
auricular
Acupuntura Anti-hipertensivos -
Acupuntura
Anlodipino +
+ anlodipino
Acupuntura +
Anti-hipertensivo; acupuntura simulada;
anti-hipertensivos +
acupuntura simulada mais anti-hipertensivos
em geral
172 Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Roberta Crevelário de Melo, Cintia de Freitas Oliveira et al
Acupuntura +
anti-hipertensivos
Anti-hipertensivo +medicina chinesa à base
em geral + medicina +
de plantas
chinesa à base de
plantas
Acupuntura +
Captopril +
captopril
Acupuntura + clori-
Cloridrato de benazepril +
drato de benazepril
Acupuntura +
Exercício físico +
exercício físico
Acupuntura + fár-
macos anti-hiper-
tensivos específicos
Anti-hipertensivos específicos (cloridrato de
(cloridrato de bena-
benazepril, anlodipino, captopril, nifedipina +
zepril, anlodipino,
de liberação prolongada)
captopril, nifedipina
de liberação prolon-
gada)
Acupuntura + nife-
dipina de liberação Nifedipina de liberação prolongada +
prolongada
Anti-hipertensivo específico (lotensin®,
Eletroacupuntura um inibidor da enzima conversora +
de angiotensina)
Eletroacupuntura
+ anti-hipertensivo
Anti-hipertensivo específico (lotensin®,
específico (loten-
um inibidor da enzima conversora +
sin®, um inibidor da
de angiotensina)
enzima conversora
de angiotensina)
Acupressão +
Anti-hipertensivos +
anti-hipertensivos
Eletroacupuntura Anti-hipertensivos +
Fonte: elaboração própria, adaptada de Araújo et al. (2020)5. Nota: (+) resultado favorável à inter-
venção; (-) resultado favorável ao comparador.
Acupuntura +
Tratamento farmacológico (salbutamol; bron-
tratamento
codilatador mais corticosteroides e antibióti-
farmacológico
cos; xinafoato de salmeterol e propionato de +
fluticasona; dipropionato de beclometasona
(Fase aguda
mais teofilina; sulfato de terbutalina)
da doença)
Farmacopuntura
isolada ou Cuidados habituais + placebo, teofilina e ce-
+
combinada a totifeno, ervas chinesas
cuidados habituais
Farmacopuntura
Huangqi + Terbutalina +
terbutalina
Farmacopuntura
Huangqi + dipropio-
Dipropionato de beclometasona + salbutamol +
nato de beclometa-
sona e salbutamol
Razão VEF1/CVF
Farmacopuntura
Huangqi + Terbutalina +
terbutalina
Terapia convencional (oxigênio, antibióticos,
antiespasmódico, antitussígeno, expectoran-
te, correção de desequilíbrio de líquidos e
Farmacopuntura +
eletrólitos, hormônios; terbutalina; glicocor-
terapia +
ticoide, aminofilina; modulação da acidez e
convencional
oxigênio; dipropionato de beclometasona,
salbutamol; alívio da dispneia e eliminação
de escarro)
Fonte: elaboração própria, adaptada de Melo et al. (2020)6. Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resultado
favorável ao comparador.
Acupuntura + acu-
Tratamento com ervas +
pressão auricular
Acupuntura com
aplicação de fios de Acupuntura simulada +
sutura catgut ou poli
Acupuntura com
aplicação catgut + Eletroacupuntura +
eletroacupuntura
Acupuntura; Acu- Acupuntura simulada; mudança no estilo de
puntura + mudança vida; acupuntura simulada + mudança no +
no estilo de vida estilo de vida
Acupuntura + mu-
Mudança no estilo de vida, Acupuntura
dança no estilo de +
simulada + mudança no estilo de vida
vida
Acupuntura + tera-
pias relacionadas
(Tianshu, Weidao,
Placebo, mudança no estilo de vida +
Zhongwan, Shuifen,
Guanyuan, entre
outras)
Acupressão auri- Acupressão simulada, exercício aeróbico,
+
cular educação alimentar e adesivo sem semente
Acupuntura simulada, auriculoterapia
simulada, eletroestimulação, adesivo
Auriculoterapia +
auricular sem semente ou nenhum
tratamento, placebo e sem acupressão
Auriculoterapia +
Dieta +
dieta
Acupuntura e auriculoterapia: mapa de evidências 179
Auriculoterapia +
Dieta + exercício +
dieta + exercício
Auriculoterapia + Nenhuma intervenção, acupuntura simulada,
+
eletroacupuntura regime alimentar
Redução do IMC
Acupuntura com
aplicação de fio Acupuntura simulada +
catgut
Acupuntura com
aplicação de fio
Eletroacupuntura +
catgut + eletroacu-
puntura
Acupuntura + dieta
Dieta + exercícios +
+ exercícios
Acupuntura + tera-
pias relacionadas
(Tianshu, Weidao,
Mudanças do estilo de vida, placebo +
Zhongwan, Shuifen,
Guanyuan, entre
outras)
Acupuntura; ele-
troacupuntura +
Acupuntura simulada/placebo; acupuntura a
acupuntura a laser;
laser; dieta mais exercícios; exercícios; +
acupuntura + dieta
nenhum tratamento
+ exercícios; acu-
puntura + exercícios
Acupuntura simulada/placebo; acupuntura a
Acupressão
laser; dieta mais exercícios; exercícios; +
auricular
nenhum tratamento
Acupressão simulada; educação alimentar;
educação alimentar + exercícios; adesivo +
Auriculoterapia +
educação alimentar; dieta calórica reduzida
ou nenhum tratamento
Eletroacupuntura
Auriculoterapia simulada +
auricular
180 Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Roberta Crevelário de Melo, Cintia de Freitas Oliveira et al
Acupuntura a laser
Acupuntura a laser simulada +
comparada
Acupressão simulada; educação alimentar;
Acupressão educação alimentar + exercícios; adesivo +
+
auricular educação alimentar; dieta calórica reduzida;
nenhum tratamento
Acupuntura auricular simulada ou nenhum
Auriculoterapia +
tratamento
Melhora da obesidade
Acupuntura + acu-
Lista de espera +
pressão auricular
Eletroacupuntura
Acupuntura simulada +
auricular
Eletroacupuntura +
acupressão TENS +
auricular
Remissão da obesidade
Acupuntura Dieta +
Acupuntura com
aplicação de fio
catgut + eletroacu- Dieta +
puntura + acupres-
são auricular + dieta
Acupuntura auri-
cular + acupressão Acupuntura simulada +
auricular
Auriculoterapia +
Dieta +
dieta
Fonte: elaboração própria, adaptada de Melo et al. (2020)7. Nota: (+) resultado favorável à interven-
ção; (-) resultado favorável ao comparador. IMC – índice de massa corporal; TENS – estimulação elétri-
ca nervosa transcutânea.
182 Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Roberta Crevelário de Melo, Cintia de Freitas Oliveira et al
Acupuntura auricu-
Cuidado usual +
lar + cuidado usual
Acupuntura com
aplicação de fio cat- Cuidado usual +
gut + cuidado usual
Acupuntura e auriculoterapia: mapa de evidências 183
Acupuntura da me-
dicina tradicional
chinesa + acupun- Cuidado usual e acupuntura simulada +
tura abdominal +
cuidado usual
Eletroacupuntura +
acupuntura auricu- Cuidado usual +
lar + cuidado usual
Terapias de acupun-
Acupuntura simulada ou cuidados usuais +
tura + cuidado usual
Acupuntura auricu-
Cuidado usual +
lar + cuidado usual
Acupuntura da me-
dicina tradicional
chinesa + acupun- Cuidado usual +
tura abdominal +
cuidado usual
Acupressão + cuida-
Cuidado usual +
do usual
Acupuntura auricu-
Cuidado usual +
lar + cuidado usual)
Acupuntura da
medicina tradicio-
Cuidado usual +
nal chinesa +
cuidado usual
Fonte: elaboração própria, adaptada de Silva et al. (2020)8. Nota: (+) resultado favorável à interven-
ção; (-) resultado favorável ao comparador.
Cessação do tabagismo
Acupressão auricu-
lar em pontos espe- Acupressão auricular em pontos não especí-
+
cíficos para cessa- ficos
ção do tabagismo
Acupuntura simulada; acupuntura simulada,
goma de mascar de nicotina, hipnose, terapia
em grupo e terapia individual; terapia em gru- +
Acupuntura po; cigarreira com dispositivo temporizador;
lista de espera ou nenhuma intervenção
Terapia em grupo -
Acupuntura +
Medicamento placebo +
auriculoterapia
Acupuntura + acu-
Acupressão auricular +
pressão auricular
Fonte: elaboração própria, adaptada de Melo et al. (2020)9. Nota: (+) resultado favorável à interven-
ção; (-) resultado favorável ao comparador.
Acupuntura +
dessensibilização Dessensibilização comportamental -
comportamental
Acupuntura +
flupentixol e Flupentixol e melitraceno -
melitraceno
Auriculoterapia +
Tratamento habitual +
tratamento habitual
Acupuntura manual
+ tratamento Tratamento medicamentoso +
medicamentoso
Acupuntura ou
eletroacupuntura
Acupuntura inespecífica +
específica para
depressão
Antidepressivos (fluoxetina, escitalopram,
Eletroacupuntura +
fluoxetina e terapia de reposição hormonal)
Eletroacupuntura +
Fluoxetina +
fluoxetina
190 Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Roberta Crevelário de Melo, Cintia de Freitas Oliveira et al
Acupuntura + fitote-
Fluoxetina -
rapia chinesa
Acupuntura + ini-
bidores seletivos da Inibidores seletivos da recaptação da seroto-
+
recaptação da sero- nina
tonina
Acupuntura + mian-
Acupuntura simulada ou mianserina +
serina
Acupuntura + trata-
mento medicamen- Tratamento medicamentoso +
toso
Acupuntura e ele-
troacupuntura + Paroxetina +
paroxetina
Acupuntura e ele-
troacupuntura + Seroxat +
seroxat
Auriculoterapia
+ outras terapias
(sertralina, cuidado Outras terapias (sertralina, cuidado emocio-
+
emocional, trata- nal, tratamento de rotina com enfermagem)
mento de rotina
com enfermagem)
Acupuntura e auriculoterapia: mapa de evidências 191
Eletroacupuntura Fluoxetina +
Redução da gravidade da depressão ao final do tratamento
Acupuntura simulada invasiva, Fluoxetina,
Acupuntura tratamento habitual, lista de espera e nenhum +
tratamento
Eletroacupuntura +
Fluoxetina +
fluoxetina
Eletroacupuntura +
Paroxetina -
paroxetina
Acupuntura Fluoxetina +
Fonte: elaboração própria, adaptada de Araújo et al. (2020)10. Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resul-
tado favorável ao comparador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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8
Meditação e
mapa de evidências
Bruna Carolina de Araújoi, Taís Rodrigues Tesserii, Laís de Moura Milhomensiii,
Marcio Sussumu Hirayamaiv, Tereza Setsuko Tomav,
Laura dos Santos Boeiravi, Jorge Jorge Otávio Maia Barretovii
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
RESULTADOS
• Pressão arterial: Quando as forças que regem o fluxo sanguíneo são levadas em con-
sideração ao longo da árvore arterial e arteriolar, elas estão exclusivamente envolvidas
na pressão gerada pelo coração. Esse valor representa a diferença entre a pressão real e
o seu componente hidrostático22;
• Qualidade de vida: Percepção de uma pessoa sobre sua posição na vida dentro do
contexto da cultura e sistemas de valores em que vive e em relação aos seus objeti-
vos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito abrangente que incorpora,
de forma complexa, a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as
relações sociais, as crenças pessoais e a relação com as características salientes do am-
biente da pessoa25;
Frequência cardíaca
Meditação34 +
de repouso
MBI32 +
Sofrimento psíquico
Meditação transcedental33 -
Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resultado favorável ao comparador; (?) resultados conflitantes, al-
guns favoráveis e outros não. MBSR: Redução do Estresse com Base em Mindfulness; MBCT: Terapia cognitiva com
base em mindfulness; MBI: intervenções com base em mindfulness.
• Fome emocional: fome que surge inesperadamente e que pode desaparecer após
uma distração39;
Obesidade e sobrepeso
Mindfulness + dieta Dieta39 =
Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resultado favorável ao comparador; (=) não houve diferença entre os re-
sultados. MBSR: Redução do Estresse com Base em Mindfulness; MB-EAT: Treinamento de Conscientização Alimentar
segundo Mindfulness; SBWL: Standard Behavioral Weight Loss (programa com foco em mudanças comportamentais)
Meditação e mindfulness: mapa de evidências 209
Transtornos depressivos
MBRS antidepressivos48 +
MBTC + tratamento
tratamento usual47 +
habitual
Meditação +
cuidado habitual48,49 +
cuidado habitual
Transtornos de ansiedade
Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resultado favorável ao comparador; (=) não houve diferença entre
os resultados; (?) resultados conflitantes, alguns favoráveis e outros não. MBSR – Redução do Estresse com Base em
MBCT: Terapia cognitiva com base em mindfulness.
Meditação e mindfulness: mapa de evidências 211
• Ex-fumante: Pessoa com uso interrompido do fumo que durante a vida teve consumo
superior a cem cigarros60.
Cessação do tabagismo
Terapia cognitivo-comportamental,
=
lista de espera63
Mindfulness
Desejo de fumar
Treinamento de
Leitura e olhar naturalmente
aceitação de +
(look naturally)66
compromisso
Silêncio64, psicoeducação ou
Mindfulness +
nenhum tratamento62
Mindfulness e
Terapia de exposição65 +
terapia de exposição
214 Bruna Carolina de Araújo, Taís Rodrigues Tesser, Laís de Moura Milhomens et al
Terapia cognitivo-comportamental67 =
Dependência da nicotina
Humor
Nota: (+) resultado favorável à intervenção; (-) resultado favorável ao comparador; (=) não houve
diferença entre os resultados; (?) resultados conflitantes, alguns favoráveis e outros não. TAC: terapia
de aceitação de compromisso; IBMT: treinamento corpo-mente integrado
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Meditação e mindfulness: mapa de evidências 219
INTRODUÇÃO
Objetivo
Método
Busca bibliográfica
Critérios de inclusão
Resultados
Principais resultados
Discussão
Limitações
Não aplicável.
Não aplicável.
Interesses competitivos
Não aplicável.
Financiamento
Referências
INTRODUÇÃO
• Chi gong, Qi gong, Chi Kung ou Kiko: Prática corporal da medicina tradicional chi-
nesa que consiste em uma série de movimentos corporais harmônicos, aliados à res-
piração, com foco em determinada parte do corpo, para desenvolvimento da energia
vital (Qi) e ampliação da percepção corporal e do autoconhecimento.
• Tai chi chuan, Tai chi ou Taiji Quan: Prática corporal coletiva de origem oriental que
consiste em posturas de equilíbrio corporal e na realização de movimentos lentos e
contínuos que trabalham, simultaneamente, os aspectos físico e energético do corpo.
• Tui na: Técnica terapêutica de massagem chinesa utilizada para tonificação ou seda-
ção dos pontos dos meridianos do indivíduo, visando o equilíbrio do fluxo de energia
(Qi) por esses canais e das energias yin e yang.
MÉTODOS
RESULTADOS
• Gordura corporal: Depósitos de tecido adiposo por todo o corpo humano10. Sua
medida serve para verificar aumento ou redução de sobrepeso/obesidade e mostra
com mais precisão risco de doenças cardiovasculares11.
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254 Roberta Crevelário de Melo, Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, Tereza Setsuko Toma et al
INTRODUÇÃO
i Cézar D. Luquine Jr. ([email protected]) é psicólogo, especialista em Saúde Coletiva, assistente de Pesqui-
sa no Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
ii Daiane Sousa Melo ([email protected]) é nutricionista, mestra em Ciências (Nutrição em Saúde Pública)
iii Laura dos Santos Boeira ([email protected]) é psicóloga, mestra em Bioética, diretora executiva no Insti-
tuto Veredas
iv Aline A. V. Ribeiro ([email protected]) é bacharela e licenciada em Ciência Sociais, mestra em Fi-
losofia (Estudos Culturais), pesquisadora discente no Núcleo de Estudos de Gênero – PAGU, Universidade
Estadual de Campinas
v Jorge Otávio Maia Barreto ([email protected], [email protected]) é bacharel em Direito, mestre e
doutor em Políticas Públicas, pesquisador em Saúde Pública na Fundação Oswaldo Cruz – Diretoria de Brasília
256 Cézar D. Luquine Jr, Daiane Sousa Melo, Laura dos Santos Boeira et al
• Sudarshan kriya yoga (SKY): envolve a prática avançada de respiração rítmica, con-
trolada e cíclica. A técnica envolve ciclos lentos, médios e rápidos, Ujjayi (respiração
vitoriosa), Bhastrika (respiração de fole) e canto de Om (mantra).12
• Vinyasa yoga: envolve movimentos fluidos e contínuos entre as posturas, com res-
piração coordenada. A maioria das aulas são voltadas para alunos aptos fisicamente.12
MÉTODOS
RESULTADOS
• Estado de humor: humor autorreferido da pessoa participante, que pode ser identifi-
cado por meio do preenchimento de escalas, questionários ou entrevistas.
Tanto para o yoga, quanto para o Hatha yoga, não houve diferença
de efeito quando comparados ao cuidado habitual, à dieta e a nenhum
tratamento para a circunferência de cintura (cinco ECR com 214 par-
ticipantes).56 Ao analisar os efeitos sobre a redução do IMC, o resultado
foi favorável ao yoga quando comparado com o cuidado habitual, dieta
e nenhum tratamento (cinco ECR com 197 participantes), no entanto,
foi constatada elevada heterogeneidade nos estudos.56
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276 Cézar D. Luquine Jr, Daiane Sousa Melo, Laura dos Santos Boeira et al
INTRODUÇÃO
i Mônica Rocha Rodrigues Alves ([email protected]) – Odontóloga. Mestre em Gerontologia pelo PP-
GEnf/UFPB. Especialista em Acupuntura, Terapia Comunitária Integrativa e Saúde da Família
ii Antônia Lêda Oliveira Silva ([email protected]) – Professora Titular da UFPb; Mestre em
Psicologia Social/UFPB e Doutora pela EERP-USP/São Paulo; Pós-Doutorados: ISCTE/Portugal e SUPSI-Sui-
ça e Presidente do Instituto Paraibano de Envelhecimento da UFPB
iii Greicy Kelly Gouveia Dias Bittencourt ([email protected]) – Enfermeira. Doutora em enfermagem pelo Pro-
grama de Pós-Graduação da UFRGS. Docente do Programa de Mestrado Profissional em Gerontologia/UFPB
iv Célia Maria Cartaxo Pires de Sá ([email protected]) – Nutricionista. Mestre. Doutoranda do PPGEnf/
UFPB em Enfermagem. Integra o Laboratório de Saúde, Envelhecimento e Sociedade da UFPB. Integra o
Instituto Paraibano de Envelhecimento da UFPB
v Karoline de Lima Alves ([email protected]) – Enfermeira. Mestre. Doutoranda do PPGEnf/UFPB
em Enfermagem. Integra o Laboratório de Saúde, Envelhecimento e Sociedade da UFPB. Integra o Instituto
Paraibano de Envelhecimento da UFPB
278 Mônica Rocha Rodrigues Alves, Antônia Lêda Oliveira Silva, Greicy Kelly Gouveia Dias Bittencourtet al
cas de MTC e outras terapias, uma sala com dois locais de atendimento
para terapia ayurvédica, duas salas administrativas, auditório, biblioteca,
brinquedoteca, sala de reunião, área externa de horta, mandala de plan-
tas medicinais, almoxarifado, sala de utilidades, copa e doze banheiros.
Conta ainda com um laboratório de manipulação de medicamentos, com
setores em separado de manipulação de líquidos, sólidos, semissólidos,
homeopáticos e florais, controle de qualidade, esterilização de materiais,
sala de produtos acabados, quarentena, almoxarifado para insumos e
produtos farmacêuticos e área de dispensa de medicamentos.
Atualmente, esse serviço disponibiliza para a população práticas
individuais como a MTC/acupuntura, auriculoterapia, moxa, ventosate-
rapia, homeopatia pediátrica, fitoterapia, massoterapia, reiki, cromotera-
pia, cristais radiônicos, aromaterapia e terapia floral. São ofertadas ainda
práticas coletivas como tai chi chuan, automassagem, terapia comunitá-
ria integrativa, meditação, biodança, permacultura, resgate da autoesti-
ma, constelação familiar, yoga para crianças, gestantes e adultos, grupos
coletivos de auriculoterapia, alimentação saudável, chá da tarde – fitote-
rapia, arteterapia e contação de histórias.
A Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, em consonância
com a PNPICS, tem estimulado a inserção das PICS na atenção básica à
saúde e, nessa direção, busca desenvolver estratégias de qualificação pro-
fissional, ampliando a divulgação e despertando interesse de profissio-
nais para esta nova modalidade de cuidado que está se estabelecendo no
país e que é apoiada pela OMS.
Nesse sentido, desde a inauguração dos centros de PICS na capital,
muitos cursos livres de pequena duração ofertados tanto à comunidade
quanto aos servidores municipais foram realizados. Essa iniciativa tem
alcançado resultados importantes, na medida em que tem despertado
o interesse de profissionais da rede em ampliar os conhecimentos nes-
ta área do saber, aumentando a procura por cursos de especializações e
aperfeiçoamentos em PICS.
Assim, a atual gestão da SMSJP, por meio da Coordenação das PICS,
criou um núcleo de formação, educação continuada e educação perma-
nente, que cuidará, entre outras atribuições, do planejamento das ações
Equilíbrio do SER – Serviço de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde em João Pessoa, PB 287
Considerações finais
Referências
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ponível em: <http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/viewFi-
le/29665/31537.
Equilíbrio do SER – Serviço de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde em João Pessoa, PB 291
INTRODUÇÃO
i Lúcio José Botelho ([email protected]), médico, doutor em Saúde Coletiva, professor do Departamento
de Saúde Pública, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e do Mestrado profissionalizante em
Saúde Mental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
ii Charles Dalcanale Tesser (e-mail: [email protected]), médico, doutor em Saúde Coletiva, professor do
Departamento de Saúde Pública e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC
294 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
O nascimento
A estruturação do curso
iii Conforme comunicação pessoal em 23/01/2021 de Daniel Miele Amado, da Coordenação Nacional de Práti-
cas Integrativas e Complementares em Saúde do Ministério da Saúde.
296 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
exemplo, nas áreas reflexas nos pés (Tui ná), que também contém o corpo
todo. Embora a MTC usasse estimulação auricular em automassagens e
contasse com versão “teórica” coerente (como, por exemplo, a união dos
meridianos nas orelhas), estímulos terapêuticos nos pontos específicos
auriculares hoje conhecidos, não eram usados tradicionalmente na Chi-
na antes da década de 1950, até onde sabemos (por fontes de tradição
oral ou registros históricos). A auriculoterapia via mapa de pontos auri-
culares reflexos foi um microssistema rapidamente incorporado na MTC
no século XX ao lado de vários outros. Após as publicações de Nogier11
os chineses absorveram, desenvolveram, detalharam e oficializaram sua
auriculoterapia, como se tradicional fosse. Esse pequeno comentário his-
tórico deixa compreensível porque não é forçada a ideia de destacar a au-
riculoterapia da acupuntura e ensiná-la separadamente aos profissionais
da APS. Coerente com isso, também foi ‘natural’ optar por sua versão me-
nos invasiva (mais segura, mais barata, e eficaz), de modo a socializá-la
amplamente nos serviços, enriquecendo as possibilidades de abordagem
dos usuários e de seu cuidado clínico na APS.
A abordagem biomédica da auriculoterapia é incontornável en-
quanto referência científica de saber no ocidente contemporâneo, em-
bora não proporcione seleção ou lógica específica de uso terapêutico de
pontos auriculares. Como o curso foi produzido em uma universidade,
era imprescindível resumir as principais hipóteses explicativas neurofi-
siológicas dos mecanismos de ação estudados e propostos para a auri-
culoterapia,12 mencionar um mínimo sobre medicina baseada em evi-
dências e os estudos de eficácia e segurança, bem como abordar sinais
de alarme de condições ou doenças mais graves que devem orientar a
abordagem clínica e também auriculoterápica na APS (alertando para a
necessidade de investigações e ou encaminhamentos adicionais).
As três abordagens mencionadas podem ser integradas na prática
facilmente, ainda que uma não possa ser reduzida à outra. Uma das es-
tratégias para introduzir uma perspectiva crítica e simultaneamente de
respeito, a priori não hierárquico, às diferenças entre a abordagem da
auriculoterapia via ciências biomédicas e via MTC/reflexologia foi a ado-
ção da categoria, desenvolvida por Luz,13,14 “racionalidade médica”, com
finalidade pedagógica. Tal categoria foi usada para estudo comparativo e
298 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
% de péssimo,
% de bom % de ótimo
Itens ruim ou regular
avaliados
1ª edição 4ª edição 1ª edição 4ª edição 1ª edição 4ª edição
Avaliação
geral do 4,20 0,69 34,66 16,98 61,14 82,33
curso
Avaliação
geral da 18,98 4,46 45,63 33,62 35,39 62,09
etapa EaD
Avalia-
ção do
conteúdo 11,39 2,74 25,52 15,78 70,19 83,02
da etapa
presencial
Avalia-
ção da
estrutura 11,39 2,74 29,36 16,98 59,25 80,45
da etapa
presencial
302 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
Avaliação
das apos-
5,62 2,06 26,44 18,70 67,94 79,42
tilas dos
módulos
Autoava-
liação do
aproveita- 27,38 5,15 41,25 27,79 31,37 67,24
mento
do EaD
Autoava-
liação do
aproveita- 18,49 8,23 57,01 47,86 24,50 44,08
mento
do curso
foram codificados com parte dos nomes ou iniciais das cidades que foram
polos regionais, onde foram realizadas as etapas presenciais, as avaliações,
seguidos de numeração identificadora da avaliação.
As respostas foram analisadas edição por edição. Todavia, por moti-
vo de espaço e porque as diferenças maiores nas avaliações se deram entre
a primeira e as demais edições, apresentaremos os dados agrupados, com
destaque ocasional para a edição piloto, quando necessário.
Quanto à etapa EaD, as respostas tematizaram principalmente os
materiais didáticos, com destaque para os vídeos (ou videoaulas, da se-
gunda edição em diante), a plataforma EaD (sobretudo na primeira edi-
ção, aqui não abordada porque foi eliminada com a transferência do curso
para o moodle da UFSC), questões de comunicação/apoio do curso com o
aluno, tutoria e tempo de realização do EaD. O grosso das respostas envol-
via elogios ao curso e ou sugestões de aperfeiçoamentos localizados. Por
exemplo: “O material em PDF é muito bom” (Fpolis12); “material didático
excelente… acrescentou muito as 3 teorias (MTC, Neuro e Reflexo)” (SP25);
“fiquei impressionada com a qualidade do material didático, organizado,
bem estruturado e objetivo” (PL16).
Demandas de melhoria dos vídeos na primeira edição foram co-
muns: “Tornar vídeos mais dinâmicos, com menos textos e mais diálogos,
imagens, dinâmicas” (REC65); “Nos vídeos, os slides contêm exatamente o
texto da apostila, que é apenas lido, exatamente como está escrito. Isto torna
as aulas pouco atrativas e pouco proveitosas” (PO18).
Apareceram demandas e sugestões de melhoria na plataforma, mais
tempo de EaD e para a aula prática, melhor comunicação do curso com o
aluno e criação de tutoria durante a etapa EaD: “Tive dificuldade para car-
regar os vídeos” (BH3); “gostaria de baixar os vídeos mas não conseguimos”
(SA19); “não possibilita o uso em tablets e smartphones” (REC80); “melhorar
a publicização de inscrições/cursos” (PO2); “melhorar a comunicação com
os alunos” (CB36); “maior informação sobre datas de início, execução e fi-
nalização” (PL44); “achei a etapa online muito curta” (CAMP32); “ter um
tempo maior entre a liberação do curso e aula presencial” (PL46); “senti falta
de um fórum de debates para tirar dúvidas ou de um tutor de grupo”(SP4);
“comunicação mais permanente na plataforma a distância; talvez criação
de fóruns durante o processo” (REC103). Como não há tutoria durante o
304 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
EaD, nem fóruns digitais no curso, isso parece ter gerado demandas para
sua criação e existência. Todavia, devido ao tamanho restrito da equipe e
ao escasso tempo dedicado por ela ao curso, essas demandas não puderam
ser contempladas.
Quanto à etapa presencial, a maior parte das avaliações foram positi-
vas: “Conteúdo rico e profissionais competentes” (RJ54); “transmissão do co-
nhecimento em auriculoterapia de maneira simples e objetiva” (CAMP61).
Apareceram algumas sugestões de mais tempo para a aula prática: “Mais
aulas presenciais com carga horária maior” (MAC31); “que a aula presen-
cial tenha um tempo maior” (MA11).
Também foram registradas algumas queixas localizadas em alguns
polos sobre a estrutura física das aulas, o que não estava sob total controle
da coordenação do curso, dado serem os ambientes e as salas de aula em-
prestadas por instituições colaboradoras: “Faltou água, sala com acústica
ruim e calor” (REC56); melhorar a estrutura física da aula” (N9). Outra su-
gestão foi para acesso mais flexível às turmas práticas com mudanças de
alunos entre turmas: “Flexibilidade em necessidade de mudança de período
de prática quando devidamente justificado” (CH88); “Agrupar profissionais
do mesmo município para o mesmo dia/horário” (CH132).
Quanto à qualidade geral do curso, as avaliações foram amplamente
elogiosas: “Gostei da metodologia teórico-prática” (N34); “achei o curso ex-
celente, desde o material didático até a plataforma muito fácil de usar [moo-
dle]. Videoaulas excelentes e achei muito fácil a absorção do conhecimento”
(SP134). O mesmo ocorreu quanto à satisfação: “O curso superou minhas
expectativas […]. EaD, o material e a forma de ensino foram de fácil com-
preensão” (SP9); “estou plenamente satisfeita com o curso. Posso afirmar que
acrescentou muito conhecimento tanto na minha vida pessoal como profis-
sional” (RJ40); “parabéns pelo curso e pela iniciativa. Espero que o resultado
seja um SUS mais humanizado e menos medicalizado” (FP43); “amei, supe-
rou minhas expectativas. Gratidão pelo conhecimento compartilhado e por
essa oportunidade” (TE29).
Por último, vários comentários positivos sobre intenções de praticar
e desdobramentos do curso foram registrados: “me estimulou a procurar
mais conhecimento, fiz outro curso online sobre PICS da MTC e comprei um
livro de MTC” (CH122); “Já penso em um projeto no local de trabalho. Com
Ensino e implementação da auriculoterapia no SUS 305
certeza vou aplicar” (SP77); “Adorei o curso, ele vai abrir outras portas para
os profissionais que concluíram. Vai nos ajudar a trabalhar com outras for-
mas de tratamento” (MAC01).
O segundo processo de avaliação do curso pelos alunos ocorreu em
final de 2017, quando foi realizada uma pesquisa por meio de questionário
on-line, respondido pelos profissionais que aceitaram o convite enviado
por e-mail aos 5.703 matriculados no curso (incluindo apenas os certifica-
dos da edição piloto). O convite foi enviado um mês após o encerramen-
to da última edição de 2017, com um reforço semanal por três semanas
consecutivas, tendo os dados sido coletados entre 27/10 e 27/12/2017. O
tempo médio de preenchimento do instrumento foi de nove minutos. O
questionário on-line era respondido no software QuestionPro, tinha 35
questões fechadas, sete delas com opção “outra resposta” em aberto, para
digitação livre em espaço limitado a duas linhas. Foi elaborado pela equi-
pe do curso e pré-testado em residentes que tinham realizado o curso. A
pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em pesquisa da UFSC (CAAE:
70289517.4.0000.0121).
O questionário tinha questões sobre o perfil do profissional, sua par-
ticipação no curso e sobre o uso da auriculoterapia após o curso, bem como
sobre a percepção dos egressos sobre a aceitação dos usuários e resultados
clínicos obtidos. Foi respondido por 2.982 profissionais (52%), sendo que
2.476 (83%) o responderam completamente. A maioria era composta de
mulheres (86%), enfermeiras (35%), fisioterapeutas (14%), psicólogas (8%)
e médicas (7%).
O local de atuação de 82,2% dos participantes foi a APS e 76,91% deles
atuavam ali há menos de 10 anos. Os demais atuavam na gestão, em servi-
ços especializados de reabilitação física ou saúde mental, em universidades,
em serviços especializados em PICS ou eram residentes etc. Sobre prática de
PICS prévia ao curso, 72,9% dos respondentes não praticavam e 35,6% convi-
viam com profissionais praticantes de alguma PICS, sendo a mais frequente a
auriculoterapia, em 25,6% desses casos. Apenas 16% dos respondentes men-
cionaram existir alguma disciplina sobre PICS na sua graduação.
Sobre a participação dos respondentes no curso, 81,6% relataram usar
as apostilas sempre ou muitas vezes, 91,6% assistiram todas ou a maioria das
videoaulas e 75,2% usaram sempre ou muitas vezes a “orelha interativa”.
306 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
A logística da oferta
Quadro 2. Distribuição das cidades polos da etapa presencial por região do país
Santo André
Considerações finais
iv “Os dados referentes ao ano de 2019 são parciais, pois os estados, municípios e o Distrito Federal têm o prazo
de doze meses para registrarem a produtividade nos sistemas de informação”23 (p.3)
314 Lúcio José Botelho, Charles Dalcanale Tesser
Referências
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42(118):724-735.doi: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811815
14
As universidades e o ensino e
formação em outras abordagens
em saúde: um diálogo entre
as experiências cubana,
norte-americana e brasileira
Gabriella Carrilho Lins de Andradei, Denise Cavalcante de Barrosii,
Marilene Cabral do Nascimentoiii
INTRODUÇÃO
O modo de fazer
iv O CAHCIM é o consórcio acadêmico de medicina e saúde integrativa da América do Norte, que reúne mais de
70 centros que se dedicam à medicina integrativa, vinculados a instituições de ensino ou sistemas de saúde,
com objetivo de fortalecer a área na academia e no atendimento clínico (https://imconsortium.org/)
324 Gabriella Carrilho Lins de Andrade, Denise Cavalcante de Barros, Marilene Cabral do Nascimento
v “solo si el profesor se encuentra preparado en estas terapias, reconoce su valor y las utiliza en la atención a
pacientes, los estudiantes descubrirán su valor, las aprenderán y las utilizarán”68 [trecho traduzido por uma
das organizadoras do livro]
340 Gabriella Carrilho Lins de Andrade, Denise Cavalcante de Barros, Marilene Cabral do Nascimento
vi “abandonar posturas sectarias y trabajar en común para despejar incógnitas y allanar el camino a las nuevas
344 Gabriella Carrilho Lins de Andrade, Denise Cavalcante de Barros, Marilene Cabral do Nascimento
Principais desafios e Estrutura curricular Corpo docente Eficácia e evidências Contexto político-
estratégias/País e métodos de ensino científicas institucional
Cuba Integração aos componentes Necessidade de Compreensão das limitações Compreensão quanto a
curriculares convencionais; sensibilização do processo de geração de necessidade de integração
e formação dos evidências; entre as diferentes abordagens;
professores;
Incorporação de conteúdos,
habilidades e valores; Educação Desqualificação Estímulo governamental
continuada. das abordagens não imprescindível para induzir
convencionais; formação;
Incorporação paulatina e
progressiva;
Validação de outras maneiras Discussão sobre terminologia
de cuidado coerente às mais adequada e coerente aos
próprias racionalidades; sentidos e práticas;
Aposta na interdisciplinaridade;
Principais desafios e Estrutura curricular Corpo docente Eficácia e evidências Contexto político-
estratégias/País e métodos de ensino científicas institucional
EUA Métodos tradicionais de ensino- Necessidade de Necessidade de desenvolver Estrutura rígida de poder
aprendizagem sensibilização e pesquisas clínicas e busca por e hierarquização nas
e avaliação; formação do corpo evidências; instituições;
docente;
Principais desafios e Estrutura curricular Corpo docente Eficácia e evidências Contexto político-
estratégias/País e métodos de ensino científicas institucional
Brasil Carência de formação alinhada aos Necessidade de Discussão atual sobre a Principal estratégia do MS
princípios do SUS sensibilização e temática; são os cursos de educação
e da saúde coletiva; formação do corpo permanente;
docente;
Produção de materiais
Oferta crescente no âmbito privado; baseados em evidências. Ausência de políticas
Não há consenso indutoras para inserção nas
sobre melhor graduações em saúde;
maneira de inserção
na formação;
Iniciativas nas universidades
públicas de maneira localizada,
difusa e heterogênea; Necessidade de espaços
coletivos de reflexão e debate
Protagonistas sobre objetivos e diretrizes
da inserção com para a formação profissional;
iniciativas pontuais.
Predomínio de disciplinas
opcionais e informativas;
Premência de esforço
intersetorial para criação de
normas e critérios mínimos
Sem política indutora para os na área.
currículos das graduações em saúde
e métodos de ensino.
As universidades e o ensino e formação em outras abordagens em saúde:
Fonte: As autoras, 2021. *Medicina Tradicional Complementar Integrativa **Estados Unidos da América
um diálogo entre as experiências cubana, norte-americana e brasileira 349
350 Gabriella Carrilho Lins de Andrade, Denise Cavalcante de Barros, Marilene Cabral do Nascimento
Considerações finais
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As universidades e o ensino e formação em outras abordagens em saúde:
um diálogo entre as experiências cubana, norte-americana e brasileira 359
Ministério da Saúde
Ministério da
Ministério da Saúde Saúde
Ministério da Saúde